AVALIAÇÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL NUMA
PERSPECTIVA CONSTRUTIVISTA
Por : Vilcéa de Fátima Nunes de Azevedo
Orientadora
Professora Mary Sue
Rio de Janeiro
Outubro de 2001
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
INSTITUTO DE PESQUISAS SÓCIO PEDAGÓGICAS
PÓS GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVALIAÇÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL NUMA PERSPECTIVA
CONSTRUTIVISTA
Apresentação de monografia ao Conjunto
Universitário Candido Mendes como
condição prévia para a conclusão do Curso
de Pós-Graduação “Lato Sensu” em
S u p e r v i s ã o E s c o l a r.
Por Vilcéa de Fátima Nunes de Azevedo.
3
AGRADECIMENTOS
A Deus, força suprema que nos prepara
a cada dia para vencer todas as barreiras.
À amiga Marilene, peça fundamental na
construção desse trabalho.
Aos amigos conquistados
verdadeiramente no decorrer de todos
os anos na educação.
Também à querida Lucinda por todo o
incentivo nos momentos mais difíceis.
4
DEDICATÓRIA
Dedico a você mãe querida, exemplo
de educadora, que consedeu-me o
privilégio de passar por sua vida.
Guerreira, amiga e companheira de
todos os dias. Partiste deixando
marcas eternas em meu ser, que
jamais serão apagadas, ensinou-me o
verdadeiro sentido de “educar”.
Com saudades profundas, mas
Presença constante, amo você
I n f i n i t a m e n t e.
M a r i a d a P a z,
sei que podes me ouvir.
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RESUMO
Avaliar é viver intensamente o dom de educar na sua essência, respeitando as
diferenças individuais de cada educando, assim despertando o desejo de crescimento
através de uma consciência crítica que possa ser prazerosa para ambos os envolvidos no
processo.
Partindo desta prática serão abordados no decorrer do presente trabalho o cotidiano
transformador de uma escola situada num bairro de periferia do município de Belford
Roxo, onde tudo era gostoso, diferente, prazeroso de ser feito.
Uma escola que tinha uma liderança “diferente”, e isto contagiava a todos que por
ali passavam e chegavam. Também será abordada a avaliação respeitando as múltiplas
inteligências, a qualidade da educação de uma forma geral e dentro da unidade escolar,
como também avaliação com charadas indagando porque o aluno não aprende, sugerindo
algumas alternativas, não deixando de analisar a formação do educador na avaliação,
abordando também o autoritarismo dentro da avaliação da proposta educacional.
Refletir é também avaliar, e avaliar é também planejar, estabelecer objetivos...1
1 - Gadotti, Moacyr – Introdução do Livro : Avaliação Qualitativa de Pedro Demo – SãoPaulo, Junho de 1987.
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METODOLOGIA
Educar respeitando acima de tudo nosso aluno, caminhando diariamente como
ajudador na construção de seu saber. Só assim poderemos então falar de avaliação pois
estaremos então transformando-a em apenas mais um, entretantos dos momentos gostosos
vividos na prática diária de nossa sala de aula.
Nossa metodologia trará uma abordagem sobre avaliação, entre a teoria e a prática
pedagógica, passando por situações vivenciadas por esta profissional através de seus 13
anos de magistério, acreditando sempre na educação como o maior potencial transformador
de uma sociedade; desde que seja realmente praticada em prol do seu maior objetivo, que é
o aluno e sua formação plena.
Pesquisa de campo será feita na Escola Municipal Professora Maria da Paz de
Santana dos Santos, antiga Escola Municipal Gogó da Ema; que será nosso objeto de
estudo, como também entrevistas sobre a prática pedagógica da escola, sua equipe técnico –
pedagógica e direção.
Também citados vários autores que constarão em nossa bibliografia ao término
deste trabalho.
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SUMÁRIO
• Introdução.
• Capítulo I.
• Capítulo II.
• Capítulo III.
• Capítulo IV.
• Capítulo V.
• Capítulo VI.
• Conclusão.
• Bibliografia Consultada.
• Bibliografia Citada.
• Anexos.
• Índice.
• Folha de Avaliação.
8
INTRODUÇÃO
O presente trabalho descreve e analisa a avaliação escolar, fazendo uma abordagem
qualitativa que permita levantar dados do cotidiano da Escola Municipal Professora Maria
da Paz de Santana dos Santos.
Ao lado destas constatações, este trabalho poderá contribuir para repensarmos o
processo de avaliação escolar no primeiro segmento do Ensino Fundamental em condições
mais amplas na relação professor x aluno.
Nos capítulos a seguir será descrita a caminhada da escola em tela desde sua
inauguração até os dias atuais, abordando também avaliação x múltiplas inteligências,
passando pela qualidade da Educação dentro da Unidade Escolar, indagando sobre o
aprendizado do aluno e sugerindo algumas alternativas, analisando também o papel da
formação do educador na avaliação e não esquecendo de falar sobre autoritarismo e da
relação da avaliação com a proposta educacional.
