PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃOPROJETO DE MESTRADO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE
AVALIAÇÃO DA INFLAMAÇÃO NAS FASES INICIAL E TARDIA DO TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR
GILMARA PEIXOTO RISTER
ORIENTADOR:Prof. Dr. Alexandre Duarte Gigante
Colaboradora:Profa. Dra. Eliana Peresi Lordelo
Presidente Prudente - SP2017
RESUMO
O transtorno afetivo bipolar (TAB) é transtorno mental grave
caracterizado por alterações do humor, distúrbios do ritmo circadiano e por
constantes flutuações nos níveis de energia, afeto, sono e cognição. A doença é
crônica e costuma ter início em adultos jovens, porém pode também começar em
indivíduos em faixas etárias mais tardias. Os episodios de variação do humor são
denominados de mania ou depressão; são recorrentes, de duração variável e
intercalados por períodos de normalidade do humor ou eutimia. O TAB apresenta
grande morbidade, mortalidade e impacto socio-econômico, uma vez que se associa
a elevadas taxas de recorrência, remissão incompleta e recuperação parcial entre os
episodios. Mais da metade dos portadores apresentam comorbidades clínicas e
utilizam com frequência os serviços de saúde. Mesmo em tratamento, é comum a
persistência de sintomas residuais e um comprometimento importante da
capacidade funcional e cognitiva dos pacientes. Diversos estudos evidenciam os
prejuízos da doença na plasticidade e sobrevivência neuronal e sua influência na
ação de neurotransmissores, hormônios, neurotrofinas e mediadores inflamatorios.
Pretende-se estudar a presença de biomarcadores inflamatorios em pacientes
bipolares no início da doença, com muitos anos de doença e em controles
saudáveis. Serão realizadas entrevistas estruturadas com intuito de diagnosticar a
doença e avaliar o estado de humor atual dos pacientes. Serão coletadas amostras
de sangue para identificar alterações bioquímicas sugestivas de atividade
inflamatoria Proteína C Reativa (PCR), Velocidade de Hemossedimentação (VHS),
alfa-1 Glicoproteína Ácida (AGA), Eletroforese de Proteínas (EP), citocinas
Interleucina 2 (IL-2), Interleucina 6 (IL-6), Interleucina 10 (IL-10), Fator de Necrose
Tumoral - alfa (TNF-) e oxido nítrico (NO), nos grupos de pacientes e nos controles.
A associação entre citocinas inflamatorias e o tempo de doença pode contribuir para
uma abordagem terapêutica que tenha como foco aspectos preventivos da
neuroprogressão do transtorno afetivo bipolar, colaborando para a busca da
compreensão da neurobiologia, além da descoberta de biomarcadores que poderão
levar ao desenvolvimento de novas estratégias de tratamento e melhor prognostico
aos pacientes bipolares.
Palavras-chave: Transtorno Bipolar. Inflamação. Interleucinas.
1. INTRODUÇÃO
O transtorno afetivo bipolar (TAB) é uma condição neuropsiquiátrica
grave caracterizada por uma instabilidade crônica do humor, distúrbios do ritmo
circadiano e por constantes flutuações nos níveis de energia, afeto, sono, cognição e
outros (Muneer, 2016).
A doença geralmente manifesta-se entre 18 e 24 anos de idade,
podendo atingir todas as faixas etárias. Os períodos de variações do humor são
denominados episodios de mania ou de acordo com os sintomas apresentados pelo
paciente. Estes episodios depressão são recorrentes, de duração variável,
intercalados por períodos de normalidade do humor, denominados de eutimia.
Durante a fase de mania, o paciente apresenta humor persistentemente elevado,
expansivo ou irritável, otimismo extremo, além de aumento do ritmo de pensamentos
e da fala, aumento da libido, agitação, impaciência, insônia e dificuldade de
concentração. A fase depressiva é caracterizada por tristeza, sentimento de culpa,
ansiedade, fadiga, anergia, dificuldade de raciocínio, alterações do sono e do
apetite, baixa autoestima, dificuldade de sentir alegria ou prazer, distraibilidade e
pensamentos suicidas (Emilien et. al. 2007).
Os subtipos de TAB são classificados de acordo com os tipos de
episodios apresentados ao longo do curso da doença. Portadores de TAB tipo I têm
pelo menos um episodio de mania ou misto durante o curso da doença, mas
normalmente os episodios são mais numerosos e alternados por episodios
depressivos, enquanto portadores de TAB tipo II apresentam episodios de
depressão e hipomania, sem apresentar episodios de mania. Há também pacientes
que apresentam sintomas mais leves, de ambos os polos, sem evolução para os
episodios mais intensos, e que são diagnosticados como portadores de ciclotimia.
Alguns indivíduos apresentam quatro ou mais episodios em um ano e são
classificados como cicladores rápidos (Bauer et al., 2008).
O TAB tipo I tem prevalência de 1%, enquanto o TAB tipo II atinge 5%
da população (Belmaker, 2004; Benazzi, 2007). Em relação a distribuição entre os
sexos, no TAB tipo I, a prevalência é igualmente comum entre homens e mulheres, o
que difere da depressão unipolar, cuja prevalência em mulheres é claramente maior
que em homens (Bauer; Pfennig, 2005).
O transtorno afetivo bipolar confere grande morbidade, mortalidade e
impacto socio-econômico, tendo em vista que alterações de humor ocorrem em
cerca de dois terços do tempo de vida do paciente (Judd et. al., 2003). Além disso,
50 a 70% dos pacientes desenvolvem outros transtornos psiquiátricos (Krishnan,
2005) e cerca de 50% dos pacientes apresentam ainda doenças não neurologicas,
principalmente diabetes, doenças da tireoide, obesidade, hipercolesterolemia,
hipertensão e doenças cardíacas (Beyer et. al., 2005). Os indivíduos com TAB
também demonstram aumentos significativos quanto a utilização de serviços de
saúde ao longo da vida, se comparados a pessoas sem outras doenças psiquiátricas
(Judd & Akiskal, 2003).
