PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E
DA APRENDIZAGEM
Prof: ÉRICA ANDREIA CORTEZ MONTEIRO
CURSO DE PSICOPEDAGOGIA – 2014
FACICFACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS DE CRUZEIRO
Núcleo de Pós-Graduação
Um pouco de mim ......• Sou .... de Lorena-SP, casada, mãe de dois filhos• Tenho .... um consultório Multidisciplinar - de Psicologia
e de Distúrbios de Aprendizagem, há 20 anos trabalho com educação especial e inclusiva
• Pedagoga .... Formada pela FACIC• Psicóloga .... Formada pela UNISAL 20 anos• Psicopedagoga .... Formada pela UFFRJ, há mais de 15
anos e de experiência em Educação Especial (APAE)• Especialista .... em Psicologia Analítica(Junguiana), em
Gestão Escolar e em Direito Educacional e em Educação Especial e Sala de Atendimento Educacional Especializado(AEE) graduando
• Brinquedista .... Realiza a triagem e também é responsável pela Brinquedoteca da FACIC
• Nas horas vaga.... pratico a arte do caminho suave(judô)
SUMÁRIO:• 1. O que é a Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem?;• 2. Tipos de aprendizagem
• 3. Behavorista
• 4. Construtivismo de Jean Piaget(1896-1980);• 5. Teoria sócio –interacionista de Lev Vygotsky(1896-1934);• 6. Henry Wallon(1879-1962);• 7. Humanismo – Carl Rogers(1902-1987);• 8.Teorias Gestaltistas;• 9. Sigmund Freud(1856 – 1939);• 10 .Carl Gustav Jung(1875-1961)• 11. Inteligências Multiplas – Howard Gadner• 12. Aprendizagem Significativa de David Ausubel• 13. Conclusão• 14. Referências
Ivan Pavlov(1849-1936)Thorndike(1874-1949)Watson(1878-1958)Skinner(1904-1990)
O QUE É A PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO DA
APRENDIZAGEM?
• A psicologia do desenvolvimento da aprendizagem oferece um embasamento de como se processa a aprendizagem e os requisitos necessários a tal processo.
• Sugere ainda o que o professor deverá utilizar como recursos: Motivação, Respeito às diferenças Individuais, Estimulação e outros, para a garantia de que a aprendizagem se efetive.
• 1ªMaturação o como alicerce indispensável e pré-requisito para a aprendizagem. A maturação, nesta perspectiva, seria determinada pelo código genético.
• Para que a aprendizagem ocorra, com eficácia, no organismo humano, é necessário que este organismo esteja suficientemente maduro.
PSICOLOGIA DA APRENDIZAGEM
• 2ª Maturação preparando e tornando possível a aprendizagem.
• Esta maneira de interpretação vê a maturação como um processo dinâmico. Não se espera que ela simplesmente ocorra, para depois se ministrar ou criar condições de aprendizagem. A maturação pode ser também, provocada pela estimulação adequada.
PSICOLOGIA DA APRENDIZAGEM
• Aprendizagem por condicionamento clássico, Se mostrarmos uma tesoura para uma criança, ela reagirá fazendo uma representação mental do objeto.
• Primeiro a criança viu o objeto, logo após lhe disseram; “isto é uma tesoura” e repetiu essa ação por certo tempo, condicionando-a. Após essa fase de condicionamento, só em ouvir a palavra tesoura, a criança representa o objeto mentalmente
TIPOS DE APRENDIZAGEM
• Quando uma criança começa a andar, ela, sem dúvida, leva alguns tombos até conseguir manter-se ereta e poder caminhar.
• Esse processo de ensaio e erro explica a aprendizagem por uma série de tentativas que fazemos, repetidamente, até alcançar nossos intentos.
Aprendizagem por ensaio e erro
É a aprendizagem por discernimento representa uma solução adequada que surge repentinamente.
Psicologia Gestaltista - palavra inglesa insight pode ser traduzida como visão interior
Aprendizagem por discernimento (insight)
• A etapa anterior a aprendizagem supõe a aquisição de uma série de condições indispensáveis a que a aprendizagem ocorra. Esse conjunto de condições constitui o que do ponto de vista didático, é denominado prontidão.
O Processo de Aprendizagem Escolar e as suas Variáveis
PRONTIDÃO – condição para aprender: a prontidão refere-se ao nível de preparação do aprendiz para desenvolver bem determinada tarefa.
MaturaçãoMotivaçãoExperiências anteriores: conjunto de
experiências vivenciadas pelo aprendiz e básicas para a aprendizagem atual
O Processo de Aprendizagem Escolar e as suas Variáveis
• Ao aprendiz: o fato de atingir determinada idade ou o fato de ter determinada experiência não nos asseguram que o aprendiz esteja pronto; a prontidão varia em termos de cada aluno e exige uma discriminação de diferenças individuais;
A prontidão é uma condição relativa:
• Aos métodos e técnicas de ensino: pode-se estar pronto para aprender por um determinado método, mas não por outro;
• À aprendizagem: pode-se estar pronto para aprender uma disciplina, não para aprender outra; para assimilar certa unidade, e não outra; para decorar, mas não para compreender um texto.
A prontidão é uma condição relativa:
A primeira tarefa de um professor, antes de ensinar qualquer coisa, é verificar se seu aluno tem condições para aprender. Cabe, ao professor fazer o diagnóstico das condições do aluno e, para tanto, ele pode fazer uso da observação, dos testes diagnósticos de resultados anteriores e de informações fornecidas por pessoas que trabalham com a criança.
A prontidão é uma condição relativa:
• por ensaio e erro: como conseguir agradar ao professor X?
• por condicionamento clássico (sinal e intervalo)
• por condicionamento operante: quando se é elogiado pelo capricho dos trabalhos, ser caprichoso acaba integrando o rol das qualidades individuais;
AQUISIÇÃO DA APRENDIZAGEM:
• por insight: de súbito, “Ah” , descobre-se a resposta para um problema;
• por raciocínio: pode-se chegar a uma conclusão, testando mentalmente as várias explicações possíveis para um problema.
