FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS
ALESSANDRO AMADEU RIBEIRO PAULO ROBERTO PRODÓCIMO
RAUL GOMES DA SILVA ROBSON CARLOS CARVALHO SILVA
AVALIAÇÃO SOBRE O NÍVEL DE CONHECIMENTO E A
UTILIZAÇÃO DE ANTICONCEPCIONAIS DISTRIBUÍDOS NA REDE
PÚBLICA DE FERNANDÓPOLIS
FERNANDÓPOLIS 2011
ALESSANDRO AMADEU RIBEIRO
PAULO ROBERTO PRODÓCIMO
RAUL GOMES DA SILVA
ROBSON CARLOS CARVALHO SILVA
AVALIAÇÃO SOBRE O NÍVEL DE CONHECIMENTO E A UTILIZAÇÃO DE
ANTICONCEPCIONAIS DISTRIBUÍDOS NA REDE PÚBLICA DE
FERNANDÓPOLIS
Trabalho de conclusão de curso apresentado à
Banca Examinadora do Curso de Graduação em
Farmácia da Fundação Educacional de
Fernandópolis como exigência parcial para obtenção
do título de bacharel em farmácia.
Orientador: Prof. MSc. Giovanni Carlos de Oliveira
FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS
FERNANDÓPOLIS – SP
2011
ALESSANDO AMADEU RIBEIRO
PAULO ROBERTO PRODÓCIMO
RAUL GOMES DA SILVA
ROBSON CARLOS CARVALHO SILVA
AVALIAÇÃO SOBRE O NÍVEL DE CONHECIMENTO E A UTILIZAÇÃO DE
ANTICONCEPCIONAIS DISTRIBUÍDOS NA REDE PÚBLICA DE
FERNANDÓPOLIS
Trabalho de conclusão de curso aprovado como
requisito parcial para obtenção do título de bacharel
em farmácia.
Aprovado em: 02 de dezembro de 2011.
Banca examinadora Assinatura Conceito
Prof. MSc. Giovanni Carlos de Oliveira
Prof. MSc. Roney Eduardo Zaparoli
Profa. Daiane Fernanda Pereira
Mastrocola
Prof. MSc. Giovanni Carlos de Oliveira
Presidente da Banca Examinadora
Dedicamos este trabalho primeiramente a Deus, pois
sem ele, nada seria possível, e nossos sonhos não
seriam concretizados.
Aos nossos pais, que sempre nos deram apoio, e
estiveram presentes acreditando em nosso
potencial, nos incentivando na busca de novas
realizações e descobertas.
AGRADECIMENTOS
Agradecemos a nossos pais que compartilharam de nossos ideais e nos
ajudaram alimentando nossos sonhos, incentivando-nos a prosseguir sempre em
nossa jornada. Assim, fazendo desta conquista, um instrumento de gratidão por
sempre estarem ao nosso lado em todos os momentos. Obrigado.
Aos nossos professores:
Estes os quais nos abriram o caminho do conhecimento durante esta jornada,
que nos passaram um pouco de sabedoria. Obrigado.
Em especial ao Prof. MSc. Giovanni Carlos de Oliveira pela compreensão e
pelo apoio. Obrigado.
A Deus que no fim desta jornada, a ti que nos deu esperança, força e
vontade, seremos muitos grato. Que saibamos exercer com excelência esta nova
etapa que ainda está por vir. Obrigado.
Não conheço ninguém que conseguiu realizar seu
sonho, sem sacrificar feriados e domingos pelo
menos uma centena de vezes.
Mas, para obter um resultado diferente da maioria,
você tem que ser especial. Se fizer igual a todo
mundo, obterá os mesmos resultados.
“Não se compare à maioria, pois, infelizmente ela
não é modelo de sucesso”.
Roberto Shinyashiki
RESUMO
A contracepção hormonal feita por pílula (contraceptivos orais) pode conter hormônios combinados (estrogênios e progesteronas), enquanto alguns podem conter apenas progesteronas, denominando-se mini pílulas. O objetivo dessa pesquisa foi avaliar o nível de conhecimentos das usuárias de anticoncepcionais na rede pública de Fernandópolis-SP, os dados coletados por meio de uma entrevista, demonstram uma grande falta de conhecimentos das usuárias sobre o uso de métodos contraceptivos, essa falta de conhecimentos é atribuída, muitas vezes pela falta de informações básicas dos profissionais que atuam na indicação e dispensação desses anticoncepcionais. A realização dessa pesquisa foi elaborada através de um questionário estruturado (apêndice) contendo 20 perguntas acerca do tema, onde foi aplicado em usuárias de quatro Unidades Básicas de Saúde (UBS) da rede pública de Fernandópolis. Portanto cabe ao médico e o farmacêutico fornecer informações às usuárias sobre possíveis interações medicamentosas, efeitos adversos e os possíveis riscos quanto ao uso do contraceptivo. O farmacêutico é o profissional que possui conhecimentos específicos sobre medicamentos, ou ainda é o responsável pela atenção farmacêutica, promovendo a promoção, proteção e prevenção à saúde dos usuários, a orientação e os devidos esclarecimentos do uso dos contraceptivos pode ser empregado para diminuir as incidências à gravidez indesejadas pela falta de orientação.
Palavras-chave: Anticoncepcionais. Métodos contraceptivos. Interações
medicamentosas. Efeitos adversos.
ABSTRACT
The pill made by hormonal contraception (oral contraceptives) may contain combined hormones (estrogen and progesterone), while some may contain only progesterone is denominated mini pills. The aim of this study was to evaluate the level of knowledge of contraceptive users in the public Fernandópolis-SP, the data collected through an interview, show a great lack of knowledge of users about the use of contraceptive methods, this lack of knowledge is given, often by a lack of basic information for professionals engaged in the display and dispensing of contraceptives. The realization of this research was developed through a structured questionnaire (Appendix) containing 20 questions on the subject, which was applied to users of four Basic Health Units in the public Fernandópolis. Therefore it is the physician and the pharmacist to provide information to users about possible drug interactions, adverse effects and possible risks regarding the use of contraception. The pharmacist is a professional who has specific knowledge of medications, or is responsible for pharmaceutical care, promoting the promotion, protection and prevention to the health of users, the guidance and clarification of the proper use of contraceptives can be used to decrease the incidence unwanted pregnancy by a lack of guidance.
Key words: Contraception. Contraceptive methods. Drug interactions. Adverse
reactions.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Orientações feitas pelos profissionais da saúde sobre o uso de
anticoncepcionais com outros medicamentos...................................................................... 29
Figura 2 -
Figura 3 -
Uso de anticoncepcionais junto com outros medicamentos......... 30
Reações adversas relatadas pelas usuárias................................... 31
Figura 4 - Procedimento adotado em caso de esquecimento da utilização
de anticoncepcional........................................................................ 32
Figura 5 - Utilização de pílula de emergência (pílula do dia seguinte)........... 33
Figura 6 - Outros métodos contraceptivos utilizados...................................... 34
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
TPM - Tensão pré-menstrual
AOC - Anticoncepcional Oral Combinado
FSH - Follicle-Stimulating Hormone (hormônio folículo estimulante)
LH - Luteinizing Hormone (hormônio luteinizante)
DIU - Dispositivo intrauterino
RPR - Receptor Progesterona Regulador
COC - Contraceptivo oral combinado
OC - Contraceptivo oral
LDL - Low Density Lipoprotein (lipoproteína de baixa densidade)
VLDL - Very Low Density Lipoprotein (lipoproteina de muito baixa densidade)
IMC - Índice de massa corporal
FDA - Food and Drug Administration
ILH - Intervalo Livre de Hormônio
Mg - Miligramas
Kg - Quilogramas
EE - Etinilestradiol
UBS – Unidade básica de saúde
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.......................................................................................................11
1 HISTÓRIA DO DESENVOLVIMENTO DOS ANTICONCEPCIONAIS..............14
2 FISIOLOGIA DOS HORMÔNIOS CONTRACEPTIVOS....................................16
3 NÍVEL SÓCIO-CULTURAL DAS PACIENTES..................................................18
4 INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS DE CONTRACEPTIVOS COM OUTROS
FÁRMACOS E SUBSTÂNCIAS............................................................................19
5 EFEITOS ADVERSOS DOS CONTRACEPTIVOS............................................23
6 INOVAÇÕES DE CONTRACEPTIVOS..............................................................25
7 MÉTODO............................................................................................................27
8 RESULTADOS E DISCUSSÃO.........................................................................28
9 CONSIDERAÇÕES FINAIS...............................................................................35
REFERÊNCIAS.....................................................................................................36
APÊNDICE............................................................................................................40
11
INTRODUÇÃO
Contracepção tem como objetivo impedir a concepção por meio de drogas,
cirurgias, dispositivos entre outros (STACEY, 2009).
