8/3/2019 Bhaktivedanta Narayana Maharaja - Madurya Kadambini
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rGu ru -Gau r gau Jayata
M D H U RYA K D A M BIN
GRA N DE M A SSA DE NU VENS DE NCTA RPOR
RLA V IVA N THA CAK RA VA RTH KURA
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Oferecemos este livro ao nosso querido mes re espi ri tual instrutort
rla Bhaktivedanta N ray a Mah raja
e a todos os seguidores sinceros de
rla Prabhup daque sempre nos inspiraram em publi car essas
jias devocionais para a satisfao de
rGuru, s dhu e stra.
Os ed it ores
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M agalacaa
h d-vapre nava-bhakti - asya-vi tate sajvansv gam
rambhe k ma-taparttu-d na-damanvi v pagoll sin
dr n me maru- khino pi saras-bh v ya bhy t prabhu
rcaitanya k pa-niraku a-mah -m dhurya-k dambin
A misericrdia de rK a Caitanya Mah prabhu uma incontrolvel
massa de nuvens de nctar doce e extico, que rejuvenescecompletamente as sementes do processo nnuplo de bhakti no campo
do corao, extingue o escaldante vero da luxria ao aparecer de
repente e concede o xtase ao rio universal de entidades vivas. Que estas
nuvens possam trazer de muito longe a misericrdia do Senhor e dar
satisfao e prazer at mesmo a esta alma insignificante, uma rvore
seca no deserto.
bhakti prvai rit t ntu
rasa pa yed yad- tta-dh
ta naumi satata rpa
n ma-priya-jana hare
Apesar de os mah janasanteriores (Prahl da, Dhruva, Kum ras) terem
adotado o caminho de bhakti, agora, pela misericrdia de rla Rpa
Gosv m, podemos consegui r inteligncia para ver bhaktina sua forma
completa como rasa. Peo as minhas constantes reverncias a ele, que
muito querido do Senhor.
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N D I C E
Primeiro A guaceiroSegun do A guaceir oTerceir o A guaceiroQu arto A guaceiroQu into A guaceiroSexto A gu aceir o
Stim o A guaceir oOitavo A guaceiro
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I N TR OD U OUm poeta vai ava denominado K a d sa escreveu as seguintes estrofes
na concluso da sua traduo do livro M dhurya-k dambini de rla Visvan tha
Cakravarth kura:
m dhurya k dambini granta jagata kaila dhanya
cakravartmukhe vakt pani rk a caitanya
keha kahena cakravartrrpera avat ra
kahina ye tattva sarala karite prac ra
ohe gua-nidhi rvi van tha cakravart
krtana j niba tom ra gua mui m ha mati
"rla Visvan tha Cakravarth kura abenoou o mundo inteiro por ter
escrito o livro M dhurya-k dambini . Na realidade, rK a Caitanya
Mah prabhu quem fala este livro. Ele o falou atravs da boca de r
Cakravat. Algumas pessoas dizem que rCakravath kura uma
encarnao de rla Rpa Gosv m. Ele muito peri to na arte de
descrever verdades extremamente complexas de uma maneirafacilmente compreensvel. oceano de misericrdia, rla Visvan tha
Cakravarth kura! Sou um grande tolo. Seja bondoso e revele o
mistrio das suas qualidades transcendentais em meu corao. Esta a
minha prece aos seus ps de ltus."
Extrado da breve biografia de rla Visvan tha Cakravarth kura feita por
rla Bhaktivedanta N r yaa Mah r ja no liv ro rBhakti-ras m ta-sindhu-bindudo mesmo autor.
O que almas cadas e insignificantes como ns podemos dizer ao tentar
glori ficar este liv ro?
Os editores
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O PRIM EIRO A GUA CEIRO D E NCTA RA SUPEREXCELN CIA DE BH A KTI
Vamos continuar com base na evidncia das escrituras ( abda-pram a),
que a melhor de todas as evidncias. Desta maneira, o rutideclara no Taittirya
Upani ad, depois de discuti r di ferentes coberturas (annamaya,pr amaya), que o
Brahman ( nandamaya) o abrigo ou suporte destas coberturas: brahma puccha
prati h (2.5.2). Ento ele declara enfaticamente que o param- nanda-maya
puru a superior at mesmo ao Brahman como par tpara-tattva, ou a verdade
suprema, que a corporifi cao da rasa, ou prazer: raso vai sa, rasa hy ev ya
labdhvnandbhavati.O Senhor a prpria rasa e alcanando esta rasa a jva se torna bem-
aventurada (2.7.2). Neste contexto, o rmad Bh gavatam, o creme do Ved nta e o
imperador de todas as evidncias, descreve o Senhor K a como a completa
corpori ficao da rasa, ou doura:
mall n n a anir n nara-vara str smaro mrtin n
gop n sva-jano sat k iti-bhuj st sva-pito i u m tyur bhoja-pater vi r d av idu tattv a par a yogin
v n para-devateti vidi to raga gata s graja
"Os di ferentes grupos de pessoas na arena de luta consideravam K a
de diferentes maneiras quando Ele entrou com o Seu irmo mais velho.
Os lutadores vi ram K a como um raio, as pessoas comuns O vi ram
como o melhor dos homens, as mulheres como o Cupido encarnado, os
vaqueiros como o seu parente, os governantes impiedoso O viram como
um castigador, os Seus pais como o seu filho, e o rei Bhoja como a
morte. Os ignorantes O viram como a forma universal, os yogscomo a
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Verdade Absoluta e os V is como a Sua suprema Deidade adorvel."
(SB 10.43.17)
Tambm no Bhagavad-gt (14.27) K a declara estar acima do Brahman.
Portanto, todas estas evidncias nos fazem chegar concluso que rVrajar ja-
nandana, K a, o filho do rei de Vraja, um personagem eterno, que possui Sua
prpria forma, nomes, qualidades, passatempos etc., todos espirituais ( uddha-
sattva). Ele s pode ser percebido pelo ouvido, olhos, mente e intelecto dos homens
quando Ele deseja e por nenhum outro motivo material. Por seu bel-prazer Ele
apareceu na dinastia Yadu como K a e na dinastia Raghu como R ma.
Como o Senhor, Sua potncia interna bhakti no-diferente dEle, auto-manifesta e independe de qualquer causa material. O rmad Bh gavatam expl ica:
yatu bhaktir adhok aje, ahaituky apratuhat , que signifi ca:"O servio devocional
ao Senhor transcendental imotivado e ininterrupto" (SB 1.2.6).
Aqui a palavra ahaituki, imotivado, significa que o servio devocional no
tem causa material (hetu). O Senhor tambm diz:yad cchay mat-kath dau, "se de
uma maneira ou outra uma pessoa se torna apegada em ouvir sobre Mim (SB
11.20.8)", mad-bhakti v yad cchay , "de alguma maneira ele acaba alcanando oMeu servio devocional" (SB 11.20.11), e yad ccha-yaivopacit , "bhakti se
incrementa por conta prpria." Desta maneira a palavrayad cchay deve significar
por seu bel-prazer independente. No dicionrio o significado de yad cchay
tambm "por contra prpria, independente".
Alguns podem considerar esta palavra com o significado de "por boa
fortuna, por sorte". Aqui este significado no se aplica, pois seria preciso indagar
qual a causa da boa fortuna. Alguma atividade piedosa material ( ubha-karma)
causa boa fortuna, ou ela independe de atividades piedosas? Se formos presumir
que bhaktise origina da boa for tuna causada por atividades piedosas, isso signifi ca
que bhakti depende do karmamaterial. Mas isso contaria a sua natureza auto-
manifesta. E se pensarmos que esta boa fortuna no devida a atividades piedosas,
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ento a causa indescritvel e desconhecida. Como a causa de bhakti inconclusa,
como a boa fortuna pode ser descrita como a causa de bhakti?
Se algum propuser que a causa de bhakti a misericrdia do Senhor, ento
preciso encontrar a causa desta misericrdia. Novamente esta declarao precisa
de outra explicao e inconclusa. Algum pode refinar esta declarao dizendo
que a causa de bhakti a misericrdia imotivada (ni rup dhi ) do Senhor. No
entanto, se esta misericrdia imotivada, devemos observar que o Senhor est
dando bhakti igualitariamente em todo lugar. Uma vez que isso no observado,
ento isso implicaria na falha de parcialidade (vai amya) por parte do Senhor.
Desta maneira a misericrdia imotivada do Senhor tambm no deve ser aceita
como a causa de bhakti.Algum pode questionar que o Senhor pune os demonacos e protege os
devotos; isso no imparcialidade? Mas esta parcialidade que o Senhor mostra
para com os Seus devotos no um defeito (daam) do Senhor, seria mais um
ornamento (bhaam) que reala Sua natureza. A afeio do Senhor por Seus
devotos, bhakta-v tsalya, o rei todo-poderoso que conquista todas as qualidades
do Senhor e que reconcilia todas as contradies. Isso ser discutido
completamente no oitavo aguaceiro.Ao se propor a misericrdia imotivada de um devoto como a causa da
devoo em outra pessoa, possvel que algum possa argumentar que a
misericrdia do devoto, como a do Senhor, pode ser parcial. Ao se considerar o
madhyama-bhakta, pode-se notar que ele mostra parcialidade ou discrio ao
distribuir miseri crdia. Mas o Bh gavatam aceita esta parcialidade como um
maneirismo peculiar do madhyama-bhakta:prema-mait r-k popek a ya karoti sa
mad-hyama, "misericrdia com o inocente e ignorar quem hostil a bhakt."(SB
11.2.46)
Como o Senhor subserviente aos Seus devotos (sva-bhakta-va ayat ), Ele
permite que Sua misericrdia siga a misericrdia do Seu devoto. Portanto, esta
proposta no completamente infundada. Porm, mesmo aceitando a misericrdia
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do devoto como a causa de bhakti, ainda assim a causa desta misericrdia o
prprio bhakti (sentimento) que reside em seu corao. Sem que o devoto tenha
bhaktino possvel que ele d misericrdia a algum. Bhakticausa a misericrdia
do devoto, que causa bhakti em outra pessoa. Bhakti causa bhakti. E assim se
conclui que bhaktitem natureza independente e auto-manifesto.
H uma declarao: ya ken py atibh gyena j ta raddho `sya sevane, "a
pessoa que adquire f no servio ao Senhor por extrema boa fortuna..." Mas aqui
devemos compreender o signif icado da palavra atibh gyena(extrema boa fortuna)
como sendo o ato de alcanar a misericrdia do devoto (bhakta-k ruya), que
supera a boa fortuna devido a atividades piedosas ( ubha-karma). No devemos
considerar impossvel que um devoto conceda sua misericrdia sem esperarprimeiro pela ordem do Senhor. Ao aceitar a subservincia ao Seu devoto, o
Senhor lhe garante o poder de conceder a Sua misericrdia (sva-k p akti ) dando
proeminncia ao devoto. Apesar de o Senhor como o Param tm observar as
atividades sensoriais dajva, o resultado de suas atividades passadas, Ele concede
misericrdia especial aos Seus devotos (sva-pras da). Como est declarado no
Bhagavad-git : mat-pras d t par anti ... (Bg. 18.62) e mat-sa sth m
adhicchati... (Bg. 6.15), o prprio K a fala da Suapras da, ou miseri crdia, comosendo a maneira de alcanar a paz suprema e a Sua morada eterna. Estapras da
assume a forma do Senhor dando ao Seu devoto o poder de conferir aos outros a
prpria k pa- akti ou misericrdia do Senhor. Em outras palavras, recebemos a
misericrdia do Senhor atravs da misericrdia do devoto que a concede, como j
foi explicado.
