BOLETIM INTERCOM
tAiuJL
«<«£• BKA
Revista semestral organizada pelo Centro de Pós-Graduação do Instituto Metodista de Ensino Superior (São Bernardo do Campo-SP), editada e comercializada pela Cortez Editora. Assinatura: Rua Bartira, 387 - 05009 - São Paulo - Brasil.
TEMAS PRINCIPAIS DOS NÚMEROS ANTERIORES
1. Comunicação segun- do Gramsci e Paulo Freire
2. ComunicaçSo, Comu- nidade e Imaginário
3. Comunicarão, Políti- ca e Participação
4. Comunicação, Políti- ca e Pesquisa-Ação
5. Comunicação na Amé- rica Latina
6. Comunicação Alter- nativa e Cultura Po- pular
7. Jornalismo Científico e Jornalismo Brasilei- ro (no prelo)
Noticiário da INIERCOM
AVANÇO TB5RIC0 NO IV CICLO DA INTERCCM
n* BtBLiOTCCA
O saldo principal do IV Ciclo de Estudo Interdisciplinares da Ccniu
nicação, que a DíIEICCM realizou no período de 4 a 7 de setanbro
na Via Anhanguera (SP), foi a constatação de um avanço teórico,se
dimentando as conquistas já obtidas nos ciclos anteriores.Ao fazer
um balanço do Ciclo, na sessão de encerramento, o Presidente da
IMIERXM, José Marques de Melo, destacou a significação do evento
oano culminância de un processo de reflexão iniciado em 1978.Desde
o primeiro ciclo, os temas escolhidos para as reuniões anuais dos
sócios da EíTERXM privilegiaram a análise da conunlcação sob dois
enfoques: a política e a ideologia. 0 prlmeiro-Santos,1978- reali
zou um diagnóstico sobre as condições de produção em que atuam os
pesquisadores da canunicação no país, concentrando portanto, sua
observação na estrutura do ensino de ocmunicação e oferecendo ai
temativas para um desempenho crítico dos intelectuais engajados -
nas escolas de ccniunicação. 0 segundo ciclo -São Paulo, 1979- reto
nou una questão levantada no anterior: de que modo os intelectua-
is -professores e pesquisadores- que atuam nas escolas de canunica
ção podem contribuir para fortalecer os meios de ccituni cação das
classes trabalhadoras, uma vez que os cursos de ocmunicação vinham
se limitando ao estudo dos meios de ocmunicação das classes dcnü.
nantes ? 0 to^a escolhido.busoou portanto examinar os modos de qo
nünicação das classes subalternas, cano primeiro passo para se pen
sar a sua inserção nos programas acadêmicos da área. A discussão
aí travada desaguou no questionamento dos limites e diferenças en
tre o popular e o populismo. 'tento assim que o terceiro ciclo - Ta
boâo da Serra,1980 - circunscreveu-se a análise das relações entre
Estado, populismo e ocmunicação, vislumbrando as experiências bra
sileiras do passado e os indícios de um neopopulismo alicerçado na
manipulação de sistemas formais de oomonicação. Un balanço final
do ciclo, feito cem a participação dos sócios presentes, conduziu
a escolha do próximo encontro. Detectou-se a expectativa de una
globalização das reflexões até ali efetuadas, no sentido de buscar
pistas para o que fazer. Foi, portanto,oan a esperança de obter
algxmas conclusões preliminares sobre a oarunicação no contexto da
luta de classes que se organizou o quarto ciclo - Via Anhanguera ,
1981. E os resultados obtidos, corresponderam, em grande parte, às
previsões esboçadas.
-Todo o debate esteve concentrado na análise do processo heyanôni
oo - recuperando o referencial construído por GrarrsciAíi Uiars -
e vislumbrando o lugar da ccmunicaçâo na luta por urra nova heqoto
nii. 0 ciclo foi organizado através de simpósios que examnaraiT -
basicamente três aspectos: 1) a ccmpreensão do processo hegcmônl
oo, situando o papel dos intelectuais no cruzamento da heganonia
das classes subalternas. 2) o exame das possibilidades de oontri
buição dos intelectuais que atuati na indústria da canunicação pa
ra romper o heganonia dominante e criar espaços para a hegemonia
anergentei essa análise foi realizada em dois níveis: no da produ
ção e no da critica. 3) a reflexão sobre experiências concretas -
de oanunicação oontra-heganônica, quer na produção de um novo sen
tido para a leitura crítica da ideologia darlnante an diferentes-
instituições sociais, quer na criação e reforço de Iniciativas de
conunicação militante nas organizações políticas das classes tra
balhadoras, quer ainda na ofensiva realizada pelos países do Ter
ceiro Mundo para a criação de uma ordem mundial da informação e
da canunicação que rompa o monopólio informativo dos países inçe
rialistas.
PARTICIPW^O INTEBUACICMAL: NOVIEaCE NO CIOO
Os três primeiros ciclos de estudos da INTERCQM tiveraii participe
ção circunscrita aos pesquisadores brasileiros da canunicação. Es
sa limitação correspondeu a uma meta traçada pelos criadores da
Sociedade, a de construir um espaço de reflexão e pesquisa volta
do prioritariamente para as questões nacionais. Na medida, porém,
em que os problemas emergentes da canunicação ultrapassam a dimen
são nacional, assumindo um caráter transcional, a INTEICDM inicí
ou um intercâmbio con algumas associações similares, universida -
des, organismos internacionais e instituições voltadas para o ea
tudo da canunicação numa perspectiva libertadora. Resultado disso
foi o interesse manifestado por algumas entidades e pessoas em
participar do IV Ciclo, merecendo naturalmente acolhida fratema-
por parte da INTEICOM. Os participantes estrangeiros fora-n os se
guintes: Javler Esteinou Madrid - professor da Universidade Metro
politana Autônoma do México (UAM) e coordenador do TICQM - Taller
de Investigación de Ia Comunicación; Rafael Roncagliolo - diretor
da Divisão de Estudos de Canunicação do ILET - Instituto Latino A
mericano de Estudos Transnacionais, organismo sediado no Mexioo,-
Alfredo Paiva - coordenador do Programa Continental de Conunicaçã
o da CELADCC - Comissão Evangélica Latino - Americana de Educação-
Cristã, órgão ecumênico sediado em Lima - Peru; Tatiana CaIvan- di
retora do Departamento de Ciências da Informação da Universidade
Nacional Autônona do México (UNAM); e Armand Mattelart - Professor
da Universidade de Paris e pesquisador vinculado a vários projetos
de canunicação na América Latina. Esteve presente na sessão de
abertura do IV Ciclo o colcmbiano Jorge Ganes Maldonado,presidente
da UMIA-AL, organização católica da área de rádio e televisão, e
que manteve contactos formais can a direção da INTEBCQM. Ainda par
ticiparam do ciclo dois estudantes de pós-graduação em canunicação
procedentes da Europa, que realizam pesquisas atualmente no Brasil
o alanão Gerd Gerhard e o português Joaquim Rocha Maciel.
CRESCEU A PARTICIPAÇAD NACICNAL
A presença dos participantes de outros Estados brasileiros aumen
teu significativamente no IV Ciclo, neutralizando a canposição na
joritária de sócios paulistas que ocorreu nos ciclos anteriores.Es
tiveram presente na Via Anhanguera sócios de São Paulo, Rio Grande
do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito San
tos, Goiás, Bahia, Paraíba, Rio Grande do Norte, Maranhão,Rondônia
Pemarbuco e Paraná. O total de participantes foi em torno de 120
ultrapassando a previsão inicial, estabelecida an uma centena. Re
gistre-se que o crescimento da participação nacional no IV Ciclo -
representa a consolidação da INTERCQM can entidade brasileira que
congrega os pesquisadores da canunicação interessados em estudos a
vançados, na perspectiva inter-disciplinar.
ATIVinADES CULTURAIS; PROGRAMADAS E ESPONTÂNEAS
Caro ocorrera an Taboão da Serra, o programa do IV Ciclo incluiu -
uma sessão noturna dedicada ã projeção de filmes relacionados can
o tara central. 0 filme principal foi uma produção realizada em El
Salvador, mostrando cenas da violência política e analisando as
possibilidades de vitória dos movimentos populares que cemandam a
resistência ao governo militar. Todavia, outras atividades cultura
is eclodiram espontaneamente durante o Ciclo. No intervalo do aluo
ço de domingo,.um grupo de participantes produziu e encencu uma
peça teatral - A Bracha - recuperando humoristicamente cenas e fa
tos do próprio ciclo. IXurante os dois últimos dias foi editado um
jornal nural, contenda quadrinhos, poemas e notícias que apresenta
van uma visão descontraída dos acontecimentos do IV Ciclo.
4
RELAÇÕES INSTITUCIOMAIS: CNTQ, IDICT, SRPC
A INTCRCCM ampliou, nos últimos meses, os seus laços instituciona
is, montcido relações fon.ials ecri as três entidades mais ipiportari
tes do pais na área de pesquisa cientifica: o Conselho Nacional
de Pesquisa Científica e Tecnológica (CNTQ), o Instituto Erasilei
ro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT) e a Sociedade -
Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). A convite do C1PQ
o presidente da INTEKCDM participou da reunião realizada no dia
27 de agosto, na FAPESP, an São Paulo, para discutir o novo pro
grama de associações cientificas e tecnológicas. A essa reunião -
estiveram presentes os representantes das associações nacionais -
que reúnem os pesquisadores das diferentes áreas de conhecimento.
A convite da SBPC, a vice-presidente da INTERTM participou de
uma reunião, no Instituto de Física da USP, cem os mer-^ros da Co
missão da Ciência e Tecnologia da Câmara federal. Desse encontro-
tamliim participnram representantes dos vários se.~i<ntos da cariuni
dade cientifica brasileira. Cem o IBICT, foram mantidos dois cbn
tactos: on viagem a Brasília , cm agosto, o presidente da INTKri-
COM discutiu as possibilidades de cooperação entre as duas entida
des para a produção da Bibliografia Brasileira de Co-.ur.iração; em
setembro a chefe do De-partamento de Desenvolvimento de Produtos -
do IBICT, reuniu-se ar. São Paulo cem os membros da diretoria da
INTEROOM para estudar a viabilização de um progra-TH de cooperação
em vista do interesse daquele órgão federal em apoiar o trabalho-
que vem sendo realizado pela lNTERO0M,há quatro anos na preserva-
ção da memória brasileira da pesquisa em cemunicação, sistanati -
zando a documentação sobre comunicação produzida no país.
RELAÇÕES INTERNACICNAIS: CLACSO, CIID, ILETT, UNDA-AL, NAVARRA
No plano das relações internacionais, a INTERCEM manteve contaç -
tos cem quatro diferentes organizações, no último bimenstre. Bn
Porto Alegre, durante o Seminário de Estudos Latino-Americanos re
alizario em agosto pela URGS, a diretoria da IvrEPCCH manteve reu
niões cem Francisco Delich, secretário do CLACSO - Conselho Lati
no Americano de Ciências Sociais, órgão sediado em Buenos Aires -
(Argentina), e cem Elizabeth Fox, dirigente do CIID - Centro In
temacional de Investigaciones para ei Desarrollo, cujo escritóri
o latino-americano está sediado em Bogotá. Arrbas as entidades es
tão desenvolvendo atividades na área de cemumeação, esn plano Ia
tino-amerleano. Em São Paulo durante o IV Ciclo de Estudos Inter
disclplinares da Comunicação, a diretoria da DJTEBCQK manteve uma
entrevista cem Rafael Roncagllolo, diretor da divisão de estudos -
de cenunicação do ILET *• Instituto Latino americano de Estudos
Transnacionais, órgão sediado no México. Na mesma ocasião o presi
dente da INTERCQM concedeu entrevista a Jorge Gctrez Maldonado, pre
sidente da UCft-AL, organismo católico da área de rádio , televisã
o e meios grupais, oon sede em Bogotá, Colômbia. Na ocasião as du
as entidades sobretudo can vistas ã organização (em outubro de 82)
de ura seminário sobre a nova ordem internacional da informação, a
ser realizado no Brasil. Na última semana de setembro estiveram em
São Paulo, o diretor do Instituto de Jornalismo da Universidade de
Navarra, Prof. Carlos Soria, e um dos integrantes do oorpo docente
do Programa de Graduados Latino-Amerlcanos, Prof.Esteban Lopez Es
cobar. Os dois professores espanhóis manifestaram o desejo de en
trevistarem-se oon o Prof.José Marques de Melo, presidente da DJ
TERCCM, e de conhecerem as atividades e programas da nossa Socieda
de. A entrevista realizou-se na noite do dia 27 de setembro.
Noticiário dos sócios
LtfclA ARAOJO (SP) - Assumiu a assessoria de imprensa da Associação
dos Professores do Ensino Oficial do Estado de S.Paulo - APEOESP.
RICARDO SCHNEIDERS DA SILVA (RS) - Reassumiu suas funções docentes
no Curso de Ccrrunicação Social da UFRGS, tendo retomado dos EUA
onde esteve realizando programa de mestrado na área de cemunicação
internacional na TerpleUniversity CPMladelphia), sob a orientação
do Dr.John Lent, e contando cem bolsa da LRSPAU/FULLBRIGUT.
NRRIA HELEMA WEBER (RS) - Está realizairio uma pesquisa sobre Rela
ções Públicas no Rio Grande do Sul, contando cera a colaboração de
seus alunos da UNISINOS. A pesquisa integra o projeto experimental
de RP naquela universidade.
MICHEL IHIOIXPn' (RJ) - Participou do VIU Encontro Nacional de Es
tudos Rurais e Urbanos, organizado pelo CERU, na USP, em São Paulo
apa-esentando un trabalho sobre "A captação da informação nos dispo
sitivos de pesquisa social: problemas de distorção e relevância".
Cópias do trabalho poderão ser solicitadas ao autor.
OAUDIA MIRADA CE OLIVEIRA (RJ) - Assumiu no Curso de Cemunicação
Social da PUC-RJ, a cadeira "Técnicas de Codificação em Publicida-
de - II".
ISMAR PR OLIVEIRA SOARES (SP) - Está coordenando o I Ciclo de Deba
tes scbrc a TV Brasileira, prcrtovido pelo Projeto T-A-T, do Insti-
tuto Metodista de Ensino Superior, em São Bemanrdo do Catço (SP),
e proyrjmido para o período do 19 de setembro a 10 de outiibro.
JOSO LUÍS V7VN TILBURG (RJ) - Participou, an setanbro, do I Ciclo
de Debates sebre a Televisão Brasileira, realizando exposições so
bre questão ideolóyica na TV e particularmente nas telenovelas.
ALCEU POSTA (SP) - Foi eleito, pelos alunos do Mestrado em Conuni-
cação Social, ceno representante discente junto ao Conselho de Pôs
Graduação do Instituto Metodista de Ensino Superior.
ATTILIO HARTMANN (RS) - Está organizando, a pedido da INDA-AL ior
ganismo da Igreja Católica para a comunicação em Rádio, TV e meios
grupais) um seminário sobre a Nova Ordem da Conunicação e a Pasto
ral. O evento está previsto ; ara o período de 8 a 12 de outubro de
1982, em São Paulo.
ROBERTO PERES CE QUEIROZ E SILVA (SP) - Está coorderando o V Enccn
tro de Jornalismo da Faculdade de Ccrranicação de Santos, a ser rea
lizado nos dias 25/26/27 de outubro./Conduzirá, no X Congresso da
UCBC, cm Florianópolis, um painel sobre ecologia e conunicação. /
Tem no prelo, para breve lânçamcaito, livro de contos e poesias -Fi
losofia do Boteco - em edição independente,
ELCIO RIVA (SP) - Assumiu a regência da cadeira "Siste-
mas de Comunicação no Brasil" nos cursos de Comunicação
Social da OSEC (Santo Amaro SP) e UMC (Mogi das Cruzes,
SP)
DULCILIA BUITONI (SP) - Lançou pelas Edições Loyola, o
livro "Mulher de Papel" um estudo sobre a imagem da
mulher na imprensa feminina brasileira, originalmente a
apresentado como tese de doutoramento junto ã FFLCH-USP
JOSÉ MILTON SANTOS e JOSÉ D' AP.ROCHELA LOBO (MG) - Estão
coordenando dois projetos de pesquisa, em convênio com
a Casa do Jornalista de Minas Gerais, e contando com a
participação dos Departamentos de Comunicação da ÜCKG c
UFMG - Memória do Jornalismo Mineiro e Diagnóstico dos
Meios de Comunicação do Interior de Minas.
ALOISIO TFKICA DA HXBA FUJO (BA) - Foi eleito para o Conselho -
Fiscal da A2EPEC, na últljiia asserrbléia daquela associação, realiza
da er, Salvadca:, em julho.
FOGSRIO CADEÍJGüE (RJ). - Aprovado no exame de qualificação para o
Mestrado em Canunicação Social, no Centro de Pós-Graduaçao do MS-
(São Bernardo do Canpo - SP), retomou a Natal (RN), onde está rea
llzando pesquisa para a dissertação de mestrado scbre a intentona
(Xnunista de 35 na inprensa do Rio Grande do Norte.
CAKLOS EDCARDO LINS DA SILVA (SP) - Teve o seu ocntrato oaro pro
fessor assistente aprovado pelo Departamento de Jornalismo e Edito
ração da ECA-USP. / Publicou, na revista "Canunicação & Sociedade"
n9 6 un estudo scbre Jornalismo Popular no Rio Grande do Norte. /
Foi eleito por seus colegas para o colegiado svperior da Faculdade
de üminicação de Santos.
S£?CIO CAPAHELLI (RS) - Está preparando a segunda edição de seu 11
vrc "Corunicação de massa san massa", já esgotado na Edlt. Cortez.
aSsr-P DE OLIVEIRA QgPÇSO (SP) - Foi eleito vice-presidente do
crgaràsro regicnal da VíiCC - Kbrld Association for diristian Catmu
nicaticn - para a A-érica Latina. A eleição foi realizada em ages
to, an Bogotá, durante a assembléia geral daquele organismo.
JCSS W-BSUES DE HELP (SP) - Lança,pela Editora Vozes, un novo U
vro . Ccnunicação e Libertação - que reúne ensaios sobre prcblemá-
ticas erergentes da canunicação na América Latina.
ANItKIO SÉRGIO HSiDCHqa (RJ) - Publicou, em oo-autoria cem Luiz -
Cesta Lima e Maria do Carno Pandolfo, o livro RE-VISfiO DO ESTRUIU-
RALISMD (Rio de Janeiro, Edições Antares).
}O.CIP PEHEIPA (SC) - Publloou, pela Editora Lunardelli, de Flori
ancpolls, o livro "A lnprensa em Debate", que reúne entrevistas re
alizadas oon jornalistas brasileiros e publicadas na lnprensa de
Santa Catarina.
JKX SAKJX5 (GO) - Participou do I Ciclo de Debates scbre a TV
Brasileira, pronevido pelo projeto T-A-T, do Instituto Metodista -
de Ensino Supeílor, em São Bernardo âo Canpo,/ Está rvo prelo - Edl
ções Achiamé - a tese de mestrado que defendeu na UNB e que anali-
sa a Ideologia sexual da novela "Os Gigantes".
BOBEOTO BFMJflMIN (PE) - Está coordenando na UFPPE, o Projeto Taman
ãarê, que, além de realizar um diagnóstico da situação sõcio-eoonô
mi ca daquela região pemaniucana, pretende desenvolver ura ação -
cultural para a revitalização de folguedos populares - burba-neu -
boi e guerreiro - do artesanato de renda de almofada e da dcçarla.
Prossegue, tanfcêm, oom os seus estudos etnográfiooe scbre o nana -
lengo.
TTMXHmX) VERBl (SP) - Foi designaío presidente da Canissão de
Graduação da ECA-USP.
DRNIEL HERSZ (SC) - Tan scb sua respcrsabilidaàe a coordenação do
terárlo do X Congresso Brasileiro de Canunicação Social, previsto
para a última semana de outubro, em Florianópolis.
CABIOS ALVES WUTJra (RS) - Assuniu a representação brasileira da
revista "Crítica e Utopia", editada em Buenos Aires pela CLACSO.
ERAShP NUZZI (SP) - Foi eleito pelos diretores de escolas de conu
nicação, reunidos em São Paulo no dia 17 de agosto, presidente da
comissão que vai elaborar os estatutos da Associação Nacional de
Escolas de Cammicação Social.
SJILHEFME RESENDE (MA) - Retomou a São Paulo para ccncluir a dia
sertação de mestrado que defenderá na ECA-USP.
TEREZA ABAUPRE (ES) - Está realizando una pesquisa, em colaboração
can Alda Cátia Lyrlo, scbre a seleção e reelaboração de mensagens-
dos M2M junto a mulheres operárias de Vitória (ES).
AURÉLIO JACQCES BAPTIglA (ES) - Foi designado diefe de Departamen-
to de Canunicação Social da Universidade Federal do Espírito Santo
em substituição a Ellzabeth Rondelli, tarrbsn sócia da INIKHUJM , a
fastada do cargo para concluir sua tese de pós-graduação.
JERUSA PIRES FERREIRA (SP) Publicou estudo scbre "Conto Russo en
Versão Nordestina" no volune XXIII da Revista de Antrcpologia da
USP.
EDILSCM FRANCISCO BRAGA (FN) - Assuniu a supervisão de estágio em
Jornalismo Dipresso do Curso de Canunicação Sodal da UFW, ao mes
mo tempo em que faz parte do corpo redaclctial do jornal "A Repúbli
ca" de Natal (RN).
JÇgE DE CRSTRO (PN) - Passou a Integrar o Departamento de Educação
da LMversidade, cnde está ministrando aulas sobre os MCN, no cur
se de Mestrado do referido departamento.
IVJSTE DE FKEnaS CADETCGUE (RN)- Está participando do projeto de
instalação do Setor de Doconentação e Pesquisa em Jomallano, do
Curso de Caimlcação Social da UFFN.
RICTJCO AinaTIO FCSfi» DE HXfiMA m) - Depois de concluir 06
seus créditos de Mestrado a ser aprovado eu exame de qualificação,
volta a Natal, reintegrando-se ao Departamento de Canunicação Soei
ai. Dn São Paulo coordenou una das mesas do IV Ciclo de Estudos In
terdisdplinares da Comunicação e participou de curso oan o profes
sor Armand Kattelart, representando a UFFN.
M=JCIA ura NaXS DO Nfi5Ci:<gJ0 (FM) - Participou caro represen -
tante da UFFN do curso ministrado em São Paulo (Instituto Metodis-
ta de Ensino Superior - SBC) pela professora Michelle Matterlat.
Nctldãrlo das Escolas de Ccrrunleação
E£A-C5P - O Departanento de Jornalismo e Editoração da Escola de
Ccrünicação e Artes da USP realizou, un curso de extensão universi_
tária sebre Jornalismo Internacional, oertando oan a participação-
de estudiosos de política e direito internacional, bem cano de jor
nalistas que editam ou produzem noticiário Internacional. O curso-
teve grande afluência, oentando con a inscrição de mais de trezen
tos alunos.
FCSCL - A Faculdade de Canunicação Social Câsper Libero (SP) está
realizando, durante todo o segundo sanestre, un ciclo de debates -
sobre ce partidos políticos brasileiros, contando oan a presença -
des presidentes das agraniações já institucionalizadas. O certame
foi inldado na primeira semana de seterfcro con a participação de
Uiis Inácio da Silva - Lula - presidente do PT, e prosseguirá até
o final de cutubro, oan a presença de Ivete Vargas (PTB) , Leonel
Brlzola (POT), Tacredo Neves (PP), Ulisses Guimarães (PMDB) e José
Samel (PDS).
IMS - O Centro de Pce-Graduação do Instituto Metodista de Bisino -
Superior, em São Bernardo do Canpo (SP), realizou durante a semana
da pátria, dois cursos de aperfeiçoamento, em nível de pós- gradua
10
ção, que contarem oan a participação de docentes de várias faculda
des de oanunlcação de todo o país. Un doe cursos - Democratização
da Canunlcação no Terceiro Mundo - foi ministrado pelo professor -
Armand Kattelart {universidade de Paris) e o outro - Mulher, Ccreu
nlcação e Movimentos Populares - teve a coordenação da educadora -
Moana Viezzer (REMCV).
DMS - A direção da Faculdade de Canunlcação Sodal da Universidade
de Mogl das Cruzes (SPÍ decidiu reabrir o vestibular para o curso-
<te Jomallsno (turno matutino) em 1982. O vestibular havia sido
suspenso este ano, mas a medida encontrou forte resistência na co
munidade acadêmica. / Bn agosto, foi lançado o .primeiro núnero do
BOtETIM JOTOALISTO, órgão laboratorial elaborado pelos alunos <lo
39 ano do curso de Jornalismo e orientado pelos respectivos profes
sores.