A doença associa-se a elevadas taxas de recorrência, com remissão
incompleta entre os episodios, e a persistência de sintomas ativos em mais da
metade da vida dos doentes a despeito do tratamento, condicionando a um
comprometimento importante da funcionalidade social e da autonomia dos pacientes
(Videira Dias, 2008). Em 2020, o TAB poderá ser a sexta causa, em todo o mundo,
de anos perdidos devido a incapacitação no grupo de 15 a 44 anos de idade
(Murray; Lopez, 1996). A incapacitação devido a doença está intimamente associada
a presença de um maior número de episodios, maior duração da doença e a
presença de sintomas subclínicos entre os episodios (Denicoff, et al., 1999; Zubieta,
et al., 2001; Martinez- Áran, et al., 2011). O atraso no diagnostico e tratamento do
TAB também pode causar grande prejuízo, aumentando a gravidade dos sintomas, o
declínio cognitivo e funcional em longo prazo (Post, 2010; Goi, et. al., 2013).
Com relação ao curso da doença, antes se pensava que sua evolução
era benigna, manifesta por uma alternância de episodios depressivos, maníacos e
períodos de eutimia, com recuperação total no período intercrítico. Atualmente,
porém, há evidências de que, conforme aumenta o número de episodios, diminui o
tempo de eutimia (Rosa et. al., 2007; Reinares et. al., 2010) e piora a resposta a
determinados tratamentos, como o lítio (Rosa et. al., 2014). As evidências dos
prejuízos longitudinais do TAB ainda incluem uma relação inversamente
proporcional entre o desempenho em funções cognitivas e o número de episodios de
humor, número de internações e o número de anos de doença (Swann et. al., 1999).
No tocante a patogênese do TAB, estudos atuais indicam que o
comprometimento da neuroplasticidade e sobrevivência neuronal sejam os principais
eventos envolvidos (Santos et. al., 2014). Esses eventos são influenciados por
vários fatores, como a ação harmônica de neurotransmissores, hormônios,
neurotrofinas e mediadores inflamatorios, como as citocinas (Brietzke & Kapczinski,
2008).
Biomarcadores periféricos, como citocinas, neurotrofinas e marcadores
de estresse oxidativo (oxidação de lipídios, proteínas e ácidos nucléicos) estão
relacionados a fisiopatologia do TAB (Kapczinski et. al., 2011). Estudos recentes têm
conseguido demonstrar que muitos destes marcadores distinguem fases iniciais de
fases tardias da doença (Kauer-Sant’Anna et. al., 2009). Ademais, a avaliação do
índice de toxicidade sistêmica (análise conjunta de neurotrofinas, marcadores
inflamatorios e marcadores de estresse oxidativo), mostrou diferenças entre
pacientes com TAB (eutímicos, deprimidos e maníacos) e controles, demonstrando o
caráter sistêmico desse transtorno (Kapczinski et. al., 2010).
A análise de um pool de biomarcadores (marcadores inflamatorios, de
estresse oxidativo e neurotrofinas) demonstrou que pacientes com TAB em
episodios agudos têm um índice de toxicidade sistêmica significativamente maior
que controles saudáveis, mas inferiores a pacientes em sepse (Kapczinski et. al.,
2010).
Os biomarcadores podem variar significativamente entre os estágios
precoces e tardios do TAB (Kauer-Sant'Anna et. al., 2009; Andreazza et. al., 2009).
Os níveis séricos de TNF-α (Fator de Necrose Tumoral-α) e IL-6 (Interleucina-6)
mostraram-se aumentados nos estágios iniciais e tardios do TAB, comparados com
controles, enquanto os níveis séricos de BDNF estão diminuídos no estágio tardio,
mas não no precoce; os níveis de IL-10 (Interleucina-10) também estão diminuídos
no estágio avançado da doença (Kauer-Sant'Anna et. al., 2009).
Na revisão de Santos et. al. (2014), foram identificados 25 trabalhos
que avaliaram os níveis séricos ou plasmáticos de citocinas em pacientes com TAB.
Embora os estudos apresentem resultados conflitantes quanto aos níveis de
citocinas pro e anti-inflamatorias no soro ou plasma de pacientes com TAB, existe
uma tendência para um perfil pro-inflamatorio nos pacientes em fase de depressão e
mania.
Dentre os marcadores de estresse oxidativo e inflamação, o oxido
nítrico (NO) tem sido bastante estudado. Como a meia-vida deste metabolito é curta
para a determinação direta da sua produção, muitos estudos avaliam a
concentração de outros metabolitos mais estáveis, como o NO2- e NO3
-, conhecidos
como NOx-, para a avaliação do estresse oxidativo associado ao NO (Tarpey and
Fridovich, 2001). Diversos estudos verificaram um aumento de NOx- em pacientes
com TAB, sugerindo seu envolvimento na patogênese da doença (Selek et al., 2008,
Ceylan 2011; Kittel-Schneider 2015).
Com base nas evidências clínicas e neurobiologicas da progressão da
doença os modelos de estadiamento estão começando a ser desenvolvidos. De
forma similar a abordagem adotada para algumas condições médicas gerais, um
modelo de estadiamento eficaz poderá fornecer uma estrutura para a avaliação e
para o direcionamento mais apropriado dos esforços terapêuticos, com vistas a
reduzir impactos funcionais e cognitivos futuros (Taylor et. al., 2011).
2. JUSTIFICATIVA
Os estudos sobre o papel das citocinas em processos neurais e o
envolvimento dessas substâncias na etiopatogenia do transtorno afetivo bipolar são
recentes e ainda existem poucos achados significativos que demonstrem a relação
entre aspectos inflamatorios e a fisiopatologia da doença. Assim, avaliar a
associação entre marcadores inflamatorios e o tempo de doença pode contribuir
para melhor entendermos o papel da inflamação na neuroprogressão associada ao
curso crônico do transtorno afetivo bipolar. No futuro, a identificação de
biomarcadores associados ao tempo de doença poderá levar ao desenvolvimento de
novas estratégias de tratamento e a um melhor prognostico para os pacientes
bipolares.
