7/29/2019 AVALIAO TECNOLGICA DE FINOS DE MINERAO DE AREIA PARA APLICAO COMO POZOLANAS
1/2
1. INTRODUO
AVALIAO DE FINOS DE MINERAO DE AREIA
PARA APLICAO COMO POZOLANASPinho, Deyna 1; SantAgostino, Llia Mascarenhas 2
Esse trabalho teve por finalidade a caracterizao tecnolgica de materiais residuais finos,
gerados durante o processo de extrao e beneficiamento de areia para construo civil, oriundos de
uma minerao de areia. Nesses resduos foi realizada a caracterizao tecnolgica, que envolveram
anlises qumicas, difraes de raios X, anlises termo diferenciais e gravimtricas, microscopia
eletrnica de varredura e granulometria.E a partir do conhecimento da natureza desses materiais foiinvestigada a aplicabilidade dos mesmos como aditivos para indstria do cimento (pozolanas).
2. LOCALIZAO DA MINERAO
A minerao Cessi Comrcio de Materiais para Construo Civil Ltda. est localizada nobairro do Taboo, no municpio de Mogi das Cruzes, no Estado de So Paulo. Essa regio
constitui-se em um importante polo produtor de areia para construo civil, responsvel por 7%
da areia consumida na Grande So Paulo. O agrupamento areieiro do Bairro do Taboo
representado por cerca de 12 empresas, cuja produo mensal atinge 170.000 m3 de areia,
atravs da extrao por desmonte hidrulico em cava seca. Desse conjunto de empresas, a
empresa Cessi Materiais para Construo Ltda colocou-se disposio para cesso de dados e
colaborao em atividades de campo, sendo selecionada para estudo de caso (Saito, 2002).3. POZOLANAS
Segundo a norma NBR 12653 (ABNT, 1992) como Materiais silicosos ou slico-aluminosos
que, por si ss, possuem pouca ou nenhuma atividade aglomerante , mas que quandofinamente divididos e na presena de gua , reagem com o hidrxido de clcio temperatura
ambiente para formar compostos com propriedades aglomerantes. E que podem ser
classificadas em: Pozolanas Naturais(Materiais de origem vulcnica, geralmente de carter
petrogrfico cido (-65% de SiO2) ou de origem sedimentar com atividade pozolnica), e Pozolanas
Artificiais (Argilas Calcinadas, cinzas volantes, escrias siderrgicas, cinzas de materiais vegetais
e rejeito de carvo vegetal).
O Material pozolnico pode ser adicionado ao Cimento Portland Comum, entre 15 a 50%, para a
fabricao do Cimento Portland Pozolnico. Devido grande economia proporcionada pela adio
de pozolana, as indstrias de cimento buscam incrementar sua produo com adies tanto de
escria de alto-forno, quanto de pozolanas.
A argila, em s , raramente se comporta como considerada pozolana, mas ao ser aquecida entre
550 a 900oC, sofre alteraes dos minerais componentes podendo adquirir propriedades
pozolnicas, a este processo chama-se calcinao. Essa calcinao promove a transformao da
caulinita, argilomineral presente nas argilas, em um composto de slica e alumina com estrutura
amorfa, chamado de metacaulinita, que se forma graas a perda da hidroxila, presente na caulinita,
na forma de gua atravs de aquecimento temperaturas de 550 a 900C.
4. GEOLOGIAA regio de Guararema/Mogi das Cruzes
corresponde a poro distal dos sedimentos do
sistema de leques aluviais associados
plancie aluvial de rios entrelaados daFormao Resende, sendo caracterizada
essencialmente por lamitos predominantemente
arenosos e arenitos de colorao esverdeada,
estes localmente com estratificao cruzada
acanalada de mdio porte e nveis
conglomerticos com seixos dominantemente
de quartzo, quartzito, feldspato e seixos de
rochas do embasamento, com gradao normal
a inversa. Esses sedimentos ocorrem
intercalados com nveis tabulares de argilitos
verdes macios dos fcies de lamitos argilosos
descritos por SantAnna (1999).
