CURSO ON-LINE – MACROECONOMIA E ECONOMIA BRASILEIRA ANALISTA DO BANCO CENTRAL
TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI
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Aula Demonstrativa
Olá, Futuros (as) Colegas!
Apresento a vocês o curso de Macroeconomia e Economia Brasileira
voltado à preparação para a prova de Analista do Banco Central.
Com a autorização de provimento pelo MPOG de 400 vagas para o cargo
de Analista do BACEN, lembro que está mais do que na hora de intensificar os
estudos. Como sempre faço questão de lembrar, trata-se de uma ÓTIMA
oportunidade, visto que o subsídio de ingresso é de R$ 13.609,00, com
aumento já confirmado, o que levará o subsídio em janeiro de 2014para R$
14.289,00 e, em janeiro de 2015, de R$ 15.004,00.
Bem, previamente à apresentação do curso, julgo oportuno realizar a
minha apresentação a você. Sou analista do BACEN. Leciono em cursos
preparatórios para concursos desde 2005, já tendo dado aulas em diversos
cursos preparatórios presenciais e, em especial, no Ponto dos Concursos.
Dentre alguns cursos já oferecidos, destaco os de Economia, Finanças
Públicas e matérias afins, para concursos como Consultor do Senado
Federal, Banco Central, Receita Federal, Tesouro Nacional, Ministério do
Planejamento (Analista de Planejamento e Orçamento e Especialista de
Políticas Públicas, etc.), Controladoria Geral da União, Polícia Federal e mais
alguns outros.
Com relação ao curso, destaco que este será composto, além da
abordagem teórica de cada item do conteúdo programático, uma grande
quantidade de exercícios gabaritados e comentados, o que permitirá com que
vocês esclareçam as dúvidas decorrentes da resolução das questões,
referentes à matéria.
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Recentemente foram aplicadas provas para dois importantes cargos,
Analista de Finanças e Controle e Agente Fiscal de Rendas, respectivamente,
pelas bancas ESAF e FCC, as quais são fortes candidatas a banca do próximo
concurso do BACEN. Analisando cuidadosamente as questões cobradas nestas
provas, ficou clara a mudança na forma de exigências das bancas. De questões
meramente teóricas, passou-se a exigir do concursando (a) uma visão analítica
do assunto destacado no enunciado, o que leva a concluir que o candidato (a)
terá que literalmente aprofundar o seu conhecimento sobre os temas.
Reitero que a ressalva feita acima não é um mero “chute”, mas sim uma
conclusão fundamentada, de modo que você acredite na necessidade de contar
um curso que de fato não te ensine só o “básico”, ok?
Com relação ao cronograma e a distribuição do conteúdo programático,
seguindo o edital do concurso de 2010, informo que as aulas serão
disponibilizadas uma vez por semana, seguindo o seguinte cronograma abaixo:
Aula e Data Conteúdo programático
Aula Demonstrativa Balanço de pagamentos.
Aula 1 – dia 16 de abril de
2013
Contas nacionais, Balanço de
Pagamentos.
Aula 2 – dia 23 de abril de
2013
Agregados Monetários, criação e
destruição de moeda e multiplicador
monetário.
Aula 3 – dia 30 de abril de
2013
Política fiscal. modelos
macroeconômicos – Modelo
Keynesiano.
Aula 4 – dia 07 de maio de
2013
Objetivos e instrumentos de política
monetária, regime de metas para a
inflação. Curva de Phillips, expectativas
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racionais e inflação.
Aula 5 – dia 14 de maio de
2013
Modelos de determinação da renda em
economia fechadas.
Aula 6 – dia 21 de maio de
2013
Modelos de determinação da renda em
economias abertas. Regimes cambiais
e taxa de câmbio de equilíbrio. Termos
de troca.
Aula 7 – dia 28 de maio de
2013
Economia Brasileira: crise de 1930 e a
origem do modelo de substituição de
importações no Brasil. As políticas de
intervenção do Estado na primeira
metade da década de 1950. O Plano de
Metas e a industrialização pesada. A
crise da economia brasileira na
primeira metade da década de 1960 e
as reformas estruturais no início do
governo militar. Auge e declínio do
“milagre” econômico (1968-1973). II
PND.
Aula 8 – dia 04 de junho de
2013
A crise da dívida externa na década de
1980. Planos heterodoxos de
estabilização. O Plano Real e a
economia brasileira pós estabilização.
Transformações do sistema financeiro
brasileiro.
Lembro a vocês que caso ocorra a publicação do edital no decorrer do
curso, farei as adaptações necessárias para que vocês tenham a plenitude do
conteúdo programático coberto.
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Uma vez apresentado o calendário das aulas com os respectivos
assuntos a serem tratados em cada uma delas, gostaria de informá-los que
poderei fazer pequenas alterações, caso necessário, nos conteúdos de cada
aula, buscando torná-la mais didática.
Passemos aos primeiros conceitos relativos à macroeconomia, em
especial aqueles relacionados ao balanço de pagamentos. A título ilustrativo e
de fixação de conteúdo, apresento algumas notas relativas ao resultado das
contas componentes do BP ao longo de 2011.
Bem vindos ao curso! Estou à disposição de vocês.