UF9C - O Curso de Canunlcação Social da Universidade Federal de
Santa Catarina concluiu reoentemente, e já encaminhou aos órgãos -
svçerlores da administração universitária, una proposta de refcrmu
lação curricular, a ser inplantada nos prõxircs anos. / O coordena
dor do Curso, Prof. César Valente, esteve presente a 139 Ccnferên
cia Nacicnal doe Jornalistas Profissionais, realizada em Fortaleza
(CE) no período de 9 a 12 de setembro, onde apresentou cs resulta-
dos da pesquisa bibliográfica realizada por equipe daquele curso -
sobre os debates dos jornalistas brasileiros na década de 70.
tXM3 - O Departamento de Canunlcação Social da Universidade Católi
ca de Minas Gerais (Belo Horizonte - NG) lançou no dia 15/9 o n9 8
da revista OFDDVbESORDEJi, cuja circulação esteve interrcrpida des
de 1977. A nova edição, lançada durante as oonanorações do décimo
aniversário daquela unidade unlverditãria, foi un trabalho dos es
tudantes do atual 69 período orientado pela disciplina "Introdução
às Técnicas de Canunlcação - I"
UFRGS - O Curso de Canunlcação Social da Universidade Federal do
Rio Grande do Sul (Porto Alegre -PS) está iniciando a iirçplantação
de um Núcleo de Pesquisa em Canunlcação.
UNISIW3S - Os primeiros projetos experimentais das áreas de FP e
PP vem apresentando resultados significativos, segundo a avaliação
da equipe responsável. Até agora, foram realizados âcis projetos ,
tencto oono temas: Ano Intemaciaial da Pessoa Deficiente e A Velhi
oe no Brasil. Informações mais detalhadas poderão ser dbtidas oan
a coordenadora: Prof.Maria Helena Weber - Centro de Càmunlcaçãçr U
niversldade do Vale doe Sinos - São Leopoldo - RS.
11
PICAMP - O Curso de Ccmunlcação Social da rontifícia Unlversidade-
Catõllca de i^rplnas (SP) lançou, em agosto o níbero zero de seu
jcmal-laboratório. Diz o editorial que "este jomal-laboratório -
tor, metas aüciosas". Inicialmente, atingt rpenas o público lei
tor que freqüenta o Instituto de Artes e Ccrrunicações, mas preten
de abranger futuramente toda a conunidade universitária de Caiçl -
nas. Outra meta do jomaâ ê ser custeado por verbas publicitárias.
tmC - 0 Curso de Ommicação Social da Universidade Federal de Mi
nas Gerais (Belo Horizonte - M3) está funcionando, neste semestre
en Instalações provisórias no Campus da Pampulha, devendo retomar
no próciito ano ao centro da cidade. Segundo declarações do Prof.Jo
sê Itanar de Oliveira, que ocrclui em 1982, seu mandato cano diefe
de DepartaTentc, o curso está cnpenhado atualmente em realizear -
discussões internas ocm seus professores para definir a identidade
do projeto educadcnal a ser desenvolvido proximamente. Duas novas
perspectivas se apresentam: a abertura de habilitações nas áreas -
de Teatro e Cinema.
UKICTf - 0 Curso de Canunicação Social da Universidade Católica de
Perr.a-buoo (Fecife-PE) realizou, em setentro, solenidades conemora
tlvas do seu vigésino aniversário. Tais eventos estiveram associa-
dos ã comaiDração dos cinqüenta anos de fundação da AIP - Associa
ção de Ihçrensa de Pemarbuoo.
UFHl - 0 Curso de Canunicação Social da Universidade Federal do -
Rio Grande do Norte (Matai -FN) passou a contar ocm a colaboração
neste segundo semestre, de quatro docentes que estavam afastados -
para realizar estudos de pós-graduação em São Paulo: Edilscn Braga
Ivorete Cadengue, Ricardo Rosado Holanda e Rogério Bastos Cadengue
Os referidos professores retomam â atividade didática enquanto re
allzam, paralelamente, pesquisas para as respectivas teses de mes
trado . / 0 Departamento de Canunicação passou a editar um jojnal
mural aberto a todos os estudantes nun projeto da Prof .André» Giaa
raciaba.
FEEVME - A Faculdade de Canunicação Social da Fundação Vale dos
Sinos (Kovo Haifcurgo - RS) está preparando a edição de una " BibU
ografia Brasileira de Relações Públicas" elaborada pelo Prof. Dr.
Cândido Tecbaldo de Scuza Andrade. A edição está sendo coordenada
pelo Prof.Plínio Dall'AQnol, cabendo ao Prof.Jurandir Diniz da
Costa (Landi) o planejamento gráfico.
12
UFES - Os professores do Curso de Canunicação da Universidade Fede
ral do Espírito Santo apresentaram ã Reitoria o projeto do novo -
prédio de Canunicação, onde ficará instalado o Curso, bem cano a
Rádio Serviço da Universidade, onde estagiarão os alunos.
FAOOS - Teve seu novo prédio ofidalmente inaugurado no mês de se
tenbro durante as oonarotações do 309 aniversário da mantenedora ,
Sociedade Visconde de São Leopoldo. A FADOS muda-se para o novo
prédio, no earrpus do bairro da Parpêia da São Leopoldo,em manjo.
Eventos
X OCKGRES30 EPASILEIBO DE COMUKICAÇSO SOCIAL, prcrovido pela UCBC
em Florlancpolis, no período de 27 de outubro a 1 de novembro de
1981. Tema oentral: Carunicação, Juventude, Participação. Infonra-
çõesi Curso de Comunicação Social da Universidade Federal de San
ta Catarina - Campus Trindade - Florianópolis - SC.
VII OCKGPESSO BBASIIFIPO DE BELAÇCES PUBLICAS, pranovldo pela ABRP
em Brasília, em março de 1982. Informações: COtlTERP - Ed.Ver.âncio-
IV s/310 - SDS - 70.000 Brasília - DF.
II CURSO DE COMUNICAÇÃO PARTICIPATIVA, prorcvido pelo CEOOSNE, em
Recife - PE ocm estrubira organizada em deis módulos: o primeiro ,
em janeiro/fevereiro de 1982 e o segundo, em julho de 1982. O cur
so será realizado em regüte de terrpo integral e dedicação exclusi-
va, sendo destinado a professores e profissienais da carunica'ção.
Informações CEOOSM: - Rua José Osório, 124 - Madalena - 50.000 Ite
cife - PE ou pelo telefene (081) 227.1763
I SEMINÁRIO DE RELAÇÕES POSLICAS PARA FEQUIKAS E M£DIAS EMPRESAS ,
previsto para o período de 17 a 19 de novarbro de 1981, no Parque
Anhenbl, em São Paulo. Informações: ABRP-SP Rua Cel.Oscar Porto ,
398 - 04003 - SP Fone (011) 289-8619
329 CONFERÊNCIA ANUAL DA PTIERNACICHAL QmaCATICN ASSOCIATICK ,
promovida pela ICA, em Boston, Massadiusetts, USA, no período de 2
a 7 de maio de 1982. Informações: College of Ccntnunlcation Arts -
and Sdenoes - Michigan State ünivèrsity - East Lansing, Midiigam,
48824, USA, escrevendo para Erwim P.Bettinghaus.
13
Baino
FHXESSCPES C£ FJXTÇCES PCBLICAS APOIOU O PiCBOCM
CB participantes do V Enccrtro Naclcnal de ProfrseorT>8 de Pel ações
PCblicas, realizado pela nEVAlf, en Novo Haitiurgo (RS), em julho,
«çrovaran ncção de apoio ao esforço e dedicação do EMEGOCM visan-
dc preservar cs cursos de ocminicação social e contra aa tentativas
peilodicarente orcrgentes que buscan areaçar a sua existência ou -
nesnc íürlrar o pensanento critico ali cultivado. 0 encontro oqn
teu cem a presença dos professores de todo o Estado do Rio Grande
do Sul, ben oemo do Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Minas Gera
is e Rio de Janeiro. Foi lamentada a ausência de representantes do
oer.tes des der-ais Estados da Federação, que justificarem a não par
tidpaçãc pelas dificuldades financeiras hoje atravessadas pelo
país e pela falta de apoio financeiro das entidades mantenedoras -
das escolas em que atuam. (Plínio Dali'Aqnol)
PSCO CE CCBtt: OCtCLUSÕES DO SIMPÓSIO DE MINAS GETOIS
Scb o patrocínio do MEC, reuniran-se cm Minas Gerais (Belo Horlzon
te), no período de 3 a 6 de junho, cineastas, professores e pesqui
saderes de dnara, além de especialistas vlnculadcs ao sistema edu
cadoTal, para debater questões relacionadas ocm o ensino de cir»
ira no Brasil. Transeieveros a seguir as conclusões básicas daqxiele
Sirpósio:
1. O Estudo das diferentes forras de Ccmunicação e de Expressão -
na sociedade ccriterporânea ccnstltui dorlnio específioo do sa
ber himano, exigindo instrutental teórico próprio. Identifica-
se aqui o núcleo essencial para a fonração do profissional de
Jcmalisro, Pdblicldade e Propaganda, Relações Públicas, Cine
ma. Rádio e Televisão.
2. As Escolas de Car-unicação Social constituem o espaço adequado
para o desenvolvimento das atividades de ensino e pesquisa nes
sa área ml ti disciplinar. Cs curses ministrados devem permane-
cer a nível de graduação e ter a duraçno mínima de quatro anos
ta-po indispensável para o anaduredmento do futuro profissio-
nal e- função das exigências fundamentais; a asslirljação de -
técnicas ocrplãxas e o desenvolvimento de capacidade de refle
xão critica ocndlzente cem a sua responsabilidade social.
3. A irplantação das habilitações de Cinema e Televisão nas Esoo
Ias de Ccru-il cação Social deve levar ati conta a demanda do mer
cado de trabalho regional e a existência de recursos humanos e
tecnclógiooe adequados a un prograna realista de ensino e pes
quisa.
14
4. Ccrslderada a curplexldade do estabelecimento de una metodolo-
gia para o ensino do Cinema, formulan-se os seguintes princlpl^
cs:
«) o ejislno deve crntv.in-se mira iTlação IntHnreca entre o fa
zer cinma e o refletir sdbrp cinena.
b) a vccação do aluno e o estlirulo ã criatividade sãc fatores-
essendais para a efetivação da aprendizacetn em dneira.
c) a formação em cinema deve basear-se no princípio da inter -
disciplinarledade, em todos os níveis.
d) a prática dneiratcgráfica, incluídos os estágice, exige que
o* cursce dlspcnham de un Centro de Produção, voltado para
o exercício laboratorial e para a prestação de serviços den
tro e fora da carunidade universitária, evitando-se a oencor
rência ocm o mercado profissioral.
e) a plena integração das atividades didáticas na área de ecru
nicação social pressupõe a ellirinaçãc dos atuais ccrpartl -
mentes; horizontal, entre disciplinas oferecidas slrultanea
mente mm determinado período: vertical, fundado na distin-
ção entre sistemas básico e profissiaializante.
5. A existência de una rede de anissoras de Televisão Fducativa ,
de natureza não oanercial, favorece e justifica o estabeledjnen
to do intercânfcio dos cursos cor esses centres de prcduçã5,pce
sibilitando o treinanento de alunos de dnema e o desenvolvi -
mento de pesquisas no dcmínlo da linguagem.
6. O estabelecimento de espédallzação dentro da área abrangida -
pelos cursos de cinema deve levar em conta não apenas a reali-
dade do mercado de trabalho, iras ta-bén a legislação en vigor
que regula o exercício prcfisslcnal ar. dnema e televisão, In
cluídas as profissões a nível de 29 Grau.
CURSO DE JOPNMJEMD POR OORRESPONTfcCIA
A Coordenação de Aperfeiçoanento do Pessoal do Bisino Siçerior -Çk
PES - órgão do HDC, lançou, reoentarente, un prograra de tutoria ã
dlstânda, na área de jornalismo, destinado a espedalizar jema -
pistas que pretendam dedicar-se ao Jornalismo Científioc. Dr prin
dpio a inidativa é louvável, tendo em vista as defidências da
formação svpexlor oferedda pela universidade brasildra e as pes
slbilidades de melhoria do nível profissional dos nosses jomalis
tas. Todavia, o projeto se alicerça em bases discutíveis revelando
o alheiamento can que os altos escalões da tecndburocrada educad
cnal tratai a oaramidade acadêmica e jomalística.Ao invés de discu
15
tirem previtmente um projeto de tal Importância cem as universi-
dades que rantân cursos vóe jornalismo e cor as entidades represai
tativas da categoria, recolhendo subsídios indispensáveis e anpll
ando a área de colaboração pedagógica, a iniciativa se toma pu
blica Ignorando aquelas ccntrlbuições. A estranheza maior em rela
ção a esse caso advém do fato de que a CAPES vem se caracterizan-
do por ser uma instituição governamental aberta ao diálogo ocm a
conuiiidade. Ou será que oe desvios autoritários retonan seu anti
go nmo 7
Ensino
CCHISSfo PFOPRaa TRABALHO AT£ JIMO DE 82
A oemissão especial do CFE que analisa os cursos de Canunicação -
no Pais decidiu prorrogar seus trabalhos até 30 de junho de 1982
OriglnaL-nente, a carlssão deveria encerrar sua atuação no dia 7
de outubro. Segundo o presidente da ocrissão, oonrelheiro Júlio -
MDrejón, em novaifcro será iniciada a tabulação dos questionãrlos-
envlados ^s escolas e empresas jomal/sticas (ESP. 8/10/81)
POS-GRADÜAÇfo EM CXl-llNICaÇ»0 DA UFPJ FECaMECHX)
O Conselho Federal de Educação reoonheoeu o prograna de pós-gradu
ação da Esoola de Canunicação da UFIU, que já funciona há alguns-
anes. Trata-se do primeiro recenhecimento a tm curso de pós-gradu
ação na área de Gxiunicação feito pelo CFE. Programas de outras
instituições universitárias na área já tramitan no CFE.(JB.4/10/81)
SINDICATO PPOPVE DEBKTE SOBRE mSWO DE J0RHMJSM3
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo,
através de seu órgão oficial. Unidade, promoveu debate sobre o
ensino de jornalismo, que foi publicado na íntegra na edição de
agosto/seterbro de 1981 (nV 62). Do debate, coordenado por Jorge
Esoosteguy, participaram Jos^ Marques de Melo, presidente da DJ
TERCEM, Rodolfo Kcnder, editor da revista Nova, e o estudante Gas
par, da Esoola de Carunicação e Artes da USP. Ao final, una con
clusão, resunida_no título da matéria: " escolas de canunicação :
ruins mas necessárias".
16 LÜDWIG DA NOVA DmCMSTRftrfe DE FOBÇA
O ministro general Rubati LucMg deu mais una dercnstração de sua-
força: ocrjEegulu derrotar o poderoso Delfim Neto e garantir os 69
bilhões de cruzeiros que o ministro do Planej emento havia retira
do do orçamento do MEC para 1982. Absolutamente eufórico, após <U
as de silêncio e retiro, LuAíig convocou a imprensa no dia 17 de
seterfcro para anunciar que"a Educação conseguiu una vitória" e
que os 281 bilhões de cruzeiros que havia pleiteado para as despe
sas cem a Educação no ano que vem estavam assegurados. Qitretanto
a vitória parece ter sido mais do general Lucfe-ig do que da Educa
ção (que ficará can cerca de 5,3% do orçamento nacional, bem lor
ge portanto dos 12% anfclcionados pela oanunldaâe acadêmica).0 re
cuo de Delfim Neto, imposto por decisão pessoal do presidente Fl
gueiredo, demonstrou que a posição de Luâwig no seio do charado-
"sistana" não sofreu abalos can a queda do general Golbery, cano
a princípio chegou a se supor (tendo sido o corte do orçamento do
MEC aportado cano um dos sintanas do suposto enfraquecimento de
Ludrfig). A solução encontrada, contudo, salvou as aparências para
DelfiitNeto: o orçamento proposto por ele não foi alterado: cria - '
rattt-se recursos adicionais para serem atendidas as pretensões da
LuAdg, através de taxação suplementar dos lucros extraordináries
dos bancos. Assim, todo lucro líquido dos bancos acima de 88,35 -
milhões de cruzeiros sofrerá em 1982 ura taxação de 10% { antes -
era de 5% ). Can isso, oonseguiu-se apurar a quantia que Delfim -
havia cortado da proposta original do MEC. A manobra, contudo não
deixou de representar una derrota para o ministro do Planejamento
que foi íi televisão explicar aos seus aminos banqueiros que aque
Ia era una decisão apenas para 1982 e que não seria adotada nova
mente em 1963. Mesmo assim, os banqueiros estrllaram: em matéria
paga nos maiores jornais do País, protestaram contra o que cias
sificaram de "medida arbitrária". Can seus 281 bilhões seguros,
o MEC anunciou no início de outitro a destinação que pretende dar
ã verba. Nela, a prioridade ao ensino básico é ratificada. 28 bi^
Ihões irão para a merenda escolar; 5,6 bilhões para o ensino pré
escolar; 16,2 bilhões para o 19 grau (dos quais 11,2 bilhões para
a construção e melhoria das escolas); 5,9 bilhões para o 29 grau
7 bilhões para o supletivo; 31 bilhões para a Universidade; 4,5
bilhões para os desportos e educação física; 8,3 bilhões para o
desenvolvimento cultural. A maior parte do orçamento do MEC, cano
se percebe ( a sara de recursos listados até aqui não chega a 107
bilhões de cruzeiros), ficará destinada ao pagamento do pessoal .
Da batalha entre Lucldg e Delfim, os maiores lucros ficaram can
o general. Para a Educação sebraram as vantagens de ser tutelada
por un ndUtar poderoso. Resta ver se os 69 bilhões que resunem -
essas vantagens valem mais do que as desvantagens da tutela mill
tar ou não. (Carlos Eduardo Lins da Silva)
17
-22
ô
18
V CICLO CE ESTUDOS INTERDISCIPUNRRES
DA OCMJNICftÇÍO
São Paulo, 1982
Itana CentreJ.
Bipasses e desafios da pesquisa em oanunicaçao
Data
3 a 7 de setenfcio de 1982
Anote em sua agenda.
Envie sugestões para o temárlo.
Pense em trabalhos que você pode Inscrever.
Mormações sobre o V Ciclo da INTEHOCM
Rua Augusta, 555 - São Paulo (SP) CEP 01305
19 PROFESSORES UKIVERSITfiRIOS TIVERSH SHJ DIfl DE WTk
23 de seterbro. Dia Nacional de Luta pela Melhoria da Educação ,
transoorreu srm incidentes, cem docentes universitüricG de todo o
País paralisando suas atividades nonnais e discutindo os rutoe do
ensino superior no Brasil. As atividades foram coordenadas pela
Associação Nadonal dos Docentes de Ensino Superior CtólDES), que
elaborou documento ocrn as reivindicações da categoria e o encami-
nhou ao MEC. 0 ministro general Ludwig lamentou a paralisação ,
considerando-a "urna atitude de intolerância".
ÜWICRMP E USP TEMTRH ELEGER SEUS REITORES
A UNICAMP e a USP estão tentanto reeditar a histórica carrpanha da
POC de São Paulo que resultou na escolha por voto livre e direto
dos professores, funcionários e estudantes, de seu reitor.Atravês
das entidades docentes, disoentes e funcionais, a ccmmidade aqa
dêndea das duas instituições tem realizado assaribléias, reuniões-
e debates cem os possíveis reitoráveis. E organizara o processo e
leitoral que, enbora não previsto nos estatutos das duas universi^
dades, podará ou não ter seu resultado acatado pelos órgãos legal
mente encarregados da escolha dos reitores. 0 grande prdblenta é
qua o poder final de decisão, no caso das duas universidades, re
cai sobre o governador Paulo Maluf. E dele não se pode esperar o
mesmo ccnportamento de Dcm Paulo Evarlsto Ams, o responsável fl
nal pela decisão no caso da PUC de São Paulo e que, seguindo seu
oerpronisso democrático, escolheu da lista elaborada pelos círgãos
cempetentes o nane que havia recebido o maior núnero de votos na
eleição dos professores, estudantes e funcionários.
M3BRRL E TV-E SOFREM MUDANÇAS
Duas instituições ligadas organicamente ao MEC, o Mdbral e a TV
Educativa do Rio de Janeiro, passaram por modificações em suas es
truturas nos últimos meses. 0 Mcbral coroemorou seu 119 aniversâri
o cem a ratificação das mudanças já previstas após a queda de seu
todo poderoso presidente Arlindo Lopes Corrêa. 0 novo presidente
Cláudio Itoreira, seguindo a orientação prescrita pelo Ministro Ge
neral Ludwig, anunciou que o ágão passará a priorizar o ensino -
pré-escolar e da 1"? e 29 Graus, não mais a alfabetização de adul
tos. No caso da TV-E, houve uma mudança estrutural adninistrativa
para que as novas prioridades do MEC possam ser atentidas cem mal
or agilidade. 0 ensino básico é a meta principal da TV-E, de ago
ra em diante. Como no caso do Mcbral, as reformas na TV-E tarbén
resultaram em mudança de cúpula: Bimanuel Carneiro Leão, que pre
side a Fundação Centro Brasileiro de TV Educativa, será substituí
20
do por Cláudio Figueiredo.
CRESCEU 0 NOMgP DE fiHALFAEETOS NO PAlS
O deputado estadual Eduardo Suplicy (PT-SP) denunciou, oom base -
nos dados do censo de 1980, que o número de analfabetos cresceu no
Pais no decorrer da última década. Brbora tenha decresddo a propor
ção de analfabetos em relação ao total da população de mais de 15
anos de idade, seu nórero absoluto passoude 18.146.000 em 1970 pa
ra 19.273.000 an 1980 (FSP-25/9/81)
Pesquisa
EEBKTES DC6 JOrnALISOS BRRSHEIBOS NA DBCADR DE 70
O Curso de Cammicação Social da Universidade Federal de Santa Ca
tarlna realizou un levantamento das teses aprovadas em ocnferências
e ccngressos nacionais de jornalistas, no período de 1970/1980, -
identificando a temática dos debates reallzedos naqueles eventos.O
trabalho foi efetuado pela Prof.Maria Elena Saraiva, que cantou -
cem a colaboração dos estudantes Idro Prado Jr e Sandra Inácio.Tra
ta-se de un estudo enoemendado àquela universidade pela Federação
Nadcnal dos Jornalistas Profissionais, cujos resultados prelimina
res foram apresentados ã Ccnferência de Fortaleza. Prevê-se para
breve a publicação do estudo, que resultou mm docunento de mais -
de 160 páginas.
KTStCRIA Dft FEDEBAÇfo MACICNftL DE JOfMfiLIgTAS
A Professora Adisia Sá, do Departamento de Comunicação Social da
ttvlversidade Federal do Ceará, está realizando levantamento ocm
vistas â elaboração de una História da FEUAJ - Federação Nacional
dos Jornalistas. O trabalho está sendo realizado a pedido da dire
torla da FEUAJ. As pessoas ou instituições que tiverem oontribuiçõ
es a oferecer para a reconstituição da maioria da FENAJ poderão en
viar diretamente ã pesquisadora - Rua Nunes Valente, 3441 - Forta
leza - CE, eu manter entendimentos diretos, através do telefone >
227.0922
HEí-CRIA DO JoraaLisro MINEIPO
A Casa do Jornalista de Minas Gerais, em convênio ocm os Departa -
irentos de Canunicação da UOG e UFM3, está realizando um projeto -
de pesquisa destinado a recuperar a manória do jornalismo naquele
Estado. O projeto prevê: pesquisa bibliográfica, coleta de depol -
21
msntos dos principais profissionais da área e recolhimento do a
oervo disponível scbrc a «uolução do jomalisino mineiro.Pedidos de
informações, troca de experiências sobre o projeto e intercârbio-
podem ser feitos através dos professores José Antônio d'Arrodiela-
Lcbo e José Milton Santos, coordenadores - Departanento de Conuni
cação da UCMG - Av.Dcm José Gaspar, 500 Belo Horizonte - MS.
mORIA DO JOroMJgD PAULISTA
Está em processo de criação o Centro Paulista de Marória da Dnpren
sa, por iniciativa de un grupo de associados do Sindicato dos Jor
nallstas Profissionais do Estado de São Paulo, vários encontros já
foram realizados para definir a melhor forma de estruturação do or
gao. Não obstante esse projeto tenha contado con todo o apoio do
SJPESP, os participantes do projeto pretendem criar una entidade -
autenona - sociedade civil - reunindo todos os interessados em ocn
trlbuir para recuperar e preservar a mencria da ijrprensa. Apesar
de localizado em São Paulo, o Centro pretende abranger a memória -
dainprensa em todo o Pais, considerando que muitos docunentos e
depoimentos possíveis de serem recuperados não se referem exclusi-
vamente ao jornalismo paulista. 0 projeto vem sendo liderado pelo
jornalista Gastão Thatiaz de Almeida, a quan poderão ser encaminha-
das adesões ou centribuições. O Centro tem sua sede provisória no
Sindicato dos Jornalistas - Rua Rego de Freitas, 530 - sobreloja-
01220 - São Paulo - SP
MEM3RIA DO J0RNALISM3 BRASILEIRO
Vem funcienando na ABI - Associação Brasileira de Imprensa - há
mais de dois anos, o Centro de Pesquisa e Mencria do Jornalismo ,
órgão encarregado de sistematizar o acervo da Biblioteca Bastos Ti
gre e de reunir e classificar nevos documentos sobre jornais, jor
nallstas e estudiosos do jornalismo brasileiro. 0 Núcleo de Docu
mentação fio Centro está preparando \in Catálogo do material exi£
tente permitindo assim um melhor atendimento aos pesquisadores da
imprensa. Informações poderão ser cbtidas na sede nadcnal da ABI
Rua Araújo Porto Alegre, 71 - Rio de Janeiro - RJ.