A verdade é que há sério descrédito em relação às escolas inovadoras e o sistema de
avaliação é um dos focos principais de críticas da sociedade, uma vez que se constitui em
componente decisivo na questão resultado, ou seja, produto obtido, em educação.2
É preciso enquanto educadores conscientes já de muitas mudanças que vem
acontecendo na educação termos a consciência que o conhecimento construído, não está
acabado é ação praticada dia-a-dia junto ao educando. É preciso repensar para
verdadeiramente mudar.
2 - Hoffmann, Jussara – Avaliação Mediadora, 1995 – Página 14.
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CAPÍTULO I
A HISTÓRIA EM REVISTA
A Escola Municipal Professora Maria da Paz de Santana dos Santos teve seu
primeiro dia letivo em 03 de agosto de 1992, situada na periferia de Belford Roxo,
especificamente do Jardim Redentor chamava-se Escola Municipal Gogó da Ema.
Composta de sete salas de aula, iniciou suas atividades com 224 alunos sendo
oriundos da associação de moradores local.
Situação econômica baixa, traziam consigo o estigma da incapacidade devido a
vários fatores que compunham suas trajetórias. Teve como primeira diretora a professora
Maria da Paz de Santana dos Santos, uma verdadeira educadora cujo seu maior objetivo era
implantar naquele Lírio do Vale um ensino de qualidade.
A escola precisava passar credibilidade, confiança e manter com todos uma relação
de amizade.
1.1 - GARRA E AÇÃO FAZENDO A HISTÓRIA.
Maria da Paz acreditando sempre, até porque a educação era seu respirar, reuniu os
profissionais da escola e foram estabelecidas as normas da escola, onde pessimismo não era
permitido, ali naquele espaço todos eram capazes, inteligentes, apesar das dificuldades se
houvesse o interesse mútuo, tudo poderia acontecer. Teve início o resgate da estima.
Os professores eram induzidos à trocar experiências entre si, tendo como ponto de
apoio reuniões semanais para avaliar o trabalho, tudo isso somado a um dia-a-dia sempre
diferenciado. A palavra proibida era a mesmice.
Junto ao trabalho da auto-estima, os alunos eram conscientizados com relação à
limpeza e conservação do prédio. Salas feias, sujas, rabiscadas, não faziam parte dos nossos
hábitos.
Ali todos se respeitavam, a direção apesar de exigente, mantinha com todos uma
relação de amizade e respeito mútuo.
A autora até aqui obteve todas as informações convivendo diariamente; a amiga
professora Sueli de Moura, então atuando na unidade e sempre comentando sobre ter
encontrado uma escola “diferente”.
10
No ano seguinte após tanto almejar, a autora conseguiu integrar-se a tão sonhada
escola através de um contrato no então recém município emancipado da cidade mãe que era
Nova Iguaçu.
“Este deveria ser o nosso desafio maior de intelectuais deste fim de século e de
milênio : reinventar um conhecimento que tenha feições de beleza; reconstruir uma ciência
que tenha sabor de vida, cheiro de gente, num século que se especializou na ciência e na
arte da morte, da guerra e da destruição”.3
Agora como integrante desse processo e não mais como ouvinte, começa uma nova
etapa de minha vida, as descobertas da capacidade que temos enquanto educadores de
fazermos a diferença em tudo o que quisermos.
Então ali não havia limites para educação acontecer verdadeiramente, com os alunos
sendo avaliados todos os dias.
Foi verificado então que alguns não estavam acompanhando e a recuperação diária
com a ajuda também dos colegas ia acontecendo.
Os pais eram convocados a ajudar, eram incentivados a não deixá-los desistir e tudo
ia acontecendo...
Maria da Paz, exemplo de líder educadora nata sempre incansável a frente de seus
discípulos, semeando através de seus exemplos reais, os frutos que colheríamos mais tarde.
“É através das pequenas iniciativas, dos pequenos passos, das pequenas descobertas
que se chega à construção e a produção do conhecimento”.
Maria da Paz, fostes de nós, porém deixastes em vários corações que tiveram o
privilégio de ter passado por sua existência, a certeza de que aprendemos um pouco de ti,
pois “és a educação na sua forma mais singela, na sua plenitude”.
Mestra e grande guerreira, que a chama de sua força, sabedoria, discernimento,
perseverança e garra, possa estar acesa intensamente a cada dia em meu ser, para que possa,
praticar nesta longa caminhada o muito que aprendi de ti.
Onde estiver, que possas ser estrela guia, trazendo seu mais lindo esplendor nos
momentos em que tiver que continuar cuidando de nosso Instituto.
Cada semente jogada por ti, hoje estamos colhendo seus frutos.
3 - Andreola, 1993 – Página 41.
11
CAPÍTULO II
AVALIAÇÃO EM DEBATE
Durante todo o 1.º semestre 1993, além de resgate de auto-estima, a avaliação que
deveríamos seguir seria uma avaliação que não podasse a criatividade dos alunos, mas um
sistema avaliativo onde qualitativo suplantasse o quantitativo, e que todo trabalho fosse
valorizado, integração, participação, interesses, assiduidade, trabalho individual, em grupo
e toda gama de contribuição.
Testes e provas seriam mais um instrumento de avaliação, nunca o mais importante.