Um grande abraço, Mariotti
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1. O Balanço de Pagamentos
Considera-se que o comércio internacional (o comércio entre os países) é
benéfico à economia do nosso país, pois este traz vantagens decorrentes da
divisão do trabalho (bens e serviços disponíveis) e da especialização (cada país
se especializa nos bens e serviços em que possui vantagem comparativa). O
chamado princípio das vantagens comparativas, estudado na parte da
economia chamada de internacional, baseia-se no fato de que se cada país
deve produzir e vender os produtos com os quais possui maior vocação,
produzindo a um menor custo, e assim ensejando um acúmulo de divisas
(dinheiro) suficientes para adquirir os bens e serviços para os quais tem menor
vantagem comparativa1.
Observação: O Brasil, por exemplo, possui vantagens comparativas na
extração (produção) de minério de ferro e de soja, produtos considerados
commodities, que são aqueles produtos que têm o seu preço negociado no
âmbito do mercado internacional, ou seja, a definição do seu valor é
decorrente das relações entre a oferta e a procura pelo em âmbito global.
3.1 Estrutura do Balanço de Pagamentos
O Balanço de pagamentos é um registro estatístico-contábil de todas as
transações econômicas realizadas entre os residentes do país com os
residentes dos demais países no mundo, também chamados de não residentes
da economia. De outra forma, pode-se dizer que estão registrados no Balanço
de Pagamentos todas as exportações e importações de mercadorias e serviços,
os fretes de mercadorias, os seguros destas, os empréstimos recebidos e feitos
no exterior por empresas e pelo governo nacional, bem como uma série de 1 Podemos dizer que o Brasil possui vantagem comparativa em relação aos Estados Unidos na produção de produtos agropecuários.
No caso dos EUA, estes possuem vantagem comparativa na produção de softwares e hardwares. O resultado mais lógico seria a
exportação por parte do Brasil de produtos agropecuários para o EUA e a importação de produtos associados à tecnologia da
informação.
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outros bens, serviços e rendas. Diz-se assim que o Balanço de Pagamentos
registra todas as transações com mercadorias, serviços e capitais entre a
economia nacional e o resto do mundo.
A estrutura do Balanço de Pagamentos se divide em duas grandes
partes, os chamados Balanço de Transações Correntes e o Balanço
Financeiro e de Capital. Na maior parte dos concursos as questões versam
sobre as transações correntes que, conforme verificaremos mais adiante, são
responsáveis pelo que chamamos de poupança externa ou despoupança
externa.
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Box referente às regras de contabilização do Balanço de Pagamentos:
Quanto às regras de contabilização do Balanço de Pagamentos, destaca-
se que para as transações correntes, quando as movimentações se
constituírem em despesas a serem pagas ao exterior, estas serão debitadas,
sendo creditadas quando se referirem a receitas obtidas em transações
realizadas com o exterior.
Contabilização das Transações Correntes
Despesas pagas Contas debitadas
Receitas recebidas Contas creditadas
No caso das transações realizadas na Conta Financeira e de Capital,
quando estas se constituírem em empréstimos ou investimentos realizados
para/no exterior, bem como pela amortização de empréstimos e retorno de
investimentos, respectivamente contraídos e recebidos anteriormente, seu
registro se dará por meio de débitos nas contas (rubricas) específicas. O
registro se dará por meio de créditos nas respectivas contas quando
ocorrerem a contratação de empréstimos do exterior e o recebimento de
investimentos, assim como o retorno de empréstimos e investimentos
anteriormente realizados para/no exterior.
Contabilização da Conta Financeira e de Capitais
Invest. no Exterior./Emprestimos Contas debitadas
Feitos no Exterior / Amort. Emprést.
Contratação de Empréstimos/ Contas creditadas
Recebimento de Investimentos
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A. Balanço Comercial (Mercadorias)
. Importações (débito) (FOB - free on board)
. Exportações (crédito) (FOB - free on board) 1 J1~7:4 . ~ . ' ? . ~a .as . ~ . .
B. Balanço de Serviços e Rendas (Resultado Líquido)
Serviços . Viagens Internacionais (Turismo) . Transportes (Fretes) . Seguros . Serviços Diversos . Serviços Governamentais (Embaixadas) . Royalties.
Rendas (dos fatores de produção) . Salários . Lucros, Dividendos e bonificações (ações) . Juros (títulos da dívida)
C. Transferências Correntes (unilaterais)
. Bens doados
. Moeda (dinheiro doado) Obs.: Excluem-se as transferências relativas ao patrimônio de migrantes internacionais. (diplomatas)
D.
Balanço de Transações Correntes ou Saldo em Conta Corrente (Resultado Líquido de A+B+C)
Déficit ou Superávit
E.