-
Por centenas de citaes das escri turas tais como: svecch vat ra caritair..., "o
Senhor aparece e age por Sua vontade suprema... " (SB 4.8.57), svecch mayasya...,
"por Sua vontade suprema..." (SB 10.14.2), aceita-se que o Senhor aparece por Sua
vontade. No entanto, pela viso comum, algum pode dizer que Ele vem Terra
para aliviar a carga malfica, estabelecer os princpios religiosos etc.
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Do mesmo modo, s vezes se diz que os deveres prescritos feitos sem
moti vaes pessoais (ni k ma-karma) e outras atividades piedosas so as portas de
bhakti. No h defeito nestas afi rmativas. Mas o rmad Bh gavatam diz:
ya na yogena sakhyena
d na-vrata-tapo-'dhvarai
vy khy -sv dhy ya-sanny sai
pr pnuy d ya nav n api t
"Mesmo que algum se dedique com grande empenho ao sistema de
yoga mstica, especulao filosfica, caridade, votos, penitncias,sacrifcios ritualsticos, ensino de mantras vdicos aos outros, estudo
dos Vedas ou ordem de vida renunciada, ainda assim no pode Me
alcanar." (SB 11.12.9)
Apesar de caridade, austeridades e outras atividades piedosas serem
claramente negadas como as verdadeiras causas de bhakti, em outro verso do
rmad B gavatam est dito que:
d na-vrata-tapo-homa
japa-sv dhy ya-sa,yamai
reyobhir vividhai c nyai
k e bhaktir hi s dhyate
"O serv io devocional ao Senhor K a alcanado por caridade, votos
estritos, austeridades, sacrifcios de fogo, japa, estudo dos textos
vdicos, observncia de princpios regulativos, e, na verdade, por outras
prticas auspiciosas."(SB 10.47. 24)
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No entanto, esta declarao se refere ao bhaktino modo da bondade material
(s ttviki-bhakti), que um membro do sistema dej na , e no transcendental. O
verdadeiro bhakti um membro de prema (nirgua-prema-bhakti) e
transcendental. Claro que algumas pessoas iro dizer que caridade significa dar a
Vi u e aos vai avas, vrata, ou austeridades, significam votos como o de ekada ,
e tapa significa renunciar gratificao dos sentidos para alcanar o Senhor.
Portanto, estas atividades so todas membros (agas) de s dhana-bhakti. Dizer
que se alcana bhaktipelas agasno est errado, isso s quer dizer que s dhana-
bhakti causa s dhya-bhakti (estado de perfeio), bhakty saj tay bhakty (SB
11.3.31). Desta maneira, a natureza imotivada de bhakti novamente evidenciada e
todos os pontos contraditr ios foram destacados.
reya-s ti bhaktim udasya te vibho
kli yanti ye kevala-bodha-labdhaye
te m asau kle ala eva i yate
n nyad ya h sthla-tu vagh tin m t
"Meu querido Senhor, o servio devocional a Voc o caminho semrival para a auto-realizao. Se algum abandona este caminho e se
dedica ao cultivo de conhecimento especulativo, simplesmente ir se
submeter a um processo problemtico e no alcanar o resultado
desejado. Assim como uma pessoa que bate a casca de arroz vazia no
pode obter o gro, quem simplesmente especula no pode alcanar a
auto-realizao. O seu nico ganho aborrecimento." (SB 10.4.4)
tyaktv sva-dharma cara mbuja harer
bhajann apakvo `tha patet tato yadi
yatra kva v bhadram abhd amu ya ki
ko v rtha pto bhajat sva-dharmata
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"Quem abandona as suas ocupaes materiais para se dedicar ao servio
devocional ao Senhor s vezes pode cair enquanto est no estado
imaturo, no entanto no existe perigo de ele ser mal-sucedido. Por outro
lado, um no-devoto, apesar de estar completamente dedicado a
dharma, no ganha nada com isso." (SB 1.5.17)
purcha bhman bahavo pi yoginas
tvad-apiteh nija-karma-labdhay
vibudhya bhaktyaiva kathopantay
prapedire 'jo yuta te gati par m
" Senhor todo-poderoso, no passado muitos yogs neste mundo
alcanaram a plataforma do servio devocional somente depois de
oferecerem-Lhe todos os seus esforos. Atravs deste servio
devocional, aperfeioado pelo processo de ouvir e cantar sobre Voc,
eles chegaram a compreend-lO, Pessoa Infalvel, puderam render-se
a Voc com facilidade e alcanaram a Sua morada suprema." (SB 10.14.5)
Estes versos confirmam que os caminhos de j na, karmae yoga so
completamente dependentes de bhakti para atingirem suas metas. No entanto, o
caminho de bhakti nunca dependente, nem um pouco, de j na, karmaou de
yogapara atingir a sua meta,prema. E o Senhor ainda declara:
tasm n mad-bhakti-yuktasya
yogino vai mad- tmana
na j na na ca vair gya
pr ya reyo bhaved iha
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"Portanto, para o devoto que est dedicado ao Meu servio amoroso,
com a mente fixa em Mim, j na e vai r gyageralmente no so
benfi cos para alcanar a perfeio neste mundo." (SB 11.20.31)
dharm n santyajya ya sarv n
m bhajeta sa tu sattama
"Quem abandona todos os caminhos e simplesmente Me adora o
melhor entre os homens." (SB 11.11.32)
Estes e muitos outros versos provam a completa independncia de bhakti. Oque mais preciso dizer? Bhakti essencial para dar os resultados da prtica de
j na, karmaeyoga, mas bhaktino nem um pouco dependente destas prticas
para atingir a sua meta. As escrituras declaram:
yat karmabhir yat tapas
j na-vair gyata ca yat
yogena d na-dharmeareyobhir itarair api
sarva mad-bhakti -yogena
mad-bhakti labhate 'jas
svarg pavarga mad-dh rma
kathacid yadi v chati
"Tudo o que alcanado atravs de karma, tapa, j na, vair gya, yoga,
caridade, e todos os outros deveres para o aperfeioamento da vida,
facilmente alcanado pelo Meu devoto atravs do servio devocional. Se
de uma maneira ou de outra o Meu devoto deseja ser promovido para
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os planetas celestiais, ou deseja a liberao, ou a residncia em Minha
morada, ele alcana estas bnos facilmente." (SB 11. 20.32-3)
bhagavad-bhakt i-hnasya
j ti stra japas tapa
apr asyaiva dehasya
ma ana loka-rajanam
"Sem devoo ao Senhor, bom nascimento, conhecimento das escrituras,
canto de mantras e a realizao de austeridades so como decorar um
corpo morto para o prazer das pessoas comuns." (Hari-bhakti-sudhodaya 3.11.12)
Desta maneira, sem bhakti, todos estes esforos so infrutferos. Assim
como o corpo depende da presena da alma, a prpria vida de j na, karmae
yogadependem da extremamente elevada Bhakti-dev.
Alm do mais, a dependncia de karma, j nae yogadas condies de
pureza, local, tempo, candidato, materiais e do procedimento famosa nasescri turas. Isso no se aplica a bhakti:
na de a-niyamas tatra
na k la-niyamas tath
nocchi dau ni edha ca t
rharer n mni l ubdhaka
" caador, para se cantar o nome do Senhor no h restries referentes
a local, tempo, pureza e tudo mais." (Vi u Dharma)
Na verdade, bhakti famosa por sua independncia completada:
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sak d api parigita raddhay hetay v
bh guvara nara m tr a t rayet k a n ma
" Bh guvara, o nome de K a cantado uma nica vez, com f ou
convico completa, pode liberar qualquer pessoa." (Padyaval, 26
citado do Skanda Pur a, Prabh sa Ka a)
Portanto, bhakti no depende da pureza do lugar, tempo, e nem mesmo de
prtica. No possvel se dizer a mesma coisa de karma-yoga, onde at mesmo a
mnima falha um grande obstculo para o progresso.
mantro hna svarato varato v
mithy prayukto na tam artham ha
yathendra- atru svarato par dh t
sa v ga vajro yajam na hinasti
"Se um mantra entoado ou pronunciado incorretamente, no apenasele ineficaz, como pode agir como um raio para a pessoa que pretende
o resul tado do sacri fcio. Como quando Tva ta desejou criar o inimigo
de Indra, ele cometeu um leve equvoco na pronncia das palavras
indra- atrudurante o yaja. Estas palavras ento funcionaram como
um raio para V tr sura, que foi morto por Indra." (Paniniya ik a, 52)
A necessidade de pureza interna (pureza de corao) para a prtica de
j na-yoga bem conhecida. A pureza de corao surge da prtica de karma-yoga
sem desejos pessoais. Portanto, a entrada em j na-yoga sempre dependente de
ni k ma-karma-yoga. E se acidentalmente algum que praticaj na-yogacomente
um pequeno ato indigno (dur c ra ) o stra o condena como um v nt , um
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comedor de vmito: sa vai v nt y apatrapa(SB 7.15.36). Quando vistos sob este
prisma, Ka sa, Hinayaka ipu e R vaa, apesar de serem j ns, no ficaram
famosos comoj nsdevido sua m conduta.
Por outro lado, no caminho de bhakti, apesar de algum poder ser atacado
pela luxria ainda assim possui a qualificao (adhik ra ) para iniciar a prtica.
