POTÁSSIO (K)
FÓSFORO - Aula passada
ü Filosofia da adubação
ü Fertilizantes fosfatados
ü Avaliação da disponibilidade de fósforo
ü Recomendação da quantidade de fósforo
POTÁSSIO - Aula hoje
ü Filosofia da adubação
ü Fertilizantes potássicos
ü Avaliação da disponibilidade de potássio
ü Recomendação da quantidade de potássio
ü Formas e dinâmica do potássio no solo
ü Qual o papel do potássio na planta?
ü Nas plantas
- É o cátion mais abundante nas plantas
- Não faz parte de estrutura ou molécula orgânica
- Íon livre, facilmente deslocado das células e tecidos
- Ativador enzimático
- Atua na fotossíntese
- Mantém o turgor das células
- Regula a abertura e o fechamento dos estômatos
Deficiência de K na SojaBordas das folhas amarelas e posterior clorose
Moterle 25/01/05
ü Como é a dinâmica do potássio no solo?
ü No solo
- K+ na solução do solo
- K adsorvido nas cargas negativas do solo
- K nas entrecamadas de argilominerais 2:1
- K na estrutura dos minerais
K TOTAL NO SOLO
K Estrutural
Dinâmica do Potássio no solo
K não trocávelK disponívelK solução
Adsorção
Dessorção
Fertilização
Lixiviação
Adsorção Intemperismo
Liberação
Praticamente desprezível em solos do RS
ü Intemperismo das micas e suas transformações:
-K + H2O
+K – H2O
-K + H2O
+K – H2O
-K + H2O
+K – H2O
Íon K desidratado
K não trocável
Íon K hidratado
K disponível
Outros cátions de
troca hidratados
Mica Ilita Vermiculita
39 78 117 156 195 234
(mg kg-1)
K é pouco móvel no solo!!!
Solo: Latossolo Vermelho distrófico
Fonte: Borkert (2005)
ü Ciclagem???
ü Absorção de K???
Gráfico 4. Produção de matéria seca de aveia e potássio absorvido (estádio de florescimento pleno, safra 05). Fonte: Moterle, 2006
Alta ciclagem
Produção MS Aveia, kg ha-1
4000 5000 6000 7000
Potá
ssio
abs
orvi
do, k
g ha
-1
20
40
60
80
100
120
140
160
180
88,02043,09,144
=
´−=
r
xy
Potássio disponível, mg kg -120 30 40 50 60 70 80
K no
s gr
ãos,
%
1,6
1,7
1,8
1,9
2,0
2,1
2,2 Baixa exportação nos grãos = ~ 20 kg/t
Gráfico 3. Porcentagem de potássio em grãos de soja em função da disponibilidade de potássio no solo. Fonte: Moterle, 2006
Tabela 10.1. Teores médios de N, P (P2O5) e K (K2O) nos grãos de algumas culturas
6822Triticale61022Trigo
151230Tremoço4815Sorgo
201460Soja4821Painço
181120Nabo forrageiro6817Milho pipoca6816Milho91430Linho61425Girassol
151050Feijão191535Ervilhaca12936Ervilha seca e ervilha forrageira61020Cevada5920Centeio
121520Canola5720Aveia preta 5720Aveia branca3514Arroz
141150Amendoim------------------------- kg t-1-----------------------
K2OP2O5NCulturas
ü Estimativa da disponibilidade de K às plantas
ü Como eu posso avaliar o K disponível?
Determinação das formas de K no solo
1) K solução + troca (K trocável)
Argilominerais e MOS
Metodologias:
- Mehlich 1 - mistura de ácidos fortes diluídos- Resina - resinas trocadora de cátions
K+ -Ca++ -
K+ -K+ -
Mg++ -K+ -
H+ -H+ -H+ -H+ -H+ -H+ -
H+
H+
H+
H+
H+H+
H+ H+H+
H+H+
H+
H+H+H+ H+
H+
H+
H+ H+
H+H+
H+H+H+
H+H+
H+
H+
H+ H+
H+
Sol. Mehlich 1 K+ K+ K+
K+
K+K+
K+K+
K+
K+K+K+ K+
Determinação do K no solo...