Os pais ficaram apreensivos porque não marcávamos semana ou dia de prova, elas
eram aplicadas sem ênfase, o aluno não passava por um bombardeio mental que neste
particular funciona negativamente.
Foi feita a conscientização, que dar ênfase à prova, gera uma expectativa enorme na
criança e que cada um, dependendo da sua maneira de ser, reage positiva ou negativamente.
Por parte de alguns professores houve resistência com a justificativa de que este
processo, diminuiria a qualidade do ensino. Foi através de muito diálogo, muita discussão e
uma longa caminhada que aconteceu a aceitação por parte de todos, e assim fechamos o
primeiro ano.
“A teoria da avaliação educacional, no Brasil sofreu uma grande influência norte
americana. A partir dos anos 60, principalmente, foi muito ampla a divulgação da
proposta de Ralph Tyler, conhecida como avaliação por objetivos (...) Como se revela, na
Escola, essa influência de Tyler ? Observa-se que o compreende, no início do processo, o
estabelecimento de objetivos pelo professor (na maioria das vezes relacionados
estreitamente a itens de conteúdo programático e, a determinados intervalos a verificação
através de testes de alcance desses objetivos, pelos alunos. Quando inserida no cotidiano,
a ação avaliativa restringe-se à correção de tarefas diárias dos alunos e registros de
resultados. Assim, quando se discute avaliação, discutem-se de fato instrumento de
verificação e critérios de análise de desempenho final (...). Embora esse enfoque tenha
recebido muitas críticas de outros teóricos em avaliação, o que se percebe é que essas
críticas e os modelos contemporâneos não foram decisivos para a derrubada dessa
12
concepção, sedimentada fortemente na ação das escolas e universidades, em documentos
de órgãos oficiais de educação em publicações na área de avaliação”.4
2.1 - AVALIAR PARA TRANSFORMAR
Desde o início das nossas atividades nessa unidade escolar que procuramos
desenvolver um trabalho integrado, de maneira que a avaliação fosse feita de forma
integral, onde todo o potencial do aluno fosse colocado em evidência.
Nas reuniões colocávamos em tela, cada aluno que apresentasse dificuldade na
aprendizagem. Procurávamos estudar o porquê da situação, quais os fatores que interferiam
e o que poderia ser feito. As vezes o caminho escolhido ou atitude tomada não surte os
efeitos desejados, pois apesar de todas as providências tomadas o aluno não apresentava
melhoras. Nesses casos retornávamos ao diálogo, os pais eram convocados e
recomeçávamos tudo de novo.
Perseverança era uma constante, não nos importava o tempo perdido, diante do
progresso do aluno.
Geralmente quando se sente valorizado sendo alvo das atenções, o aluno passa a
demonstrar pequenos avanços, e nessa hora que a avaliação tem que ser transformadora, o
mínimo apresentado, deve ser avaliado dentro de um critério de valorização e vendo-se
valorizado, consequentemente acontece o fortalecimento da auto-estima e ele começa a
apresentar melhoras.
É importante não confundir auto-estima com paternalismo.
As vezes sentindo-se valorizada a criança inconscientemente faz chantagem
emocional e quer tirar proveito da situação. É nesse momento que deve sentir o peso da sua
responsabilidade, que a Escola e a Família estão gerando condições para o seu
desenvolvimento integral, mas em, contrapartida ele tem o dever e obrigação de colaborar
para que isso aconteça.
Como diz Jussara Hoffmann : “o sentido fundamental da ação avaliativa é o
movimento, a transformação”. 5
4 - Hoffmann, Jussara – Avaliação Mito e Desafio – Páginas 39/41.5 - Hoffmann, Jussara –
Avaliação Mito e Desafio – Página 110.
13
2.2 – AVALIAÇÃO E AS MÚLTIPLAS INTELIGÊNCIAS
Chamamos de múltipla inteligência a tendência que cada um apresenta com relação
à matérias e demais atividades dentro da escola6 Ex. – José não domina o código
lingüístico, no entanto vende bala na rua e sabe passar o troco. Podemos aproveitar esta
inteligência para cálculo e criar situação para inserir os fonemas.
Rafael não gosta de ler, no entanto gosta de fazer dramatização. Ele deve ser
inserido em roda de leitura, ser incentivado a ler pequenos textos para serem dramatizados.
Karla adora música e está sempre disposta a participar de coreografia, no entanto
apresenta inúmeras dificuldades de reter conceitos. A música deve fazer parte das aulas
juntamente com os textos e os números.
O fator mais importante nestas e outras situações é tirar o maior proveito possível
das potencialidades apresentadas para diminuir as deficiências e fazê-lo sentir que, para
aproveitar melhor aquela potencialidade é preciso desenvolver as outras, mesmo que seja
com menos intensidade.
É importante enfatizar que na hora de avaliar, levar em consideração a inteligência
desenvolvida.
Um fator que não deve ser esquecido é o acompanhamento diário e a avaliação
constante.
Sempre que falo em avaliação lembro que uma mãe semi-analfabeta ao receber o
boletim da filha com quatro conceito D, perguntou tristemente : Professora, a minha filha
não é boa em nada ?7 A professora corou e respondeu, é, na verdade ela não se saiu muito
bem, vamos aguardar o próximo bimestre. No entanto, a professora a partir daquele
momento começou a questionar sua prática avaliativa e certamente procurou se modificar,
utilizando a inteligência mais desenvolvida e valorizá-la.
