SANEAMENTOAula 22 - Sumário
AULA 22
SISTEMAS DE DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS
• Concepção e constituição dos sistemas. Traçado em planta.
• Etapas de dimensionamento: elementos de base, cálculo dos
caudais de projecto, dimensionamento hidráulico dos
colectores.
• Procedimento de cálculo.
• Soluções de controlo na origem.
Saneamento [A22.1]
SISTEMAS DE DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS
Origem de águas pluviais em meio urbano
infiltração
no solo
armazenamento
em depressões
intercepção +
evapotranspiração
escoamento
superficial
intercepção +
evaporação
escoamento
em colectores
precipitação
evaporação
ORIGEM E DESTINO DAS ÁGUAS PLUVIAIS
a) Uma fracção não atinge o solo
(interceptada ou evapora-se)
b) Outra fracção atinge o solo, em local
permeável
. parte infiltra-se
. parte evapora-se (após empoçamento)
. parte escoa-se (escoamento directo ou
precipitação útil)
c) Outra fracção cai em área
impermeável (pavimentos e
arruamentos, passeios e coberturas)
DU - 3
Diversos
Tipos de preocupações
• Carácter poluente das águas pluviais
► metais pesados (Fe, Pb, Zn,…)
► hidrocarbonetos
► sólidos em suspensão
► CBO5 (matéria orgânica)
► Sist. unitários efeito de “first flush” (ressuspensão e transporte de poluentes
previamente decantados nos colectores)
• Comportamento unitário dos sistemas domésticos (mesmo quando concebidos como separativos)
• Variabilidade dos caudais
► Caudais de ponta >> caudais domésticos
► Relação entre a ocupação do solo e a grandeza dos caudais escoados
– áreas impermeáveis
– artificialização das linhas de água
► Regime variável de escoamento nos colectores
PROJECTO MAIS COMPLEXO E CUSTO DE OBRAS SUPERIOR
Agravamento
de caudais
SISTEMAS DE DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS
Origem de águas pluviais em meio urbano
Saneamento [A22.3]
PRINCÍPIOS DA CONCEPÇÃO DOS SISTEMAS
a) Objectivo: Redução de caudal
a1) aumentar a intercepção
a2) aumentar a infiltração
a3) aumentar o armazenamento e a detenção
a4) incrementar o tempo de percurso do escoamento
a5) aplicar técnicas apropriadas de gestão e exploração dos sistemas
b) Objectivo: Controlo da qualidade da água no meio receptor
b1) afastar a descarga do meio receptor sensível
b2) tratar a massa líquida escoamento superficial (“overland flow”)
lagunagem/zonas húmidas construídas (“constructed wetland”)
separadores hidrodinâmicos/físico-químico/desinfecção UV
SISTEMAS DE DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS
Concepção e constituição dos sistemas
Saneamento [A22.4]
OBJECTIVO PRINCIPAL: Redução do risco de inundação em meio urbano, i.e.,
controlar o escoamento de superfície.
PROCEDIMENTOS DE CONTROLO (QUANTIDADE E QUALIDADE)
SISTEMAS DE DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS
Concepção e constituição dos sistemas
a1) Cobertura vegetal
a2) Intercalar zonas verdes no meio de zonas pavimentadas
• aplicação nos pavimentos materiais incoerentes ou porosos (lajetas furadas,
etc.)
• utilizar drenos em vez de colectores
• utilizar câmaras e esporões drenantes
a3) Usar bacias de retenção e armazenamento
• usar depósitos domiciliários nas coberturas (com uso posterior para
serviço de incêndios, irrigação, etc.)
a4) Reduzir a extensão dos colectores e aumentar o percurso nas cabeceiras (com
limitações)
a5) Proceder à gestão do sistema, por forma a aproveitar as suas potencialidades, em
termos de reserva.