5. AMOSTRAGEM
Foram realizadas dois tipos de amostragem, um com um nmero mnimo de incrementos,
definindo a amostra instantnea, com amostragem de 20L de polpa, correspondendo as
amostras 1, 2 , 3 e 4; a segunda, definindo a amostra composta, foi realizada pela amostragem
com incrementos, sendo os mesmos 20L compostos por trs amostragens parciais durante um
dia de produo, correspondendo a amostra 5.
Coleta da Amostra
1Coleta da Amostra
2
Coleta da Amostra 3, 4e 5
Fluxograma do
benefiamento da
areia no local
6. ANLISE GRANULOMTRICA
Aps essa preparao inicial, alquotas de aproximadamente 400g das amostras 1 e 2 foram
peneiradas a mido em peneiras circulares de diferentes aberturas, a fim de se determinar a distribuio
granulomtrica das amostras. Entretanto, para as amostras 4 e 5, a distribio granulomtrica foi obtida
por granulmetro laser, e para a amostra 3, no foi feita a anlise por se trata de um material muito
fino.
Distribuio granulomtrica acumulada
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0,01 0,1 1 10 100 1000
dimetro da partcula (mm)
%e
mp
eso(passante)
Amostra 4 - AmostragemInstantneaAmostra 5 - AmostragemCompostaD10%D50%D90%
10348
12,27,7
1,44 1,95
Histograma
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
4,5
0,01 0,1 1 10 100 1000
dimetro da partcula (mm)
%empesopassante
Amostra 4 - Amostragem
InstantneaAmostra 5 - Amostragem
Composta
H, na Amostra 4, a presena de
duas populaes, uma maior populao
no intervalo de 3 a 6mm, e uma outra
populao que passante no intervalo
20 a 40mm, e com baixarepresentatividade dos materiais mais
grossos (rea da extrema direita do
histograma menor). Para a Amostra 5,
nota-se que h uma maior porcentagem
de material passante no intervalo de 4 a
9mm, mas que est relativamente
melhor distribuda entre os dimetros,
mas com uma maior representatividade
de materiais grossos (rea da extrema
direita do histograma maior).
xidosAmostra 3
(% em peso)Amostra 4
(% em peso)Amostra 5
(% em peso)SiO2 55,610 50,96 52,07
Al2O3 24,980 29,81 29,30
MnO 0,021 0,015 0,017
MgO 0,560 0,49 0,47
CaO 0.090 0,05 0,06
Na2O 0,150 0,10 0,13
K2O 2,840 2,08 2,41
TiO2 0,805 0,908 0,873
P2O5 0,063 0,061 0,065
Fe2O3 4,780 5,4 4,87
Perda ao Fogo 9,020 10,65 10,13
Total 98,919 100,52 100,40
7. ANLISE QUMICANota-se que as trs amostras so compostas
essencialmente por slica, alumina, xidos de ferros
e potssio, isso pode indicar a presena de caulinita
(Al4Si4O10(OH)8.4H2O), o magnsio pode ser
atribudo a esmectita ((Al1,67Mg0,33)Si4O10(OH)2), o
potssio e o ferro podem ser de micas (illita).
Instituto de Geocincias, Universidade de So Paulo. 2002. Apoio Financeiro: Fundao de Amparo Pesquisa do Estado de So Paulo FAPESP.
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2/2
8. ANLISE TRMICA POR ATD-ATGO mtodo de anlise trmica diferencial consiste no aquecimento, em velocidade constante, de
uma amostra, juntamente com uma substncia termicamente inerte, registrando-se as diferenas
de temperatura entre o padro inerte e a amostra em estudo, em funo da temperatura (Santos,
1989).