ESTUDOS SOBRE COMUNICAÇÃO RURAL
Raymundo Dall,Agnol, coordenador do Mestrado era Canunicação Rural
da Universidade Federal Rural de Pemaitbuoo CRfidfe), informa que
estão em processo de oonclusão quatro pesquisas sebre diferentes -
aspectos da canunicação rural, realizadas por alunos daquele pro
grama. Karia Luiza Nobrega e Salete Tauk estudan o papel urbanlzan
te das emissoras rurais de Pemaniiuoo: a primeira analisa a mersa
gsr. e a segunda o oonunicador. Luiz Custódio pesquisa o papel doe
mpllficadores na difusão da ccmunicação rural no Estado da Paral
ba. Edival Marinho de Araújo desenvolve projeto na área de fojkco-
rnunlcação, estudando especificamente o cavalo marinho.
IA2ER E CULTURA PCIPUIAR NA PER1TERIA DE Sfo PAULO
0 Piof. José Guilherme Cantor Magnani, scb o patrocínio da FAPESP
está realizando na FFLCH-USP, un estudo scbre lazer e cultura popu
lar nos bairros periféricos da Grande São Paulo. A pesquisa tem
oaio cbjetivo o estudo de formas de cultura e entretenimento papa
lares tal OCTID existem, constituindo un espaço para a oaipreensão
de estilos de vida e visão do mundo dos moradores daqveles bairros.
0 lazer, enquanto atividade diferenciada do mundo do trabalho- pon
to de referência tradicicnalmente presente nos estudos de ideologi^
as das classes trabalhadoras - pode oferecer un ângulo inesperado
para a ocrçreensão de alguns mecanismos idüolõgicos. 0 Prof-Magna-
ni já vem trabalhando há algun térpo ocm essa temática, tprvVi pu
bllcado anteriormente na revista Dados Cvol.23, nP 2, 1980), um es
tudo scfcre 'Ideologia, Lazer e Cultura Popular: um estudo do cirgo
teatro nos bairros da periferia de São Paulo". (MB n9 11)
ÇBNTPO DE CULTURA ALTEFUATIVR
Poi criado no Rio de Janeiro una entidade destinada a recuperar a
memória da cultura alternativa no país. Ali estão sendo recolhidos
e preservados os objetos culturais produzidos nas últimas décadas
não vinculados ã indústria cultural ou ao Estado. Un dos primeiros
acervos do novo Centro, que coita oon o apoio da Fundação Rio, è o
da imprensa alternativa. Os interessados era fazer doações ou man
ter oontactos poderão se dirigir para a Rua Runânia, 20 - Laranjel
ras - Rio de Janeiro - RJ.
BXlVIA TEM INgriTUTO DE PESQUISA DA (XMUNICAÇfiO
Foi criado na Bolívia, no dia 12 de junho, um Instituto Intemacio
nal de Pesquisa da Conunicação vinculado ã Universidade Católica -
Boliviana, em La Paz. A iniciativa tem o apoio da Fundação Kcnrad-
Adenauer e pretende desenvolver estudos sobre a realidade doa mel
os de oorunicação naquele país. A inauguração do Instituto ccntou
23
cem a presença do pesquisador boliviano Luis Ramiro Beltran, atual
diretor do CIID -'Centro -tptemacional de Investigaciones para ei
Desarollo, ban oonD da Secretária Executiva da ALMC - Associa -
çao Latinoanericana de Investigadores da Canunicação, Prof. Patrl
cia Anzola.
SBPC REÚNE INSTITOIÇÕES DE PESQUISA
Pealizou-se no dia 18/9/81 no Instituto de Física da Universidade
de São Paulo um encontro prorovido pela SBPC entre a Canissao de
Ciência e Tecnologia da Câmara Federal e as instituiçces cientlfl
cas do Estado de S.Paulo. A HÍIETICCM, aceitando convite do presi^
dente da entidade patrocinadora, esteve presente à reunião. A reu
nlão contou oan a presença da diretora da SBPC, dos deputados Ben
to Gcnçalves (PP), presidente da Ccmlssão, Herbert Levy (PP) e fio
rSdo Ortiz (PMDB) e dos representantes das instituições dentíf^
cas de São Paulo. 0 Objetivo da reunião, segundo o deputado Bento
Gonçalves era ouvir a canunidade cientifica, pois a Comissão por
ele presidida não tem entre seus membros nenhum especialista nas
áreas de ciência e tecnologia. Ele pretende que a Ccnissão se trans
forme no porta-voz das instituições cientificas junto aos canais
da administração federal. Pediu o apoio das instituições presentes
para poder levar a frente esse trabalho, pois em sua ppinlão a Co
missão nada poderá fazer na Câmara Federal se não tiver essa reta
guarda.
IMAGm FEMININA NA PUBLICIDADE
A imagem feminina nas mensagens publicitárias é cada vez mais a da
tnulher-dbjeto, de acordo oan a pesquisa realizada pela Standard 0
gllvy & Mather, seb a supervisão de Clarice Herzog. 0 trabalho pro
curou recolher a lupressão do público a respeito da presença da im
lher nos anúncios e conprovou-se que, na maioria dos casos, a t^l
tativa de exploração do corpo feninino é recebida negativamente pe
Ias próprias mulheres. Já entre os hanens, não ocorrer, condenações
às peças publicitárias da mesma ordem cbservada entre as mulheres,
entrara a reação tanrbém não seja das melhores. A conclusão da pes
quisa é que "ao utilizar a mulher na propaganda, o produtor está
trilhando caminhos muito estreitos, sem acostamentos, onde ê grave
o perigo do erro, do desvio. 0 consumidor-alvo ocm seus preooncei
tos e sensibilidades, deve estar muito bem definido e reccrhecido,
e seus pontos de vista devem ser cuidadosamente levantados, sob pe
na de rejeição do personagem da mensagem canercial" (JB. 31/8/81) .
24
PRGEM MJMRNO BRftSIL
O governo alejtão erracmenclou una pesquisa pública para saber qual
a Imagem de seu país no Brasil. E a conclusão a que chegcu não foi
das mais alvissareiras para ele: "não sanos ocnheddce nen querl—■ dos", diz o relatório final do trabalho, segundo o oorrespoidente-
do Jornal da Brasil em Bem, WLlllan Waadc. De acordo oan a pesqul
sa, Adolf Hitler é o alemão mais oonhecido no Brasil, 2/3 da pcçu
lação não adiam o aoordo nuclear Brasil-Alananha vantajoso para os
dois lados e a 40% só ocorrem associações negativas ao ouvir a pa
lavra Alemanha. A existência da pesquisa só foi oficialmente con
firmada devido a interpelação feita pelo deputada democrata-cristão
Norbert Lammert ao porta-voz do governo Kurt Becker, que garantiu-
que "o governo alanão vai intensificar seu trabalho de relações pú
blicas no Brasil". A Enfcalxada da Alemanha no Brasil, analisando a
pesquisa, disse que ela foi útil, pois "as respostas apagam ilusões
e dão motivos para reflexões". Foram entrevistadas 1832 pessoas -
(das quais 339 consideradas "formadoras de opinião", ou seja, jor
nallstas, conunicadores e personalidades ccnhecidasl que respcnde-
ran a 26 perguntas. Foi constatado que os preocnoeitos resultantes
da II Guerra Mundial ainda são fortes e que, ar. parte, isso se de
ve a maciça presença de seriados norte-americanos na televisão bra
slleira. Os alemães só são oonslderados simpáticos por oerca de 5%
da população, perdendo para quase todos os outros povos de palses-
potências, inclusive os soviétloos. As razões da antipatia, segun-
do a pesquisa, são os estereótipos de que os alemães são frios,pre
potentes, perfeccionistas e racistas. Br, oonpensação, os brasilei-
ros admiram a disciplina, a organização e a educação dos alemães .
(JB.. 20/9/81)
Veículos
A MPREMSA E O RIOCEMTBO ÇEPÍIOGOl
Nas suas quatro últimas edições, o Boletim prrEPOCM abordou exten
sivãmente a ocbertura jornalística que o caso das bcrfcas do Rio -
centro mereceu da imprensa brasileira. Se no memento imediatamente
posterior ã explosão dos petardos esta cebertura foi digna dos mai
ores elogios, a partir da oemplicação política ocasionada pelo in
cldente, ela coreçou a dar provas de fragilidade crescente, cbser
vando-se un cloro recuo do posição inicial dos gronóes jornais.
(ver Boletim OOtSQQM n9 32, pp.15-17). Este recuo voltou a ser cb
servado no episódio que marca (apaier.teriente) o fim definitivo do
"caso Riocentro". A tentativa do oorregedor Célio Lobão Ferreira
de desarquivar o inquérito .junto ao SIM e o voto vencido do minls
25
tio Júlio de Sã Bierrcrtacii (favorável ao desarqulvanento) não me
reoeram dos grandes veicules un tratamento nem de longe parecido
can o deserpenho que tiveram logo após o 19 de maio. Apenas un dos
quatro grandes jornais brasileiros (0 Estado de São Paulo 26/8/81)
publicou editorial ccnclarando o Svpremo Tribunal Militar a acatar
o pedido do corregedor. Folha, Jornal do Brasil e, evidentemente ,
0 Gldbo lljnitaram-se a registrar discretamente a evolução dos fa
tos en suas páginas noticiosas. Quando a decisão final do SIM foi
tonada, oom o voto de Bierrarbadi em separado denunciando todo o
processo, apenas o Jornal do Brasil abriu sua manchete principal -
às acusações do almirante (JB.3/10/81). Também foi o JB que mais
espaço cenoedeu â transcrição dos motivos de Bierrettfcach.Nenhum ctos
grandes jornais saiu em defesa do almirante em suas oolunas edito-'
riais. A Folha de S.Paulo ocupou-se do caso para dizer que Blerrem
bach estava oerto enquanto hemera, mas errado enquanto político. Os
danais ignoraran o assunte. A Sede Gldbo, como senpre, esmerou -se
cm Bervilismo: deu, ocri destaque, a nota em que o ministro do Exér
d.to responde às acusações de Bierreirbach, mas não fez menção ã no
ta em que Bierrerbacti replica às acusações do ministro do Exército
Enfim, acabou-se o caso do Rio centro. Os culpados permaneceram Im
punes (pelo menos pela justiça dos honens). A imprensa, dignifica-
da num primeiro memento, saiu ferida do episódio, cano toda a oens
ciência brasileira. Mas, também a exemplo dela, sebreviveu. Antes
assim, talvez. (Cai-los Eduardo Lins da Silva)
LW HEPQl POST-MJKTPl
De repeiite, ficanos todos sabendo que havia un grande herói no num
do. Anwar El Eadat foi transformado pelos jornais da grande impren
sa e pela televisão rito dos maiores estadistas da história, após o
seu assassinato. Os exageres cem que se saudou a atuação política
de Sadat foran muito evidentes e não correspondem em absoluto ãs
reais dimensões da obra realizada pelo presidente egípcio. Os mes
mos veículos que oito anos antes haviam classificado Sadat de oo
varde e traiçoeiro, por ter atacado Israel em pleno feriado do Yom
Klppur exaltaram-no a proporções similares ãs que a liturgia cato
lica oencede ao "cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo".
Nem mesmo a evidente contradição de un líder que "viveu e -morreu -
pela paz" ter sido assassinado durante una parada militar que cone
morava exatamente a guerra do Yon Kippur foi ressaltado. Os mesmos
veículos que exacram diariamente o regime do Irã porque prende e
fuzila seus inimigos políticos e religiosos não fizeram menção ne
nhina ã repressão violenta que Sadat movia contra os seus próprios
inirrlgcs polítioos e rellgioscs e que havia atingido um ponto pjr
ticularirente irportante un mês antes quando 6000 pessoas foram p>resas
on un 80 dia. Qize entidades árabes no Brasil publicaram,no dia
9 de outviiiro, iratérla paga nos principais jornais do País,protes
tando centra o que eles classificaran de "canalização" de Sadat,
«m neme de una fidedigna inscrição mis páginas da História". Nes
ta nota, ns cntldicJteB UoUm os n&tivofl peloa quais a ccrttunidado
árabe intemacicnal havia rcnpido cem Sadat e que ajudam a expll
car as oatTcnorações havidas na Líbia quando de sua morte e que
foram moetradas pelos jornais da grande iirprensa e pela TV caro
manifestação de quase "barbárie". Menos sorte tiveran os milhões
de brasileiros que sô têm acesso â informação via Jornal Nacio -
nal. Apesar da rápida aparição de Paulo Francis, no dia do assas
slnato, em nenhun nonento o telejomal da Fede Glçto enfoocu cri
tlcanente a carreira de Sadat. Aliás, o atentado pareoe ter aba
lado o "padrão Globo", pois a edição do JN daquele dia,apesar do
esforço de cobertura que se tentou, foi repleta de erros elemen-
tares: Sérgio Chapelim olhava uma câmara e era focalizado por ou
tra, anunciava Harilena Chlarelll de Brasília e entrava Sérgio -
Mota Melo de Washington, errava na leitura e fazia indisfarçáveis
caretasde insatisfação diante das falhas. Cccitudo, não foi pelas
falhas técnicas que a ocbertura do assassinato de Sadat deixou -
imito a desejar. Foi pela, irais una vez, ccnprovada siixirdinação
dos nossos meios de ccmjnicação aos interesses da política exter
na norte-erericana representada no mundo jornalístico pelas agên
das Intemadcrtals de notícias.Una vez mais, nossos jornais e
televisões donerstraran falta de espírito crítico e da senso his
tórloo; exagerarati em seu serviliaro e Informaram mal o pSalloo
brasileiro. (Carlos Eduardo Lins da Silva).
WJS TH£S FALfiJCIAS HOS ASSOCIADOS
Diário da 'icite. Diário de São Paulo e Rádio Difusora; mais três
órgãos dos Diários e Emissoras Associadas que tiveram sua falên
da decretada pela Justiça de são Paulo. A decisão ooorreu en 1^
nído de seterbro e é mais un capítulo da lenta agonia em que se
debate o que foi "o maior lirpérlo jomalfstioo da América Latina"
O que nem a Justiça, nem os antigos patrões sabem respender, ocn
tudo, £ quando vai terminar a agonia dos funcionãrioe doe Assod
ados, que oentinuan sem receber jalárlos. Fundo de Garantia, nem
qualquer outro rendimento a que têm direito.
VIGILfcCIA SOBRE AS GRM1DES REVISTAS
Mais un exercido de "media-criticlsir," na Inprensa brasileira. -
Desde sua edição de n? 9 (de 4/9/811 a revista Careta vem"viglan
do* suas ocnoorrentes Vteja e Isto é . As grandes revistas, agora
acossadas pela alternativa Careta, têm sido pegas em diversos -
27
deslizes em suas coberturas. Alan disso. Careta ven ajudando a des
vendar os vieses ideolôficos subjacentes às matérias pretenssnente
Informativas que as grandes revistas publicadan- O deserpenhc his- térico do Veja e Isto 6 cjaindo da invasão de terrns particulares *
nos subúrbios de ["..TO raulo foi bem roql^tmdo por C.irftn, bem oeno
a tutlgua indefinição das duas quanto ã ccrAtnlcncia da posse de
Aureliano Oiavea após o enfarte de Figueiredo, quando atbas prefe-
riram ficar "en cima do muro" do que tonar posição em favor daqui-
lo que, una semana depois, iriam censagrar cano "a rannalidade de
mocrática". Aliás, Careta vai, aos poucos, firmando-se coro publl
cação de boa qualidade e espírito crítico. Iniclalnente qulnzenal-
e valendo-se principalmente do prestígio de alguns de seus colabo- radores, a revista conseguiu logo alterar sua periodicidade para
semanal e, aparentemente, encontrou una faixa de público capaz de
garantir sua sobrevivência. Bn quatorze edições, publicou entrevls
tas taportantes (oemo as de Lula, Mário Juruna, Raul Cortez, Kanuel
Pulg e Caetano Vèloso, entre outros), deu um "banho de cdbertura"-
em suas concorrentes na morte de Gláuber Pecha, aipliou seu quadro
de colaboradores, que agora inclui Alex Solnidc, Bráulio da Brito,
Luiz Carlos Maciel, Luiz Fernando Veríssimo, Mário Prata, entre eu
tios. Ccntlnuan dando grande espaço a fotografias e cartuns de boa qualidade (principalmente os de Chico e Paulo Caruso). Irreverente
(a edição cem a fotonontagan de Lady Dl nua è antológica), bem hu
morada e crítica, Careta faz juz à sua ilustre hemônima predeoesso
ra (da qual oentinua publicando reedições, agora oatpletas) a ga nha espeço no mercado das revistas.
MUDWÇft GRAFICA EM ISTO E
Isto E passou por uma cirurgia plástica. £ bem verdade que seus re sultados não oorpensam a debilitação censtatada desde que a experl ência do Jornal da República fracassou. Mas, pelo menos, o aspecto
da revista melhorou e sua leitura tornou-se mais fácil, ainda que
isso não altere multo o oenteúdo. Os fies entre as colunas foram - siçrimldcs, colunas falsas introduzidas para os artigos assinados,
novas fanílias tipográficas utilizadas nos títulos, alán de outras modificaifões menores.Tão Gemes Pinto, que substituiu Mino Carta no oanando da revista, continua "pensando grande") apresentou a refeç
ma gráfica oon un artigo intitulado "Não queremos raolto. Só o su
A FRSGIL ODHaClimA DO BMraKIE
Alberto Dines, em seu Jornal da Cesta (Pasquim n9 6i0,la7/lQ/61)es tranhou a morosidade oon que os nossos jornais reagiram aos fatos-
28
que cercaran a passagem da Presidência a Aurellar.o Qiaves após o
enfarte de Figueiredo, principalmente as manobras de bastidores
que garantiram a "norrralidade ccnstltudcnal" tão exaltada. " Por
que esse Icngo intervalo entre os eventos e seu conhecimento públl
co, por que essa distância entre a naturalidade constitucional.e a
fluincla infcurativa?" pergunta Dlnes. E ele responde : ' A culpa
«m parte, deveu-se a un maldito fim-de-semana e ã rotina de repar-
tlçãD pülica que ocmanda a operação jornalística levando o " pruj
dpe doe oolinlstas políticos a só tratar do enfarte de Figueire-
do quando já não havia mais nada a dizer. (...) Jomalões,revistõea,
televisões ocnoentraran-se na técnica de vestiário, herdada da re
portagen esportiva, aootovelando-se para entrevistar os figurões -
que entravam e safam do HSE nos Gálaxles chapa-branca e que nada
diriam de irportante ante aquele engarrafamento de microfones, es
queoendo-se de Investigar o que se passava no mundo dos cartolas".
MMS IHA CCKIESEaçaO A TEX3RIA DA NEOTBAUDADE
Para oe que insistem na defesa da "teoria da neutralidade da im
prensa", eis cano oe nossos maiores quatro jornais titularam suas
chamadas de primeira página sobre a nova encíclica do Papa João
Paulo II, no dia 15 de setenfcro: " Nova encíclica condena o ooletl
vlsno" (ESP), "A propriedade não é absoluta e intocável"(FSP), "Qi
dclica exalta o hanem e o trabalho" (Globo) e"Papa defende o dt
reito do trabalhador â terra" (JB).
VIESES DA GRfiHDE IMPRIUSA
Os vieses ideolõgioos da grande litprensa estão sendo denunciados
ocm maior ocnstânda, ainda que sem o destaque necessário para que
o grande público se aperoeba melhor deles. No últiroo mis de setan
bro, por exençlo, o deputado João Cunha (PMDB-SP) denunciou o Jor
nal do Brasil por ter este concluído em matéria con chamada de prl
melra página no dia 1/9/81, que ele (Cunha), bem caio Luis Inácio
da Silva e Genival Tourinho estavam "virtualmente inpedidos de dis
putar as próximas eleições", por força de dispositivo que o gover
no quer introduzir na lei eleitoral a respeito de Inelegibilidades
de pessoas ccndenadas ou processadas pela Lei de Segurança Nacio
nal. Cano a matéria ainda não estava decidida e cano os três poli
ticos citados nio estão ainda condenados ocm base na LSN,Cunha oonclu
iu que "a noticia tem sentido intiitddatório, clarairente dirigido
centra as oposições". A reação de Cunha não foi publicada pelo JB, mas sim pela Foltfe, em pequena noticia de uma coluna cm que o nane
do JB não é citado. A cobertura distordda que a grande inprensa -
deu à Ccnclat (ver Boletim DJIEICCM 32,pp. 19-20) fd ciijeto de ou
29
tra denúncia no mês de setarbro. Cinco jornalistas mineiros ocupa
ram-se especificamente da cebertura da Folha de S.Paulo, asnstatan
<5o diversas inpropriedades nela ocorridas. As observações dos jor
nalistas mineiros foram publicadas pela Folha em uma coluna, na se
ção de cartas (28/9/81), octn mínimo destaque. Na seção de cartas -
de Movimento (5 a 11/10/81) surgiu outra denúncia de viés no mate
rial da grande iirprensa. Nela, Cláudio Willer faz reparos sérios à
maneira oerno O Estado de São Paulo retratou a figura de Iara Yavel
berg na série de matérias que ele publicou (entre 15 e 18 de seterj
bro) sobre a vida e a norte de Carlos Lamarca. Finalmsnte, o jor
nal-laboratório dos alunos da Escola de Conunicação e Artes da USP
O Jornal, em seu número 3, denuncia as distorções cem que toda a
grande irtprensa mostrou ao público a questão das invasões dé terre
nos particulares na periferia de São Paulo, defendendo hlsterica-
mente o direito de propriedade, mais preocupada em oferecer provas
da participação de elementos da Igreja entre cs invasores do que
em analisar as causas sociais do problema. Outros vieses, oentudo,
ficaram sem registro. A cebertura dada pelos grandes jornais ã Con
venção Nacional do Partido dos Trabalhadores, por exenplo, foi mui
to menor do que a oferecida por eles às realizadas anteriormente
pelos demais partidos, mesmo os de porte similar ou inferior ao do
PT, cemo o FTB e o PDT. Tambãn ã espera de registro e de análise -
está o ocirportamento pouco usual de agressividade ostensiva e ex
tremada con que o Glcbo tem tratado o regime do Irã. Eu sua edição
de 27/9/81, sua manchete mais parecia as manchetes do Hora do Povo
"Novo 'açougueiro de Teerã" ordena execuções de mais de 218".
MUS UM VEICULO SAI EM DEFESA DE CHRYSOSTCMO
Na batalha "inter-iredia" que vem sendo travada em relação ao prooes
so contra o jornalista Antônio Chrysóstcmo (Ver Boletim INIZBXM ,
32, pp.20.21), um novo veiculo sai em defesa do acusado. Trata-se-
de Repórter, que em seu número 53 (1 a 13/10/81) publicou reporta-
gem de Francisco Vianna em que as peças de acusação oertra Chrysos
temo são habilmente desnentadas.
DOIS TÍTULOS NOVDS NAS BftNCAS
Apesar da crise, dois novos jornais chegaram ãs bancas em seterbro
Un, na linha "micro-jomalístlca" chama-se O Matraca, tem periodl
cidade bimestral e dedica-se principalmente ao entretenimento, cul
tura e hutor. Editado por Carlos Melo e Cassiano Rcria, custa 35 -
cruzeiros. O outro. Luta e Prazer, é um tablóide mensal que vem
substituir a revista Rádice. Seu enfoque principal é no campo da
psicologia e da cultura. Vai seguir a mesma linha de Rádioe, edita
do por Carlos Ralph Lemos Viana, custando 100 cruzeiros.
30
MP.TMENTO PI MMS UMR EXPERIÍMCIA DPCCPATIÇft
O Jornal Movimento engaja-se ati mais una experiência de derocra-
da. Através de uma seção Intitulaüa "Tribuna de Debates", está a
brindo espaço Ia todos os seus colaboradores para que exponham suas
idéias e críticas a respeito do jornal, con vistas a una mudança
no seu programa e na linha editorial. Diversos jornalistas têm OOJ
pado o espaço, nun instlgante debate scbre o papel do jornalismo -
denocrátioo no Brasil ocntorporâneo e a forma ideal para seu exer^-
ddo.