Conta de Capital
. Mutação de Patrimônio de Migrantes Internacionais (diplomatas) . Aquisição/cessão de bens não financeiros não produzidos, tais como cessão de marcas e patentes
Conta Financeira “Capitais Autônomos”
. Investimento Brasileiro Direto (no exterior)
. Investimento Estrangeiro Direto
. Reinvestimentos (Multinacionais)
. Empréstimos e financiamentos
. Amortizações
. Investimento em Portfólio (ações e outros)
. Derivativos Financeiros
. Empréstimos de Regularização (FMI, BIRD)
F. Erros e Omissões
G. Saldo do Balanço de Pagamentos Resultado Líquido de D + E + F
H. Variação das Reservas Internacionais Variação das Reservas = Saldo do Bal. de Pgtos.
G + H = 0
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3.1.1 Balanço Comercial
O Balanço Comercial registra as entradas (importações) e saídas
(exportações) de mercadorias sob o conceito FOB (free on board), isto é,
incluindo as despesas até o embarque no navio transportador, seja no país,
seja no exterior. As despesas com seguros e fretes das mercadorias
exportadas e importadas fazem parte do conceito CIF (cost, insurance and
freight), sendo registradas em contas próprias do Balanço de Serviços. As
entradas de recursos provenientes das exportações são registradas com sinal
positivo enquanto as importações são registradas com sinal negativo.
Toda vez que o volume financeiro das exportações for maior que o das
importações, ocorre um Superávit no Balanço Comercial. Diferentemente,
quando as importações forem maiores que as exportações gera-se um Déficit
no Balanço Comercial.
Nota 1:
O balanço comercial tem apresentado resultado superavitário nos últimos três anos (em 2010
US$ 20,14 bilhões, em 2011 US$ 29,8 bilhões e, em 2012, US$ 19,41). O resultado positivo,
em 2012, foi bem inferior ao ocorrido em 2011, decorrente especialmente da queda do
volume das exportações. Importante considerar que os saldos destas contas podem ser
afetados tanto pelo preço quanto pela quantidade dos bens exportados e importados. Uma
elevação das importações, decorrente da valorização da moeda nacional frente à moeda de
troca internacional (dólar), faz com que cada dólar passe a valer cada vez menos reais, o que
estimula as importações de bens e desestimula as exportações.
Série Temporal disponível em: http://www.bcb.gov.br/?SERIEBALPAG
3.1.2 Balanço de Serviços e Rendas
O segundo componente do Balanço de Pagamentos é o Balanço de
Serviços e Rendas. São classificados como Serviços não fatores quando
fizerem referência aos bens não tangíveis, tais como viagens internacionais,
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transportes e seguros, sendo estes ainda classificados como não-remunerações
dos fatores de produção. As Rendas, diferentemente dos serviços não fatores,
são remunerações dos fatores de produção (juros, lucros e dividendos), tanto
é que esta parte do balanço também é chamada de balanço de serviços
fatores. Ocorrerá um Superávit no Balanço de Serviços e Rendas quando o
volume financeiro de entrada de recursos for maior que o de saída. Caso
contrário, teremos um Déficit no Balanço de Serviços e Rendas.
Nota 2:
Diferentemente do balanço comercial, o balanço de serviços e rendas tem apresentado nos
últimos três anos déficits significativos, com resultados negativos de US$ 76,52 bilhões em
2012, US$ 85,27 bilhões em 2011 e US$ 70,32 bilhões em 2010. Estes déficits são devidos
especialmente à rubrica de rendas (juros e lucros de aplicações financeiras). As principais
subrubricas deficitárias são as referentes ao pagamento de rendimentos sobre as aplicações
em renda variável (ações) e em títulos de renda fixa, representado, em sua maioria, por
dívidas do governo federal.
Série Temporal também disponível em: http://www.bcb.gov.br/?SERIEBALPAG
3.1.3 Transferências Correntes ou Unilaterais
As Transferências Correntes ou Unilaterais representam as doações e
as remessas de migrantes. Conforme o próprio nome diz, as transações são
unilaterais, ou seja, sem uma contrapartida em bens, serviços ou rendas.
Não existe a entrada efetiva de recursos. Como estamos falando de um
balanço, que também é estruturado pelo método das partidas dobradas,
para todo crédito ou débito sempre haverá um registro contrário em
alguma outra rubrica, diferenciando-se em qual será em função de se
tratar de doações de bens (alimentos, veículos), que têm contrapartida na
conta de importações, ou de doações em espécie (dinheiro), contabilizadas
no balanço de capitais (conta financeira), conforme veremos mais à frente.
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Nota 3:
A rubrica de Transferências Correntes é historicamente positiva, tendo o seu
resultado decorrente do fato do Brasil ser uma economia em desenvolvimento,
muito mais recebendo bens e recursos do que remetendo para o exterior.
Nos anos de 2010, 2011 e 2012 os seus resultados foram, respectivamente, de
US$ 2,90 bilhões, US$ 2,98 bilhões e US$ 2,84 bilhões.
3.1.4 O Saldo das Transações Correntes
O saldo ou resultado do BP em Transações Correntes é igual à soma dos
saldos do Balanço Comercial, do Balanço de Serviços e Rendas e das
Transferências Unilaterais. Se o resultado for positivo, isto é, se as vendas de
mercadorias, de serviços e rendas, e as transferências unilaterais superarem
as respectivas compras, ou seja, saída de recursos, teremos o que chamamos
de Superávit do Balanço de Pagamentos em Transações Correntes. De
forma inversa, se as aquisições de mercadorias, de serviços e rendas e de
transferências unilaterais superarem as vendas, teremos o chamado Déficit
do Balanço de Pagamentos em Transações Correntes.