A Dra. Thereza Penna Firme no Simpósio Nacional sobre avaliação, finalizou a sua
conferência com a seguinte citação :
6- Gardner, Howard – 1995. No seu livro “Frames of Mind”, dedica-se à difícil tarefa deexplicar como habilidades, talentos e criatividade relacionam-se com inteligência, eapresenta a idéia de que os seres humanos são capazes de desenvolver, pelo menos sete
inteligências.
14
“E, finalizando, para uma melhor compreensão da avaliação, é preciso ver que a
avaliação é essa que nasce dessa parafernália de concepções e de abordagem, ou de como
nós podemos definir essa avaliação. Que tipo de definição podemos ter para avaliação ?
Que avaliação é essa que vai esculpindo, que vai respondendo, que vai trabalhando com
todas as potencialidades ?”. 7
2.3 – CONTINUIDADE NA CAMINHADA
Nos anos que seguiram houve uma continuidade no trabalho iniciado, dando-se
ênfase aos objetivos bem sucedidos e reformulação dos que apresentam boa aceitação ou
rendimento satisfatório.
No decorrer de todo o período até a presente data houve a implantação da Sala de
Leitura, sendo a mesma polivalente, pois atende a diversas leituras a saber : Literatura
Infantil e Infanto-Juvenil, Jogos Didáticos e Vídeo Cultural. Essa sala, recebe cada turma
duas vezes por semana, sendo aproveitado para inserir nessa prática o enriquecimento às
aulas ministradas reforçando a aprendizagem além de ampliar o conhecimento do aluno.
Tenho a ressaltar que a Sala de Leitura é um lugar prazeroso onde todos gostam de
entrar.
A proposta primordial é fazer o aluno produzir os seus próprios textos aproveitando
as diversas leituras.
7- Firme, Thereza Penna – Avaliação Hoje; Perspectivas e Tendências – Simpósio sobreAvaliação Educacional, Uma Reflexão Crítica Anais – Fundação CESGRANRIO – Rio de
Janeiro – Brasil – Página 17, 1994.
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Adotamos a “Ciranda”, onde os professores trocam de salas entre si, todos com
atividades diversificadas. As crianças têm a mesma oportunidade de vivenciar várias
atividades. Todos os meses as atividades mudam para não se tornarem cansativas e sem
significado. Todas as turmas expõem os seus trabalhos. No final, fazemos uma avaliação
das atividades e assim detectamos as falhas, para que não sejam repetidas.
2.4 – PARTE INTEGRANTE DA CAMINHADA.
A observação é parte integrante de nossa caminhada. Estamos sempre alerta a
qualquer sinal vermelho. Consideramos sinal de alerta, aluno apático, agressivo, queixoso,
retirante, calado, isolado é um sinal vermelho, aluno com baixo nível de aprendizagem e
faltoso. Os procedimentos utilizados nos primeiros casos : diálogo, mudança de tratamento
na medida do possível, novas estratégias para tornar as aulas mais atraentes, solicitá-lo com
mais freqüência, sempre que possível colocá-lo em evidência.
No segundo caso que consideramos mais grave, chamamos a família, procuramos
saber se está acontecendo algo que desconhecemos, o trabalho de observação é redobrado,
aulas de reforço sempre que possível, muito questionamento e no caso de faltas constantes,
mandamos correspondências à casa, pois entendemos que para combater a evasão escolar
temos, inclusive que trabalhar a família e para evitar a repetência que avaliar em todos os
aspectos.
16
CAPÍTULO III
PROVAS E NOTAS : REDES DE SEGURANÇA DO PROFESSOR ?
É interessante como os educadores reagem a questões de inovação, que digam
respeito à metodologia tradicional de aplicação de provas e atribuição de notas, conceitos
periódicos, nos cursos e seminários, a maior expectativa deles é quanto a sugestões para
realizar essa prática de maneira mais coerente até porque percebem as incoerências nesses
aspectos, sem no entanto refletir sobre o significado dessa metodologia.
Os educadores, em geral, discutem muito “como fazer a avaliação” e sugerem
metodologias diversas, antes, entretanto de compreender verdadeiramente “o sentido da
avaliação da escola”.
“Não há ordem opressora que suporte que um dia, todos os homens acordem
perguntando : Por que ? Por isso, a escolaridade é a proibição de pensar” 8
Mas, sem dúvida, esse não é comportamento que se observa apenas nos
professores, porque toda a sociedade vem se manifestando no mesmo sentido, ou seja,
reagindo quando se fala em abolir o sistema tradicional de realização de provas obrigatórias
e atribuição de notas e conceitos periodicamente, basicamente como “uma rede de
segurança” que se constitui sem se refletir exatamente por quê.
Nos últimos anos surgiram como programa de governo, em estados brasileiros,
propostas de promoção automática para o ensino fundamental, em resposta, justamente, à
séria constatação sobre índices de evasão e repetência na escola pública.
