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UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAUCENTRO DE CINCIAS TECNOLGICAS
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUMICA
TRATAMENTO DO LODO DECORRENTE DO PROCESSO DEFABRICAO DE PAPEL TISSUE
WAGNER EMILIO GAZANIGA
BLUMENAU
2012
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WAGNER EMILIO GAZANIGA
TRATAMENTO DO LODO DECORRENTE DO PROCESSO DE
FABRICAO DE PAPEL TISSUE
Trabalho apresentado na disciplina dePlanejamentos e Projetos da Indstria II (TCC)do Curso de Engenharia Qumica do Centro deCincias Tecnolgicas da Universidade Regionalde Blumenau.Prof. Atilano Antonio Vegini
Prof. Orientadora: Rita de Cssia S. Curto Valle
JUNHO/2012
WAGNER EMILIO GAZANIGA
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AGRADECIMENTOS
Primeiramente gostaria de agradecer a Deus por sempre ter me mantido no caminho
certo para a conquista de meus sonhos.
Agradeo especialmente a meus pais, Silvia e Emilio, por sempre terem me apoiado e
terem me mantido no caminho certo para o sucesso, fico muito feli por terem pessoas como
vocs para serem meu eemplo de como ser uma pessoa, como ser um filho, como ser um
irmo, como ser um amigo, como ser algum que est no caminho de um dia ser eemplo de
algum.
Agradeo por ter irmos to especiais e to disponveis para ouvir minhas reclamaes
para me dar conselhos e at dar aquele sermo que foi necessrio, obrigado Patricia pela f
que voc me depositou e pelo carinho que tem comigo, Eduardo agradeo por ter tido voc
como irmo e pela fora do destino no estamos mais juntos, mas as lembranas sempre
ficaro guardadas comigo e sei que hoje tenho um anjo da guarda abenoando minhacaminhada.
Agradeo a minha famlia por inteira, pois sei que sempre que precisar de qualquer um
deles estaro dispostos a me ajudar, agradeo de modo especial minhas avs, Odete e
Clarinda, e tambm a todos os meus Tios e Tias, especialmente a Tia Sonia, por sempre terem
me ajudado em tudo que estavam em seus alcances.
Hoje em dia olhando para atrs vejo quantos amigos conquistei em toda a vida, e
tambm percebo que aqueles amigos que conheci l no ensino fundamental que a grande
maioria esto comigo at hoje tambm ajudaram em meu crescimento pessoal, agradeo a
pessoas como, Reinaldo, Danilo, Ana, Rafael, entre tantos outros.
Durante a vida acadmica foi possvel conquistar muitos conhecimentos no somente
tcnicos mas tambm com as pessoas as quais vivi todos esses anos, pessoas como, Slvio,
Bruno, Willian, Thiago, Jacson, Ivan, Guilherme, e tambm com toda a turma de Engenharia
Qumica de 2008/1, muitssimo Obrigado.
Obrigado a todos os professores do DEQ, pelos conhecimentos repassados e pela
pacincia disponibiliadas a todos ns alunos, especialmente aos professores Atilano e Rita.
Agradeo a todas as pessoas que ajudaram de formas indiretamente e diretamente na
concluso desse trabalho e tambm para a minha formao acadmica.
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"Nunca andes pelo caminho traado, pois ele condu somente onde outros j foram."Aleander Grahan Bell
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RESUMO
A reduo dos recursos naturais e aumento da populao do nosso planeta eigem
buscas tcnicas que permitam o melhor aproveitamento de tais recursos e redua o
acumulo de resduos urbanos. Cada ve mais se torna necessrio, desenvolver os
processos de produo, com a anlise continua do processo, melhorando e otimiandoo processo antigo e/ou implementando total ou parcialmente novos processos. A
eistncia de terrenos disponveis para a construo de aterros dentro de um raio
economicamente vivel para as empresas est sendo fortemente pressionada por
eigncias oriundas de rgos que visam preservao do meio ambiente. Em
conseqncia elevase o custo de construo, tornando a disposio de resduos uma
fonte de preocupao cada ve maior para as empresas. A produo de revestimentos
cermicos vem a cada ano aumentando o seu volume. Uma viso estratgica do
mercado a constante busca por novos produtos, que possam garantir o
fornecimento, tanto para a indstria como para o consumidor, de materiais que
possam se adequar s matriasprimas eistentes na situao atual, dentro do mbito
economicamente vivel realidade do setor e do mercado consumidor, levando em
considerao tanto a questo de custo quanto relao com o meio ambiente. A
grande maioria desse setor industrial utilia tcnicas de produo ultrapassadas, com
um atraso tecnolgico de aproimadamente 50 anos, no havendo controle efica das
variveis de processo. O que provoca a produo de peas de baia qualidade e
imensas perdas em todas as fases de produo, ocasionando aumentos nos custos e
no atendimento as novas eigncias normativas da rea. Neste caso podese
aproveitar os resduos provenientes de processos industriais depois de tratados para
ser adicionados a cermica em forma de aditivos afim de melhorar essas qualidades do
produto cermico final. O objetivo desde trabalho dimensionar uma planta industrial
que seja capa de processar o rejeito que gerado em duas indstrias de papeis que
utiliam aparas, formando assim um produto que pode ser incorporado como carga
mineral na produo de cermica vermelha, com conseqente reduo aos impactos e
passivos ambientais da indstria processadora de aparas de papel.
P:resduo industrial, cermicaprocesso,planta industrial, calcinao
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LISTA DE FIGRAS
Figura 1. Corte esquemtico preaquecedor vertical ..................................................... 19Figura 2. Esquema simplificado preaquecedor de grelha ............................................. 19Figura 3. Resfriador acoplado a extremidade do forno ................................................ 20
Figura 4. Reao de Formao do Metacaulim ............................................................ 41Figura 5. Esquema Forno ............................................................................................. 55Figura 6. Esquema Secador .......................................................................................... 58
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LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Cronograma do Projeto ................................................................................. 27Tabela 2. Composio Lodo ......................................................................................... 41Tabela 3. Pesos Moleculares ........................................................................................ 41
Tabela 4. Composio da Corrente 60 .......................................................................... 43Tabela 5. Composio da Corrente 70 .......................................................................... 43Tabela 6. Composio da Corrente 80 .......................................................................... 43Tabela 7. Composio da Corrente 40 .......................................................................... 45Tabela 8. Composio da Corrente 50 .......................................................................... 46Tabela 9. Composio da Corrente 52 .......................................................................... 46Tabela 10. Composio do Lodo .................................................................................. 47Tabela 11. Composio da Corrente 10 ........................................................................ 47Tabela 12. Composio da Corrente 12 ........................................................................ 48Tabela 13. Composio da Corrente 20 ........................................................................ 49Tabela 14. Composio da Corrente 22 ........................................................................ 50Tabela 15. Composio da Corrente 24 ........................................................................ 51Tabela 16. Composio da Corrente 32 ........................................................................ 52Tabela 17. Composio da Corrente 30 ........................................................................ 53Tabela 18. Composio de Todas as Correntes ............................................................ 53Tabela 19. Pesos Moleculares ...................................................................................... 56Tabela 20. Calores Especficos ..................................................................................... 57Tabela 21. Composio do Ar Atmosfrico ................................................................. 71Tabela 22. Composio do Gs Natural ....................................................................... 71Tabela 23. Lista de Equipamentos ................................................................................ 80Tabela 24. Lista de Instrumentao e Controle ............................................................ 82
Tabela 25. Lista de Utilidades ...................................................................................... 84
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SIMBOLOGIA E NOMENCLATURA
A rea, mC Comprimento, mCp Calor Especfico Mdio, kcal/kg.CD Dimetro, m; in Rugosidade da Tubulao, mf Fator de Atritoh Unidade de tempo (horas)L Largura, mM Vazo Mssica, kg/h; ton/h; kg/s Viscosidade, kg/m.sn Nmero de MolesPM Peso Molecular, g/mol Massa especfica, kg/mQ Taxa Transferncia de Calor, kcal/hR Constante dos Gases Ideais, Atm.L/Mol.KR$ Moeda Brasileira (Real)Re Nmero de ReynoldsP Perda de Carga, Pa; BarP Profundidade, m; Presso, AtmT Temperatura, k; Cton Unidade de massa (toneladas)
V Vazo Volumtrica, m/h; Volume, mv Velocidade; m/sX Frao Mssicaz Fator de compressibilidade
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SUMRIO
1. INTRODO .................................................................................................. 11
1.1. Objetivo .............................................................................................................. .............. 11
1.2. Organiao do trabalho ........................................................... ....................................... 11
2. REISO BIBLIOGRFICA ................................................................................. 13
2.1. Produo Mais Limpa ............................................................. ....................................... 13
2.2. Matria Prima da Produo de Papel............................................................................... 13
2.3. Rejeitos da Indstria de Papel ................................................................. ......................... 13
2.3.1. Rejeito Lquido ................................................................................................................. 13
2.3.2. Destinao atual ..................................................................................... .......................... 14
2.4. Classificao do Resduo .................. ........................................................... ..................... 14
2.5. Composio do Resduo .......................................................................... ......................... 14
2.5.1. Carbonato de clcio ..................................................................... ..................................... 14
2.5.2.
