Licenciatura em Ciências • USP/Univesp
Caderno AlunoSemana 4 • 02.Jun.2012
2 Caderno do Aluno: Atividade Presencial | 02.Jun.2012
Licenciatura em Ciências | USP/Univesp | Módulo 03
DIVERSIDADE E EVOLUÇÃO DAS PLANTASCaraCterístiCas gerais e diversidade de plantas vasCulares sem
sementes: “pteridófitas” e origem e diversidade das espermatófitas (plantas vasCulares Com sementes)
Atividade 01• Objetivos:
1. Estudar a diversidade de licófitas e monilófitas.2. Estudar e comparar as principais características de representantes de licófitas e monilófitas.
Critérios de avaliação:Atividade pontuda por participação (0 a 10)
materiais:• Microscópio• Estereomicroscópio• Placas de Petri grande• Lâminas e lamínulas• Papel filtro• Pinças• Pipetas Pasteur• Agulhas de dissecação• Papel toalha ou absorvente• Tabela com exercício (1 por aluno)• Pranchas com fotos de representantes de licófitas e monilófitas
instruções para aula:material 1 – Selaginella sp.
a. Estude o material fornecido com auxílio do estereomicroscópio. Observe a organização do caule quanto às folhas, organização dos esporângios terminais e tipos de esporângios. Você deve poder identificar 2 tipos de esporângios.
b. Retire com uma pinça de ponta fina ou agulha de dissecação vários esporângios diferentes e monte uma lâmina para observar ao microscópio. Não se esqueça de colocar uma gota de água e lamínula.
c. Após observar os esporângios inteiros, coloque um pequeno pedaço de papel toalha sobre a lamínula e esmague levemente os esporângios. Observe agora os esporos.
d. Quantos tipos de esporos você identifica?e. Qual fase do ciclo de vida será produzida após a germinação desses esporos?
material 2 – samambaias (mínimo 3 espéCies)a. Estude as samambaias fornecidas, observe a olho nu e com auxílio do estereomicroscópio
seus hábitos, forma das folhas, venação, tipo de folha, presença ou não de indúzio, formato dos esporângios e outras características necessárias para completar a tabela a seguir.
b. Pegue com uma pinça de ponta fina ou agulha de dissecação os esporângios de uma pina e monte uma lâmina para observação ao microscópio. Não se esqueça de colocar uma gota de água e lamínula. Identifique o anel e os esporos.
c. Discuta com seus colegas de grupo qual é o mecanismo de liberação e dispersão dos esporos.
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No final da aula o grupo deve entregar a tabela preenchida.
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DIVERSIDADE DE FUNGOS E ANIMAIS INVERTEBRADOS
filo mollusCa
Atividade 01: Anatomia de Perna perna (mexilhão) - marinho.
Critérios de avaliação:Nota de 0 a 10
parte i: anatomia externa da ConCha
instruções para aula:Reconheça as regiões anterior, posterior, dorsal e ventral da concha do animal. A região mais aguda da concha
é a anterior e a região de união entre as valvas é a dorsal. Determine qual das valvas é a direita e qual a esquerda. Represente abaixo a valva esquerda em vista externa.
Identifique com setas e legendas no desenho, as seguintes estruturas:1. Umbo (nestes bivalves o umbo está situado na extremidade anterior do animal)2. Região anterior 3. Região posterior 4. Região dorsal 5. Região ventral 6. Perióstraco 7. Linhas de crescimento
parte ii: estudo do animal visto pela faCe externa do lobo esquerdo do manto
instruções para aula: Segure o seu exemplar com a valva esquerda voltada para você. Com um bisturi, estilete ou pinça fina, descole
cuidadosamente o manto que está em contato com a face interna da valva esquerda. Desprenda também os múscu-los fixos a essa valva na região dorsal, e remova a valva esquerda. Ela será utilizada posteriormente (Parte V).
Coloque agora o animal no interior da cuba de dissecção e cubra-o completamente com água. Identifique as seguintes estruturas:
1. Músculos:
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1a. retrator anterior do bisso,1b. retrator mediano do bisso junto com o1c. retrator do pé,1d. retrator posterior do bisso unido com o1e. adutor posterior, e1f. palial.