A anlise termogravimtrica consiste no aquecimento da amostra em velocidade constante em
ligao com uma balana, o que permite o registro das variaes de massa em funo da
temperatura; instrumento de pesquisa til, trabalhando em paralelo com a anlise trmica
diferencial (Santos, 1989).ATD-ATG da Amostra 4
84
86
88
90
92
94
96
98
100
102
0 200 400 600 800 1000 1200 1400
Temperatura (C)
PerdadeMassa(%)
-1,0
-0,5
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
4,5
DiferenadeTemperatura
(C)
Cristal izaode mulita
Perda de gua
adsorvida (55,89C)
Perda de guaestrutural (976C) Fase Amorfa
429,79
Perdade massa
-9,03%
516,05C
ATD-ATG da Amostra 5
84
86
88
90
92
94
96
98
100
102
0 200 400 600 800 1000 1200 1400
Temperatura (C)
PerdadeMassa(%)
-1,0
-0,5
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
DiferenadeTemperatura
(C)
Perda de gua
adsorvida (55,81C)
Perda de guaestrutural
Cristal izao demulita
Fase Amorfa
523,51C
512,96C
Perdade massa
-8,338
Portanto, o intervalo de ativao
trmica da Amostra 3 corresponderia
ao da formao da fase amorfa, entre
550 a 900oC.
Para a amostra 4 e 5, as deflexes
de perda dgua adsorvida e
estrutural esto bem evidentes, assim
como o intervalo da fase amorfa, que
corresponde ao intervalo de ativao
trmica da amostra 4, que no caso
de 550 a 900C.
Para os ensaios de pozolanicidade
utilizou-se um intervalo de ativao
trmica, tanto para a amostra 4
quanto para a amostra 5, de 600 a
850C, escolhendo-se os extremos
como temperaturas respectivamente
mnima e mxima de calcinao.
9. ANLISE MINERALGICA POR DIFRATOMETRIA DE RAIOS X
H a presena de quartzo confirmada por outros difratogramas junto ao local do pico de
elevao correspondente ao pico 3,34 da illita. No caso da caulinita (K), representada pelo pico
de 7, aps o aquecimento a 550C houve sua desestruturao, tendo desaparecido o pico nos
difratogramas das amostras aquecidas. A presena de esmectita s foi confirmada para a amostra
4, onde a distncia de 16,009 sofre uma expanso, aps o tratamento com etilenoglicol, para
17,629, e depois uma diminuio. Na amostra 5 aparentemente no h esmectita, ou se houver,
de muito baixa cristalinidade.
Amo stra 5 Calc inada 600 C