Caulim .............................................................................................................................. 152.6. Poder Calorfico do Resduo ........................................................................................ ..... 16
2.7. Processo de Tratamento ........................................................... ....................................... 16
2.7.1. Secagem ......................................................................................... .................................. 17
2.7.2. Calcinao ........................................................................................................................ 17
2.7.2.1.Caractersticas Trmicas dos Fornos Rotativos ................................................................ 18
2.7.2.2.Zona de Combusto ................................. ..................................................... ................... 18
2.7.2.3.Seo de preaquecimento......................................... ....................................................... 18
2.7.2.4.Seo de Resfriamento................................. ............................................................... ..... 20
2.7.3. Separador Via mida ....................................................................................................... 20
2.7.4. Armaenagem .............................................................. .................................................... 21
2.8. Indstria Cermica ................................ ......................................................... .................. 222.8.1. Matria Prima da Indstria de Cermica ......................................................................... 22
2.8.2. Aditivos Adicionados a Cermica ...................................................................... ............... 23
2.8.3. Processo de Produo ................................................................ ...................................... 23
2.8.3.1.Preparao da Argila ........................................................................................................ 24
2.8.3.2.Etruso ............................................................. ............................................................... 24
2.8.3.3.Secagem ......................................................................................... .................................. 24
2.8.3.4.Queima .............................................................................................................. ............... 24
2.9. Utiliao do Resduo na Cermica .......................................................................... ........ 24
3. PROJETO:......................................................................................................... 26
3.1. Capacidade de Projeto: ................................ ................................................................ .... 26
3.2. Faturamento Esperado:.................................................................................................... 26
3.3. Cronograma do Trabalho: ................................................................................................ 26
3.4. Diagrama do Processo ................................................................ ...................................... 27
3.5. Descrio do Processo ................................................................ ...................................... 27
3.6. Balano de Massa ......................................................... .................................................... 28
3.7. Balano de Energia ........................................................................................................... 28
3.8. Dimensionamento de Tubulaes ....................................................................... ............. 28
3.9. Dimensionamento de Equipamentos ................................................................ ............... 28
3.10. Fluogramas de Processo ........................................................................ ......................... 29
3.11. Diagrama de Tubulao e Instrumentao ...................................................................... 293.12. Lista de Equipamentos ................................................ ..................................................... 29
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3.13. Lista de Instrumentao ............................................................. ...................................... 29
3.14. Lista de Utilidades ........................................... ............................................................... .. 29
3.15. Laout ................................................................. .............................................................. 29
4. CONCLSO .................................................................................................... 30
5. REFERENCIAS BIBLIOGRFICAS ........................................................................ 31
APNDICES ............................................................................................................. 33
APNDICEACAPACIDADEDOPROCESSO ............................................................................................ 34
APNDICEBFATURAMENTOESPERADO ........................................................... .................................. 36
APNDICECDIAGRAMADEBLOCOS ...................................................... .............................................. 38
APNDICEDBALANODEMASSA ......................................................................... .............................. 40
APNDICEEBALANODEENERGIA .............................................................................................. ....... 54
APNDICEFDIMENSIONAMENTODETUBULAO ............................................................................. 61
APNDICEGDIMENSIONAMENTODEEQUIPAMENTOS ...................................................................... 65
APNDICEHFLUXOGRAMASDEPROCESSO .................................................... .................................... 74APNDICEIDIAGRAMADETUBULAOEINSTRUMENTAO ........................................................... 77
APNDICEJLISTADEEQUIPAMENTOS ................................................... ............................................. 79
APNDICEKLISTADEINSTRUMENTAOECONTROLE .......................................... ............................ 81
APNDICELLISTADEUTILIDADES .............................................................. .......................................... 83
APNDICEMLAYOUT........................................................................................................................... 85
ANEOS ................................................................................................................. 87
ANEXOATABELAVELOCIDADESECONMICAS .................................... ............................................... 88
ANEXOBPROPRIEDADESDASTUBULAES ........................................................................................ 90
ANEXOCCATLOGOCOMBUSTOR .......................................................... ............................................ 92
ANEXODCATLOGOFORNOCALCINADOR....................................................... ................................... 94ANEXOECATLOGORCOARMAZENAGEM.......................................................................................... 98
ANEXOFCATLOGOTRANSPORTADORHELICOIDAL ......................................................................... 103
ANEXOGCATLOGOSECADOR .................................................................................................... ...... 109
ANEXOHCATLOGOVENTILADORTECMOLIN ...................................... ............................................ 112
ANEXOICATLOGOVENTILADOROTAM ....................................................................................... .... 115
ANEXOJCATLOGOMOINHO ....................................................................................................... ..... 118
ANEXOKCOMPOSIODOLODO ................................................................................................. ..... 121
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1.
A reduo dos recursos naturais e aumento da populao do nosso planeta eigem
buscas tcnicas que permitam o melhor aproveitamento de tais recursos e redua o acumulode resduos urbanos. O lio gerado pela comunidade um dos grandes problemas causadores
de poluio. Nos tempos atuais, estocados em aterros sanitrios, o lio ocupa uma grande
rea, atrai doenas, eala odores desagradveis e podem levar sculos para se decompor.
A revoluo da economia est traendo mudanas significativas no cenrio global, com
grande nfase na habilidade de criar, estocar, distribuir e aplicar o conhecimento. O avano do
conhecimento etremamente importante e deve ser continuamente apoiado, pois trata do
entendimento dos processos intrnsecos da naturea, do homem e da sua relao com o meio
ambiente.
O uso criativo desse conhecimento pode gerar novos produtos, processos e servios,
que fundamentalmente so denominados de inovao tecnolgica. Inovao envolve muito
mais que simples mudanas em tecnologia. Envolvem conees, interaes e influncias de
muitos e variados nveis, incluindo relacionamentos entre empresas, centros de pesquisas
e/ou universidades e governo.
Contestaes da qualidade de produtos reciclados surgem dentro da sociedade as
quais no deiam de ter fundo real. No caso do papel, algumas limitaes tcnicas
comprometem a qualidade dos produtos gerados. Em geral, estas situaes podem prejudicar
a colocao dos produtos gerados no mercado.
E em uma situao como essa aonde o engenheiro qumico deve colocar em prtica
seus conhecimentos a fim de produir um subproduto rentvel que utilie como matria primao rejeito oriundo das fbricas de papel que utiliam aparas.
1.1. O objetivo desde trabalho dimensionar uma planta industrial que seja capa de
processar o rejeito que gerado em duas indstrias de papeis que utiliam aparas, formando
assim um produto que pode ser incorporado como carga mineral na produo de cermica
vermelha, com conseqente reduo aos impactos e passivos ambientais da indstria
processadora de aparas de papel. A planta ser localiada no municpio de Canoinhas aonde se
encontram as duas empresas fornecedoras do rejeito.
A capacidade nominal da planta ser de 26.400 toneladas/ano, que possibilitar um
faturamento anual de R$ 3.480.000.
1.2. Baseado em livros e artigos cientficos foi formulada a reviso bibliogrfica que nela
apresenta conceitos e o porqu devese faer reciclagem de resduos industriais levando em
conta a questo ambiental, a caracterstica do resduo produido pela indstria de papel bem
como o seu tratamento a fim de tornlo um produto com valor agregado. Na reviso
bibliogrfica conta ainda com o detalhamento do processo de produo de cermica, e a
utiliao do resduo na cermica
Posteriormente ser apresentado o projeto da instalao industrial que processar o
resduo mostrando a capacidade da instalao e seu faturamento esperado, para a ilustrao
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do processo apresentado o diagrama de blocos mostrando as correntes com seu balano de
massa e composies.
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2. B
2.1.
Cada ve mais se torna necessrio, desenvolver os processos de produo, com a
anlise continua do processo, melhorando e otimiando o processo antigo e/ou
implementando total ou parcialmente novos processos.
Este conceito est relacionado com a sustentabilidade econmica e ambiental das
organiaes e tem sido denominado de Produo Mais Limpa que visa melhorar a
eficincia, a lucratividade e a competitividade das empresas, protegendo simultaneamente o
ambiente, o consumidor e o trabalhador.
As prticas de produo mais limpa consistem em aperfeioar processos isolados e em
faer com que materiais circulem o mimo possvel dentro do processo antes do descarte,
resultando em melhor aproveitamento da matriaprima e energia disponvel.Outro conceito bastante utiliado atualmente o da ecoeficincia, utiliado pelo
World Business Council for Sustainable Development (WBCSD) que est fortemente associado
ao impacto dos negcios no ambiente. Em termos bastante simples, atingese a
ECOEFICINCIA ao se produir mais com menos ou utiliando adequadamente as
possibilidades em processos econmicos, inovando as atividades eistentes.
2.2.
Reciclagem so o aproveitamento das fibras de celulose dos papis usados e aparas
para a produo de novos papis. Tecnicamente, as fibras neles contidas podero vir asubstituir matriasprimas fibrosas virgens, como pastas qumicas, semiqumicas ou mecnicas
(DALMEIDA e PHILIPP, 1988, p.797).
A indstria recicladora de papel utilia como matriaprima as aparas, ou papis
usados. Um dos maiores problemas ou desafios da reciclagem de aparas est no elevado
nmero de fontes e tipos de papel, devido coleta seletiva ser muito variada. O outro grande
desafio ou problema est no alto custo envolvido no descarte do resduo produido
envolvendo aparas (PERECIN, 2005, p. 58).
2.3.
2.3.1.
Na fabricao de papel ocorre a gerao de um resduo em forma lquida com alto teor
de slidos em suspenso. Esse lquido submetido a um tratamento primrio e
desaguamento, gerando assim uma forma slida denominada lodo primrio. Esse resduo
composto basicamente de caulim, celulose, traos no significativos de substncias qumicas e
gua (PINHEIRO, R.M., 2007)
O resduo gerado nas fbricas de celulose e papel depende das caractersticas do
processo e das tcnicas de reaproveitamento empregadas. Pode variar muito de uma unidade
fabril para outra, mesmo nos casos em que os produtos finais so semelhantes.(CAMPREGHER, 2005)
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De modo geral, esses resduos no so classificados como perigosos, sendo
enquadrados como classe II de acordo com a Norma ABNT (NBR 10.004). Uma caracterstica
etremamente importante dos resduos slidos a sua capacidade de desidratao, por ser
um processamento quase sempre necessrio e caro.