Proibir a repetência é um suicídio total, uma demagogia de baixíssimo nível,
incompatível coma tentativa do Brasil de sair do Terceiro Mundo. E se depois de oito anos
descobrirem que o aluno é analfabeto, o que vão fazer ? Matar o aluno para que não se
comprometa a modernidade do país ? Me parece que isto está sendo proposto ! 9
8- Freire, 1979 – Página 116.9- Jornal O Globo, 01/12/1991 – Página 18.
17
Esses comentários sugerem que uma proposta de promoção automática significa
abandono total do aluno pelos professores, porque, caso contrário, como se suportaria que
um professor leva oito anos para descobrir que o aluno não lê, não realiza nenhum
exercício. É preciso perceber que tal depoimento reduz a prática avaliativa à realização de
provas obrigatórias e atribuições de notas para fins de observar, realizar tarefas, orientar.
Ou seja, que não reprovação significa não avaliação. Qualquer proposta de promoção
automática que parta de tais considerações pelos educadores, sem o repensar da prática
avaliativa no ensino fundamental, corre o risco de maximizar o abandono às nossas
crianças.
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CAPÍTULO IVAS CHARADAS DA AVALIAÇÃO
A seguinte charada tem sido apresentada à professores e surgem respostas muito
interessantes e variadas :
Uma pessoa mora no 18.o andar de um prédio. Todos os dias desce pelo elevador
para ir para o trabalho, ao final do expediente, retornando para casa, vai pelo elevador até o
13.o andar e sobe os demais andares pela escada. Isso se repete todos os dias. Você saberia
dizer por quê ?
Quando surgem respostas cuja lógica não é entendida de imediato, muitos
professores manifestam-se e pedem explicações, ou ajudam quem as disse a buscar
coerência. E cada resposta que surge acaba por sugerir várias outras um tanto “cômicas”
inclusive.
Algumas respostas :
Essa pessoa pretende fazer exercício para emagrecer.
Vai visitar a mãe no 13.o andar.
Apanhar a chave do apartamento no vizinho desse andar.
É supersticioso, o 13 lhe dá sorte.
A resposta é : a pessoa é tão baixinha que só alcança até o 13.o entre os botões do
painel do elevador.
Na verdade essa brincadeira é uma boa estratégia para introduzir a pergunta : Por
que o aluno não aprende ? Pois essa questão é também uma charada que a prática avaliativa
nos propõe. E uma questão das mais complexas, sem dúvida alguma !
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4.1 - POR QUE UM ALUNO NÃO APRENDE ?
O que pretende-se é sugerir é que os educadores passaram muitos anos buscando a
objetividade, a precisão, as respostas certas para os problemas de aprendizagem dos alunos.
Pouco se disse “Não sei” às situações complexas enfrentadas e muito se buscou em
manuais e regimentos a justificativa para a tomada de decisões sobre situações
extraordinárias como os alunos. Deixou-se, assim, de refletir sobre como se dá o
conhecimento pela rotina de repetir os encaminhamentos convencionais, reproduzindo a
prática avaliativa das gerações mais antigas. Mas, hoje, muitos questionam os ditames da
avaliação tradicional, discordando, e denunciando a sua incoerência. O que está difícil é
acreditar que existem muitos caminhos possíveis para essa prática, desde que tenham
significados lógicos. Não se trata de buscar respostas únicas para as várias situações
enfrentadas, mas construir uma prática que respeite o princípio de confiança máxima na
possibilidade de o educando vir e aprender. Tal princípio parece convergir para posturas
construtivistas em educação.
4.2 - EM BUSCA DE ALGUMAS ALTERNATIVAS
Que espírito deve ter o professor, diante da avaliação do policial que fica
procurando o culpado, o errado, o fora do padrão ou pedagogo que acompanha o
crescimento da criança procurando dar-lhe as melhores condições de desenvolvimento? O
educador não pode se deixar levar pela “lógica de detetive” ou seja, estar mais preocupado
em verificar quem cometeu um “crime’’10 do que em ajudar no processo de construção do
conhecimento.
10- O aluno é culpado até que prove o contrário...
20
Atualmente, os educadores assumiram tanto esse papel de controle, de fiscais, que
há necessidade de controle do trabalho por parte do Estado.11 Muitas vezes,
desempenhamos, ainda que, sem querer, o papel de detetive que procura avidamente entre
os alunos aqueles que não são “capazes” que estariam a “enganar” a sociedade.
Localizados, nos realizamos, punindo-os com nota baixa e reprovação... De que
pressuposto partimos: de que há farsantes no meio do grupo ou de que todas as crianças não
são capazes de aprender?
Em relação à questão do limite do aluno (tal aluno é limitado), caberia uma
pergunta: Considerando que cada criança é capaz de aprender (a menos que tenha sérias
disfunções, nem chegando a freqüentar a escola), o “limite” estaria no aluno ou no
professor? Teríamos “Problemas de Aprendizagem” dos alunos, ou na verdade, “Problemas
de Ensinagem”12 dos professores (restaria desenvolvermos competência para ajuda-las).