2. glândulas digestivas3. região da câmara pericárdica (vê-se, por transparência, o coração e o intestino atravessando o pericárdio)4. ramificações da artéria do manto 5. gônada (alaranjada se feminina; branco-leitosa se masculina) 6. abertura exalante 7. abertura inalante 8. fios do bisso
Agora, represente por meio de um desenho esquemático, o corpo desse animal pelo lado esquerdo, representan-do e identificando as estruturas analisadas acima.
parte iii: estudo da Cavidade do manto
instruções para aula:Com uma pinça, rebata o manto e as demibrânquias esquerdas (as duas demibrânquias formam o ctenídio
esquerdo), dobrando-as dorsalmente. Com uma tesoura de ponta fina, corte a parte rebatida, cuidando para não remover os palpos labiais, localizados na extremidade anterior do bivalve. Identifique as seguintes estruturas:
1. boca e palpos labiais (órgãos que selecionam partículas e microrganismos para a ingestão) 2. pé, com sulco bissal 3. região da glândula do bisso (a glândula está embutida no “calcanhar” do pé) 4. bisso (conjunto de fios que fixam o mexilhão em substratos firmes no ambiente marinho) 5. porção ventral da massa visceral 6. demibrânquia direita externa (ou parte externa do ctenídio direito) 7. demibrânquia direita interna (ou parte interna do ctenídio direito) 8. dobras interna e mediana da borda do manto
Agora responda: a. Os bivalves possuem rádula?
b. Como a maioria dos bivalves obtém alimento? Use o mexilhão que está sendo estudado para explicar.
parte iv: retirada do estilete Cristalino
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instruções para aula:Com cuidado, usando estilete e uma pinça de ponta fina, remova o estilete cristalino alojado numa estrutura
que se abre no estômago, chamada saco do estilete, e que nesse animal acompanha grande parte do intestino. Comece a localizar e a retirar o estilete abrindo o estômago a partir da região anterior da massa visceral, por entre as glândulas digestivas, pois elas envolvem o estômago. Depois, assim que localizar a ponta do estilete cristalino, vá abrindo o saco do estilete que está associado ao intestino, em direção posterior do corpo. Puxe o estilete com cuidado, pois ele se quebra facilmente.
Explique agora, qual a função do estilete cristalino.
parte v: estudo da faCe interna da valva esquerda
instruções para aula:Identifique as partes ou regiões abaixo relacionadas:
1. ligamento (mantém as duas valvas unidas) 2. perióstraco (reveste externamente as valvas e as protege contra atrito, ácidos contidos na água) 3. linha palial (representa a linha de inserção do músculo palial) 4. cicatrizes dos músculos:
4.1 retrator anterior do bisso 4.2 retrator mediano do bisso 4.3 retrator do pé4.4 retrator posterior do bisso 4.5 adutor posterior
Agora, faça um desenho esquemática da face interna da valva esquerda representando e identificando as estru-turas indicadas acima.
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DIVERSIDADE E EVOLUÇÃO DE VERTEBRADOSdisseCção de anfíbio
Atividade 01• Objetivos: Compreender a morfologia e anatomia de uma rã
Critérios de avaliação:Nota de 0 a 10
material:Rã (Rana catesbeiana, espécie introduzida) de criadouro
estudo de um lissanfíbio anuro (rã, rana sp.)
morfologia externa (figura 1)Observar as estruturas listadas abaixo.• Textura, coloração e rugosidades do tegumento• Narinas• Pálpebras (inclusive membrana nictitante)• Tímpano• Fenda cloacal• Membranas interdigitais
remoção do tegumento
Colocar a rã em decúbito dorsal em uma cuba de dissecção. Preferindo, fixar as extremidades à borda da cuba por meio de barbantes. Para iniciar a incisão, levantar o tegumento com pinça histológica e fazer um primeiro corte com tesoura de pontas finas, continuando a incisão com tesoura ou bisturi, seguindo o padrão indicado pelas linhas tracejadas da Figura 1B. Não é necessário retirar o tegumento de todos os membros, bastando o de um anterior e um posterior. Para tanto, fazer as incisões circulares indicadas na figura a fim de isolar o tegumento que recobre os membros. Retirar o tegumento a partir dos membros posteriores, levantando-o em direção à cabeça. O tegumento que recobre a cabeça deve ser totalmente retirado.
sistema digestivo
1. Cavidade oral (Figura 2)• Abrir a boca do animal e observar, no interior da cavida-
de oral, as estruturas relacionadas abaixo.• Língua – notar como ela se prende• Coanas – dois orifícios situados na porção rostral e que co-
municam a cavidade nasal com a oral.• Abertura das trompas de Eustáquio (abertura do ouvido
médio na cavidade oral) – situam-se posteriormente à saliência dos olhos.