Saneamento [A22.5]
• A concepção deve dar-se numa fase inicial do planeamento urbanístico, especialmente em
áreas críticas
PREOCUPAÇÕES:
• Zonas planas (com pouca disponibilidade de energia gravítica) para garantir o
escoamento
• Zonas junto de linhas de água ou próximo do mar (redes de colectores sujeitos aos
efeitos das cheias e marés)
• Área a infraestruturar localizada a jusante de grande bacia hidrográfica (estudo dos
riscos de inundações, estudo do comportamento de terras)
• Locais de elevado índice de construção
SISTEMAS DE DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS
Concepção e constituição dos sistemas
Saneamento [A22.6]
• Redução da extensão das redes de colectores e dos respectivos diâmetros (DR nº 23/95 –
Artigo 118°; alíneas 3 e 4)
– maximizar o percurso superficial da água pluvial (sobretudo nas cabeceiras)
– favorecer a integração de áreas permeáveis (zonas verdes, pavimentos porosos…)
(Extensão menor que a rede doméstica)
• Preocupação com a qualidade da água do meio receptor (devida à poluição veiculada pelos
caudais pluviais após os períodos estivais)
PREOCUPAÇÕES:
SISTEMAS DE DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS
Concepção e constituição dos sistemas
Saneamento [A22.7]
DU - 8
• Adopção de soluções de drenagem não convencionais: SOLUÇÕES DE CONTROLO NA ORIGEM
PREOCUPAÇÕES:
SISTEMAS DE DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS
Soluções de controlo na origem
Saneamento [A22.8]
Valas revestidas com coberto vegetal Bacia de amortecimento/infiltração
da Regateira, Almada.
Trincheiras de infiltração:
SISTEMAS DE DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS
Soluções de controlo na origem
Lagoa com toalha de água permanente Lagoa a seco
Saneamento [A22.9]Pavimentos porosos
OUTROS:
• Poços absorventes
• …
TRAÇADO DA REDE E DEFINIÇÃO DE BACIAS E SUB-BACIAS EM MEIO URBANO
Implantação de colectores ao eixo dos arruamentos
Definição correcta dos limites da bacia hidrográfica e das sub-bacias afectas a
cada troço da rede
Bacia de cabeceira
Sub-bacias
Colector pluvial
Meio receptor
SISTEMAS DE DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS
Traçado em planta
Saneamento [A22.10]
OBJECTIVO: Minimização do caudal de ponta
(maximização da retenção, infiltração, intercepção, …)
DU - 11
ETAPAS DE DIMENSIONAMENTO DOS COLECTORES
1. Definição dos elementos de base
2. Cálculo dos caudais pluviais de projecto
3. Dimensionamento hidráulico dos colectores
1. DEFINIÇÃO DE ELEMENTOS DE BASE
• Definição dos limites da bacia de drenagem e das sub-bacias elementares
correspondentes a cada trecho ou conjunto limitado de trechos
• Definição do período de retorno T (varia, em regra, entre 2 e 10 anos) –
• Conhecimento do regime pluviométrico local curvas IDF
• Caracterização de cada sub-bacia elementar (área, coeficientes de escoamento,
declive, tipo de solo, % de áreas impermeáveis)
• Definição dos tempos de concentração iniciais tc
SISTEMAS DE DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS
Etapas de dimensionamento
Saneamento [A22.11]
(DR nº 23/95 – Artigo 130°)
DU - 12
SISTEMAS DE DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS
Etapas de dimensionamento
• Definição dos condicionalismos, diversos:
- cotas e níveis de água do meio receptor;
- cotas das zonas baixas a drenar;
- atravessamentos e cruzamentos com outras infra-estruturas.
2. CÁLCULO DE CAUDAIS PLUVIAIS
Método Racional (semi-conceptual; Mulvaney, 1851 e Kuickling, 1889)
Qpluvial = C x I x A
sendo:
Q pluvial - caudal pluvial a drenar pelo colector (m3/s)
C - coeficiente de escoamento (-)
I - intensidade de precipitação (m3/(ha.s))
A - área da bacia a drenar (ha)
Valores Médios do Coeficiente C
(ASCE, MANUAL Nº 37)
(DR nº 23/95 – Artigo 129°)
Intensidade de precipitação
I = a . t b
sendo:
t - tempo de concentração da sub-bacia
a, b - parâmetros da curva IDF
SISTEMAS DE DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS
Etapas de dimensionamento
Saneamento [A22.13]
(DR nº 23/95 – Artigo 128°)
Método Racional Generalizado (Costa, 1956)
AICt
t
V
V Q
c
1
2
sendo,
V1 - volume correspondente à parte ascendente
do hidrograma (m3)
V - volume total do hidrograma (m3)
t - duração da precipitação de projecto (h)
tc - tempo de concentração da bacia (h)
- coeficiente de regolfo.