AQUISIÇÃO DA APRENDIZAGEM:
• PERMANÊNCIA da aprendizagem, Assim, aprender não consiste em apenas adquirir uma resposta, também mantê-la.
• Recordação - O aprendiz deve recordar, citar, enumerar todos os conhecimentos que ele tenha adquirido.(prova de dissertação).
AQUISIÇÃO DA APRENDIZAGEM:
• Identificação - O aprendiz deve identificar, numa série de itens(A prova de múltipla escolha ).
• Reaprendizagem – quando esquecemos e depois requer um número de treino para que aprendizagem ocorra.
AQUISIÇÃO DA APRENDIZAGEM:
• A Psicologia tem buscado explicações para o esquecimento. As mais aceitas são a repressão, a interferência reprodutiva, a hipótese fisiológica da decadência dos traços de memória.
• Chama-se transferência a capacidade que tem uma aprendizagem de influenciar a aquisição de outra. B. Exemplo: a aprendizagem da adição facilita a compreensão da multiplicação.
TRANSFERÊNCIA DA APRENDIZAGEM
• A motivação continua sendo um complexo tema para a Psicologia.
• O ambiente; • As forças internas ao indivíduo, como
necessidade, desejo, vontade, interesse, • O objeto que atrai o indivíduo por ser fonte de
satisfação da força interna que o mobiliza.
PROCESSOS MENTAIS E APRENDIZAGEM
• A motivação é, portanto, o processo que mobiliza o organismo para a ação, a partir de uma relação estabelecida entre o ambiente, a necessidade e o objeto de satisfação. Isso significa que, na base da motivação, está sempre um organismo que apresenta uma necessidade, um desejo, uma intenção, um interesse, uma vontade ou uma predisposição para agir.
PROCESSOS MENTAIS E APRENDIZAGEM
• O aluno deve ser desafiado, para que deseje saber, e uma forma de criar este interesse é dar a ele a possibilidade de descobrir.
• desenvolver nos alunos uma atitude de investigação, uma atitude que garanta o desejo mais duradouro de saber, de querer saber sempre.
Como podemos pensar em criar interesses?
• Falar ao aluno sempre numa linguagem acessível, de fácil compreensão.
• Os exercícios e tarefas deverão ter um grau adequado de complexidade.
• Compreender a utilidade do que se está aprendendo é também fundamental.
Como podemos pensar em criar interesses?
Estruturalismo de Wundt• Wilhelm Wundt criou, em 1879, o primeiro laboratório
de psicologia na universidade de Leipzig, Alemanha. Foi a partir deste acontecimento que se desenvolveram de forma sistemática as investigações em psicologia, através de vários autores que a esta ciência se dedicaram, construindo múltiplas escolas e teorias;
• A proposta de Wundt foi chamada de “Estruturalismo”, por Edward Titchener; cujo objeto de estudo era a estrutura consciente da mente, as sensações.
• O funcionalismo é o modelo seguinte, na evolução histórica da psicologia, sendo o seu principal impulsionador William James. O principal interesse desta corrente residia na utilidade dos processos mentais para o organismo, nas suas constantes tentativas de se adaptar ao meio. Os funcionalistas queriam saber como a mente funcionava, e não como era estruturada.
BEHAVORISTAS
• Ivan Pavlov(1849-1936)• Thorndike(1874-1949)• Watson(1878-1958)• Skinner( 1904-1990 )
WATSON, PAVLOV E SKINNER
Os três grandes expoentes desta teoria e suas principais diferenças:
• Watson (o homem é produto do meio)
• Pavlov (aprendizagem por meio do condicionamento clássico citar o exemplo do cão, experiência realizada em seu laboratório de fisiologia)
• Skinner (o comportamento é estabelecido com base naquilo que o ambiente fornece e, também dadas as condições ambientais, esse mesmo repertório é por nós modificado tendo em vista os reforçadores que almejamos).
Ivan Petrovich Pavlov
• Nasceu a 14 de Setembro de 1849 e morreu a 27 de Fevereiro de 1936.
Era um fisiólogo russo que ganhou o Prémio Nobel de Fisiologia ou Medicina de 1904, pelas suas descobertas sobre os processos digestivos dos animais.Mas foram os seus estudos sobre o papel do condicionamento na Psicologia do comportamento que o tornaram conhecido.
É uma forma de aprendizagem em que um estímulo neutro, ao ser sucessivamente emparelhado com um estímulo incondicionado, acaba, ao fim de algum tempo e em virtude deste condicionamento, por provocar o mesmo tipo de resposta do que o estímulo com o qual foi emparelhado. Torna – se assim um estímulo que por si só provoca uma resposta condicionada, similar à desencadeada pelo estímulo incondicionado ou natural.
Aprendizagem por condicionamento clássico
O que é?
Pavlov ao estudar a fisiologia da digestão, descobriu que os cães utilizados salivavam perante estímulos que não a comida (o som dos passos do tratador ou a sua simples presença). Tal descoberta levou a que Pavlov desenvolve-se estudos que consistiam na apresentação ao cão de um estímulo neutro (o som de uma campainha) e logo imediatamente a seguir um prato com carne em pó. O cão responde a este estímulo (não - condicionado) salivando. Depois de emparelhar o som da campainha e a comida várias vezes (20 vezes pelo menos) Pavlov verificou que o som da campainha era suficiente para produzir a resposta de salivação. Como os cães não salivam naturalmente em resposta a sons, Pavlov concluiu que a salivação era uma resposta resultante de aprendizagem: o cão foi condicionado a salivar quando a campainha toca (resposta condicionada).
Experimentação de Pavlov
Exemplos em seres humanos
O condicionamento clássico está sempre presente no nosso quotidiano. Por exemplo, o Miguel é um individuo que esteve na guerra do Vietname, onde via e ouvia aviões de guerra, que disparavam tiros mortíferos, a passar mesmo por cima da sua cabeça. Agora, Miguel mora numa cidade pacata mas, no entanto, quando Miguel ouve o som de um avião comercial, associa esse som ao de um avião de guerra e sentimentos como o medo, o perigo e o desespero despertam no Miguel como se estivesse perante uma situação de guerra. Aqui, o estímulo neutro – o som do avião comercial - é emparelhado com o estímulo incondicionado – o som do avião de guerra – que provoca uma resposta incondicionada ou natural – incómodo e medo, causados pelo som intenso. Por causa desta associação o estímulo neutro perde a sua neutralidade e passa a provocar o mesmo tipo de resposta do que o estímulo incondicionado (que provoca uma dada resposta sem ter de ser associado a nada).
