Analice Azevedo
Bactérias associadas às DSTs
Analice C. Azevedo
UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA
DEPARTAMENTO DE PARASITOLOGIA, MICROBIOLOGIA E IMUNOLOGIA
Doenças sexualmente transmissíveis
• Conceito: As doenças do sistema reprodutivo transmitidas pela atividade sexual.
• DST IST: INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS.
• Mais de 30 bactérias, vírus e infecções parasitárias têm sido identificados como transmitidos sexualmente.
• As de origem bacteriana podem ser tratadas antibióticos e podem ser basicamente prevenidas pelo uso de preservativos.
• Patógenos encontrados nos fluídos corporais do trato geniturinário.
Doenças sexualmente transmissíveis
• Patógenos encontrados nos fluídos corporais do trato geniturinário.
• Bactérias que causam ISTs são sensíveis ao estresse ambiental e requerem contato íntimo para a transmissão.
• OMS No Brasil as ISTs a cada ano: - Sífilis: 937.000 - Gonorreia: 1.541.800 - Clamídia: 1.967.200
Infecções sexualmente transmissíveis
Importante problema de saúde pública: Mudança do comportamento sexual (difícil)
Poucas vacinas disponíveis
Portadores assintomáticos; > período de incubação
(transmissão)
DST: possibilidade de infecção múltipla!
• Neisseria gonorrhoeae Gonorréia
• Treponema pallidum Sífilis
• Haemophilus ducreyi Cancro Mole
• Chlamydia trachomatis UNG
• Ureaplasma urealyticum UNG
• Mycoplasma hominis e M. genitalium UNG
Principais agentes etiológicos bacterianos - IST
Presença de corrimento:
• Gonorréia
• Uretrite não gonocócica
• Vaginose (cheiro de “peixe’)
Presença de úlceras (aumentam risco de aquisição):
• Sífilis
• Cancro mole
• Linfogranuloma venéreo
• Granuloma inguinal
• Herpes
Infecções sexualmente transmissíveis - Sintomas
Assintomáticos: Gonorréia
UNG (clamídia) Sífilis
Fluídos corporais: ato sexual Transfusão:
• T. pallidum/ HIV
Congênita (via placenta ou canal do parto)
• Sífilis (Qualquer fase da gestação, especialmente no 1º trimestre)
• Gonorréia (oftalmite neonatal), Clamídia (conjuntivite, pneumonia)
Infecções sexualmente transmissíveis - Transmissão
Infecções sexualmente transmissíveis - Sintomas
Úlceras Genitais: - A maioria das úlceras são causadas pelo Herpes ou Sífilis, depois cancro mole, linfogranuloma venéreo e donovanose.
Doença Inflamatória Pélvica (DIP): Síndrome secundária à disseminação ascendente de microrganismos da vagina e colo uterino ao endométrio, trompas N. gonorrhoea, C. trachomatis, M. hominis, U. urealyticum,
Treponema pallidum
• Espiroqueta Gram- delgada (10-15 µm X 0,15 µm ) • Agente etiológico da sífilis • A sífilis na gravidez causa aproximadamente 300.000 mortes fetais e
neonatais/ano e coloca 215.000 RN sob o risco de morte prematura, baixo peso ao nascimento ou sífilis congênita.
• Induz resposta inflamatória – destruição tecidual • Mobilidade do tipo saca-rolhas que permite o movimento nos fluidos
teciduais
Espiroquetas
A Sífilis ainda é uma importante DST, embora seja menos frequente* • Sequelas graves (cegueira, paralisia, doenças cerebrais e
cardiovasculares) • Risco de infecção congênita
Morte intra-uterina Anomalias congênitas que podem se manifestar no momento do
parto (1º ao 3º mês) Infecção silenciosa, que pode não ser aparente até o 2º ano de vida
(deformações faciais e dentárias).
T. Pallidum - Sífilis
*JF n. pessoas infectadas com sífilis cresceu quase 40% em 2016. No ano
passado foram 328 casos na cidade; em 2015, 235; e em 2014, 140.
Sífilis - Patogênese
Estágio Primário (2 a 10 semanas)
Cancro pequeno, de base endurecida e indolor no sítio da infecção.
Estágio Secundário (muitas semanas)
Erupção amplamente distribuída na pele e pelas mucosas (regiões palmar e plantar)
SÍFILIS PRIMÁRIA - CANCRO DURO
SÍFILIS SECUNDÁRIA
Sífilis - Patogênese
Estágio Latente (2 a 30 anos)
Sintomas regridem. A maioria dos casos não progride além do estágio latente, mesmo sem tratamento.
