Regras para a educação, conduta e aperfeiçoamento
dos seres - II
Aula 104
Desapego não é abandono das atividades materiais.
Os bens materiais que nos são confiados devem ser administrados com justiça e amor, pois são veículos para nossa evolução.
A riqueza tanto quanto a pobreza são provações que devem ser suportadas com coragem e resignação.
Desapego
“Disse-lhe o jovem: Tudo isso tenho guardado desde a minha mocidade; que me falta ainda?Disse-lhe Jesus: Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, e segue-me.E o jovem, ouvindo esta palavra, retirou-se triste, porque possuía muitas propriedades.Disse então Jesus aos seus discípulos: Em verdade vos digo que é difícil entrar um rico no reino dos céus.” Mateus 19:20-24
Será lícito dar tudo aos pobres e se tornar mais um pobre... Jesus quer isso?
O desprendimento alcança níveis mais avançados que o desapego material. Quando passamos a nos
identificar realmente com a tarefa de Jesus, percebemos que nossos interesses na esfera
material passam a ser secundários.
Desprendimento
Quando nossas atitudes renovadas começam a refletir-se entre nossos familiares, no trabalho ou na sociedade, surgem as reações contrárias por parte daqueles que nos cercam, que podem até mesmo
duvidar de nossa
sanidade física e mental.
Humildade
Nossos irmãos espirituais inferiores que gostavam dos nossos vícios e
defeitos, começam a se contrariar e investir para não abandonarmos os
prazeres que usufruímos em simbiose. Somos atacados em nosso
“ponto fraco” por eles para desistirmos do caminho reto.
Humildade
Se conseguimos reagir a todas as manifestações de agressões e intolerância com AMOR, compreensão e respeito, então estaremos praticando a HUMILDADE.
A HUMILDADE se reveste de energias transformadoras, que ajudam a transformar os nossos opositores. No silêncio emitimos ondas sutis indutoras de sentimentos de fraternidade. Mas uma reação agressiva nos enfraqueceria e baixaria nosso padrão vibratório até os baixos níveis do ódio e rancor.
Lembremos das reações de Jesus quando do seu julgamento e morte na cruz.
“Pai, perdoai-os
porque eles não
sabem o
que fazem.”
A ansiedade decorrente da nossa correria do dia a dia, com o tempo cada vez mais escasso diante das muitas coisas a fazer, no campo material, não pode ser transferida para a atmosfera sutil do nosso campo interior, no campo das
conquistas espirituais.
A paciência é o reflexo da
serenidade que em tudo deve
nosso espírito estar envolvido.
Paciência
Assim como desapego não é abandono do trabalho material, paciência também não é descaso, abandono do nosso esforço no trabalho de auto-educação.
O descaso seria negligência. A paciência é serenidade vigilante, ativa, perseverante.
Porém, se não precisamos ter pressa
para atingir mais alto grau evolutivo,
também não podemos ficar parados no
meio do caminho, pois a Lei do
Progresso fatalmente nos atingirá.
NÃO VIEMOS À TERRA A PASSEIO.
A grande força impulsionadora de nossas ações é a vontade. O querer, quando sintonizado com as desígnios estabelecidos pelo Plano Espiritual, na esfera das realizações, é sustentação nas tarefas redentoras.
A dúvida não pode tomar vulto em nosso íntimo.Quando queremos algo, “O universo conspira a nosso favor”.Lei da atração.
A Vontade
Precisamos buscar a vontade que se manifesta sutilmente em nosso íntimo e transformá-la em ações positivas no campo do bem.
A vontade é força criadora, movimentadora, é o alicerce sobre o qual se constrói o mundo.
Quanto mais intensa a nossa vontade, maior será o impulso de renovação em
nossa caminhada evolutiva.
Vontade
“Porque não basta uma virtude negativa, é necessária uma virtude ativa. Para fazer o bem, é sempre necessária a ação da vontade, mas, para não fazer o mal, bastam freqüentemente à inércia e a negligência.”
Evangelho Segundo o Espiritismo
Será suficiente não se fazer o mal, para ser agradável a Deus e assegurar uma situação futura? “Não: é preciso fazer o bem, no limite das próprias forças, pois cada um responderá por todo o mal que tiver ocorrido por causa do bem que deixou de fazer.”(Questão 642, de “O Livro dos Espíritos” – Allan Kardec.)