1 9 -0 9 3 2 ( I ) - Mic ro c l in e , in t e rme d ia t e - KAlS i3 O 8 - Y : 2 2 . 9 2 % - d x b y : 1 . - W L : 1 . 5 4 0 5 6 - T r ic l in ic - a 8 . 5 6 0 - b 1 2 . 9 7 - c 7 . 2 10 - a lp h a 9 0 . 3 - b e t a 1 1 6 . 1 - g a mma 8 9 . 0 0 - Ba se -ce t r - C -1 ( ) - - 7 1 . 7 - I / I
4 3 -0 6 8 5 ( I ) - I ll i t e -2 M2 [ N R ] - KAl2 (S i3 Al)O 1 0 (O H )2 - Y : 2 7 . 0 8 % - d x b y : 1 . - W L : 1 . 5 4 0 5 6 - Mo n o c l in ic - a 9 . 0 1 7 - b 5 .2 1 0 - c 2 0 . 4 3 7 - a lp h a 9 0 . 0 0 0 - b e t a 1 0 0 . 4 - g a mma 9 0 . 00 0 - - t r - C / ( 1 ) - -
4 6 -1 0 4 5 ( *) - Q u a r t z , syn - S iO 2 - Y : 5 0 . 0 0 % - d x b y : 1 . - W L : 1 . 5 4 0 5 6 - H e xa g o n a l - a 4 . 9 1 3 4 4 - b 4 . 9 1 34 4 - c 5 . 4 0 5 2 4 - a lp h a 9 0 . 0 0 0 - b e t a 9 0 .0 0 0 - g a mma 1 2 0 . 0 0 0 - Pr imit ive - 1 ( 1 ) - - 1 1 . 1 - I / I
O p e ra t io n s : I mp o r t
c : \ d a t a \ l i l ia \ d e yn a \a mo s t ra 5 a . R AW - F i le : a mo s t ra 5 a . R AW - T yp e : 2 T h / T h lo cke d - S t a r t : 3 . 0 0 0 - En d : 65 . 0 0 0 - S t e p : 0 . 0 5 0 - S t e p t ime : 1 . s - T e mp . : 25 C (R o o m) - T ime St a r t : 1 - -T t : . - T
Lin(Counts)
0
100
200
300
400
500
2-The ta - Sca le
3 1 0 2 0 3 0 4 0 5 0 6 0
Am ostra 5 Ca lcina da
4 3 -0 6 8 5 ( I ) - I ll i t e -2 M2 [ N R ] - KAl2 (S i3 Al)O 1 0 (O H )2 - Y : 1 0 . 4 2 % - d x b y : 1 . - W L : 1 . 5 4 0 5 6 - Mo n o c l in ic - a 9 . 0 1 7 - b 5 . 2 10 - c 2 0 . 4 3 7 - a lph a 9 0 . 0 0 0 - b e ta 1 0 0 . 4 - g a mma 9 0 . 0 0 0 - - t r - C / ( 1 ) - -
1 9 -0 9 2 6 ( *) - Mic ro c l in e , o rd e re d - KAlS i3 O 8 - Y : 9 . 3 7 % - d x b y : 1 . - W L : 1 . 5 4 0 5 6 - T r ic l in ic - a 8 . 5 8 1 - b 1 2 . 9 6 1 - c 7 . 2 2 3 - a lp h a 9 0 . 6 5 - b e t a 11 5 . 9 4 - g a mma 8 7 . 6 3 - Ba se -ce n t r - C -1 ( ) - - 7 1 . 7 - I / I
4 6 -1 0 4 5 ( *) - Q u a r t z , syn - S iO 2 - Y : 3 4 . 3 7 % - d x b y : 1 . - W L : 1 . 5 4 0 5 6 - H e xa g o n a l - a 4 . 9 1 3 4 4 - b 4 . 9 1 3 4 4 - c 5 . 4 0 52 4 - a lp h a 9 0 . 0 0 0 - b e t a 9 0 . 0 0 0 - g a mma 1 2 0 . 0 0 0 - Pr imit ive - 1 ( 1 ) - - 1 1 . 1 - I / I
O p e ra t io n s : I mp o r t
c : \ d a t a \ l i l ia \ d e yn a \a mo s t ra 5 b n e w . R AW - F i le : a mo s t ra 5 b n e w . R AW - T yp e : 2T h / T h lo cke d - S t a r t : 3 . 0 0 0 - En d : 6 5. 0 0 0 - S t e p : 0. 0 5 0 - S t e p time : 1 . s - T e mp . : 2 5 C (R o o m) - T i t r t : 1 - -T t : .