Apenas por praticar bhaktia luxr ia e as outras impurezas vo sendo destrudas.
vikrita vraja-vadhbhir ida ca vi u
raddh nvito nu uy d atha va nayed ya
bhakti par bhagavati prati labhya k ma
h d-rogam v apahinoty acitea dhra
"Qualquer um que oua ou que descreva com f as atividades
brincalhonas do Senhor com as gopsde V nd vana, tendo alcanado o
servio devocional puro ao Senhor, rapidamente se torna sbrio e
conquista a luxria, a doena do corao." (SB 10.33.39)
Aqui, pela conjugao do verbopratilabhya(tendo alcanado) fica claro quebhakti se manifesta primeiro enquanto ainda existem desejos luxuriosos no
corao. Ento, depois que ela se manifesta, os desejos luxuriosos vo sendo
eliminados. Isso ocorre porque bhakti supremamente independente (parama-
svatantra). Alm do mais, apesar de s vezes impurezas como k maaparecerem no
corao do devoto, as escrituras declaram:
api cet su-dur c ro
bhajate m m ananya-bh k
s dhur eva sa mantavya
samyag vyavasito hi sa
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"Mesmo que algum cometa aes das mais abominveis (su-dur c ra ),
se estiver ocupado em servio devocional deve ser considerado santo
porque est devidamente situado em sua determinao." (Bg. 9.30)
b dhyam no pi mad-bhakto
vi ayair ajitendria
pr ya pragalbhay bhakty
vi ayair n bhibhyate
"Meu querido Uddhava, se o Meu devoto ainda no conquistou
completamente os sentidos, ele pode ser agitado por desejos materiais,mas devido sua devoo inabalvel a Mim, ele no ser derrotado pela
gratificao dos sentidos." (SB 11.14.18)
Atravs destas evidncias fica claro que os stras nunca condenam tais
devotos que iniciam o caminho de bhakti, mesmo que eles ainda estejam sendo
afetados pela luxria e outras falhas. Os servos de Vi u julgaram A j mila como
sendo um devoto, mesmo Aj mila proferindo o nome do Senhor por afeio aofi lho, sem inteno devocional. Apesar do canto de pessoas como A j mi la ser
n m bh sa (canto impuro), pela luz das escrituras essas pessoas so
universalmente louvadas como devotas.
Portanto, fica evidente que pureza interna, pureza de local e de materiais, so
necessrias para se obter resultados em karma, j nae yoga. A sua falta ou
qualquer outra falha far com que o praticante encontre obstculos no progresso
em seu caminho. Alm do mais, karma, j naeyogasempre dependem de bhakti,
que na verdade quem concede os resultados nestes caminhos. Bhak i
independente e no nem incrementado e nem obstrudo por nada mais.
t
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Tambm diramos que s as pessoas ignorantes dizem que bhakti apenas
um meio de se alcanarj na , pois os strasdeclaram com a maior nfase a super-
excelncia de bhaktiat mesmo sobre a meta final dej na, mok a :
mukti dad ti karhicit sma na bhakti-yogam
"O Senhor concede a liberao com muita facilidade, mas no bhakti."
(SB 5.6.18)
mukt n m api siddh n
n r yaa-par yaasudurlabha pra ant tm
koi v api mah -mune
" grande sbio, entre muitos milhes de pessoas liberadas e perfeitas
em j na , um devoto do Senhor N r yaa, que completamente
pacfi co, extremamente raro." (SB 6.14.5)
O prprio Senhor todo-poderoso, ao se encarnar como Upendra (o irmo
mais novo de Indra), fez Indra ser Seu superior e ento lhe concedeu todo o apoio.
Almas altamente eruditas realizaram que esta a exibio de Sua misericrdia
insupervel, ao invs de uma posio inferior. Da mesma maneira, se j na s
vezes parece ter uma posio superior a bhakti, s porque bhakti
misericordiosamente faz o papel de sua assistente. Bhakti, apesar de
transcendental e supremamente independente, aceita o modo material da bondade
(s ttviki-bhakti) e se torna um membro dej na , apenas para lhe dar apoio.
Bhakty saj tay bhakty (SB .11.3.31), o f ruto de s dhana-bhaktiprema-
bhakti, que por si s a coroao de todos os ideais humanos (puru tha-mauli ).
Portanto, a toda-penetrante, toda-atrativa, concessora de toda a vida, super-
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excelente, supremamente independente e a natureza auto-manifesta de uma
energia muito elevada, Bhakti-dev, surge do prprio Senhor, e foi descrita
sucintamente. Se algum prefere outro processo para o avano espiritual alm de
bhakti, deve ser considerado carente de todo bom senso. O que mais pode ser dito?
Se algum rejeita o caminho de bhaktias escrituras no o consideram como sendo
um ser humano: ko vai na seveta vin naretaram. "Apenas um no-humano
poderia recusar servir ao Senhor."
Assim termina o Primeiro Aguaceiro de Nctar do M dhurya K dam bin , deautoria de Mah mahop dhy ya rmad Vi van tha Cakravartentitulado "A
Super-excelncia de Bhakti."
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SEGUN DO A GUA CEIRO DE N CTARESTGIOS DE BH A KTI : DE RA DDH A SA DH U-SA GA E DA A BH A JA N A -
KRIY E A S DIV ISES DE BH A JA N A -KRIY Neste trabalho no iremos encontrar uma dissertao sobre o dualismo e
sobre o monismo, mas quem desejar ouvir sobre isso poder consultar um outro
trabalho denominado Ai varya K dambin(infelizmente esta obra j no
encontrada, e ela no deve ser confundida com um trabalho com o mesmo nome
escrito pelo seu ik adiscpulo, rla Baladeva Vidy bhaa, que trata de outro
tema).
O bhaktipuro no est misturado com karmaej na e como uma rvoredos desejos aparecendo no campo dos sentidos. Este tipo de bhakti o refgio de
devotos afortunados que fazem o voto determinado (dh ta-vrata) de nunca
procurar outros frutos alm de bhakti, como as abelhas que vivem obcecadas pelo
desejo de saborear apenas nctar (madhu-vrata). A vida desta rvore dos desejos
o servio favorvel ao prazer transcendental do Senhor (anuklya). Como uma
pedra filosofal, a prpria presena de bhakti faz o corao e os sentidos irem
perdendo gradativamente as suas qualidades materiais impuras, como as do ferro,e irem adquirindo as qualidades espirituais puras, como as do ouro. A recm-
brotada rvore de s dhana-bhakti desenvolve duas folhas voltadas para cima. A
primeira delas chamada kle aghn(alvio de todo tipo de aflies materiais) e a
segunda chamada ubhad (incio de toda a auspiciosidade).
A superfcie interna destas duas folhas (como uma planta germinando est
apontando para cima, as superfcies superiores das folhas esto de face uma para
outra, portanto viradas para fora e as suas superfcies inferiores voltadas para fora)
o domnio de um rei chamado r ga (r ga-bhakti) e muito lisa, sinal de ter
nascida da cobia espontnea por tudo o que pertinente ao Senhor. Sua natureza
superior devida afeio pura e imotivada pelo Senhor:
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ye m aha pr iya tm suta ca
sakh guru suh do daivam i am
"Eu sou o seu filho querido, amigo, preceptor, bem-querente e Senhor
amado." (SB 3. 25.38)
A superfcie externa das folhas, governada por outro rei chamado vaidha
(vaidhi-bhakti), um pouco spera, sinal de ter sido gerada da obedincia s
regras das escrituras. Ela um pouco inferior, uma vez que a afeio espontnea
pelo Senhor est ausente, pois o relacionamento com o Senhor est misturado com
temor e venerao:
tasm d bh rata sarv tm
bhagav n varo harih
rotavya krt itavya ca
smartavya cecchat bhayam
r
r
" Park it, desta maneira, quem deseja se tornar destemido deve ouv irsobre Mim, Me glorificar e se lembrar de Mim como a Super-alma, a
Suprema Personalidade de Deus, o controlador supremo e o salvador de
todas as misrias." (SB 2.1.5)
No entanto, tanto gaquanto vaidhiso sintomas quase iguais de kle aghn
(alvio de todos os tipos de aflies materiais) e ubhad (incio de toda a
auspiciosidade).
Existem cinco tipos de kle a que so destrudos por bhakti: avidy , asmit ,
ga, dve a, abhinive a. Kle asignifica literalmente sofrimento ou aflio, mas
aqui esta palavra pode ser usada no sentido de causas do sofrimento. Estas causas
esto descri tas no Yoga Stras de P tajali , no terceiro strado S dhana P da, que
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explica que na verdade existem cinco causas diferentes de avidy (ignorncia).
Delas surge a tendncia a agir correta ou incorretamente, causando religio e
irreligio e desta maneira atividades piedosas ou pecaminosas. De acordo com a
reao (pr rabha) destas atividades piedosas ou pecaminosas, nos deparamos com
a feli cidade ou com o sofrimento.
Av idya : ignorncia; confundir o que temporrio como sendo permanente, o que cheio de misria como sendo algo bem-aventurado, o que impuro com o que
puro e o que no o eu como sendo o eu .A sm it : falso ego; a identificao corprea de eu e meu e de aceitar somente apercepo di reta como sendo real.
R ga: apego; o desejo de obter felicidade material e de minimizar o sofrimento.D ve a: dio, averso infeli cidade ou s causas de infelicidade.A b h in iv e a: estar apegado instintivamente aos desfrutes corpreos e temer que amorte nos separe deles.
Os quatro efeitos do pecado, pr rabdha(maduro), apr rabdha(ainda no
frutificado), rha ou ka (repousando como semente) e bja (semente
germinando), tambm se incluem em kle a . Como os dois tipos de bhakti
erradicam kle a , analogamente ambos concedem ubha ou auspiciosidade. O
rmad Bh gavatam confirma:
yasy sti bhaktir bhagavaty akican
sarvair guais tatra sam sate sur
har v abhaktasya kuto mahad-gu
manorathen sati dh vato bahi
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"Todos os semideuses e todas as suas qualidades elevadas se
manifestam na pessoa que desenvolveu devoo pura pela Suprema
Personalidade de Deus. No entanto, como pode possuir alguma boa
qualidade quem no devoto e portanto conduzido pelos desejos
materiais da sua mente?" (SB 5. 18. 12)
ubha, ou auspiciosidade, consiste de qualidades como: desinteresse pelos
assuntos materiais, interesse no Senhor Supremo, cordialidade, misericrdia,
compaixo, humildade, simplicidade, equanimidade, tolerncia, sobriedade,
respeitabilidade, veracidade e generosidade (durvi aya-vai ya, bhagavad-vi aya-sa ya, anuklya, k pa, k am , satya, s ralya, s mya, dhairya, g mbhrya,
manadatva, am ni tva, sarva-sbhagatva).
bhaktir pare nubhavo viraktir
anyatra cai a trika eka-k la
prapadyam nasya yath nata syus
tu i pu i k ud-ap yo nu-gh sam
"Devoo, experincia direta do Senhor Supremo e desapego; estas trs
coisas ocorrem simultaneamente para quem se refugia na Suprema
Personalidade de Deus, da mesma maneira que o prazer, a nutrio e o
alvio da fome ocorrem simul taneamente e de maneira crescente, a cada
bocado, para uma pessoa que est comendo." (SB 11. 2. 42).
Por este verso podemos compreender que os dois sintomas (destruio da
ignorncia e aparecimento de boas qualidades) ocorrem simultaneamente. Assim
como existe alguma diferena no grau de desenvolvimento de duas folhas, h uma
distino no passo do desaparecimento de qualidades indesejveis (a ubha) e no
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do aparecimento das qualidades auspiciosas ( ubha). Desta maneira bhakti se
desenvolve em estgios graduais especficos. Apesar de serem muito sutis e
difceis de se notar, os sbios determinaram estes estgios atravs do escrutnio dos
vrios sintomas.