3. OBJETIVO
3.1. OBJETIVO GERAL
Analisar a influência da resposta inflamatoria em pacientes com
transtorno afetivo bipolar (TAB) em diferentes fases da doença.
3.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
3.2.1. Avaliar os níveis de marcadores de fase aguda, Proteína C
Reativa (PCR), Velocidade de Hemossedimentação (VHS), alfa-1 Glicoproteína
Ácida (AGA) e Eletroforese de Proteínas (EP), nos pacientes TAB com até 5 anos
de doença, pacientes TAB com 20 anos ou mais de doença e nos controles.
3.2.2. Dosar os níveis séricos das citocinas inflamatorias IL-2, IL-6 e
TNF- e anti-inflamatoria IL-10 nos pacientes TAB com até 5 anos, pacientes TAB
com 20 anos ou mais de doença e nos controles.
3.2.3. Dosar os níveis séricos de NO nos pacientes TAB com até 5
anos, pacientes TAB com 20 anos ou mais de doença e nos controles.
3.2.4. Comparar as medidas de PCR, VHS, AGA, EP, IL-2, IL-6, TNF-α,
IL-10 e NO entre os pacientes TAB com até 5 anos de doença, pacientes com TAB
há 20 anos ou mais de doença e os controles.
4. CASUÍSTICA E MÉTODOS
4.1. TIPO DE ESTUDO
Será realizado um estudo observacional, quantitativo, de corte
transversal, com comparações entre grupos de pacientes e controles.
4.2. LOCAL DO ESTUDO
Como local do estudo será escolhido o Ambulatorio de Especialidades
Psiquiátricas do PAI - Polo de Atenção Intensiva em Saúde Mental do Hospital
Regional de Presidente Prudente. O referido Ambulatorio está localizado em um
hospital terciário do interior do Estado de São Paulo, que é referência no
atendimento psiquiátrico da região.
4.3. POPULAÇÃO DO ESTUDO
Serão selecionados como sujeitos da pesquisa pacientes com
diagnostico de TAB que estejam em estado de eutimia há pelo menos 2 semanas.
Os pacientes bipolares serão divididos em dois grupos. O primeiro grupo será de
pacientes com até 5 anos de doença e o segundo grupo será composto por
pacientes com 20 anos ou mais de doença. Cada grupo será composto por 30
pacientes.
Como critério de inclusão para esta população exige-se idade superior
a 18 anos e estar em acompanhamento regular no Ambulatorio de Especialidades
Psiquiátricas do PAI. Serão excluídos aqueles pacientes que estejam ou possuam
alguma patologia clínica concomitante que possa aumentar os níveis de marcadores
de inflamação séricos (gripes, artrite reumatoide, infecções agudas, etc.) e também
aqueles que estejam em uso de anti-inflamatorios orais.
Como grupo de controle, serão escolhidos para participar da pesquisa
30 indivíduos saudáveis, sem diagnostico de TAB e sem doença clínica inflamatoria.
Para cada caso será escolhido um controle com igual idade e sexo. Os controles
serão recrutados através de divulgação na comunidade.
Serão incluídos os indivíduos que concordarem em participar da
pesquisa, apos o devido esclarecimento e assinatura do Termo de Consentimento
Livre e Esclarecido (TCLE).
4.4. AVALIAÇÃO DOS DADOS CLÍNICOS E SOCIODEMOGRÁFICOS
Os indíviduos da pesquisa deverão responder a escalas para avaliar o
estado de humor atual e certificar de que estejam eutímicos. Para avaliação dos
sintomas de depressão e mania serão aplicadas as seguintes escalas:
1. Escala de Avaliação de Depressão de Hamilton. Essa escala foi
criada por Hamilton et. al. (1967) e traduzida para o português. É
utilizada para avaliar a presença e gravidade dos sintomas
depressivos. É composta por 17 itens, dentre eles humor, culpa,
suicídio, insônia incial, intermediária e tardia, trabalho e atividades,
retardo, agitação, ansiedade psíquica e somática, sintomas somáticos
gastrointestinais e gerais, sintomas genitais, hipocondria e perda de
peso. O tempo de aplicação em torno de 15 a 30 minutos.
2. Escala de mania de Young. É o instrumento mais amplamente
utilizado em estudos clínicos controlados com pacientes maníacos,
desenvolvida por Young et. al. (1978). A escala foi traduzida, adaptada
e modificada para a literatura brasileira por Vilela & Loureiro (2000)
sendo denominada Escala de Avaliação de Mania Modificada. A escala
constitui-se de 11 itens baseados em sintomas centrais da mania
descritos no DSM-IV-TR: (a) humor e afeto elevados; (b) energia e
atividade motora elevadas; (c) interesse sexual; (d) sono; (e)
irritabilidade; (f) velocidade e quantidade de fala; (g) linguagem
(distúrbio do pensamento); (h) conteúdo do pensamento; (i)
comportamento disruptivo agressivo; (j) aparência e (k) insight.
Para avaliação breve do funcionamento será aplicado o Teste Breve de
Avaliação Funcional (FAST). Este instrumento foi desenvolvido por Rosa et. al.
(2007) e validado para avaliar o comprometimento funcional dos pacientes com
transtorno afetivo bipolar nos últimos 15 dias que antecedem a entrevista. Consiste
em 24 itens, divididos nos seguintes domínios: autonomia, funcionamento
ocupacional, funcionamento cognitivo, aspectos financeiros, relacionamentos
interpessoais e tempo de lazer.
Para a avaliação do grau de severidade da doença será aplicado a
Escala de Impressão Clínica Global (CGI-S). Desenvolvida por Guy (1976), será
utilizada para avaliar a gravidade do quadro clínico atual. É pontuada da seguinte
forma de acordo com a avaliação clínica realizada por examinador experiente: 1.
Não avaliado, 2. Não está doente, 3. Muito leve, 4. Leve, 5. Moderada, 6.
Acentuada, 7. Grave, 8. Extremamente grave.
Para a avaliação sociodemográfica e clínica os participantes da pesquisa
terão que responder a um questionário desenvolvido pelos autores.