Estágio Terciário • Neurossífilis • sífilis cardiovascular • Sífilis gomosa
Sífilis Congênita
• Gestação em EP e ES: aborto ou natimorto • Gestação em EL: comprometimento do
desenvolvimento neurológico
SÍFILIS CONGÊNITA
Dentes de Hutchinson
Nariz em sela e bossa frontal proeminente
Sífilis – Tratamento/Controle
• A sífilis é prontamente tratado com a antibioticoterapia (penicilina); • Tetraciclinas e doxaciclina são alternativos (alérgicos) • Campanhas de conscientização – sexo seguro
Prevenção:
• Diagnóstico precoce
• Tratamento adequado
• Uso de preservativos
• Antibióticos após uma exposição suspeita
Neisseria gonorrhoeae Gonococo
• Gonorréia, conjuntivite neonatal e a doença inflamatória pélvica;
• Diplococo Gram- com lados achatados adjacentes, aeróbios;
• Bactéria capnófila;
• Habitante normal das vias respiratórias superiores;
Gonorréia
• Período de incubação de 2 a 7 dias
• Indivíduos assintomáticos (geralmente mulheres) principais reservatórios
• Infecção pode ser transmitida durante o parto: oftalmite neonatal • Normalmente a infecção é localizada, mas pode haver disseminação
para outras partes do corpo.
N. gonorrhoeae Fatores de virulência
Neisseria gonorrhoeae Patogênese
Gonorréia – Sinais e Sintomas
• SINTOMAS NAS MULHERES
uretrite, cervicite, bartholinite
• corrimento vaginal
• disúria
• sangramento vaginal anormal
• dor no baixo ventre
• dor e secreção retal
Complicações: endometrite, infecção das tubas e ovários, Doença Inflamatória Pélvica (DIP), esterilidade
Gonorréia – Sinais e Sintomas
• SINTOMAS NOS HOMENS
- Uretrite
- corrimento uretral
- disúria, prurido uretral
- dor no epidídimo
Complicações: infecção crônica da próstata, estreitamento uretral, epididimite e esterilidade
Gonorréia – Sinais e Sintomas
• INFECÇÕES PERINATAIS
Conjuntivite neonatal por infecção gonocócica.
Chlamydia trachomatis
• Parede celular atípica: membrana externa com LPS e tem parede celular sem possuem mureína (peptidioglicano);
• Parasitas intracelulares obrigatórios;
• Tamanho reduzido: 0,2 a 0,8 µm, capazes de passar por filtros de 0,45 µm;
• Causador de uretrite não gonocócica (UNG, linfogranuloma venéreo).
Chlamydia trachomatis
Possui vários sorotipos:
- A, B, "Ba" e C tracoma
- D, E, F, G, H, I, J e K uretrite no homem, à uretrite,
vaginite, e endometrite na mulher e a conjuntivite de inclusão e
pneumonia do recém nascido.
- L1, L2 e L3 linfogranuloma venéreo
Chlamydia trachomatis
Ciclo de vida:
• Formas infecciosas metabolicamente inativas (corpos elementares- CE);
• Formas não-infecciosas metabolicamente ativas (corpos reticulados- CR).
• Mucosa da uretra, endocérvice, endométrio, tuba uterine, reto, trato respiratório e conjuntiva
Chlamydia trachomatis
Tracoma Uretrite, cervicite e endometrite
Chlamydia trachomatis
LINFOGRANULOMA VENÉREO
Chlamydia trachomatis
Transmissão
- Patógeno exclusivo de humanos e transmitido por contato pessoal, sexualmente ou pela passagem pelo canal de parto.
Tratamento/Prevenção
- Azitromicina, doxiciclina ou minociclina e deve incluir os dois membros do casal.
- O uso de preservativos previne sua transmissão, não existindo atualmente vacina disponível.
Haemophilus ducreyi
• Cocobacilo Gram-, pleomórfico,
• Causador da IST denominada cancro mole
ou cancróide.
(Ulcera genital dolorosa não endurecida)
• Lesão nerosada única ou múltipla, dolorosa,
com fundo purulento e bordas escavadas.
• Período de incubação de 4 a 7 dias
Haemophilus ducreyi - Cancróide
Cancróide
Tratamento
• Eritromicina , Penicilina.
• Alternativas: Azitromicina; Ceftriaxone; Quinolonas (Ofloxacin ou Ciprofloxacin).
• Parceiros devem ser tratados mesmo quando assintomáticos.
Prevenção
• Utilizar preservativo.
• Evitar o contato sexual com pessoas infectadas.
• Procurar o médico logo que surgir suspeita de DST.
• Notificar a todos seus contatos sexuais de imediato
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