11- Por ironia do destino, o próprio estado chega hoje a pedir aos professores que seja
menos autoritários na avaliação; veja se o caso da deliberação 3/91 do Conselho Estadual
de Educação de São Paulo.
12- C.J. Colares, Cecília L. Ajudando Desmistificar o Fracasso Escolar. In Toda Criança é
capaz de Aprender. (Série Idéias n.º 6 São Paulo FDE – 1990 – Página 28).
21
4.3 – RELAÇÃO AVALIAÇÃO X CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO
A primeira questão que se coloca quando se fala de avaliação é relativamente aos
objetivos da educação escolar, pois deles surgirão os critérios de análise de aproveitamento.
Evidentemente o sentido dado pelo professor à avaliação está intimamente
relacionado à sua concepção de educação.
Esquema : Postura do professor frente ao ensino e a Avaliação.
Transmissor – Transmitir e fiscalizar a absorção do transmitido
Avaliação = Controle / Coerção.
Professor
Educador – Ensinar fazendo tudo para que o aluno aprenda.
Avaliação = Acompanhamento, ajuda.
Entendemos pois que o sentido da avaliação é : avaliar para que os alunos aprendam
mais, e melhor.
a) Avaliação x Nota
Há que se distinguir, inicialmente avaliação e nota.
Avaliação é um processo abrangente da existência humana, que implica uma
reflexão crítica sobre a prática, no seu captar, seus avanços, suas resistências , suas
dificuldades e possibilitar uma tomada de decisão sobre o que fazer para superar os
obstáculos.
A nota seja na forma de número (0-10), conceito (A, B, C ou D) ou menção
(Excelente, Bom, Satisfatório, Insatisfatório), é uma exigência formal do sistema
educacional..
Podemos imaginar um dia que não haja nota na escola ou qualquer outro tipo de
reprovação, mas certamente haverá necessidades de continuar existindo avaliação para
22
poder acompanhar o desenvolvimento do educando e ajuda-los em suas eventuais
dificuldades.
b) Avaliação x Nota x Prova
A prova é apenas uma das formas de se gerar nota, que por sua vez é apenas uma
forma de avaliar, assim podemos atribuir nota sem ser por prova, bem como Avaliar sem
ser por Nota (este dia parece não ter chegado ainda).
c) Mudança de Prática
Algumas mudanças dependem de instâncias superiores ao professor ou à escola,
nesses casos a luta é mais longa e exigente.
Seria importante lembrar que a mudança de mentalidade se dá pela mudança da
prática. Se o discurso resolvesse, não teríamos mais problemas coma a avaliação, pois qual
professor já não disse muitas vezes para seus alunos que o importante não é a nota, a partir
de uma auto crítica :
• Rever a metodologia de trabalho em sala de aula;
• Alterar a postura diante dos resultados da avaliação, criando nova
mentalidade junto aos alunos, aos colegas educadores e aos pais.
Na minha opinião a avaliação deve deixar de ser uma arma com o poder de definir
trajetória de vida, destino social do aluno, para assumir um papel de apoio ao
desenvolvimento do ensino e da aprendizagem.
23
CAPÍTULO VANÁLISE DO PAPEL DA FORMAÇÃO DO EDUCADOR NA AVALIAÇÃO
A formação do avaliador não, pode se restringir ao conhecimento produzido pela
área específica. É preciso que ele domine um referencial teórico-social mais amplo, que o
permita propor à avaliação uma perspectiva de transformação.
Esta autonomia o leva também a definir o destino do aluno. Compreender com
maior flexibilidade este papel e sua responsabilidade no ensino e na avaliação é uma
dificuldade que a formação do avaliador não ultrapassou. Desta forma, os alunos também,
tanto quanto os professores se avaliam de forma reduzida e fragmentada.
5.1 – Avaliação e Autoritarismo
A avaliação é autoritária quando assume, unilateralmente, a responsabilidade pelo
diagnóstico do desempenho do aluno e a partir daí se toma decisões fora do alcance que a
própria avaliação oferece 13.
Como já afirmei se por um lado, o processo de tomada de decisão envolve a análise
de outros dados as escola e do próprio professor, por outro lado, o diagnóstico na avaliação
educacional é um processo pedagógico que deve ser compartilhado pelo aluno.
O aluno deve aprender com a avaliação, identificar de forma transparente os
objetivos do curso, distinguindo claramente suas dificuldades, suas possibilidades.
Avaliação não é uma tarefa solitária em que o aluno sem mesmo saber porque, é
reprovado e acaba se evadindo da escola, é um caminho solidário, educativo, em que a
escola comprometida com construção do conhecimento, envolve o aluno consigo para
retomada de processos que irão garantir os resultados esperados.
A participação do aluno na avaliação é a crença no indivíduo com ser humano auto-
determinado, capaz de solidariamente construir seu destino. É a possibilidade de formar
sujeitos com autonomia, o que é sem dúvida, uma forma de promoção do ser humano, que é
em essência o significado da educação.
13 - CJ. Souza, Clarilza, Avaliação do Rendimento Escolar – Página 239.
24
5.2 – A análise da relação da avaliação e a proposta educacional
A avaliação do rendimento escolar traduz em última instância e de forma explicita a
proposta educacional da escola. Como um instrumento de ensino que tem rituais definidos
na administração da escola, suas decisões trazem conseqüências no cotidiano da escola e
refletem a proposta educacional vivida efetivamente pela escola.