A contracepção hormonal feita por pílula (contraceptivos orais) pode conter
hormônios combinados (estrogênios e progesteronas), enquanto alguns podem
conter apenas progesteronas, denominando-se mini pílulas. As pílulas com
associações de estrogênios e progesterona atuam com seus efeitos contraceptivos,
em maioria na inibição seletiva da função hipotálamo hipófise, assim tendo como
resultado a inibição da ovulação. Já as mini-pílulas contém regularmente base de 25
a 70% de progesterona em sua composição, seu mecanismo de ação pode se dar
por três formas: alterando o muco cervical (assim evitando que o espermatozóide
penetre), alterando a motilidade tubária e por uma alteração provocada no
endométrio durante a administração da dosagem hormonal. Considera-se a mini
pílula menos eficaz se comparado com contraceptivos combinados orais. Injeções
tomadas uma única vez, método contraceptivo que pode ter tratamento de um mês a
três meses é indicada para mulheres que não aderem às pílulas e mini pílulas
(OLIVEIRA et al., 2009).
Os contraceptivos orais em associação podem ainda ser divididos em formas
monobásicas (possuem doses constantes dos componentes durante todo o ciclo) e
as formas bifásicas ou trifásicas (são aquelas onde as doses de um ou dos dois
componentes mudam durante uma ou duas vezes no decorrer do ciclo, sendo que
os trifásicos não apresentam vantagens sobre os monofásicos em seu emprego).
Anticoncepcionais orais com apenas progestógeno são selecionados com mini-
pílulas, com efetividade de 96% a 97% (FUCHS; WANNMACHER; FERREIRA,
2006).
Estrógeno é um termo aplicado para todas as substâncias capazes de
produzir modificações típicas do estro, aumento do volume uterino, alterando o
epitélio vaginal (cornificação). Os ovários produzem estradiol, que é o mais potente
estrógeno. O estradiol se oxida transformando-se em estrona e quando hidratado
forma o estriol. Normalmente, os contraceptivos orais em associação, exercem ação
contraceptiva devido à inibição da ovulação através da inibição seletiva da função
12
hipofisária. O uso contínuo de progestinas de forma isolada, nem sempre inibe a
ovulação (SILVA, 2006).
Várias alterações podem ser notadas com o uso crônico de contraceptivos
associados. As funções ovarianas ficam deprimidas, o desenvolvimento folicular e
dos corpos lúteos diminui, dentre outras. Na maioria das vezes, as mulheres voltam
a ter padrões menstruais normais e 75% delas voltam a ovular (KATZUNG, 2006).
Os contraceptivos orais são classificados em primeira, segunda e terceira
geração. Os de primeira geração são os contraceptivos orais combinados em que os
estrógenos estão presentes em concentrações maiores ou iguais a 50 microgramas.
Os de segunda geração são os contraceptivos orais combinados em que os
estrógenos estão presentes em concentrações menores ou iguais a 35 microgramas,
sendo progestógenos com ciproterona, levonorgestrel, e etinodiol. Os de terceira
geração contém progestógenos de menor poder androgênico, como gestodeno,
desogestrel e drosperinona. Os contraceptivos orais com levonorgestrel contêm 10
% a mais de progesterona que contraceptivos orais com norentindrona. As mini
pílulas que em sua composição tem apenas progestógeno, indicam ter mais índice
de falha, pois é insuficiente para bloquear a ovulação (FUCHS; WANNMACHER;
FERREIRA, 2006).
Este estudo trata-se de uma pesquisa na rede pública do município de
Fernandópolis sobre o conhecimento e a utilização de contraceptivos orais e
parenterais por parte das usuárias das unidades básicas da saúde. Realizou-se um
questionário com 100 usuárias, contendo 20 questões acerca do tema.
Através do estágio supervisionado em rede pública, foi observada pelos
membros do grupo, uma carência de conhecimento sobre o uso de métodos
contraceptivos. Isso despertou o interesse para o desenvolvimento deste trabalho,
principalmente no que se refere à falta de orientações dos profissionais da área da
saúde que prescrevem e dispensam os medicamentos para a população.
O objetivo geral deste estudo foi verificar o nível de conhecimento das
pacientes sobre a ação e utilização dos contraceptivos. Os objetivos específicos
foram verificar as deficiências no fornecimento de orientações às usuárias de
métodos contraceptivos e também possíveis interações medicamentosas e efeitos
adversos, sendo desconhecidos pela maior parte das usuárias da rede pública de
saúde do município de Fernandópolis.
13
O desenvolvimento teórico do presente trabalho foi dividido em seis capítulos.
No capítulo um apresentou-se a história em que o anticoncepcional começou a ser
entendido, sua evolução e desenvolvimento para ter uma melhor posologia como
forma de prevenção à natalidade para planejamento futuro. Além das seguras
indicações individuais para uma melhor adesão a contracepção hormonal.
Demonstrou-se no segundo capítulo, a fisiologia por meio de hormônios que
envolvem o processo de reprodução feminina, o ciclo menstrual, para ser
compreendido o papel do anticoncepcional como um hormônio sintético.
Por meio de pesquisas de campo e referências bibliográficas, observou-se no
capitulo três, uma relevância entre níveis sócios econômicos e culturais a respeito da
prevenção, isso significa que, estatisticamente prevenção e informação estão
devidamente interligados.
Observou-se no capitulo quatro, o fato de o anticoncepcional ser um
medicamento, onde todo medicamento tem uma farmacologia consigo, ele muitas
vezes interage com outras substâncias, passando despercebido aos adeptos à
contracepção, sendo estes muitas vezes alienados sobre as interações
medicamentosas.
Demonstraram-se vários efeitos adversos no quinto capítulo, cada um com
seu individualismo podendo sofrer ao inicio, durante ou término da utilização, muitas
vezes são responsáveis pelo abandono ao método ou queixas sobre os
contraceptivos hormonais.
Apresentou-se no capitulo seis, algumas inovações em contracepção
hormonal, por meio de estudos vem melhorando a contracepção hormonal, com
menos efeitos adversos, duração da contracepção e interação medicamentosa.
No apêndice está o questionário aplicado às usuárias dessa classe
farmacológica na rede pública do município de Fernandópolis - SP.
14
1 HISTÓRIA DO DESENVOLVIMENTO DOS ANTICONCEPCIONAIS
A história da contracepção vem sendo estudada à cerca de 2000 anos. A
revisão de Himes consta medicamentos com arsênico, estricnina e mercúrio, com
sérias complicações, sendo algumas fatais.
A fisiologia da reprodução humana teve inicio por Graaf no século XVII, com a
existência de folículos ovarianos. O corpo lúteo como componente ativo foi
identificado em 1928 por Corner e Allen com o prolongamento da não gestação de
coelhas pela injeção de corpora lútea, sendo denominado esse hormônio como
progesterona (latim pro = em favor de, e gestare = conceber). Observações feitas
por Doisy, demonstrando que os folículos ovarianos provocaram o estro, o desejo
sexual e a fertilidade do animal, chamando estrógeno (em grego astro = desejo
incontido e gennein = procriar). Pesquisas demostraram, posteriormente que os
esteroides ovarianos constituíam dois grupos de hormônios interligados. Em 1930,
Butenandt identificou a estrona, Marrian isolou o estrial e Doisy conseguiu isolar o
estrógeno natural o estradiol, obtendo-se cristais de progesterona, estudando sua
estrutura química. Em 1963, injetando os hormônios recém-isolados, notaram
inibições na ovulação, levando ao controle da fertilidade. Os hormônios extraídos de
fonte animal através do tubo digestivo com alto custo levaram a pesquisas para
síntese de outros esteróides, a partir de vegetais (SILVA, 2006).
No Brasil teve inicio a comercialização dos contraceptivos no ano de 1962. Já
no ano de 2000 foram comercializados em mercado varejo 46,1 milhões de
unidades, em 2001 o numero pulou para 51,5 milhões de unidades, em 2002, pelo
menos um milhão de novas mulheres começaram a utilizar regularmente pílulas no
Brasil. O laboratório Schering, é mundialmente o maior fabricante de pílulas
contraceptivas e também é dono de quatro das seis marcas de anticoncepcionais
mais comercializados no Brasil (OLIVEIRA; SOARES; BENASSI JÚNIOR, 2009).