2) K entrecamadas dos minerais (K não trocável)
Dissolução parcial das bordas dos minerais
Difusão
Metodologia:
- Ácido nítrico
- Tetrafenil borato de sódio
3) K estrutural dos minerais Dissolução + remoção por forças de [ ]
4) K totalMetodologia: - digestão com HF
Tabela 1. Teores de potássio nas formas disponíveis, não trocáveis e estruturais em diferentes solos do RS.
Fontes: Mielniczuk (1978), Meurer (1996) e Moterle (2006)
16800-156---Moraes, 1957GranitoArgissolo Vermelho Amarelo
54128435183349Castilhos, 2001Sedimento granito
Planossolo Hidromórfico UM Pelotas
122771364336453421Meurer, 1996FolhelhoVertissolo EbânicoUM Aceguá
118919285192457Moterle, 2006ArenitoArgissolo Vermelho UM São Pedro
187823122483143Meurer, 1996BasaltoLatossolo VermelhoUM Santo Ângelo
----------- mg kg-1 ---------------------- % -----------
ArgilaSilteAreiaK HFK HNO3
K Mehlich
GranulometriaAutorLitologiaSolo
ü Qual forma (método) é melhor para
estimar o K disponível?
Gráfico 2. Rendimento relativo em função da disponibilidade de K e estabelecimento do nível de suficiência (NS) num Argissolo. Fonte: Dados de Moterle, 2006 e Brunetto et al., 2005.
NS = 47 mg kg-1
Ren
dim
ento
Rel
ativ
o, %
0 30 40 50 60 70 80 90 100 110 1200
60
70
80
90
100
89,0)9529,01(25,100
2 =
−=
ry x
K extraído por Mehlich, 1 mg kg-1
Moterle, 20/01/03
Disponibilidade por Mehlich 1
. 87 mg kg -1 de potássio
. 28 mg kg-1 de potássio
Como está a disponibilidade de K ?
0
30
50
75
90100
Ren
dim
ento
Rel
ativ
o, %
K Mehlich-1
Teor crítico
Muito Baixo Baixo Médio Alto Muito Alto
CTC pH 7,0 mg K dm-3 < 5 15 30 45 90 5 a 15 20 40 60 120 > 15 30 60 90 180
pg. 48 – Manual...
Gráfico 1. Relação entre rendimento relativo e teor de K no solo, RS/SC, 2004.
Tabela 5.5. Interpretação do teor de K conforme as classes de CTC do solo a pH 7,0
> 90> 120> 180Muito alto
46 – 9061 – 12091 – 180Alto
31 – 4541 – 6061 – 90Médio
16 – 3021 – 4031 – 60Baixo≤ 15≤ 20≤ 30Muito baixo
------------------- mg de K dm-3-------------------≤ 5,05,1 – 15,0> 15,0
CTCpH7,0 (cmolc dm-3)Interpretação
pg. xx – Manual...
ü Recomendação de adubação para K – Manual...
CORREÇÃO (C)pg. 77 - Manual...
Tabela 7.1. Quantidades de fósforo e potássio a serem adicionadas ao solo para a adubação de correção total(1)
3030Médio6060Baixo
120120Muito baixokg de K2O ha-1kg de P2O5 ha-1
PotássioFósforoInterpretação do teor de P ou de K no solo
(1)Quando a opção for a adubação corretiva total, devem ser adicionados também as quantidades de manutenção indicadas na Tabela 7.2 (colunas 3 e 4) para os rendimentos de referência da cultura. Para rendimento maior do que o indicado na tabela, adicionar por tonelada adicional de grãos a serem produzidos, as quantidades indicadas nas colunas 5 e 6 para o fósforo e potássio, respectivamente.No estabelecimento das doses da tabela acima, considerou-se a capacidade tampão dos solos em P e K (kg de P2O5 ou K2O necessários para aumentar, na análise, 1 mg de P ou K dm-3 de solo) e a quantidade necessária para elevar a concentração desses elementos no solo até o teor crítico.
MANUTENÇÃO (M) pg. 78 - Manual...Tabela 7.2. Valores de adubação de manutenção de P e de K das culturas de grãos para os rendimentos especificados e quantidades a serem adicionadas por tonelada de grãos produzidos acima do rendimento de referência.