Neste sentido, os problemas que avaliação vem apresentando não são específicos da
avaliação, mas da proposta que direciona a prática docente, das relações de trabalho
definidas pela escola, do tipo de hierarquia e de poder construídos na escola, enfim, da
orientação pedagógica que direciona as decisões de avaliação.
Embora a avaliação possa ser considerada um ponto NODAL 14 do ensino, não
interferem na qualidade do ensino, mas é revendo todo o currículo que dedutivamente se
modifica a avaliação.
Neste sentido ela é um sintoma e espalha os conflitos do processo ensino
aprendizagem, traduzindo quase a totalidade dos problemas da escola.
À avaliação da aprendizagem somente vai se realizar em sua totalidade, quando o
indivíduo estiver em ação. A avaliação, quando se restringe à programação de curso, não
vai muito além, é uma análise quase estanque, não oferece segurança sobre a formação
garantida junto ao aluno.
A avaliação do rendimento escolar deve permitir a melhoria da capacidade cognitiva
do aluno. Formando o aluno em como pensar, isto é, como analisar, questionar e resolver
determinados aspectos do conteúdo.
Quando o objetivo é a construção do conhecimento junto ao aluno, ele deve ser
avaliado no sentido de identificar se está dominando determinados conteúdos.
Os conteúdos devem da condição de instrumentalizar os indivíduos a se
organizarem socialmente. Assim deve se avaliar para diagnosticar as dificuldades e
interferir modificando o ensino de forma a garantir a aprendizagem fundamental.
14 - NODAL (do latim nodu “nó”) Dicionário Aurélio
25
A avaliação do rendimento escolar é utilizada como instrumento de controle
disciplinar, de discriminação do aluno, do controle de sistema de classe social e de forma
ameaçadora. Pressupondo de certa forma, homogeneidade da clientela escolar, ela propõe
igualdade de condições à classe heterogênea com contexto de vida diferente. Desconsidera
desta forma especificidade de cada um, o ritmo de aprendizagem própria de cada aluno.
Com isto crava o destino do aluno, decide trajetória de vida baseada na reprovação e
aprovação.
No ensino público, ao decidir a repetência e a evasão, definem o destino social e,
mesmo no ensino particular define uma maratona dos pais na busca de ações auxiliares de
psicólogos, psicopedagogos e fonoaudiólogos, não sem conseqüência para a formação de
percepção que os alunos terão de si mesmo, pela forma como são conduzidos os processos
de encaminhamento a partir dos resultados da avaliação.
No entanto, esta denúncia do autoritarismo na educação não tem conseguido torna-
la democrática. Os próprios professores ainda não sabem como mudar.
A ênfase dada à avaliação principalmente em relação aos seus aspectos técnicos,
desconsiderou os seus fundamentos pedagógicos e políticos e transformou-se em uma
prática inútil para o aperfeiçoamento do processo de ensino. No entanto, se pode concluir
que nada deva ser avaliado, como uma primeira crítica poderia supor.
Quando avaliando um aluno de uma série para a outra, quero que ele seja bem
avaliado, que tenha tido condições de rever suas aprendizagens.
26
CAPÍTULO VICONCLUSÃO
A avaliação visa a verificação dos objetivos em um programa escolar. Suas
possibilidades não são amplas no sentido em que não visa analisar o aluno após sua
formação escolar, acompanhando-o fora do processo. Da mesma forma a avaliação não tem
caráter produtivo no sentido de antecipar sucessos ou fracassos da vida fora da escola 15
A proposta escolar deve conter o perfil do aluno que se quer formar e deve
corresponder às necessidades sociais. Cumpre a avaliação conformar-se com a proposta
escolar traduzindo-se em atividades e procedimentos de acordo com as diretrizes com as
diretrizes estabelecidas pela escola.
Partindo desse pressuposto estamos caminhando para uma educação
transformadora, mesmo que a passos lentos, onde podemos enquanto verdadeiros
educadores vivenciar várias modificações através da nova LDB, e gradativamente com
autonomia das escolas construindo seu Projeto Político Pedagógico dentro da realidade da
sua comunidade escolar, abordando assim a avaliação de uma maneira mais humana e real,
tratando de avaliação como uma prática pedagógica que atenda às necessidades do
professor ou do educador no sentido de indicar-lhe caminhos que o façam refletir sob suas
ações diárias junto a seus alunos.
Compete ao educador educar e utilizar a avaliação para verificar se está educando
na direção que pretende, e se não está, retomar sua trajetória.
É importante ressaltar que a avaliação sozinha não oferece elementos para decisão
de reprovação do aluno e sim uma avaliação global com a participação de toda a
comunidade escolar.
A avaliação numa perspectiva construtivista analisa a expressão do aluno, seja na
área cognitiva, afetiva-social ou psicomotora, apresentada de forma oral, escrita, corporal,
gestual, enfim analisa o aluno como um todo.
15 - CJ· Souza, Clarilza, Avaliação do Rendimento Escolar- Página337
27
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
1 - Demo, Pedro – Educação e Conhecimento – Vozes – 2000.