De acordo com Goodman e Gilman o contraceptivo oral encontra-se entre os
métodos mais usados durante a puberdade, preferencialmente do tipo
contraceptivos combinados, que contém em sua formulação estrogênios e
progesterona monofásica e de baixa dosagem, as razões principais para se utilizar
esses métodos contraceptivos são a própria prevenção à gravidez, ovários
policísticos, endometriose, tensão pré-menstrual (TPM), dismenorreia, acne,
15
hirsutismo (crescimento excessivo de pelos), no tratamento de hipermenorréia,
miomas uterinos e hipogonadismo feminino (BRUNTON; LAZO; PARKER, 2007).
A contracepção é praticada no mundo todo, contudo, existem muitos casos de
gravidez não desejada. Os contraceptivos reversíveis têm 1,8% de probabilidade de
falha, porém, a grande maioria destas falhas é proveniente de sua utilização
inadequada e não por ineficácia do método. A insatisfação com os métodos
disponíveis é refletida pelos altos índices de interrupção de contracepção. Fatores
como condições socioeconômica e cultural além do estado de saúde devem ser
levadas em conta para a escolha do método anticoncepcional. Outros aspectos a
serem observados para a escolha do contraceptivo são eficácia, segurança,
reversão do método, conveniência, contra-indicações, vantagens não
contraceptivas, custo e acesso (BRASIL, 2010).
O etinilestradiol + levonorgestrel é um AOC que mesmo em baixa dose
estrogênica (inferior a 35 microgramas), possui eficácia contraceptiva incontestável.
O levonorgestrel é utilizado como contraceptivo de emergência, devendo ser
administrado em 72 a 120 horas após o coito desprotegido ou com baixa proteção,
além de ser indicado em caso de abuso sexual. Este método é eficaz e seguro,
fazendo o inicio do tratamento em até 72 horas o método previne 80% de gravidez.
Segundo estudos, a dose única de 1,5 mg de levonorgestrel tem eficácia semelhante
à de 0,75 mg por comprimido sem aumento significativo de efeitos adversos. Este
método contraceptivo não deve ser empregado com freqüência e sim ocasional por
haverem métodos mais eficazes para o uso de rotina. No caso dos estrogênios
serem contra-indicados, como durante a amamentação pode ser utilizado então o
progestogênio noretisterona (BRASIL, 2010).
Uma solução para mulheres que não desejam aderir aos AOC, por terem que
ser administrados diariamente e querem o efeito contraceptivo prolongado ou que
tenham problemas com a absorção entérica são, os contraceptivos hormonais
injetáveis, podendo estes serem compostos de apenas estrogênio isolado, ou
combinado com progestogênio, esta combinação promove a redução de algumas
reações adversas causadas pelas preparações injetáveis contendo somente
progestogênio. Os contraceptivos injetáveis combinados causam primariamente a
inibição da ovulação, além de possuírem as mesmas indicações e contra-indicações
que os AOC. Os contraceptivos injetáveis combinados promovem sangramento
16
semelhante à menstruação, a cada 3 semanas após a administração regularmente.
Sendo isso uma vantagem para mulheres que desejam o fluxo mensal como
segurança, para que não ocorra a gravidez em relação aos contraceptivos injetáveis
constituídos apenas de progestogênicos. O contraceptivo injetável progestogênico
acetato de medroxiprogesterona pode ser administrado a cada 3 meses por via
intramuscular na sua forma de depósito. Outro progestogênio é o enantato de
noretisterona que é administrado a cada 2 meses. Os dois são muito eficazes,
porém se diferenciam em custo e frequência que são administrados. O enantato de
noretisterona + valerato de estradiol é o contraceptivo hormonal combinado injetável
cuja sua administração é realizada mensalmente e sua eficácia equivale aos
contraceptivos somente progestogênicos e AOC (BRASIL, 2010).
2 FISIOLOGIA DOS HORMÔNIOS CONTRACEPTIVOS
Na infância a gônada da mulher fica em repouso. Na puberdade, o ovário inicia
um período de função cíclica de 30 a 40 anos de duração, chamado de ciclo
menstrual, onde há episódios regulares de sangramento. Posteriormente, o ovário
deixa de responder às gonadotropinas secretadas pela hipófise anterior, e quando
se cessa o sangramento, chama-se menopausa. No início de cada ciclo, um
determinado número de folículos, com um óvulo cada, começa a aumentar de
tamanho em resposta ao FSH (hormônio folículo estimulante). Depois de 5 ou 10
dias, um dos folículos, denominado folículo dominante, começa a desenvolver-se
mais rapidamente. As células da teca externa e da granulosa interna desse folículo
multiplicam-se, e sob a influência do LH, sintetizam estrogênios, liberando-os em
taxa crescente. Os estrogênios parecem inibir a liberação de FSH, podendo resultar
em regressão dos folículos menores e menos maduros (KATZUNG, 2006).
O controle da reprodução é feito pelo hipotálamo, que por sua vez é regulado
pela hipófise. Após a menarca, as influências psíquicas promovem, gradualmente, a
liberação dos fatores hipotalâmicos de liberação (RH-FSH e RH-LH), responsáveis
por sensibilizar a adeno-hipófise para a liberação dos hormônios glicoprotéicos: FSH
e LH (SILVA, 2006).
17
O folículo dominante e maduro é formado por um óvulo circundado por um
antro repleto de líquido e revestido por células da granulosa e da teca. A secreção
de estrógeno atinge um pico antes da metade do ciclo e as células da granulosa
começam a secretar progesterona causando liberação de LH e FSH, precedente à
ovulação. O folículo, então se rompe liberando o óvulo (KATZUNG, 2006).
Os estrogênios são substâncias de origem natural ou artificial, com
capacidade de induzir o estro em animais inferiores e são capazes de causar
modificações semelhantes às observadas na primeira fase do ciclo menstrual e
também de caracteres sexual nos seres humanos. Podem ser classificados, quanto
à estrutura em esteróides e não esteróides e quanto à origem podem ser
classificados em naturais e artificiais (SILVA, 2006).
Os principais estrogênios produzidos pela mulher são o estradiol, estrona e
estriol. Sendo o estradiol o principal produto secretado pelo ovário. Já a maior parte
da estrona e estriol é sintetizada no fígado a partir do estradiol, ou nos tecidos
periféricos, a partir da androstenodiona e outros androgênicos (KATZUNG, 2006).
A progesterona é a progestina mais importante nos seres humanos. Ela tem
efeitos hormonais muito importantes e é também precursora dos estrogênios
andrógenos e esteróides córtico-suprarrenais. É sintetizada no ovário, testículos e
glândulas suprarrenais a partir do colesterol. A progesterona é responsável pelo
desenvolvimento alvéolo lobular do aparelho secretor da mama. Participa também
no surto pré-ovulatório do LH e induz à maturação e às alterações secretórias do
endométrio que são observadas após a ovulação (KATZUNG, 2006).
Denominam-se progestogênios substâncias que estabelecem as condições
propiciadoras (reação progestacional) à implantação e desenvolvimento do produto
da concepção. Podem ser naturais ou sintéticos. Os efeitos genitais produzidos
pelos progestogênios ocorrem através da ação sinérgica estabelecida com os
estrogênios, tanto para o desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários como
também na chamada reação progestacional (SILVA, 2006).
Os estrogênios semi-sintéticos apesar de possuir estruturas químicas dos
naturais, possuem a mesma capacidade de produzir o estro. Os estrogênios são
capazes de provocar alterações genitais e extra genitais através da interação com os
receptores encontrados no citossol das células-alvo. Os estrogênios são
responsáveis por varias alterações no aparelho genital. Promovem a inibição central
18
da liberação de FSH, alem de determinarem a descarga de LH, propiciam terrenos
favorável à ação dos hormônios hipofisários ao nível dos ovários. Já no útero os
estrogênios vão causar o crescimento do órgão, aumento do endométrio, além de
acentuar a produção de secreções pelas glândulas cervicais (SILVA, 2006).
A placenta também sintetiza e libera altas quantidades de progesterona na
gravidez, no ovário é produzida principalmente pelo corpo lúteo (KATZUNG, 2006).
Nas trompas os estrogênios causam o desenvolvimento muscular e modificam
os movimentos de peristaltismos e ciliares. Nas mamas, ocorre aumento da
vascularização e também da pigmentação da aréola e aumento do tamanho (SILVA,
2006).