SISTEMAS DE DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS
Etapas de dimensionamento
2 V1/V - exprime o efeito de retenção e armazenamento: é mínimo em bacias naturais e
máximo em bacias totalmente impermeáveis (em que iguala a unidade).
t/tc - exprime o desfasamento entre o fim da chuvada e o instante em que se verifica o
caudal de ponta: é mínimo para bacias naturais (onde toma o valor 0,7) e admite-se
que iguale a unidade em bacias totalmente impermeáveis ou altamente canalizadas.
Saneamento [A22.14]
Coeficiente de redução global do método
racional generalizado:
C1 = C (2 v1/v) (t/tc)
SISTEMAS DE DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS
Etapas de dimensionamento
DU - 16
3. DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO DE COLECTORES
• Altura máxima do escoamento (h/D) 1
• Velocidade máxima de escoamento Vmáx = 5 m/s (para colectores unitários ou
separativos pluviais)
• Velocidade mínima de escoamento Vmín = 0,9 m/s
Critério de auto-limpeza
• Profundidade mínima (Art. 137) Prof. 1 m
• Diâmetro mínimo (Art. 134) Dmín = 200 mm
• Inclinações mínimas e máximas 0,3% e 15% (por razões construtivas)
CRITÉRIOS DE PROJECTO:
J mín = 1/ D (mm) Norma Europeia
Sendo inviáveis os limites referidos anteriormente,
como sucede nos colectores de cabeceira, devem
estabelecer-se declives que assegurem estes
valores limites para o caudal de secção cheia.
SISTEMAS DE DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS
Etapas de dimensionamento
Saneamento [A22.16]
(DR nº 23/95 – Artigo 133°)
PROCEDIMENTO DE CÁLCULO
1 - Análise da área de projecto e traçado da rede em planta.
Caracterização de condicionalismos (cotas e níveis de água no meio receptor,
atravessamentos com outras infra-estruturas…)
2 - Fixação do período de retorno, T.
3 - Selecção da curva IDF para a zona em estudo e para o período de retorno escolhido.
4 - Definição das sub-bacias em cada secção de cálculo área drenante A
5 - Determinação do coeficiente global médio ponderado para a bacia definida em cada secção de
cálculo
C = (∑i CiAi) / ∑i Ai
6 - Determinação do tempo de concentração, t c
pe c t t t tL
Vp
j
j
Inclinação do terreno AI < 50% AI > 50%
(min) (min)
muito inclinado 5.0 5.0
inclinado 10.0 7.5
médio e plano 15.0 10.0
SISTEMAS DE DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS
Procedimento de cálculo
Saneamento [A22.17]
Tempos iniciais (para bacias de cabeceira):
I = a . t b
7 - Determinação da intensidade média de precipitação, I, para uma duração igual ao t c(a partir das curvas IDF)
8 - Cálculo do caudal de projecto, por intermédio da seguinte expressão (método racional):
Q p = ∑i C i x A i x I
9 - Fixação do diâmetro e inclinação do colector:
minimizar de custos; profundidade de assentamento mínima; satisfação dos
critérios hidráulicos
10 - Determinação da velocidade, altura do escoamento e tensão de arrastamento no colector
11- Determinação do tempo de percurso, t p, para o troço de colector considerado no passo 10º
12- Adição do t p calculado no passo anterior ao tempo de concentração calculado no passo 6º.
13- Repetição de todos os passos de cálculo, de montante para jusante, a partir do passo 5º, para as
sucessivas secções de cálculo.
