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PROFESSORA: CALUDIA KOZLOWSKI PRONOMES
Como o nome já indica, pronome é o vocábulo que fica no lugar do nome (chamado depronome substantivo) ou o determina (pronome adjetivo). É um dos elementos responsáveis pela coesão textual , ou seja, pela ligação entre oselementos da oração e delas em relação ao texto. Assim como os conectivos (conjunção e preposição – a serem estudados em aulaspróprias), são responsáveis por estabelecer nexo entre as idéias do texto. A incoerência de um texto muitas vezes se deve à falta de coesão, exatamente porque a leitura fica prejudicada pelo emprego inadequado de pronomes, conjunções ououtros elementos textuais, inclusive a pontuação. Por exemplo, o emprego de umpronome inadequado pode levar o leitor a uma conclusão diversa da que se pretendiadar, ou até mesmo a nenhuma conclusão (alguns chamam de “ruptura semântica”). Muitasquestões do Cespe abordam esse conhecimento. A maior parte das questões dessa
banca exige do
candidato a identificação das referências textuais.
Para isso,
acompreensão correta do texto e o domínio do significado de seus elementos são
decisivos. Contudo, antes de entrarmos nas questões de prova, vamos relembrar a classificaçãodos pronomes. Os pronomes podem ser:
ƒ pessoais: referem-se às três pessoas do discurso - a que fala (1ª pessoa), acom quem se fala (2ª pessoa) e a de quem se fala (3ª pessoa); dividem-se emr e tos e obl íquos – regra geral, os retos exercem a função de sujeito ou depredicativo do sujeito, enquanto que os oblíquos funcionam comocomplementos (objetos diretos, indiretos ou adjuntos); os pronomes oblíquosdevem obedecer a certas regras de colocação (sintaxe de colocaçãopronominal), a serem estudadas mais à frente;
ƒ possessivos: estabelecem relação de posse entre os elementos regente eregido; como veremos adiante, há casos em que um pronome pessoal oblíquo éusado com valor possessivo (se nunca ouviu falar disso, prepare-se para aprender! ); ƒ demonst ra t i vos : indicam a posição dos seres no espaço e no tempo (função
dêitica dos pronomes demonstrativos) ou em referência aos elementos do texto (função anafórica ou catafórica); também podem substituir algum termo,expressão, oração ou idéia, evitando sua repetição, no papel de t e rmosvicár ios (Calma! Não se desespere! Tudo a seu tempo...rs...);
ƒ indef in idos: têm sentido vago ou indeterminado; ƒ i n te r rogat i vos : é uma subclasse dos pronomes indefinidos. Muito importante é
compreender a distinção entre eles e os pronomes relativos, já que a grafia é amesma em alguns casos (como, quando, quem etc): os pronomes indefinidossão usados nas interrogações, diretas ou indiretas, enquanto que os pronomesrelativos apresentam referência a termos antecedentes;
ƒ re lat ivos: referem-se a um termo anterior chamado antecedente oure fe ren te (substantivo ou pronome substantivo); sempre dão início a oraçõessubordinadas adjetivas.
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PROFESSORA: CALUDIA KOZLOWSKI No decorrer do nosso estudo, iremos nos aprofundar no emprego de alguns dessespronomes, estudando, inclusive, um dos pontos mais importante da aula de hoje:SINTAXE DE COLOCAÇÃO PRONOMINAL. Bons estudos e vamos lá! QUESTÕES DE PROVA 1 - (UnB CESPE / SEAD -PA / 2007) 1 A assinatura da Lei Áurea, em 13 de maio de 1888, decretou o fim do direito de propriedade de uma pessoa sobre outra, porém o trabalho semelhante ao escravo se manteve de 4 outra maneira: pela servidão, ou “peonagem”, por dívida.
Nela, a pessoa empenha sua própria capacidade de trabalho ou a de pessoas sob sua responsabilidade (esposa, filhos, pais) 7 para saldar uma conta. E isso acontece sem que o valor do
serviço executado seja aplicado, de forma razoável, no
abatimento da conta, ou que a duração e a natureza do serviço 10 estejam claramente definidas. O sociólogo norte-americano Kevin Bales, considerado um dos maiores especialistas no tema, traça em 13 seu livro Disposable People: New Slavery in the Global
Economy (Gente Descartável: A Nova Escravidão naEconomia Mundial) paralelos entre os dois sistemas de 16 escravidão, que foram adaptados pela Repórter Brasil para a
realidade brasileira.
Julgue a assertiva abaixo. - O vocábulo “a”, em “ou a de pessoas sob sua responsabilidade” (R.6), refere-se aotermo anterior “capacidade de trabalho” (R.5).