Os anticoncepcionais podem se classificar em: contraceptivos orais de alta
dosagem que é produzido normalmente com cerca de 50mg de etinilestradiol ou
pode ser de baixa dosagem possuindo cerca de 20 à 30mg etinilestradiol, os
contraceptivos de baixa dosagem contem a mínima quantidade de hormônios
necessários para inibir o ciclo menstrual através da elevação do hormônio
luteinizante, assim impedindo com eficácia a ovulação, portanto sua administração
diária deve ser rigorosamente respeitada, já o contraceptivo de alta dosagem
oferece uma quantidade maior de hormônios, nos quais serão necessários para inibir
o ciclo menstrual e assim pode apresentar uma margem de eficácia maior em
relação a possíveis falhas de administração (OLIVEIRA; SOARES; BENASSI
JÚNIOR, 2009).
3 NÍVEL SÓCIO-CULTURAL DAS PACIENTES
Em alguns casos o método contraceptivo não é eficaz devido à falta de
conhecimento da forma correta de administrá-los, a interrupção do uso de
anticoncepcionais é devido ao aumento dos efeitos adversos que se dá ao fato de
que dificilmente a prescrição deste é individualizada. A suspensão do
anticoncepcional causa a elevação do risco de uma gravidez indesejada. No Brasil,
as mulheres de nível social mais baixo apresentam maior número de gestação,
confirmando assim que a diferença de níveis socioeconômico influencia na condição
da saúde das pessoas (GOMES et al., 2009).
19
Os contraceptivos mais eficientes disponíveis e mais utilizados no mundo com
exceção da China, país onde o dispositivo intrauterino (DIU) é o mais utilizado, são
os anticoncepcionais hormonais, inclusive os anticoncepcionais orais combinados
(AOC). No Brasil cerca de 75% das mulheres com união conjugal utilizam AOC. Uma
das vantagens do seu uso é que o mesmo possui facilidade de administração,
porém o fato de ter que ser ingerido diariamente provoca frequentemente o
esquecimento de seu uso por parte das pacientes, podendo levar à ineficácia do
mesmo em relação a contracepção. O fato de ter que ser administrado diariamente,
pode estar relacionado à descontinuação em longo prazo do método. Outro fator que
leva a baixa aderência são os efeitos colaterais causados por efeitos hormonais
indesejados. No Brasil 45% das pacientes interromperam o uso do AOC nos
primeiros 12 meses. Os principais efeitos adversos apresentados pelas pacientes
são: cefaléia, sangramento uterino irregular e aumento de peso (BAHAMONDES et
al., 2011).
O uso da contracepção de emergência a famosa pílula do dia seguinte
conhecida como pós-coito é geralmente usada quando á algum tipo de relação
sexual sem proteção podendo ocorrer possível gravidez. Foi feita uma pesquisa nas
regiões norte, leste, oeste e centro da cidade São Paulo em farmácias de pequeno,
médio e grande porte, foram citadas três marcas de medicamentos de contracepção
de emergência relacionada ao levonorgestrel. A pesquisa apresentou que 87% dos
farmacêuticos entrevistados apontaram como maior parte dos usuários os jovens e
que 73% deles procuraram orientação farmacêutica, mas que em compensação o
medicamento foi dispensado sem prescrição médica. O estudo realizado em tal
pesquisa de campo demonstra a necessidade de uma reeducação sobre o método
de contracepção de emergência (SANTOS; BORGES, 2010).
4 INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS DE CONTRACEPTIVOS COM OUTROS FÁRMACOS E SUBSTÂNCIAS
Os receptores de progesterona através da inibição do alvo da rifampicina pela
metformina diminui a prevenção de câncer endometrial. A progesterona tem sido
utilizada no tratamento preventivo do câncer endometrial. Sendo que o receptor de
progesterona regulador (RPR) é a principal razão do fracasso. A insulina como fator
20
de crescimento do sistema (IGF, CE, IGF-1) inibe a transição (RPR) do câncer de
mama. Evidencias recente sugerem que a metformina contraceptivos orais
combinados pode reverter progesterona resistente hiperplasia atípica endometrial
(WANG et al., 2011).
Herbert Remmer na Tubingen, Alemanha, em 1972 desenvolveu um método
para avaliar o micro citocromo 450, através da biopsia da agulha do fígado entender
sua atividade enzimática. Herbert Remmer foi o primeiro a descrever essa enzima
hepática total humana do citocromo 450, sendo muito marcante pela rifampicina
nova droga anti-tuberculose e um método semelhante pela clotrimazol antimicótico.
Em 1975, o grupo de Herbert Renmer, descreveu a diferença de espécie por não
haver redução em ratos. Mas com os primeiros relatos clínicos sobre a não eficácia
de contraceptivos orais e rifamicina. O laboratório de Herbert Remmer mostrou
quatro vezes a mais concomitante com rifamicina do que indivíduos normais. A
enzima 3A4 do citocromo 450 (CCYP3A4) e a enzima CYP importante ao
metabolismo do fígado humano uma variedade de xenobioticos e endobioticos,
responsável pela 2-hidroxilação do etinidenastradiol e depuração do hormônio dos
contraceptivos orais, sendo a rifamicina uma das maiores indutoras de expressão
humana do citocromo CYP3A4 (PARAFUSO, 2004).
Existe uma enorme interação entre contraceptivos orais e injetáveis, de
acetato de medroxiprogesterona intramuscular, levonorgestrel oral, por agentes que
induzem o sistema enzimático microssomal hepático. Uma mulher com 21 anos,
fazendo o tratamento de fenobarbital, que recebeu implantes de levonorgestrel ficou
grávida depois do parto, começou o tratamento com contraceptivos orais
concomitante com fenobarbital, ficando grávida novamente de gêmeos. Apenas 4%
dos neurologistas sabem todas as interações entre contraceptivos orais
anticonvulsivantes. Esse caso suporta a importância da educação continua e
paciente médico sobre interações medicamentosas de anticonvulsivantes e os
contraceptivos orais hormonais (CUBAS et al., 2006).
Estudo realizado no departamento de medicina da faculdade de Virginia
consiste em testes randomizados com duplo cego utilizando placebo em um grupo
de 19 pessoas do sexo feminino, que está acima do peso e com a doença do ovário
policístico. Essas pacientes foram testadas durante um período de três meses em
ensaios randomizados, com anticoncepcionais orais e placebo, foram observados
21
efeitos similares na taxa de hormônios andrógenos e na sua estrutura lipídica,
massa corporal das mulheres avaliadas no teste randomizado não se excedeu, ou
seja, não houve desequilíbrio hormonal de ambas as partes, nem pelo placebo, nem
pelo contraceptivo oral (ESSAH et al., 2011).
Porém estudos realizados no departamento de obstetrícia e ginecologia do
Texas comprova que sim, há mudanças de massa corporal em mulheres que
aderem ao método contraceptivo oral, que proveniente está relacionada a distúrbios
hormonais. Um grupo de mulheres que estavam começando o uso de contraceptivos
orais teve acompanhamento com testes clínicos de seis em seis meses durante três
anos, acabada a pesquisa de 36 meses foram comprovadas que a maior parte do
grupo aumentou sua massa corporal em 5,1 Kg, sendo que gordura corporal era de
4,1 Kg aproximadamente de uma mulher para outra entre o grupo avaliado. O peso
das pacientes teve um aumento significativo com o uso de contraceptivos orais e
após a descontinuação da droga algumas mulheres tiveram perca de massa lipídica
(BERENSON; RAHMAN, 2009).
Em estudos de interação de contraceptivos com rifampicina e isoniazida,
foram relatados casos de gravidez em pacientes francesas (WIBAUX, 2010).
Houve uma pesquisa na universidade de medicina no Alabama e foi
comprovado que mulheres com epilepsia têm dificuldade na manutenção hormonal
relacionado com os contraceptivos, isso aconteceu devido ao aumento de problemas
relacionados às drogas antiepilépticas que altera o metabolismo hepático e seu
esteróide o que mostra de fato uma falha no método contraceptivo causando
gravidez não desejada com sérios riscos de problemas congênitos para o feto, o que
queremos mostrar aqui é um dos fatos que indica uma interação medicamentosa
causando sérios riscos em ambas as partes envolvidas. Os anticoncepcionais
hormonais orais sofrem interações com anticonvulsivantes, assim ocorre uma
diminuição da eficácia dos anticoncepcionais, uma vez que os anticonvulsivantes
são indutores das enzimas hepáticas (THORNEYCROFT; KLEIN; SIMON, 2006).
22
QUADRO 1 – Interações entre anticoncepcionais e outros medicamentos
Anticonvulsivantes
Aceleram os metabolitos enzimáticos hepáticos em especial a enzima CYP3A4, promovendo efeito teratogênico. Os recém nascidos de mães epiléticas ocorrem grandes alterações congênitas, como cardiopatias congênitas, defeitos de tubo neural e outras.