2.3.2.
A eistncia de terrenos disponveis para a construo de aterros dentro de um raio
economicamente vivel para as empresas est sendo fortemente pressionada por eigncias
oriundas de rgos que visam preservao do meio ambiente. Em conseqncia elevase o
custo de construo, tornando a disposio de resduos uma fonte de preocupao cada ve
maior para as empresas. Portanto, a reduo das quantidades de resduos descartados passa a
ser no mais uma soluo apenas para a gerao de resduos, mas tambm uma etapa de um
processo de reciclagem.
O desenvolvimento de alternativas tecnolgicas dirigidas ao reaproveitamento dedeterminados resduos pode resultar em aplicaes de real interesse econmico indstria
qumica, cermica e de vidro.
Portanto, a concepo do projeto, est fundamentada no fato de que todo o processo
produtivo gera subprodutos e resduos com qualidade e valor diferenciado do produto
principal. Estes resduos consistem, perante a lei 12.203 de 02/08/2010 que instituiu a Poltica
Nacional de Resduos Slidos e o decreto 7.404 de 23/12/2010 que regulamenta a Lei anterior
e seus dobramentos, como sendo de responsabilidade da entidade geradora.
Independentemente do volume gerado, a indstria precisa reconheclo como sendo de sua
responsabilidade.
2.4.
O subproduto resultante do processamento de aparas, denominado de rejeito da
indstria de papel higinico, toalha e guardanapos (papis tissue), est classificado com base
na NBR 10.004, como CLASSE IIA (no inerte).
Os papis brancos utiliam em sua composio teores de carbonato de clcio e caulim
que podem chegar a valores de at 35% do seu peso. As fbricas de papis tissue ao
recuperarem as fibras de celulose das aparas para utiliar em seus produtos acabam
descartando este material como resduo que esto sendo dispostos em aterro industrial.
2.5.
2.5.1.
O carbonato de clcio (CaCO3) apresentase em trs modificaes minerais. A calcita
um dos minerais mais comuns, sendo o constituinte principal de vastas formaes de rochas
sedimentares de calcrio. O mineral aragonita foi descoberto e identificado, em 1797, na
regio de Aragn, Espanha, de onde veio o seu nome. A ocorrncia de aragonita est vinculada
a determinadas circunstncias fsicoqumicas durante sua formao. Por eemplo, freqentemente encontrado em depsitos calcrios que resultam de guas termais. O terceiro
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polimorfo, a vaterita, um mineral bem mais escasso. Um resumo completo sobre o
polimorfismo calcita/aragonita, considerando a literatura at 1971, encontrase em
Lippmann1. Historicamente, a ocorrncia de carbonato de clcio em forma dos dois minerais,
calcita e aragonita, foi um dos primeiros e mais discutidos eemplos de polimorfismo1. Em
1893, Le Chatelier aplicou s propriedades fsicas desses dois polimorfos o princpio que hoje
leva o seu nome2. Considerando que a aragonita mais densa que a calcita e aquela se
transforma irreversivelmente em calcita a 400 C, Le Chatelier concluiu que a aragonita
deveria ser termodinamicamente estvel a baia temperatura e alta presso. Dados e clculos
mais recentes mostram que presso atmosfrica, calcita a modificao
termodinamicamente estvel em todas as temperaturas e, que a 25 C, aragonita se torna
estvel somente acima de 2900 atmosferas de presso (BESSLER, 2007).
O carbonato de clcio no o nico componente do mrmore, calcrio e dolomita, ele
tambm encontrado em ossos e dentes bem como eosqueleto de crustceos, corais,
msculos, caracis e protoorios. Uma modificao futura de CaCO3 o mineral vaterite, que
se forma em solues supersaturadas na forma de cristais microscpicos (Netsch, 2011).De acordo com a Netsch eiste vrios usos para o carbonato de clcio:
Como matria prima para a indstria de materiais de construo (fabricao
de cimento e cal ou calcrio para construo e construo de estradas);
Como agregado na indstria de ao;
Como agente abrasivo e polidor em pastas de dente;
Como fertiliante mineral;
Como carga mineral ou pigmento em diversas aplicaes industriais (papel,
tinta, gesso, plstico, carpet).
Alm do caulim e do talco, o carbonato de clcio usado na indstria do papel como
carga e coating de pigmento na produo do papel. Uma ve que o carbonato de clcio
rombodrico mesmo se modo a fino, primariamente usado em papis com alto grau de
brancura e para boa impresso. Alguns eemplos so os papis revestidos para impresso ou
papis de escritrio (Netsch, 2011).
2.5.2.
A primeira utiliao industrial do caulim foi na fabricao de artigos cermicos e de
porcelana h muitos sculos atrs. Somente a partir da dcada de 1920 que se teve incio a
aplicao do caulim na indstria de papel, sendo precedida pelo uso na indstria da borracha.
Posteriormente, o caulim passou a ser utiliado em plsticos, pesticidas, raes, produtos
alimentcios e farmacuticos, fertiliantes e outros, tendo atualmente uma variedade muito
grande de aplicaes indstrias (DNPM, 2001).
Entendese por caulim, o material formado por um grupo de silicatos hidratados de
alumnio, principalmente caulinita e haloisita. Tambm podem ocorrer os minerais do grupo
da caulinita, a saber : diquita, nacrita, folerita, anauita, colirita e tuesita. Alm disso, o caulim
sempre contm outras substncias sobre a forma de impureas, deste traos at a faia de 40
50% em volume, consistindo, de modo geral, de areia, quarto, palhetas de mica, gros de
feldspato, idos de ferro e titnio, etc. A frmula qumica dos minerais do grupo da caulinita
Al2O3.mSiO2.nH2O, onde m varia de 1 a 3 e n de 2 a 4 (DNPM, 2001).
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Embora o mineral caulinita (Al2O3.2SiO2.2H2O) seja o principal constituinte do caulim,
outros elementos alm do alumnio, silcio, hidrognio e oignio achamse geralmente
presentes. A composio qumica do caulim usualmente epressa em termos de idos dos
vrios elementos, embora eles possam estar presentes em forma mais complicada e por vees
desconhecida (DNPM, 2001).
O caulim tem muitas aplicaes industriais e novos usos esto constantemente sendo
pesquisados e desenvolvidos. um mineral industrial de caractersticas especiais, porque
quimicamente inerte dentro de uma ampla faia de pH; tem cor branca; apresenta timo
poder de cobertura quando usado como pigmento ou como etensor em aplicaes de
cobertura e carga; macio e pouco abrasivo; possui baias condutividades de calor e
eletricidade; e seu custo mais baio que a maioria dos materiais concorrentes (DNPM, 2001).
Suas principais aplicaes atualmente so como agentes de enchimento (filler) no
preparo de papel; como agente de cobertura (coating) para papel couch e na composio
das pastas cermicas. Em menor escala, o caulim usado na fabricao de materiais
refratrios, plsticos, borrachas, tintas, adesivos, cimentos, inseticidas, pesticidas, produtosalimentares e farmacuticos, catalisadores, absorventes, dentifrcios, clarificantes,
fertiliantes, gesso, auiliares de filtrao, cosmticos, produtos qumicos, detergentes e
abrasivos, alm de cargas e enchimentos para diversas finalidades (DNPM, 2001).
2.6.
Basicamente, um resduo pode ser aproveitado como fonte energtica, ou como
matriaprima. Neste ltimo caso, o resduo pode ser criteriosamente introduido no mesmo
processo produtivo que o gerou, como ocorre na reciclagem, ou inserido em outro processo
produtivo (ABNT 10004/87).Para GTTSCHING e PAKARINEN (2000), os mais diversos destinos do lodo podem ser:
a incinerao com recuperao de energia, e o uso das cinas ou simplesmente a incinerao;
o processo de compostagem e seu uso na agricultura; na produo de cimento; fabricao de
tijolos, produo de concreto; na produo da massa para montagem de parede com areia, cal
e os tijolos; na construo de rodovia e depsitos nos mais diversos aterros. Devido ao valor de
aquecimento e do baio contedo de substanciais prejudiciais, muitos tipos de resduos do
processo da indstria de papel e recuperado so adequados para a recuperao de energia.
Porem preliminarmente deve ser efetuado um desge, e/ou um tratamento de
secagem em termos de slidos em cerca de 30 a 35% na ordem de slidos, para uma
possibilidade de uma combusto autosustentvel (CAPUTO et al., 2001).
2.7.
O progressivo enchimento das instalaes eistentes dos aterros, associado
diminuio da rea disponvel para novas instalaes e ao aumento dos custos relacionados
com a sua deposio em aterro, determinou que fossem equacionados cenrios alternativos
para reuso dos resduos que so os seguintes: produo de fertiliantes; incorporao em
materiais cermicos de construo; valoriao da fonte de energia e recuperao de fibras
(ARROJA et al., 2005).
O processo de compostagem muito utiliado para transformar os resduos orgnicos,
atravs de processos fsicos, qumicos e biolgicos, em uma matria biologicamente mais
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estvel (fertiliante). Para realiao do processo de compostagem, necessrio um espao
considervel para disposio do material, e um tempo longo para que ocorra a estabiliao
material que dependente dos parmetros de temperatura e umidade, por isso nem sempre
vivel. (CAMPREGHER, 2005)
O processo a ser implantado tem como objetivo eliminar quase que totalmente o
resduo slido gerado baseandose no aproveitamento trmico do prprio material. Como
produto final ser obtido um material de origem mineral, constitudo por carbonato de clcio e
caulim, que possui diversas aplicaes em indstrias cermicas, vidro, papel, sntese de
elitas e formao de silicatos.