1–Aquisição: formação de uma resposta aprendida a um estímulo neutro (não produtor de resposta) por o associarmos a um estímulo não condicionado.
Existem cinco princípios básicos na aprendizagem por condicionamento clássico.
2-Extinção: enfraquecimento e eventual desaparição da resposta aprendida. A extinção é, em suma, o resultado da repetida apresentação do estímulo condicionado sozinho.
3-Recuperação espontânea:
reemergência de uma resposta condicionada extinta após algum tempo de descanso.
4–Generalização: Fala-se de generalização do estímulo quando a resposta condicionada é provocada não só pelo estímulo condicionado original como também por outros estímulos semelhantes a este.
5–Discriminação: consiste na aptidão de discernir estímulos semelhantes, produzindo a resposta apenas no estímulo correcto.
Conclusões
• NOTA: Essa descoberta abriu caminho para o desenvolvimento da psicologia comportamental e mostrou ter ampla aplicação prática, como por exemplo no tratamento de fobias
A Lei do Efeito e os primórdios do Condicionamento Operante
A Lei do Efeito e os primórdios do Condicionamento Operante
A Lei do Efeito- Comportamentos acompanhados por consequências agradáveis tornam-se mais frequentes enquanto comportamentos acompanhados por consequências desagradáveis tendem a desaparecer.
A Lei do Efeito- Comportamentos acompanhados por consequências agradáveis tornam-se mais frequentes enquanto comportamentos acompanhados por consequências desagradáveis tendem a desaparecer.
Edward Lee Thorndike (1874-1949)- Dedicou-se ao estudo experimental da inteligência em animais e seres humanos. Através de experimentos com gatos, desenvolveu a Lei do Efeito
A Lei do EfeitoA Lei do Efeito
Esta era a caixa experimental onde Thorndike estudou os princípios da Lei do Efeito
Considera-se que o condicionamento operante foi descoberto por Edward Thorndike mais ou menos na mesma época em que Pavlov descobria os reflexos condicionados nos seus experimentos com cães.
O experimento de Thorndike consistia no seguinte: colocou um gato no interior de uma caixa com aspecto de jaula. No exterior estava, à vista do gato, um recipiente com comida. O animal só poderia sair da caixa se carregasse num pedal que, accionado, abria uma pequena porta. O gato começou a arranhar e a morder ao acaso várias partes da caixa até que, de uma forma eventualmente acidental, pressionou o pedal que a abria e obteve a comida desejada. A partir daí, várias vezes colocado no interior da caixa, o gato gastou cada vez menos tempo para dela sair. Da primeira vez que repetiu a situação Thorndike reparou que o gato escapou da caixa em 15 segundos. Esta mudança de comportamento significava que o gato tinha aprendido não mediante um reflexo condicionado mas mediante tentativas cada vez mais eficazes que traduziam um papel ativo na aprendizagem.
Thorndike explicou esta aprendizagem gradual e progressiva através da lei do efeito: «Respostas ou comportamentos seguidos por consequências ou efeitos satisfatórios tendem a repetir-se; respostas seguidas por consequências desagradáveis tendem a não se repetir».
Behaviorismo Metodológico
John B. Watson (1878-1958)
Watson era categórico. Considerava ser possível transformar o indivíduo, por meio de educação ou reeducação naquilo que desejamos. (...) O destino das pessoas dependeria tão somente dos fatores condicionantes organizados em torno dela" (Cunha, 2002, p.48)
O importante é estudar tudo aquilo que pode ser testado e comprovado.
O termo behaviorismo foi inaugurado por John Watson (1878 – 1958).
Na teoria watsoniana as emoções podem ser entendidas simplesmente como respostas corporais à estímulos específicos. Cada emoção envolve seu padrão particular de mudança no mecanismo geral do corpo.
Watson propôs três emoções fundamentais nos bebês: medo (produzido por sons fortes e pela perda súbita do apoio), raiva (impedimento do movimento corporal) e amor (vem de carícias na pele, embalos e afagos), as quais ele acreditou que são as únicas respostas emocionais não aprendidas.
A educação deve ser planejada passo a passo, de modo a obter os resultados desejados na "modelagem" do aluno
O primeiro projeto de investigação de Skinner consistia numa análise ao comportamento alimentar dos ratos. Skinner utilizou um artefacto por ele próprio construído e que tem hoje o seu nome: «A caixa de Skinner». Colocou dentro um rato com fome. O rato só poderia obter comida pressionando uma alavanca que libertava pequenas bolas de queijo de um recipiente numa das paredes da caixa. O rato começou imediatamente a explorar a caixa e ao fim de algum tempo, acidentalmente, pressionou a alavanca e a comida caiu. Progressivamente, o animal começou a pressionar a alavanca em intervalos de tempo cada vez menores.
Experimentação de Skinner
Segundo Skinner isso significava que aprendeu a obter comida mediante uma resposta condicionada pelas consequências ou efeitos da sua acçãoA partir desta e de muitas outras experimentações Skinner definiu a tese essencial do condicionamento operante: um organismo tende a repetir as respostas que têm consequências favoráveis.
O condicionamento operante é segundo Skinner uma forma de aprendizagem na qual a probabilidade de ocorrência de uma resposta ou comportamento aumenta ou diminui conforme a sua consequência é um reforço (positivo ou negativo) ou uma punição.
Reforço e punição
Reforço: toda e qualquer consequência de uma ação que fortalece a nossa tendência para a repetir.
Punição: toda e qualquer consequência de uma ação que enfraquece a nossa tendência para a repetir.