2 - Alves, Nilda – Formação de Professores, Pensar e Fazer – Cortez – 2001.
3 - Andreola, 1993.
4 - Hoffmann, Jussara – Avaliação Mito e Desafio.
5 - Bahia, Secretaria de Educação da Bahia Projeto Pedagógico da Escola – Segunda
Edição – 1995-1998.
6 - Gardner, Howard – 1995. No seu livro “Frames of Mind”, dedica-se à difícil tarefa de
explicar como habilidades, talentos e criatividade relacionam-se com inteligência, e
apresenta a idéia de que os seres humanos são capazes de desenvolver, pelo menos sete
inteligências.
7 - Firme, Thereza Penna – Avaliação Hoje; Perspectivas e Tendências – Simpósio sobre
Avaliação Educacional, Uma Reflexão Crítica Anais – Fundação CESGRANRIO – Rio de
Janeiro – Brasil – 1994.
8 - Freire, Paulo – Rio Paz, 1979.
9- Jornal O Globo, 01/12/1991 – Página 18.
10- Por ironia do destino, o próprio estado chega hoje a pedir aos professores que seja
menos autoritários na avaliação; veja se o caso da deliberação 3/91 do Conselho Estadual
de Educação de São Paulo.
11- C.J. Colares, Cecília L. Ajudando Desmistificar o Fracasso Escolar. In Toda Criança é
capaz de Aprender. (Série Idéias n.º 6 São Paulo FDE – 1990 – Página 28).
12- CJ. Souza, Clarilza - Avaliação do Rendimento Escolar – Página 239.
13 - Gadotti, Moacyr – Introdução do Livro : Avaliação Qualitativa de Pedro Demo – São
Paulo, Junho de 1987.
14 - Gadotti, Moacyr – Escola Cidadã, São Paulo – Cortez, 1992.
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BIBLIOGRAFIA CITADA
1 - Gadotti, Moacyr – Introdução do Livro : Avaliação Qualitativa de Pedro Demo – São
Paulo, Junho de 1987.
2 - Hoffmann, Jussara – Avaliação Mediadora, 1995.
3 - Andreola, 1993 – Página 41.
4 - Hoffmann, Jussara – Avaliação Mito e Desafio.
5 - Gardner, Howard – 1995. No seu livro “Frames of Mind”, dedica-se à difícil tarefa de
explicar como habilidades, talentos e criatividade relacionam-se com inteligência, e
apresenta a idéia de que os seres humanos são capazes de desenvolver, pelo menos sete
inteligências.
6 - Firme, Thereza Penna – Avaliação Hoje; Perspectivas e Tendências – Simpósio sobre
Avaliação Educacional, Uma Reflexão Crítica Anais – Fundação CESGRANRIO – Rio de
Janeiro – Brasil – Página 17, 1994.
7 - Freire, Paulo 1979 – Página 116.
8 - Jornal O Globo, 01/12/1991 – Página 18.
9 - Por ironia do destino, o próprio estado chega hoje a pedir aos professores que seja
menos autoritários na avaliação; veja se o caso da deliberação 3/91 do Conselho Estadual
de Educação de São Paulo.
10 - C.J. Colares, Cecília L. Ajudando Desmistificar o Fracasso Escolar. In Toda Criança é
capaz de Aprender. (Série Idéias n.º 6 São Paulo FDE – 1990 – Página 28).
11 - CJ. Souza, Clarilza - Avaliação do Rendimento Escolar – Página 239.
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ÍNDICE
Agradecimentos III
Dedicatória IV
Resumo V
Metodologia VI
Sumário VII
Introdução VIII
Capítulo I – A História em Revista. IX
1.1 – Garra e Ação fazendo a história. X
Capítulo II – Avaliação em Debate. XI
2.1 – Avaliar para transformar XII
2.2 – Avaliação e as múltiplas inteligências XIII
2.3 – Continuidade na caminhada XIV
2.4 – Parte integrante da caminhada XV
Capítulo III – Provas e Notas: Rede de segurança do professor ? XVI
Capítulo IV – As charadas da avaliação XVIII
4.1 – Por que um aluno não aprende ? XIX
4.2 – Em busca de algumas alternativas XIX
4.3 – Relação Avaliação x Concepção de Educação XXI
Capítulo V – Análise do papel da formação do educador na avaliação XXIII
5.1 – Avaliação e Autoritarismo XXIII
5.2 – A análise da relação da avaliação e a proposta educacional XXIV
Conclusão XXVI
Bibliografia Consultada XXVII
Bibliografia Citada XXVIII
Anexos XXIX
Folha de Avaliação XXX
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FOLHA DE AVALIAÇÃO
UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
Instituto de Pesquisa Sócio-Pedagógicas
Pós-Graduação “Latu Sensu”
Título da Monografia:
AVALIAÇÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL NUMA PERSPECTIVA
CONSTRUTIVISTA
Data da Entrega:___________________________________________________
Avaliado por:______________________________________ Grau:___________
Rio de Janeiro_______ de______________________ de 19_____
______________________________________________________
Coordenador do Curso
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