O resduo que produido pelas fbricas de papel inicialmente possui mais umidade
que o seu prprio poder calorfico pode secar, portanto devese faer uma prsecagem a fim
de estabiliar a umidade para que no processo seguinte o de calcinao a umidade seja
totalmente evaporada. Os resduos gasosos da secagem e da calcinao sero tratados com
um lavador de gs. O produto final resultante da calcinao dever ser armaenado em um silo
para posterior venda para as indstrias cermicas.
2.7.1.
A caracterstica fundamental destas separaes a substituio da fora da gravidade
que atua sobre as partculas por uma fora centrfuga de maior intensidade e que pode ser
aumentada a nossa convenincia aumentandose a rotao. Tudo se passa como se o peso das
partculas fosse multiplicado por um fator maior que um, de modo que a decantao das
partculas no seio do liquido poder ser to rpida quando desejarmos (Gomide, 1980).
O fator de multiplicao do peso das partculas requerido em cada caso depende das
necessidades. Muitas vees procurase descobrir empiricamente atravs de ensaios delaboratrio a combinao mais conveniente das variveis de operao para se chegar a um
resultado satisfatrio. Mas o efeito das diversas variveis tambm pode ser descoberto atravs
da analise matemtica da operao (Gomide, 1980).
As centrifugas filtrantes constam de uma cesta que gira em alta velocidade em torno
de um eio vertical ou horiontal e cuja parede feita de tela ou placa perfurada. Os slidos
vo para a periferia e formam uma torta cuja espessura vai aumentando medida que a
operao prossegue. O filtrado passa atravs da torta e da tela sendo recolhido num tambor
fio em cujo interior esta girando a cesta (Gomide, 1980).
2.7.2.
Os fornos rotativos de calcinao, no passado, apresentavam uma eficincia trmica
baia (cerca de 20%), que quando comparados com os fornos verticais contnuos, com
eficincia trmica de cerva de 70 a 80%, poderia se pensar que, aps a crise energtica
mundial seria decretada a etino deste tipo de equipamento. Entretanto, ao contrario do
que se poderia prever, os fornos rotativos no caram em desuso. Medidas de conservao de
energia, tais como, utiliao de equipamento auiliares (preaquecedores e resfriadores),
reduiram muito as perdas de calor nos gases e no produto final. Alem disto, o uso de
preaquecedores possibilitou a reduo do comprimento dos fornos, sem a perda da
capacidade de produo, com conseqente reduo das perdas de calor pelas paredes do
forno. Como resultado de implantao destas medidas, associadas a um desenvolvimento do
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nvel de automatiao e controle, a eficincia trmica dos fornos rotativos modernos foi
bastante aumentada em relao aos antigos (CETEC, 1984).
Dados de literatura informam da eistncia de fornos rotativos curtos, com sistema de
preaquecimento e resfriamento, operando atualmente com eficincia trmica da ordem de
60%. Certamente que, quando comparado com fornos de calcinao do tipo vertical
convencional, forno vertical de fluo paralelo ou leito fluidiado, o forno rotativo ainda
apresenta uma eficincia trmica inferior. No entanto, algumas peculiaridades tcnicas do
forno rotativo, associadas implantao de medidas de aumento da eficincia trmica,
conforme j mencionado, tem possibilitado, no s a manuteno de antigas instalaes em
operao, como a instalao de novas unidades (CETEC, 1984).
De acordo com a Fundao Centro Tecnolgico De Minas Geraisas peculiaridades
tcnicas do forno rotativo destacamse:
Possibilidade de operao automatiada desde o carregamento ate a descarga;
Possibilidade de operao com combustveis diversos, tais como: leo, carvo, gs,
entre outros; Permite um controle bastante rigoroso da temperatura de calcinao podendo ser
feita uma queima controlada;
Maior regularidade nas caractersticas qumicas e granulomtricas do produto final.
2.7.2.1.
Para uma avaliao do processo de calcinao em forno rotativo, objetivando a
identificao de medidas que possam resultar em aumento de eficincia trmica do forno,
com consequente reduo do consumo especifico, de grande importncia o entendimento
de como se processam as trocas trmicas no interior deste equipamento, ou seja, como o calorgerado distribudo como calor til e calor perdido (CETEC, 1984).
O principio do processo de calcinao em forno rotativo consiste na movimentao da
carga no interior do forno, promovida pela rotao mecnica do mesmo, em sentido contrario
ao escoamento dos gases gerados pela queima de um combustvel na etremidade oposta a de
carregamento (CETEC, 1984).
2.7.2.2.
Esta ona de grande interesse de anlise visto que grande parte da transmisso de
calor para o material ocorre nessa regio atravs da radiao direta da chama. A fim depromover uma calcinao homogenia em todo o material que entra no calcinador devese
procurar obter uma carga bem misturada e que esta mistura ocorra em movimento rpido. As
medidas sugeridas para se atingir este objetivo so o aumento da velocidade de rotao e a
utiliao de misturadores, tais como lifters. O aumento da velocidade de rotao tende a
diminuir a superfcie do leito eposta ao calor. Isto resulta em queda da transferncia de calor,
pois o calor transferido proporcional rea do leito eposta a aos calores radiantes, da
chama e dos gases. Para contrabalancear essa situao a literatura sugere aumentar a
quantidade de carga e estreitar a seo de descarga atravs da colocao de uma elevao no
revestimento refratrio (CETEC, 1984).
2.7.2.3.
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Na seo entre a etremidade de alimentao do forno e a seo intermediaria ocorre
o preaquecimento da matria e o inicio da calcinao. Nesta seo o material aquecido por
radiao e conveco dos gases quentes de eausto e radiao e conduo pelas paredes do
forno (CETEC, 1984). Um eemplo de sistemas de praquecedores so os verticais e os de
grelha:
F 1
F 2
Devido ao fato de possurem revestimento refratrio, os preaquecedores verticais
podem trabalhar em temperaturas mais elevadas dos gases, resultando em maior economia
de combustvel. Os preaquecedores de grelha podem ser operados com alimentao calibrada
numa faia granulomtrica um pouco mais ampla que os preaquecedores verticais, alem de
apresentarem uma menor queda de presso. Entretanto, eigem ligas especiais na sua
construo, alem de serem vulnerveis a elevaes inesperadas de temperatura (CETEC, 1984).
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2.7.2.4.
Outra caracterstica da calcinao em forno rotativo que contribui para uma baia
eficincia trmica a perda de calor atravs do produto calcinado. Esta perda se deve ao fato
de que a etremidade de descarga do forno fica muito prima a ona de queima. A medida
adotada para recuperao do calor contido no produto calcinado a utiliao de resfriadores,
atualmente se utilia o resfriado denominada de contato (vertical). Neste equipamento o
produto calcinado descarregado por gravidade diretamente no resfriador. Ar ambiente
soprado na base do resfriado realiando o resfriamento por contato direto com as pedras de
cal. Aps passa atravs do resfriador, o ar praquecido usado no forno para combusto
(CETEC, 1984).
F 3 R
2.7.3.
Constituem a categoria mais nova de coletores de partculas. A eficincia de captao
guarda uma relao direta com a perda de carga e o custo do equipamento (Gomide, 1980).
Nos modelos mais simples as partculas incidem num anteparo mido onde so
coletadas, sendo depois arrastadas pela corrente liquida. Nos de maior eficincia chamados
lavadores de gs, as partculas incidem diretamente em gotculas liquidas que se modem
atravs do gs. Em certos tipos de equipamentos desta classe o liquido parcialmente
vaporiado e logo depois condensa sobre as partculas solidas que atuam como ncleos de
condensao. Por esse mecanismo o tamanho da partcula pode aumentar consideravelmente,o que facilita sua captao. A aglomerao e o coalescimento tambm ocorrem com muita
freqncia, eistindo modelos de lavadores que provocam a aglomerao das partculas por
meio de ultrasom, o que possibilita a captao dos aglomerados resultantes em ciclones
(Gomide, 1980).
O liquido geralmente utiliado a gua, muito embora leos minerais sejam
empregados em algumas situaes. O solido a separar deve ser molhado pelo liquido, porem
devese verificar com especial cuidado a eventualidade de se produirem compostos
corrosivos durante a lavagem (Gomide, 1980).
De acordo com Renaldo Gomide o grande ito deste tipo de coletores reside em
suas caractersticas bastante favorveis
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1)
A separao pode ser feita numa nica etapa, servindo, tanto como coletores de
primeiro, como de segundo estgio;
2) O slido retirado em suspenso lquida de fcil manuseio. Todavia, h necessidade de
separar o slido captado por meio de decantadores ou filtros
3) Praticamente qualquer grau de eficincia pode ser conseguido muito embora o
consumo de energia cresa medida que a eficincia vai aumentando.
4)
A condensao do liquido acarreta um aumento considervel da eficincia. Se os
slidos estiverem sendo retirados de uma corrente gasosa quente contendo uma
quantidade raovel de vapor dgua, o contato com o liquido frio poder reduir a
temperatura ate abaio do ponto de orvalho, traendo em conseqncia a
condensao brusca de uma parte do vapor sobre as partculas de p, que atuam
como ncleos de condensao. Assim o dimetro especifico das partculas aumenta, o
mesmo acontecendo com a sua eficincia.
