Leitura e Interpretao
de Desenhos
(do bidimensional vistas ortogonais para o tridimensional perspectivas)
Definio e Pr-Requisitos
Ler um desenho significa entender a forma espacial do objeto
representado
O principal pr-requisito para fazer a leitura de desenhos tcnicos
estar familiarizado com a disposio das vistas resultantes das projees
ortogonais associadas aos rebatimentos dados na pea desenhada.
No possvel entender a forma de um slido
analisando uma nica vista do desenho.
No desenho esto representadas duas
superfcies distintas, identificadas pelos
nmeros 1 e 2.
Concluses
possveis:
Cada linha representa uma interseco de
superfcies (cada linha representa um canto
da pea).
Que existe uma terceira dimenso
escondida pela projeo ortogonal.
1 2
Princpios Bsicos para Leitura de Desenhos
No possvel entender a forma espacial da pea porque a linha
vertical que separa as duas superfcies pode representar :
A
interseo
de duas
superfcies
inclinadas.
A interseo de
uma superfcie
inclinada com
uma superfcie
horizontal.
A interseo
de uma
superfcies
curva com uma
superfcie
plana.
Uma terceira
superfcie
perpendicular a
1 e a 2.
Princpios Bsicos para Leitura de Desenhos
A visualizao da forma espacial de um objeto s ser possvel a
partir da associao das diversas vistas utilizadas na sua
representao.
1 2
2 1
Fazendo a anlise simultnea das duas vistas, possvel descobrir
que a superfcie 2 inclinada em relao superfcie 1.
Pode-se concluir
que o desenho est
no 1 Diedro
Tambm possvel
entender a forma
espacial
Identificao do Diedro
Utilizado no Desenho
Apesar das normas internacionais recomendarem que seja indicado nos
desenhos o diedro utilizado na sua elaborao, a maioria dos desenhos
tcnicos no trazem tal indicao.
Para identificar o diedro utilizado na elaborao do desenho basta analisar as
projees ortogonais de uma nica superfcie.
Exemplos
Olhando por cima, v-se que a superfcie apontada
representada por linha cheia na vista de baixo.
Concluso: Olhou a pea por um lado e desenhou o que est
sendo visto do outro lado 1 Diedro.
Olhando pela esquerda, v-se que a superfcie marcada fica
invisvel e representada por linha tracejada na vista lateral.
Olhando por cima, v-se que a superfcie apontada
representada por linha cheia na vista de cima.
Concluso: Olhou a pea por um lado e desenhou o que est
sendo visto do mesmo lado 3 Diedro.
Olhando pela direita, v-se que a superfcie marcada fica visvel
e representada por linha cheia na vista lateral direita.
Leitura de Desenhos A visualizao da forma espacial
depender da capacidade individual
de cada um para, interpretar e
associar as projees ortogonais aos
rebatimentos dados na pea.
Para ler um desenho com
facilidade o leitor dever
interpretar, em cada vista, o que
representa cada linha das
projees ortogonais.
1 DIEDRO
3 DIEDRO
1 DIEDRO
3 DIEDRO
1 DIEDRO
3 DIEDRO
1 DIEDRO
3 DIEDRO
1 DIEDRO
3 DIEDRO
O esforo mental para visualizao da forma espacial ser tanto menor
quanto maior for a intimidade com os rebatimentos normalizados para
cada diedro.
1 DIEDRO
3 DIEDRO
ARESTA
VISVEL
Leitura de Desenhos Mediante a Construo de Modelos
A construo do modelo da pea representada nas projees
ortogonais possibilita a obteno da forma espacial e permite visualizar
os rebatimentos.
O primeiro passo construir um paraleleppedo com tamanho proporcional s
dimenses da pea mostrada nas vistas e, a partir da, fazer cortes sucessivos at
obter a forma da pea.
Na vista de frente fica evidente a necessidade de um corte inclinado
Na vista superior faremos dois cortes, perpendiculares para retirar o canto inferior
esquerdo
Obtendo o modelo s falta desenhar a terceira vista.
A linha apontada aparece embaixo em linha cheia.