BANDEIRAWTES NfiO DESIgTE E fStCA O0M FIDEL CAgIRO
As derrotas na luta pela ocnqulsta de audiência se sucedem para a
Rede Eandeirantes mas ela não parece disposta a desistir. Depois -
dos fracassos de Cidade aberta (telejcmal ocnandado por Pose No
queira, que se demitiu) e de Hocidade Independente (musical <le Ne^L
sen htota, que tantem pediu danissão) a Bandeirantes atacou em se
terfcro oan uma nova série de novos programas. Muna ousada tentati
va de ocrfcater o inexpugnável horário das 20 horas, lançou Variety
90 Minutos, un prograna de telejomallsmo e variedades diário, co
mandado por Paulo César Peréio que, na semana de estréia trouxe -
aos vídeos brasileiros a figura de Fidel Castro, deles desapareci-
cb há quase 20 anos. Bn entrevista de Ruth Esocbar, Fidel falou a
milhões de brasileiros via Drbratel e não ocorreu nenhuma revoluçã
0 (pelo menos nas três semanas subsequentes). A entrevista de Fidel
foi histórica (o Pasquim transcreveu-a na Integra em seu nC 640 de
1 a 7/10/81) mas nem por isso o pregrana nove da Bandeirantes vai
bem das pernas. A crítica tem sido rigorosa ocm a superficlalidade
e o tom esnobe que caracterizam o estilo de Variety 90 minutos e
a supremacia da Glcbo no horário da sua novela principal não pare
oe aneaçada. Mais feliz, pelo menos em termos de crítica, tem sido
o lançamento da Bandeirantes para concorrer con o Glcbo Revista ,
nas segundas-feiras às 23 horas. Trata-se de Etc, liderado por Zi^
raldc e que no programa de estréia trouxe outro "banido dos vídeos
brasileiros", o arcebispo Dou Helder Câmara. Muito mais descontraí
do, incisivo e crítico que Globo Bevista, Etc tem maiores chances
de êxito na ocnqulsta da audiência do fim da noite, quando o públi
oo é mais seledcnado. No horário em que acaba a novela da Glcbo
a Bandeirantes entrou oan a sua. Os adolescentes, que pretende ser
una reportagem, apesar de escrita por uma das mais tradicionais -
flcdcnistas da nossa televisão, Ivani Ribeiro. Arriscando-se pela
primeira vez no terreno das séries nadcnals, a Bandeirantes tem
31
bem lançou em setenbro Pena Santa, do consagrado Geraldo Vietrl cen
a antiga hirorista Nair Béllo vivendo una viúva que precisa dirigir
vm táxi para sebreviver. Além disso, prossegi^e a recente experlêncl^
a da Bandeirantes em oo-predução ocm a Gazeta Mercantil, o prograra
de debates Crítica e Auto-Crítlca, que teve um grande manento a 28
do 9, quando foram colocados frente a frente três eipresãrlos e três
dirigentes do Partido dos Trabalhadores. Finalmente, o grande trunfo
da Bandeirantes na sua luta pela audiência continua sendo o beit-suqe
dido Canal Livre, que teve pelo menos dois instantes recentes de pl^
quet as entrevistas oon Glanfranoesco Guamieri e Can Mário Junina .
Cano a Bandeirantes costura ser iirprevisível em seus honores, desis-
tindo de experiências inovadoras multo antes de se ter suficiente -
tenpo para analisá-la, é lirpossível arriscar palpites sebre as chan-
ces de êxito de sua nova programação. Entretanto, a rede parece es
tar sonhando alto, pois assinou contrato oon a afcratel no inicio de
outubro para, a partir de 1982,36 cenverter na primeira arlssora bra
sileira a transmitir sua programação nacional via satélite. Trata-se
de experiência inédita na flirerlca Latina e o vulto do investimento -
permite prever que, apesar dos fracassos de audiência, a Bandeirantes
parece disposta a continuar em sua briga pelo mercado da televisão -
brasileira.
GLOBO Nfo SE ALIERA E SABOREIA CXTID
Aparentemente indiferente aos esforços da Bandeirantes, a Rede Globo
mantân os seus esquemas bem sucedidos e saboreia os êxitos já ocnqui£
tados. toneu e Julieta, o especial de fim de ano de 1980, cem Fábio
Jr. e Luoélla Santos, foi vendido ã televisão inglesa e exibido oon
sucesso, merecendo elogiosas críticas do jornal Financial Times. O se
riado Malu Mulher, depois de oentinuar cem boa audiência na Holanda ,
Suécia e Alemanha, foi vendido para a televisão italiana e recebeu e
logios do Corriere delia Scra. No "frent" interno, a Glcbo assistiu a
mais \m bem sucedido final de novela das oito, oon Baila Ccrigo, de
Manuel Carlos, oonseguiu altos índices de audiência e fartos elogios
da crítica especializada, que a cctisiderou um marco na história da te
lenovela brasileira devido ã riqueza dos diálogos entre os personagens
Para o seu lugar, já entrou no ar Brilhante, de Gilberto Braga, que
na sua primeira semana deu mostras da fartura de recursos materiais -
que caracterizam cada vez mais as produções da Glcbo: longas sequêncl
as gravadas em Londres (inclusive interiores) e em Mato Grosso (inclu
slve um acidente de avião que foi uma das seqüências tecnicamente
mais perfeitas da história da televisão brasileira). Can un tema musl^
cal sofisticado, de autoria de Tem Jcbim, direção de Daniel Filho e
elenco oon estrelas do porte de Fernanda Mcntenegro, Mario Lago, José
Wllker e Rodolfo Hayer, Brilhante poderá repetir o suoesso da outra -
novela das olte escrita por Braga, Danclng Days, atualmente em cxl
bicão er-: Portugal. Alar, disso, ocntinuam na Globo os sucessos de
TV Kulher <agora reforçada pela presença de Xênla Bier, após 18 ne
ses afastada da televisão), 0 Eeir Aroado (numa rara e iirpressionan-
te união entre público e crítica), Globo Repórter ( que em petem
bro teve un grande memento ocm "Amazônia, Pátria da %ua", escrito
e narrado pelo poeta Thiago de Mello), Sem Brasil (ocm a presença
de alguns dos maiores nenes da MPB no horário do demingo de manhã,
oemo Fagner, Luiz Gonzaga e Alceu Valença, entre outros) e os tra
dldorais Fantástico, Os Trapalhões, lideres de audiência da rede,
no horário nebre dos demingos.
SILVIO SflWOS AVMJÇA PARA 0 SEGUNDO LUGAR
Cem velhos desenhos e filmes, antigos nanes censagrados no inlcio-
da televisão brasileira e seu próprio dono, a TV-S, apesar de caçu
Ia, vem dbtendo sucessos de audiência que chegam a ser espantosos.
Bn alguns pedaços da manhã, está até ameaçando o domínio de TV Mu
lher ( o que talvez explique o reforço cte Xênia Bier obtido pela
Gldbo) e em nruites outros horários já desbancou a Bandeirantes do
segtndo lugar, tanto no Rio de Janeiro oeno em São Paulo. Os pro
gramas de maior audiência da TV-S são: Programa Silvio Santos, oa
desenhos animados da manhã e da tarde, o programa de calouros de
Raul Gll, 0 Harem de Sapato Branco, Moacir Franco Show e o Povo na
TV de Wllton Franco, que está ocmeçando a deminar o horário prlnci
pai das tardes, mina fórmula bem sucedida de populismo misturado -
ocm "mcrtdo cane1*.
REDE CAPITAL OCM TELEVISfo EM BRASÍLIA
0 grupo Capital não obteve nenhum pedaço do espólio dos Associados .-
Mas nem por isso ficou sem televisão. Desde o finzinho de agosto -
último, já está no ar a primeira estação de televisão do grupo, a
TV Capital de Brasília. Trata-se da primeira investida do grvço -
(que segundo se diz, é ligada aos interesses do governador Paulo -
Maluf) na área da televisão, depois de um relativo sucesso de sua
rede de oito anissoras de rádio pelo País.
FAMÍLIA DE AMTR Nfo GOSTA DE PIANlSO DE POLÍCIA
A família do antigo jogador de futebol do Flamengo e do Santos Al
mir não gostou do episódio "0 Hcmem que incendiou o Maracanã", da
série Plantão dfe Policia e ameaça processar seu autor (Aguinaldo -
33
Silva) e a Rede Gld». Os herdeiros de Almir rjueron 2 milhões e
600 mil cruzeiros por exibição do episódio nas diversas cidades do
Brasil que retransmitem a série, pois acreditem que o perscnaçeri -
principal, Alcir, tenha sido calcado na biografia de seu pai. Agul
naldo Silva reocnheoe que há algmas oolncidências, iras argvmenta
que são pentes oenuns às vidas de vários jogadores de futebol. Etn
seu roteiro original, o persenagem chamava-se Alcântara, mas foi
rebatizado pela direção da série cem o nane de Alcir, o que faz re
forçar sua semelhança oan Almir.
0 SUCESSO DA TV BOREOPEMA
A revista Veja registra em sua edição de 9 de seterfcro o sucesso -
que vem conseguindo a TV Borborema, de Carpina Grande (PB), cem su
a programação própria de entrevistas políticas no horário do alnç
ço. Francisco Maria Filho, ocm una câmara, duas cadeiras e pergun-
tas incisivas, vem dbtendo grandes índices de audiência para seu
programa Confidencial que, meses antes da Rede Bandeirantes, ocnse
guiu trazer para os vídeos a figura de dem Helder Câmara, além de
Luiz Carlos Prestes, Teotônio Vilela, Hélio Fernandes e outros no
mes de expressão nacional ou regional.
BEIJO NA BOCA DE NEGRO E BRANCA
Depois que Malu Mulher gozou. Viviam abortou e Catucha se masturbo
u, chegou a vez da televisão brasileira enfrentar seu primeiro bed
jo na boca inter-racial. Foram os personagens Oto dniltcm Gcnçal
ves) e Letícia (Beatriz Liira) os responsáveis pela audácia, nos ul
timos capítulos de Baila Ccmigo, de Manuel Carlos. Segundo as pes
quisas da Gld», citadas por Veja (16/9/81) o beijo entre negro e
branca não chegou a causar oemoção entre os espectadores.
BRASIL OCMOUISIA SEU QUIOTO PR&HO dNEMATOGRfiFICO
O prêmio especial do Júri e da Crítica Intemacicnal do Festival -
de Veneza de 1981 foi concedido para o filme brasileiro Eles Não ü
sam Black-Tie, de Leon Hirsanan, oan Gianfrancesoo Guamieri, Fer
nanda Montenegro, Beth Mendes, Milton Gonçalves e Carlos Alberto -
Rioell. Trata-se do quinto grande prêmio intemacicnal de cinera
obtido por brasileiros (antes, 0 Cangaceiro, em Cannes, 1953, O Pa
gador de Promessas, em Cannes, em 1962, O Dragão da Maldade contra
o Santo Guerreiro, em Cannes 1969 e O Henem Que Virou Suco, an Mcs
oou, em 1981). A oonquista de Hirszman coincide ocm una fase exoe£
cionalmente favorável para a colocação de filmes brasileiros no
mercado Internacional, reforçada pelo sucesso que fizeram Plxcte
34
(de Hector Babenoo) e A Estrada da Vida (de Nelson Pereira dce San
tos, no Festival de Clnana Latino Americano e Bbérloo de Blarrttz,
na França. Além disso, Plxote ocntlnua ura carreira excelente nos
Estados Unidos
AVBmjRAS, PEt£ E OOTROS BIOOS NA WOVR SAFRA
0 desenprego e a inflação parecem ser ingredientes pródigos no
cresdrento da indústria cinematográfica, o que vem confirmar a te
orla da qua a crise alimenta a indústria da diversão. 0 produtor -
George lAjeas (Guerra nas Estrelas) testemunha esta tendência depo
is do lançamento de "lhe Raiders of the Lost Are" a aventura de um
arqueólogo em busca de ouro , que lhe vem estufando os bolsos.Mais
bem reputados e igualmente bem sucedidos a nível catercial são : 0
Príncipe da Cidade, sob a direção de Sldney Lunet e Primeira Sequn
da Feira de Outubro, dirigido por Konald Neame, respectivamente un
diagnõstloo do sutinundo norte americano e una oanédia sobre a Su
prema COrte norte americana. 0 inglês David Hemmings dirige mais -
una nova safra. Apenas um Ginolõ, que consegue reunir MarIene Die
trlch, o cantor David Bowie e Kim Nuvak. Há ainda Airor sem Fim, me
lodrata de Franco Zeffirelll e Blow Out, de Brian de Palma.Depois
de aterrorizar os brasileiros oan epiniões sebre eleições e apre
goar os poderes milagrelrcs de Vitasay, Pele volta a oena, flguran
do nun carço de concentração nazista ao lado de Silvester Stallcne
e Mlchael Calne, sob a direção de John Hustons, em Victory, una -
produção húngara. Segundo Maroo Antcnlo de Lacerda do JT, o filme
é un elogio ao tédio.Foi finalmente liberado pela URSS Que Viva Me
jtíLco, de Sergel Eisenstein, realizado no México de 1930 a 1932, o
objeto de un escândalo returbante, quando os originais foram detl
dos pela Pararount. Do copião se extraiu três filmes medíocres,sen
do os originais devolvidos ã Rússia, semente após a morte de Eisens
teln, em 68. Semente no ano passado, ele foi exibido no Festival -
de Cinema de Mascou. Este ano, os americanos foram presenteados -
ocm a exibição de Que Viva Mêxtoo.
O SLXXSSO DE RITA I£E NA EUROPA
Can mais de 250 mil discos vendidos até o final de setenfaro na
França, Rita Lee acabou se transformando nun dos maiores e inespe-
rados sucessos da terporada fcnogrãfica de verão da Europa. O LP
Lança Perfure, o mesmo que foi lançado no Brasil, conseguiu ainda
un razoável êxito na Alemanha, Itália, Luxenburgo e Inglaterra e
passou a tocar sntre as primeiras colocadas no hit parade da Rã
dio Europa Núnero 1 e da Rádio Montecarlo. Cotio conseqüência, já
há pedidos para espetáculos, a perspectiva de se avançar no merca
do norte anericano e a certeza de ainda mais sucesso no Brasil.Pe
35
Io menos para Rita l£e, o mercado de discos rão está em crise(Is-
to E, 30/9/81).
MILTCM NASCPEOTO, O QUE EKA DE ELITE
Outro artista que não pode se queixar de crise na indústria fono -
gráfica é Miltcm Nascimento, que a crítica especializada un dia -
ocndenou a ser um cantor de elite, que janais venderia mais de 10
mil disoos. Pois seu último lí" Caçador de Mim,lançado em seterrfcro,
vendeu mais de 100 mil oópias em una semana. Cano o IP anterior ,
Sentinela, vendeu 200 mil cópias sem o pique inicial que este está
conseguindo, previsões ocnservadoras da gravadora Ariola são de
que Caçador de Mim poderá atingir rapidamente a marca dos 400 mil
ainda mais porque Milton terá um especial de fim de ano na televi-
são.
A GÜERPA DE FIM DE AMO ESTA DEOAKVDA
O lançamento do disco de Milton, por sinal, deflagrou a rfiarrada -
"guerra de fim de ano", quando são lançados os IPs anuais dos cam
peões de vendagem da música popular brasileira. Ao Caçador de Mim
seguiu-se Traduzisse de Fagner, devendo vir a seguir o disco de
Rita Lee e, un pouoo mais tarde, os de Gal Costa, Simone, Martinho
da Vila, Beth Carvalho, Maria Bethânia e Roberto Carlos.
FUSfo DE GRAVADORAS
Odecn e WEA anunciaram em setembro a sua fusão. Segundo os analis-
tas da indústria fonográfica, trata-se de uma tentativa para se sa
far da crise. Dizem que, em breve, a Ariola tanfcém será envolvida
no negócio
CM OCKGRESSO DE POUCA EXPRESSÃO
Um Congresso scbre radiodifusão onde trabalhadores do veículo não
tenham garantida a sua participação não pode redundar em grandes -
ocnclusões para a artçliação do debate. Foi o que se observou no VI
Congresso Enpresarial de Radiodifusores, realizado em agosto, na
cidade de Águas de são Pedro. Aplaudido por técnicos do Dentei e
assessores do Ministério das Comunicações que nada mais fizeram a
lém de exaltar as qualidades óbvias do veículo em discussão ("pelo
rádio se exerce, efetivamente, a democracia", " a fórmula para a
grandeza futura é trabalho e mais trabalho"), o Congresso apresen-
tou oono reivindicações mais agressiva, um apelo meloso e vago às
autoridades das Ccmmlcações: "que se ocoscientizem que devem pres
tlgi2u: a radiou fusão peimltlmio o seu desenvolvimento, anparando-
a an suas necessidades, propordcnando-lhe liberdade e condições -
àe scbrevlvenda". Contudo, as leis que regem a concessão üe emis-
soras, a democratização Interna de veículo foram, ao que parece ,
esquecidas. A regulanentação da profissão de radialista entrou em
pauta enquanto sugestão do presidente da Associação Gaúcha das E
mlssoraa - AGEKT - Fernando Ernesto Corrêa, que propôs a institui-
ção âe critérios mais definidos para a cbtenção do registro provisS
rio nas cidades onóe não haja cursos de Conunicação Social.
IPUCAÇSO AGORA HO RADIO
0 jornal 1 arp radiofônico está demenstrando muita eficiência na qo
bertura doe setores específicos-. Dessa vez a Educação foi benefici
ada ao ganhar un programa diário de meia-hora, na rádio Exoelsior.
£ o DCE Exoelsior, oanandado pelo sociólogo e radialista Wagner -
Horta, que teve sua estréia no último dia 5 de outubro. 0 programa
era antes un desdobramento do "pide vç> do Picapau" de Walter Sl^
va. A adesão de professores e estudantes foi maciça a ponto de tor
há-Io independente. Noticiando os assuntos mais quentes da educa -
ção Wagner terpera o programa oan entrevistas no estúdio de todos
aqueles, ligados â educação, que queiram se manifestar. 0 programa
é apresentado das 17 às 17.30 hs.
Profissões
DEMISSÕES NA FOIÜA E NA ABRIL
36 demitidos na Folha de S.Paulo é 33 na Editora Abril; estes fo
ran cs dois mais graves casos de demissão em massa ocorrido em se
tenbro na irprensa de São Paulo. No caso da Folha, alem da demissão
doe jornalistas da Agência Folhas, ainda houve a tentativa de dbrl
gar os jornalistas do jornal Folha de São Paulo a trabalharem para
a Agenda (que distribui material para vários jornais) pelo mesmo
salário que recebiam no jornal líder da empresa. O Sindicato dos
Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo conseguiu formar
una oaidssão de negodação que está tentando cbter im acordo ocm
a direção da empresa. O jornal do Sindicato, o unidade, publicou
em sua edção de ri? 62 un encarte especial cem toda a história da
crise na Folha, onde são ressaltadas as diferenças entre aquilo -
que a Folha dz e aqdlo que a Folha faz. O mesmo jornal que em
seus editoriais trata da questão do desemprego e condena demissões
em massa é a enpresa que demite em massa os seus funcionários. En
37
tre as ocrsequênclas da crise da Folha, ocorreu una polêmica entre-
o jornal e seu colaborador^Eduardo Suplicy, que condenou na Assem -
bléia Legislativa a atitude da Folha e recebeu una açressi-"a respos
ta do jornal, que reoctnendou a seus leitores a não reeleição de Su-
plicy no pleito de 1982.
MORDO NO JB PAPft EVITRR DESIMPREGO
No JomcüL do Brasil só não ocorreu também demissão en massa porque-
o Sindicato dos Jornalistas do Rio de Janeiro aceitou um acordo cem
a enpresa pelo qual os jornalistas receberam apenas 8* dos 38% de
reajuste semestral a que teriam direito a partir de agosto. A alter
nativa oferecida pela empresa era a demissão de 30% do pessoal da
redação. O fato foi denunciado por Alberto Dines, no Pasquim (nÇ636
de 3 a 9/9/81). Dines estranhou que o incidente não tenha sido noti
ciado pelo próprio Jornal do Brasil ( a Folha ainda que discretarren
te , noticiou suas demissões): "(oJB) esoende vm fato que se tivesse
ocorrido na General Motors ou na Petrobrás seria noticiado na priríd
ra página. Por que o grande silêncio envolvendo a atividade dos pro
fissionais da oemunicação e as regras do jogo quase clandestinas im
postas a una categoria profissional cuja atividade reside justamen-
te na diligente exposição de tudo que está submerso e escondido 7 "
(ENERAL REOOMfJlDA GREVE AOS JOtKALISIAS
Indignado oan a indumentária dos jornalistas que o entrevistavam, o
general Euclides Figueiredo, irmão do presidente da República, reco
mendou-lhes que fizessem greve por melhores salários que lhes permi
tlssem trajar^se cem mais rigor. O episódio mereceu de 0 Estado de
São Paulo (29/8/81) um irado editorial, no qual o jornal ironicamen
te reocxnenda o enquadramento do general na Lei de Segurança Nado -
nal por incitamento à greve.
PROPQgrA PARA AOORDO EWTRE JDFMALISIAS E RADIALIglAS
A regularrentação da profissão de radialistas em 1979 entrou em dro
que oan a regulamentação da profissão de jornalistas, que é mais
antiga, na descrição de várias funções. A Federação Nacional dos
Jornalistas apresentou ã Federal Nacional dos Radialistas, depois
de dois anos de discussão, una proposta concreta de acordo. A ínto
gra dessa proposta, que está sendo discutida pelas duas categorias
pode ser encontrada na edição n9 62 (agosto/setarbro de 81) do jor
nal Unidade, do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado
de São Paulo.
38
O OOMPOTADOR E O JOmjJSTk
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo
prtnoveu no inicio de outitro um seminário sdbre "0 Jornalista dl
ante do oorputador"/» qual foram abordados diversos tanas referen
tes ã autcmatiíação do processo de confecção do jornal. Segundo Ve
ra Lucta Miranda, repórter do Jornal da Tarde, que fez un Balanço-
do seminário, ptblicado pelo jornal no dia 12/10/81, chegou-se ã
ocnclusão de que pelo menos una função jornalística nunca será ocu
pada pelo oaiputadon a de repórter. Quanto às danais, principamm
te o arquivlsta, o diagranador, o revisor, todas estão em perigo.
PCBUCITSRIO mxm. OCMPHCMISSO OOM asgwçMgtegp
Bn docunento divulgado no final do Enocntro Nacional de Propaganda
realizado em Salvador, os dirigentes das principais entidades do
setor afirmaram que o potencial da economia brasileira não permi-
te o pessimismo ou o desânimo quanto ao oomprcmisso histórico que
se tem cem o desenvolvimento eoonõnioo e a propriedade, "dentro de
un indispensável quadro de justiça social". (JB.20/9/81)
CRISE EXIGE HMS CRIAÇSO
Antcnio Carlos Guida e José Paulo Kupfer, em matéria para Isto E
(23/9/81) analisam a crise econômica e seus reflexos sdbre o exer-
cício da profissão do publicitário. Sua conclusão: cem a crise, os
clientes ficam mais exigentes e as agências careçam a perceber que
em terços bicudos, as idéias devem ser mais arrojadas.
PROTBÇft) PAPA 0 AUTOR NaCICNAL m DISCUSSÃO
O Congresso Nadanal deverá votar nas próximas semans projeto de
lei do deputado Adhemar Oxlsi (PDS-SC) que poderá provocar uma cem
pleta reviravolta no mercado editorial brasileiro, ao obrigar que
as editoras instaladas no Brasil pujUquem un livro de autor nado
nal para cada lançamento de autor estrangeiro.O projeto já foi a
provado nas comissões técnicas, faltando acenas a manifestação do
plenário. No entanto o projeto vera levantando uma séria polêmica .
Não apenas as editoras oemo muitos escritores são contra a sua a
provação. O jornal 0 Estado de S.Paulo publioou matéria que resu
me as opiniões favoráveis e contrárias ao projeto de (Jiisi, em sua
edição de 27/9/81
UJOilG PASSA PCR CMA DO CNDA
Sem esperar a reunião plenária de outubro do Conselho Nadcnal de
39
Direito Autoral, o ministro Gal. Rubtm Lucfcdg aprovou o aoordo-
entre a Associação Brasileira de Hnissoras de Rádio e Televisão e
oito das dez sociedades arrecadadoras de direito autoral, ocnside
rado lesivo aos artistas pelos setores mais progressistas da cate
goria. As enlssoras conseguiram reduzir a tabela de preços do ECRD
que previa o pagarrento de 3,5% do seu faturamento bruto para 06 di
reitos autorais. Pelo acordo assinado, a peroentagan fixada é de1
2,5%. O Jomai do Brasil de 2/10/81 publicou a Integra do aoordo-
firmacb pela ABEKT e Bcdedadea' arrecadadoras ocm o aval do MEC.
