ANÁLISE LABORATORIAL
Rotina (citometria, citologia, bioquímica, análise física) Gram Cultura Imunologia
HOMEOSTASIA
Manutenção da constância do meio interno por ação permanente do organismo.
Composição estável dos líquidos corporaisOsm LIC = Osm LEC
Equilíbrio Corporal HídricoPerda diária de água:Insensível ~ 700 mLSensível ~1.500 mL
Compartimentos hídricos do corpo
líquido transcelular; líquor, líquido sinovial; líquido pleural; líquido peritoneal etc
Líquido Cefalorraquidiano (LCR)
Líquido Cérebro-espinhal (LCE) ou Líquor
É um fluido aquoso que preenche o sistema ventricular do encéfalo, canal central da medula espinhal e espaço
subaracnóide da medula espinhal e encéfalo
SNC: estruturas protetoras
Encéfalo:Ossos do crânioMeningesLíquor
Medula Espinhal:Vértebras ósseasMeningesLíquor
MENINGESSão membranas conjuntivas que revestem todo o sistema
nervoso central (SNC).
São importantes para suporte estrutural do tecido nervoso, além da proteção mecânica contra impactos.
Dura-mater
Aracnóide
Pia-mater
Formação do Líquor
O líquor é formado por ultrafiltração do plasma, devido à alta pressão hidrostática no sangue arterial e nos plexos
coróides dos ventrículos cerebrais.
O volume total de líquor é de aproximadamente 90 a 150mL no adulto e 40 a 60mL no recém-nascido
Produção diária: 500mL/dia
Taxa de renovação: cerca de 3 vezes ao dia
Funções do Líquor
Lubrificação
Proteção mecânica
Nutrição do SNC
Excreção de metabólitos
Regulação do volume intracraniano
Indicações para punção liquórica
• Suspeita de meningite• Hemorragia subaracnóide• Neoplasias do SNC• Neurocisticercose• Doenças degenerativas do SNC
Contra-indicações para punção
• Infecções no local da punção• Aumento da pressão intracraniana
Instruções de Coleta
• Assepsia cirúrgica no local da punção
• Frascos de vidro
• 2 a 3 frascos seqüenciais
• Evitar contaminação com sangue no trajeto da
agulha
• Enviar ao laboratório em, no máximo, 30 minutos
• Iniciar a análise imediatamente
Exames laboratoriais Líquor
• ROTINA
• Estudo físico: cor e aspecto
• Estudo químico: glicorraquia, proteínorraquia
• Estudo citológico: citometria e citologia
• EXAMES COMPLEMENTARES
• Estudo microbiológico: gram e cultura; pesquisa de
antígenos bacterianos (látex)
• Estudo imunológico
Estudo Físico e Químico
• Cor xantocromia presença anormal de proteína,
bilirrubina e hemoglobina
• Aspecto turvo presença de células e/ou bactérias
• Glicose reduz nas infecções bacterianas e
aumenta nas viróticas
• Proteínas aumentam nas infecções bacterianas,
tumores e hemorragias
Estudo Citológico
• Associação proteíno-citológica (ambas ): infecção
bacteriana e/ou hemorragia no SNC
• Dissociação proteíno-citológica
• proteína e citometria normal: estase liquórica
• proteína normal e citometria : encefalite virótica
Estudo microbiológico
• Gram: define a etiologia, se o paciente não está em
uso de antibióticos
• Látex: pesquisa de antígenos bacterianos
(pneumococos, haemófilos e neisserias)
Estudo microbiológico
• Cultura: identifica os germes mais freqüentes nas
meningites bacterianas (pnemococos, haemófilos,
neisserias, Staphylococus aureus, Streptococcus
pyogenes, Escherichia coli etc)
Estudo imunológico - Métodos
• Neurossífilis: FTA-Abs; VDRL
• Neurocisticercose: IF
• Neurotoxoplasmose: IF; ELISA
• Citomegalovírus e Epstein Barr: ELISA
• HTLV e HIV: ELISA
Interpretação
• Pleocitose com linfocitose: encefalite virótica,
meningite bacteriana inicial
• Pleocitose com neutrofilia: meningite bacteriana,
virótica inicial
• Eosinofilia: neurocisticercose, mielite
esquistossomótica, fase resolutiva da meningite
bacteriana
• Glicose baixa: melhor marcador de infecção
bacteriana
• Normocitose com neutrofilia: sofrimento cerebral
agudo – convulsão, traumatismo craniano
• Presença de macrófago eritrófago: hemorragia
cerebral ou subaracnóide
• Presença de células leucêmicas: infiltração
leucêmica do SNC (realizado pelo laboratório de
anatomia patológica)
Interpretação
REFERÊNCIAS
• BARBOSA, E. A. Líquidos Corporais – Análise e Interpretação. In: Curso de
Pós-graduação Nível Aperfeiçoamento em Análises Clínicas. SBAC-MG,
2003.
• STRASINGER, S K. Uroanálise e Fluidos Biológicos. 3ª. ed. São Paulo:
Premier, 2000.
• BURTIS, C A; ASHWOOD, E R; BRUNS, D E. Tietz: Fundamentos de
Química Clínica. 6ª. ed. São Paulo: Elsevier, 2008.
• HENRY, J B. Diagnósticos Clínicos e Tratamento por Métodos Laboratoriais.
20ª. ed. São Paulo: Manole, 2008
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