Sua construo simples e compacta, apesar da grande faia de capacidade, eficincia
e granulomtrica que cobrem. Em consequncia, seu custo de instalao muito inferior aodos precipitadores eletrostticos e filtros mangas.
2.7.4. A
O armaenamento em depsitos abertos e silos fechados constituem a melhor pratica
industrial na indstria qumica. Quando o material chega a fabrica ou logo que produido, vai
para o silo por meio de um transportadorelevador. A descarga feita pela simples abertura da
parte inferior do silo na ocasio do uso ou da embalagem final. H silos e depsitos eternos,
porem ainda assim o custo relativamente alto em comparao com o dos armaenamentos
em pilhas (Gomide, 1980).A diferena fundamental entre um depsito e um silo a relao entre a altura e o
dimetro que no caso de um silo bem maior. Alem disso, um silo sempre fechado,
enquanto que um depsito pode ser aberto. Um silo geralmente de seco cilndrica, mas
tambm pode ser retangular. alto, sendo carregado pelo topo e descarregado pela base
atravs de um funil de descarga (Gomide, 1980).
Contrariamente ao que sucede com os lquidos a presso lateral eercida por um
slido granular sobre qualquer ponto da parede de um silo inferior a prevista com base no
peso do material que se encontra armaenada acima daquele ponto. De fato, eiste atrito
entre o solido e as paredes do silo e este efeito se fa sentir em toda a massa do material por
causa do travamento mutuo das partculas, dando como resultado, o alivio de uma parte
importante do peso do material sobre a base do silo. Em casos etremos a fora de atrito nas
paredes e o travamento das partculas so suficientes para evitar a queda do material a partir
de um dado ponto do deposito, mesmo que se retire todo o material armaenado abaio
naquele ponto. Este efeito de arqueamento tem que ser evitado, pois ele torna impossvel
retirar o material do interior do silo por escoamento. H recursos como a vibrao das paredes
ou do solido, o emprego de agitadores internos ou o uso de jatos de ar comprimido ou o vapor
para conseguir o esvaiamento, mas convm evitar que isto venha a ser necessrio. Pois a
vibrao se no for interrompida quando cessa a retirada de material, poder agravar o
arqueamento em virtude da maior compactao que ela provoca (Gomide, 1980).
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Apesar da tendncia dos slidos armaenados sarem por qualquer abertura prima
do fundo de um silo, conseguese melhor resultado faendo a sada na base porque a presso
eercida sobre a base sempre maior do que a presso lateral no mesmo nvel. Por outro lado,
convm que a abertura seja central a fim de evitar um aumento de presso do lado oposto
durante o esvaiamento. Na abertura de sada h geralmente uma vlvula rotativa para
controlar a vao (Gomide, 1980).
O projeto do funil de descarga de um silo depende do comportamento reolgico do
slido armaenado. Quando bem projetado haver escoamento fcil do slido, sem
arqueamento ou reteno parcial. Se o funil de descarga relativamente horiontal for cnico
ou piramidal, a inclinao das paredes relativamente horiontal devera ser
aproimadamente igual ao ngulo de atrito interno. Na prtica usase inclinao de 60,
embora paredes mais inclinadas possam ser especificadas para slidos de escoamento difcil.
Vibradores ou raspadores podero ser utiliados (Gomide, 1980).
2.8.
A produo de revestimentos cermicos vem a cada ano aumentando o seu volume,
fato este motivado pelo crescimento de vendas tanto no mercado interno como no mercado
eterno, por conseqncia, tambm do aumento da produtividade originada pelas inovaes
tecnolgicas. Uma viso estratgica do mercado a constante busca por novos produtos, que
possam garantir o fornecimento, tanto para a indstria como para o consumidor, de materiais
que possam se adequar s matriasprimas eistentes na situao atual, dentro do mbito
economicamente vivel realidade do setor e do mercado consumidor, levando em
considerao tanto a questo de custo quanto relao com o meio ambiente.
(CAMPREGHER, 2005)O setor de cermica vermelha (estrutural) tem aproimadamente o mesmo perfil em
praticamente todos os estados do Brasil. Este perfil mostra um grande potencial, aliado a
empresas de pequena capacidade tecnolgica e de investimentos e, conseqentemente, com
a fabricao de produtos (blocos) de baia qualidade. Ao mesmo tempo encontramse,
praticamente em todas as regies, jaidas de argila em qualidade e quantidade suficientes
para justificar investimentos econmicos e cientficos na rea (RIZZATTI, 2003).
2.8.1.
A argila um material natural, terroso, de granulao fina, que pode ser aglomeradoou um p, que geralmente adquire, quando umedecido com gua, certa plasticidade (SOUZA
SANTOS, 1989).
Argila Tagu um folhelho argiloso de cor cina escura bastante homognea e dura,
com estrutura planoparalela. Quando essa argila queimada 110C apresenta uma cor
cinaescuro, e na queima de 950C apresentam cor vermelha. J para queima a 1250C
(superqueima) a cor marrom ou preta. De uma maneira geral, so argilas para cermica
vermelha (tijolos de vrios tipos; blocos cermicos; pisos cermicos ou manilhas; agregado
leve de areia piroepandida; cermica utilitria), (SOUZA SANTOS, 1989).
Alm das caractersticas tcnicas que devem ser satisfeitas, outro fator muito
importante em se tratando de cermica vermelha a eigncia do baio custo das matrias
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primas, considerando que o produto final geralmente possui um baio valor agregado (DOS
SANTOS et al., 2005).
2.8.2. A A
A grande maioria desse setor industrial utilia tcnicas de produo ultrapassadas,com um atraso tecnolgico de aproimadamente 50 anos, no havendo controle efica das
variveis de processo. O que provoca a produo de peas de baia qualidade e imensas
perdas em todas as fases de produo, ocasionando aumentos nos custos e no atendimento
as novas eigncias normativas da rea (R. S. MACEDO, 2008).
As argilas ideais para a fabricao dos produtos de cermica vermelha devem, de
modo geral, ser de fcil desagregao, apresentar distribuio granulomtrica conveniente,
adequada combinao entre materiais plsticos e no plsticos e possuir teor de matria
orgnica que possa conferir, juntamente com a granulometria, boa plasticidade e resistncia
mecnica suficiente para evitar deformaes e permitir o manuseio das peas cruas [4],
utiliandose a menor quantidade possvel de gua no processo de conformao. A reduo no
teor de gua utiliado no processo de etruso, sem prejuo da plasticidade e trabalhabilidade
das massas cermicas e das propriedades cermicas das peas midas, secas e aps queima,
acarretar uma reduo diretamente proporcional nos gastos energticos com a secagem [5].
A reduo no teor de gua tambm implicar diretamente na diminuio dos problemas de
trincas e empenamentos que ocorrem na etapa de secagem. A plasticidade de um sistema
pode ser definida com a propriedade de se deformar pela aplicao de uma fora e manter
essa deformao aps a retirada dessa fora (R. S. MACEDO, 2008).
Com a evoluo na tecnologia de fabricao, vrios aditivos passaram a ser utiliados
nas formulaes cermicas a fim de auiliar desde o processo de moagem at etapasposteriores queima, podendo agir como defloculantes, floculantes, lubrificantes, etc. [6].
Vrios aditivos podem ser utiliados para alterar as caractersticas de plasticidade das massas,
produindo um comportamento de fluo e propriedades adequadas para a conformao. O
emprego desses aditivos facilita o uso da massa e pode melhorar o desempenho mecnico do
produto final [7]. Em geral, os aditivos (adies) utiliados em cermica vermelha para
alterar a plasticidade das massas so chamados de emagrecedores ou de plastificantes,
conforme reduam ou aumentem a plasticidade do sistema, respectivamente. Dentre os
emagrecedores comum o uso de areias, rochas carbonadas, resduos da prpria produo
(aps moagem) e at resduos industriais como as cinas volantes e do beneficiamento mineral
(R. S. MACEDO, 2008).
Os aditivos podem ser utiliados no processamento de cermicas vermelhas,
influenciando significativamente o limite e o ndice de plasticidade das massas, o que ter
implicaes diretas no comportamento de processamento e de secagem do material. Esses
estudos observaram que a utiliao dos aditivos poderia diminuir o consumo de energia
eltrica na etrusora entre 10 e 20%, diminuir defeitos de etruso, podendo reduir custos e
defeitos associados ao processamento (R. S. MACEDO, 2008).
2.8.3.
O processo de produo de cermica estrutural (tijolos) consiste basicamente das
etapas: preparao da argila, moldagem, secagem e queima (CAMPREGHER, 2005).
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2.8.3.1. A
O processo de preparao da matria prima consiste da dosagem (formulao) e
mistura das argilas. A dosagem das argilas deve ser feita de forma a promover uma pasta que
atenda determinadas caractersticas para uma boa moldagem, secagem e queima (RIZZATTI,
2003, p.56).
2.8.3.2.
A moldagem dos blocos feita por etruso na maromba ou etrusora, que tem como
finalidade principal dar forma ao bloco. A segunda funo reduir ao mnimo o ar contido ou
includo na massa cermica pela ao das misturas e gua agregada (RIZZATTI, 2003, p.57).
2.8.3.3.
Se a argila for levada ainda mida para o forno, a umidade interior ficar retida pelacrosta eterna. Nesta operao retirada unicamente a gua agregada, ou de amassamento,
que resta na massa aps a etruso, deiando uma pequena percentagem, necessria para
manter a resistncia do bloco para o seu manuseio. Deve ser lenta e uniforme, a fim de que a
gua seja eliminada igualmente de toda massa de forma gradual (RIZZATTI, 2003, p.58).