Nota 4:
Como decorrência dos constantes déficits do balanço de serviços e renda, os saldo de
transações correntes, nos últimos três anos, fechou deficitário nos montantes de US$ 54,24
bilhões (2012), 52,48 bilhões (2011).US$ 47,23 bilhões (2010).
Com fins de aplicação, vejamos então uma questão sobre os pontos até agora
abordados:
(Aud. Subst./TCE-RO – FCC/2010) Dados extraídos da Conta Corrente
do Balanço de Pagamentos do Brasil, referentes ao ano calendário de
2009, em milhões de dólares americanos:
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Déficit no Balanço de Transações Correntes................... 24.302
Superávit em Transferências Unilaterais Correntes......... 3.338
Déficit em Rendas e Serviços ......................................... 52.930
Exportação de Mercadorias (FOB) .................................. 152.995
O valor da Importação de Mercadorias (FOB) naquele ano equivaleu,
em milhões de dólares americanos, a
(A) 131.013.
(B) 124.397.
(C) 152.007.
(D) 138.697.
(E) 127.705.
Comentários:
Essa questão é muito interessante de ser resolvida, uma vez que consolida
todos os entendimentos pertinentes ao balanço de pagamentos que abordamos
na parte inicial da aula.
Já são disponibilizados na questão informações referentes ao resultado das
transações correntes, que neste caso é deficitário, o superávit das
transferências unilaterais, o déficit do balanço de rendas e o resultado da conta
de exportações.
Considerando que a questão solicita do candidato o resultado referente á conta
de importações, basta apenas substituirmos os valores na fórmula já
apresentada, para então chegarmos ao resultado:
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TC = (Exp – Imp) + (Balanço de Serv. E Rendas) + (Res. Trans. Unil)
- 24302 = (152.995 – Imp) + (- 52930) + 3338
Imp = 127.705
Viu como fica fácil resolver este tipo de questão por meio da aplicação da
fórmula?
Gabarito: letra “e”.
3.2 As contas de Capital e Financeira
A outra parte componente do Balanço de Pagamentos é representada
pela Conta Capital e Financeira. Nas suas rubricas incluem-se todos os regis-
tros de movimentação financeira de ativos e passivos. Trata-se assim dos
“principais2” dos empréstimos e financiamentos, dos investimentos produtivos
e especulativos (portfólio), das amortizações de empréstimos e financiamen-
tos, das operações com derivativos financeiros (opções, futuros), bem como os
reinvestimentos de lucros obtidos por empresas estrangeiras instaladas no
país.
Destaque: Em adição ao acima narrado, bem como de forma a não repetir
literalmente a descrição dos itens componentes do Balanço de Pagamentos,
reproduzo o link de acesso às informações do Balanço de Pagamentos no
Brasil, disponível no sítio do BACEN:
http://www.bcb.gov.br/pec/sdds/port/balpagam_p.htm
2 Toda dívida contraída é composta do principal, que nada mais é do que o dinheiro tomado emprestado, e dos juros a serem pagos
em decorrência do dinheiro tomado emprestado.
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O registro contábil das entradas de recursos nas Contas de Capital e
Financeira também é feito com sinal positivo, assim como nas contas das
transações correntes. Existe, no entanto, uma importante diferença: estes
registros representam o aumento dos passivos com o exterior, uma vez que a
realização de investimentos no país por estrangeiros constitui uma confissão
de dívida, direta ou indireta, além de poder estar suscetível à retirada pelos
investidores quando assim entenderem (aplicações em portfólio). Da mesma
forma, caso ocorram saídas de recursos, será reduzido o passivo do país com o
exterior, destacando-se logicamente que esta redução tende a promover uma
piora no resultado da Conta Financeira e de Capital.
O resultado da Conta Financeira e de Capital poderá ser deficitário ou
superavitário, em função do total de recursos externos que entrarem ou
saírem do país. Esse resultado é apurado mensalmente, sendo sujeito a
variações ao longo do ano.
Nota 5:
Tendo sido o Brasil umas das “vedetes” do cenário internacional no passado recente, elevou-
se consideravelmente o volume de recursos ingressantes no país destinados à compra de
ativos (papéis) de empresas em bolsas de valores e de títulos emitidos pelo governo federal e
por grandes empresas necessitadas de recursos a serem destinados à ampliação de suas
capacidades produtivas.
Esta grande “enxurrada” de recursos levou a Conta Financeira e de Capitais a um superávit,
em 2010, de US$ 99,66 bilhões, de US$ 112,4 bilhões em 2011 e de US$ 72,76 bilhões em
2012.
Série Temporal também disponível em: http://www.bcb.gov.br/?SERIEBALPAG
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3.3 Erros ou omissões
Erros ou omissões é a rubrica utilizada para “fechar” o Balanço de
Pagamentos, uma vez que existem pequenas diferenças entre os saldos
constatados nas contas supramencionadas. Considerando a existência de
entradas e saídas de produtos na economia que não são contabilizados,
resultado de contrabandos e descaminhos, além da existência de discrepâncias
temporais em termos das estatísticas de dados, o objetivo da rubrica é a de
zerar as diferenças constatadas.