Primeiro, o aspirante a devoto desenvolve raddh , ou f. raddhasignifica
confiar firmemente nas escrituras que versam sobre bhakti. Tambm significa ter
um desejo legtimo de seguir estusiasticamente as atividades descritas nas
escrituras para o avano na vida devocional (s dhana). Estes dois tipos de f
podem ser tanto do tipo espontneo (sv bh viki ) quanto a despertada pela
insistncia da pregao de outra pessoa (bal dutp dit ).
De qualquer maneira que ela se desenvolva, a f faz com que o aspirantebusque refgio nos ps de ltus do Guru, e faz com que o aspirante indague ao
Guru qual a conduta correta a ser seguida (sad c ra ). Por seguir as instrues do
Guru, ela alcana a boa fortuna de ter relaes afetuosas com devotos da mesma
ndole e a associao com devotos realizados (s dhusaga).
Em seguida vem bhajana-kriy , e o aspirante comea a praticar diferentes
tipos de atividades devocionais. Estas tambm so de dois tipos: instveis
(ani hat ) e estveis (ni hat ). O servio devocional instvel progrideapesentando seis estgios: falsa convico (uts ha-may), esforo espordico
(ghana-taral ), indeciso (vyu ha-vikalp ), esforo com os sentidos (vi aya-taral ),
falta de capacidade para manter os votos (niyam k am ) e tendncia a desfrutar
das facilidades oferecidas por bhakti(taraga-ragii).
U t s h a-m ay um menino brmane que acabou de iniciar o estudo das escriturasacha que se tornou um acadmico erudi to, digno de ser louvado por todo mundo.
Analogamente, uma pessoa que est bem no incio do servio devocional pode ter
a ousadia de pensar que j mestre em tudo. Isso chamado uts ha-may, ou o
orgulho provocado pelo entusiasmo.
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Ghana- taral : o mesmo menino s vezes se aplica muito nos estudos, e outrasvezes, devido sua falta de habilidade de compreender as escrituras ou por falta
de verdadeiro gosto em estud-las, ele fica negligente. Da mesma maneira, um
devoto nefito s vezes pratica as diferentes formas de servio devocional e outras
vezes as negligencia. Sendo s vezes diligente e outras vezes negligente, seu
esforo chamado ghana-taral (condensado-diludo).
Vydha-v ika lp : "Ser que devo apenas desfrutar a vida familiar alegremente,fazendo a minha esposa e fi lhos conscientes de K a e adorando a Deidade? Ou
devo abandonar tudo e ir para V nd vana para me aperfeioar e dedicar tudo o
meu tempo em ouvir e cantar sem distraes? Devo aguardar pelo estgio final,depois de desfrutar todo tipo de prazeres, e acabar chegando a concluso de que
todo o mundo material apenas uma floresta em chamas de afl ies? Ou melhor
que renuncie a tudo agora mesmo? Considere estes versos:
t m k et mano m tyu t nai kpam iv v tam
"A associao com mulheres o caminho da morte, como um pooprofundo oculto pela relva." (SB 3.31.40)
yo dustyj n d ra-sut n suh d r jya h di-sp a
jahau yuvaiva malavad uttam loka-l lasa
"Aqueles apegos que so muito difceis de abandonar, esposa bonita,
filhos obedientes, amigos devotados, vasto imprio tudo o que o
corao deseja Mah r ja Bharata os abandonou como excremento
mesmo em sua juventude devido sua atrao pela Suprema
Personalidade de Deus, Uttama loka." (Bh g. 5.4.43)
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Ento eu devo abandonar a incerta vida fami li ar ainda jovem? Por outro lado,
no apropriado renunciar imediatamente. Ser que devo esperar pela morte dos
meus pais idosos antes de renunciar?
aho me pi tarau v ddhau bh ry b l tmaj tmaj
an th m m te dn katha jvanti dukhit
"Ora! Meus pais esto velhos e minha esposa est com uma criana de
colo e outros filhos ainda menores. Sem eu eles no tero proteo e iro
sofrer insuportavelmente. Como eles vo viver sem mim?." (SB 11.17 57)
Alm do mais, se algum abandona a famlia antes de estar farto dela, sua
mente ficar constantemente residindo na vida familiar, mesmo aps a renncia.
at ptas t n anudhy yan
m to ndha vi ate tama
"Estando insatisfeito e sempre pensando nos membros familiares, elemorre e entra na mais escura ignorncia." (SB 1.17.58)
Por estas declaraes do Senhor, posso perceber que no possuo fora para
renunciar. Portanto, de agora em diante s vou trabalhar para manter o meu corpo
vivo. Mais tarde, depois de satisfazer os meus desejos, irei para V nd vana e me
dedicarei a adorar o Senhor vinte e quatro horas por dia. Alm do que, as
escrituras salientam que:
na j na na ca vair gya
pr ya reyo bhaved iha
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"J na e vai r gyano so benficas na prtica do servio devocional."
(Bh g.11.20. 11)
De acordo com este verso, a renncia uma falha para o cultivo de bhakti.
No entanto, se ela surge como efeito de bhakti, esta renncia no uma falha, mas
um efeito (anubh va) de bhakti e est subordinada a ele. claro, h a lgica
(ny ya ):
yad yad ramam ag t sa bhik ukas
tad tad anna paripram aika ata
"Em qualquer rama que o sanny sviva, ele sempre obtm mais
do que o suf iciente para comer".
Na vida renunciada no h preocupao quanto manuteno, portanto acho
que devo renunciar. Mas por outro lado:
t rt
vad r g daya sten s t vat k -g ha g ham van moho 'ghri-niga o y vat k a na te jan
"Meu querido Senhor K a, at que as pessoas se tornem Seus devotos,
os seus apegos materiais permanecem como ladres, suas casas como
prises e os seus sentimentos de afeio pela famlia permanecem como
grilhes." (SB 10.14.36)
A vida familiar s uma priso para aqueles que so apegados. Para um
devoto, no h nada de mal na vida familiar. Portanto, devo permanecer em casa
dedicado a cantar, ou em ouvir, ou seria melhor me dedicar ao servio? Como
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Ambara Mah r ja permaneceu como chefe de famlia e realizou todas as agas
de bhakti, deverei fazer a mesma coisa.
E desta maneira a mente passa o tempo vacilando entre a vida de renncia e a
vida familiar considerando diferentes opinies. Isso chamado vydha-vikalp ,
ou especulao extensiva.
Vi aya-sagar :vi ay vi ta citt n
vi v ve a sudrata
v rudig gata vastu
vrajannaindr kim pnuy t
"Aquele cujo corao est absorto no materialismo, est longe de
alcanar a devoo a Vi u. Um homem que se di ri ge para o leste pode
alcanar algo que est a oeste?"
Ao ver que o desfrute material o est arrastando e comprometendo sua
determinao em serv ir a K a, o devoto resolve renunciar aos seus hbitosmundanos e buscar abrigo no santo nome. Mas muitas vezes a sua tentativa em
renuncicar acaba fazendo-o desfrutar daquilo que ele est tentanto renunciar. Uma
pessoa assim exemplificada no rmad Bh gavatam:
j ta- raddho mat-kath su nirvia sarva-karmasu
veda dukh tmak n k m n parity ge py ani vara
"Tendo despertado f nos tpicos sobre Mim, o Meu devoto fica
desgostoso com as atividades materiais, sabendo que a gratificao dos
sentidos conduz misria. No entanto, apesar de tentar, ele incapaz de
abandonar os desejos materiais que s trazem misrias. Mas,
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arrependendo-se de tais atividades, ele deve Me adorar com amor, f e
firme convico." (SB 11.20.27-8)
Esta contnua batalha com os seus desejos por gratificao sensorial devido
aos hbitos anteriores, onde s vezes ele se depara com a vitria e s vezes com a
derrota, chamada vi aya-sagar , ou esforo com prazer sensorial.
N iyak am : Ento o devoto poder decidir: "De hoje em diante vou cantar umdeterminado nmero de voltas de japa e irei prestar umas tantas reverncias.
Tambm irei prestar servios para os devotos. No vou falar mais nada a no ser
sobre o Senhor e vou abandonar toda a associao com pessoas que falam assuntosmundanos." Apesar de o devoto fazer este tipo de resoluo todos os dias, ele no
capaz de cumpri-la. Vi aya-sagar a falta de capacidade de abandonar a
gratificao sensorial, enquanto que niyam k am a falta de capacidade de
incrementar o servio devocional.
Taraga-r agiFinalmente, bem sabido que a prpria natureza de bhakti seratrativa, assim muitas pessoas se tornam atradas pelo devoto, a morada de bhakti.E, como diz um velho adgio: "Por atrair o pblico a pessoa se torna rica", bhakti
cria inmeras oportunidades de ganho material, adorao e de posio destacada
(l bha, pja, prati th ). Estas so as ervas daninhas em volta da trepadeira de
bhakti. Buscar o prazer individual (raga) junto a estas facilidades que so como
ervas daninhas, que so pequenas marolas (taraga) no oceano de bhakti,
chamado taraga-ragi, ou o deleite nas facil idades materiais.
Assim termina o Segundo A guaceiro de Nctar do M dhurya K dambin, por
Mah mahop dhy ya rmad Vi van tha Cakravart, enti tulado "Estgios de
Bhakti de raddh a S dhu-saga e da para Bhajana-kriy e as Divi ses de
Bhajana-kriy ."
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TERCEIRO AGU A CEIRO DE N CTA RA LIV IA N DO OS ELEM EN TOS IN A USPICIOSOS
Depois de bhajana-kriy o prximo passo anartha-niv tti, ou a limpeza dos
hbitos indesejveis que obstruem o progresso de bhakti. Quanto sua origem os
anarthas podem ser de quatro tipos: os que surgem dos pecados passados
(du k totth ), os que surgem das atividades piedosas passadas (suk toth ), os que
surgem de ofensas (apar dhotth ) e os que surgem de bhakti(bhaktyutth ).
Anarthas d ev id o a ativ id ades passadas pecam in osas e pi ed osasOs anarthas que surgem das atividades pecaminosas passadas caem na
categoria dos cinco tipos de kle asmencionados anteriormente: ignorncia, falso
ego, apego, repdio e medo da morte. Os anarthasque surgem das atividades
piedosas so os desejos dos desfrutes que se originam das atividades piedosas e o
desejo de liberao. Alguns sbios tambm incluem os anarthasque surgem das
ativ idades piedosas entre os cinco tipos de kle as.