Barbitúricos
Aumenta o metabolismo dos hormônios esteróidais endógenos através da indução de enzimas hepáticas, o que pode causar distúrbios endócrinos, e falha contraceptiva orais, o que pode resultar em gestação indesejada.
Rifampicina Um indutor das enzimas CYP1A2, 2C9 e 3A4 hepáticas, resulta na redução da meia vida de diversos compostos, inclusive anticoncepcionais orais.
Griseofulvina As enzimas hepáticas CYP são induzidas a aumentar a taxa de metabolismo de anticoncepcionais orais com baixo conteúdo de estrogênio.
Nelfinavir Indutor das enzimas hepáticas que estão no processo de metabolização dos fármacos, reduzindo o efeito do etinilestradiol em 47% e a da norendrona em 18%.
Fonte: BRUNTON; LAZO; PARKER (2007).
A interação medicamentosa envolvendo outros medicamentos e
contraceptivos, possivelmente ocorre durante a absorção no trato gastrointestinal,
em período de metabolismo hepático, na reabsorção pela circulação entérico
hepática, ou seja, se o outro medicamento tiver interferência nas proteínas séricas
carreadoras de esteróides, através de transporte circulatório as drogas que
aumentam os níveis das proteínas carreadoras, assim como rifampicina irá diminuir
as frações hormonais bioéticas, conseqüentemente reduzirão também seus efeitos
terapêuticos. Pode ocorrer também a interação entre contraceptivos orais com
outras drogas, assim como o álcool, essa interação pode se iniciar por dois
caminhos metabólicos, sendo o primeiro caminho seria a droga melhorando os
efeitos dos anticoncepcionais. Já o segundo caminho a droga pode ter interferência
no metabolismo dos contraceptivos acarretando numa menor eficácia terapêutica. O
melhoramento da eficácia terapêutica durante uma interação pode acontecer devido
à interferência na: Absorção, metabolismo ou excreção do hormônio contido na
pílula contraceptiva. No entanto a diminuição dos efeitos contraceptivos orais pode
acontecer através da competição pelo caminho metabólico entre o fármaco e a
droga (álcool) (OLIVEIRA; SOARES; BENASSI JÚNIOR, 2009).
23
A interação clinicamente significativa entre o tabagismo e AOC, o uso de
anticoncepcionais hormonais de qualquer classe em mulheres que possuam idade
acima de 35 anos ou que fazem uso de 15 cigarros ao dia pode-se considerar o
aumento significativos de problemas cardiovasculares sérios (KROON, 2007).
5 EFEITOS ADVERSOS DOS CONTRACEPTIVOS
Existem evidências de que pacientes que fazem uso de anticoncepcionais
sofrem alteração na libido, além disso, os anticoncepcionais podem estar
relacionados a problemas circulatórios em caso de pacientes portadores de
cardiopatia que fazem uso de contraceptivos hormonais, assim aumentando
possíveis riscos cardiovasculares, já que o uso de contraceptivos hormonais que
contém estrógeno aumenta levemente a pressão arterial. Entretanto, alguns
anticoncepcionais apresentam efeitos benéficos às usuárias (MARKMAN et al.,
2011).
Estudo realizado sobre uso de anticoncepcionais orais em relação a dores de
cabeça em mulheres no período fértil, foram selecionadas 194 mulheres
aleatoriamente, entre dezoito e quarenta anos, que procuraram um ginecologista
para devido exame preventivo, as pacientes ao serem entrevistadas, foram divididas
em dois grupos, as que administram contraceptivos orais (COs), de cento e
dezesseis não utilizaram a pílula. Foi desenvolvido pelo grupo de estudo, um
questionário que tinha como discussão a chamada enxaqueca, concluiu-se na
pesquisa do uso de COs com dores de cabeça notou que um grupo de cento e
setenta e oito pessoas alegaram terem dores e apenas dezesseis alegaram não
sentir nenhuma dor. O impacto causado nesses pacientes com dores de cabeça foi
de leve, moderado e grave as intensas dores ocorridas em sua rotina de trabalho.
Prevaleceu o uso de anticoncepcionais orais combinados em mulheres com mais de
vinte anos e relatando terem parceiro sexual fixo (SIMONIENÉ et al., 2011).
O impacto que o anticoncepcional tem sobre o acido fólico, vitamina B6, e
vitamina B12, é considerável, muitas das vezes acontece em gestações não
planejadas em mulheres que estão em fase de uso continuo de anticoncepcional
oral, na maior parte dos estudos apresentados até hoje teve como resultado um
24
aumento exuberante de estrogênio, porem a pesquisa tem problemas devido o não
controle de potenciais fatores, comparado a dados disponíveis no momento. No
entanto já em relação à vitamina B6 o estudo apontou dados existentes com ênfase
populacional, que á problemas sim relacionados à carência de vitamina b6 que
acontece com uso combinado de anticoncepcionais oral, portanto mulheres que
interrompem a administração dos COs e engravidam corre o risco de uma depressão
plasmática que refletira na diminuição da reserva de vitamina no organismo da mãe,
causando problemas ao engravidar comprometendo possível feto, já os indicadores
de vitamina B12 não foi comprovado que causa impacto na gravidez pelo uso de
COs (WILSON et al., 2011).
Os anticoncepcionais hormonais também podem alterar o perfil lipídico das
usuárias, assim aumentando os níveis de calcitonina e tireoglobulina. As usuárias de
anticoncepcional também apresentam níveis aumentados de LDL, VLDL, se
comparado com as mulheres não usuárias. No entanto ocorreu uma redução
significativamente nos níveis de LDL, nas usuárias que tinham níveis aumentados de
HDL, se comparado com não usuárias anticoncepcionais hormonais. Nesse tipo de
caso, o anticoncepcional pode causar interferência no perfil lipídico das usuárias, por
possuir influência nos níveis de diferentes hormônios, como estrogênios e
progesterona (COELHO et al., 2005).
Milhões de mulheres tem utilizado AOC eficazes, compostos por estrogênio e
progesterona. Normalmente o seu risco/beneficio é positivo, principalmente nos ricos
de gravidez em pacientes que apresentam fatores de risco. Esteróides sintéticos
utilizados como anticoncepcionais causam alterações metabólicas que são
consideradas como potenciais marcadores de risco cardiovascular e venoso,
alterações estas em lipoproteínas, resposta da insulina à glicose e fatores de
coagulação. Devido às essas alterações, foram feitas modificações na composição
do anticoncepcional hormonal visando amenizar esses efeitos. O etinilestradiol (EE)
causa um efeito mais forte sobre o metabolismo hepático em relação ao estradiol,
sendo este produzido naturalmente. O valerato de estradiol e estradiol foram
introduzidos com a finalidade de contornar as alterações metabólicas, por estes
serem mais naturais. Para minimizar os efeitos adversos relacionados a
androgênicos, estrogênicos ou à interação receptor de glicocorticóides, vários
25
progestogênios foram produzidos para ligar mais especificamente ao receptor de
progesterona (SITRUK; NATH, 2011).
O índice de taxas na falha de métodos contraceptivos, observando e
procurando índices na literatura, em estudo foi confirmado a hierarquia de
contracepção, como esterilização feminina, contraceptivos de curta duração (pílulas
e injetáveis) e métodos naturais (MANSOUR; INKI; DANIELSSON, 2010).
Os contraceptivos orais possuem algumas reações adversas que podem ser:
edema periférico em 10% das usuárias, aumento do volume dos seios e mastalgia
(dor nos seios) em mais de 10%, náuseas, vômitos e cefaléias entre 1 a 10 %,
desordens intestinais em 1%, ganho de peso corporal entre 1 a 10% das pacientes,
esses sintomas são principalmente após alguns anos fazendo uso (BRUNTON;
LAZO; PARKER, 2007).
Estudo realizado na China demonstra que o uso de anticoncepcionais oral
pode causar doenças na vesícula biliar e que o índice de pacientes com massa
corporal IMC superior a trinta considerada obesidade é consideravelmente arriscado
a administração de tais contraceptivos, pesquisa não foi realizada sobre grupos, mas
com base de dados do departamento de anestesiologia em Najing na China que ao
concluir tal estudo citaram que as mulheres com IMC abaixo de trinta não deve se
preocupar com a administração de tais anticoncepcionais oral, portanto aquelas com
IMC acima de trinta deve haver cautela ao tomar tais pílulas, se possível ter
acompanhamento médico (WANG et al., 2011).