2.8.3.4.
a fase mais importante da fabricao dos materiais cermicos. Consiste em provocar
as mais diversas transformaes qumicas e fsicas nos materiais que compem a massa
cermica, a fim de se obter um novo material que constitui o corpo cermico. Algumas sorpidas, outras eigem mais tempo. Nisso, influi no somente a temperatura alcanada, mas
tambm a velocidade de aquecimento, de esfriamento, atmosfera ambiente, tipo de forno e
combustvel usado (RIZZATTI, 2003, p.58).
2.9.
Reciclagem o conjunto das tcnicas cuja finalidade aproveitar detritos e introdu
los novamente no ciclo de produo. A reciclagem de resduos, independente do seu tipo,
apresenta vrias vantagens em relao utiliao de recursos naturais "virgens", dentre as
quais se tem: reduo do volume de etrao de matriaprima e reduo do consumo deenergia. A vantagem mais visvel da reciclagem a preservao dos recursos naturais,
prolongando sua vida til e reduindo a destruio da paisagem, fauna e flora (MENEZES et al.,
2002a).
O reaproveitamento de resduos provenientes de processos industriais para obteno
de produtos cermicos na construo civil. uma das solues para o problema ambiental
associado ao descarte de resduos poluentes (OLIVEIRA e HOLANDA, 2004).
Vrios so os resduos industriais absorvidos pela indstria cermica, podendo se citar
os resduos de minerao, da indstria do papel e celulose, metalrgica etc. que,
independente de sua origem, tm utiliao cada dia maior como matriasprimas alternativas
na indstria cermica. As massas utiliadas na indstria de cermica tradicional so de
naturea heterognea, geralmente constituda de materiais plsticos e no plsticos, com um
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vasto espectro de composies, motivo pelo qual permitem a presena de materiais residuais
de vrios tipos, mesmo em porcentagens significantes. Desta forma, a reciclagem e a
reutiliao de resduos provenientes de diferentes processos industriais, como novas
matriasprimas cermicas, tm sido objeto de pesquisas em diversas instituies (MENEZES et
al., 2002a).
CHIHHUANG WENG et al., (2003) utiliaram lodo de uma planta de tratamento de
gua residuria industrial para produo de tijolos. A pesquisa demonstrou que possvel
produir tijolos com qualidade de engenharia.
FERNANDES (2002), reutilia lodo da estao de tratamento de efluente da indstria
de cermica em materiais cermicos de revestimento. Os resultados dos ensaios laboratoriais
demonstraram que a incorporao de 5% de lodo na massa padro no afetou as
caractersticas de absoro dgua, retrao linear, e resistncia mecnica. Com a incorporao
de resduos nos materiais cermicos, h a ocorrncia de algumas caractersticas diferenciadas
dos corpos de provas produidos com matria prima tradicional (sem resduos) (AMBRSIO et
al., 2004). O uso destes resduos como matriaprima em material cermico fornece asqualidades iguais ou at um pouco inferior ao material tradicional. Assim mesmo temse o
ganho que a preservao ambiental.
Em estudos realiados na confeco de tijolos, foi observado que dois fatores so
determinantes na produo de tijolos, um deles a temperatura de queima e o outro a
proporo de lodo utiliado. (CHIHHUANG WENGET al., 2003)
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3. :
O projeto tem como objetivo secar e calcinar o lodo oriundo da industria papeleira, a
secagem ser feita por um secador de leito fluidiado que aproveita os gases quentes do forno
de calcinao. Logo depois de calcinado o produto ser embalada e vendido a empresas decermica.
3.1. :
A indstria de papel tissue que usa como matria prima aparas de papel gerando
uma grande quantidade de lodo com produo em torno de 10.000 toneladas de lodo mido
por ms. Aps o tratamento adequado de reduo do contedo de gua e matria orgnica
que certa de 78% do peso do lodo bruto, chegase ento a quantidade de 2.200
toneladas/ms, ou ainda 26.400 toneladas/ano, de subproduto que pode ser comercialiado
na produo de cermica vermelha como carga mineral. Os clculos esto descritos noapndice A.
3.2. :
Esse subproduto pode ser vendido em torno de R$ 50,00 reais a tonelada,
considerando ainda que as duas empresas de reciclagem de papel pesquisadas tm um custo
de disposio do lodo em aterro de R$ 30,00 reais a tonelada de lodo bruto. Partindo dessa
premissa, com a venda do lodo calcinado terse um faturamento de R$ 50,00 reais a
tonelada de subproduto tratado mais R$ 18,00 reais por tonelada de lodo bruto, considerando
a capacidade de produo de 26.400 toneladas de lodo tratado por ano, utiliandose 120.000toneladas de lodo bruto por ano, ento se tem, aproimadamente, R$ 2.160.000 reais por ano
recebido pelas empresas fornecedoras do lodo mais R$ 1.320.000 reais por ano da venda do
subproduto tratado, ou ainda, R$ 3.480.000 reais por ano. Os clculos esto descritos no
apndice B.
3.3. :
O projeto se inicio com a escolha do professor orientador e o tema a ser
desenvolvido o projeto, a partir disso foi iniciada a reviso bibliogrfica a fim de entender
melhor o processo e estipular a capacidade do projeto e seu faturamento esperado. Com issoo diagrama do processo foi desenvolvido para a partir dele calcular o balano de massa do
projeto, com isso foi feita a entrega do prprojeto.
No ano seguinte foi desenhado o fluograma de processo e a partir dele munido do
balano de massa tornouse possvel o dimensionamento dos equipamentos que sero
necessrios para o tratamento do lodo junto com a quantidade de utilidades que sero
utiliadas, portanto o laout e o diagrama de tubulao e instrumentao pode ser desenhado.
Munido de todas essas informaes podese ser feita a entrega do projeto final e logo em
seguida a apresentao do trabalho.
Os acontecimentos citados acima esto apresentados na tabela 1.
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T 1 C P
2011 2012
Ago Set Out Nov De Jan Fev Mar Abr Mai Jun JulNome
OrientadorX
Tema Projeto X
Titulo Projeto X XCapacidade
ProjetoX X
Faturamento X XDiagrama de
ProcessoX X
BalanoMassa
X X
Prprojeto X X XRevisoLiterria X X X X X
Fluogramado Processo
X X
Balano deEnergia
X X
Dimensionamento de
EquipamentosX X
Determinaode Utilidades
X X
Diagrama
T + I X XLaout X X
Entrega doProjeto
X
Apresentaodo Projeto
X
3.4.
O diagrama do processo est apresentado no apndice C.
3.5.
O inicio do projeto se da com o lodo vindo das industrias papeleiras por caminho
caamba, chega nas instalaes da fabrica. O Caminho ir descarregar o lodo diretamente na
moega B100 posicionada perto do secador T100, essa moega tem a capacidade de 300m que
totalmente cheia tem matriaprima suficiente para rodar o processo por 24h.
Da moega o lodo ser retirado por um transportador helicoidal H100 e ser colocado
numa tubulao que com velocidade e temperatura o lodo comea a se secar, a velocidade se
d pelo ventilador V100 e a temperatura da corrente conseguida pelo combustor A120 que
queima gs natural para aumentar a temperatura.
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28
O secador de leito fluidiado T100, utilia duas correntes de ar quentes a 350C que
fornecem a energia necessria para secar o lodo e ao mesmo tempo as correntes fornecem a
velocidade suficiente para que o sistema entre em meio fluido. Esse sistema precisa alcanar
uma velocidade de 25 m/s (dado fornecido pela Albrecht Equipamentos Industriais), a medida
que as partculas perdem gua elas perdem peso e comeam a subir sendo capitadas pelos
ciclones F100 e F110 que esto posicionados em srie. Os ciclones iram separar as partculas
de lodo que esto secas do ar e do vapor de gua.
O lodo seco que sai dos ciclones a alimentao do forno de calcinao A110 que tem
como objetivo queimar as fibras do lodo para gerao de ar quente que voltar ao secador
para ter aproveitamento de energia, esses gases da queima sero retirados por um ventilador
V110 que mandar os gases para o secador, esse ar quente deve ser diludo com ar ambiente
at uma temperatura de 350C pois esse ar sai a uma temperatura muito alta e poderia
queimar as fibras no secador, e ainda a 700C ir acontecer a transformao do Caulim em
Metacaulim. Como o material possui muita cina que pode apagar o fogo do forno, ele ter
como apoio um combustor A100 de gs natural que ir manter a temperatura a 700 Cfornecendo 10% a mais de energia que as fibras iro liberar.
As cinas da queima sero transportadas pneumaticamente por um ventilador V120
que juntamente com um ar de diluio iro abaiar a temperatura das cinas at
aproimadamente 60C. As cinas iro passar por um moinho Z100 que tem como objetivo
homogeneiar o tamanho das partculas.
Aps o moinho as cinas sero armaenadas num silo B110 que tem um volume de 683
m, esse volume capa de armaenar 72h de produto continua.
A medida que o mercado for absorvendo o produto ele ser transportado do silo at a
ensacadeira A130 pelo transportador helicoidal H110. O produto ser armaenados em big
bags.
3.6. B
O balano de massa comeou a ser calculado a partir do forno calcinador, pois a sada
dos minerais no forno uma corrente de amarrao, e com isso o balano de massa foi
calculado em sentido contrrio. Os clculos e as composies de cada corrente esto descritas
no apndice D.
3.7. B
Os clculos da energia consumida pelo processo bem como da energia fornecida pelo
prprio lodo esto descritos no apndice E.
3.8.