101520302Triticale101520302Trigo251545252Tremoço101525353Sorgo251545302Soja101515201,5Painço
201540302Nabo forrageiro
101525353Milho pipoca101530454Milho151540301,5Linho151530302Girassol201530251,5Feijão252030201Ervilhaca
201540301,5Ervilha seca eErvilha forrageira
101520302Cevada101520302Centeio152025301,5Canola101520302Aveia preta101520302Aveia branca101020202Arroz sequeiro101020204Arroz irrigado201540302Amendoim
kg deK2O ha-1
kg deP2O5 ha-1
kg deK2O ha-1
kg deP2O5 ha-1t ha-1
Quantidade a acrescentar por tonelada adicional de grãos a serem produzidos
Valores de manutenção (M) para o rendimento referência(1)
Rendimentoreferência
Cultura
REPOSIÇÃO (R)Tabela 10.1. Teores médios de N, P (P2O5) e K (K2O) nos grãos de algumas culturas
6822Triticale61022Trigo
151230Tremoço4815Sorgo
201460Soja4821Painço
181120Nabo forrageiro6817Milho pipoca6816Milho91430Linho61425Girassol
151050Feijão191535Ervilhaca12936Ervilha seca e ervilha forrageira61020Cevada5920Centeio
121520Canola5720Aveia preta 5720Aveia branca3514Arroz
141150Amendoim------------------------- kg t-1-----------------------
K2OP2O5NCulturas
pg. 119 - Manual...
SOJApg. 146 - Manual...
ü Fósforo e potássio(1)
kg de P2O5 ha-1kg de P2O5 ha-1
≤450≤300Muito alto
45453030Alto
45753060Médio
65855070Baixo
8512570110Muito baixo
2º1º2º1º
Potássio por cultivoFósforo por cultivoInterpretação do teor de P ou de K solo
Para a expectativa de rendimento maior do que 2 t ha, acrescentar ao valores da tabela 15 kg de P2O5 ha-1 e 25 kg de K2O ha-1, por tonelada adicional de grãos a serem produzidos. (1)Ver itens 7.4 e 7.9
C + M
2/3 C + M 1/3 C + M
M
Ex. correção gradual (tabelas) para:
teor médio de K
1º cultivo SOJA (expectativa de 3 t/ha)
2º cultivo TRIGO (expectativa de 2,5 t/ha)
SOJA
75 + 25 = 100 kg de K2O/ha
TRIGO
20 + 5 = 25 kg de K2O/ha
Ex. correção gradual (tabelas) para:
teor médio de K
1º cultivo SOJA (expectativa de 3 t/ha)
K2O= 100 kg/ha (obs: evitar aplicar >80 kg/ha na linha)
2º cultivo TRIGO (expectativa de 2,5 t/ha)
K2O= 25 kg/ha
- Fazer nova análise para monitorar o sistema
ADUBOS POTÁSSICOS
ü Fertilizantes orgânicos
ü Fertilizantes industriais
KCl
ü Fonte mineral de K
POTÁSSIO (K)
Data
65/70 70/75 75/80 80/85 85/90 90/95 95/00 00/05 05/06
Milh
ões
de to
n
0
5
10
15
20
25
30
Consumo MundialEuropaAmérica NorteAmérica do Sul
Consumo de K2O de 1965 a 2006
Fonte: FAO (2006)
Consumo de K2O no Brasil
Ano
1988 1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006
Milhõesde ton. K
2O
0
1000
2000
3000
4000
5000Produção NacionalImportaçãoConsumo Aparente
Fonte:Potafos 2006
ü Produção de fertilizantes no mundo em milhões de tonelada de K2O (2005):
Estados Unidos Bielorússia Brasil Canadá Chile China Alemanha Israel Jordania Rússia Espanha Ucrânia Reino Unido
107004500
5000
3500
3500
1300
340
Fonte: U.S. GEOLOGICAL SUVEY (2005)
Formas de aplicação
ü Na linha ou a lanço?
O que levar em conta?
• Problemas com salinidade?
• Perdas por escoamento superficial?
• Praticidade de aplicação?
Resumindo...
Ø O potássio é pouco móvel no solo
Ø É ciclado em grande quantidade
Ø Seus teores no solo aumentam facilmente com
adições de adubos potássicos
Ø Baixa exportação pelos grãos
ü Realização:
Professores:- Leandro Souza da Silva- Carlos Alberto Ceretta- Danilo Rheinheimer dos Santos
Aula 6
Alunos de Pós-graduação:- Elisandra Pocojeski- Diovane Freire Moterle
ü Última atualização: março de 2008
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