Anarthas devido a ap ar d haOs anarthasque surgem de apar dhareferem-se queles devido a n ma-
aparadhas, mas no os devido a sev -apar dhas, tais como entrar no templo num
palanquim e com sapatos. Os c ryas chegaram concluso que estas sev -
apar dhasso usualmente ineficazes por serem anuladas pelo cantar do nome,
pela recitao de oraes que tm o poder de anular os seus efeitos e pelo servio
constante. A dedicao constante a estas atividades praticamente queima o broto
do efeito de sev -apar dha. No entanto, se algum no for cuidadoso e tomar
vantagem de estar sendo protegido dos efeitos de sev -apar dhadevido a estas
atividades, a sev -apar dhase transforma em n ma-apar dha, um anarthaque vai
obstruir o seu progresso. Ele passa a ser culpado da n ma-apar dhade cometer
atividades pecaminosas apoiando-se na fora de cantar o santo nome: n mno bal d
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yasya hi p pa-buddhir. A palavra n maneste verso representa todas as agasde
bhakti que destroem anarthas, pois o santo nome o aga principal. At mesmo
segundo o dharma- stra(escrituras que versam sobre os cdigos de karma), no
se deve cometer atividades pecaminosas apoiando-se no poder de pr ya ci tta
(medidas expiatr ias), pois caso o faa, ir incrementar o efeito do pecado ao invs
de destru- l a.
Agora considere o poder destas citaes das escrituras:
na hy agopakrame dhva so
mad-dharmasyoddhav v api
may vyavasita samyanirguatv d an a i
" Uddhava, como Eu o estabeleci pessoalmente, o caminho do servio
devocional transcendental e livre de toda motivao material.
Certamente um devoto nunca sofre sequer a mnima perda ao adotar
este caminho." (SB 11.29.20)
vi e ato da arno a japa-m trea siddhid
"Este mantrade dez slabas confere toda a perfeio simplesmente por
recit-lo."
Negligenciar ou falhar em completar alguns dos agas de bhakti produz
n ma-apar dha? Nunca! Cometer atividades pecaminosas apoiando-se na fora de
cantar os santos nomes indica cometer pecados intencionalmente, pensando que o
poder das atividades devocionais anular os efeitos malficos das atividades
pecaminosas. Pecado significa agir de acordo com o que condenado pelas
escrituras e estas atividades requerem expiao. Ao contrrio do que ocorre no
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caminho de karma, onde os strascondenam a falha em executar o ritual com
perfeio, eles jamais condenam a falha em realizar todos os agasdo caminho de
servio devocional. Quanto a isso no h por que se temer uma ofensa:
ye vai bhagavat prokta
up y hy tma-labdhaye
aja pu sam avidu
v iddhi bh gavat n hi t n
y n sth ya naro r jan
na pram dyeta karhicitdh van nimlya v netre
na skhalen na pated iha
"At mesmo pessoas ignorantes podem vir a conhecer o Senhor
Supremo muito facilmente se elas adotarem estas medidas faladas pelo
prprio Senhor Supremo, o processo conhecido como bh gavata-
dharma, ou servio devocional Suprema Personalidade de Deus. rei,quem aceita este caminho de servio devocional nunca ficar confuso.
Ele pode at correr de olhos fechados, e ainda assim no estar sujeito a
cair." (SB 1.2.34-5)
Aqui a palavra nimlya (de olhos fechados) indica que a pessoa tem olhos
(no cega), mas que os fechou. A palavra dh van (correr) significa progredir
rapidamente, a passos largos, de maneira no-convencional. E na-skhaletsignifica
sem tropeos. Estes so os significados diretos. Este verso se refere pessoa que se
abriga no servio devocional e que est praticando os agas primrios. O
signi ficado que tal pessoa, apesar de conhecer todos os agas de bhakti, mesmo
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que negligencie alguns dos agassecundrios como um ignorante, jamais comete
qualquer apar dhae nem f ica pr ivado da meta final.
Fechar os olhos no significa ignorncia das escrituras (os rutie sm ti so
considerados os dois olhos), pois isso contradiz o significado direto. Fechar os
olhos e correr, ou deliberadamente negligenciar alguns agasde bhaktie buscar a
meta com ansiedade, no libera o devoto para cometer as trinta e duas sev
apar dhas. Como j salientamos, este verso se refere pessoa que se abrigou
sinceramente no processo de bhakti como indicado pelo prprio Senhor, e neste
caso no h a questo de sev -apar dhaintencional. Nunca se deve cometer as
trinta e duas sev -apar dhasdeliberadamente, comeando com entrar no templo
sobre um palanquim ou usando sapatos. Os s strascondenam claramente umapessoa que comete sev -apar dhadeliberadamente, concedendo-lhe a designao
de animal de duas pernas: harer apy apar dh n ya kury d dvipada-p ana.
-
Se as n ma-aparadh s, recentes ou antigas, forem cometidas
inconscientemente embora sua presena possa ser deduzida pelo seu efeito,
causando a falta de avano a pessoa deve cantar o santo nome constantemente.
Com este cantar ela vai ficando firme em bhaktie vai gradualmente neutralizando
as apar dhas. No entanto, se elas forem cometidas com pleno conhecimento, hnecessidade de alguns outros processos para sua remoo.
Vai ava e Guru ap ar d haS dhu-nind , ou criti car os vai avas, a primeira das dez ofensas contra o
santo nome. Nind tambm implica em animosidade, malcia e coisas do gnero.
Se por acaso ocorrer uma ofensa assim a pessoa deve se arrepender: "Oh, sou uma
pessoa de baixa classe, cometi uma ofensa contra uma pessoa santa!" Uma pessoa
queimada pelo fogo aliviada pelo fogo (segundo as tcnicas de tratamento
yurvdico). Por esta lgica, a pessoa deve anular a sua ofensa lamentando-se e
caindo aos ps do vai ava, satisfazendo-o por oferecer-lhe reverncias, louvores e
respeitos. Se o vai ava ainda assim ficar insatisfeito, a pessoa deve prestar-lhe
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serv ios favorveis, de acordo como o desejo do vai ava, durante mui tos dias. s
vezes a ofensa to grave que a ira do vai ava no acaba.
O apar dhi , num remorso extremado, julgando-se a pessoa mais
desafortunada e condenada a milhes de anos no inferno devido sua ofensa,
deve abandonar tudo e buscar abrigo completo em n ma-sakrtanaconstante. No
devido tempo o poder div ino do n ma-krtanacertamente livrar esta pessoa desta
ofensa. No entanto, a pessoa no deve se justi fi car dizendo: "O Padma Pur a
declara que: n m par dha-yukt n n m ny eva haranty agham santo nome
por si s capaz de liberar um ofensor (Brahma Kha a, 25.23). Portanto vou buscar
abrigo neste meio supremo de purificao. Qual a necessidade de me humilhar
oferecendo repetidas reverncias e servio ao vai ava que eu ofendi?" Este tipo dementalidade torna a pessoa culpada de mais apar dhas. E ningum deve pensar
que a ofensa de s dhu-nind discrimina entre tipos de vai avas. Ela no se refere
apenas a quem est plenamente qualificado com as virtudes mencionadas no
stra:s
k p lur ak ta-drohas
titik u sarva-dehin msatya-s ro navady tm
sama sarvopak raka
" Uddhava, uma pessoa santa misericordiosa e nunca injuria os
outros. Mesmo se os outros so agressivos ela tolerante e complacente
com todas as entidades vivas. A fora e o significado de sua vida vm
da prpria verdade, e ela est livre de toda a inveja e cimes, e sua
mente equilibrada na felicidade e na aflio materiais. Desta maneira,
ela se dedica o tempo todo em trabalhar para o bem dos outros." (SB
11.11.29)
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Uma pessoa nunca deve minimizar sua ofensa apontando algum outro
defeito do devoto. Quanto a isso o Padma Pur a diz: sarv c ra viv rjit
ahadhiyo vr ty jagadvacak "mesmo uma pessoa de mau carter,
desprovida de comportamento apropriado, uma pessoa trapaceira, desprovida de
sa sk ras e cheia de desejos mundanos, se for rendida ao Senhor, deve ser
considerada um s dhu." (Brahma Kh a, 25. 9-10) O que dizer ento de um
vai ava!
s vezes comete-se uma ofensa sria a um mah -bh gavata, mas ele no fica
irado devido sua natureza elevada. No entanto, o ofensor deve cair aos ps deste
devoto e ver uma maneira de satisfaz-lo para se purificar da ofensa. Apesar de o
vai ava poder perdoar as ofensas, a poeira dos ps de ltus dele no toleraofensas e concede os frutos da ofensa ao culpado. Por isso se diz que:
ser ya mah pru a-p da-p subhi r
nirasta-tejasu tad eva obhanam
"Aqueles que invejam santos elevados so certamente degradados pela
poeira dos seus ps de ltus." (SB 4. 4.13)
No entanto, no se pode aplicar regras convencionais para os poderosos,
espontneos e muito elevados mah -bh gavatas, que s vezes podem conceder a
sua imensurvel misericrdia at mesmo para as pessoas mais desprezveis ou
ofensivas. Por exemplo, apesar de Mah r ja Rahgana fazer Ja a Bharata carregar
o seu palanquim e o rei ainda censur-lo com uma srie de improprios, ainda
assim Ja a Bharata concedeu-lhe sua misericrdia. Analogamente, Cedir ja
Uparicara Vasu concedeu sua misericrdia aos daityasatestas e hereges que o
agredi ram como est relatado no Vi u-dharmottara Pur a. Uma vez Uparicara
Vasu foi amaldioado a ir para P t laloka, mas mesmo assim continuou fazendo
bhajana. Nessa ocasio os daityaso atacaram, mas o poder de suas armas foi
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ineficaz contra ele. Ento eles comearam a pregar atesmo acreditando que
poderiam prejudic-lo desta maneira. Vendo a determinao dos daityas em
prejudic-lo, Vasu lhes concedeu sua misericrdia e eles se tornaram devotos. Da
mesma maneira, rNity nanda mostrou Sua miseri crdia at para o muito
pecaminoso M dh i, que O feri ra na testa, causando sangramento.
Devemos considerar a terceira apar dha, ou guru-avaja, desrespeito ao
Guru, da mesma maneira que a primeira apar dha.
Equi v ocar-se com a posio de V i u, iv a e d os semi d eusesAgora iremos considerar a segunda apar dha, a de equivocar-se com a
posio de Vi u, iva e dos semideuses. Os seres conscientes (caitanya) so dedois tipos: independentes e dependentes. O Ser independente o Senhor todo-
penetrante (vara), e os seres dependentes so as partculas de conscincia,
energias do Senhor, que s permeiam os corpos individuais (jvas). vara-caitanya
de dois tipos: aquele que nunca tocado por m y e o outro que, para os
passatempos do Senhor, aceita o contato com m y . O primeiro tipo de vara
chamado por nomes como N r yaa e Hari :
r
har ir hi ni rgua s k t
puru a prak te para
sa sarva-d g upadra t
ta bhajan nirguo bhavet
"O Senhor Hari na verdade a Suprema Personalidade de Deus,
transcendental natureza material e no tocado pelos modos da
natureza. Ele a testemunha que tudo v. Quem O adora se libera dos
modos da natureza." (SB 10. 88.5)
O segundo tipo de va a chamado por nomes como iva.
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iva akti-yuta a vat, tri-lingo gua-sa v ta.