4.5. AVALIAÇÃO DA RESPOSTA INFLAMATÓRIA
4.5.1. Marcadores de fase aguda
A avaliação dos marcadores de fase aguda PCR, VHS, AGA e EP será
realizada através dos dados de pronturários, por se tratarem de exames de rotina
processados pelo laboratorio do Hospital Regional de Presidente Prudente.
4.5.2. Citocinas e óxido nítrico (NO)
Serão coletados 8,5ml de amostra de sangue periférico em tubo com
gel de todos os grupos do estudo em um único momento, assepticamente por
procedimento padrão por um profissional qualificado.
O soro obtido será armazenado a –20ºC e, posteriormente, transferido
para armazenagem a –80ºC até o momento de seu uso.
A dosagem dos níveis séricos das citocinas IL-2, IL-6, TNF- e IL-10
será realizada pela técnica de CBA e analisada pela citometria de fluxo, de acordo
com as indicações do fabricante.
A dosagem de NO será realizada pela técnica de ELISA, de acordo
com as instruções dos fabricantes.
Além disso, o soro armazenado irá formar um biorrepositorio que ficará
sob a responsabilidade do pesquisador orientador do trabalho e será utilizado para
futuras avaliações da resposta imune.
4.6. Biorrepositório de DNA para a avaliação de polimorfismos gênicos
Serão colhidas amostras de 4 ml de sangue periférico em EDTA uma
única vez dos indivíduos do estudo. O DNA genômico será obtido a partir de
leucocitos empregando-se o reagente comercial DNAzol (Invitrogen, Carlsbad, CA,
USA), de acordo com as instruções do fabricante. Este material será armazenado
em freezer a -80oC, formando um biorrepositorio de DNA, sob a responsabilidade do
pesquisador orientador do trabalho, e será utilizado na avaliação de polimorfismos
genéticos em estudos futuros.
4.7. ANÁLISE ESTATÍSTICA
A amostra será analisada descritivamente para apresentar os dados
clínicos e sociodemográficos da população. Os pacientes serão divididos em 2
grupos segundo a quantidade de anos da doença. As variáveis sociodemográficas e
clínicas serão comparadas entre os grupos de pacientes e os controles empregando
o teste Qui-quadrado ou teste exato de Fisher quando apropriado. O teste de
Kolmogorov-Smirnov será aplicado para verificar a distribuição de variáveis
contínuas. Conforme os resultados, as variáveis contínuas serão conferidas
utilizando os testes paramétricos ou não paramétricos. As análises serão realizadas
utilizando-se o programa estatístico SPSS versão 22.0.0.0.
4.8. ASPECTOS ÉTICOS
O estudo será realizado mediante aprovação do Comitê de Ética em
Pesquisa da Universidade do Oeste Paulista (UNOESTE). A pesquisa deverá
cumprir todas as normas éticas vigentes na Resolução Nº: 466/2012. Para tanto,
será aplicado aos participantes da pesquisa um Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido (TCLE).
5. CRONOGRAMA
ATIVIDADESANO DE 2017jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
Revisão BibliográficaSubmissão do Projeto ao Comitê de ÉticaTrabalho de Campo / Coletas
ATIVIDADESANO DE 2018jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
Análise LaboratorialProcessamento de Dados: Tabulação e AnáliseRedação do TrabalhoData de Entrega da DissertaçãoApresentação Pública
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TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Título da Pesquisa: “Avaliação da inflamação nas fases inicial e tardia do transtorno afetivo bipolar”.
Nome da Pesquisadora: Dra. Gilmara Peixoto Rister
Nome do Orientador: Prof. Dr. Alexandre Duarte Gigante
Colaboradora: Profa. Dra. Eliana Peresi Lordelo
1. Natureza da pesquisa: O sr. (sra.) está sendo convidado (a) a participar desta pesquisa que tem como
finalidade analisar o papel da inflamação nos pacientes com transtorno bipolar.
2. Participantes da pesquisa: 60 pacientes com transtorno bipolar em tratamento no Ambulatório de
Especialidades Psiquiátricas do PAI - Polo de Atenção Intensiva em Saúde Mental do Hospital Regional de
Presidente Prudente e 30 controles saudáveis.
3. Envolvimento na pesquisa: Ao participar deste estudo o sr. (sra.) permitirá que a pesquisadora Gilmara
Peixoto Rister realize entrevistas e colete amostras de sangue para analisar o papel da inflamação nos
pacientes com transtorno bipolar. O sr. (sra.) tem liberdade de se recusar a participar e ainda se recusar a
continuar participando em qualquer fase da pesquisa, sem qualquer prejuízo para a sr. (sra.) e para seu
tratamento neste ambulatório. Sempre que quiser poderá pedir mais informações sobre a pesquisa através do
telefone da pesquisadora do projeto e, se necessário através do telefone do Comitê de Ética em Pesquisa,
que é o órgão que avalia se não há problemas na realização de uma pesquisa com seres humanos.
4. Sobre as entrevistas: As entrevistas serão feitas durante o seu atendimento no Ambulatório de
Especialidades Psiquiátricas do Hospital Regional. Serão aplicadas duas escalas padronizadas, uma para
avaliação de sintomas depressivos e outra para sintomas de mania.
5. Sobre a coleta de exames: Para esta pesquisa, os srs. (as) terão que deixar colher sangue de uma veia do
braço, como fazem normalmente para exames laboratoriais. Estamos solicitando que colham apenas 12,5 ml
para a avaliação de exames de sangue que mostrem inflamação. Além disso, estamos solicitando autorização
para a formação de um biorrepositório de soro e de DNA, para que o material coletado possa ser avaliado
em trabalhos futuros que serão realizados sob a responsabilidade do Prof. Dr. Alexandre Duarte Gigante.