Censura
JORfeLIgEAS DO HP GCMSEGÜEM KRBEAS
Cláudio Cardoso de Carçx», Pedro de Camargo e Ricardo Lessa Rodri
guès, jornalistas do Hora do Povo, conseguiram habeas oorpus jvm
to ao Siçremo Tribunal Federal e poderão recorrer em liberdade da
pena de dois anos e três meses de reclusão a que foram oondenades
pela Justiça Militar, por terem divulgado matéria sebre as oentas
secretas na Suiça que diversas autoridades do governo federal -
possuiriam.
mCUNAIMA LIBERADO PARA TV
Can apenas um corte na trilha sonora-a eliminação de un temo oon
siderado obsceno- o Conselho Superior de Censura autorizou a esd
bicão em televisão depois das 22 horas do filme Macunaima de Joa
quim Pedro de Andrade. Também foram liberados Guerra Conjugai de
Joaquim Pedro e Toda Nudez Será Castigada de Arnaldo Jabor. 0 CSC
liberou tarrbém a peça teatral Ch Calcutá para maiores de 18 anos,
encaminhou os filmes Callgula e Os 120 Dias de Sedara para as
salas especiais de cinema, liberou a música Ribichada de Chico Eu
arque e proibiu a divulgação por rádio e televisão da música Bar
riga da Ifamãe de Rita Lee e Rcberto de Carvalho. (JB.18/9/81)-
CP1SURA DA GLOBO EM ACRO
Denúncia da revista Careta (4/9/81): o episódio de Aguinaldo Sil
va da série Plantão de Polícia que fazia alusões ao caso Marly, a
moça que até hoje procura identificar os policiais que mataram -
seu irmão, foi cortado pela censura da própria Pede Glcbo. Una ce
na de curra e outra de assassinato de dois adolescentes não foram
ao ar, prejudicando a ccnçreensão do enredo.
40
MJOR ALTOR DE UVIOS DE SftCANftGEM SE APOSENTA
Eln reportagem de Rivaldo Chlnan, o jornal Repórter (n9 52, 16/9 a
6/10/81) registra a aposentadoria de Nivaldo Pereira de Matos, o
Drago, considerado o maior desenhista de livrinhos de sacanagem do
país, motivada pelas constantes perseguições que sofria da Polida
Federal devido ã sua atividade. Drago 'e considerado o sucessor de
Carlos Zéfiro, octn quent inidou sua carreira, e que foi o mais fa
moso desenhista desses livrinhos na década de 50.
Çgnunicação Intemacicnal
AMERICA lATUOV! FIAP SE C^ÕE Ã FELAP E A NOII
Rill HarriS, em artigo para a revista Cadernos do Terceiro Mundo ,
(rt? 36, agosto/81) denuncia a criação da Federação Ibero-Aroerlcana
de Jomalis tas (FIAP) ceno uma entidade a fazer oposição ã FELAP
(Federação Latino Americana de Jornalistas) e, em ccnsequêncla,ccni
bater a idéia de ijiplantação de una Nova Ordem Internacional da In
formação (NOII). Diz textualmente Harris: "A oposição a una ordem
internacional de informação mais equitativa e democrática tinha-se
desenvolvido, até agora, fundanentalmente mir plano teórico. Estas
catpanhas, verdadeiras batalhas verbais, aumentaram o tem nos ulti
mes meses. A Ijiprensa ocidental caneçou a denegrir e atacar cem a
lannante regularidade e insistência organizações coto a UNESO0,que
se esforçam em apoiar o Terceiro Mundo na sua luta de libertação -
do colcnialisno informativo. Agora, esta campanha ideológica foi
reforçada na América Latina cem um ataque concreto ao sindicalismo
dos jornalistas, que tinhan tonado a NOII cano bandeira de luta.Di
rígida por Luis Maria Anson, presidente da agência de notícia trans
nadcnal espanhola EFE, a FIAP foi criada com o únioo objetivo de
bdeotar o estatuto internacional da FELAP cano organização demo
crãtica que representa os jornalistas da região". E concldu; " E
cedo ainda para prever se a FIAP chegará a ser uma ameaça real pa
ra a EELAP e para as demais forças que lutam por um sistema inter-
nadcnal de informação mais dEmocrático, mas sua criação já é ou
claro indído de que a oposição ã MDII oentinua forte e ativo":
OOVZK-iO raUGUAIO SUSPENDE JOFKAL E EXPULSA JOfEiALISTA
O parentesco da censura militar sebre os meios de canunicação nos
países da América Latina é de se assombrar. O Uruguai também está
dando demeustração do veto ã liberdade da lnprensa. Recentemente o
governo daquele país suspendeu por quatro edições o sananário Demo
crada, ds un partido de oposição, por ter ocmentado o desapared-
41
nento de 120 uruguaios na Argentina. O ccnsenso militar ainda ignora as-
fronteiras e ataca qualquer possível suspeito opositor do regime. Un exarplo v.
disso foi a expulsão do jornalista brasileiro Kario Augusto Jackofcskind, da
revista "Cadernos do Terceiro Mundo", enviado àquele pais para entrevistar-
três generais. Recebendo a explicação sumária de estar sendo expulso por
ter naus antecedentes, o jornalista ainda foi ameaçado de "descer aos cala
bouços" para aguardar um processo que duraria, no mínimo três meses.
CEMSURA E CRISE ASSCMBRAM MM NA APCTOTmA
Os meios de oanunlcação.ria Argentina, estão sendo simultaneamente agrilhoa-
dos por grave crise econômica e pelo recrudescimento da censura, ocnfome -
vem denunciando a Associação de Entidades Jornalísticas Argentinas. 0 gover
no Argentino já monopoliza a mais ampla cadeia de veículos do pais e, ocno
se não bastasse, ainda é sócio da maior errçpresa fabricante de papel de In
prensa. A Adepa, Inclusive aponta todas as medidas adotadas pelo governo oo
no respcnsáveis pela fragilidade eocncnica que os jornais atra\'essam, sendo
cada vez mais pressionados a abordarem o desejado pelo governo a fim de se
poderem manter no mercado. Um dos exei^plos mais representativos da tacanhez
oon que o governo argentino está se arrernessando scfcre os meios de ccmjnica
ção é o docunento elaborado pela Secretaria de Infoimação Pública da Argen-
tina a respeito das telenovelas, que atualmente constituem nove horas diã
rias da programação das emissoras. O relatório da SIP discorre sebre a fami
gerada ladainha dos princípios morais, acusando as emissoras de ousadia no
tratamento da realidade, o que, segundo o jornalista Clovis Rossi, da FSP
é una tremenda inverdade, pois as novelas evoluem quase inteiramente den
tro de estúdiso precários, oon escassez gritante de cenas externas. Para a-
valiar a ferocidade do SIP, até a inócua novela ^Pecado Capital", exportada
pela Glcbo para aquele país ficou no ar menos de un mê.s. Diante da crise -
em que vivem as emissoras, que já registraram una quebra de 30% no fatura -
mento e dos fortes cortes no tempo disponível para a encenação por parte da
censura, os atores argentinos estão tonendo un alargamento do desarprego no
país, já que a TV é o espaço que mais absorve a categoria atualmente.Vale
ressalta^ ainda a estranha centradição que permeia o relatório do SIP causa
dor de tantos transtornos aos trabalhadores dos meios de oerrunicação na Ax
gentina: todos os canais alvos das cruéis observações são administrados -
por oficiais das forças armadas. Pelo jeito,nem eles se Imaginavam tão svb
versivos e tão pouco vigilantes.(Lúcia Araújo).
RfiDIO BOLIVIANA PROIBIDA DE NOTICIAR
Ao assumir a chefia do Estado, o general Garcia Heza, da Bolívia tonou duas
atitudes drásticas e assassinas, em relação â radiodifusão: deteiminou que
as emissoras entrassem em cadeia, três vezes ao dia, para divulgar notiedo-
sos preparados pelo governo, ao mesmo tempo em que proibia as emissoras de
produzirem noticiários próprios. As ocnsequêndas foram dramáticas. As em
43
presas foram forçadas a eliminar de sua estrutura os departinventos
de jornalismo, provocando demissões em massa de profissionais. É -
dispensável oorentar os resultados das medidas para a qualidade da
Inforrração disseminada atualmente pelas rádios. Essa situação in -
sustentável está levando a Associação Nacional de Hiprensa a a As-
sociação Boliviana de Radiodifusão a se pronundaren repetidamente
pela supressão da cadeia obrigatória, e a solicltaiea ao Ministéxl
O do Interior que cesse as intimidações aos Jornalistas. As entld^
des vêan a política governamental cano uma estratégia draconiana -
para extinguir a liberdade de opinião no pais.
CPSFIOOS PARAM JORNAL LCTPRIHD
Os gráficos do jornal semanal londrino lhe Sunday Times paralisa -
ran suas atividades, no final de setorbro, conseguindo que o Jor
nal ficasse suspenso por alguns dias, até que suas reivindicações
fossem negociadas cem o aipresárlo Rçert Murdoch.Os articuladores
do movimento foram os gráficos não qualificados que exigiam uma a
proximação salarial dos gráficos qualificados. Diante da eroeçça de
bloqueio â produção do jornal, o empresário reagiu oan a aneaça de
fechamento do jornal. Depois de negociação entre os lideres sindi-
cais doe gráficos e o erpresário, atingiu-se un aoordo provisório
-que afasteu a possibilidade de fechamento do jornal e permitiu -
que o The Sunday Times voltasse a circular normalmente.
EUA OCMBATOl CUBA PELO RRDIO
Pelo jeito, a Voz da Améiica não tem sido suficiente para a opera-
ção antioarunista desenvolvida pelo presidente norte americano Ro
nald Reagan, que agora pretende intensificar as ofensivas contra -
CUba através do lançamento da rádio "Cuba Libre". Scb a alegação -
de que há duas décadas os meios de oemunicação cubanos tem mentido
ã população, a instalação da nova rádio na Flórida, cem transmissõ
es em espanhol, sema-se a idéia de um erbargo oanercial, oonforman
do assim, o endurecimento das relações EUA-Cuba. 0 governo cubano,
por sua vez, ao ser informado do projeto de benfcardeios radiofeni-
cos norteamerlcanos, premeteu responder ã altura. Una das medidas
que poderiam ser acionadas seria a repetição da chamada "Frota da
Liberdade" ou seja, a remessa de milhares de cubanos, incluindo dé
beis mentais e delinqüentes. A partida * novos refugiados acarre-
taria séries transtornos aos EUA, a exemplo do que aoenteceu em -
1980, quando o governo norte-americano teve que recorrer a aloja -
mentes ooletlvtíb que acabaram levando à ocorrência de freqüentes -
motins. Tal especulação, todavia, merece desconfiança já que não
43
foi o pronundaniento do prcprio governo cubano, nas sim de un rela-
tório da CIA
AS RÃDIOS LIVRES NA FRANÇA
Os sindicatos, a religião, as minorias, os anarquistas, cs bairros-
e até o Gllda (Grupo de intervenção Definitiva do Aixüo Visual) de
propriedade do filho do ministro das Ccmunlcações da França, tem -
sua voz conquistada nos meios de conunicação da França. São as Rádi
os Livres, nascidas num primeiro memento por Iniciativa de um grupo
de eoologlstas, consideradas piratas e condenadas â clandestinidade.
Depois, de 1971, a idéia pegou e hoje elas são 14 emissoras, operan-»
do na faixa FM ocm emissões diárias e 12 ocm emissões salteadas pela
semana. Brbora as Rádios Livres representem um avanço na solidifica
ção das liberdades democráticas para todos, a explosão das emissoras
acabou por tunultuar o dlai do rádio francês. O engarrafamento dos
prefixos está causando choques de emissões, un verdadeiro pastidie-.
auditivo, já que o espaço calculado na banda líl é para pouoo rais -
de 40 emissora. Além disso, a proposta de revolução na linguagem -
radiofônica não foi atingida. O amadorismo ê flagrante, o demínio -
da linguagem é precário. 0 caos radiofônico e a nova realidade her
tzlana estão exigindo do governo francês una revisão do monopólio
estatal que hoje vigora. 0 Ministério das Comunicações prometeu a -
revogação da legislação radiofônica e o debate parlamentar logo se
ocupará do assunto. Os socialistas contam cem o apoio da Federação
Nacional das Rádios Livres e do lado conservador , una ampla alian-
ça já se ocnpõe. 0 governo pretende aprovar apenas as pequenas rádi
os, de pouoo alcance e funcionamento amador. Dentro disso, os soda
listas propõe a interdição ã publicidade; limitação do raio de ai
canoe das rádios a cinoo km; interdição ã formação de redes; exigên
da de programação original; obediência â legislação da lirprensa vi
gente. Os piratas acataram estes princípios, exceto quanto ã publl
cidade e ao ralo e ação. (Movimento 07 a 13/09/81)
POLÍTICA E POFMOGRAFIA NOS 1000 CANAIS ITALIANOS
Biquanto nossos líderes políticos debruçam sebre a irrportãnda da
aqdsição de una nova linguagem e gestualidade para desfiarem suas
plataformas defronte uma câmera de TV, os líderes italianos de to
doe os partidos (sem a carga de una Lei Falcão sobre eles) descobri
ram cano fugir ã discriminação das redes estatais para treinar seu
desarpenho na televisão, sem detrimento para a imagem política: ad
qdriram canais privados e jogaram para o passado a era dos ocmíd
doe. O Estado italiano não menopoliza as concessões de canais e
até ocm 20 mil dólares pode-se montar una estação de TV. O resulta
44
do foi o núnero reoord de estações no mundo, totalizando quase mil
canais no pais. Assim que os enpresários viram as televisões priva
das ccno rina de ouro, aconteceu o boor. e não houve canpanha da Ra
dio e Televisão que conseguisse contei o alastramento dos canais ,
que agora sextuplicaran sua audiência, em todo território nacional.
A formula do sucesso não está todavia, na qualidade dos produtos o
fereddos.O PCI, inicialmente, tentou seguir disclpllnadamente a -
tradição marxista-leninista, mas fracassou. Trocou a programação-
engajada por seriados inportados dos EUA e do Brasil. Mas pareoe -
que o que hipnotiza de fato as audiências italianas são os strecp
tcases e os filmes pornográficos que esgotam todas as variações se
xuals e vân sendo curiosamente tolerados até pelos setores mais -
conservadores da Igreja. E estranho observar, ocntudo, que toda es
sa onda de"llberdaâe" convive ocm a mais vlrulenta censura. A exl
bicão de "0 ultimo Tango em Paris" de Bertolucci e vm documenário
sobre proEtituição nas grandes cidades foram sumariamente vetados.
Albino Castro Filho publloou em 0 Estado de S.Paulo anpla roatéria-
scbre o assunto,(em 13 e 17/9/81)
iggttPO CARaa NA RELIGIÃO
0 que liga cultural e vivenclalmente Bob Dylan, Al Green, Carlos
Santana, B.J.Tharas, Donna Sunmer, Cat Stevens e Llttle Green é a
condição de líderes do rock e a ccnversão religiosa. Reoentanente,
Bdb Dylan revelou sua nova fé. Depois de namoros ocm o judaísmo,^
lan optou pelo catolicismo, entoado em seu último disco. 0 jornal
0 Estado de São Paulo, em 27 de setaifcro tocando no assunto, entre
vistou Cat Stevens e Llttle Ridiard. Airbos iniciaram-se na religi-
ão após sinais ndlagrcsos ou revelações divinas. Cat Stevens, comi
tado ao islanismo, vestido dentro das tradições muçulmanas, oonfe^
sou ter oolocado sua vida em ordem para buscar a maneira certa de
viver, Hoje se vê cano una estrela que depois de multo gravitar a
cabou descansando no Islão. Llttle Ridiard, o "rei negro" dos anos
50 e 60, audacioso e inovador no palco, dono de una vida povoada -
de ocnflitos raciais, drogas e harossexualismo, foi deseirbocar nas
igrejas norteamerlcanas cantando o evangelho. Manipular essas eyi
dêndas e o significado de um tipo de música coro o rock, rebelde,
contestadora que buscava sequiosanente a pa2, un inundo mais justo,
talvez seja possível aproxlmarmo-nos do porque. Para toda uma gera
ção, o rock apresentava-se cano tina proposta de vida, revolucicna-
da moral e eocncmlcaiiiente que denunciava oon gritos e sons ensurde
oedores o desroronamento e a hostilidade da realidade an que se
vivia. A música ocnstituía o veículo de expressão da inquietude e
da energênda da mudança que os jovens apregoavam . E a música é
universal. Capta todos e a todos atinge. A religião não está longe
disso. Ha todos os seus matizes oferece una pronessa de vida nova
45
arquitetada scbre uma fé. Depois de procurar inoessantarente a res
posta para un inundo desordenado, talvez aos ex-roqueiros faltasse
a fé. Ura outra expressão universal, a religião, dispunha deste le
nitivo. (Lúcia Araújo)
SINDICKTO POLCHES EXIGE ACESSO PDS VCM
A realização do primeiro ocngresso do sindicato independente polo
nês Solidariedade provocou acalorados questionamentos a respeito -
do controle da informação disseminada pelos meios de canunicação -
de massa e do acesso dos trabalhadores aos veículos. Mediante a e
missão de um apelo aos jornalistas, o líder polonês Lech Walesa,ii>
vooou a verdade da informação e a necessidade de oe próprios traba
lhadores terem o direito de difundi-la cem sua própria voz, oonvo
cando os trabalhadores de jornais, rádios e televisão a oaiparti -
lhar desta enpresa. Ccito protesto à manipulação das rvotícias efetu
adas pelo monopólio exercido pelo poder sobre os MOI o Solldarieda
de boicotou durante dois dias a ccnpra dos jornais. A Associação
dos Jornalistas Poloneses ratificou as acusações publicando un ào
cumento onde narrava os casos de censura e intimidações. Alguns a
presentadores de rádio e TV, inclusive, objetaram centra o recrudes
cimento da oensura Interna, arranatando a apresentação de boletins
octn desculpas ao público, afirmando não serem eles os responsáveis
pelas transmissões efetuadas. As negociações do sindicato oon os -
diretores das redes e ocm o governo terminaram em ura acordo pelo
qual o líder Lech Walesa daria una entrevista coletiva. Foram auto
rizadas ainda duas coberturas. Todavia, o sindicato livre Solidar!
edade se negou a prescindir de sua principal reivindicação, ou se
ja, não satente o acesso aos "massa media" como taitfcõn a oonduçSo-
o controle dos noticiários.
FOX VAI PRODUZIR PARA TV
0 novo dono da 20th Century Fox, o magnata Marvin Davls, pretende-
dar Início a uma nova etapa dentro da grande carpanhia cineiratográ
fica: produzir para a televisão. Para isso, as primeiras providen-
cias já foram tomadas, como negociações para a produção de filmes
exclusivamente para a televisão a cabo. Além disso, Marwlm já note
ou Gerald Ford e Henry Kissinger para o Conselho de diretores do
estúdio. Seus outros artbiclosos projetos são a construção de áreas
de golfe e esqui (ESP-3V08/81)
IteCTiologla
MJR FIDELmRDE HtJg^NIZfiDA
Os aparelhos de alta fidelidade transportam-nos para a sala de es
tar da vovô, ou nos prcporcionan, no mínimo, una sensação de m mo
vai pesado, pouoo fundoral, adornado por botões perfeitamente dis
pensáveis. Ditretanto, a alta fidelidade despedlu-se, recentemente
de sua Imagem fossilizada para tornar-se um dos mais ocnpactos e
sofisticados equipamentos, a partir de un lançamento da Pioneer:ai
ta fidelidade para hunano.O ccnjunto CT-9R, por exotplo, além da
oferecer tração direta em três motores, vem equipado ocm um meca -
nlsno digital que permite que a pessoa calcule quantos minutos de
fita lhe resta. Cem isso, fica-se livre daquela frustação de ouvir
nüslcas cortadas no fim da fita. 0 aparelho ainda incluiu o Index
Scan através do qual se tem vma mestragan prévia do que já foi
gravado, sem ouvir a fita inteira. 0 mecanismo toca cc primeiros
dnao segundos de cada música gravada.Já o •sintonizador F-9 é ca
paz de monorizar seis estações FM e seis estações AM e inpossibill
ta qualquer flutuação na recepção, entre outras potencialidades.
Tartém o toca-disoos OL-L800 opera ocm un motor que faz o braço -
deslizar lineranente, atingindo, assim, todos os sulcos do disoo -
ocm a mesma angulação, o que proporciona reprodução Igualmente boa
do caneco ao fim do disoo.
0 PRDBIíIííriOO SOM DA TV
Cem o surgimento de equipamento avançados oemo vídeo cassetes, ^
deo-disoos, o pCblloo vai se tomando mais exigente e o mercado -
cersurider vai abrigando ocm prazer as inovações nos equipamentos
já existentes. Un exaiçlo disso, é a preocupação oan o aperfeiçoa-
mento do sem do aparelho de IV. 0 spllt sound é uma téaiica novís
alma que faz o sinal de áudio por un anplificador de freqüência In
tecnediária. Nos EUR, há três sistanas cm teste ocm possslbilidades
de femitlr a transrlssão e reoepção, em estéreo. Até o final de
82, un deles será crpregado an escala nacional. A cíiegada das esta
çõea fM, provocam a criação da simulcast para os programas musicais
ou seja, a imagem em cores na IV e son estéreo no FM. Pouoo prático
para lançamento an larga escala. No Japão, já existe TV em estéreo
mas para as bandas do Ocidente por mais que a indústria se ertpe -
nhe no nelhoranento do sem, a quantidade dos aparelhos tradiciona-
is é imenso e praticamente inposslvel de ser substituído a médio -
prazo, já que o custo de un sem mais apurado não será baixo. (JB-27
9/811
47
VÍDEO CASSCTE SUECTITUI PRCJEIOR DE SLTDKS
C8 proprietários de aparelhos vídeo-cassete já podan usufruir do e
quip<iinento para projetar slides, dispensando, assim, os serviçcs -
do projetor ccnvencicnal.A ocnversão de slides em fitas está sendo
realizada pela Ehbravldeo que, utilizando un telecine obtém efel
toe de gravação ocmo o fade para suavizar a passagem de vm slide -
para outro, ao invés do oorte abrupto. A ordem de gravação e o tem
po de permanência para cada slide pode ser regulado pelo cliente .
Os preços para o processamento variam de acordo cctn o tenço e os
sistemas U-Matic e VHS, oscilam de 3.500 até 6.000 para cada dez
minutos de gravação.
ARQUIVO PR IKPREKSA PI MICROFIME
O Plano Nacdcnal de Microfilmes de Periódioos brasileiros é um dos
projetos prioritários do ME, oom o objetivo de proteger das gar -
ras do tenço, a memória da inçrensa, modernizando tanbém as ocr.di
çâes de pesquisa no Brasil. O plano pretende registrar 37 mil títu
los de jornais e revistas que já foram editados, no Brasil. Na prí
meira etapa, a idéia é filmar 10 mil títulos, desde 1811. Qual
quer pessoa ou entidade - do Brasil ou do Exterior - que queira re
oeber vina cópia do microfilme, deverá dirigir-se à Coordenadoria -
Geral do Plano, na Fundação Casa de Rui Barbosa, ã Rua São Clemen-
te n9 134, Botafogo - Rio de Janeiro.
SCNY LANÇA MAQUINA SEM FUME
A indústria fotográfica ocidental anda temendo os avanços dos japo
neses, que oan a vldeofoto, ameaçam mais una vez, a hegaxnla em
matéria de sofisticação tecnológica. O sistara de vldeofoto, da So
ny, nada mais é que ura máguina fotográfica oanun que opera sem
filme. Ao invés, o espaço para o filme é ocupado por uma fita maj
nêtlca ,íocm 9 capacidade para 50 fotos, que pode ser reproduzida-
através de vm projetor, eliminando assim, os processos de revela
ção e arpliação. As fitas podem ainda ser neaproveitadas sem perda
de qualidade. A Scny pretende lançar o vldeofoto dentro de um ano
e meio, custando no Japão, aproximadamente, 645 dólares e cada fi
ta 2,60 dólares. A preocupação ocidental é justificável quando pen
sanos que a invenção da Sory diega exatamente no memento em que a
indústria fotográfica, octno vn todo (filmes, papel, produtos de Ia
boratórlo, máquinas, etc...) expandiu-se apresentando vm desarpe -
nho de mercado Invejável.