A tubulao que foi dimensionada a tubulao que leva as cinas de modo
pneumtico ate o moinho que est localiado logo acima do silo pulmo que armaena o
produto final, essa tubulao est representada pela corrente 60. Todos os clculos
necessrios para o dimensionamento da tubulao esto descritos no apndice F.
3.9.
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29
As caractersticas dos equipamentos, tais como: dimetro, volume, vaes suportadas, foram
calculadas de modo especfico para cada equipamento devido a sua naturea prpria. Os
clculos necessrios para determinao dessas caractersticas esto descritos no apndice G.
3.10.
Os fluogramas represento o processo de modo geral e neles esto contidas diversas
informaes como as correntes que entram e saem de cada equipamento, as utilidades
necessrias para a realiao do processo, informaes gerais das caractersticas de cada
equipamento, entre outros.
Os fluogramas esto descritos no apndice H.
3.11.
O diagrama de tubulao e instrumentao (T + I), foi realiado apenas de uma etapa
do processo, sendo a etapa de calcinao do lodo.O diagrama de tubulao e instrumentao est descrito no apndice I.
3.12.
Uma lista de todos os equipamentos utiliados no processo junto com suas
caractersticas especficas e a empresa fornecedora do equipamento, esto dispostos no
apndice J.
3.13.
Instrumentos de medida e controle que sero utiliados no processo, bem como a
descrio de suas funes esto dispostos no apndice K.
3.14.
Todas as utilidades necessrias no projeto bem como suas quantidades necessrias e
em qual equipamentos sero utiliadas, esto dispostas no apndice L
3.15.
Todos os equipamentos foram dispostos em um laout com escala de 1:200, para que
possa se ter uma ideia do tamanho que ser ocupado pela industria. Esse Laout est presente
no apndice M.
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30
4. C
Foi apresentada neste trabalho a fundamentao terica a cerca da problemtica de
produo de resduo e embasado em literatura foi proposto um processo de tratamento a fim
de eliminar este problema, foi possvel formular o diagrama de blocos do processo eapresentar o balano de massa levando em conta a capacidade necessria de tratamento.
Cada ve mais o mundo em que vivemos temos que ter em mente um consumo de
produtos sustentvel, no somente depois do produto utiliado mas tambm desde a sua
fabricao, neste trabalho foi proposta uma alternativa para tentar ameniar a grande
quantidade de resduo que um processo de fabricao de papeis Tissue produ e ao mesmo
tempo objetivouse o dimensionamento de toda uma planta industrial que fosse capa de
tornar um processo j eistente ainda mais sustentvel, toda a parte de fluograma de
processo, desenhos tcnicos, balanos de massa e energia e dimensionamento de
equipamentos, foi possvel ser posta em prtica para conseguir o maior grau de detalhamento
nesse projeto.Portanto o objetivo proposto pela disciplina de Planejamento e Projeto da Indstria II
(TCC) foi alcanado com sucesso.
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31
5. B
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AC
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AC A CAACA C
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O projeto tem como objetivo tratar o lodo bruto vindo da industria de papel tissue, levando
em conta a regio em que a industria ir se instalar tero duas empresas fornecedoras do lodo
e essas empresas iro fornecer 120 000 toneladas por ano para ser tratado.
Regime de trabalho: 24h/dia. 7dia/semana
Tipo de Processo: Contnuo
Horas disponveis: 24h/dia. 365dias/ano = 8760h/ano
Considerando 20% do tempo disponvel para eventuais paradas para manuteno e
recuperao da produo
Horas trabalhadas: 8760.0,8=7008h/ano
Capacidade Nominal: 120.000 ton/ano
Dividindose a capacidade nominal pelas horas trabalhas ter como resultado a capacidade
horria:
Capacidade Horria: 120.000 ton/ano / 7008h = 17,12 Ton/h
Capacidade Diria: 17,12 ton/h*24h = 410,88 Ton/dia
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AC B AA A
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Sero cobrados da empresa fornecedora R$ 18,00 reais a tonelada de lodo bruto que ser
utiliado como matria prima para a gerao de um subproduto que ser vendido a R$ 50,00
reais a tonelada aps tratamento.
Matria Prima: 10.000 ton/ms * 18 R$/ton = 180.000 R$/ms
Matria Prima Anual: 180.000 R$/ms * 12 meses = 2.160.000 R$/ano
Venda subproduto: 2200 ton/ms * 50 R$/ton = 110.000 R$/ms
Venda subproduto anual: 110.000 R$/ms * 12 meses = 1.320.000 R$/ano
Faturamento mensal: 180.000 R$/ms + 110.000 R$/ms = 290.000 R$/ms
Faturamento anual: 2.160.000 R$/ano + 1.320.000 R$/ano = 3.480.000 R$/ano
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AC C AAA BC
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Lodo
Secagem
Separao
Calcinao
Moagem
Estocagem
Envasamento
10
20
40
60
70
80
50
30
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AC BAA AA
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Devido a anlise efetuada em laboratrio (aneo K) constatouse que a matria prima que
alimenta o sistema possui:
T 2. C
C C (M)
F C 20,00%CCO3 26,00%C 14,00% 40,00%
A calcinao deve ocorrer a 700C, garantindo assim que no haja a decomposio do
Carbonato de Clcio e ainda ocorra a transformao do Caulim em Metacaulim conforme a
reao abaio:
F 4. R M
Durante essa reao ocorre um consumo de energia necessrio para a retirada de duas
molculas de gua, essa gua retornar ao secador aonde ser retirado do sistema pelos
ciclones. Sendo assim ser calculado o peso molecular de cada substancia que ser necessrio
para calcular a gua que retirada da molcula de Caulim.
Clculo do Peso Molecular
Com base nos seguintes pesos moleculares retirados da Tabela Peridica sero calculados ospesos de cada molcula envolvida na reao:
T 3. P M
C P M (/M)
A (A) 26,98S (S) 28,08
O (O) 16,00H (H) 1,00
Caulim [Al2Si2O5(OH)4]PMCaulim= 2*26,98 + 2*28,08 + 9*16,00 + 4*1
PMCaulim= 258,12 g/mol
Metacaulim [Al2O3.2SiO2]
PMMetacaulim= 2*26,98 + 7*16,00 + 2*28,08
PMMetacaulim= 222,12 g/mol
gua [H2O]
PMgua=2*1 + 1*16
PMgua= 18 g/mol
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Clculo da gua retirada da reao
A massa de Caulim alimentada 14% da capacidade horria, portanto:
MCaulim= 0,14 * 17,12 ton/h
MCaulim= 2,40 ton/h
Conforme a reao balanceada sabese que a cada molcula de Caulim adicionada ao sistema
tero duas molculas de gua que sairo do sistema, portanto:
258,12 g de Caulim > 36 g de gua
2,40 ton de Caulim > X ton de gua
Sendo assim a massa de gua que sai da reao :
Mgua = 0,34 ton/h
Clculo de Metacaulim formado
Conforme a reao sabese que:
258,12 g de Caulim > 222,12 g de Metacaulim
2,40 ton de Caulim > X Ton de Metacaulim
Portanto a massa de Metacaulim formado de:
MMetacaulim= 2,07 ton/h
Balano de Massa por Corrente
O balano de massa por corrente ser iniciado pelo final do sistema.
Corrente 60
Para o calculo da corrente 60 devese antes calcular a massa de entrada do Carbonato de
Clcio no sistema pois ele permanece inerte durante todo o trajeto portanto sua vao mssicase conserva, sabese que o Carbonato de Clcio representa 26% em massa da matria prima
portanto multiplicado pela capacidade horria temos a vao de Carbonato de Clcio:
MCaCO3= 0,26*17,12
MCaCO3= 4,45 ton/h
Agora as cinas formadas pela queima do material ser o produto final e nestas cinas ter a
composio de Carbonato de Clcio e Metacaulim formado pela reao, visto que a alta
temperatura do forno garante que no ser arrastado nenhuma matria orgnica ou umidade,
portanto a massa total dessa corrente igual a massa de Metacaulim formado pela reaosomado ao Carbonato de Clcio que foi alimentado no sistema, portanto:
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M60= MCaCO3+ MMetacaulim
M60= 4,45 + 2,07
M60= 6,52 ton/h
De posse das vaes mssicas dos componentes ser calculado a composio dos
componentes para essa corrente, dividindo a vao de cada componente pela vao total,
sendo assim:
XCaCO3= MCaCO3/ M60
XCaCO3= 4,45 / 6,52
XCaCO3= 0,6825
XMetacaulim= MMetacaulim/ M60
XMetacaulim= 2,07 / 6,52XMetacaulim= 0,3175
T 4. C C 60
C C (M) T/
CCO3 68,25% 4,45M 31,75% 2,07
T 6,52
Corrente 70
Essa corrente ter a mesma composio da corrente 60, pois o material apenas sofre umamoagem para que tenha seu tamanho diminudo.
T 5. C C 70
C C (M) T/
CCO3 68,25% 4,45M 31,75% 2,07
T 6,52
Corrente 80
Essa corrente ter a mesma composio da corrente 70 porem nessa etapa do processo corrente passar por um silo pulmo que servir para manter o produto pronto em estoque e
empacotlo medida que o mercado absorve. Para este projeto essa corrente ser
considerada constante.