"O Senhor iva est sempre unido sua energia pessoal, aceita
voluntariamente as trs guas e parece estar coberto por elas. (SB
10.88.3)
Apesar de iva parecer estar coberto pelas guas, no devemos pensar que
ele pertence categoriajva, pois o Brahma-sa hita diz:
k ra yath dadhi vik ra-v i e a-yog t saj yate na hi tata p thag asti heto
ya ambhut m api tath samupaiti k ry d
govindam adi-puru a tam aha bhaj mi
"O iogurte uma transformao do leite, mas no leite e nem
diferente do leite que o origina. Adoro ao Senhor primordial, Govinda,
de quem o Senhor iva uma transformao similar para o trabalho dadestruio." (Brahma-sa hita, 5.45)
Os Pur as e outras escrituras s vezes glori fi cam o Senhor iva como vara.
Mas o rmad Bh gavatam expl ica:
sattva rajas tama iti prak ter guas tair
yukta para puru a eka ih sya dhatte
sthity- daye hari-virici-hareti sa j
rey si tatra khalu sattva-tanor n n syu
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"A transcendental Personalidade de Deus est associada indiretamente
com os trs modos da natureza - bondade, paixo e ignorncia - e
apenas para a criao, manuteno e destruio do mundo material
que Ele aceita as trs formas quali tativas de Brahm , Vi u e iva.
Destas trs, todos os seres humanos podem obter o benefcio final de
Vi u, a forma na qualidade da bondade." (SB 1.2.23)
Neste verso pode-se compreender que Brahm tambm pode ser considerado
vara. Mas devemos compreender a posio de Brahm como vara, como sendo
umajva investida de poder pelo Senhor Supremo (vara-ave a).
bh sv n yath na- akale u ni je u teja
svya kiyat prakaayati api tadvad atra
brahm ya e a jagad-a a-vidh na-kart
govindam di-puru a tam aha bhaj mi
"Adoro o primordial Senhor Govinda por cuja graa Brahm tem o
poder de criar o Universo, assim como o sol manifesta uma poro dasua prpria luz numa jia refulgente como a sryak nta." (Brahm -
sa hita, 5.49)
p rthiv d d ruo dhmas
tasm d agnis traymaya
tamasas tu rajas tasm t
sattva yad brahma-dar anam
"A madeira uma transformao da terra, mas a fumaa melhor do
que a madeira. O fogo superior fumaa, pois com ele podemos
realizar yaja. Analogamente, a paixo (rajas) melhor do que a
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ignorncia (tamas), mas a bondade (sattva) melhor porque com ela
possvel se realizar a Verdade." (SB 1.2.24)
Assim como a fumaa superior madeira, da mesma maneira o modo da
paixo superior ao da ignorncia. Mas assim como na fumaa no se pode
perceber o fogo, da mesma maneira na fumaa de rajo-gua, no se pode perceber
a refulgncia gnea do Senhor. No gneo modo da bondade pode-se quase perceber
diretamente a refulgncia pura do Senhor. Assim como o fogo est presente dentro
da madeira, apesar de no poder ser notado, assim tambm o Senhor est presente
de forma invisvel at mesmo no modo da ignorncia. Num sono profundo e sem
sonhos (su upt i ), a caracterstica de tamo-gua, experimenta-se uma felicidadequase similar felicidade da realizao do Senhor em Seu aspecto impessoal
(nirbheda-j na-sukha). Deve-se compreender as tattvas considerando-as desta
maneira.
Os seres conscientes que so dependentes do Senhor, as jvas, so de dois
tipos: aquelas que no esto cobertas pela ignorncia e aquelas que esto cobertas
pela ignorncia devat s, homens, animais. Asjvas que no esto encobertas
pela ignorncia so de dois tipos: aquelas que esto sob influncia da ai varya-aktido Senhor e as que no esto infl uenciadas por esta akti.
Aquelas que no esto sob a influncia da ai varya- akti so de dois tipos
principais: aquelas que praticam j na e imergem no Senhor (uma condio
lamentvel) e aquelas que praticam bhakti para permanecerem diferenciadas do
Senhor e saboreiam uma bem-aventurana nectrea (um estado no-lamentvel).
Aquelas que so inf luenciadas pela ai varya- akti tambm so de dois tipos: as que
esto absortas em j na pertencendo esfera espiritual e as que esto absortas na
criao e outras funes da esfera material. primeira classe pertencem seres
como os quatro Kum ras e segunda seres como Brahm e os semideuses.
Podemos considerar que Vi u e iva so no-di ferentes, sendo a mesma
vara-caitanya. No entanto, um devoto sem desejos materiais (ni k ma ) deve
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discernir quem digno de ser adorado ou no, baseando-se em nirguae sagua;
isto , sem qualidades materiais (Vi u) e em contato com as qualidades materiais
(iva, Brahm ). Sendo tipos diferentes de caitanya, Brahm e Vi u so
completamente di ferentes: Brahm uma jva e Vi u vara. s vezes os
Pur as descrevem Brahm e Vi u como sendo idnticos. Mas preciso que se
compreenda isso atravs do exemplo do sol e da jia sryak nta, que est
carregada com a luz do sol. A jia sryak nta, assim como uma lente, que rene os
raios do sol e manifesta o calor do sol queimando roupa e papel. apenas desta
maneira que se deve considerar Brahm como no-di ferente de Vi u. Em alguns
mah kalpas, at mesmo iva pode ser uma jva investida de poder pelo Senhor
como Brahm : kvacij jva vi e atva harasyokta vidher iveti. "Assim como nocaso de Brahm , s vezes umajvaassume o papel de iva."
Desta maneira iva s vezes classifi cado juntamente com Brahm e
portanto se diz:
yas tu n r yaa deva
brahma-rudr di-daivatai
samatvenaiva vk etasa p a bhaved dhruvam
"Aquele que considera Brahm , iva e os outros semideuses no mesmo
nvel do Senhor N r yaa certamente um atesta." (Hari-bhakti -vil sa
1.117, do Vai ava-tantra)
Aqueles que no conhecem bem o assunto dizem que Vi u o Senhor, no
iva; ou que iva o Senhor e no Vi u. Ou pensam: uma vez que sou um devoto
de Vi u no devo considerar iva e vice-versa. Absortos em tais argumentos estas
pessoas cometem n ma-apar dha. Se estes ofensores puderem ser iluminados por
algum devoto com o conhecimento exato sobre este assunto, eles podero realizar
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desta maneira que Vi u e iva so no-diferentes. Com esta realizao e por fazer
n ma-krtana, eles podem neutralizar a sua n ma-apar dha.
Desrespeito pelas escriturasruti- stra-nind a quarta ofensa. principalmente o desrespeito pelas
escrituras ruti, considerando que elas no mencionam nada sobre bhakti e que
portanto s so glorificadas pelas pessoas de mentalidade mundana. Neutraliza-se
esta ofensa usando-se a mesma boca que criticou o ruti, que prope karmae
j na , e elogiar repetidamente estas escrituras, bem como os praticantes do
processo descrito nestas escrituras (karmsej ns), e cantar o santo nome em voz
alta. O ofensor obtm alvio quando recebe a grande boa fortuna de compreendereste assunto de forma apropr iada atravs de um devoto erudi to. Para estas pessoas
que tm natureza independente, completamente cegas devido aos desejos
materiais e incapazes de praticar bhakti, os rutismuitos misericordiosamente
tentam faz-las aceitar a autoridade dos stras.
Devemos compreender que se comete e que se eliminam as outras seis
ofensas da mesma maneira.
Anarthas que sur gem d e bhakti.A seguir, os anarthasque surgem de bhakti. Assim como inmeras ervas
daninhas crescem junto da planta principal, juntamente com bhakti aparece a
riqueza e outras facilidades, adorao e o respeito que os outros nos conferem,
uma posio confortvel, adorao e fama ( bha, pj , prati h ). Estas ervas
daninhas crescem vigorosamente e invadem o corao do devoto com a sua
influncia, retardando o crescimento da planta principal a ser cul tivada, bhakti.
l
-
A nar tha-n iv t t i, anu lao d os anarthas
Cada um dos quatro tipos de anarthas tem cinco gradaes de anulao
(anartha-niv tti): limitada ou parcial (eka de a-v r tin), penetrante (bahu-de a-
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v rtini ), quase completa (pr yiki ), completa (pr ) e absoluta ( tyantik). Desta
forma a anulao dos anarthas que surgem de apar dhasocorre da seguinte
maneira. No incio das atividades devocionais (bhajana-kriy ) a anulao parcial
de acordo com a ny ya : a cidade queimada, a roupa puda (de acordo com a
lgica gr mo-dagdha pao bhagna, quando ouvimos dizer que uma cidade foi
queimada, podemos imaginar que alguma coisa dela ainda existe, ou se uma roupa
est puda, os trapos ainda devem existir). Por continuar a prtica, com o
aparecimento de ni h , a erradicao maispenetrante. Com o aparecimento de
rati, ou bh va , a erradicao quase completa. Com o aparecimento deprema, a
erradicao completa. Ao alcanar a associao com o Senhor, a erradicao dos
anarthas absoluta, sem possibilidade de eles reaparecerem.Portanto, se algum por acaso acha que h episdios em que os anarthas
voltaram mesmo aps se alcanar os ps de ltus do Senhor, deve abandonar este
tipo de pensamento da mente com a inteligncia. No caso de Citraketu, que j
havia alcanado os ps de ltus do Senhor, a sua mah -apar dhaacidental a iva
foi aparente, no verdadeira, pois no houve efeito deletrio devido ao seu
equvoco.
Tanto como um associado do Senhor, quanto como ao assumir a forma dodemnio V tr sura, a sua fortuna empremaainda era evidente.
A aparente ofensa de J ya e Vi j ya foi causada pelo desejo deles estimulado
por prema. Os dois tiveram o seguinte desejo: " Prabhu! Senhor dos senhores!
N r yaa! Voc est ansioso em desfrutar o prazer de lutar, mas alm de ns
todos so muito fracos para se opor a Voc. Apesar de sermos fortes, no somos
Seus inimigos. Faa-nos Seus inimigos, de uma maneira ou de outra, e desfrute da
felicidade de lutar. No podemos suportar qualquer lapso na Sua perfeio.
Diminua a Sua afeio por Seus devotos e por favor, satisfaa a orao dos Seus
servos fervorosos."
A erradicao dos anarthas que surgem das atividades pecaminosas
passadas a seguinte. Com a realizao de bhajana-kriy a erradicao quase
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completa, com o aparecimento de ni a erradicao completa e com o
aparecimento de saktiela absoluta.
A erradicao dos anarthas que surgem com bhakti a seguinte: com
bhajana-kriy a erradicao parcial. Com o aparecimento de ni h ela completa
e com o aparecimento de ruciela absoluta. Esta a concluso das sbias almas
auto-realizadas depois de considerarem completamente o assunto.