6. Riscos e desconforto: A participação nesta pesquisa não infringe as normas legais e éticas . Estou ciente de
que a participação no estudo trará riscos previsíveis, como, por exemplo, incômodo durante a punção
sanguínea, colabamento da veia e edema no local da punção sanguínea, e de que a quantidade de sangue
necessária é pequena, de apenas 10 ml. Também fui informado (a) de que o material utilizado para a coleta é
estéril e descartável e serão observadas todas as técnicas de assepsia médica. Estou ciente de que os
resultados dos exames serão utilizados somente pela pesquisadora e orientador responsável, e de que eles
estarão disponíveis para responder a quaisquer perguntas, assim como o Comitê de Ética em Pesquisa. Sei,
ainda, que poderei retirar este consentimento a qualquer tempo, sem que isso resulte em nenhum prejuízo a
minha pessoa. Os procedimentos adotados nesta pesquisa obedecem aos Critérios da Ética em Pesquisa com
Seres Humanos conforme Resolução no. 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde. Nenhum dos
procedimentos usados oferece riscos à sua dignidade.
7. Confidencialidade: Todas as informações coletadas neste estudo são estritamente confidenciais. Somente a
pesquisadora e seu orientador (e/ou equipe de pesquisa) terão conhecimento de sua identidade e nos
comprometemos a mantê-la em sigilo ao publicar os resultados dessa pesquisa.
8. Benefícios: Ao participar desta pesquisa o sr. (sra.) não terá nenhum benefício direto. Entretanto, esperamos
que este estudo traga informações importantes sobre o papel da inflamação no transtorno afetivo bipolar, de
forma que o conhecimento que será construído a partir desta pesquisa possa ajudar a prevenir o avanço da
inflamação e seus danos no cérebro de pacientes com transtorno bipolar, onde a pesquisadora e o orientador
se comprometem a divulgar os resultados obtidos, respeitando-se o sigilo das informações coletadas,
conforme previsto no item anterior.
9. Pagamento: O sr. (sra.) não terá nenhum tipo de despesa para participar desta pesquisa, bem como nada
será pago por sua participação.
Após estes esclarecimentos, solicitamos o seu consentimento de forma livre para participar desta
pesquisa. Portanto preencha, por favor, os itens que se seguem:
Confiro que recebi uma via deste termo de consentimento, e autorizo a execução do trabalho de
pesquisa e a divulgação dos dados obtidos neste estudo.
Obs: Não assine esse termo se ainda tiver dúvida a respeito.
Tendo em vista os itens acima apresentados,
eu,_________________________________________________________________, de forma livre e
esclarecida, manifesto meu consentimento em participar da pesquisa.
___________________________________
Assinatura do Participante da Pesquisa
__________________________________
Assinatura do Pesquisador
___________________________________
Assinatura do Orientador
Pesquisadora: Dra. Gilmara Peixoto Rister telefone: (18) 3917-4583
Orientador: Prof. Dr. Alexandre Duarte Gigante telefone: (18) 3223-3203
Coordenadora do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP): Profa. Dra. Gisele Alborghetti Nai
Vice-Coordenadora do CEP: Profa. Dra. Rosa Maria Barilli Nogueira.
Telefone do Comitê: (18) 3229-2077 - E-mail: [email protected]
ANEXO 1
Questionário sociodemográfico
Nome ________________________________Idade ______SexoMasculino FemininoOutro: __________________
Escolaridade:Ensino SuperiorEnsino MédioEnsino FundamentalAnalfabeto
Estado civil:Casado (a)União estávelSolteiro (a)Divorciado (a)Viúvo (a)
Cor ou raça/etnia:BrancaPretaPardaAmarelaIndígenaOutro: __________________
Profissão:_________________________
Situação laborativa:EmpregadoDesempregadoAfastamento previdenciário (auxílio doença)AposentadoriaOutro:Renda familiar
Número de salários mínimos:1 2 3 4 5 6 7
ANEXO 2
Questionário clínico
Primeiro episodio:ManiaDepressãoMistoN/E
Idade do primeiro episodio:______ Anos de doença: ______Números de episodio da doença: ______
Número de episodios depressivos: ______Tempo no estado depressivo: ______
Número de episodios maníacos: ______Tempo no estado maníaco: ______
Número de episodios hipomaníacos: ______Tempo no estado hipomaníaco: ______
Número de episodios mistos: ______Tempo no estado misto: ______
Internações: ______
Presença de psicose em episodio anterior:SimNãoNão sabe
Presença de ciclagem rápida:SimNãoNão sabe
Uso de atual de psicofármacos:
Carbonato de LítioÁcido Valproico/DivalproatoCarbamazepina/OxcarbazepinaTopiramatoClozapinaOlanzapinaRisperidonaQuetiapinaAripiprazolZiprasidonaHaloperidolClorpromazinaLevomepromazinaFluoxetinaSertralinaCitalopramEscitalopramVenlafaxinaDesvenlafaxina
BupropionaMirtazapinaTrazodonaClonazepamAlprazolamLorazepamBromazepamDiazepamOutro:____________________
Tempo do uso do psicofármacos: ________________________________________Dose dos psicofármacos:__________________________________________________________________________________________________________________________
Uso/abuso atual de substâncias psicoativas:
Uso social Uso nocivo Dependência Abstinência Outro
ÁlcoolTabacoCocaína e derivadosCanabinoidesAlucinogenosEstimulantesCafeínaOpiáceosSolventesBenzodiazepínicosOutras
Sem uso de substâncias psicoativas
Comorbidades psiquiátricas atuais:
Transtorno de ansiedade generalizadaTranstorno obsessivo compulsivoTranstorno de pânicoTranstornos fobico-ansiososTranstorno de estresse pos-traumáticoTranstorno de personalidadeTranstorno delirante persistenteTranstorno somatoformeTranstorno dissociativoTranstorno alimentarRetardo MentalDependência de substânciasSem comorbidade psiquiátricaOutro: ____________________
Comorbidades clínicas:
HipertensãoDiabetes MellitusHipotireodismoHipertireoidismoInfarto agudo do miocárdio
ValvulopatiaArritmiasAVE isquêmicoAVE hemorrágicoDislipidemiaCoagulopatiaDoença ortopédicaDemênciaDoença neurologicaDoença inflamatoria agudaDoença inflamatoria crônicaEnxaquecaSem comorbidade clínicaOutro: ____________________
Uso atual de medicamentos: AntihipertensivosAntilipêmicosHipoglicemiantesAnalgésicosAntiinflamatorios não hormonaisAntiinflamatorios hormonaisAntineoplásicosAnticoagulantesAntibioticosAntifúngicosAntiviraisOutro: ____________________
ANEXO 3
Escala de depressão de Hamilton - 17
Em cada item, escolha o escore que melhor caracteriza o paciente na última semana.