SISTEMAS DE DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS
Procedimento de cálculo
Saneamento [A22.18]
SISTEMAS DE DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS
Órgãos e acessórios
ÓRGÃOS COMUNS
1- Colectores públicos (circulares, em betão ou PVC)
2- Câmaras de visita (para observação, inspecção, exploração e manutenção)
3- Ramais domiciliários
4- Dispositivos interceptores ou de entrada
Sarjetas de passeio Sumidouros Sistema conjunto sarjeta-sumidouro
a) Alinhamentos rectos entre câmaras de visita
b) Implantação no eixo dos arruamentos ( Pimin = 1 m)
c) Extensão menor que a rede doméstica
d) Destino final (meio hídrico natural, rio, …)
Saneamento [A22.19]
Sarjetas de passeioSumidouros
SISTEMAS DE DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS
Órgãos e acessórios
SISTEMAS DE DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS
Órgãos e acessórios
ÓRGÃOS ESPECIAIS
1- Bacias de amortecimento
2- Câmaras drenantes e soluções de controlo na origem
3- Desarenadores
- convencionais (rectangulares)
- não convencionais (circulares, …)
4- Instalações elevatórias
Devem ser evitadas sempre que possível: encargos na construção e de exploração;
magnitude e aleatoriedade dos caudais
(D50 ≥ 0,2 mm), (V = 0,30 m/s)
Saneamento [A22.21]
BACIAS DE RETENÇÃO
Objectivos
• redução dos riscos de inundação
• criação de zonas de lazer (para a pesca e canoagem…)
• criação de reservas de água (agricultura, combate a
incêndios, indústria, limpezas municipais - arruamentos e
parques…)
• protecção do meio ambiente (redução de SST e matéria
orgânica)
Tipos:
- bacias enterradas (reservatórios)
- bacias a céu aberto - a seco
- com nível de água permanente
SISTEMAS DE DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS
Bacias de retenção
Saneamento [A22.14]
(DR nº 23/95 – Artigo 176°)
SANEAMENTOAula 23 - Sumário
AULA 23
ÓRGÃOS ESPECIAIS EM SISTEMAS DE
DRENAGEM DE ÁGUAS RESIDUAIS
• Sifões invertidos, descarregadores e instalações
elevatórias.
Saneamento [A23.1]
ÓRGÃOS ESPECIAIS EM SISTEMAS DE DRENAGEM
Concepção e dimensionamento
SIFÕES INVERTIDOS (Artº 151 a 183)
OBJECTIVO: Transposição de obstáculos (outras infra-estruturas enterradas) ou depressões
(vales e linhas de água) sem perdas de carga relevantes.
FUNCIONAMENTO: Em gravidade, sob pressão.
câmaras – entrada e saída
Constituição: ramos descendentes
ramos ascendentes
Exemplos:
- Funchal (sifão sob as ribeiras de S. João e Sta Luzia)
- Caparica (sifão sob as tubagens da Nato)
Saneamento [A23.2]
ÓRGÃOS ESPECIAIS EM SISTEMAS DE DRENAGEM
Concepção e dimensionamento
PROBLEMAS FUNDAMENTAIS EM SIFÕES INVERTIDOS:
variabilidade diária de caudais
1. Auto-limpeza magnitude do caudal noturno
escoamento sob pressão
2. Controlo de septicidade (anaerobiose, formação de sulfuretos)
CRITÉRIOS E DISPOSIÇÕES DE DIMENSIONAMENTO:
• Diâmetro mínimo 200 mm, domésticos (300 mm - pluviais)
• Critério de auto-limpeza: 0,7 a 1 m/s (1 vez/dia)
• Velocidade máxima de escoamento Vmáx = 3 m/s
Saneamento [A23.3]
ÓRGÃOS ESPECIAIS EM SISTEMAS DE DRENAGEM
Concepção e dimensionamento
• Controlo de septicidade: injecção de ar, O2, Cl2 ou adição de H2O2, quando necessário
• Assegurar a ventilação
• Verificar perdas de carga: localizadas e contínuas (n = 0,015 m1/3/s)
• Verificar as condições de resistência de pressão interior
• Prever adufas em cada ramo
• Prever dispositivos de descarga de fundo
Saneamento [A23.4]
ÓRGÃOS ESPECIAIS EM SISTEMAS DE DRENAGEM
Concepção e dimensionamento
EXEMPLO DE SIFÃO DE RAMOS MÚLTIPLOS (em regra são dois ou três ramos, com descarregadores)
Câmara de entrada Câmara de saída
Saneamento [A23.5]
ÓRGÃOS ESPECIAIS EM SISTEMAS DE DRENAGEM
Concepção e dimensionamento
TRANSPORTE DE CAUDAIS:
Nº de ordem dos
trechos
Caudal transportado
sequencialmente
1º Trecho - Caudal mínimoMáximo de
estiagem
2º TrechoCaudal máximo
de cheia
3º Trecho
Saneamento [A23.6]
ÓRGÃOS ESPECIAIS EM SISTEMAS DE DRENAGEM
Concepção e dimensionamento
DESCARREGADORES (Artº 167 e 168)
OBJECTIVO: Regular e repartir o escoamento (Artº 167)
Utilização em: - Sistemas unitários
- Pseudo-separativos
- Separativos (descarregadores de segurança)
CLASSIFICAÇÃO:
Quanto à FINALIDADE: a) Descarregadores de Tempestade
b) Descarregadores de Transferência
c) Descarregadores de Segurança
Quanto à FORMA: a) Descarregadores de Superfície – Laterais ou Frontais
b) Descarregadores por orifício
Saneamento [A23.7]
ÓRGÃOS ESPECIAIS EM SISTEMAS DE DRENAGEM
Concepção e dimensionamento
DISPOSIÇÕES DE CONCEPÇÃO E DE DIMENSIONAMENTO
DE DESCARREGADORES
1. Cuidados para minimização da turbulência na câmara descarregadora e dos riscos
de obstrução dos colectores a jusante.