Lin(Counts)
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1 0 0 0
1 1 0 0
1 2 0 0
1 3 0 0
1 4 0 0
1 5 0 0
2-The ta - Sca le
3 10 20 3 0 40 5 0 60
Am ostra 5 Ca lcina da a 600 C
1 9 -0 9 3 2 ( I ) - Mic ro c l in e , in t e rme d ia t e - KAlS i3 O 8 - S-Q 1 4 . 9 %
2 6 -0 9 1 1 ( I ) - I l l i t e -2 M1 [ N R ] - (K, H 3 O )Al2 Si3 AlO 1 0 (O H )2 - S-Q 7 . 5 %
2 9 -0 2 8 5 ( I ) - S t ra e t l in g it e , syn - C a 2 Al2 SiO 7 8 H 2 O - S -Q 2 1 . 9 %
0 5 -0 5 8 6 ( *) - C a lc it e , syn - C a C O 3 - S-Q 1 8 . 5 %
4 6 -1 0 4 5 ( *) - Q u a r t z , syn - S iO 2 - S-Q 3 7 . 1 %
O p e ra t io n s : I mp o r t
W in F it co n ve r t e d f i le T h is fi le w a s co n ve r t e d b y W in F it , k ru T h is f i le w a s co n ve r t e d b y W in F it , k ru mm@ g e o l. u n i- e r la n g e n . d e - F i le : 2 2 9-1 4 1 6 . ra w - T yp e : 2 T h / T h lo cke d - St a r t : 8 . 5 - : 7 . - t : .
Lin(Counts)
0
100
200
300
400
500
2-The ta - Sca le
9 10 20 3 0 4 0 5 0 60 70
Am ostra 5 Ca lcina da a 850 C
3 9 -1 3 7 2 ( *) - Yu g a w a ra l i t e - C a (S i6 Al2 )O 1 6 4 H 2 O - S-Q 1 4 . 9 %
2 1 -0 8 1 6 ( *) - G yp su m - C a SO 4 2 H 2 O - S-Q 6 . 6 %
2 9 -0 2 8 5 ( I ) - S t r a e t l in g it e , syn - C a 2 Al2 SiO 7 8 H 2 O - S-Q 2 2 . 4 %
0 5 -0 5 8 6 ( *) - C a lc i t e , syn - C a C O 3 - S-Q 3 2 . 5 %
4 6 -1 0 4 5 ( *) - Q u a r t z , syn - S iO 2 - S-Q 2 3 . 6 %
O p e ra t io n s : I mp o r t
W in F it co n ve r t e d f i le T his f i le w a s co n ve r t e d b y W in F it , k ru T h is f i le w a s co n ve r t e d by W in F it , k ru mm@g e o l. u n i- e r la n g e n . d e - F i le: 2 2 9 -1 4 1 5 . ra w - T ype : 2 T h / T h lo cke d - S t a r t: 8 . 5 - : 7 . - t : .
Lin(Counts)
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
110
120
130
140
150
160
170
180
190
200
210
220
230
240
250
260
270
280
290
300
310
320
330
340
2-The ta - Sca le
9 10 2 0 3 0 4 0 50 60 7
10. ANLISE MINERALGICA POR MEV
Aspecto rendilhado do C-S-H que se formou em cima das placas de mica. Pozolana(Amostra 5calcinada a 600C) com cal.
EDS da rea indicada pelo numero 1 EDS do ponto indicado por2
Aspecto rendilhado do C-S-H que se formou em cima das placas de mica. Pozolana(Amostra 5calcinada a 600C) com cal.
Figura 35: EDS da rea indicada pelo numero 1 Figura 36: EDS do ponto indicado por2
hbito rendilhado do C-S-H e o hbito placide dos argilominerais presentes na amostra depozolana (Amostra 5 calcinada a 850C) com cal.
Figura 47: EDS do ponto 4 Figura 48: EDS da rea 5
Figura 49: EDS do ponto 6 Figura 50: EDS do ponto 7
As trs fotomicrografias mostram o aspectorendilhado do C-S-H (Silicato de Clcio Hidratado),sobre as placas de mica, resultado da reao
pozolnica com Cal ocorrida na Amostra 5, durantesete dias de cura.
A reao Pozolnica:
Cimento Portland: RPIDAC3S + H C-S-H* + CH
Cimento Portland Pozolnico:LENTAPozolana + CH + H C-S-H
*Abreviao empregada pelo setor de cimento, no qual C, S e H,representam CaO, SiO2 e H2O. E onde C-S-H CaO.SiO2.H2O;CH Ca(OH)2 ; H H2O.