Há ações que têm consequências boas e outras que têm consequências más, por exemplo, se fazemos dieta para emagrecer e emagrecemos efetivamente, é considerada uma com boas consequências. Por outro lado, se assaltássemos um banco, podíamos ser apanhados pela policia e aí a ação realizada seria considerada uma ação com más consequências.
Reforço positivo ou negativo
Reforço positivo: está-se perante uma situação de reforço positivo sempre que uma ação, em virtude das suas consequências, nos permite obter algo agradável. Tendemos, por isso, a repeti-la, de modo a fazer com que o reforço ocorra de novo.
Ex: Estudar muito para conseguir ingressar na universidade.
Reforço negativo: quando uma ação tem como consequência evitar uma situação indesejável, remover um obstáculo ou pôr termo a uma situação desagradável. Tende por isso a ser repetida.
Ex: Trabalhar bem e evitar assim ser despedido.
Punição
Punir um comportamento é tornar provável que ele não se repita ou pelo menos que diminua a sua frequência.Por exemplo, se a Marta ajuda os pais na lida da casa para poder ir sair à noite com os amigos, é muito provável que o comportamento se repita no futuro para poder sair com os amigos sempre que queira. O comportamento – ajudar os pais na lida da casa – é reforçado negativamente: é um meio para evitar algo desagradável (não poder sair com os amigos).Se a Marta recusa ajudar os pais na lida da casa, os pais proíbem-na de sair com os amigos. Assim, estamos perante uma punição, um meio para retirar algo agradável ou para evitar que se repita algo de desagradável.
Abordagem comportamentalista (Behaviorismo)
Base PsicológicaPor meio de controle e reforço para obter
comportamento desejado
teorias E--------R (estímulo-resposta)
Condicionamento por reforço - Repetição mecânica
Princípios Psicopedagógicos Apresentação de estímulos
Condicionamento
Atividades repetitivas
Reforço das reações desejadas
Conhecimento do resultado
Apresentação da matéria em sequências curtas
Exercitação
Técnicas de ensino Exercício de repetição
Ensino individualizado de tipo programado
Demonstrações para imitação
Memorização
Papel do professor Detentor do conhecimento
Condutor do conhecimento
é criar ou modificar comportamentos para que o aluno
faça o desejado.
Como o aluno é visto?: passivo - o aluno não busca informações para construção de conhecimentos, suas atividades mentais são ignoradas
“A segunda meta da educação é formar mentes que estejam em condições de criticar, verificar e não aceitar tudo que a elas se propõe." Jean Piaget
Teoria ConstrutivistaBase Psicológica
TEORIA PSICOGENÉTICA – PIAGET (1896-1980): explica como o indivíduo, desde o seu nascimento, constrói o conhecimento.
estágios do desenvolvimento cognitivo
Interação sujeito/objeto
.
Princípios Psicopedagógicos Desenvolver no aluno a auto-aprendizagem e o
espírito de auto-avaliação;
Centrar a aprendizagem em atividades e experiências significativas para o aluno que
envolvam sentimentos, vontade, necessidades, etc
Ensinar também a sentir e não apenas a pensar;
Ensinar a aprender;
Promover a aprendizagem ativa, orientada para processos de descoberta, autônomos e refletidos.
Técnicas de ensino Experiências, pesquisas e solução de
problemas.
Discussões, Debates e estudo de caso
Esquemas, Introduções, sumários
Ensino pela descoberta
Apresentação de objetivos
Papel do professor O professor (Mentor) cria situações para que o aluno chegue ao conhecimento. Para ensinar bem, o professor tem de compreender os modelos mentais que os alunos utilizam para interpretar o mundo e os pressupostos que estão por detrás desses modelos.
Como o aluno é visto?: ativo - experimentando, vivenciando- participa ativamente do próprio aprendizado, mediante a experimentação, a pesquisa em grupo, o estimulo a dúvida e o desenvolvimento do raciocínio, entre outros procedimentos.
Para Vygotsky, a história da sociedade e o desenvolvimento do homem estão totalmente ligados, de forma que não seria possível separá-los. Desde que nascem, as crianças, têm constante interação com os adultos, pois estes, naturalmente procuram passar para as crianças sua maneira de se relacionar e sua cultura. E é através deste contato com os adultos que os processos psicológicos mais complexos vão tomando forma.
• Para Vygotsky, a aprendizagem sempre inclui relações entre pessoas. Ele defende a ideia de que não há um desenvolvimento pronto e previsto dentro de nós que vai se atualizando conforme o tempo passa.
• O desenvolvimento é pensado como um processo, onde estão presentes a maturação do organismo, o contato com a cultura produzida pela humanidade e as relações sociais que permitem a aprendizagem. Ou seja, o desenvolvimento é um processo que se da de dentro para fora.
• Para clarear esse conceito Vygotsky afirma que devemos considerar dois níveis de desenvolvimento:
• 1º - o desenvolvimento efetivo, que é o já realizado (zona de desenvolvimento real, e que podemos medir, por exemplo, através de testes psicológicos;
• 2º - a zona de desenvolvimento potencial, que é o desenvolvimento que está em via de se efetivar, ou seja, que ainda não é parte do repertório próprio da criança, mas está voltado para seu futuro.
• Para o fundador da terapia não-diretiva, a tarefa de professor é liberar o caminho para que o estudante aprenda o que quiser
• Segundo Carl Rogers, o professor deve centrar à aula na perspectiva do desenvolvimento da pessoa humana.
• O ambiente escolar remete-se ao emocional, promovendo uma aprendizagem ativa e autônoma.
Humanista
Carl Ransom Rogers (1902-1987)
Teoria HumanistaBase Psicológica
Personalidade e condutaTerapia não diretiva(Carl Rogers) –
o ensino é centrado no aluno
A aprendizagem foca as necessidades, vontades e
sentimentos do aluno.