Algum pode argumentar que estes estgios de anartha-niv tti no se
aplicam aos devotos, citando centenas de versos do stra, tais como:
a ha sa harad akhi l a sak d
uday d eva sakala-lokasyatarair iva timi ra-jaladh
jayati jagan-magala harer n ma
"Assim como o sol nascente destri toda a escurido do mundo que
to profunda quanto o oceano, assim tambm ao se proferir o santo
nome todos os pecados so destrudos. Todas as glrias ao santo nome,
que concede toda a auspiciosidade para o Universo inteiro! (rrdharaSv m- Pady val, 16)."
na hi bhagavann agha itam ida
tvad-dar an n n akhi la-p pa-k aya
yan-n ma sakre chrava t
pukka o pi vimucyate sa s r t
" meu Senhor, simplesmente por v-lO nos livramos imediatamente de
toda a contaminao material. Isso no impossvel, porque se
meramente por ouvir o Seu santo nome apenas uma vez, at mesmo um
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ca la pode obter a liberao deste mundo material, o que dizer por
v-lO pessoalmente? (SB 6.16.44)"
Ou citando o caso de Aj mi la, onde ao proferir o nome do Senhor em n ma
abh saforam-lhe removidos todos os anarthase at mesmo avidy (ignorncia, a
causa pr imordial da pri so material) e ele obteve os ps de ltus do Senhor.
-
t
t
Tudo isso verdade. No resta dvida de que o santo nome tem este poder
inestimvel. Mas o santo nome, estando insatisfeito com as ofensas cometidas
contra ele, no manifesta o seu pleno poder ao ofensor. Esta a verdadeira razo
de continuarem as tendncias pecaminosas no ofensor. No entanto, os servos da
morte (yamadtas) no tm poder para atacar uma pessoa assim (como foi o casode Aj mila).
sak n mana k a-pad ravindayor
nive ita tad-gua-r gi yair iha
na te yama p a-bh ca tad-bha n
svapne pi pa yanti hi cra-ni k
"Apesar de no terem realizado K a completamente, as pessoas que
pelo menos uma vez se renderam completamente aos Seus ps de ltus,
fi cando de alguma maneira atradas pelo Seu nome, forma, qualidades e
passatempos, realizaram o verdadeiro mtodo de expiao. Estas
pessoas no iro se defrontar com Yama ou com os seus servos nem
sequer em sonhos." (SB 6.1.19)
Apesar disso ser verdade, elas no tm outro meio de purifi cao a no ser se
liberarem da n ma-apar dha. Na discusso das dez ofensas ao santo nome o
Padma Pur a diz:
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n mno bal d yasya hi p pa-buddhir
na vidyate tasya yamair hi uddhi
"Quem comete pecados apoiando-se na fora de cantar o santo nome
no pode ser purificado mesmo praticando as regras e regulaes de
yogapor mi lhares de anos." (Padma Pur a, Brahma Kha a, 25.16)
Neste verso a palavrayama(yamair) se refere s regras e regulaes (yama,
niyama) do yoga- stra. Em outras palavras, apesar do apar dhficar livre de
Yama, o senhor da morte,yamaou as outras medidas de purificao no podem
liber-lo do anartha.
O caso do ofensor que perde a misericrdia do santo nome similar ao de
um subordinado que perde o apoio de um amo altamente rico e poderoso por ser
ofensivo. Como resultado das ofensas o servo passa a sofrer de pobreza e de todo
tipo de aflies. Devemos ter em conta que todo amo (karma, j na, yoga)
negligencia um servo ofensivo. Porm, se o servo ofensivo corrige o seu
comportamento e retorna ao amparo do amo, o amo vai gradualmente
concedendo-lhe miseri crdia e o sofr imento desta pessoa vai sendo eliminado. Da
mesma maneira, o devoto ofensivo primeiro sofre algumas misrias. Assim que ele
volta a servir com sinceridade aos devotos, ao stra e ao Guru, o nome vai
gradativamente manifestando sua misericrdia e elimina todas as suas ms
propenses. Desta maneira ningum pode argumentar contra a eliminao gradual
dos anarthas.
A lgum pode argumentar que nunca cometeu qualquer apar dha, ento por
qual motivo no est obtendo a plena misericrdia do santo nome? No se deve
fazer declaraes como esta. Talvez ele no tenha cometido apar dhas
recentemente. Ele pode t-las cometido no passado, pois podemos deduzir a
presena de apar dhasatravs dos seus efeitos. O efeito que a pessoa no vai
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manifestar qualquer sintoma de prema ao realizar n ma-krtana, como est
descri to no rmad Bh gavatam:
tad a ma-sar h daya bateda
yad g hyam air hari-n ma-dheyai
t
na v ikriyet tha yad v ik ro
netre jala g tra-ruhe u har a
"Se ao cantar o santo nome no houver uma mudana no corao,
lgrimas nos olhos ou arrepios pelo corpo, tem-se certamente um
corao de ao." (SB 2.3.24)
Outra dv ida surge diante do seguinte verso do Bhakti -ras m ta-sindhu
sobre o tema de apar dha:
ke te par dh viprendra
n mno bhagavata k
v inighnanti n k tya pr k ta hy nayanti hi
" brmanes destacados, quais so as ofensas contra o santo nome do
Senhor que cancelam os resultados de todos as atividades piedosas e
que conduzem a uma concepo material at mesmo dos temas
espiri tuais?" (Padma Pur a, Brahma Kha a, 25.14)
Em outras palavras, por ouvir e cantar repetidamente sobre o nome,
qualidades, etc. do Senhor deve-se alcanar prema, por servir os trthas sagrados
alcana-se a perfeio e por saborear repetidamente o ghee, leite, btel e outros
tipos de pras dam do Senhor todos os desejos de gratificao sensorial sero
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destrudos. Ento, quais so as grandes ofensas que cancelam os frutos e que fazem
com que todas estas potentes atividades espirituais parecerem ser materiais? Esta
pergunta muito importante e preocupante. Se for assim, pode-se deduzir que a
pessoa que comete n ma-apar dhase torna contrria ao Senhor e portanto no
pode buscar abrigo no Guru ou praticar outras atividades devocionais?
Isso verdade. Assim como durante um ataque de febre alta h perda do
apetite e a pessoa se v impossibilitada de comer, tambm a pessoa que comete
apar dhas srias perde o interesse em ouvir, cantar e em outras atividades
devocionais. No h a menor dvida quanto a isso. No entanto, quando a febre
cede um pouco, volta a surgir algum apetite. Mas enquanto isso, os alimentos
nutri tivos no podem ser assimilados para a completa nutri o de um paciente quesofre de febre crnica. Eles podem conceder algum benefcio, mas so incapazes de
aliviar a condio precria do paciente. No entanto, os remdios e uma dieta para
doentes, com o tempo, restauram a sade. Ento a potncia plena da comida
normal pode ser utilizada pelo corpo. Da mesma maneira, depois de um longo
perodo de sofrimento sob o efeito da apar dha, a sua intensidade vai se reduzindo
e o devoto desenvolve um pouco de gosto pelas atividades devocionais. E a ele
est novamente apto para bhakti. As doses repetidas de ouvir e cantar o nome doSenhor e outras prticas devocionais vo ento revelando tudo progressivamente.
Os santos descrevem isso da seguinte maneira:
dau raddh tata s dhu-sago tha bhajana-kri y
tato nartha-niv tti sy t tato ni h rucis tata
ath sakis tato bh vas tata prem bhyudacati
s dhak n m aya prema pr durbh ve bhavet krama
"A progresso do desenvolvimento de bhakti no s dhaka at o
aparecimento de prema a seguinte: comeando com f ( raddh ),
segue-se a associao com os devotos (s dhu-saga), prtica de
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atividades devocionais (bhajana-kriy ), cessao de hbitos indesejveis
(anartha-niv tti), firmeza (ni h ), gosto (ruci), apego ( sakti), bh va (o
estgio que antecede o amor a Deus) e ento finalmente surge oprema
(amor puro por K a)." (Bhakti-ras m ta-sindhu, 1.4.15-6)
Alguns supem a presena de n ma-apar dhaao verem a ausncia dos
sintomas deprema, bem como traos de atividades pecaminosas nos devotos que
esto praticando krtanae outros servios devocionais. Eles tambm supem que
as reaes do karma passado (pr radha) ainda no foram destrudas ao
observarem afl ies materiais em tais devotos. J salientamos que Aj mi la cantou
sem apar dha, chamando o seu f ilho N r yaa e repetindo este nome muitas vezesao dia. Apesar da ausncia de n ma-apar dha, ele no manifestou os sintomas de
prema e tambm estava inclinado a manter relaes pecaminosas com uma
prosti tuta. Yudhi hira e os P avas alcanaram a associao com o prpr io
Senhor Supremo e com certeza estavam livres das reaes do karmapassado.
Ainda assim eles ti veram que suportar inmeras aparentes misrias materiais.
Da mesma maneira que uma rvore frutfera s frutifica na estao
apropriada, o santo nome, apesar de estar satisfeito com uma pessoa que nocomete ofensas, s lhe revela a sua misericrdia no devido tempo. Para um devoto,
os pecados acumulados cometidos devido aos maus hbitos passados so to
inofensivos quanto a mordida de uma serpente sem presas. As doenas,
lamentao e outros sofrimentos dos devotos no so devidos a pr rabha. O
prprio Senhor diz que:
yasy ham anug hami
hari ye tad-dhana anai
tato dhana tyajanty asya
svajan dukha-dukhitam
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"Se Eu favoreo algum, gradualmente retiro-lhe toda a sua riqueza.
Sem nenhum dinheiro, sua famlia e os seus parentes o rejeitam e assim
ele sofre uma aflio atrs da outra." (SB 10.88.8)
nirdhanatva mah -rogo mad-anugraha lak aam
"A pessoa sem a doena grave da possesso material objeto da Minha
misericrdia."
Portanto, o habilidoso Senhor, que sempre visa o bem-estar do Seu devoto,
lhe d todo tipo de sofrimento como Sua miseri crdia, com o plano de incrementara humildade do devoto e de faz-lo ansiar pelo Senhor. Como neste caso no
existem resultados das suas atividades pecaminosas anteriores, no se pode dizer
que o devoto est sofrendo o efeito da vida pecaminosa passada.
Assim termina o Terceiro Aguaceiro de Nctar do M dhurya K dambin, por
Mah mahop dhy ya rmad Vi van tha Cakravart, entitulado "Al iviando os
Elementos Inauspiciosos."