3.4 O resultado (saldo) do Balanço de Pagamentos
O saldo total do Balanço de Pagamentos é representado pelo
batimento do saldo em Transações Correntes adicionado do saldo da
Conta Capital e Financeira. Se o resultado for positivo temos um Superávit
no Balanço de Pagamentos, também chamado de excesso de entrada de
divisas estrangeiras. Caso o resultado seja negativo temos um Déficit no
Balanço, representando um excesso de saída de moeda estrangeira. Na
ocorrência de um superávit do BP conclui-se que existirá um aumento das
Reservas Internacionais do país, uma vez que mais entrou moeda estrangeira
do que saiu. No caso contrário, ocorrerá uma diminuição das Reservas
Internacionais.
Importante considerar que todo país apresenta naturalmente dívidas com
o exterior. Trata-se da conhecida dívida externa. Em situações em que
ocorram superávits no balanço de pagamentos, que acaba por aumentar o
nível de reservas internacionais em moeda estrangeira do país, diz-se que este
mesmo país reduziu o seu endividamento externo líquido, que nada mais é do
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que a diferença entre o total de dívida que o país possui com o exterior3 e o
total de reservas internacionais que este mesmo país possui. As dívidas
constituem passivos enquanto as reservas internacionais constituem ativos
para com o exterior.
Nota 6:
Em função dos superávits da Conta Financeira, o resultado do balanço de pagamentos nos
anos de 2010, 2011 e 2012 foi positivo, tendo alcançado os volumes, respectivamente, de
US$ 49,10 bilhões, US$ 58,63 bilhões e US$ 18,90 bilhões.
Cabe destacar que a grande queda do resultado do BP em 2012 decorreu de um conjunto de
fatores. Conforme pode-se perceber com base nas descrições sobre os resultados das contas
já realizado, esta redução decorreu especialmente da redução do superávit da conta
financeira.
3.5 Os “antigos” Capitais Compensatórios
Conforme dissemos, caso o BP seja superavitário ocorrerá uma variação
positiva no volume de reservas internacionais em moeda estrangeira. Já se o
resultado for deficitário, ocorrerá uma variação negativa no volume de
reservas internacionais do país, uma vez que as contas (dívidas) com o
exterior necessitam ser pagas. O fundo responsável por este pagamento é
representado pelo total de aplicações em moeda estrangeira em posse da
União, administradas pelo Banco Central do Brasil. Caso o estoque de reservas
não seja suficiente para fazer frente ao déficit do balanço de pagamentos o
Brasil terá que lançar mão dos chamados Empréstimos de Regularização,
tal como o recebido pelo Brasil para fazer frente crise internacional ocorrida em
1999.
3 Destaca-se que a dívida do país que mencionamos não se refere tão somente à dívida pública externa, mas também a toda dívida
privada contraída por empresas e por pessoas físicas com pessoas e empresas estrangeiras.
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Destaca-se que, segundo a nova metodologia de apuração do BP, os
empréstimos de regularização (FMI) são registrados na Conta Financeira,
mesmo sendo utilizados apenas para fechamento do resultado negativo do
próprio BP.
A interpretação acima narrada parte do pressuposto de que o Balanço de
Pagamentos, assim como um balanço de empresa, deve fechar. Ainda
novamente, se o resultado do Balanço de Pagamentos for deficitário, e não
existir saldo suficiente de Reservas Internacionais, a necessidade de
empréstimos será positiva.
Dessa maneira podemos repetir que um Superávit no BP indica uma
variação positiva das Reservas Internacionais (sobra de dinheiro proveniente
de superávits do balanço). Vale reforçar novamente que os empréstimos de
regularização referem-se às linhas de recursos especiais de organismos
internacionais utilizados para financiar o Déficit do BP, tais como os emprésti-
mos do FMI, do Banco de Compensações Internacionais, etc. A variação das
Reservas Internacionais representa o movimento líquido de entrada e saída de
divisas, como Dólares, Euros, Pesos e Ouro Monetário.
Outro ponto importante de ser considerado refere-se ao denominado
Passivo Externo. Conforme foi verificado, na ocorrência de um déficit nas
transações correntes, deve existir um conseqüente superávit da Conta de
Capital e Financeira com o objetivo de fechamento do BP sem a necessidade
de serem utilizadas as Reservas Internacionais.
Como esse fechamento em equilíbrio se dá apenas em teoria, é comum a
variação das Reservas. Ocorre que, em condições em que as Transações
Correntes apresentem resultado deficitário, haverá a necessidade natural da
ocorrência de resultado superavitário da Conta Capital e Financeira. Esta conta
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demonstra a variação do Passivo Externo do país, sendo que caso esta
necessite ser superavitária, ocorrerá por conseqüência uma variação positiva
do Passivo Externo. Adicionalmente, destaca-se que este Passivo Externo pode
ser mensurado de forma bruta ou líquida. Será Passivo (ou Endividamento)
Externo Bruto quando não forem abatidas do seu resultado o Saldo de
Reservas Internacionais do país. Diferentemente, será considerado Passivo
Externo Líquido quando forem abatidas do saldo do passivo as Reservas
Internacionais.