Dados recentemente publicados mostram que contraceptivos orais são mais
utilizados anualmente por aproximadamente de 60 a 70 milhões de mulheres por
todo mundo. Diferente de outros medicamentos, os contraceptivos orais são
utilizados por mulheres em estado de saúde normais por longos períodos de tempo,
por isso é extremamente necessário que as mulheres tenham conhecimento sobre
os efeitos colaterais e os riscos, assim também os benéficos que o anticoncepcional
pode proporcionar para as mulheres (OLIVEIRA; SOARES; BENASSI JÚNIOR,
2009).
26
6 INOVAÇÕES DE CONTRACEPTIVOS
Inovações de contraceptivos orais recentes no mercado, as formas mais
conhecidas são as tradicionais contendo vinte e uma pílulas contendo hormônio e
sete dias de pílulas placebo no intervalo livre de hormônio (ILH), a Food and Drug
Administration (FDA) aprovou um novo tipo de método que é de vinte quatro pílulas
de hormônio por quatro de placebo ou também a de oitenta e quatro pílulas com
hormônio e sete pílulas placebo com trezentos e sessenta e cinco dias de regime
estendido. Tais regimes tendem à encurtar o ILH, visando diminuir os ciclos de
menstruação e seus efeitos adversos relacionada à mesma. Esse tipo de análise foi
comparada à mesma dosagem do ciclo de vinte uma pílulas com hormônio e sete
com placebo, tais regimes obtiveram grande satisfação por parte das mulheres, foi
comprovado que o sangramento menstrual é igual ou menor em mulheres que
adotaram o regime, que conseqüentemente melhorou os sintomas menstruais. A
nova fórmula tem como base a combinação de progestina drospirenona, que tem
como propriedades farmacológicas a antimineralocorticóide e antiandrogênica
(CREMER; WESTON; JACOBS, 2010).
Uma novidade no mercado é o acetato de ulipristal considerado um
contraceptivo de emergência. É uma progesterona agonista e antagonista que foi
comprovado em ensaios clínicos randomizados, obtidos e analisados a partir de
drogas evidenciadas pelo FDA, essa droga tem como finalidade evitar uma gravidez
indesejada quando tomada em até 120 horas após a relação sexual desprotegida.
Dado o resultado do estudo clinico foi observado que o acetato de ulipristal é tão
eficaz quanto o levonorgestrel, em casos de contracepção de emergência. A
diferença apontada entre eles é em relação à quantidade de horas após a atividade
sexual ele pode ser administrado. O estudo também aponta os efeitos adversos
relacionados ao acetato de ulipristal que são: dores nas mamas, cabeça, náuseas e
dores abdominais. Outro ponto que foi comentado no estudo é que o acetato de
ulipristal só é conseguido via prescrição médica, o que dificulta o acesso, fazendo
com que as mulheres procurem meios mais rápidos e formulas que não tenham a
retenção de receita como, por exemplo, o levonorgestrel (NINÕ, 2010).
27
7 MÉTODO
A realização dessa pesquisa foi elaborada através de um questionário
estruturado (apêndice) contendo 20 perguntas acerca do tema, onde foi aplicado em
usuárias de quatro Unidades Básicas de Saúde (UBS) da rede pública de
Fernandópolis, a seguir:
UBS Heitor Maldonado situada no bairro Araguaia;
UBS Américo Possari situada no Jardim Paraíso;
UBS Alexandre Zilenovski situada no bairro Brasilândia;
UBS Antônio Santilho situada na COHAB Antônio Brandini.
A pesquisa teve início no dia 08/06/2011 e encerrou-se no dia 08/07/2011
perfazendo um total de 100 questionários.
28
8 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Observando a Figura 1, verifica-se que 46% das mulheres que participaram
da pesquisa relataram não receber nenhum tipo de orientação dos profissionais da
saúde (médico e o farmacêutico), tanto sobre interações de outros medicamentos
quanto aos efeitos dos anticoncepcionais. Percebeu-se também que 33% relataram
receber orientação de ambos os profissionais sobre interações sobre os
anticoncepcionais, 18% relataram receber orientação apenas do médico e somente
3% relataram receber orientação apenas do farmacêutico.
Em pesquisa realizada na rede pública de saúde de Maringá-PR com 284
entrevistadas, foi observado que um dos principais problemas associados ao uso de
contraceptivos hormonais ocorre pelo fato de que nem sempre o uso do
anticoncepcional é feito com orientação e prescrição médica, observa-se um
percentual de 74% das entrevistadas que relataram não se submeter à consulta
médica para se orientar sobre possíveis fatores de risco no uso de contraceptivos
(SOUZA et al., 2010).
Em estudo realizado em uma escola do ensino médio do estado de São Paulo
afirma que o farmacêutico é o profissional que possui conhecimentos específicos
sobre medicamentos, ou ainda é o responsável pela atenção farmacêutica,
promovendo a promoção, proteção e prevenção à saúde dos usuários, a orientação
e os devidos esclarecimentos do uso dos contraceptivos pode ser empregado para
diminuir as incidências a gravidez indesejadas pela falta de orientação (MONTEIRO;
DEL COMUNE, 2009).
29
Figura 1 - Orientações feitas pelos profissionais da saúde sobre o uso de anticoncepcionais com outros medicamentos (n=100)
Fonte: Elaboração própria.
Através dos dados expressos na Figura 2, verifica-se que 62% das mulheres
que participaram da pesquisa não fazer uso de outros medicamentos com
anticoncepcionais, já 38% relataram que usa outros tipos de medicamentos juntos
com anticoncepcionais. Estudos realizados pelo Centro de informações de
Medicamentos (SAC Farma Brasil) observou-se que houve um grande aumento de
ocorrências registradas a respeito de indicação de uso de medicamentos, as
reações adversas, interações medicamentosas, interações alimentares e os efeitos
colaterais são poucas vezes abordados durante uma consulta médica, mais que
causa grandes dúvidas entre os pacientes, pode se determinar através do estudo
que a uma necessidade maior na atenção e na educação em saúde quando se trata
de medicamentos, o fato que as dúvidas maiores são a respeito de possíveis
reações adversas e interações medicamentosas (FARIAS et al., 2007).
30
Figura 2 - Uso de anticoncepcionais junto com outros medicamentos (n=100)
Fonte: Elaboração própria.
A Figura 3, mostra que entre as reações adversas, 19% das mulheres
apresentaram alterações de peso durante o tratamento com anticoncepcionais, 15%
relataram apresentar náuseas e vômitos, 15% relataram apresentar distúrbios
gastrointestinais, 12% relataram apresentar alteração no fluxo menstrual, 7%
relataram a diminuição do desejo sexual, 1% relatou o aparecimento de candidíase
vaginal, 1% relatou o aparecimento de erupção cutânea, Reações adversas podem
ser observadas em usuárias de anticoncepcionais, em lista de importantes efeitos
são as: náuseas, sangramentos inesperado, mastalgia, labilidade emocional,
cefaléia, ganho de peso, acne e tonturas. Deve-se informar a usuária os benefícios
promovidos pelo uso de anticoncepcionais e que também pode ocorrer alguns
efeitos indesejados, mais que muitos desses efeitos indesejados são passageiros e
melhoram com o decorrer do uso, as náuseas, mastalgia, alterações do humor e
ganho de peso, acontecem com menor frequência nas formulações atuais e
geralmente diminuem após os primeiros ciclos (PEREIRA, 2008).
31
Figura 3 - Reações adversas relatadas pelas usuárias (n=100)
Fonte: Elaboração própria
Através dos dados expressos na Figura 4, verifica-se que quando as
mulheres pesquisadas esqueciam-se de tomar o anticoncepcional 62% continuava
tomar o anticoncepcional normalmente, 37% relataram tomar 2 comprimidos no dia
seguinte, 1% parou de tomar o anticoncepcional, 1% parou de ter relações sexuais.
Segundo Alouini et al., (2002) um dos maiores problemas envolvendo o uso de
anticoncepcionais é a falta de conhecimento sobre os procedimentos corretos
adotados ao esquecer de tomar o contraceptivo, através de um estudo realizado no
município de Pelotas-RS, relatou-se que entre as jovens de 15 a 19 anos que
tiveram uma gravidez indesejada, estavam relacionadas ao não uso de métodos
contraceptivos e também pelo uso incorreto destes, A falta de estudos sobre
utilização de métodos contraceptivos vem dificultando a solução para gravidez
indesejadas, a utilização inadequada de anticoncepcionais oral, mostra o
desconhecimento dessas mulheres sobre a indicação de uso deste método (PANIZ,
2005).