T 6. C C 80
C C (M) T/
CCO3 68,25% 4,45M 31,75% 2,07
T 6,52
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Corrente 40
Essa corrente a alimentao do forno calcinador por onde passar CaCO3, Caulim, fibras
celulsicas e ainda ser considerado que essa corrente possua 25% de umidade residual. A
vao de Carbonato de Clcio permanece constante:
M40,CaCO3= M10,CaCO3
M40,CaCO3= 4,45 ton/h
A vao de Caulim que entra no calcinador a mesma vao de alimentao, portanto:
M40,Caulim= MCaulim
M40,Caulim= 2,40 ton/h
Para a vao de fibras, sabese que as fibras no sofreram nenhum transformao at o
momento portanto a vao de entrada de fibras ser igual a vao de entrada do calcinador,ento:
M40,fibras= M10,fibras
M40,fibras= 3,42 ton/h
Como o secador no possui total eficincia ser considerado que essa corrente ainda possua
25% em peso de umidade, portanto as vaes de fibras e carbonato de clcio represento 75%
desse total, sendo assim
M40,H2O= [(M40,fibras+ M40,CaCO3+ M40,Caulim)*0,25]/0,75M40,H2O= [(3,42 + 4,45+2,40)*0,25]/0,75
M40,H2O= 3,42 ton/h
A vao total da corrente pode ser calculado somando as suas composies:
M40= M40,CaCO3+ M40,fibras+ M40,H2O+ M40,Caulim
M40= 4,45 + 3,42 + 3,42 + 2,40
M40= 13,69 ton/h
De posse das vaes mssicas dos componentes ser calculado a composio dos
componentes para essa corrente, dividindo a vao de cada componente pela vao total,
sendo assim:
X40,CaCO3= 4,45/13,69
X40,CaCO3= 0,3250
X40,Caulim= 2,40/13,69
X40,Caulim= 0,1753
X40,fibras= 3,42/13,69
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X40,fibras= 0,2498
X40,gua= 3,42 /13,69
X40,gua= 0,2498
T 7. C C 40
C C (M) T/
CCO3 32,50% 4,45C 17,53% 2,40
F C 24,98% 3,42 24,98% 3,42T 13,69
Corrente 50
Na corrente 50 aonde a sada dos gases quentes oriundos da queima do material ao qual
ser utiliado no secador, sabese que ser composta de grande parte dos gases de queima eainda pode conter alguma umidade que o secador no conseguiu retirar. Os gases resultantes
da queima tero como combustvel as fibras celulsicas e o gs natural que servir de apoio a
queima, portanto tudo que entra de orgnico no sistema pela corrente 10 mais a quantidade
de gs natural, se tornar os gases de combusto. Portanto:
M50, Gs= M10,Fibras+ MGs1+ MAr 1
M50, Gs= 3420 + 122,93 + 2326,10
M50, Gs= 5869,03 kg/h
M50,gua= M40,gua= 3,42 ton/h
M50= M50, Gs+ M50,gua
M50= 5869,03 + 3420,00
M50= 9 289,03 kg/h
De posse das vaes mssicas dos componentes ser calculado a composio dos
componentes para essa corrente, dividindo a vao de cada componente pela vao total,
sendo assim:
X50, Gs= 5869,03/9 289,03
X50, Gs= 0,6318
X50,gua= 3420,0/9 289,03
X50,gua= 0,3682
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T 8. C C 50
C C (M) /
G C 63,18% 5869,03 36,82% 3420,00T 9 289,03
Corrente 52
A corrente 52 a juno da corrente de ar falso 1 mais a corrente 50 portanto podese somar
as duas correntes:
M52, Gs= M50, Gs+ MAr Falso1
M52, Gs= 9 289,03 + 13 781,80
M52, Gs= 23 070,83 kg/h
M52,H2O= M50,gua
M52,H2O= 3420,00 kg/h
M52= M52,gua+ M52, Gs
M52= 3420,00 + 23070,83
M52= 26 490,83 kg/h
De posse das vaes mssicas dos componentes ser calculado a composio dos
componentes para essa corrente, dividindo a vao de cada componente pela vao total,
sendo assim:
X52,Gs= 23 070,83/26 490,83
X52,Gs= 0,8709
X52,gua= 3420,00/26 490,83
X52,gua= 0,1291
T 9. C C 52
C C (M) /
G C 87,09% 23 070,83
12,91% 3 420,00T 26 490,83
Corrente 10
A corrente 10 que est a corrente de entrada no sistema, possui sua composio j
determinada em laboratrio portanto apenas se multiplica suas concentraes pela
capacidade horria:
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T 10. C L
C C (M)
F C 20,00%CCO3 26,00%C 14,00%
40,00%
M10= MCapacidadeM10= 17,12 ton/h
M10,Fibra= X10,fibra* M10
M10,Fibra= 0,2 * 17,12
M10,Fibra= 3,42 ton/h
M10,CaCO3= X10,CaCO3* M10
M10,CaCO3= 0,26 * 17,12
M10,CaCO3= 4,45 ton/h
M10,Caulim= X10,Caulim* M10
M10,Caulim= 0,14 * 17,12
M10,Caulim= 2,40 ton/h
M10,gua= X10,gua* M10M10,gua= 0,4 * 17,12
M10,gua= 6,85 ton/h
T 11. C C 10
C C (M) T/
F C 20,00% 3,42CCO3 26,00% 4,45C 14,00% 2,40 40,00% 6,85T 17,12
Corrente 12
A corrente 12 suga os gases do combustor 2 por meio de um ventilador que somase a
corrente 10 para ganhar velocidade para fluidiar o secador, portanto:
M12,Fibra= M10,Fibra
M12,Fibra= 3,42 ton/h
M12,CaCO3= M10,CaCO3
M12,CaCO3= 4,45 ton/h
M12,Caulim= M10,CaulimM12,Caulim= 2,40 ton/h
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M12,gua= M10,gua
M12,gua= 6,85 ton/h
M12,Gs= MAr2+ MGs2
M12,Gs= 2 388,76 + 126,25
M12,Gs= 2 515,01 kg/h
M12= M12,Fibra+ M12,CaCO3+ M12,Caulim+ M12,gua+ M12,Gs
M12= 3,42 + 4,45 + 2,40 + 6,85 + 2,52
M12= 19,64 ton/h
De posse das vaes mssicas dos componentes ser calculado a composio dos
componentes para essa corrente, dividindo a vao de cada componente pela vao total,
sendo assim:
X12,Fibra= 3,42/19,64
X12,Fibra= 0,1741
X12,CaCO3= 4,45/19,64
X12,CaCO3= 0,2266
X12,Caulim= 2,40/19,64
X12,Caulim= 0,1222
X12,gua= 6,85/19,64
X12,gua= 0,3488
X12,Gs= 2,52/19,64
X12,Gs= 0,1283
T 12. C C 12
C C (M) T/
F C 17,41% 3,42CCO3 22,66% 4,45C 12,22% 2,40 34,88% 6,85
G C 12,83% 2,52T 19,64
Corrente 20
A corrente 20 tratase apenas do somatrio da corrente 52 e da corrente 12, portanto:
M20,Fibra= M12,Fibra
M20,Fibra= 3,42 ton/h
5/19/2018 Balan o de Energia Forno
50/130
49
M20,CaCO3= M12,CaCO3
M20,CaCO3= 4,45 ton/h
M20,Caulim= M12,Caulim
M20,Caulim= 2,40 ton/h
M20,gua= M12,gua+ M52,guaM20,gua= 6,85 + 3,42
M20,gua= 10,27 ton/h
M20,Gs= M12,Gs+ M52,Gs
M20,Gs= 2,52 + 23,07
M20,Gs= 25,59 ton/h
M20= M20,Fibra+ M20,CaCO3+ M20,Caulim+ M20,gua+ M20,GsM20= 3,42 + 4,45 + 2,40 + 10,27 + 25,59
M20= 46,13 ton/h
De posse das vaes mssicas dos componentes ser calculado a composio dos
componentes para essa corrente, dividindo a vao de cada componente pela vao total,
sendo assim:
X20,Fibra= 3,42/46,13
X20,Fibra= 0,0742
X20,CaCO3= 4,45/46,13
X20,CaCO3= 0,0965
X20,Caulim= 2,40/46,13
X20,Caulim= 0,0520
X20,gua= 10,27/46,13
X20,gua= 0,2226
X20,Gs= 25,59/46,13
X20,Gs= 0,5547
T 13. C C 20
C C (M) T/
F C 7,42% 3,42CCO3 9,65% 4,45C 5,20% 2,40 22,26% 10,27
G C 55,47% 25,59
T 46,13
5/19/2018 Balan o de Energia Forno
51/130
50
Corrente 22
A corrente 22 a sada do primeiro ciclone e estimase que pelo menos 60% de toda a etapa
de separao seja efetuada por ele, portanto 60% da corrente 40 que a juno das duas
correntes de separao a composio da corrente 22.
M22,CaCO3= 0,6 * M40,CaCO3
M22,CaCO3= 0,6 * 4,45
M22,CaCO3= 2,67 ton/h
M22,Caulim= 0,6 * M40,CaulimM22,Caulim= 0,6 * 2,40
M22,Caulim= 1,44 ton/h
M22,Fibra= 0,6 * M40,Fibra
M22,Fibra= 0,6 * 3,42M22,Fibra= 2,05 ton/h
M22,gua= 0,6 * M40,gua
M22,gua= 0,6 * 3,42
M22,gua= 2,05 ton/h
M22= M22,CaCO3+ M22,Caulim+ M22,Fibra+ M22,guaM22= 2,67 + 1,44 + 2,05 + 2,05
M22= 8,21 ton/h
Suas fraes mssicas permanecem constantes e igual as fraes da corrente 40.
T 14. C C 22
C C (M) T/
CCO3 32,50% 2,67C 17,53% 1,44
F C 24,98% 2,05 24,98% 2,05T 8,21
Corrente 24
A corrente 24 tratase de tudo aquilo que o ciclone no foi capa de separar mais os
componentes que devem ser separados, co
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