Por fim, é importante considerar que este Passivo Externo Bruto poderá
se transformar em Ativo Externo Líquido, desde que o saldo de Reservas
Internacionais seja maior do que o próprio Passivo Externo Bruto.
1.6 Definição de Renda Liquida Enviada ao Exterior – RLEE
Ao conceituarmos o Balanço de Pagamentos, verificamos que estes
recursos se subdividem em:
� Rendas dos Fatores de Produção (salários, lucros, dividendos e
juros), que recebem este nome por remunerarem os fatores de
produção empregados no processo produtivo. (Relembre-se que os
lucros são a própria renda da atividade produtiva, os juros são a
remuneração ou renda do capital empregado).
A Renda Liquida Enviada ao Exterior - RLEE é exatamente o
resultado proveniente do total das rendas enviadas ao exterior menos o total
das rendas recebidas do exterior.
RLEE = Renda Enviada ao Exterior – Renda Recebida do Exterior
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Denomina-se RLEE por um simples fato: Como a quantidade de
empresas estrangeiras instaladas no Brasil é muito superior o número de
empresas brasileiras instaladas no exterior, o total de Renda Enviada é maior
que o de Renda Recebida.
Destaque: Entenda bem esse conceito, pois ele será bastante necessário no
estudo das contas nacionais.
1.7 O Resultado das Transações Correntes como (Des) Poupança
Externa
A ocorrência de Déficit ou Superávit no Balanço de Pagamentos em
Transações Correntes tem resultados diretos sobre a Identidade
Macroeconômica já estudada. Considerando que o saldo das Transações
Correntes é responsável pela medição das transações com o exterior, caso
ocorra déficit, ou seja, o país mais compre do que venda bens, serviços e
rendas do exterior, ocorrerá um aumento da Poupança Externa, também
entendida como um Superávit do Setor Externo. Diferentemente, caso o
país mais venda bens e serviços do que compre, teremos um Déficit do Setor
Externo, também chamado de Despoupança Externa.
Pode-se traduzir o resultado da poupança ou despoupança externa por
meio das equações abaixo, em que “X” representa o somatório, em dinheiro,
de bens (exportações) e serviços não fatores; “RRE” são as rendas recebidas
do exterior e “TUrec” as transferências unilaterais de entrada. De forma
contrária, “M” representa o total de bens e serviços não fatores; “REE” são as
rendas enviadas ao exterior e “TUenv” as transferências unilaterais enviadas
ao exterior. Dessa forma temos:
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� Se (X + RRE + TUrec – M – REE - TUenv) > 0, teremos
Superávit com o exterior, também chamado de Despoupança
Externa ou mesmo de Superávit em Transações Correntes; e
� Se (X + RRE + TUrec – M – REE - TUenv) < 0, teremos Déficit
com o exterior, chamada de Poupança Externa ou mesmo Déficit
em Transações Correntes.
Vale mencionar que em questões de concursos o examinador utiliza o
conceito da poupança externa e suas derivações em diversas formas. Vejamos
algumas características:
• Quando o examinador falar em “Exportações de bens e
serviços não fatores”, ele está fazendo a soma de
todas as Exportações de bens e de serviços não fatores
de produção, ou seja, serviços que não sejam rendas
provenientes dos fatores de produção. Na verdade o
examinador está apartando as Rendas Recebidas do
Exterior, que representam a remuneração dos fatores
de produção presentes no exterior;
• Quando o examinador falar de “Importações de bens e
serviços não fatores” ele está fazendo a soma de todas
as Importações de bens e de serviços não fatores, ou
seja, de serviços que também não sejam rendas
provenientes dos fatores de produção. Na verdade, o
examinador está apartando as Rendas Enviadas ao
Exterior.
Vamos agora a mais uma questão antiga, mas bastante útil e que aborda
a metodologia descrita acima:
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(APO/MPOG – ESAF/2003) Considere os seguintes dados para uma
economia hipotética: exportações de bens e serviços não-fatores =
100; importações de bens e serviços não fatores = 50; déficit no
balanço de pagamentos em transações correntes = 10. Com base nas
identidades macroeconômicas básicas para uma economia aberta e
com governo, podemos afirmar que essa economia apresentou:
a) renda líquida enviada ao exterior igual a 60.
b) renda líquida recebida do exterior igual a 60.
c) renda líquida enviada ao exterior igual a 40.
d) renda líquida recebida do exterior igual a 40.
e) renda líquida enviada ao exterior igual a 50.
Perceba que desde o início o examinador já fala em exportações de bens
e serviços não-fatores, ou seja, se são não-fatores, deve-se excluir todo o
tipo de renda proveniente dos fatores de produção. Segunda coisa, o
examinador fala em exportações de bens e serviços, incluindo não só o
balanço comercial, mas também o balanço de serviços.
Feita estas considerações passemos a calcular o resultado.