• Abertura do esôfago – uma fenda transversal situada no fundo da cavidade oral.
• Glote – abertura em fenda longitudinal na laringe; en-contra-se em uma protuberância da mucosa oral.
• Faringe – região situada imediatamente atrás da cavidade oral.
Figura 1. Rã em vista dorsal (A) e ventral (B). / Fonte: Hofling et al., 1995. Adaptado: USP/UNIVESP.
Figura 2. Cavidade oral da rã. / Fonte: Hofling et al., 1995. Adaptado: USP/UNIVESP.
10 Caderno do Aluno: Atividade Presencial | 02.Jun.2012
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2. Cavidade pleuroperitonealPara expor as vísceras contidas na cavidade pleuroperitoneal, fazer as incisões com tesoura de pontas finas segundo
as linhas contínuas representadas na figura 3A. Notar que a incisão longitudinal deve ser paramediana (direita ou esquerda), a fim de não seccionar a veia abdominal que se encontra acolada à parede interna da musculatura ventral do corpo. Rebater a musculatura e prendê-la com alfinetes à cuba de dissecção, expondo as vísceras (Figura 3B). Com um osteótomo, realizar a incisão representada pela linha tracejada (Figura 3A), tomando-se o devido cuidado para não danificar os tecidos subjacentes à cintura escapular. Afastar cuidadosamente as estruturas seccionadas para os lados, expondo o coração e os grandes vasos (Figura 3B).
Realizar as observações relacionadas a seguir (Figuras 3B e 4).• Esôfago – Tubo curto que se estende da faringe até o estômago.• Estômago – Um saco esbranquiçado, parcialmente recoberto pelo fígado, no lado esquerdo da cavidade
pleuroperitoneal.• Intestino delgado – Um tubo mais fino que se continua da parte posterior do estômago. Subdivide-se em:• duodeno – parte anterior do intestino delgado: corresponde à primeira alça intestinal, localizada ao lado do estômago;• jejuno – região mediana do intestino delgado;• íleo – região posterior do intestino delgado.• Intestino grosso – Tubo curto e alargado que se estende pela região pélvica.• Pâncreas – Estrutura alongada de cor rosada localizada no mesentério entre o estômago e a alça duodenal.• Fígado – Órgão marrom-avermelhado, subdivido em dois grandes lobos hepáticos (direito e esquerdo).• Vesícula biliar – Estrutura globular esverdeada, situada entre os lobos hepáticos.• Baço – Estrutura compacta globosa, avermelhada, localizada no mesentério, dorsalmente às alças intestinais.• Cloaca – Sua abertura externa é uma fenda dorso-ventral (Figura 1A).
sistema respiratório
Nos anfíbios atuais a respiração cutânea é muito desenvolvida. O tegumento, sendo delgado, úmido e muito irriga-do, é capaz de realizar grande parte do intercâmbio gasoso. O sistema capilar do tegumento recebe sangue venoso das ramificações da artéria cutânea e o sangue arterial volta ao coração pelas veias músculo-cutâneas, que desembocam nas veias cavas anteriores (Figura 5). Porém, nas rãs, a maior parte das trocas gasosas é executada pelos pulmões.
Observar as estruturas relacionadas abaixo.• Narinas (Figura 1A).• Coanas – Duas aberturas situadas na região anterior do palato (Figura 2).• Faringe – Região comum ao sistema digestivo e sistema respiratório.• Glote – Abertura da laringe, em forma de fenda (Figura 2).• Laringe – Tubo curto, sustentado por cartilagens (Figura 6A). Entre os Anura, a traquéia só está presente nos
Pipidae, tendo sido perdida nos outros grupos.• Pulmões – Em forma de sacos translúcidos e pouco septados internamente (Figura 6A).