2. Assegurar a auto-limpeza.
3. Entrada em funcionamento, apenas para caudais superiores a um certo limite, pré-
fixado, em regra 3 a 6 vezes o caudal médio de tempo seco (Qm), para assegurar a
necessidade de diluição, em função do meio receptor.
4. Acréscimo do caudal descarregado, em função do caudal afluente, de modo a
permanecer constante o caudal efluente a tratar.
5. Minimização da poluição causada pelos caudais descarregados, nomeadamente em
termos de sobrenadantes e sólidos em suspensão.
Saneamento [A23.8]
ÓRGÃOS ESPECIAIS EM SISTEMAS DE DRENAGEM
Concepção e dimensionamento
3 Controlo por posicionamento da crista do descarregador.
p ≥ h (Q = Qp) (cota da crista do descarregador superior ou igual à altura do
escoamento do caudal de ponta a tratar na ETAR, 3 a 6 Qm).
4 Controlo de caudal por tubo curto e válvula monitorizada ou por
descarregadores em série (primário e secundário).
5 Controlo de descarga de sobrenadantes para o meio receptor, por anteparas.
PROCEDIMENTOS PARA RESPONDER AOS REQUISITOS 3), 4) e 5):
Corte de câmara descarregadora Saneamento [A23.9]
ÓRGÃOS ESPECIAIS EM SISTEMAS DE DRENAGEM
Concepção e dimensionamento
CÁLCULO DO REGOLFO:
Curvas de regolfo em descarregadores (regime lento e regime rápido)
CONDIÇÃO PARA O CÁLCULO DO REGOLFO:
a) Condição H (h + v2/2g + z) = Constante
b) Lei de vazão do descarregador
c) Condições na fronteira (secção de controlo)
- regime rápido – difícil de respeitar a condição 4, de controlo de caudal
- regime lento – mais adequado, para controlo do caudal
Saneamento [A23.10]
ÓRGÃOS ESPECIAIS EM SISTEMAS DE DRENAGEM
Concepção e dimensionamento
ALGUNS PERFIS POSSÍVEIS DA SUPERFÍCIE LIVRE EM DESCARREGADORES
Saneamento [A23.11]
ÓRGÃOS ESPECIAIS EM SISTEMAS DE DRENAGEM
Concepção e dimensionamento
INSTALAÇÕES ELEVATÓRIAS (Artº 170 a 175)
PARÂMETROS OU VARIÁVEIS RELEVANTES:
. Caudais afluentes
. Tempos de retenção na câmara de aspiração
. Caudal de elevação ou bombado.