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QUA RTO A GUA CEIRO D E NCTARO N CTA R COMEA A FLUIR
Previamente, na discusso dos dois tipos de bhajana-kri y , ani ht e
ni ht , foram descritos os seis tipos de ani ht -bhajana-kriy . No foi descrito
ni ht -bhajana-kri y e ento foi discutido anartha-niv tti. Isso porque o rmad
Bh gavatam diz:
rvat sva-kath k a
puya- ravaa-krtanah dy anta stho hy abhadr i
vidhunotisuh t sat
na ta-pr ye v abhadre u
nitya bh gavata-sevay
bhagavaty uttama- loke
bhaktir bhavati nai hik
"O Senhor K a, que afetuoso com Seus devotos e situado em seus
coraes, limpa todos os elementos inauspiciosos dos coraes daqueles
que desenvolveram anseio em ouvir Suas mensagens, que so por si s
virtuosas quando ouvidas e cantadas apropriadamente. Pelo ouvir com
freqncia regular o rmad Bh gavatam e por prestar servio aos
devotos puros, tudo o que indesejvel para o corao quase que
completamente destrudo e o servio amoroso Personalidade de Deus,
que louvado com canes transcendentais, se estabiliza como um fato
irrevogvel." (SB 1. 2.17-8)
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O primeiro verso ( vat sva-kath k a ...) se refere ao estgio de
instabil idade, ou ani hi t -bhakti . No segundo verso aparece fi rmeza, ou nai hik-
bhakti. A limpeza dos elementos inauspiciosos (abhadr i vidhunoti) que est
entre os dois estgios, se refere ao estgio de anartha-niv tti. As palavras na a-
pr ye v abhadre u(a inauspiciosidade quase que destruda) significam que uma
pequena quantidade de anarthas ainda no foi destruda. Portanto, a ordem
correta de acordo com o rmad Bh gavatam ani hit -bhajana-kriy , anartha-
niv tti e depois ni hit -bhajana-kriy . Agora no devido lugar, ser discutido
ni hi t -bhakti .
t
Ni h significa ter a qualidade de estabilidade, ou nai calyam (no-
movimento). Apesar de o devoto se esforar pela estabilidade todos os dias,enquanto os anarthasestiverem presentes ela no ser alcanada. Isso devido a
estes cinco obstculos persistentes: laya (sono), v ik epa(distrao), apratipatti
(indiferena ou desinteresse pelos temas espirituais), ka ya (tendncia a manter
maus hbitos) e r sasv da (gosto pelo desfrute material). Depois do estgio de
anartha-niv tti, quando todos estes obstculos estiverem quase que completamente
destrudos, alcana-se a estabilidade. Desta maneira, o sintoma de ni h a
ausncia destes cinco obstculos.Laya significa a tendncia de dormir durante o krtana, ravaam e
smaraam (japa), na ordem da tendncia crescente. Vik epasignifica distrao,
interesse por tpicos mundanos ao realizar servio devocional (conversar durante
o cantar dejapa). Apratipatti se refere falta de habilidade ocasional para fazer
krtanaou outro servio apesar da ausncia de layaou de v ik epa. Ka ya se refere
tendncia inata contra qualidades como a ira, cobia e orgulho. Ras sv da
significa a falta de habilidade em absorver a mente no krtanae em outros servios
ao se obter a oportunidade de gratificao sensorial material. N i hit -bhak i
aparece na ausncia destas faltas.
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tad rajas-tamo-bh v
k ma-lobh daya ca ye
ceta etair an viddha
sthita sattve prasdati
"Logo que o servio amoroso irrevogvel estabelecido no corao, os
efeitos dos modos da natureza da paixo e ignorncia, tais como a
luxria e ganncia, desaparecem do corao. Ento o devoto se
estabelece na bondade, e se torna completamente feliz." (SB 1.2.19)
Aqui a palavra ca, usada em seu sentido coletivo, se refere presena dapaixo e ignorncia. No entanto, a palavra etair an viddha (no mais afetado
por isso) indica que estas impurezas, apesar de estarem presentes em um grau
diminuto at o estgio de bh va , j no mais atuam como obstculos para bhakti.
Ni h de dois tipos: diretamente relacionada com bhakti (s k t-bhaktir-
v rtin) e relacionadas com elementos favorveis a bhakti(bhakty-anukula-vastur-
v rtin). S k t-bhakti tem formas ilimitadas, mas existem trs divises bsicas:
corprea, vocal e mental (k yik, v cik, m nas). De acordo com alguns sbios,primeiro se obtm a estabilidade nos servios corpreos, depois nas atividades
vocais (krtana) e finalmente nas atividades mentais (lembrana, meditao). No
entanto, outros no concordam com esta progresso dizendo que a avidez em
servir ao Senhor de uma maneira em particular se desenvolve primeiro devido s
naturezas individuais dos devotos, cuja determinao corprea, vocal ou mental
podem variar.
Elementos favorveis a bhakti se relacionam com a humildade, disposio
em prestar respeito aos outros, benevolncia e compaixo. No entanto s vezes
algum pode notar estabilidade nestas qualidades num devoto auto-controlado
que no tem estabilidade em bhakti. Enquanto outra pessoa pode no notar
estabilidade nestas qualidades num devoto arrogante que alcanou estabilidade
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em bhakti. Apesar disso, pela presena ou ausncia de estabilidade em bhakti
(s k t-bhakti ), mais do que na evidncia das quali dades de bhakti, que os sbios
podem avaliar a presena ou ausncia de ni h . Aqueles que so inexperientes so
incapazes de notar a verdade. Isso est confirmado nos versos que acabamos de
citar: bhaktir bhavanti nai hik, com o aparecimento de nai hik-bhakti, tada
rajas-tamo-bh v ... etair an viddha , apesar de haver traos de qualidades
nascidas de rajoe tamo-gua, eles j no afetam o devoto.
Em suma, o que foi evidenciado que a negligncia ou intensidade do
esforo, bem como a dificuldade ou facilidade em ouvir, cantar e prestar outros
servios devocionais so o critrio para determinar os dois tipos de bhakti: estvel
e instvel.
Assim termina o Quanto Aguaceiro de Nctar do Madhurya K dambin, por
Mah mahop dhy ya rmad Vi van tha Cakravart, enti tulado "O Nctar Comea
a Fluir."
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QUIN TO A GUA CEIRO DE N CTA RA L C A N A N D O O GOSTO
Quando o devoto recebe em seu corao a medalha de ouro de bhakti,
brilhando intensamente devido ao fogo da prtica determinada e propelido por
sua prpria energia, ento aparece ruci. Quando uma pessoa desenvolve gosto
pelas atividades de bhakti, tais como ouvir e cantar, muito mais intensas do que a
atrao por qualquer outra coisa, isso chamado ruci. Ao contrrio dos outros
estgios, em rucia prtica constante de servio devocional como o ouvir e cantar
no causa nenhum pouco de fadiga. Ruci rapidamente produz uma grande
dependncia das atividades de bhakti. Isso semelhante ao menino brmane que,por estudar as escrituras diariamente com muito empenho, logo capta o seu
significado, e ento no v nenhuma dificuldade em se aplicar nos estudos. Alm
do mais ele sente prazer em se empenhar nesta tarefa.
A verdadeira concluso pode ser compreendida pelo seguinte exemplo.
Devido a uma doena no fgado, a habilidade de sentir paladar fica afetada e o
acar cndi fica com gosto desagradvel. No entanto, o acar cndi tambm o
remdio que cura a doena. Ao compreender isso uma pessoa doente ir tomar oacar cndi diariamente, mesmo que ele parea ter o sabor amargo, acabar se
curando da doena e ir desenvolver um verdadeiro gosto pelo cndi. Da mesma
maneira, o corao da jva, infectado pela ignorncia e por outros kle as, fica
curado com o remdio de repetidamente ouvi r, cantar e praticar outras atividades
devocionais. E ento, ela acaba desenvolvendo gosto por estas atividades.
Ruci de dois tipos: aquele que depende da excelncia dos elementos
(vastu-vai i y- pek i), e aquele que no depende disso (vastu-vai i y-
anapek i). Excelncia dos elementos se refere a uma excelncia de detalhes em
relao ao nome, forma, qualidade, passatempos etc. do Senhor. Por exemplo, uma
pessoa pode s sentir prazer no krtana se ele for agradvel de ouvir e cantado
artisticamente. Algum pode s saborear temas sobre o Senhor se eles forem
i
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cuidadosamente adornados com as qualidades poticas. Ou s pode desfrutar da
adorao Deidade se o local, implementos, materiais e tudo mais estiverem de
acordo com o seu gosto. Isso chamado de dependncia da excelncia dos
elementos. semelhante a uma pessoa que possui pouco apetite e que quer saber
sobre a variedade e qualidade das preparaes da refeio. A causa disso uma
pequena impureza no corao do devoto. Portanto, devemos compreender que a
dependncia de excelncia dos elementos de krtana e de outras prticas
devocionais uma mcula de impureza no corao (do bh sa ).
Uma pessoa com o segundo t ipo de ruciexperimentar grande prazer desde
o incio da execuo de quaisquer prticas devocionais, como ravaae krtana. No
entanto, se h uma excelncia nos elementos, ento ela fica extremamente feliz eem xtase. Isso significa que ela no possui nenhum vestgio de mcula no corao.
" amigo, por que voc est abandonando o nctar dos nomes de Kr a e
falando sobre coisas inteis como vida familiar, segurana e tudo mais? O que
posso dizer para voc? Eu mesmo sou to patife que, apesar de ter recebido a
pedra preciosa de bhaktipela misericrdia do mestre espiritual, por infelicidade a
mantenho atada na barra da minha roupa. Sem conhecer o seu valor, estive em
busca algumas conchinhas, uma pequena ninharia de felicidade nas praias dooceano das atividades mundanas. Desta maneira, vagando de l para c, passei
anos da minha vida em vo. No praticando nenhuma atividade de bhakti, eu
simplesmente demonstrei letargia."
"Oh! Sou to infeliz que pelo meu gosto fico lambendo o amargor da tola
tagarelice profana como se ela fosse nctar, mas permaneo aptico ao ouvir os
nomes, passatempos e qualidades do Senhor. Sou to cado! Quando comeo a
ouvir sobre o Senhor, procuro dormir confortavelmente. Mas ao ter uma
oportunidade de conversa intil, minha ateno logo volta e fico bem desperto.
Desta maneira, eu sempre maculei a assemblia de devotos. Quantas atividades
pecaminosas pratiquei, at mesmo na velhice, s para satisfazer minha barriga
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miservel? Por todos estes pecados, nem sei quanto tempo terei de permanecer
sofrendo no inferno."
E desta maneira o devoto se arrepende do estado anterior. Ento, de alguma
maneira, depois de algum tempo, o devoto fica igual a uma abelha saboreando no
nctar do fruto da rvore dos desejos do Mahopani ad(rmad Bh gavatam). Ele
permanece o tempo todo com os devotos, sentando-se com eles para conversar
sobre os nectreos passatempos do Senhor, saboreando-os e glorificando-os
continuamente, sem desejar ouvir nenhum outro assunto. Ele entra no dh ma
sagrado e se torna fixo no servio devocional puro ao Senhor (seva-ni h ). As
pessoas ignorantes pensam que ele est ficando louco.
Para comear este novo estgio danante de alegria devocional, servindo emedi tando sobre o Senhor, ruci, a instrutora da dana, leva o devoto pessoalmente
pelas mos para ensin-lo. Desta maneira, ele comea a experimentar uma bem-
aventurana extraordinria, inimaginvel. Quem pode descrever em qual
plataforma de bem-aventurana ele agora ir residir quando chegar a poca de
danar no ritmo das duas pr incipais mestras da dana, bh va eprema?
Assim termina o Qu
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