“tomemos a nossa charrua, sem olhar para trás, para sermos dignos do reino de Deus”. (Lucas, cap. IX, 62.)
De acordo com nossa vontade, tomamos nossas decisões, baseados em nosso livre-
arbítrio, sempre respeitadas pelo Plano Espiritual, que sobre
elas não interferem.
A decisão
L.E. 459. “Influem os espíritos em nossospensamentos e em nossos atos?”
“Muito mais do que imaginais. Influem a talponto, que, de ordinário, são eles que vosdirigem”
“Essa influência é permanente e os que não sepreocupam com os Espíritos, ou nem mesmocreem na sua existência, estão expostos a elacomo os outros, e até mais do que os outros, pornão disporem de meios de defesa” (LM, item 244).
De acordo com nossas decisões, tomaremos atitudes que refletirão em nosso futuro.
“O plantio é livre, a colheita obrigatória.”
(Angelica da Costa Maia – Isso deveríamos ter aprendido há 20 séc.; importa agora não apenas saber que colheremos o que plantamos. Precisamos aprender a plantar para o OUTRO colher, e assim também colher o que o outro plantar.)
Fraternidade real. Tempos de transição.
Para a tomada de decisões corretas visando o homem novo a que aspiramos, é necessário também coragem.
Coragem para enfrentar as reações internas e externas ao nosso ser que isso acarretará.
Coragem para renunciar aos prazeres fáceis.
Coragem para exercitar o desprendimento.
Coragem para a auto-educação.
Coragem
Paulo foi o maior exemplo de coragem revolucionária que tivemos na Terra, rompendo com o homem velho e seus atavismos arraigados e buscando o homem novo na semeadura do evangelho de Jesus, no sacrifício pessoal, no destemor às represálias, na fé inabalável que se
apoderou do seu ser, ao conhecer
Jesus.
Paulo de Tarso
O trabalho de reforma íntima demanda também perseverança e persistência, além da paciência que já vimos.
Muitos são os aprendizes que “Crêem e descrêem, ajudam e desajudam, organizam e perturbam, iluminam-se na fé e ensombram-se na desconfiança... Clamam por luz divina, entretanto, receiam abandonar as sombras.... para alcançar a Vida Abundante de que Ele se fez o embaixador sublime, não basta a faculdade de poder e o ato de crer, mas também a vontade perseverante de quem aprendeu a trabalhar e servir, aperfeiçoar e querer.” Fonte viva – lição 33
Perseverança
Disciplinar atividades no bem.
Disciplinar sentimentos.
Disciplinar-se com relação a horários.
Exemplificar a disciplina em todos os aspectos da nossa vida, sem transgredir na intolerância.
Disciplina
O amor
“Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu
vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, porque
sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas
almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.”
(Mateus 11.28-30)
Amor - O fardo com Jesus é mais
leve...? Neurociência50 arrobas com Jesus ficam mais leves?
Anete Guimarães
É um sinal fisiológico que caracteriza uma injúria celular
visando a integridade do organismo pelo reflexo de
retirada.
A dor
O sistema analgésico central localiza-se numa região do cérebro chamada arqueo-córtex ou cérebro primitivo. É ele que produz
endorfinas e encefalinas que diminuem a dor. Quando concentramos nossas atividades elétricas no árqueo-córtex, inibimos o S.A.C., ele produz menos ... e sentimos mais dor.
Quando concentramos nossas atividades no neo-córtex, liberamos o S.A.C., e sentimos menos dor.
No arqueo-córtex está tudo que tem nos torna mais parecidos com os animais, quando agimos primitivamente.
No neo-cortex está tudo o que nos eleva acima dos animais: música, fraternidade, poesia, ciência, arte, fé, caridade, etc.
“Ainda que eu falasse as línguas
dos homens e dos anjos, e não
tivesse amor, seria como o metal
que soa ou como o sino que tine.”Paulo 1 Coríntios 13
“Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.”Luíz de Camões
“Fora da caridade não há salvação.”
Caridade
Compaixão
Lobo pré-frontal
Anete Guimarães