11. RESULTADOS DE POZALANICIDADE E CONCLUSO
O material estudado composto basicamente por caulinita, quartzo, mica e esmectita, segundo
as anlises por difrao de raios x, por fluorescncia de raios x e tambm as termogravimtricas.
Composio essa favorvel para que o material de estudo apresente potencialidade ao
aproveitamento como pozolana, quando comparado com materiais j estudados por outros
autores. O intervalo de ativao trmica determinado para o material de estudo 550 a 900C
compatvel com o intervalo obtido estudos anteriores para argilas caulinticas com resultados
pozolnicos satisfatrios (700 a 900C), tendo sido definido como para a tima o intervalo de
temperatura entre 600C a 850C. Entretanto, as argilas estudadas possuem uma composiomais mista, conforme observados nos difratogramas das Amostras 4 e 5, com predomnio de
caulinita, mas contendo esmectita e illita.
A forma de amostragem do material tambm pode ser determinante na qualidade dos
resultados obtidos neste trabalho, pois como foi visto a amostragem instantnea (pontual) tende a
coletar materiais mais finos, e com menor contedo de mica que a amostragem composta.
Os resultados de indce de pozalanicidade com cimento obtidos foram de 81,7% e 79,4% para
as temperaturas de calcinao de 600 e 850C respectivamente, e porcentagem de gua
requerida de 107 e 110% respectivamente para as mesmas temperaturas de calcinao.
Resultados estes que esto dentro dos parmetros exigidos pela norma NBR 12653/92
(ABNT,1992) que especifica um ndice de atividade pozolnica com cimento Portland de no
mnimo 75%, e porcentagem mxima de gua requerida para as pozolanas da classe N (naturais e
artificiais) e classe E (cinza volante) de 115% e 110% respectivamente. Essa diferena no
resultado pode ser devido a tendncia da ltima produzir excesso de hidrxido de clcio
(portlandita), como visto ao se comparar os dois difratogramas. Esse excesso de hidrxido
prejudica a reao pozolnica, por isso o ndice de pozolanicidade menor para a calcinada a
850C.
Pode-se dizer ento que os finos de minerao da regio do bairro do Taboo da Serra em
Mogi das Cruzes so favorveis a possurem atividade pozolnica, desde que sejam previamente
calcinados dentro do intervalo de ativao trmica determinado.
850 C
Am ostr a 4
14-0164 (I ) - Kaol ini t e-1A - Al2Si2O5(OH)4 - Y: 50. 00 % - d x by : 1. - WL: 1. 5405 6 - T ric l inic - a 5. 155 - b 8. 959 - c 7. 407 - alpha 91. 68 - bet a 104. 9 - gamma 89. 94 - Base-cent re C ( ) 33 . 3 I / I c F
4 3 - 0 6 8 5 ( I) - I l l i te - 2 M 2 [ N R ] - K A l2 ( S i 3 A l) O 1 0 ( O H ) 2 - Y : 2 7 . 08 % - d x b y : 1 . - W L : 1 . 5 4 0 56 - M o n o c l i n ic - a 9 . 0 1 7 - b 5 . 2 1 0 - c 2 0 .4 3 7 - a l p h a 9 0 . 0 00 - b e t a 1 0 0 . 4 - g a m m a 9 0 .0 0 c n t r C / c ( )