sistema CardiovasCular
1. Coração (Figura 7)• Seio venoso – Possui parede fina, em forma de saco e liga-se ao átrio direito na região dorsal do corpo. É
formado pela união de três veias (veia cava posterior, veia cava anterior direita e veia cava anterior esquerda).• Dois átrios – Localizam-se anteriormente no coração. São facilmente reconhecíveis pelas suas paredes finas
e cor escura. Internamente, encontram-se separados por um septo inter-atrial.• Ventrículo – Cônico, com parede espessa, sendo uma câmara única sem divisão interna; em corte, apresenta
aspecto esponjoso.2. Vasos principais (Figura 7.5)
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sistema arterial
• Cone arterial – É um vaso de parede espessa que se origina na base do ventrículo, ao lado direito da superfície ven-tral. Do cone arterial partem dois ramos simétricos (troncos arteriais), septados internamente, que se dividem em:
• artérias carótidas comuns esquerda e direita – Que se ramificam em carótida externa (irriga a língua e assoalho da boca) e carótida interna (irriga o restante da cabeça);
• arcos sistêmicos (= aórticos) – Circundam o esôfago em direção à região dorsal do animal; da união dos dois forma-se a aorta dorsal (Figura 6B). Pouco antes da curvatura destes arcos para a região dorsal, originam-se as artérias subclávias e as pulmocutâneas. As últimas irrigam os pulmões e o tegumento.
• Aorta dorsal – É a principal artéria que corre na região dorsal do corpo e que envia sangue para toda a região posterior do animal. Desta artéria partem vasos que irrigam os diferentes órgãos do corpo, assim como os membros posteriores (Figuras 4 e 6B).
sistema venoso
• Veia cava posterior (= cava posterior) – Corre na região dorsal, paralelamente à aorta dorsal. Recebe sangue de todos os órgão posteriores do corpo e dos membros posteriores, através das veias correspondentes (Figuras 4, 6A e 6B). Desemboca no seio venoso.
• Veias cavas anteriores (= cavas craniais) direita e esquerda – Recebm todo o sangue proveniente da cabeça, dos membros anteriores e do tegumento. As principais veias que desembocam nas veias cavas anteriores são as veias inominadas, as jugulares esternas e as subclávias. As veias cavas anteriores abrem-se no seio venoso.
• Veias pulmonares – Levam o sangue oxigenado dos pulmões para o átrio esquerdo, onde desembocam.
sistema exCretor
• bexiga urinária – Duas amplas expansões ventrais de paredes translúcidas unidas na região mediana. Comunicam-se com a região ventral da cloaca.
• Rins – Amarrar o intestino terminal (o reto) an-teriormente à região da bexiga urinária, cortá-lo posteriormente a esta ligadura e rebatê-lo para o lado direito do animal. Liberar suas alças, sec-cionando o mesentério que as envolve. Observar os rins, de cor castanho-avermelhada, acolados à coluna vertebral.
• Glândulas adrenais (= supra-renais) – Observáveis na face ventral dos rins como corpos achatados, alongados e de cor amarela. Em animais fixados, sua visualização pode ser difícil.
sistema reprodutor
Fêmea (Figura 6A)• Corpo adiposo• Ovário• Funil do oviduto• OvidutoMacho (Figura 6B)• Corpo adiposo• Testículos• Ductos arquinéfricosObs. Estude exemplares dos dois sexos.
Figura 3. Rã em vista ventral. I. Indicação das incisões para exposição das vísceras. II. Visceras expostas. / Fonte: Hofling et al., 1995. Adaptado: USP/UNIVESP.
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Figura 5. Rã em vista ventral, evidenciando o coração e os principais vasos aferentes e eferentes. / Fonte: Hofling et al., 1995. Adaptado: USP/UNIVESP.
Figura 6A. Rã fêmea em vista ventral. / Fonte: Hofling et al., 1995. Adaptado: USP/UNIVESP.
Figura 6B. Rã macho em vista ventral. / Fonte: Hofling et al., 1995. Adaptado: USP/UNIVESP.
Figura 4. Rã em vista ventral: tubo digestivo e glândulas anexas, baço e alguns vasos associados. O logo esquerdo e parte do logo direito do fígado foram removidos. / Fonte: Hofling et al., 1995. Adaptado: USP/UNIVESP.
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Figura 7. coração da rã: A. Vista ventral; B. Vista Dorsal; C. Coração seccionado frontalmente. / Fonte: Hofling et al., 1995. Adaptado: USP/UNIVESP.
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