32
Figura 4 - Procedimento adotado em caso de esquecimento da utilização do anticoncepcional (n=100)
Fonte: Elaboração própria.
Na Figura 5 verificou-se que 72% das mulheres que participaram da pesquisa
na rede pública de saúde de Fernandópolis relataram nunca ter utilizado pílulas de
emergência, 21% relataram usar raramente, 6% relataram usar esporadicamente, e
1% relatou usar sempre. Em estudo realizado na Universidade de São Paulo
observou-se através de uma pesquisa com 487 adolescentes, que entre as jovens
que teriam iniciado atividades sexuais 50,4% relataram a utilização de contracepção
de emergência. As razões apontadas para o uso foram: falha no método
contraceptivo utilizado, esquecimento e a insegurança em relação aos métodos
contraceptivos utilizados. Foram relatados também que a maioria dos
anticoncepcionais de emergência foi adquirida em farmácias comerciais e sem
receita médica e a maior parte das entrevistadas relataram conhecer alguém que já
havia utilizado a contracepção de emergência (BORGES, 2010).
33
Figura 5 - Utilização de pílula de emergência (pílula do dia seguinte) (n=100)
Fonte: Elaboração própria.
Através dos dados expressos na Figura 6, verifica-se que além de utilizar o
anticoncepcionais algumas das mulheres que participaram da entrevista fazem o uso
de outros métodos contraceptivos, 28% fazem uso de preservativo
masculino/feminino, 10% relataram o uso de tabelinha, 6% relataram que fazem
interrupção do coito e somente 2% relataram que utilizam o DIU (dispositivo
intrauterino). Estudos realizados em 4 universidades brasileiras observaram-se que
métodos contraceptivos mais utilizado entre os jovens entrevistados foi o
preservativo masculino, em seguida os métodos mais utilizados foram os
anticoncepcionais orais hormonais, em seguida foi relatado a interrupção de coito e
a tabelinha como forma contraceptiva, observa-se que o uso de camisinha como
método contraceptivo é mais utilizado, pois tem como foco inúmeras campanhas
educacionais, pois é um dos métodos que protege o individuo tanto de uma gravidez
indesejada como também de uma doença sexualmente transmissível (SILVA et al.,
2010).
34
Figura 6 - Outros métodos contraceptivos utilizados (n=100)
Fonte: Elaboração própria.
35
9 CONSIDERAÇÕES FINAIS
As contracepções têm por objetivo impedir a concepção por meio de drogas,
cirurgias, dispositivos entre outros.
Os anticoncepcionais orais e parenterais com associações de estrogênios e
progesterona atuam com seus efeitos contraceptivos, em sua maioria na inibição
seletiva da função hipotálamo hipófise, assim tendo como resultado a inibição da
ovulação.
No Brasil, o maior índice de gravidez está entre mulheres de menor nível
social o que confirma a falta de informações prestadas a essas pessoas.
Com a pesquisa realizada com usuárias das quatro UBS de Fernandópolis –
SP, concluiu-se que 73% das entrevistadas utilizam anticoncepcionais orais ou
parenterais além de outros métodos como o preservativo masculino e feminino, a fim
de evitarem a gravidez indesejada.
Diante dos estudos pode-se observar que as usuárias em sua maioria utilizam
esses métodos sem nenhuma orientação médica ou de algum outro profissional da
saúde.
Muitas vezes o tratamento com anticoncepcionais orais não são eficazes
devido à falta de conhecimento das possíveis reações adversas, interações
medicamentosas e a correta forma de administrá-los, o que causa grande índice de
interrupção do tratamento, já que os mesmos podem causar alterações no peso,
náuseas e vômitos, distúrbios gastrointestinais além de alterações no fluxo
menstrual, diminuição do desejo sexual e candidíase vaginal. Isso faz com que
ocorra a suspensão do uso do anticoncepcional o que causa a elevação no risco de
gravidez indesejada.
Portanto, cabe ao médico e ao farmacêutico proceder de maneira adequada,
uma vez que estes possuem conhecimento para fornecer as principais informações
a respeito de cada medicamento, informando à essas pacientes e a comunidade as
formas adequadas de uso, a correta posologia, além de suas interações
medicamentosas, reações adversas e os possíveis riscos quanto ao uso de qualquer
fármaco, melhorando a qualidade de vida e cuidando do bem estar da sociedade.
36
REFERÊNCIAS
BAHAMONDES. L. et al. Fatores associados à descontinuação do uso de anticoncepcionais orais combinados. In: Revista Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia, 2011. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbgo/v33n6/a07v33n6.pdf>. Acesso em: 10 set. 2011. BERENSON, A. B; RAHMAN, M. Changes in weight, total fat, percent body fat, and central-to-peripheral fat ratio associated with injectable and oral contraceptive use. In: American journal of obstetrics and diseases of women and children, 2009. Disponível em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=19254592>. Acesso em: 12 set 2011.
BORGES, A. L. V.; FUJIMORI, E.; NICHIATA, L. Y. I. O uso da anticoncepção de emergência entre jovens universitárias. In: Cadernos de Saúde Pública vol.26 no. 4 Rio de Janeiro, 2010. Disponível em: <www.abep.nepo.unicamp.br/encontro2008/docsPDF/ABEP2008_1424.pdf>. Acesso em: 16 out. 2011.
BRASIL. Formulário terapêutico nacional 2010. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. 2 ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. Disponível em: <portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/FTN_2010.pdf>. Acesso em: 20 out. 2011. BRUNTON, L. L.; LAZO, J. S.; PARKER, K. L. As bases farmacológicas da terapêutica. 11 ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2007. COELHO, E. B. S. Enfermagem e o planejamento familiar:as interfaces da contracepção. In: Revista Brasileira de Enfermagem REBEN, 2005. Disponível em:< http://www.scielo.br/pdf/reben/v58n6/a07v58n6.pdf>. Acesso em: 15 out. 2011. CREMER, M.; PHAN, S. W.; JACOBS, A. Recent innovations in oral contraception, 2010. In: Seminars in reproductive endocrinology, 2010. Disponível em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=20391327>. Acesso em: 20 out. 2011.
CUBAS, E. R. et al. Principais causas de diminuição da massa óssea em mulheres na pré-menopausa encaminhadas ao ambulatório de doenças ósteo-metabólicas de um Hospital Terciário de Curitiba. In: Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia vol.50 nº 5 São Paulo, 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0004-27302006000500013&script=sci_arttext>. Acesso em: 15 out. 2011.
ESSAH, P. A. et al. Effect of combined metformin and oral contraceptive therapy on metabolic factors and endothelial function in overweight and obese women with polycystic ovary syndrome, 2011. In: Official journal of the American Society for the Study of Sterility, 2011. Disponível em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=21733508>. Acesso em: 23 out. 2011.
37
FARIAS, P. A. M. et al. Informações em Saúde mais solicitadas em um Centro de Informações de Medicamentos -SAC Farma, Brasil. in: Latin American Journal of Pharmacy, 2007. Disponível em: <latamjpharm.org/resumenes/26/2/LAJOP_26_2_4_1.pdf >. Acesso em: 10 out 2011. FUCHS, F. D.; WANMACHER, L.; FERREIRA, M. B. C. Farmacologia Clínica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. GOMES, M. F. et al. Métodos Contraceptivos. in: Saúde & Ambiente em Revista, 2009. Disponível em: <publicacoes.unigranrio.edu.br/index.php/sare/article/view/724>. Acesso em: 19 out. 2011. KATZUNG, B. G. Farmacologia: básica e clínica. 9 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. KROON, L. A. Drug interactions with smoking. in: American journal of health-system pharmacy, 2007. Disponível em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=17823102>. Acesso em: 16 set.2011. MANSOUR, D.; INKI, P.; DANIELSSON, K. D. Efficacy of contraceptive methods: a review of the literature. In: European Journal of Contraception and Reproductive Health Care, 2010. Disponível em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=21091164>. Acesso em: 20 out. 2011. MARKMAN, B. E. O. et al. Monitoramento da qualidade de contraceptivos hormonais distribuídos pela SES-São Paulo. In: Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. São Paulo, SP- Brasil, 2011. Disponível em: http://www.cve.saude.sp.gov.br/bepa/pdf/BEPA90_CONTRACEPTIVO.pdf. Acesso em: 25 nov. 2011. MONTEIRO, T. F.; DEL COMUNE, A. P. Métodos contraceptivos: avaliação do grau de orientação dos adolescentes de ensino médio em determinada escola estadual.