HUMOR DEPRIMIDO (Tristeza, desesperança, desamparo, inutilidade)(0) Ausente(1) Sentimentos relatados apenas ao ser inquirido.(2) Sentimentos relatados espontaneamente com palavras.(3) Comunica os sentimentos não com palavras, isto é, com a expressão facial, a postura, a voz e a tendência ao choro.(4) Sentimentos deduzidos da comunicação verbal e não-verbal do paciente.
SENTIMENTOS DE CULPA(0) Ausente(1) Auto-recriminação; sente que decepcionou os outros.(2) Ideias de culpa ou ruminação sobre erros passados ou más ações.(3) A doença atual é um castigo ou punição.(4) Ouve vozes de acusação ou denúncia e/ou tem alucinações visuais ameaçadoras.
SUICÍDIO(0) Ausente.(1) Sente que a vida não vale a pena.(2) Desejaria estar morto ou pensa na probabilidade de sua propria morte.(3) Ideias ou gestos suicidas.(4) Tentativas de suicídio.
INSÔNIA INICIAL(0) Sem dificuldades para iniciar o sono.(1) Queixa de dificuldade ocasional para iniciar o sono, ou seja, mais que meia hora(2) Queixa de dificuldade para iniciar o sono todas as noites.
INSÔNIA INTERMEDIÁRIA(0) Sem dificuldade(1) Queixa de agitação e perturbação durante a noite(2) Acorda durante a noite - qualquer saída da cama (exceto por motivos de necessidade fisiologica).
INSÔNIA TARDIA(0) Sem dificuldade(1) Acorda durante a madrugada, mas volta a dormir(2) Não consegue voltar a dormir se levantar da cama durante a noite
TRABALHO E ATIVIDADES(0) Sem dificuldades(1) Pensamentos e sentimentos de incapacidade, fadiga ou fraqueza, relacionados a atividades, trabalho ou passatempos(2) Perda de interesse em atividades, passatempos ou trabalho, quer relatado diretamente pelo paciente, quer indiretamente por desatenção, indecisão ou vacilação (sente que precisa se esforçar para o trabalho ou outras atividades)(3) Diminuição no tempo gasto em atividades ou queda de produtividade. No hospital, o paciente ocupa-se por menos de três horas por dia em atividades (trabalho hospitalar ou passatempos) com exceção das tarefas rotineiras da enfermaria.(4) Parou de trabalhar devido a doença atual. No hospital, sem atividades, com exceção das tarefas rotineiras da enfermaria, ou se não consegue realizá-las sem ajuda
RETARDO (Lentificação do pensamento e da fala, dificuldade de concentração, diminuição da atividade motora)(0) Pensamentos e fala normais(1) Lentificação discreta a entrevista
(2) Lentificação obvia durante a entrevista(3) Entrevista difícil(4) Estupor completo
AGITAÇÃO(0) Nenhuma(1) Inquietação(2) Mexe as mãos, cabelos, etc.(3) Movimenta-se bastante, não consegue ficar sentado durante a entrevista(4) Retorce as mãos, roi as unhas, puxa os cabelos, morde os lábios
ANSIEDADE PSÍQUICA(0) Sem dificuldade(1) Tensão e irritabilidade subjetivas(2) Preocupa-se com trivialidades(3) Atitude apreensiva aparente no rosto ou na fala(4) Paciente expressa medo sem ser perguntado
ANSIEDADE SOMÁTICA(0) Ausente(1) Duvidoso ou trivial: sintomas menores, relatados quando questionados(2) Leve: paciente descreve espontaneamente os sintomas, que não são acentuados ou incapacitantes(3) Moderado: mais do que 2 sintomas e com maior freqüência. São acompanhados de estresse subjetivo e prejudicam o funcionamento normal(4) Grave: numerosos sintomas, persistentes e incapacitantes na maior parte do tempo, ou ataques de pânico quase diariamente
SINTOMAS GASTRINTESTINAIS(0) Nenhum(1) Perda de apetite, mas come sem necessidade de insistência(2) Dificuldade para comer se não insistirem
SINTOMAS SOMÁTICOS GERAIS(0) Nenhum(1) Peso em membros, costas ou cabeça; dor nas costas, na cabeça ou nos músculos. Perda de energia e fatigabilidade(2) Qualquer sintoma bem caracterizado e nítidoSINTOMAS GENITAIS (perda de libido, distúrbios menstruais)(0) Ausentes(1) Leves ou infrequentes: perda de libido, desempenho sexual prejudicado(2) Óbvios e graves: perda completa do interesse sexual
HIPOCONDRIA(0) Ausente(1) Auto-observação aumentada (com relação ao corpo)(2) Preocupação com a saúde(3) Queixas frequentes, pedidos de ajuda, etc.(4) Delírios hipocondríacos
PERDA DE PESO (desde o início da doença ou da última avaliação)(0) Sem perda de peso ou perda de peso NÃO causada pela doença atual(1) Perda de peso provavelmente causada pela doença atual. Perda de menos de meio quilo(2) Perda de peso definitivamente causada pela doença atual. Perda de meio quilo ou mais
CRÍTICA (consequência da doença)(0) Reconhece estar deprimido e doente OU não estar deprimido no momento(1) Reconhece estar, mas atribui a causa a má alimentação, ao clima, ao excesso de trabalho, a um vírus, a necessidade de descanso, etc.(2) Nega estar doente
ANEXO 4Escala de Mania Modificada
Humor e afeto elevadosEste item compreende uma sensação difusa e prolongada, subjetivamente experimentada e relatada pelo indivíduo,
caracterizada por sensação de bem-estar, alegria, otimismo, confiança e ânimo. Pode haver um afeto expansivo, ou seja, uma
expressão dos sentimentos exagerada ou sem limites, associada a intensa relação com sentimentos de grandeza (euforia). O
humor pode ou não ser congruente ao conteúdo do pensamento.