A questão fala do balanço de pagamentos em transações correntes, que
é composto pelo balanço comercial, pelo balanço de serviços e rendas e pelas
transferências unilaterais. Dessa forma, tem-se:
• balanço de transações correntes é deficitário em 10;
• exportações de bens e serviços não-fatores = 100;
• importações de bens e serviços não fatores = 50
• transferências unilaterais (não se fala, logo consideramos = 0)
Lembrando que fórmula do balanço de transações correntes =
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(X – M) – RLEE + TU
-10 = (100 – 50) – RLEE + 0
- RLEE = - 60
RLEE = 60
Como a Renda é LIQUIDA enviada ao exterior, concluímos que está ocorrendo
maior saída de renda proveniente dos fatores de produção do que entrada.
Gabarito: letra “a”.
Obs.: Vale lembrar que caso exista valor para as transferências unilaterais,
deve-se aplicar o sinal de acordo com o seu resultado.
Para fins de entendimento e consolidação, será mantida a expressão do
saldo do balanço de Pagamentos em Transações Correntes na forma já
expressa, ou seja, TC = (M – X), não esquecendo de aplicar, é claro, a fórmula
pertinente para cada tipo de questão!
Para fixação, tem-se mais uma simples questão a respeito do Balanço de
Pagamentos:
(ECONOMISTA/EMATER – FUNDATEC/2008) Observando-se o saldo da
conta de transações correntes do balanço de pagamento de um país
podemos observar que o país está incorrendo em déficit em relação ao
resto do mundo. Tal déficit poderá resultar, em um determinado ano,
de:
I – Poupança externa nula.
II – Pagamento de juros da dívida externa superior ao superávit
comercial.
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III – Importações maiores que as exportações, estando o restante da
conta corrente em equilíbrio.
Marque:
a) se apenas a I estiver correta.
b) se apenas a II estiverem corretas.
c) se apenas a I e a II estiverem corretas.
d) se apenas a II, a III estiverem corretas.
e) se a I, a II, a III estiverem corretas.
Comentários:
Conforme descrito na análise do resultado do balanço de pagamentos em
transações correntes, toda vez que ocorrer um déficit nesta conta, gera-se, por
conseqüência, uma poupança externa positiva. Sendo assim pode-se
concluir que a alternativa “I” está incorreta.
Analisando a alternativa “II”, verifica-se que quando o pagamento de juros ao
exterior é superior ao superávit comercial, existe um grande indicativo de que
ocorrerá um déficit das transações correntes e uma conseqüente geração de
poupança externa, já que as transferências unilaterais, mesmo sendo
superavitária com o exterior, não será superior ao resultado negativo
proveniente do pagamento de juros da dívida externa. De acordo com este
entendimento conclui-se que a assertiva “II” está correta.
Quando os demais itens das transações correntes (balanço de serviços, de
rendas e transferências unilaterais) estão em equilíbrio, na ocorrência das
importações maiores do que as exportações, o resultado será um déficit nas
transações correntes. Com essa conclusão pode-se então afirmar que a
assertiva “III” também está correta.
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Gabarito: letra “d”.
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Questões Propostas:
1 - (APO/MPOG – ESAF/2010 – com alterações) Quanto ao balanço de
pagamentos de um país, sabe-se que:
a) o saldo total do balanço de pagamentos é igual à soma da balança comercial
com o balanço de serviços e rendas e as transferências unilaterais correntes,
salvo erros e omissões.
b) o saldo do balanço de pagamentos, se positivo (superávit), implica redução
em igual medida do endividamento externo líquido, no período.
c) o saldo total do balanço de pagamentos é igual à soma da balança comercial
com a conta de serviços e rendas, salvo erros e omissões.
d) a conta Capital e Financeira iguala (com sinal trocado) o saldo total do
balanço de pagamentos.
e) a conta Capital e Financeira iguala (com o sinal trocado) o saldo de
transações correntes, salvo erros e omissões.
2 - (APO/MPOG – ESAF/2003) Considere os seguintes dados para uma
economia hipotética: exportações de bens e serviços não-fatores =
100; importações de bens e serviços não fatores = 50; déficit no
balanço de pagamentos em transações correntes = 10. Com base nas
identidades macroeconômicas básicas para uma economia aberta e
com governo, podemos afirmar que essa economia apresentou:
a) renda líquida enviada ao exterior igual a 60.
b) renda líquida recebida do exterior igual a 60.
c) renda líquida enviada ao exterior igual a 40.
d) renda líquida recebida do exterior igual a 40.
e) renda líquida enviada ao exterior igual a 50.
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3 - (ECONOMISTA/SFE – CESGRANRIO/2008) Um país recebe
poupança externa quando
a) acumula reservas de divisas internacionais.
b) apresenta um déficit em conta corrente no seu balanço de pagamentos.
c) exporta mais do que importa (balanço comercial superavitário).
d) a entrada líquida de capital do exterior é positiva.
e) o investimento direto do exterior é vultoso.
4 – (ADMINISTRADOR/BNDES – CESGRANRIO/2009) O fato de um
país ter um déficit na conta-corrente de seu balanço de pagamentos
significa que
(A) está havendo perda de reservas internacionais.
(B) seu balanço comercial é deficitário.
(C) a conta de capital do seu balanço de pagamentos é superavitária.
(D) a poupança externa que está entrando no país é positiva.
(E) a renda líquida enviada ao exterior é positiva.