ALGUNS PROBLEMAS OU RISCOS:
1. Septicidade (no poço e na conduta elevatória)
2. Choque hidráulico
3. Problemas ambientais (ex, por corte de energia), com riscos de descarga nos meios receptores
CUIDADOS A TER NA LOCALIZAÇÃO DE IE (Instalações Elevatórias)
1. disponibilidade de energia
2. disponibilidade de meio receptor (descarga de recurso)
3. enquadramento urbano (se possível, longe de habitações)
Saneamento [A23.12]
ÓRGÃOS ESPECIAIS EM SISTEMAS DE DRENAGEM
Concepção e dimensionamento
CONSTITUIÇÃO:
ÓRGÃOS FUNDAMENTAIS
. Câmara de bombagem
. Grupos elevatórios e condutas associadas
EQUIPAMENTO DE PROTECÇÃO, COMANDO E CONTROLO
. Válvulas (Seccionado – Retenção)
. Medidores (caudal, níveis)
. Reguladores de nível (bóias ou sensores)
ÓRGÃOS COMPLEMENTARES
. Grades (manuais ou mecânicas)/tamisadores
. Desarenador
. Ventiladores e filtro para controlo de odores
. Equipamento de colecta e empilhamento de resíduos
. Equipamentos para controlo de septicidade
. Equipamentos para controlo do choque hidráulico (Ex: RAC)
Saneamento [A23.13]
ÓRGÃOS ESPECIAIS EM SISTEMAS DE DRENAGEM
Concepção e dimensionamento
GRUPOS ELECTROBOMBA:
. Bomba e motor submersíveis
. Bomba submersível e eixo vertical
Saneamento [A23.14]
ÓRGÃOS ESPECIAIS EM SISTEMAS DE DRENAGEM
Concepção e dimensionamento
GRUPOS ELECTROBOMBA (cont.):
. Bomba a seco e eixo vertical
. Bomba a seco e eixo horizontal
Saneamento [A23.15]
ÓRGÃOS ESPECIAIS EM SISTEMAS DE DRENAGEM
Concepção e dimensionamento
FORMA: Condicionada pela necessidade de limitar a acumulação de sedimentos e cotas
de entrada docolector afluente, e do colector de descarga de emergência ou de
recurso.
VOLUME (u) : - Caudal bombado (Q) Qp (caudal de ponta)
- número máximo de arranques do grupo permitido por hora (Nmáx)
- tempo máximo de retenção no poço (TM) (10 minutos a Qm – Artº 173)
CÂMARA DE ASPIRAÇÃO OU POÇO DE BOMBAGEM
Volume útil (1 Grupo):
u 900 Q / Nmáx t =
(m3) (m3/s) (n/hora)Nmáx
60
Saneamento [A23.16]
ÓRGÃOS ESPECIAIS EM SISTEMAS DE DRENAGEM
Concepção e dimensionamento
Entrada:
Poço de bombagem
Parafuso de Arquimedes:
ÓRGÃOS ESPECIAIS EM SISTEMAS DE DRENAGEM
Concepção e dimensionamento
Exemplo – Sistema elevatório do Torrão (Caparica)
Saneamento [A23.18]
ÓRGÃOS ESPECIAIS EM SISTEMAS DE DRENAGEM
Concepção e dimensionamento
Exemplo – Estação Elevatória do Torrão (Caparica)
Saneamento [A23.19]
ÓRGÃOS ESPECIAIS EM SISTEMAS DE DRENAGEM
Concepção e dimensionamento
ASPECTOS A CONSIDERAR NO DIMENSIONAMENTO DA CONDUTA ELEVATÓRIA
VELOCIDADE MÍNIMA = 0,7 m/s (Artº 175)
DIÂMETRO mim = 100 mm (Artº 175)
• Verificação de efeitos do choque hidráulico
• Perfil longitudinal preferencialmente ascendente, evitar ventosas e descargas de fundo.
• Prever maciços de amarração, quando adequado.
• Evitar-se condutas longas (por causa da formação de sulfuretos)
• Previsão de local para, em condições excepcionais, ter lugar a descarga de recurso
• Cuidados de protecção da câmara de descarga, no caso do líquido pode apresentar-se
séptico.
Saneamento [A23.20]
ÓRGÃOS ESPECIAIS EM SISTEMAS DE DRENAGEM
Concepção e dimensionamento
Planta de implantação de uma IE (2 grupos electrobomba; Q<10 L/s):
Saneamento [A23.21]
ÓRGÃOS ESPECIAIS EM SISTEMAS DE DRENAGEM
Concepção e dimensionamento
Plantas:
Saneamento [A23.22]
ÓRGÃOS ESPECIAIS EM SISTEMAS DE DRENAGEM
Concepção e dimensionamento
Corte:
Saneamento [A23.23]
ÓRGÃOS ESPECIAIS EM SISTEMAS DE DRENAGEM
Concepção e dimensionamento
Planta de implantação de uma IE (3 grupos electrobomba; 10<Q<50 L/s):
Saneamento [A23.24]
ÓRGÃOS ESPECIAIS EM SISTEMAS DE DRENAGEM
Concepção e dimensionamento
Plantas:
ÓRGÃOS ESPECIAIS EM SISTEMAS DE DRENAGEM
Concepção e dimensionamento
Corte:
Saneamento [A23.25]
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