48
Gente
OJiDOS GUILHEK-E HgR; DEFgroO A EgTATIZAÇSO DA TV
Qn entrevista ocncedida ã Folha de São Paulo (22/9/81), o historia
dor Carlos Guilherme Mota, professor da USP, adnlte a revisão de
alguns ocnceltos de seu livro Ideologia da Cultura Brasileira, so
bretulo no que se refere à valorização de intelectuais ocmo Darci
Ribeiro, Anísio Teixeira, Hermes Lima e Santiago Dantas, scfcre os
quais não dispunha na época de material de apoio. Contudo,Mota rea
firma a sua tese central: a de que-elaborou-se no Brasil, dos
anos 30 para cá, un ocnoeito de cultura brasileira altanente dis
solvente das contradições ao nível ideológico, quando essas contra
dições sociais, política e eoonanicas afloravam. Trabalhamos hoje
cem un oenceito euforizonte de cultura brasileira que tende a so
fismar a questão da dependência". Ele critica, por exenplo, a anis
são dos partidos políticos de oposição quanto ã questão da cultura
dizendo que "talvez can razão, estejam mais preocupados em diegarw
até 82 do que em discutir questões maiS oencretas, oano essa do en
sino pago, E ura tragédia que eles não estejam percebendo que un
partido precisa ter estruturada una noção canbativa de cultura. 0
fato é que eles não vem omseguindo articular uma fala de contradl
ção ãs políticas culturais em vigência". Mota analisa também os e
qulvooos que, na sua opinião estão sendo canetidos em relação ã -
"cultura popular". -"As esquerdas, as oposições, engolem muito is
so, talvez por algun ranço populista.Quem faz cultura popular,nor^
malmente não diz que está fazendo cultura popular. Esse foi o equl
voco dos anos 60 que, se repetido agora, transforma-se mina farsa.
Será que o ranço populista é tão grande que, mesmo depois de 20
anos de experiência, voltaremos ã mesma tecla? Não será esse un da
do trágico da assim dianada cultura brasileira 7 Ou seja, no manen
to que se teria de deslanchar, de alçar vôo, vamos voltar ao iní
do da pista outra vez 7". O final da entrevista de Carlos Guilher
me Mota é dedicado ã questão nacionalista e ã salda para os meios-
de oanmicação. Sua resposta é a defesa de ura solução estatizan-
te cano alternativa viável para a danocratização da produção cultu
ral. - "Coro diz Barbosa Lima Sobrinho, feliz ou infelizmente,tere
nos que passar por formas nacionalistas de organização para atin -
girmes o socialismo. As experiências históricas, felizmente, não
repetem. Mas creio que voltaremos a certos temas , cano o da esta
tização, pensado agora dentro de ura proposta democratizante. Os
meios de oanunicação, por exerplo. É preciso estatizâ-los para de
mocratlzar. Cano Hdadão oentribuinte, eu tenho muito mais instru-
mentos para interferir numa TV estatal do que em qualquer desses -
cccqlxxerados existentes".
49
HANS DCKNER EXPgE EM BO-R
Hans Jurgen Donner é un alemão de 32 anos que tan trabalhada no -
Brasil nos últimos anos. Ele é o responsável por toda a prcgrarraçã
o visual da Rede Globo de Televisão, inclusive as aberturas de qua
se todos os seus programas. Ccnsiderado cano ura dcs mais ccrçeten-
tes profissionais de sua área em todo o mundo, Donner inaugurou em
setenfcro uma eaqposição diamada Tele Graphisme, era Rema, na Bifcaixa
da do Brasil. Ihaís de Mendonça assina matéria em Isto £ (23/9/81)
em que a carreira de Donner ê resumida para marcar a inauguração -
da mostra em Rana.
OSKAR NEGT EM Sfo PAULO
0 filósofo Oscar Negt (1934), diretor do Departamento de Ciêndas-
Sociais da Universidade de Hannover, em sua recente visita ao Bra-
sil, fez una conferência scfcre Marxismo e Critica õo y-arxisro Hoje
no Instituto Gothe de S.Paulo, no dia 15/9/81. Considerado cano un
representante da nova esquerda alemã, Oskar Negt estudeu filosofia
e sociologia na Universidade de Frankfurt cem Adorno e Horkheimer,
e foi taifcem assistente de J.Habermas nessa Universidade. Apesar
de ter várias obras publicados na AlWMTha, entre as quais poderia
mos citar as principais: Regiões estruturais entre as teorias soei
ais de Cante e llegel (1964); Imaginação soclclÓQica e estudo de
un caso (1968);' 0 protesto caro fonra de at'-ação política (1971) ;
C^ilnlão pública e experiência (1972); Sem Ecciallsno não há deno -
cracla - sebre as relações entre historia, política e moral (1976)
no Brasil existe sanente ura tradução de um artigo seu As condiçces
para dizer-se marxista, publicado na Revista Civilização Brasilelr
ra n? 19 em janeiro de 1980. Oskar Negt iniciou sua exposição afir
mando que "o marxismo é uma estranha teoria, pois ressuscita OCDS-
tantemente". Adotando oan relação ao marxismo una atitude não dog-
mática enfatizou que o marximo é uma teoria epocal, poitjue ligada
a determinadas épocas e situações. Nesse sentido, não poderia ser
considerado um sistema fechado, caro a dialética de Hegel. Os argu
mentos usados oontra o marxismo, segundo ele, podem ser de duas
formas: a violência e a lógica. Mas, disse ele,"essas formas só -
tem êxito quando enfrentam teorias tradicionais, mas não teorias -
que digam respeito à emancipação". Nesse sentido, a proximidade do
marxismo oan o cristianismo, é muito maior do que can qualquer ou
tra teoria. Da mesma forma que o marxismo, o cristianismo foi ata-
cado pela violência e a lógica. Ao se referir ao conceito de verda
de da filosofia tradidcnal, que se funda na adequação do ocr.ceito
ã oolsa, Oskar Negt afirmou que o marxismo não nega esse conceito
mas o considera insuficiente, pois em sua perspectiva, a verdade -
5Q
no nanclsno diz respeito ã anandpnção, pois há una parte do ocrr
oeito que ainda não exprime o objeto.Foi a partir desse enfoque -
ca» relação ao marxismo que o filósofo alemão se prcpoe a refletir
sdDiüe o que se considera atualmente f crise do marxismo. Ela pode
ser- pensada segundo três mementos fundamentais - disse ele. Bn prl
meiro lugar, diz respeito, ã questão do agente revolucionário, em
segundo, à questão das classes sociais, e en terceiro, ã questão -
das» ergamizações partidárias. Os dois primeiros aspectos estão re
laciccactos octn as mudanças ocorridas na situação da classe cperárl
a na estrutura social, dando oonta do desaparecimento de vma clas-
se operária realmests revolucionária. Cem relação à questão das
organizações, ele assinalou a importância das covas formas de luta
que. estão surgindo, ocroo o movimento feminista, eoolõgioo, de de
secprego, etc, que tem ações voltadas mais para a vida das pessoas
questionando assim a ineficiência dos partidos tradicionais.Bn sua
perspectiva, as organizações tradicionais não tem, atualmente, poa
sibilidade de defenderem propostas mais radicais, na medida em que
são porta-vozes da média da opinião do seu eleitorado.Partindo de
una CGnoepção de G.Lukács cem relação a organização como mediação
entre a teoria e a prática, Oskar Negt assinalou que "a verdadeira
organização não ocnsiste em transformar una teoria em ação, mas -
niaa neio de transfonrar a oonsclencia, pois a organização ajuda o
hanem a tonar ocnsciência oencreta de suas condições de vida". Não
se trata de negar - disse çle - a necessidade de uma teoria na
qual a organização se baseia, mas sim de negar una transformação -
técnica da teoria en prática, oemo é o caso das tentativas dos gru
púacuios maoistas e outros. 0 verdadeiro meio de organização é par
tlr de interesses reais e de una ocnsciência de resistência. Oskar
Negt ocnoorda que se pode falar de crise do marxismo tradicional ,
mas não da teoria marxista, pois nesta não existe una teoria de -
partido que seja entendide cano un blooo fechado, flssiste-se hoje
segundo o filósofo, ã una mudança na relação existente entre fins
e medos. Nesse sentido, sua crítica do marxismo oentra-se na criti
ca dos defensores da ortodoxia. Para ele,"o marxismo tradicicnal-
partía do fato de qoe as metas emancipatórias só poderiam ser rea
llzadas depois de una revolação de êxito. Assim, autogestão e dano
crasia interna não podiam ser pensadas antes da Revolução". Não é
possível an sua perspectiva, separar os fins des ireios, não é pos
síisel chegar ã meta emancipatória usando métodos autoritários una
vez qae é indispensável a realização de certos fins enquanto se
psocura a erancipaçãc. Ur partido socialista - disse - que não in
claa a democracia iíitema não pode levar ã uma verdadeira revolu -
çãe. A crise do nosso reladcnanento cem a teoria marxista lião é
casual, assinalou. 0 mandaro tomou-se realidade em condições que
Marx não havia previsto. Foi a partir da 39 Intemadcnal, cem o
êxito da Revolução de Outubro, que se concluiu ser esta a forma -
51
oerta (te revolução. A teoria marxista, para o filósofo alerão, é
una teoria critica, uma teoria radicalmente diferente das teorias
existentes. Entretanto, dktse ele, "nas condições an que a Teoria
Marxista se transforma em Teoria do Estado, ela perde suas ccndiçõ
es, sofre una espécie de involução, tomando-se uma tecnologia so
dal, 0 marxismo de Marx não é una teoria para a conservação do fo
der, mas para una libertação muito específica". O erro do marxismo
tradicional, em sua opinião, é tonar processos revolucicnãrios qo
mo modelos. Consequentemente, o platcnismo dos modelos revoluciona
rios é un ccnceito ultrapassado, pois não é possível escolher as
ocndlções pelas quais un povo se liberta. "Para cada povo, disse -
Oskar Negt, existe una forma especifica de marxismo. 0 que se pode
aprender doe processos revolucionários é o que deve ser evitado."
Por outro lado, Oskar Negt enfatizou a necessidade da teoria mar -
xista refletir mais serianente sobre a questão religiosa. A primei
ra exigência - disse ele - é superar a visão dogmática cem relação
ã religião. Qitora a Igreja utilize o sentimento religioso para a
dcmlnaçaD, esse sentimento existe, ele diz respeito ãlguna coisa -
concreta. Para ele, "é desenoorajador ver cano muitos carraradas -
que voltaram do Irã menosprezarar a questão religiosa. Agora se o
cupam dela. Qn una rápida olhada pelo mundo, pode-se ver que so
mente o Papa e Koneini tem capacidade de mcbillzação. Nessas cai
dições, a pergunta que se pode fazer é se o sentimento rellgicso -
não tem nada a ver oan a realidade. A interpretação tradicional da
religião tanbém foi utilizada para explicar a situação polonesa.Se
gundo Oskar Negt, "o Partido Conunista tinha consciência de que a
religião se limitava ã hierarquia eclesiástica. 0 sentimento reli
gloso era tão pouoo anplo que se baseava na hierarquia da Igreja".
Por esse motivo - disse ele - en países cano o Brasil, oan suas Co
munidades Eclesials de Base, a teoria materialista da religião te
ria un grande significado, enquanto que em outros países teria un
significado menor. Bn sua conclusão, Oskar Negt, apresentou alguns
pontos ocnsiderados necessários para uma nova forma de apropriação
da teoria Marxista. A partir de sua colocação inicial de que o mar
xismo é una teoria epocal, diferente daquelas de Hegel e de M.Weber
ele afirmou que essa teoria não pode ser refutada pela piora das
condições sociais mas semente por sua melhora. A teoria marxista ,
assinalou, é una teoria histórica, una teoria da história.Na visão
tradicional, afirmou ele, o marxismo é transformado em un edifício
doutrinário, onde não pode faltar nenhuna parte que o edifício cai.
Kolakowsky é un exerplo de que tal ortodoxia não pode ser transfor
mada em realidade. A apropriação da teoria marxista deve ser,antes
de mais nada, histórica. Por exenplo - disse ele - a leitura do 39
livro doCapital, onde Marx trata a questão da terra é mais iirpcr-
tante para os países de capitalismo tardio do que o estudo do fetl
chismo da mercadoria desenvolvido no 19 livro. Oskar Negt questio-
nou o privilégio que esse conceito goza nas análises marxistas tra
dicicnais. "Ha ímêrica Latina, o fetichlsmo da mercadoria teria a
mesra tnçortância que tem nos países capitalistas centrais 7 - per
guntou Kegt. Ura das formas de apropriação da teoria marxista, se
gundo ele é ccnsiderar que existem programas científioos que foram
realizados e outros não. Entre os exarplos de programas não reali-
zados, ele citou, por un lado a teoria do Estado que Marx projetou
mas não escreveu, e por cutro lado sua Eoonania Política do Capital
não foi ocrpletaJa por una Eccnania Política do Trabalho. Bn sua -
opinião não é preciso mais hoje reescrever a Eooncmia Política do
Capital, mas SíJT toná-la oano pcnto de partida para uma Eoonania-
Politica do Trabalho. Una teoria revolucionária na atualidade não
pode partir da primeira elaboração de Marx, mas sim de uma economl
a Política do Trabalho. Esse é un dos trabalhos inooiçletos dé
Mane, porque senão continuamos a ver essa massa ligada ao Capital.
OsJcar Negt tenrinou sua exposição afirmando que ê melhor ler Marx
através das notas de rodapé do que do texto. Sugeriu tarrbem que se
lesse ca- irais atenção os escritos polítioos de Marx, cano Lutas
de classe na França, 0 18 Brurário, etc, pois em sua opinião, é
através desses escritos secundários que surge a forma de se enten-
der as relações de poder na sociedade. (Anamaria Fadul).
0 FOVIKE POLICIAL DE E00
Depois de se consagrar pelas análises semióticas cano Obra Aberta,
Apocalípticos e Integrados, A Estrutura ausente, que grande oontri
buição deram ao estudo das mensagens da catiunicação de massa, o i^
tallano Hurfcerto Eoc se inicia no ronance. 111 Nane delia ftosa, é
im rcranoe policial situado no século XIV que narra accntecünentos
misteriosos dentro de um convento beneditino. No livro, o leitor -
terá desde un movirentado thriller até una refinada critica do po
der, entremeada por censiderações filosóficas e, é claro, un reple
to universo serdõtioo a lhe falar.
JiaREZ EXPÕE EM NC^A TORK
Até o dia 19 de outubro os novaiorquinos poderão ver os trabalhos-
db pintor brasileiro, Juarez Machado. A mostra consiste de 28 óle
os sobre papel e tela e premete despertar o interesse dos norte-.a
raericanos-para a arte da America Latina. (FSP-24/09/81)
DEZ A:i06 DE IVEN LINS
No show e no disco "Daquilo que eu sei", o cantor e oatipositor 1^
van Lins está ocmemorando una década de trabalho, ende figuram tam
bân o poeta Vítor Martins e o tecladlsta Gilson Paranzetta. Cantan
53
do, inicialmente, o ranântico, Ivan desapareceu para entrar vigoro
SiTuente rvn nclodla da militância política, representada por ocrpo-
sições tais caro Sanos todos Iguais Nesta Koite, Nos Dias de Hoje
Enveredou ocm semelhante paixão na defesa do forlnismo oan Caneçar
de Novo e outras. Hoje, Ivan peca pela obviedade, un pouoo pela re
petição melódica, mas, indubitavelmente, seus dez anos de carreira
reúnem um dos mais belos retratos da vida deste país.
PRÊMIO PAPA fiUDRLIO
0 deputado e ex-presidente do Sindicato dos Jornalistas de Estado-
de São Paulo, Audállo Dantas, recebeu o prêmio Kenneth David Kaun
da para o Hmanismo, oanoedido pela Associação Panafrícana-Panane-
rlcana de Zâmbia para aqueles que se destacaram na defesa doe dl
reitos humanos e para o melhoramento das cctidições humanas e da
dignidade do inundo inteiro. A oonoessão do prênio a Audállo Dantas
merece aplausos. C só recordar a atuação do jornalista de ocnbate
intensivo ao arbítrio e à repressão, no período anterior ã abertu-
ra política, tendo destaque meritoso durante 06 aocrtecimentos que
se sucederam à norte de Wladimir HCrzog em 1975.
MJKIES DO BIMESTRE
Han-y Hay-ppm. ccnçositor de irais de 300 canções populares para o
cinema, e ganhador de três Oscars, faleceu aos 67 anos, vítima de
deficiência renal no último dia 23 de setenbro.
Os nordestinos migrantes perderam, no dia 18 de setertoro, un dos -
mais representativce intérpretes de sua condição. 0 repentista Ve
nâncio. autor de 0 ultimo Pau-de-Arara . Morreu de edema pulmtnar-
no Hospital dos Servidores Públioos.
Hcmero Silva, um dos hanens mais famosos do rádio brasileiro, ocn
sagrado no "Clube do Papal Noel", em 1938, faleceu no dia 19 de se
teitfcro, abs 63 anos, vitimado por uma brcncopneuncnla. Hcmero enbo
ra considerasse seu papel no rádio coro um apostolado, foi o prl
meiro apresentador da televisão brasileira, num programa inaugural
da TV Tupi. Sua vida reuniu 31 anos de dedicação ao rádio e â tele
visão.
Jaccrues Lacan. o mais polêmloo interprete das teorias de Sigmund -
Freud, faleceu no dia 9 de seterrbro, aos 90 anos, apõe una cperaçã
o e extração de un tumor abdominal.
54
O DESAFIO GRANDILOJgNIE DE GUUBER
Talvez tenha sido o próprio Glauber, melhor que ningucni,a pessoa -
a dar os ocntomos mais fiéis do cineasta: "A Idade da Terra é o
meu retrato junto ao retrato do Brasil" O Brasil que se desenrola
durante duas horas e mela é a sota inoongmente e desarticulada de
inperialismo, catoliciano popular, herança negra e indígena, terio
rlsmo urbano, capitalismo, prostitutas santas, operários, cristos
e alta burguesia. Atores de calibre desfilam hipnotizados,proferin
do parábolas mitológicas, destrinchando inintelegiveljnente as oqn
tradições. 0 povo figura cano massa de manobra, disforme e perdida
no meio da parafernália, dos delírios do cineaáta. Este, mm exer-
cício de renovação cinematográfica ou de um arrogante virtuosisrao-
egocêntrtco, volta e mela, surge magicamente diante das câmeras ,
berra discursos, dirige scnoramente os atores, interage cem o e
lenoo, sem, no entanto, decifrar para os ignaros espectadores o
perquê. Aliás, esta é a grande sensação que acenete o espectador -
ao final das enfadonhas duas horas e meia. Qual o objetivo do fil-
me, o que se pretendeu passar nesta chra gertada ao longo de dois
anos, cem financiamento da ürteafilme ; Que desfecho o chamado pro
feta do cinara brasileiro quis dar ao fascinante Terra cm Transe e
ao ousado Deus e o Diabo na Terra do Sol 7 Seria o discurso culmi-
nante do cinema novo algo tão nacional quanto ininteligível e lan
gíquo da sincrética população brasileira a que ele pretendeu se di
rlglr? Ou senos todos 120 irilhões tão enbrutecidos e incapazes de ab
sorver tamanha profusão de premonições acerca de nosso destino 7
Tarbem Glauber oenfessou ser o filme seu auto-retrato. Melhor fl
car can esta opção. Mito fabricado, passou a viver ã sorbra de seu
pedestal trazendo para a tela una cadela fastidiosa de idiossincra
sias, de fantasias do seu exílio escolhido, seu conturbado univer-
so de fantasias, sua revolução apocalíptica e pessoal. Assoniu -
oan audácia e garra seus sonhos feérioos, suas contradições e trqu
xe-as seb a ferma de filme para as telas. Não assuniu no entanto ,
os rlsocs a que se expõe os ginios.Blasfemou contra todos, cultuou
se oeno vítima de perseguidores, de algozes, ooroou a si próprio -
oan os espinhos, virou a mesa e jurou-se perpétuo cano Picasso, a
través de sua obra-prima. O tenpo, as próximas gerações talvez pos
sara oonferlr suas razões. Se a morte não o tivesse levado, prova -
velroente, no nosso terpo, Glauber trouxesse a tradução de A Idade
da Terra e o seu próprio desnudamento, pois, pouco antes de morrer
oavfessava- se deprimido: "preciso de um exílio interno. Intimo ,
para saber onde devo e vou chegar". (Lúcia Araújo).
55
miiTin—M i ■ i- i TinTi—»
NA TERRA DO SOL TasguiV- -«^èSS"
llllU
. e Glauber fez as pazes com todos. — (Ziraldo)
56
CJAUEER ROCHA: UM LlDER DO CINPa BRASILE1R3
E Glauber morreu: Morreu coto viveu, em uf grande espetáculo] Ccmo
personagon principal de un show montado especialmente para sua Éj.
gura carisinãtica e, porisso mesmo, odiada e amada. Glauber era de
extrenoe assim COUD de extremos era o relacionarento das pessoas -
oan ele e foi taitón a recição delas quando de sua morte. Mas afinal
o que é que Glauber significou para o cinema brasileiro 7 Cano ê
que através de seus filmes oonslderadcs hermétiocs, metafóricos e
anti-canerclais, conseguiu se firmar oano expressão viva da nossa
cultura cinematográfica 7 É no movimento chamado cinema novo (fins
da década de 50 ocmeço de 60) que Glauber surge cem toda sua força.
Propõe uma linguagem cinematográfica alternativa à tradicional, ocn
siderada por ele, oolcnizada. A idéia é procurar a identidade do po
vo brasileiro e mcetrá-la através do cinema. Tenta descolonizar a
cultura, criando novas técnicas e gerando una nova estética. Utiliza
o cinema octto Instrumento político transfoimador da realidade.Nesta
euforia de idéias é que ele surge ccmo un líder. Seus filmes são m
mergulhar em reflexões políticas e sociais ligadas a un profundo -
mlsticisnc. Esse pensamento mágico e a ccnsciência política permei-
am toda sua obra. Os atores de seus filmes são todos construídos em
tomo de um caráter mítico, usado oan un profundo valor simbólico .
E aqui se evidencia o afastamento de sua cbra de un público nais nu
maiDSO. £ curioso que, ao mesmo tertpo que existia una proposta alta
mente revolucionária de construção narrativa e de utilização do cl
nema oano instrumento, os seus filmes foram considerados sistemati-
camente cano eruditos, simbólicos e metafóricos. Personalidade for
te e oontraditória, foi capaz de ter sido considerado o melhor cir»
asta brasileiro da década de 60 e, posteriormente, ter conhecido a
decadência. Os últimos filmes já não tiveram a mesma repercussão -
dos primeiros, nem mesmo entre seus fiéis espectadores. No entanto
poucas críticas foram feitas, o gênio Glauber Rocha pairou acima de
qualquer discussão no que diz respeito tanto ã sua cfcra cinemato -
gráfica quanto ãs suas posições políticas. Não se discute o valor
e a iitçortãncia de Deus e o Diabo na Terra do Sol e de Terra em
Transe para o dnema brasileiro mas, o que devemee nos perguntar é
se os seus últimos filmes e as suas últimas posições políticas po
dem obter condescendência e tolerância totais por ele ter sido um
cbs grandes nanes do Cinema Novo 7 ( Maria Dora Genls Mourão).
57
Co-unlcação Popular
URPLKi IA-;(?JA HCTO CADEFtlO DO TRABRLHaPC»
A URPIAN (Grupo Educação Pcçular da PUC-SP) está atualmente traba-
lhando cem a "Assarbléla do Povo" para futurarente lançar mais un
"Caderno do Trabalhador' sobre lutas populares (cano moradia,trans
porte, saúde). O objetivo é escrever a história do novlnento para
o acesso popüar, oan a participação doe agentes do próprio movi
mento.
mouiiDO joraaLivioi VEJA oac çxwnft-LO
As palavras de Donitila expressam multo b«n o que pretendates oan
a edição de "JCTOMJVBO". Depois da primeira edição oan o título -
"Nicarágua Livre - 0 Primeiro Passo" de Frei Detto, e partindo das
su^stões que noa diegarau, optamos por publicar, nesta 29 edição
o livro de Moena Vle2zer "SE HE DEIXAM FAIAR", que apresenta o de
polreito de Dcnltlla, una trabalhadora da Bolívia, que conta sua
experiência de engajanento na luta pela libertação de seu povo. "JURiAUVlCT é a publicação de livre» eu foma de jornal tablóide
dobrado, oan texto integral e neste caso acrescido de novas fotos e llustreçces. Nesta edição "JOWJALrVRO" será vendido ao preço fi
nal de Ct 80,00 (oitenta cruzeiros), o que representa 1/6 do preço do mesno livro en edição ncnrial. Coro não possuímos recursos para
pagar a edição, tenanoe a iniciativa de pedir a solidariedade doe
ocrpanhelrcs, que pode ser prestada de três formas:!) fazer donati
voe; 2) fazer erpréstlmos que devolveremos após a venda de "JOINA- IiTVHD"; 3)ocrprar vna oerta quantidade de exarplares, fazendo o pa
ganento anteclpadanente. Agradecemos desde já toda a oolaboração - diante das dificuldade» que una edição oono esta representa e ocn
siderando a importância de levar esse tipo de leitura para a clas-
se trabalhadora. Todos oe paganentoe para "JORNALIVBD" deverão vir
em nane do "CTOTRO PASTORAL VERGUEIBO" - Rua Vergueiro, 7290 -CH' 04272 - São Paulo - SP. (Regina Festa).