Princípios Psicopedagógicos Aprendizagem centrada no aluno
Auto-aprendizagem e Auto-avaliação
Aprendizagem dos sentimentos, dos conceitos, das habilidades
Ajudar a “tornar-se pessoa”
Atmosfera emocional positiva, empática
Técnicas de ensino Ensino individualizado
Discussões, Debates
Painéis, Simulações
Jogos de papéis, Resolução de problemas
Papel do professor Facilitador da aprendizagem- não transmite conteúdo, dá assistência
Desenvolver um estilo próprio para facilitar a aprendizagem do aluno
Educação do homem como um todo
Educação assume um papel amplo
Como o aluno é visto?: essencialmente ativo, e suas atividades básicas entre outras, deverão consistir em: observar, experimentar, comparar, relacionar, analisar, justapor, compor, encaixar, levantar hipóteses, argumentar, etc.
Teorias Gestaltistas• As teorias da Gestalt abordam os
campos da percepção e propõem uma visão holística do homem e do mundo. A palavra gestalt não tem uma tradução para o português, mas pode ser entendido como forma ou configuração, entendidas como uma totalidade coerente (o lema da gestalt é justamente “o todo é mais que a soma das suas partes”);
• Em 1951, Frederic S. Perls cria a teoria Gestalt-terapia
Ilusão Visual: “Rotating Snakes”
• Estas se referem aos atributos dos estímulos como forma, peso, altura, distância, tamanho, localização espacial, localização temporal, tonalidade, intensidade, textura e outros. A tais características e propriedades são atribuídos significados como: grande, alto, longe, perto, antes, depois, claro, escuro, barulhento, agudo, rugoso, liso
Percepção
• Figura-fundo: as letras negras do texto destacam-se da página branca
Figura Fundo
Figura fundo
Figura Fundo
Figura Fundo
• A sexualidade, integrada no desenvolvimento desde o nascimento até à puberdade evolui através de cinco estádios psicossexuais (Tavares, Pereira, Gomes, Monteiro, & Gomes, 2007).
• Em cada estádio, o sujeito focaliza-se em zonas erógenas específicas em busca do prazer e satisfação.
• A passagem por cada estádio implica um confronto entre a satisfação das pulsões sexuais e as forças que se lhe opõem. A resolução desses conflitos é alvo de uma dicotomia difícil de gerir e que irá ter influência na formação da personalidade do adulto.
•Fase Oral- A boca é a zona de prazer e satisfação predominante;
• É o meio direto e principal de contato com a realidade; todos os objetos que o bebé encontra são sugados e, posteriormente são mordidos;
• A altura do desmame, fase em que a criança é mais ativa e agressiva corresponde a uma experiência da frustração que se não for ultrapassada positivamente poderá originar comportamentos de gratificação oral (ex: fumar, beber, beijar, mascar pastilhas);
Fase oral
• Estruturam-se já os contornos bipolares da personalidade: otimismo/pessimismo, admiração/inveja, credulidade/desconfiança.
Fase Anal :18 meses aos 2/3 anos
• • A zona erógena é a região anal;
• • A criança sente prazer a expulsar/reter as fezes;
• • Neste período, os pais tendem a introduzir os hábitos de higiene, mas se forem demasiado rígidos ou demasiado tolerantes nesta aprendizagem, poderão produzir reações quer de retenção, quer de descontrolo das fezes.
• O caráter anal é caracterizado pro três traços que são: ordem, parcimônia (econômico) e teimosia. Em termos psicológicos, esta fixação pode dar origem a um indivíduo caracterizado pela teimosia, mania da pontualidade, avareza, egoísmo e pela obsessão com a ordem e a limpeza.
Fase Fálica:3-5/6 anos
• A zona erógena é a genital;•
• A criança toca a explora o seu corpo e o dos outros;
• • É nesta fase que ocorre o Complexo de Édipo/Electra;
•• Estruturam-se contornos bipolares de personalidade: orgulho/humildade, sedução/timidez, castidade/promiscuidade.
Fase de Latência: 5/6 anos à puberdade
• • Ausência de interesses sexuais;•
• Curiosidade intelectual e criação de relações sociais;
•• Aprendizagem social, desenvolvimento da consciência moral.
Fase Genital: A partir da puberdade
• Predomínio da sexualidade genital, através de contatos sexuais com parceiros.
Nos trabalhos posteriores, Freud reavaliou essa distinção simples entre o consciente e o inconsciente e propôs os conceitos de *Id, **Ego e ***Superego
• O "ID", grosso modo, correspondente à sua noção inicial de inconsciente, seria a parte mais primitiva e menos acessível da personalidade. Freud afirmou: "Nós chamamos de (...) um caldeirão cheio de excitações fervescentes. [O id] desconhece o julgamento de valores, o bem e o mal, a moralidade" (Freud, 1933, p. 74)
• As forças do id buscam a satisfação imediata sem tomar conhecimento das circunstâncias da realidade. Funcionam de acordo com o princípio do prazer
EGO
• O ego serve como mediador, um facilitador da interação entre o id e as circunstâncias do mundo externo. O ego representa a razão ou a racionalidade, ao contrário da paixão insistente e irracional do id. Freud chamava o ego de ich, traduzido para o inglês como "I" (Eu" em português). Enquanto o id anseia cegamente e ignora a realidade, o ego tem consciência da realidade, manipula-a e, dessa forma, regula o id. O ego obedece ao princípio da realidade, refreando as demandas em busca do prazer até encontrar o objeto apropriado para satisfazer a necessidade e reduzir a tensão.
ID e EGO
• O ego não existe sem o id; ao contrário, o ego extrai sua força do id. O ego existe para ajudar o id e está constantemente lutando para satisfazer os instintos do id. Freud comparava a interação entre o ego e o id com o cavaleiro montando um cavalo fornece energia para mover o cavaleiro pela trilha, mas a força do animal deve ser conduzida ou refreada com as rédeas, senão acaba derrotando o ego racional.
SUPEREGO
• terceira parte da estrutura da personalidade definida por Freud,o superego,desenvolve-se desde o inicio da vida,quando a criança assimila as regras de comportamento ensinadas pelos pais ou responsáveis mediante o sistema de recompensas e punições.
• O termo cunhado por Freud para o superego foi über-ich, que significa literalmente "sobre-eu".