4 6 - 1 0 4 5 ( *) - Q u a r t z, s y n - S i O 2 - Y : 5 0 . 0 0 % - d x b y : 1 . - W L : 1 . 5 4 0 5 6 - He x a g o n a l - a 4 . 9 1 3 4 4 - b 4 . 9 1 3 4 4 - c 5 . 4 0 5 2 4 - a l p h a 9 0 .0 0 0 - b e t a 90 . 0 0 0 - g a mm a 1 2 0 . 0 0 0 - P r i m i ti v 3 ( ) 3 3 . I / I
Operat ions : I mpo rt
c : \ dat a\ l i l ia\ deyna\ amos t ra4. RAW - F i le: amos t ra4. RAW - Type: 2Th/ Th locked - St art : 3. 000 - End: 65. 000 - St ep: 0. 050 - St ep t ime: 1. s - Temp. : 25 C (Room) - T ime St art : h t : 3. h t :
Lin(Counts)
0
100
200
300
400
500
2-Theta - Scale
3 10 20 30 40 5 0 6 0
I10,047
K7,197
Q + I3,344
I4,970
K3,583
K2,338
I2,588
K + Q
E (?)16,837
F
Am ostr a 5
1 9 - 0 9 2 6 ( *) - M i c r o c li n e , o r d e re d - K A l S i 3 O 8 - Y : 3 3 .3 3 % - d x b y : 1 . - W L : 1 . 5 4 0 5 6 - T r i c li n i c - a 8 . 5 8 1 - b 1 2 .9 6 1 - c 7 . 2 2 3 - a l p ha 9 0 . 6 5 - b e t a 1 1 5 .9 4 - g a m m a 8 7 . 6 3 - B a s e -c e n t r C ( ) . I / Ic
14-0164 (I ) - Kaol ini t e-1A - Al2Si2O5(OH)4 - Y: 50. 00 % - d x by : 1. - WL: 1. 54056 - T ric l inic - a 5. 155 - b 8. 959 - c 7. 407 - alpha 91. 68 - bet a 104. 9 - gamma 89. 94 - Base-cent re C ( ) 33 . 3 I / I c F
4 3 - 0 6 8 5 ( I) - I l l it e - 2 M 2 [ NR ] - K A l 2 ( S i3 A l ) O 1 0 ( O H )2 - Y : 1 8 . 7 5 % - d x b y : 1 . - W L : 1 .5 4 0 5 6 - M o n o c l in i c - a 9 . 0 1 7 - b 5 .2 1 0 - c 2 0 . 4 3 7 - a l p h a 9 0 .0 0 0 - b e t a 1 0 0 . 4 - g a m ma 9 0 . 0 0 c n t r C / c ( )
4 6 - 1 0 4 5 ( *) - Q u a r t z, s y n - S i O 2 - Y : 5 0 .0 0 % - d x b y : 1 . - W L : 1 . 5 4 0 5 6 - He x a g o n a l - a 4 . 9 1 3 4 4 - b 4 . 9 1 3 4 4 - c 5 . 4 0 5 2 4 - a l p h a 9 0 .0 0 0 - b e t a 90 . 0 0 0 - g a m ma 1 2 0 . 0 0 0 - P r i m i ti v 3 ( ) 3 3 . I / I
Operat ions : I mpo rt
c : \ dat a\ l i l ia\ deyna\ amos t ra5. RAW - F i le: amos t ra5. RAW - Type: 2Th/ Th locked - St art : 3. 000 - End: 65 . 000 - St ep: 0. 050 - St ep t ime: 1. s - Temp. : 25 C (Room) - T ime St art : h t : 3. h t :
Lin(Counts)
0
100
200
300
400
500
2-Theta - Scale
3 10 20 30 40 5 0 6 0
I9,936
K7,196
I4,997
K + Q
K3,584
Q + I3,345
K2,351
I2,564F
F
Com Cal aps 7 dias de cura Com Cal aps 7 dias de cura
Q
Q+
CaO
Q+
P+C-S-H
Q
G
G
CaO+
C-S-H
G
P
G CaO
G
CaO
CaO
G GP
+C-S-H
CaO
I
9,994
I+Q+
CaO
3,334
I
5,099
I
2,497
F
C-S-H
QC-S-H
C-S-H
CaO
CaO+
C-S-H
C-S-H
CaO
I10,053
I5,054
Q
F+I
3,217
Q
I2,589
I9,935
I+Q
3,339
Q
I4,519 F I
2,532Q
F
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