USP piscimu cmcEL
"ESTODOS SOTPE LITEPATCRA DE C30FEEL" foi o programa de depolmen -
toe, debate e exposição que a Coordenadorla de Atividades Cultura- is da Universidade de São Paulo promoveu de 5 a 9 de outubro de - 1981, das 14 ãs 17 horas, no Anfiteatro de Convenções e Congressos
da Cidade Universitária. Jerusa Pires Ferreira, Joseph Maria Luyten Ruth Brito Limos Terra, Roberto Qnerson Câmara Benjamim e Sebastião
58
Nunes Batista, form o» pesquisadores oonvidadoe para a abcrdagan-
de temas dix^rsos.
Noticiário geral
LEITURR CRITICA Cft OÇHUNIÇAÇRO! PROSSEGUE A EXPERI&CIA DA UjaC
Pretendemos criar mecanismos de resistência ocnunitária & inculca-
ção ideológica e ã iircbilização social criados pelos UM - Meioa
de Canunicação de Massa - a União Cristã Brasileira de Comunicação
Social - UCBC - lançou o projeto LOC, que vero se constituindo na
mais significativa contribuição da diretoria presidida pelo Prof.
Ismar de Oliveira Soares. 0 projeto consiste basicamente ero cursos
de Leitura Critica da Ccrounicaçãoministrados em paróquias, dioce-
ses, instituições ocrounitãrias, disseminando entre lideranças pas
torais e necessidades de se introduzir a prcfclenátJca da oomunica-
ção de massa entre as reflexões dos movimentos sociais. O Projeto-
LCC vem sendo liderado pelo Padre Attilio Hartarann e pelo Prcf. Ma
nolo Moran, que já fizeram as primeiras experiências nas cidades
de São Paulo, Lorena, Recife, Campo Grande e RcndcmópoliB. A equl
pe pretende elaborar un roteiro para a Leitura Critica da Ccmunlca
ção, ampliando assim a possibilidade de sua aplicação.
EMCCMTBO DE lOTELECTUAIS EM CUBA
Realizou-se em Havana entre os dias 4 e 7 de setenbro o I Enccntro
de Intelectuais pela Soberania da Nossa América. Trezentce inteleç
tuais se reuniram para proclamar que "temos de nos unir em favor
de nossos povos", coro assinala a declaração final. Cati 32 ccnvida
dos, a delegação brasileira foi a mais nuneroea depois da o±>ana .
Expressando-se em forte tar, anti-inperlalista, a declaração final
afirma que "agora, os povos estão conquistando seu direito ã pala
vra e é a nós que corresponde a elevada responsabilidade de artlcu
lá-Io e defendê-lo". O jornal Bn Tenpo, ero sua edição de 17 a 30
de setenbro, publica extensa matéria de Maroelo Zugadi a respeito
do enccntro.
VENDA DE FIUES FOTOGRÁFICOS NflO CRESCE Hfi 3 ANOS
Cem este titulo, a Folha de S.Paulo (30/8/81) publica matéria de
Cecília Zloni sebre a situação do mercado de filmes fotográficos -
no Brasil, examinando inclusive a perspectiva para a indústria de
material fotográfico diante da introdução da câmara que troca o
filme por una fita magnética (vldeo-foto). Há três ance que o Bra
sil oenseme oerca de 20 milhões de rolos/ano, depois de alguns
59
emes an que o crescimento chegava a 30% ao ano. A crise eocnômlca é
a respcnsável principal por essa situação de não crescimento do
mercado.
VmEO-ART m DISCÜSSfo
Can o patrocínio do Instituto Goethe, foi realizado nos dias 20,21
e 22 de setenbro vm curso sebre Vldeo-Art cem a artista alemã Bar
bara Kanmann.trabalhando ocm vídeo desde 1978, Barbara Harmann es
tudou história de arte, ciências cênicas e pedagogia em Viena e Mu
nique. Foi tarbem editora da revista "Weltícunst" e exeroeu ativlda
des no caxpo da pedagogia aplicada à arte. 0 principal objetivo do
curso foi a apresentação dos trabalhos de artistas - especialmente
mulheres - que trabalham can vídeo na Europa e nos EUA e o íjuestio
nanento da possibilidade de existir una estética fieminina, pelo £a
to de tantas mulheres utillzaretr esta técnica, prlnciplamente na
Alaranha. A oerferencista no primeiro dia apresentou una performan
oe objetivando nostrar a siirultaneidade, a facilidade e a instanta
neidade do vídeo. Apcs a apresentação dos vídeos de Nam Jene Paik,
Stephen Be<*, Billy-Adler (USA), W.Schrodei^linirer (REA) ,nmB pers
pectiva histórica e os ocmentários de Barbara Hartmann, iniciou- se
un debate sebre a história do vídeo, técnicas e as possibilidades
do vídeo caro forma de intervenção social. Barbara Harmann, apesar
de não ter apresentado nenhvn vídeo de intervenção social, em seus
ocmentários faz referência a esse tipo de trabalho na Alemanha. E
xiatem vídees feitos por gnços de desarpregados, itcivlmentcs de
bairros, eoologistas e outros movimentos sociais. Citou o exenplo-
de un vídeo feito em Zuridi, por ocasião do fechamento da Casa de
Cultura. Esse trabalho, feito durante a passeata de protesto oon
tra esse ato do Governo, foi distribuído em três dias, por toda a
Europa, pelo correio. Dn Harburgo, existe urra ofidna de vídeo on
de trabalham semente mulheres. A meta dessa oficina ainda não é ar
te, mas sim nostrar problemas mais urgentes, oemo o aborto, as ca
sas de mulheres, etc. O vídeo en sua epinião, é una arte dialética
na medida em que através óa Imagem se questiena a própria Imagem .
As imagens apareoan e atacam a própria imagem. Nessa linha foi a
presentado vários vídeos realizados nos USA e na Alananha, onde se
tenta destruir a ilusão que a imagem poderia ocasionar. Especial-
mente na Alemanha, a vídeorart é usada oemo forma de questionar a
televisão tradicional. Apesar da novidade dos trabalhos apresenta-
dos, em sua maioria desocnhecldos entre nós, o curso ressentiu- se
de ura reflexão mais profunda sobre o significado atual do vídeo e
suas poESibilidades de intervençãc social. Tendo enfatizado quase
que exclusivamente a mostra de vídeos mm sentido multo próximo da
visão tradldcnal presente na história da arte - que se limita ã
apresentação de obras eleitas, pplo especialista, oono representa-
60
tivas - não foi possível aprofundar a questão estética e política -
que o vídeo, mais que qualquer arte, trouxe para a história e teo
ria da arte oantençorânea (Mario César Carvalho/Ananaria Fadul).
Boletim lOTEROCH
Ano IV - n? 33
Outubro de 1981
Editor: Carlos Eduardo Lins da Silva
Redatores: Anamaria Fadul
Carlos Eduardo IJJIS da Silva
José Marques de Melo
Lúcia Maria Araújo
Maria Dora Genls Mourão
Mario César Carvalho
Regina Festa
INTERCOM Sociedade Brasileira de Estudos Interdiscíplínarat d* Comunicação
Rua Augusta 535 01305 Sâo Paulo CGC-51201093/0001-53
DIFETORIA (Biênio 1981/1983)
Presidente: José Marques de Melo
Vioe-PrelictaVje: Ananaria Fadul
Tesoureiro: J.S.Faro
Secretário Gerar Rogério Bastos Cadengue
19 Secretário: Luiz Fernando Santoro
29 Secretário: Rcfcerto Peres Queiroz
Ccnselho Fiscal: Carlos Eduardo Uns da Silva
Isaac Epstein Manolo Moran
Regina Festa
Vera Lúda Rodrigues
BIBLIOGRAFIA CORFSvTE DE OCMJIICfiÇfo
»? 29 (outubro - 1981) - Editor: José Marques de Melo
Pobllcaçi) da UTIEHOCM - Sodedade Brasileira de Estudos Interdis
dpULnares da COnunicação. Rua Augusta, 555 - São Paulo. (SP) CEP
01305, realizada ocm a colaboração do Centro de Pós-Graduaçio do
Instituto Metodista de Ensino Superior de São Bernardo do Catço.
1. Obras de referência
MARQUES EE MELO, José, ed, - Bibliografia Brasileira de Conunica-
ção (3). São Paulo, INTERCCM, 1981.
Imrentárlo da produção editorial brasileira referente ã ocniu
nicação social e assuntos afins dos anos 1979 e 1980. Cada re
feuênda blhllográfica ocntém un resuno do conteúdo da obra
Inventariada.
PCPCVICH, Mark N. - Journalism fí;stracts, vol. 18. L£5*rence,KansaB
(Uffl), AEJ, 1960
Carpilação anual das teses de mestrado e doutorado defendidas
nas escolas de oammicaçãc e universidades norte-americanas e
canadenses. O volune ocntém as referências e os abstracts de
301 trabalhos sendo 72 dissertações de doutorado e 229 teses -
de mestrado. Qn apêndice, índices de autores e de assuntos.
EyiiaKXJ M. ,Javier - Boletin de Infomacion Docucental, vol.l n9 2
México, TIOQM, üniversidad Autônana Metropolitana - Xòdtiniilco
1979
Repertório bibliográficos destinado a fortalecer e incrementar
a pesquisa da comunicação coletiva no México e na América Lati
na. Ccntém cbras específicas sdbre ccnunicação e títulos adiei
onais sobre ideologia, política e cultura.
FPEITAS, Luiz Carlos Teixeira de, ed. - 39 Catálogo Brasileiro de
Profissicnais de Relações Públicas. São Paulo, Briefing, Edito
ra Logos, 1981
Lista dos profissionais de Relações Públicas e respectivos en
dereços filiados aos seguintes Ccnselhos Regionais (COKRERP)da
categoria - Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pernaibuoo, São Pau
Io/Paraná e Rio Grande do Sul.
2.
2. Obras Gerais
MARQUES DE MELO, José - Ccmgilcação i Libertação. Petrópolls, Vozes
1981 >
"Os ensaios reunidos neste livro articulam-se a partir da idéia
de se pensar a ocmmicaçio social oano instnraento de interven-
ção critica na realidade. (...) Os taras aqui discutidos recupe
ran alguns doe principais objetos da atualidade cultural e po
Utlca latlno-araerlcana: a perspectiva da Igreja Católica sdbre
a questão da oonunicação, a partir de Puebla; a desocberta âo
ccnceito de ccmunicação cm Paulo Freire ocmo dado fundamental
para se oatpreender o sentiido libertador de sua pedagogia do o
primido; as poesibilidades de \MS inçrensa cawjnitária que seja
autêntica voz e produto legítimo da ccnsunidade; o uso õo ]omal
na sala de aula ocmo alternativa para a forrcação dos jovens ccn
sumidores das mensagens difundidas pelo aparato da indústria -
cultural.
MOTHE, Flávlo R. - Literatura e sistemas intcrsaniõtlcos■ São Paulo
Cortez Editora, 19B1
Coletânea de ensaios e estudos que trata de questões tais ocmo
- a redefinição da obra de arte; o dialogo entre Seniótica e Es
tética; o oonceito-materialista e dialétioo de oanunlcação; a
função narrativa trivial oeno instrurento de propaganda Ideoló-
gica; a crítica literária e o debate entre o método formal,soei
ológico, psicanalítioo etc.
ESTEDCU M., Javier - flparatxjs de ccmunicacicn de masas. Estado y
puntas de hegorerúa. Méxioo, UAM-TIOCM, 1980
Analisando os MM ocmo aparelhos ideológicos do Estado, o autor
demonstra a posição privilegiada que ocupam tais meios na soei
edade oontemporâmea, oonfigurando-se ocro aparelhos dorinantes.
EERRIQiN, Franoes J. - La ocmunicaciõn cemunitária. Paris, CNESOO -
1980
Inventário de experiências e análise teórica relativos ã ocm.uni
cação oemunitária no mundo ocntenporâneo. A autora se concentra
no exame dos progressos obtidos até agera e das dificuldades -
inerentes aos processos de estímulo ã canunicação nas oemunida-
des . Além de analisar oencretamente algunas metodologias já a
plicadas, propõe ao final alguns princípios para a ação e a pes
quisa
3.
fKTOG, L. F. FranJclin c Midiel UMJD - Matei minha mulher - o caso
AIth-.asgr. São Paulo, Kairos, 1981
Estudo scfcr-e o trataner.tc áado pela lirprensa francesa ao caso
Althusser - sua loucura e ocnstquente assassinato de sua mulher
fato ocorrido «i ncwaiisro de 1980.
íWJLSTICH, Enilde L. de - Lexlooloqla - a llnguaggti do noticiário
policial. Brasília, Horlzcnte Editorial, 1980
Pesquisa lingüística sobre o noticiário policial de dois joma
is cariocas - O Dia e o Jornal do Brasil. A Intenção da autora
é ocntrihuir para a aplicação das teorias ocntarçorâneas so
bre a organização dos carrpoe léxicos, a fim de cbter un aperfei
çoanento maior da lexloografia portuguesa.
ICGI23iA, Raul C. - llr modelo de ccmunicação escrita para a pesquisa
agropecuária - Brasília, D-1BRASA, 1981
Sabendo que a pesquisa não acaba ocn a análise dos resultados-
e a sua divulgação, mas ccrpreende tambõn a sua aplicação, o
autor pmpõe \jr. nodclo para a disseminação doa resultados da
pe3q'Jisa agropecuária que leva an ccnsidcração os diferentes -
p&liooa a que ae destina.
3. Cgnmi cação de rassa
IBUH - toerca de Ia prersa. Moscou, Editorial Progresso, 1980
Coletânea doe escritoe de Lenln sobre a imprensa, extraídos de
suas obras ocrpletas. O volvjne Inclui desde as plataformas e
progrefras de jornais e revistas revoluclcnârtos até as refle -
xões sisterãUcas feitas sobre o ocnportanento da inprensa bur
guesa e da iiqprensa proletária na Rússia. O volune oontém, a3e
nals de un índice dos jornais e revistas citados, vxn glossário
que permite ao leitor não soviético o conhecimento de certos -
persenagena, expressões e movii,entoe relativos ao memento em
que Lenin escreveu cada texto.
tOOfTZCFF, Madcleine - La ooncepclón de Ia prensa an LP1IN. Barce
Icna, Editorial Fontimara, 1979
Análise dos escritos de lenin sebre a inprensa. Não se trata -
de ina exegese histórica, mas, oomo ressalta a própria autora,
de una leitura das "entrelinhas" 0 plano do trabalho está divl
dldo em quatro partes: a lirprensa e a ocnstrução do partido re
voluclonárlo; o órgão central; a Inprensa e a sociedade de
4.
transição; lirç>rensa revolucimãrla e In^rensa burguesa.
OOELHO, Htlly Nnvaes - A literatura infftT.tri. São Paulo, Edições Culror.
1981.
Tratado sobre literatura infantil, escrito amo fcnte de referêrxda
para escritores e educadores. A primeira parte é dedicada a questões
ocnceituals; a segunda parte faz otva análise scbre a estrutura lite
rãlia das cbras dirigidas a crianças; e a última parte é una reoors
trução histórica do dcsenvclvlnento da literatura infantil, desde
as fontes orientais e as iranifestações ocidentais da Idade Média -
até o Brasil, ende a obra de Mcnteiro Lobato merece exane especial.
ZUBEPMSN, Regina - A literatura infantil na escola. São Paulc, Gldbal,
1981.
Bisalos acerca da questão da literatura infantil, gênero literário,
que, segundo a autora, permaneceu durante muito tenpo sufocado feia
norma adulta. São três as teraáttcas analisadas: a criança, o livro
e a escola; a litei.itura Infantil entre o adulto e a criança; o 11
vio para crianças no Brasil.
FERRARI. 7*ü.eica Seabra - Defesa do CCTSiridor. São Paulo, LovTla, 1981
Estudo scbre oe mecanismos do oonsuno na sociedade de nassa, prlvile
qlando o papel dos meios de ocaunicação de massa e da prcpacaEda na
engrenagem que persuade o oensurdetor. 0 fooo principal da análise é
a questão da defesa do ocnswiidor, ou seja, as pcssibilidadES que
tem de reagir ãs rcalhas da deminação putlicitária e mercadcicglca .
Não obstante a autora ofereça un pancrara cies ro\*irner.tos de defesa.
do ocnsvTOtdor em outros países sua preccupaçãc maior \"olta-se para
o Brasil, cnãe examina a questão sob o ângulo jurídico.
PROJETO SARE - l>n modelo em rádio educativo. Porto Alegre, FEPIViM, 1980
Relato e avaliação das experiências de educação através do tãdio -
realizadas pela FETLAN - Fundação Educacional Padre I^ndell de Mou-
ra - cem a colaboração de organismos internacionais e do próprio go
vemo federal. O modelo proposto enfatiza a necessidade de retroall
mentação constante coro recurso para oorrlgir distorções e evitar -
incongruências no prooeseo educativo.
FTDKT.TS, Guldo e Torrleri GUIMÍSPSES - Antologia de Ccrunicação Sodal .
São Paulo, Sugestões Literárias, 1981
Coletânea de artigos e ensaios sobre questões de oemunicação, tratan
do desde jornalismo e Imprensa a probleras de relações publicas e
5.
ptljlicidade. Ni) se trata de ciira que. possua una ooerencia intema
mas de ura sL-rples reunião de trabalhes esparsos. Mereoan destaque
três artigos: o de Antcnio Possldônlo Serpalo, scfcre Inprensa sln
dical; o de /-llcar Dórla Natos sobre lirprensa alternativa; e o de
Gaudêndo Torquato aobte jomaliEno enpresarlal.
4. Ctnunlcação Alternativa
WOA, Maria Cristina - Periodlsno Popular. Lima, Celadeo, 1980
Manual destinado a agentes oonunitãrios que pretendam desenvolver^
jornais ocrprexnetidos oan as lutas das classes trabalhadoras. Ade-
mais de una parte teórica ende se discute o ocnoeito de jornalismo
popular e de suas funções, o manual oferece diretrizes para a or
garização de im jornal pqiiilar, os materiais a seren usados, sua
linguagem e estilo. Dn anexo, doemento sobre a experiência de un
jornal de periferia na Venezuela.
PAIVA, Alfredo e Hellodoro CSCERES - Bq>.iipos V Técnicas de Inpreslon -
Una, CELADir:, 1981
Kar.ual sciire a construção e fc.rç-rego de mimcõgrafos manuais e sobre
o trabalhe «r serlqrafla destinado aos agentes de educação e ocmunl
cação popular que atuam na periferia. A sistematização realizada -
pelos autores recupera a experiência de inúneros grupos dedlcados-
ã oarunicação pepuiar na América Latina.
CEXADDC - Ccno se crnarlza JT. centro popular de documentaclon v ocmunl
cadón ? Lir-a , 1981
Multipilcan-se na Arrérlca Latina os oentros populares de docunenta
ção e oenunicação peçular, que se dedicam a tarefas de oonsclenti
zação, ocrimlcação e organização doe setores populares. Este manu-
al recupera de forma sistematizada as experiências de organização
desses centros, pretende servir como roteiro para o surgimento de
novas iniciativas dessa natureza.
5. Folkocriunl cação
WHOVS, Maria Tereza, ooord. - Clroo, espetáculo de periferia. S.Paulo
1981
Pesquisa sobre a estrutura artística e enpresarlal dos circos que
atuon na periferia de São Paulo, analisando as relações sociais no
droo, o espetáculo e o públioo.
6.
BRANDÍO, CarJos Rodrigues - Snornlctes Ce vicia. Petríçolls, Vozes,1981
Estudo de rituais religloscs do cstclicisno popular, enfccar.de noda
lldades coletivas de devoção católica er* cidades, bairres rurais e sítios de São Paulo e Minas Gerais. A metedcloria aâstada foi a de
narrar um ritual através de depoimento, ocnpletado por ura seqüência
de casos e finaljnente oan im estudo sebre os problaras identifica -
dos. A pesquisa abrange seis ciclos - Santos Reis, São Gcnçalo, São
João, Santa Cruz, Divino Espírito Santo e São Benedito.
reRREIKA, Jerusa Pires - Cento russo gn versão nordestina. São Faulo,Se
parata da Revista de Antropologia, FíTJCH-USP, 1981
Análise de un folheto de cordel - A Princesa Maricruz e o Cavaleiro
do Ar - versão popular de \ir coito russo reoolhido por Afanasiev. 0
estudo procura caractertíar as Identidades entre a lenda da siberl ana e sua versão nordestina.
LUVTEII, Joneph M. - A literatura de oordel ar São Paulo. S.Paulo, Lcyo- la, 1981
Estudo scfcre a literatura de ccrtiel pixtiuzida er?, São Paulo, identi-
ficada através de dais vertentes: a literatura sajdosista - aquela- prodvirfdn ou destinada para os miorantes noi-destincs; e a literatu-
ra afiressiva, aquela que o autor diana de encomenda, incluindo a po lítlca e sindical. Para o estudioso de editoração interessa parti - cularmonte o inventário blo-bibllográfioo des pcetas que produ-er'
folhetos de cordel esn São Paulo e o perfil sódo-histcrioo da Edito ra Preludlo/l-uzclro.
BEMJAMTM, Rtlierto e Zaitü CttTMCANTI - Os dÍFOirFcs do ir-T-ulortic: ira
proposta de análise da influência da platéia. Recife, UFITE - Mes trado em AAalnistraçSo Rural, 19P1.
Projeto de pesquisa em fase de realização no Estado de Pemarbuoo,-
cono atividade interdiscipllnar do Mestrado em Ccmunicação Rural -
área de Folkoanunicação. Trata-se de uma proposta de análise da re- cuperação da ocmunlcação de retomo, por parte dos maiTulger>gueircs, esn espetáculos de mamulengo (teatro de bcneoos) no Estado de Peman
buoo.
CAFWAIi» NETO, Paulo de - Folclore e educação. Rio de Janeiro, Forense- ünlversitarla, 1981
Ensaio sobre as potencialidades educacicíiais do fclclore. Trata-se de obra escrita para suscitar o interesse dos educadores pela preser
vaçào do folclore e sua insenção na sala de aula. 0 volume se divi- de em quatro partes: o folclore aproveitável; o folclore não aprovei
tãv«l; o folclore educacional aplicado; e breve história do folclore
educadcnal.
SOt/TO yt-JW, Mário - Painel Folclórioo âo Nordeste. Recife, Editora üniwer
sitária, 1981.
Coletânea de ensaioe e artigos, alguns de interesse especial para OB
estudioeoe de foUtoarunicação: santeiros 1 imaginários, a linguagen -
popular das oores. ocntadores de estórias, pranessas, literatura popu
lar er Pemjrbuan, oe ciclejs folclõrioos etc.
SCWIU NMOB, Mário - Dicionário do palavrão e tenros afins. 29 ed. Recife
Editora Guararapes, 1980
Inventário serântioo-folclórloo da linguagari popular que otaistitui in
dlclo do oerportemento sexual do hanem brasileiro. Trata-se daquela -
linguagem falada que muitos giaratloos rotulacn oono "obscena" , "pomo
gráfica" ou "fesoenina". Segundo Gilberto Freyre o autor"apresenta -
dce p£d£r/rõea brasileiras o que neles é oorrente, vivo, oanunicati\n3,
sugestivo", ou seja, daquela gíria "oorrente rias ruas, nos mercados,
nas oficinas, nos ajur.tanentos dt henens meds do que de mulheres".
OOCS, Rbeylard Pereira - Legendas de canvinhão, 2<? ed. Rio de Janeiro, Cl
vilizc^ão Brasileira, 1981
Registro anotada de legendas de caninhão, dispostas segundo ura clas-
sificação proposta pelo autor. Precede o docunentárlo una breve inda
gação sobre a origem dessa forma de expressão popular
SOUZA, Itanar de - 0 oerpadrio: da política ao sexo. Petrópolis, Vozes
1981.
Estudo sobre o oornpádrio, forma de relação social muito difundida no
Brasil, principalmente no Nordeste. O autor examina as diferenças en
tre as suas iranifestações nas zenas rural e urbana, tendo feito una
pesquisa eiplrica no Rio Grande do Norte. Recuperando a origem remano
católica desse padrão de interação social, o autor discute basicamente
a resistência que tem apresentado ã penetração do capitaliano no Nor^-
deste.
6, Ccmmicação Intemaclcttal
IKE900 - Teleourunicaticn tarlffs for the mass media - Paris, 1981
Repertório intemadcnal de doetnentoe produzidos sn reuniões da UNES
CO e cengressea de outras instituições sobre a questão das tarifas -
preferenciais para 08 meios de oenunicação de massa nos serviços de
te lecmunl cação.
8.