In: Revista Brasileira de Ciências da Saúde, 2009. Disponível em: <http://seer.uscs.edu.br/index.php/revista_ciencias_saude/article/view/526/371>. Acesso em: 06 nov. 2011. NINÕ, T. R.; CASTRO A. M. Qual é o estado atual da contracepção de emergência. in: Revista Ciencias Biomédicas, 2010. Disponível em: <http://www.revistacienciasbiomedicas.com/index.php/revciencbiomed/article/view/1>. Acesso em: 28 nov. 2011. OLIVEIRA, A. et al. Descontinuação contraceptiva e não-utilização em Santarém, Amazônia brasileira. In: Cadernos de Saúde Pública, 2009. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0102-311X2009000900016&lng=pt&nrm=iso&tlng=en>. Acesso em: 26 nov. 2011.
38
OLIVEIRA, D. A. G; SOARES, V. C. G; BENASSI JR, M. O consumo de bebidas alcoólicas entre estudantes universitárias e o conhecimento dos riscos entre seu uso combinado com contraceptivos orais. In: Revista do Instituto de Ciências da Saúde, 2009. Disponível em: <files.bvs.br/upload/S/0104-1894/2009/v27n4/a1635.pdf>. Acesso em: 10 nov. 2011. PANIZ, V. M. V; FASSA, A. G; SILVA, M. C. Conhecimentos sobre anticoncepcionais em uma população de 15 anos ou mais de uma cidade do sul do Brasil. In: Cadernos de Saúde Pública, 2005. Disponível em: <www.scielo.br/pdf/csp/v21n6/12.pdf>. Acesso em: 05 out. 2011.
PARAFUSO, H. M. Rifampicina, um indutor de pedra fundamental de metabolismo de drogas. In: Drug Metabolism Reviews , 2004. Disponível em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15554232>. Acesso em: 29 out. 2011.
PEREIRA, S. M; TAQUETTE, S.R. Desvendando mitos sobre anticoncepção hormonal oral na adolescência. In: Revista Oficial do Núcleo de Estudos da Saúde do Adolescente / UERJ, 2008. Disponível em: <www.adolescenciaesaude.com/detalhe_artigo.asp?id=70>. Acesso em: 10 nov. 2011. SANTOS, G. P; BORGES, J. R. Avaliação do uso de contraceptivo de emergência em distintas regiões de São Paulo. In: Conscientia e Saúde, 2010. Disponível em: < http://www4.uninove.br/ojs/index.php/saude/article/viewFile/2337/pdf_2>. Acesso em: 30 nov. 2011. SILVA, P. Farmacologia. 11ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. SILVA, F. C et al. Diferenças regionais de conhecimento, opinião e uso de contraceptivo de emergência entre universitários brasileiros de cursos da área de saúde. In: Cadernos de Saúde Pública, 2010. Disponível em: <http://www.scielosp.org/pdf/csp/v26n9/15.pdf>. Acesso em: 05 nov.2011. SIMONIENÉ, D. et al. Use of Combined Oral Contraceptives and Headaches. In: Medicina (Kaunas), 2011. Disponível em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=21956133>. Acesso em: 23 out. 2011.
SITRUK, W. R; NATH, A. Metabolic effects of contraceptive steroids. In: Reviews in Endocrine & Metabolic Disorders, 2011. Disponível em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=21538049>. Acesso em: 20 set. 2011.
SOUZA, J. M. M. et al. Utilização de métodos contraceptivos entre as usuárias da rede pública de saúde do município de Maringá-PR. In: Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, 2010. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-72032006000500002&script=sci_arttext>. Acesso em: 07 out. 2011. STACEY, M. Formas de Contracepção . in: Health's Disease and Condition, 2009. Disponível em: <http://contraception.about.com/od/contraceptionoverview/g/glossary.htm>. Acesso
39
em: 05 nov. 2011..THORNEYCROFT, I.; KLEIN, P.; SIMON, J. The impact of antiepileptic drug therapy on steroidal contraceptive efficacy. In: Epilepsy & Behavior , 2006. Disponível em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=16766231>. Acesso em: 26 set. 2011. WANG, F. et al. Oral contraceptives and risk of gallbladder disease. In: Canadian Medical Association Journal, 2011. Disponível em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=pmc3176848>. Acesso em: 22 out. 2011. WIBAUX, C. et. al. Pregnancy during TNFalpha antagonist therapy: beware the rifampin-oral contraceptive interaction. Report of two cases. In: Joint Bone Spine, 2010. Disponível em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=20447852>. Acesso em: 12 set 2011. WILSON, S.M; et al. Oral contraceptive use: impact on folate, vitamin B(6) , and vitamin B(12) status. In: Nutrition Reviews, 2011. Disponível em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=21967158>. Acesso em: 23 out. 2011.
APÊNDICE
Questionário sobre anticoncepcionais
40
1. Escolaridade?
( ) Analfabeta
( ) Ensino fundamental incompleto
( ) Ensino fundamental completo
( ) Ensino médio incompleto
( ) Ensino médio completo
( ) Ensino superior incompleto
( ) Ensino superior completo
( ) Pós-graduada
2. Com que idade começou a utilizar anticoncepcionais?
( ) Abaixo de 14 anos
( ) Entre 14 e 16 anos
( ) Entre 17 e 18 anos
( ) Entre 19 e 21 anos
( ) Acima de 22 anos
3. Quem indicou seu primeiro anticoncepcional?
( ) Vizinha ou amiga
( ) Balconista de farmácia
( ) Parente
( ) Médico
4. O que motivou a iniciar o tratamento com anticoncepcional?
( ) Prevenção à gravidez
( ) Controle hormonal
( ) Outro:___________________________________________
5. Engravidou utilizando anticoncepcionais?
( ) Sim
( ) Não
6. Faz uso de anticoncepcional com outros medicamentos?
41
( ) Sim
( ) Não
7. Você tem o conhecimento de que anticoncepcionais podem perder ou reduzir seus
efeitos quando administrados juntamente com alguns tipos de antibióticos?
( ) Sim
( ) Não
8. Quando precisa tomar outro medicamento, existe alguma orientação tanto na hora
da prescrição por parte do médico e ou na dispensação por parte do farmacêutico
em relação a uma possível interação do medicamento com o anticoncepcional?
( ) Não
( ) Sim, apenas do médico
( ) Sim, apenas do farmacêutico
( ) Sim, de ambos os profissionais
9. O uso de anticoncepcional é feito com indicação e orientação médica?
( ) Sim
( ) Não
10. Há quanto tempo utiliza o anticoncepcional?
( ) Menos de um ano
( ) Entre um e dois anos
( ) Entre dois e três anos
( ) Entre três e cinco anos
( ) Entre cinco e dez anos
( ) Acima de dez anos
11. Já fez troca de anticoncepcionais?
( ) Sim
( ) Não
12. Em caso afirmativo, qual o motivo?
42
__________________________________________________
13. Que forma de anticoncepcional utiliza?
( ) Comprimidos
( ) Injetáveis
( ) Adesivos
( ) Outro:__________________________________________
14. Teve alguma reação adversa ao anticoncepcional?
( ) Não
( ) Sim
15. Em caso afirmativo, qual ou quais?
( ) Náuseas e/ou vômitos
( ) Distúrbios gastrintestinais
( ) Alterações no fluxo menstrual
( ) Cloasma ou melasma (manchas escuras na face)
( ) Alterações mamárias, incluindo sensibilidade, aumento ou secreção
( ) Alteração de peso
( ) Erupção cutânea
( ) Candidíase vaginal
( ) Intolerância a lentes de contato
( ) Desejo sexual reduzido
( ) Outra(s):_________________________________________
16. Já se esqueceu de tomar seu anticoncepcional?
( ) Sim
( ) Não
17. Em caso de sim, qual procedimento foi adotado?
( ) Continuou a tomar o medicamento normalmente
( ) Tomou 2 comprimidos no dia seguinte
43
( ) Tomou 3 comprimidos no dia seguinte
( ) Parou de tomar o anticoncepcional
( ) Parou de ter relações sexuais neste período
( ) Outra:__________________________________________
18. Faz uso de anticoncepcional de emergência (pílula do dia seguinte)?
( ) Nunca
( ) Raramente
( ) Esporadicamente
( ) Sempre
19. Faz uso de outro método contraceptivo?
( ) Não
( ) Sim
20. Em caso afirmativo, qual ou quais?
( ) Preservativo masculino ou feminino
( ) Diafragma
( ) Dispositivo intrauterino (DIU)
( ) Interrupção de coito
( ) Tabelinha
( ) Outro:___________________________________________
Top Related