ID, EGO e SUPEREGO
• Observe-se então, que, obviamente, o superego estará em conflito com o id. Ao contrário do ego, que tenta adiar a satisfação do id para momentos e lugares mais adequados, o superego tenta inibir a completa satisfação do id.
• O ego deve tentar retardar os ímpetos agressivos e sexuais do id, perceber e manipular a realidade para aliviar a tensão resultante, e lidar com a busca do superego pela perfeição. E, quando o ego é pressionado demais, o resultado é a condição definida por Freud como ansiedade.
CONCLUSÃO
• id: fonte de energia psíquica e o aspecto da personalidade relacionado aos instintos.
• Ego: aspecto racional da personalidade responsável pelo controle dos instintos.
• Superego: o aspecto moral da personalidade, produto da internalização dos valores e padrões recebidos dos pais e da sociedade.
CARL GUSTAV JUNG• Ingressou na Universidade da Basiléia para
estudar filologia e arqueologia, mas logo se interessou pela medicina.
• Foi colaborador de Eugen Bleuler e estudou com Pierre Janet.
• Começou a se corresponder com Freud em 1906, após ler “A Interpretação dos Sonhos”.
• Freud o considerou seu ‘príncipe herdeiro’. Jung foi o primeiro presidente da Associação Psicanalítica Internacional, desde a sua criação, em 1910.
• Em 1913 findaram sua correspondência pessoal e mais tarde profissional. Em 1914 Jung renunciou a presidência da API e se retirou como membro.
• Por 60 anos, estudou profundamente a personalidade humana, através da mitologia, símbolos, rituais, religiões, crenças, costumes, etc.
Nasceu em Kesswyl, na Suíça em julho de 1875, e faleceu em junho
de 1961, em Zurique, aos 85
anos
Psicologia Analítica, também conhecida como Psicologia Junguiana ou Psicologia Complexa, é um ramo de conhecimento e prática da Psicologia, iniciado por CARL GUSTAV JUNG o qual se distingue da psicanálise iniciada por Freud, por uma noção mais alargada da libido e pela introdução do conceito de Inconsciente Coletivo.
Diferentemente de Freud, Jung via o inconsciente não apenas como um repositório das memórias e das Pulsões reprimidas, mas também como um sistema passado de geração em geração, vivo em constante atividade, contendo todo o esquecido e também neoformações criativas organizadas segundo funções coletivas e herdadas.
SELF: O Si mesmo é o centro de toda a PERSONALIDADE, dele emana todo o potencial energético de que a psique dispõe. É o ordenador dos processos psíquicos. Integra e equilibra todos os aspectos do inconsciente, devendo proporcionar, em situações normais, unidade e estabilidade à personalidade Humana.
PSICOLOGIA ANALITICA – CARL GUSTAV JUNG
História:
Pequena equipe da Harvard Graduate
School of Education foi solicitada pela
Bernard Van Leer Fondation of the Hague -
instituição holandesa - em 1979, para
realizar uma pesquisa sobre o potencial
humano: deu-se início ao Projeto Zero.
Howard Gardner, um dos responsáveis pelo
projeto, utilizou seu conhecimento como
psicólogo e estudou o desenvolvimento e
as habilidades simbólicas dos Indivíduos.
Foi a primeira divulgação científica sobre a
pluralização das inteligências.
INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS - GARDNER
Bases da teoria: Pluralidade (mais de 02
inteligências); A inteligência não pode ser
medida.
- Comprovação da teoria: Trabalho com pessoas portadoras
de síndromes e lesões cerebrais.
Autistas-> Comunicação - Lidar com números.
S. Down -> Lidar com números - Comunicação.
INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS - GARDNER
As inteligências múltiplas
Howard Gardner
Linguística Lógico/MatemáticaMusical Espacial
Cinestésica Interpessoal Intrapessoal Naturalista
É a habilidade do uso da linguagem para convencer, agradar, estimular ou transmitir idéias, além de lidar - na forma escrita ou falada - com a linguagem de forma mais criativa e integrada.
Políticos, jornalistas, poetas, escritores exibem com mais destaque
essa inteligência.
Inteligência verbal-linguistica
FALE !
• Alunos verbais ou lingüísticos gostam e entendem linguagem oral e escrita. Eles preferem se comunicar com os outros falando e escrevendo, e frequentemente gostam de ler. Aprendem melhor através da linguagem: ouvida, falada, lida, contada, discutida e escrita.
Estratégias de Estudo Escrever as características
de uma personagem Escrever um resumo Debater Escrever um panfleto Escrever poesia Criar um lema Fazer um discurso
Escrever um diálogo Contar histórias Escrever uma carta
para o editor Escrever um ensaio Participar de tribunal
de julgamento simulado
Escrever uma pesquisa
Habilidade para apreciar, compor ou reproduzir uma peça musical.
A aptidão musical está intimamente ligada à habilidade de reconhecer as diferenças sutis entre uma nota e
outra, um timbre e outro.
- Inteligência percebida em crianças;- Estudo com pessoas surdas.
Inteligência Musical
CANTAROLE!
• Alunos musicais respondem a intensidade, ritmo, tom e padrões musicais. Eles podem gostar de cantar, cantar rap ou tocar instrumentos. Eles podem ou não ter habilidades musicais, mas eles respondem habilmente à música. Eles aprendem melhor quando o aprendizado está ligado ao senso de ritmo e música.
Estratégias de Estudo
Cantar Participar de um coral Compor músicas Escrever uma canção Atuar num musical Cantar num grupo,
coral ou coro Improvisar músicas
Cantar ou escrever um rap
Tocar um instrumento musical
Criar um jingle Escrever músicas Interpretar ritmos com
instrumentos de percussão
Gosto por padrões, cálculo, ordem e
sistematização.
Facilidade de resolver problemas através do pensar lógico, lidar com números
de forma criativa.
É a inteligência característica de engenheiros, matemáticos e cientistas.
Inteligência lógigo-matemática
CONTE!