(0) Ausência de elevação do humor ou afeto(1) Humor ou afeto discreta ou possivelmente aumentados, quando questionado(2) Relato subjetivo de elevação clara do humor; mostra-se otimista, auto-confiante, alegre; afeto apropriado ao conteúdo do pensamento(3) Afeto elevado ou inapropriado ao conteúdo do pensamento; jocoso(4) Euforico; risos inadequados, cantando(X) Não avaliado
Atividade motora - energia aumentadaEste item compreende a psicomotricidade e expressão corporal apresentada pelo paciente, incluindo a sua capacidade em
controlá-la, variando desde um grau de normalidade, até um estado de agitação, com atividade motora sem finalidade, não
influenciada por estímulos externos. O item compreende ainda o relato subjetivo do paciente, quanto a sensação de energia,
ou seja, capacidade de produzir e agir.
(0) Ausente(1) Relato subjetivo de aumento da energia ou atividade motora(2) Apresenta-se animado ou com gestos aumentados(3) Energia excessiva; as vezes hiperativo; inquieto (mas pode ser acalmado)(4) Excitação motora; hiperatividade contínua (não pode ser acalmado)(X) Não avaliado
Interesse sexualEste item compreende ideias e/ou impulsos persistentes relacionados a questões sexuais, incluindo a capacidade do paciente
em controlá-los. O interesse sexual pode restringir-se a pensamentos e desejos não concretizados, em geral verbalizados
apenas apos solicitação, podendo chegar até a um comportamento sexual frenético e desenfreado, sem qualquer controle ou
crítica quanto a riscos e normas morais.
(0) Normal; sem aumento(1) Discreta ou possivelmente aumentado(2) Descreve aumento subjetivo, quando questionado(3) Conteúdo sexual espontâneo; discurso centrado em questões sexuais; auto- relato de hipersexualidade(4) Relato confirmado ou observação direta de comportamento explicitamente sexualizado, pelo entrevistador ou outras pessoas(X) Não avaliado
SonoEste item inclui a redução ou falta da capacidade de dormir, e/ou a redução ou falta de necessidade de dormir, para sentir-se
bem-disposto e ativo.
(0) Não relata diminuição do sono(1) Dorme menos que a quantidade normal, cerca de 1 hora a menos do que o seu habitual(2) Dorme menos que a quantidade normal, mais que 1 hora a menos do que o seu habitual(3) Relata diminuição da necessidade de sono
(4) Nega necessidade de sono(X) Não avaliado
IrritabilidadeEste item revela a predisposição afetiva para sentimentos/emoções como raiva ou mau-humor, apresentados pelo paciente
frente a estímulos externos. Inclui baixo limiar a frustração, com reações de ira exagerada, podendo chegar a um estado
constante de comportamento desafiador, querelante e hostil.
(0) Ausente(2) Subjetivamente aumentada(4) Irritável em alguns momentos durante a entrevista; episodios recentes (nas últimas 24 horas) de ira ou irritação na enfermaria(6) Irritável durante a maior parte da entrevista; ríspido e lacônico o tempo todo(8) Hostil; não cooperativo; entrevista impossível(X) Não avaliado
Fala (velocidade e quantidade)Este item compreende a velocidade e quantidade do discurso verbal apresentado pelo paciente. Inclui sua capacidade de
percebê-lo e controlá-lo, por exemplo, frente a solicitações para que permaneça em silêncio ou permita que o entrevistador
fale.
(0) Sem aumento(2) Percebe-se mais falante do que o seu habitual(4) Irritável em alguns momentos durante a entrevista; episodios recentes (nas últimas 24 horas) de ira ou irritação na enfermaria(6) Aumento da velocidade ou quantidade da fala em alguns momentos; verborreico, as vezes (com solicitação, consegue-se interromper a fala)(8) Fala pressionada, ininterruptível, contínua (ignora a solicitação do entrevistador)(X) Não avaliado
Linguagem - Distúrbio do pensamentoEste item refere-se a alterações da forma do pensamento, avaliado pelas construções verbais emitidas pelo paciente. O
pensamento pode estar mais ou menos desorganizado, de acordo com a gravidade das alterações formais do pensamento,
descritas a seguir: Circunstancialidade: fala indireta que demora para atingir o ponto desejado, mas eventualmente vai desde o
ponto de origem até o objetivo final, a despeito da superinclusão de detalhes; Tangencialidade: incapacidade para manter
associações do pensamento dirigidas ao objetivo; o paciente nunca chega do ponto inicial ao objetivo final desejado; Fuga de
ideias: verbalizações rápidas e contínuas, ou jogos de palavras que produzem uma constante mudança de uma ideia para
outra; as ideias tendem a estar conectadas e, mesmo em formas menos graves, podem ser difíceis de ser acompanhadas pelo
ouvinte; Ecolalia consonante: repetição automática de palavras ou frases, com entonação e forma que produzem efeito sonoro
de rima; Incoerência: fala ou pensamento essencialmente incompreensíveis aos outros, porque as palavras ou frases são
reunidas sem uma conexão com logica e significado.