MMTOAKr, tírmanã - Crntuniccicicr y nueva hogcncrda. Una Celfsdec, 1981
Conferênciôs proferidas pelo autor ar Sar.tc Dcrlngc er 19ÍC, a: cur
scs destinados a líderes de pnocriras õe ocr-utvica^ão e dre-j^entação pc^mlar de várlce países da Ainérica Latina. A tfrãtica tratada foi
a seguinte: evolução da prcblervática crítica da conunicação na Amé-
rica Latina; a intemacienalização da indústria da cultura; oonuni-
cação e estado de exceção; experiências alternativas: os casos dil
leno e noçartbicano.
SGWERIAND E Lloyd e outros - Pclltiras y slstoras nacionales de cenu
nicaclcn social. MPXíOO, Presidência de Ia República, Coordinación General de Ccmunicaclón Social, 1981
Coletânea de estudos scfcre a proposta fomulada pela UCEEOO para
que os países irenfcros adoter; políticas nacicr.ais de corunicação cem vistas ã participação no [ivjeto de instauração de ura neva crder. mundial da onnunlcação e da informação. Integran o volune três ensa
ios: cs sistemas nacionais de ocrunicação: questees de política e
cpções (L.Sntrerland); a política naclcnal de camjnicação social -
no México (Gustavo Estevjd) e preposição de políticas nacionais de
ccminicação (Maria Anqélica Luna Parra).
MMTOS, Sérgio -The devclcpner.t of ocriunicatien policies under the Peru vian military qovernment, 1968-1980. San Antônio, Texas, KUnaEiisrith Independent rut)LlEher, 1981
Ensaio sobre a experiência peruana de democratização da ccraiicaçãc de massa, iniciada no governo Al varado e enoerrada no atual geremo de Belaur.de Terry. O autor traça un panoraira histórico dos htM no
Peru para, «r seguida, discutir e an.-iltsar os pressiçcetos ideolõ -
gioos das transformações pretendidas pelo governo militar que se ins
tala em 1968. Oferece tanfcán u? esboço das políticas de ocmaiicação
fixadas para o Peru naquele período histórico. Ao final, exarina os suoessos e fracassos daijuela experiência.
AliEKT, Pierre - A ieprensa francesa. Brasília, Qrfcalxada da França, 1981 I Beoopllação de un perfil da inqprensa francesa, elaborado pelo Ser -
viço de Inprensa e Informação da Qrbaixada Francesa, a partir de di
ferentes estudos de autoria de Pierre Albert. Além de un quadro - hlstórioo da inçrensa franoesa e da identificação de aiguras das su as características básicas, o folheto ocntân infoirações específicas
sobre cs diários, os perlõdloos e o estatuto da úiprensa naquele - país europeu. Trata-se de opúsculo distribuído aos visitantes de re oente mestra da lirprensa franoesa destinada ao publico brasileiro.
SANIA CRU2; Adirana e ViNdana ERAZO - Ccpprróolitan - ei ordem transacional
y su modelo fgrlnlno. Mexioo, Editorial Nueva Imagem / HJET, 1980
Estudo sobra as revistas fenininas na flnérica Latina, identificadas oo
mo modelo trarBnacicnal de ocrcportamento feminino difundido a partir da
década de 60. A pesquisa apreende a ideologia dessas revistas; através
de análises do ocnteúdo jornalístico e publicitário. Na oonclusão, as
autoras, indicam a função das revistas fanininas an nosso ocntinente
cano instrunento de persuasão das donas de casa oontra as mudanças so
dais.
EIDraUGTO, Alberto Pulz, ooord. - El desafio jurídico de Ia oanunicación In
temadcnal . Mexioo, Editorial Nueva Imagon /HíT, 1979.
Coletânea dos trabalhos apresentados ao sejiiinario sobre "conunicação in
temacicnal e participação do terceiro inundo" realizado em Amstercl-in em
1977. Ka introdução, Alberto Ruiz Eldredge situa as ccntribuições ali
recuperadas dentro da proposta defendida pelo IIET: una equilibrada cir
culação internacional de oanunicação e informação, baseadas na igualda-
de de aoesso e participação. Os assuntos tratndos são: princípios da
C11U e da UIJESOO sobrie o uso dos meios de ccmunicação (Hilding Eek), no
vos oonoeltos jurídicos para a informação (Alberto Ruiz Eldredge), o
debate scbre carunicação desencadeado pela UNESCO: repercussões da oonfe
rênda de San José (Oswaldo Capriles), os códigos de ética jornalística
{Cees Herelink) , exigências jurídicas e éticas para os organismos trans
dcnais de oanunicação (Álvaro Bunster) e maroo jurídico para a opera -
ção das agendas transnadcnais de notídas (Eduardo Novos).
7. Caoint cação no Brasil
PEREIRA MDaclr - A inprensa em debate. Florianópolis, Editora Lunardelli, - .
1981.
Ccletânea de entrevistas que o repórter catarinense Moadr Pereira rea
Hzou ocm persmalidades do jornalismo brasileiro, discutindo principal
mente questões relativas ã transição que a iirprensa nadonal experimen-
ta do período da censura política ao da abertura democrática. São entre
vistados, entre outros, Alberto Dines, Hélio Fernandes, José Marques de
Melo, Josué Guimarães, Paulo Evaristo Ams e Paulo Frands.
BÜITCNI, Duldlla Helena S. - Mulher de papel. São Paulo, Loyola, 1981
Estudo sobre a representação da mulher na inprensa faninina brasileira,
desde o século XIX ao momento atual. Trata-se de una análise de textos
seledcnados dos diferentes estágios percorridos pela imprensa feminina
brasileira e que buscam captar a imagem da mulher construída por aquela
inprensa espedallzada. Apesar de não ter sido intenção explícita da
10.
autora, o livro constitui roteiro sugestivo para a identificação do
perfil sõcio-caltural da inr-rensa feminina no Brasil e sua articula
ção ocm a imprensa de informação geral.
LUVEEN, Sônia M. Bibe - Conunicaçio e aculturação. São Paulo, loyola ,
1981.
Estudo sebre a colonização holandeza no Paraná - oolcria de Caranibel
vista de três ângulos: os sistemas de oarunlcação peculiares ã vida
comunitária: na cooperativa, na Igreja, na escola e nos ireios de -
transporte; a exposição dos colonos acs MX e os seus efeitxs carrfor
tamentals; o reordenamento cultural captado pela canunicação na fase
pós-iinigratórla
ÍERRARR, Lucrécia D'Aléssio, coord. - Da literatura ã Tevê. São Paulo -
IDART, 1981
Análise da adaptação de três textos litÊiários para a televisão, ocr
centrada ein dois aspectos: a seleção àr material literário oaao ges
to significativo e a tr^nsfomação cptr.íla no .-naterial liteiário' a
daptado. Nessa análise, os textee foram considerados enquanto: estru
tura da linguagíir; produção situada historicamente; e relação cen
a consciência do leitor.
McNflNY, Qidle G. e Jcão Batista A. OLIVEIRA. - Estudo analítloo dei prey
ecto SACT./EXEHN dei Brasil. Paris UNESCO, 1981
Avaliação das experiências realizadas pelo projete SACI/EXETOi, respec
tivaroente em São José dos Canpos (SP) e em Natal (PK), utilizando tec
nologias educativas baseadas em. satélites artificiais de comunicação.
O relatório contém una reconstituição histórica do projete, sua irple
mentação no Rio Grande do Norte e urra análise da defasagetr. entre os
planos e os resultados.
BANDECCHI, BrasiJ. - Liberdade de imprensa - Libero Badaró. São Paulo, E
ditora Pantia, 1981.
Edição ocmeraorativa do sesquicentenârio da morte de Libero Badaró -
(1930-1980) contendo o seu ensaio sebre liberdade de inprensa e una
introdução biográfica feita pelo organizador do voluie que agrega ,
ainda outros documentos.
FARHAT, Said - Casper Libero e a Canunicação Social. Brasilia, SBCCM 1980
Ccnferência sobre Cásper Libero e seu papel no jornalismo paulista ,
registrando-se algunas evocações sobre fatoe e persenagens das últi-
mos trinta anos da imprensa brasileira.
u.
RCCRIGUES, João Càrlce - João do Rt^ - Histórias da Gente Alegre. Rio de
Janeiro, José Olyirpio Editora, 1981
Coletânea de crcnicas, certos e reportagens de João do Rio sobre a
"belle-époque" carioca. Integra o volune un estudo do organizador da
ooletãnea a atuação jornalística e literária de Jõao do Rio, pseudô-
nimo usado por Paulo Barreto, cuja presença no oenárlo intelectual -
do Inicio do século foi marcante no Rio de Janeiro. Qn apêndice, un
glossário para facilitar a leitura dos textos seledonadoe e una td
bliografla de/sebre João do Rio.
FEFI/iN - 14 ares de teleducação. Porto Alegre, 1981
Relatório schre as origens e as principais realizações da Fundação E
ducadonal Padre Lande 11 de Moura, instituição gaúcha dedicada a pro
greras educadcnals através dos meios de oanunicaçãc de massa, prln-
dpalner.te o rádio e a televisão.
8. Cfcras afins
IEIÍO90, Luis - Realidade latlnoanericana y alternativa pedagógica. Lima
Celadec, 1981
Ccnferências prenunciadas fdo autor durante a IX Província da Igre-
ja Episcopal, realizada em 1980 no Panamá. Sao três as perspectivas
de análise prlvlleqií*las - o perfil da realidade latinoanerlcana: a
relação entre a crise da educação e a crise da sociedade; e a educa-
ção popilar enro alternativa de educação cristã.
GCKZALEZ, Horádo - O que são intelectuais. São Paulo, Brasillense, 1981
Tentativa de caracterizar o papel social dos intelectuais, a partir
da identificação de diferentes tipos de atuação: o Intelectual maldl
to, o precursor, o revolucicnãrio, o populista, o cosnopollta, o or
gãnlro, o do drculo do poder.
LOUFETBO, Maria Pita, org. - Cooperativas agrícolas e capitalismo no Bra
«11. São Paulo, Cortez Editora, 1981
DisaloG sebre o núto da cooperação e do trabalho oonjujado entre igua
Is, veiculados pela ideologia oooperatlvista. Os autore recusam una
visão apologética do oooperativismo, demonstrando, a partir de análl
sea de cases concretos em nosso pais, que as cooperativas têm-se de
flnido cada vez mais oemo eficiente inatrunento a serviço do capital
c de» seus mecanismos de deminação.
12.
CfiVWjCANri, Clouls e outros - Nonjcste do Brasil - uv cÍL'ser\^l\-irer.tc ocr.tuxi\i
do . Recife, Editora Míipsanqflr.a^ l^Sl
Diagnóstico socio-ecc»Kirlco cio :tortí£7st.e Br.^si.leiro, ider.tificar.dc cs fato
res do seu atraso, a controvertida industrialização, as características do
uso dos fatores produtivos, a naturtva do i-rcblejna das secas, etc. Aos es
tudiosoe de coiiunicação interessa partlculamente o capítulo relatl\ro aos
oondlcionairentcs sóclo-culturais da região.
HRCCRD, Otto - Religião e luta de classes. Petrópolis Vozes , 1981
Reelaboração da teoria marxista sobre relicião e sua recuperação na prãtl ca do crlstianlsuo na fimérica Latina. 0 ensaio ccrtén cfuatrc perspectivas
articuladas: o problema de ura sociologia latino-cnerlcana das religiões ;
o cempo religioso atuo produto dos oonflites sedais: o carpe religioso oo
mo terreno ( reslativcinente autõncmo) de ccnflitos sociais; e o cêrço reli - gloso ocrao fator atlv> nes conflitos sociais.
SEGATTO, José Antônio - Breve História do PCB. São Paulo, Ciências Hirar-is 1981
Reoonstrução da trajetóiij ["o Partido Ccrunista no Brasil, pri^legiíoâo -
as Infcrrvições factuais e i i-yistraiuic as válida inte^i^tí^ctós sctje cs e pisõdios controvertidos da sua atuação política. Tiata-sc de roteiro útii
para os que, estudando camnicação, pretendam oerpreender o PCB cem ir.tex
locutor político dos interesses das classes trabalhadoras. E> sua pes-juisa o autor registrou aiguras d:iA« indispaisáveis àqueles que se interesserr, pe
Ia reoonstituiçãc histõtica ua invrensa ocnunlsta n: Brasil.
DÃCANAL, José Hildebrando e Sei-gius OCKZAGA - RS: Cultura í Ideclogia. Perto A legre. Mercado Aberto, 1980
Contribuição para a construção de vna história das idéias de Rio Grande õ?
Sul que neutralize as "lendiis" criadas por ajueles intelectuais que produ-
ziram análises e interpretações a serviço do poder dcrinaíite. Os ensaios -
reunidos são os seguintes: c gaúdio: o mito da "produção sen trabalho" (De • cio Freitas); a misciqonaçã- que não hem^e (José Hildebrando Dacanai]; o - Rio firande de Augusto Ccmti? (Nelson Boeira); Iristcriografia e ideclogia -
(Sandra Jatahy Pesavento); RS, tradição jud.tica e relações p?lfticas (Tai^ so Fernando Genro); as mentiras sobre o gaúcho: prlreiras ocr.tribuiçces da
literatura (Sergi\B Gonzaga); a história cbservaia pelo awesso (Flãvío Leu
reiro Chaves) e classe deminante e cultura musical no RS: do amadorlsno ã ptofisslcnalização (Mala Flizabeth Lucas)
MUÜZR, Telwo, oig. - Imiuração e oolorizavão algrã. Porto Alegre, Escola Siçe rlor de Teologia São Lourenço dos Brirnies, 1980
Anais do 39 Sinçóeio da Imigração e Colonização Alemã do Rio Grande do Sul
realizado em São Lecpoldo, cm 1978. Alguns dos trabalhos ali apresentados
13.
podan ter utilidade para os pesquisadores da oanunicação: 90 anos de Im
prensa evanoelica (Pastor Bertholdo Wájer); epitáfios an oemitérios da
oolônla alani (Heinridi Bunse); análise da teoria da obra de Qnillo MLl
lems scbre a aoalturação dos alemães no Brasil (Gunter Weimer)
CUNHA, Dalva - Silêncio, oomunicação do ser. Petrópolis, Vozes, 1961
Reflexão sobre o silêncio cano matriz oontológica da ccnunicação. ^oian
do-se na obra "Assini falava Zaratustra" a autora faz o percurso metodoló
gioo da doutrina nietzschiana de Vcntade de Potência e Eterno Retomo.
9. Periódicos
OCMUNICÃCiaj n9 32. Caracas, Centro de Canunicadón Social Jesus Maria Pellin
(Apartado 20133), 1981
Edição nmográf ica dedicada ao tema "música e indústria cultural" anali-
sando principalmente questões peculiares ã situação venezuelana.
(XMKICACfe i SOCIEDADE. nÇ 6. São Paulo, Cottez Editora, 1981
Edição dedicada a dois te5nas:"canunicação alternativa" e "cultura popular"
ocntendo ensaios de Luiz Ramiro Beltrãn, Jesus Maria Aguine, Carlos Edu
ardo Lins da Silva, Luiz Fernando Santoro, Raneu Dale e Jerosa Pires Fer
reira.
JDCTWtt CF CO-WNICATICM, VD1.31, nÇ 3. Philadelphia ICA, 1981
Edição dedicada especialmente a dois temas: revisão crítica da obra de
Mcluhan e análise das novelas de rádio e televisão.
L:KHA D'AGUA n? 2. São Paulo, APU, (Caixa Poetas 8619) 1981
O tana predcrdnante nessa edição é a "literatura infanto-juvenil".
CACEKOS GEPWtlO-BRASrLEIBOS ano XIX n7 5. Rio de Janeiro, SEL Editora, 1980
Destaques: rádio e televisão no Brasil - oonparações ocm a Rep. Fed. da
Alerjanha üoarjlm Kniestedt); a literatura alemã no Brasil (Norbert Welter)
EgariOS DEL TEPCER M1-K3. VD1.3 México, CEESTEM (Coronel Porfirio Diaz, 50)
San Jercrimo Lldioe) ■, 19i80
Edição mcrográfica scbre oanunicação, reunindo trabalhes apresentados -
por pesquisadores mexicanos à Prüreira Reunião de Pesquisactores da Canu-
mcação, pranovida pela AMIC-.
14.
DflDOS - REVISTA DE CI&CIAS SOCIAIS, wol. 23 rí? 2. Rio de Janeiro, Editora
Campus, 1980
Destacpies: EDucnçãci mnrdl e cívica: vma experiência de socialização po
lítica - o caso da TV E do Maranhão. (Helena M.B.Baney); Ideologia, Ia
zer e cultura popular: on estudo do ciroo-teatro nos bairros da perife
ria de São Paulo (José Guilherme Cantor Magnani); A fanília cperárla :
ocnsciência e ideologia (Eunice Durham.)
BIB - BCTJgTIM IMF0RMA31VD E &IBLI0GRaFIO0 DE ClENCIflS SOCIAIS, n? 11. Rio
de Janeiro. Associação Nacional de Pós Graduação e Pesquisa em Ciênci-
as Sociais, 1981
Destaques: revisões bibliográficas scbre "educação e sociedade no Bra
sll" (Luiz Antônio da Cunha) e "habitação no Brasil" (Licia do Prado -
Valladares e Ademir Figueiredu).
REVTgTA DO ABJÜIVD MUNICIPAL. n9 193. São Paulo, Arquivo Municipal, 1980
Destaques: Relações de oammicação rrediáveis pelos arquivos das prefei
turas (Rose Marie Inojosa); Ex-votos, pronessas ou irllacrES früxia Ar-a
lia Corrêa Giffcni) e Contexto sócio-cultural dos ruídos de S.Paulo.
(João Lellis Cardoso).
BdLBriM INTERCCM - - ASSINATURAS
"0 Boletim INTEHCQM é a ocisa mais séria que existe em matéria de oonunica
ção nesse pais de oarunloólogos" (Alberto Dines - Pasquim 21.11.80)
0 valor da assinatura anual para 1982 é de Cí 2.000,00. Preencha o ClÇOTl
abaixo e dewolver para: Rua Augusta, 555 - Sib Paulo CEP 01305 - SP- aoatr.
panhado de cheque noninal. Não aceitamos ordan de pagairento ou vale postal.
Assinante:
Endereço : Fone
ClrfadP : Estado CEP
Data : / / Assinatura
15
RtVlSIA COMUNICAÇÃO & SOCtEDADE
Lu« t uni.l t*\i\lã QIIC pTVrvk uma intprvct(.ío crdiCA na rf iiid Klr (Piniinn * IOIHI ofrrrrrndn aot «'.■■fatfi^. (KOI^SV-CFS » pfolis&tonan. «Itprnjiivas paia ■ cmcrgíncu df uma nova cumumca^Ao rrwrí (V^íXr«l't* c populat
Or^snuad* p«k> cenrro d* Pó«<Guduaç4o do IMS . * rdttsda c divnbuldí p«la Corlei Edtlotò r ümm
A Rí^íSM Comunx Aç,V} & Sociedade tem periodicidade Sfmettd: é publKada noi meses de março c outubro Poòef i «#t a^qoirida aiovés de auMaiuras. reemboho postal ou na Üviarta de sua ctdaüc
AujrwBuroporti 1982 - núrrxro» 7«í 01650.00* Núnwroã OUUíKM • alwodoa Crt 330.00*
Recorte MUI, preencha c remeW junto cheque cruiado, em nome da Cortei Editora t Livraria Üda
* Pr«coa « pruo vilklo» «U 24/12/81 ** Apóa «ita data «po» um pr«o da 120 dl*i. aiünaturaCrl 800.00 en" »VIJ1*O Cri 400.00
Sottcuaçio de *sstnaiu«« - Revista COMUNiCAÇÃO & SOCIEDADE h Corvi Editora c tivrana Üda RM Bart.ra 387 - Trl '011)864 0(11 05009 - Sèo P*ulo - SP
I Preços •< ptuo nMlM jai* 24/12/81'-
SOíM.»O uma asvnaiu-a da Rn,i',i* Comuntcaçào A Svcrdsde paia o ano de 1982 Pafa ts» esiou finando um i Kvque no walor <W OJ 650.00 jwtsfpntos cinQutmia < tu/eitos) -r^-vo aoa números 7 • 8 * tVwjo rnrbef lambem os sequwtei números «tragados («o preço ri* Crt 330,00 caria)
NúmmXillQ. 2 0. 30, 4 0. 5 D • 60
Estou ervwtando o chvque n* do Banco
no «ator total de C>| ... ( ....
] cnuaáo. cm nome da Cortei Edtkva c Livraria Lida
CUdbs dtoaawnao* ,
Endrtí^o . ., n* A**J
CEP C-lade EM Banio
lei C Pa. CtC/CPf «•
toca/ dt írafca/ho
tmçm-w f Ou InShlwt^iO ... ......
Endereço
De|K> w^io. etc CM^O
CEP Criaòr EU Bwrro
DUO Tel Ramai
Enviar • rewnl* para end resKkncial O Local dr trabalho O
Locti 9 fibfa Ao. óo «ssinanfe ou mpons^W
OgS Apót m netbmwMo éo pedMo de aaim<tura. uri tnvtmlo ncibo compio**ni*dt pêgãmtmo.
16.
PÜBLICaqBES Dft HTTEPCCM
Periódicos
BCLETIM INTERCCM - bimestral (assinatura anual: C» 2.000,00)
BIHJOGRAFIA BRASILEIRA DE CCMüNICfiÇÍD - n? 1 (C$ 500,00)
n9 2 (Esgotada )
nÇ 3 (C$ 1.000,00)
Pedidos para: Rua Augusta, 555 - CEP 01305 - São Paulo - SP.
Livros
IDBOLOGIA E PCCER NO ENSINO DE COMUNICAÇRO, Cortez, 1979
OCMUNICAÇÃD E OASSES SUBfiLTEFNAS, Cortez, 1980
PCPULISMD E CCMUNICSÇSD, Cortez, 1981
Pedidas para: Rua Bartira, 387 - CEP. 05009 - São Paulo - SP.
Próximos Lançamentos
OCMUNICAÇÃD, HEGQCNIA E CCNTRA INPORMAÇRO, Cortez, 1982
CADERNOS INEEROOM - Cortez, 1982
nP 1 - Jorneiliaiio Popular
n? 2 - Televisão » Poder
INTERCOM Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação
V<-S'SJWí.S» i iâfn
■#^*INTERCOMí
A INTERCOM é uma sociedade civil, sem fins lucrativos, que reúne pesquisadores da comunicação, de todo o país, interessados
em estudos avançados, numa perspectiva interdisciplinar. Periodicamente, a INTERCOM edita o Boletim Intercom
(bimestral) e a Bibliografia Brasileira de Comunicação (anual). Como resultado dos ciclos anuais de estudos interdisciplinares da
comunicação, editou em co-ediçâo com a Cortez Editora os seguintes livros: Ideologia e Poder no Ensino de Comunicação
(1979), Comunicação e Classes Subalternas (1980), Popultsmo e Comunicação (1981), Comunicação, Hegemonia e Contra-
informação (no prelo).
Sede — Rua Augusta, 555 — sobreloja Sào Paulo, SP, CEP 01305 — Brasil
Nesta edição
noticiário da IMTERCOM-Ecos do IV Ciclo/Aumentam os contactos Inter-
nacionais/Noticiário dos sócios
Noticiário das escolas-Muitas atividades de extensão por todo o Pais
Ensino-Comissão do CFE prorroga seus trabalhos até junho/Ludwig con-
segue as verbas que pretendia/UNICAMP e USP lutam por eleições'
Pesquisa-História do Jornalismo resgatada em vários Estados/SBPC reú-
ne as Instituições de pesquisa/A imagem da mulher na publici-
dade
Veículos-O epílogo do caso Riocentro/Fidel Castro na tv/TV Silvio San-
tos já começa a escalar o IBOPE/Mais um êxito do cinema bra-
sileiro no Exterior
Profissões-Demissões na Folha e na Abril/Acordo no JB prejudica jorna-
listas/General quer greve na imprensa/Ludwig ignora CNDA
Censura-Editores do Hora do Povo conseguem habeas-corpus/Macunalma li-
berado para televlsão/Auto-censara na Globo em pleno vapor
Comunicação internacional-Melos de comunicação em crise na Argentina/
Cuba e Estados Unidos em guerra radiofônica/
Canais livres na França e na Itália
Tecnologia-Melhorias no som das televisões/A humanizaçao da alta-fide-
^1idade
Gente-Carlos Guilherme Mota e a estatização da tv/A visita de Oskar Negt
a São Paulo/Audállo Dantas recebe prêmio internacional/Avaliações
de Glauber Rocha e sua contribuição para o cinema brasileiro
Conunicação popular-Salu o segundo número do Jornalivro
Noticiário geral-Encontro de intelectuais em Cuba/Vldeo-art era discus-
são
Sociedade Brasileira de Eetudos Interdleclpllnare. da Comunicado
Rua Auausta. 556 01305 Silo Paulo CGC 61201093/0001 53
Top Related