• Alunos lógico-matemáticos amam números de todas os tipos em Matemática, obviamente, mas também números associados com Ciências, Estudos Sociais e Artes. A porcentagem de animais marinhos em cada filo, a aumento da população no Brasil desde o último censo e o número de horas que um brasileiro passa assistindo televisão: são números que chamarão a atenção dos alunos lógico-matemáticos. Esses alunos têm a habilidade de pensar conceitualmente e identificar padrões (numéricos, estéticos, etc.). Eles gostam de resolver problemas e descobrir soluções, aprendendo melhor utilizando-se de números e análises.
Estratégias de Estudo
Elaborar um labirinto ou quebra-cabeça
Elaborar histórias em quadrinho
Investigar um problema Solucionar uma
equação ou problema numérico
Fazer um sumário ou esboço
Fazer uma avaliação ou classificação
Fazer uma tabela
Gravar dados ou informações
Fazer um diagrama Fazer análises Criar uma analogia Desenhar uma
caricatura Construir uma linha
do tempo
Estratégias de Estudo
Fazer uma crítica Construir um gráfico Fazer um fluxograma
(sequência de ações ou procedimentos)
Calcular probabilidades Fazer uma sondagem Elaborar um programa,
jogo ou gráfico em computador
Fazer um cálculo Desenvolver uma
hipótese Analisar moldes e
tendências Formular projetos Desenvolver uma
fórmula Inventar um código Computar uma
resposta Desenvolver uma
teoria
Permite aos indivíduos usarem seu corpo, total ou parcialmente, de formas altamente especializadas.
Refere-se à habilidade para resolver problemas ou criar produtos através do uso de parte ou de todo o corpo.
Atletas, atores, mímicos.
“A persistência é o caminho do êxito”
Charles Spencer Chaplin.
Inteligência corporal- cinestésica
MOVIMENTE-SE!
• Alunos corporal-cinestésicos gostam de se expressar por movimento. Eles têm boas habilidades motoras global e fina, necessitando manusear e realizar ações ou construções. Eles aprendem melhor através da experimentação, da atuação em peças teatrais, de atividades manuais de modelagem ou na construção de maquetes.
Estratégias de Estudo
Jogos de representação de papéis (Role Playing)
Construir uma maquete Dramatizar Fazer uma filmagem Representar uma sátira Fazer uma paródia ou
imitação cômica Pantomima ou mímica
Desenvolver uma invenção
Realizar uma dança ou outro movimento criativo
Fazer uma atividade ou um experimento laboratorial
Improvisar Participar de uma
peça
É a capacidade para perceber o mundo visual e espacial de forma precisa.
Possibilita às pessoas criar com o espaço, perceber as transformações que o espaço sofre.
É a inteligência de artistas plásticos, navegadores, pilotos, arquitetos.
Inteligência espacial
DESENHE!
• Alunos espaciais ou visuais constroem imagens e figuras mentais para ajudá-los a aprender e a lembrar. Eles aprendem melhor tendo a oportunidade de representar materiais visualmente, por meio de gráficos, tabelas, mapas conceituais, figuras, webs e diagramas.
Estratégias de Estudo
Desenhar, esboçar ou pintar
Ilustrar Construir um protótipo
ou modelo Elaborar um website Criar histórias em
quadrinho Fazer uma escultura em
papel machê ou argila
Fazer um mapa Fazer um pôster Fazer um mural Fazer uma colagem Elaborar recursos
visuais para uma apresentação (slides, transparências)
Tirar fotografias
Estratégias de Estudo
Fazer móbiles Construir maquete Elaborar uma
estrutura Fazer um diagrama Planejar propaganda
visual Fazer slides de
câmera digital
Construir uma exposição para uma coleção (de selos, moedas, animais, etc.)
Criar jogos de tabuleiro Elaborar um panfleto Elaborar um cartão-postal Elaborar um cartão
comemorativo Elaborar cenário para
uma peça teatral
Habilidade de interagir com as outras pessoas, entendê-las e interpretar seu comportamento.
Resolver problemas, solucionar conflitos.
É a inteligência comum em líderes, terapeutas, políticos, religiosos, professores, vendedores, que
sabem identificar expectativas, desejos e motivações de outras pessoas, tornando-se extremamente
sensíveis a suas necessidades.
Inteligência interpessoal
LIDERE!
• Alunos interpessoais são pessoas que lidam bem com pessoas. Eles são frequentemente bons em organizar, comunicar e motivar os outros. Eles tendem a ter facilidade no relacionamento com pessoas. Muitos são empáticos e intuitivos. Um aluno interpessoal pode usar sua habilidade de liderança como um membro de representação estudantil ou como um organizador de campanhas e mutirões. Gostam de trabalhar e se envolver com os outros.
Estratégias de Estudo
Participar de atividades em grupo
Planejar uma campanha por uma causa ou uma questão
Participar de discussões Fazer um projeto
voluntário Conduzir uma entrevista Participar de uma mesa
redonda Debater pensamentos,
idéias, perspectivas pessoais
Organizar um evento ou atividade
Conduzir o grupo para o consenso
Ajudar na solução de conflitos
Solucionar problemas com um grupo
Dar conselhos aos seus colegas
Parafrasear as ideias dos outros
É a inteligência que permite compreender a nós mesmos e trabalhar conosco.
Auto-conhecimento e auto-estima para orientar o próprio comportamento.
Também é capacidade de superar os impulsos instintivos (auto-controle).
Inteligência intrapessoal
REFLITA!
• Alunos intrapessoais são pensadores e reflexivos. Eles examinam intimamente idéias, temas e perspectivas. Eles entendem a si mesmos e seus sentimentos sobre as coisas. Gostam da sua independência e podem trabalhar para alcançar seus objetivos. Eles aprendem melhor quando é permitido refletir, compartilhar opiniões pessoais e trabalhar sozinho.
Estratégias de Estudo
Manter um diário ou relato pessoal
Escrever uma lista de metas e objetivos para o futuro
Manter registros e arquivos pessoais
Fazer uma auto-avaliação do seu trabalho
Listar suas idéias e crenças
Elaborar argumentos que sustentem suas opiniões
Estabelecer metas pessoais
Apresentar seu ponto de vista, perspectiva ou crença.