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Gabarito Comentado:
1 - (APO/MPOG – ESAF/2010 – com alterações) Quanto ao balanço de
pagamentos de um país, sabe-se que:
a) o saldo total do balanço de pagamentos é igual à soma da balança comercial
com o balanço de serviços e rendas e as transferências unilaterais correntes,
salvo erros e omissões.
b) o saldo do balanço de pagamentos, se positivo (superávit), implica redução
em igual medida do endividamento externo líquido, no período.
c) o saldo total do balanço de pagamentos é igual à soma da balança comercial
com a conta de serviços e rendas, salvo erros e omissões.
d) a conta Capital e Financeira iguala (com sinal trocado) o saldo total do
balanço de pagamentos.
e) a conta Capital e Financeira iguala (com o sinal trocado) o saldo de
transações correntes, salvo erros e omissões.
Comentários:
a - o saldo total do balanço de pagamentos é igual à soma da balança
comercial com o balanço de serviços e rendas, das transferências
unilaterais correntes e da conta financeira e de capital, salvo erros e
omissões. INCORRETA
b – Conforme verificamos nos itens 1.4 e 1.5, caso ocorra um superávit do
balanço de pagamentos, ocorrerá por consequência um aumento das reservas
internacionais do país e, consequentemente, uma redução do endividamento
externo líquido, derivado do batimento entre o endividamento externo bruto e
as reservas internacionais. CORRETA
c – resposta dada pela assertiva “a”. INCORRETA
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d – O resultado do balanço de pagamentos, derivado da soma das
transações correntes e da conta Capital e Financeira iguala a variação das
reservas internacionais. INCORRETA.
e - resposta dada pela assertiva “d”. INCORRETA
Gabarito: letra “b”.
2 - (APO/MPOG – ESAF/2003) Considere os seguintes dados para uma
economia hipotética: exportações de bens e serviços não-fatores =
100; importações de bens e serviços não fatores = 50; déficit no
balanço de pagamentos em transações correntes = 10. Com base nas
identidades macroeconômicas básicas para uma economia aberta e
com governo, podemos afirmar que essa economia apresentou:
a) renda líquida enviada ao exterior igual a 60.
b) renda líquida recebida do exterior igual a 60.
c) renda líquida enviada ao exterior igual a 40.
d) renda líquida recebida do exterior igual a 40.
e) renda líquida enviada ao exterior igual a 50.
Comentários:
Perceba que desde o início o examinador já fala em exportações de bens e
serviços não-fatores, ou seja, se são não-fatores devemos excluir todo o
tipo de renda proveniente dos fatores de produção. Segunda coisa, o
examinador fala em exportações de bens e serviços, incluindo não só o
balanço comercial, mas também o balanço de serviços.
Feita estas considerações já podemos calcular o resultado.
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A questão fala do balanço de pagamentos em transações correntes, que
é composto pelo balanço comercial, mais o balanço de serviços e rendas, mais
transferências unilaterais. Assim, montemos o entendimento:
-o balanço de transações correntes é deficitário em 10;
-exportações de bens e serviços não-fatores = 100;
-importações de bens e serviços não fatores = 50
-transferências unilaterais (não se fala, logo consideramos = 0)
Formula do balanço de transações correntes = (X – M) – RLEE + TU
-10 = (100 – 50) – RLEE + 0
- RLEE = - 60
RLEE = 60
Como a Renda é LIQUIDA enviada ao exterior, concluímos que está
ocorrendo maior saída de renda proveniente dos fatores de produção do
que entrada.
Gabarito: letra “a”.
Obs.: Vale lembrar que caso tenhamos valor para as transferências unilaterais,
devemos aplicar o sinal de acordo com o seu resultado.
Para fins de aplicação neste material manteremos o saldo do balanço de
Pagamentos em Transações Correntes na forma já expressa, ou seja, TC = (M
– X), não esquecendo de aplicar, é claro, a fórmula pertinente para cada tipo
de questão!
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3 - (ECONOMISTA/SFE – CESGRANRIO/2008) Um país recebe
poupança externa quando
a) acumula reservas de divisas internacionais.
b) apresenta um déficit em conta corrente no seu balanço de pagamentos.
c) exporta mais do que importa (balanço comercial superavitário).
d) a entrada líquida de capital do exterior é positiva.
e) o investimento direto do exterior é vultoso.
Comentários:
Conforme já batido e que DEVE ser fixado. O DÉFICIT DAS TRANSAÇÕES
CORRENTES corresponde à POUPANÇA EXTERNA.
Gabarito: letra “b”.
4 – (ADMINISTRADOR/BNDES – CESGRANRIO/2009) O fato de um
país ter um déficit na conta-corrente de seu balanço de pagamentos
significa que
(A) está havendo perda de reservas internacionais.
(B) seu balanço comercial é deficitário.
(C) a conta de capital do seu balanço de pagamentos é superavitária.
(D) a poupança externa que está entrando no país é positiva.
(E) a renda líquida enviada ao exterior é positiva.
Comentários:
Conforme bastante debatido na aula, um resultado deficitário no balanço de
transações correntes do Brasil tem o significado de geração de poupança
externa, ou seja, o exterior mais recebeu recursos do país (juros, lucros, etc.)
do que envio recursos para o país.