(0) Sem alterações(1) Circunstancial; pensamentos rápidos(2) Perde objetivos do pensamento; muda de assuntos freqüentemente; pensamentos muito acelerados(3) Fuga de idéias; tangencialidade; dificuldade para acompanhar o pensamento; ecolalia consonante(4) Incoerência; comunicação impossível(X) Não avaliado
ConteúdoEste item compreende ideias e crenças apresentadas pelo paciente, variando, de acordo com a intensidade, de ideias novas
e/ou incomuns ao paciente, ideação supervalorizada (ou seja, crença falsa, intensamente arraigada, porém susceptível a
argumentação racional), a delírios (crenças falsas, baseadas em inferências incorretas sobre a realidade, inconsistentes com a
inteligência e antecedentes culturais do paciente, e que não podem ser corrigidas pela argumentação). Conteúdos comumente
encontrados no paciente maníaco, incluem: Ideias místicas: de conteúdo religioso; Ideias paranoides: crença de estar sendo
molestado ou perseguido; Ideias de grandeza: concepção exagerada da propria importância, poder ou identidade, incluindo
posses materiais, qualidades incomuns e relacionamentos especiais com personalidades famosas ou entidades místicas;
Ideias de referência: crença de que o comportamento dos outros tem relação consigo proprio ou de que eventos, objetos ou
outras pessoas possuem um significado particular e incomum para si.
(0) Normal(2) Novos interesses e planos compatíveis com a condição socio-cultural do paciente, mas questionáveis(4) Projetos especiais totalmente incompatíveis com a condição socio-econômica do paciente; hiper-religioso(6) Idéias supervalorizadas(8) Delírios(X) Não avaliado
Comportamento disruptivo agressivoEste item compreende a atitude e as respostas do paciente ao entrevistador e a situação da entrevista. O paciente pode
apresentar-se desconfiado ou irônico e sarcástico, mas ainda assim respondendo aos questionamentos, ou então não
cooperativo e francamente agressivo, inviabilizando a entrevista.
(0) Ausente, cooperativo(2) Sarcástico; barulhento, as vezes, desconfiado(4) Ameaça o entrevistador; gritando; entrevista dificultada(6) Agressivo; destrutivo; entrevista impossível(X) Não avaliado
AparênciaEste item compreende a apresentação física do paciente,incluindo aspectos de higiene, asseio e modo de vestir-se.
(0) Arrumado e vestido apropriadamente(1) Descuidado minimamente; adornos ou roupas minimamente inadequados ou exagerados(2) Precariamente asseado; despenteado moderadamente; vestido com exagero(3) Desgrenhado; vestido parcialmente; maquiagem extravagante(4) Completamente descuidado; com muitos adornos e adereços; roupas bizarras(X) Não avaliado
Insight (discernimento)Este item refere-se ao grau de consciência e compreensão do paciente quanto ao fato de estar doente. Varia de um
entendimento adequado (afetivo e intelectual) quanto a presença da doença, passando por concordância apenas frente a
argumentação, chegando a uma negação total de sua enfermidade, referindo estar em seu comportamento normal e não
necessitando de qualquer tratamento.
(0) Insight presente: espontaneamente refere estar doente e concorda com a necessidade de tratamento(1) Insight duvidoso: com argumentação, admite possível doença e necessidade de tratamento(2) Insight prejudicado: espontaneamente admite alteração comportamental, mas não a relaciona com a doença, ou discorda da necessidade de tratamento(3) Insight ausente: com argumentação, admite de forma vaga alteração comportamental, mas não a relaciona com a doença e discorda da necessidade de tratamento(4) Insight ausente: nega a doença, qualquer alteração comportamental e necessidade de tratamento(X) Não avaliado
ANEXO 5
FAST- Teste Breve de Avaliação FuncionalQual é seu grau de dificuldade em relação aos seguintes aspectos?Por favor, pergunte ao paciente as frases abaixo e responda a que melhor descreve seu grau de dificuldade.
AUTONOMIASer responsável pelas tarefas de casa (0) Nenhuma (1) Pouca (2) Bastante (3) Muita
Morar sozinho (0) Nenhuma (1) Pouca (2) Bastante (3) Muita
Fazer as compras de casa (0) Nenhuma (1) Pouca (2) Bastante (3) Muita
Cuidar-se de si mesmo (aspecto físico, higiene) (0) Nenhuma (1) Pouca (2) Bastante (3) Muita
TRABALHORealizar um trabalho remunerado (0) Nenhuma (1) Pouca (2) Bastante (3) Muita
Terminar as tarefas tão rápido quanto era necessário
(0) Nenhuma (1) Pouca (2) Bastante (3) Muita
Obter o rendimento previsto no trabalho (0) Nenhuma (1) Pouca (2) Bastante (3) Muita
Trabalhar de acordo com seu nível de escolaridade (0) Nenhuma (1) Pouca (2) Bastante (3) Muita
Ser remunerado de acordo com o cargo que ocupa (0) Nenhuma (1) Pouca (2) Bastante (3) Muita
COGNIÇÃOConcentrar-se em uma leitura, um filme (0) Nenhuma (1) Pouca (2) Bastante (3) Muita
Fazer cálculos mentais (0) Nenhuma (1) Pouca (2) Bastante (3) Muita
Resolver adequadamente os problemas (0) Nenhuma (1) Pouca (2) Bastante (3) Muita
Lembrar o nome de pessoas novas (0) Nenhuma (1) Pouca (2) Bastante (3) Muita
Aprender uma nova informação (0) Nenhuma (1) Pouca (2) Bastante (3) Muita
FINANÇASAdministrar seu proprio dinheiro (0) Nenhuma (1) Pouca (2) Bastante (3) Muita
Fazer compras equilibradas (0) Nenhuma (1) Pouca (2) Bastante (3) Muita
RELAÇÕES INTERPESSOAISManter uma amizade (0) Nenhuma (1) Pouca (2) Bastante (3) Muita
Participar de atividades sociais (0) Nenhuma (1) Pouca (2) Bastante (3) Muita
Dar-se bem com pessoas a sua volta (0) Nenhuma (1) Pouca (2) Bastante (3) Muita
Convivência familiar (0) Nenhuma (1) Pouca (2) Bastante (3) Muita
Relações sexuais satisfatorias (0) Nenhuma (1) Pouca (2) Bastante (3) Muita
Capaz de defender os proprios interesses (0) Nenhuma (1) Pouca (2) Bastante (3) Muita
LAZERPraticar esportes ou exercícios (0) Nenhuma (1) Pouca (2) Bastante (3) Muita
Ter atividades de lazer (0) Nenhuma (1) Pouca (2) Bastante (3) Muita
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