Olhou por cima e desenhou em baixo (Olhou
por um lado e desenhou do outro lado)
CONCLUSO: 1 DIEDRO
APAGANDO AS LINHAS
DE CONSTRUO
A visualizao da forma espacial tambm pode ser facilitada pela elaborao
do esboo em perspectiva da pea representada pelas projees ortogonais.
A sequncia para elaborar o esboo em perspectiva semelhante modelagem.
ARESTA VISVEL
DESENHANDO A VISTA SUPERIOR
Formas geomtricas simples foram sucessivamente subtradas do paraleleppedo inicial, e
resultou na figura final.
A linha apontada aparece direita em linha cheia.
Olhou pela esquerda e desenhou direita (Olhou
por um lado e desenhou do outro lado)
CONCLUSO: 1 DIEDRO
Comeando com um paraleleppedo, faz-se cortes sucessivos at obter a figura da pea.
APAGANDO AS LINHAS DE CONSTRUO
Leitura de Desenhos Mediante a Construo de Modelos
Leitura Utilizando o Esboo em Perspectiva
Outro procedimento para elaborao dos esboos em perspectiva , considerando
os sentidos de observao, desenhar nas respectivas faces do paraleleppedo as
vistas correspondentes.
Indicar no paraleleppedo
as posies das vistas
dadas
Desenhar as vistas
nas respectivas faces
do paraleleppedo.
Associar as linhas das vistas de frente
e superior, para definir, no
paraleleppedo, a forma espacial da
pea.
LINHA CHEIA DESENHANDO A VISTA LATERAL
A linha apontada aparece embaixo em linha cheia.
Olhou por cima e desenhou em baixo (Olhou por um
lado e desenhou do outro lado)
CONCLUSO: 1 DIEDRO
APAGANDO AS LINHAS DE CONSTRUO
Na elaborao dos esboos em perspectiva, pode-se utilizar,
simultaneamente, o raciocnio dos cortes sucessivos com a associao
das vistas desenhadas nos respectivos lados do paraleleppedo.
Dependendo da vista lateral utilizada, deve-se variar a posio do
paraleleppedo de referncia, para haver correspondncia com as vistas
dadas.
Qualquer que seja a forma da pea a ser desenhada, para fazer seu
esboo em perspectiva, necessrio desenhar, primeiramente, o
paraleleppedo de referncia.
Das perspectivas paralelas, o tipo
mais adequado para se esboar
a Perspectiva Isomtrica.
Comprimento
Altura
O desenho do paraleleppedo de
referncia deve comear pelos trs eixos
isomtricos.
Um dos eixos isomtricos traado
verticalmente e os outros dois fazem um
ngulo de 30 com uma linha horizontal.
30 30
Traados os eixos isomtricos, deve-se marcar, sobre eles, tamanhos proporcionais s
medidas de comprimento, largura e altura da pea.
Seguindo as medidas marcadas, traam-se linhas paralelas aos eixos isomtricos at
obter o paraleleppedo de referncia.
A partir da utiliza-se os meios j mostrados para obter a forma final da
perspectiva ( no caso foi utilizado a sobreposio de vistas)
1DIEDRO
Na perspectiva no se
deve utilizar linhas
tracejadas.
Esboo em Perspectiva
Esboo em Perspectiva de Superfcies Inclinadas
As superfcies inclinadas, quando desenhadas em perspectivas, no
acompanham as direes dos eixos isomtricos.
Para desenhar superfcie inclinada em perspectiva, deve-se marcar os
comprimentos dos catetos, que determinam a inclinao da
superfcie, nas arestas do paraleleppedo de referncia.
Paralelas
a b a b
d
Esboo em Perspectiva de Superfcies Curvas
Como o crculo pode ser inscrito em um quadrado, conclui-se que um cilindro pode
ser inscrito em um paraleleppedo de base quadrada.
Observe que o crculo inscrito no quadrado em perspectiva tem a
forma de uma elipse.
Passos construtivos da elipse
Posies espaciais do circulo em perspectiva.
Paralelas
Tangente
O desenho em perspectiva de peas que contenham superfcies curvas
elaborado aplicando-se, passo a passo, a metodologia j exposta.
Esboo em Perspectiva de Superfcies Curvas
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