Identificar suas crenças sobre um tema
Adicionada recentemente à lista das inteligências múltiplas, é a habilidade de identificar e classificar
padrões da natureza. É a inteligência dos envolvidos em causas ecológicas,
como os ambientalistas, espiritualistas, artistas.
Inteligência naturalista
INVESTIGUE! Alunos naturalistas podem ajustar,
adaptar e usar tudo o que está ao seu redor para sobreviver e obter êxito. Alguns desenvolvem a experiência e o conhecimento necessários para superar as dificuldades e os perigos do dia-a-dia, podendo se tornar manipuladores de situações e posicionamentos. Eles frequentemente sentem uma ligação pessoal com o mundo natural. Aprendem melhor quando solicitados a observar uma situação, investigar um problema e explorar sobre como as coisas funcionam.
Estratégias de Estudo
• Classificar objetos• Fazer comparações• Fazer previsões• Planejar uma caminhada• Identificar objetos baseados nas suas
características • Investigar como algo funciona• Explorar um tópico ou um tema• Planejar uma exposição para um zoológico ou
museu
• Criar uma coleção (de selos, moedas, figurinhas, entre outras)
• Conduzir estudos por meio da observação• Participar de uma experiência ou simulação• Identificar um problema• Construir uma exposição de objetos, experimentos
ou artefatos.• Solucionar um problema
A mais nova inteligência adicionada à lista está sendo estudada por Gardner.
Refere-se à preocupação e formulação de perguntas sobre a vida, a morte, o universo.
É a inteligência de religiosos, líderes espirituais, devotos etc.
Inteligência espiritual
131
Aprendizagem Significativa
Segundo David Paul Ausubel, é a integração do conteúdo aprendido numa edificação mental ordenada.
O conteúdo previamente detido pelo indivíduo representa um forte influenciador do processo de aprendizagem.
Novos dados serão assimilados e armazenados na razão direta da qualidade da Estrutura Cognitiva prévia do aprendiz.
Esse processo de associação de informações interrelacionadas denomina-se Aprendizagem Significativa.
Psicólogo da Educação , nasceu na cidade de Nova York (Estados Unidos), com formação acadêmica, em território canadense dedicou-se à educação no intuito de buscar as melhorias necessárias ao verdadeiro aprendizado.
10-04-2023 132
A idéia central da teoria da aprendizagem significativa
• Se tivesse que reduzir toda a psicologia educacional a um único princípio, enunciaria este: de todos os fatores que influenciam a aprendizagem, o mais importante é o que o aluno já sabe. Averigue o que o aluno sabe e ensine-se em conformidade.(D. Ausubel, 1968).
• Os professores bem como a escola, de forma geral, precisaram passar por períodos de reciclagem a fim de buscar novas formas de trabalho, que constituam no respeito à integridade do indivíduo, bem como as formas de avaliar os alunos, através da sensatez e da sensibilidade
A escola
REFERÊNCIA
Era uma vez...(Adaptado de PATTON, Michael Quinn. Utilization-Focused Evolution. Londres: sage Pub,1997, p. 45 – 46)
Ela tinha uma varinha mágica que
fazia as pessoas bonitas ou feias,
alegres ou tristes, vitoriosas ou fracassadas.
Como todas as rainhas, ela
também tinha um espelho mágico.
Uma rainha que vivia em um grande castelo.
Um dia, querendo avaliar sua beleza, também, ela perguntou ao espelho:
Espelho, espelho meu, existe alguém mais bonita do que eu?
Minha rainha, os tempos estão
mudados. Esta não é uma resposta
assim tão simples. Hoje em dia, para responder a sua
pergunta eu preciso de alguns elementos mais
claros.
O espelho olhou bem para ela e respondeu:
-- Veja bem! - respondeu o espelho - Em primeiro lugar, preciso saber por que Vossa Majestade fez essa pergunta, ou seja, o que pretende fazer com minha resposta. Pretende apenas levantar dados sobre seu “ibope” no castelo?
Pretende examinar seu nível de beleza,
comparando-o com o de outras pessoas, ou sua
avaliação visa ao desenvolvimento de sua
própria beleza, sem nenhum critério externo?
É uma avaliação considerando a norma ou
critérios predeterminados? De toda
forma, é preciso, ainda, que Vossa Majestade me diga se pretende fazer uma classificação dos
resultados.
Atônita, a rainha não sabia o que dizer. Só lhe ocorreu perguntar:
- Como assim?
E continuou o espelho:
- Além disso, eu preciso que Vossa Majestade me defina com que bases devo fazer
essa avaliação. Devo considerar o peso, a altura, a
cor dos olhos, o conjunto? Quem devo consultar para
fazer essa análise? Por exemplo: se consultar
somente os moradores do castelo, vou ter uma resposta;
por outro lado, se utilizar parâmetros
nacionais, poderei ter outra resposta. Entre a turma da copa ou mesmo entre os anões, a Branca de Neve
ganha estourado. Mas, se perguntar aos seus Conselheiros, acho que minha rainha terá o primeiro
lugar.
Depois, ainda tem o seguinte – continuou o espelho:
Como vou fazer essa avaliação? Devo utilizar análises
continuadas? Posso utilizar alguma prova para verificar o grau
dessa beleza? Utilizo a observação?
Será que estou sendo justo?
Tantos são os pontos a considerar....
Finalmente, concluiu o espelho:
As instituições sociais, como a família e a religião são importantes na formação da visão de mundo e dos valores das crianças e jovens;
A escola não pode ser responsabilizada sozinha por insucessos nessas áreas, mas deve responder majoritariamente pelo fracasso dos alunos no aprendizado de competências cognitivas.
SE AVALIAR É PRECISO, É PRECISO ASSEGURAR A APRENDIZAGEM.
As características socioeconômicas dos estudantes são, apenas, parte da explicação para o baixo desempenho escolar.
A gestão escolar, as práticas pedagógicas, a cultura, os valores da escola, o projeto pedagógico podem apontar explicações importantes para a questão da não aprendizagem.
SE AVALIAR É PRECISO, É PRECISO ASSEGURAR A APRENDIZAGEM.