I TEM CERTO Comentário. Já comentamos que os pronomes exercem um papel decisivo na construção de umtexto coeso e coerente, a partir de indicações corretas aos seus elementos, querantecedentes (referência anafórica), quer subseqüentes (referência catafórica). Na passagem “Nela, a pessoa em penha sua próp r ia capacidade de t r abalho ou a de pessoas sob sua responsabi l idade ”, lança-se mão desse recurso lingüístico paraevitar a repetição de expressão “capacidade de trabalho”, já presente no texto, com asua substituição pelo pronome demonstrativo “a”.
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PROFESSORA: CALUDIA KOZLOWSKI Normalmente, o pronome demonstrativo “o, a, os, as” vem junto à preposição “de”, aopronome relativo “que” ou a um adjetivo. Isso não é uma regra, mas uma boa dicapara sua identificação: “Das notas que possuo, a que possui maior va lor é a de c inqüenta reais . Nota de cem é a m a is ra ra. ”
2 - (UnB CESPE / TSE – Técnico/ 2007) 1 A função da oposição em uma sociedade democrática
consiste em denunciar a corrupção, acompanhar as
investigações e avaliar os projetos e iniciativas 4 governamentais, propondo alternativas. A crítica, e não aadesão, é sua tarefa primordial. Se uma sociedade cessa de ter
uma verdadeira oposição, ela caminha para uma solução 7 autoritária. A governabilidade só existe verdadeiramente com
uma oposição atuante, que sinalize os problemas existentes ediscuta os seus encaminhamentos. Denis Ler re r Rosenf ie ld. O Globo, 27 / 11 / 200 6, p . 7 (com adaptações) . Julgue o item a seguir. - Na linha 6, o pronome “ela” refere-se a “verdadeira oposição”.
I TEM ERRADO Comentário. Em “Se uma sociedade cessa de ter uma verdadeira oposição, ela caminha para um a solução autoritária.”, o pronome pessoal reto “ e l a ” da oração principal refere-se a “uma sociedade”, presente na oração antecedente. Ficaria enfadonho o texto sehouvesse a repetição do nome. Então, em seu lugar, foi usado um pronome. Essa foi uma questão bem simples, mas que serve para introduzir o conceito. Tome bastante cuidado para identificar corretamente o referente do pronomeexplorado pelo examinador – algumas vezes, para isso, é preciso compreender o texto.
3 - (UnB CESPE/SEAD-PA/2007) 1 Só algumas crianças (as que não vasculham os sítios da
Internet) acreditam que os países ricos, que nos enviam suas
ONGs e seus técnicos, estão preocupados com o nosso bem 4 estar. Estão preocupados, sim, em preservar áreas virgens
para seu benefício futuro. Contam com elas, se lhes for
cortado o suprimento de óleo e gás do Oriente Médio. Hoje, 7 lhes interessa proclamar que as grandes árvores amazônicas
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são os alvéolos pulmonares do planeta. Amanhã, quando lhes
convier, seus cientistas concluirão que o caule e as folhas da 10 cana-de-açúcar são muito mais eficientes para a
transformação do carbono em oxigênio e energia. Enquanto
isso, sem que ajamos em defesa de nosso território, eles vão 13 comprando, a preço de qualquer coisa, vastas áreas da Hiléia.
Por tudo isso, convém-nos, sem manifestações histéricas de
xenofobia, exercer autoridade soberana sobre nosso espaço 16 geográfico.
Julgue a assertiva abaixo. - A substituição de “lhes interessa” (R.7) pela expressão in teressa a e les mantém acorreção gramatical e as informações originais do período.
I TEM CERTO Comentário. A quem interessa proclamar que as grandes árvores amazônicas são os alvéolospulmonares do planeta? Resposta: Interessa aos países ricos. Assim, em vez do pronome oblíquo “lhes”, poderíamos substituir o nome por outro
pronome oblíquo “a eles”. Note que, se o antecedente
fosse “as ONGs”, a
substituiçãoproposta seria inválida (seria “a elas”, já que a sigla significa “Organizações Não-
Governamentais”, um substantivo feminino). A partir do contexto, inferimos que os países ricos, ao enviar essas organizações eseus técnicos à Amazônia, demonstram sua preocupação na preservação de áreasvirgens para seu próprio benefício futuro. Assim, interessa a eles - os países - aqueletipo de discurso. Mais uma vez, alertamos para a correta identificação do referente pronominal, deforma a não errar uma questão simples.
4 - (UnB CESPE / SEAD -PA / 2007) 1 Foi concedida pela justiça federal liminar ao Ministério Público Federal (MPF) impedindo a criação da Floresta Estadual da Amazônia e da Área de Proteção 4 Ambiental Santa Maria de Prainha. Para o MPF, a criação das
duas áreas, anunciadas pelo governo do estado do Pará como
iniciativa de preservação, representa, na verdade, um ataque 7 ao modo de vida das populações tradicionais da região e
privilegia um modelo de exploração predatório da floresta www.pontodosconcursos.com.br - 4 -
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amazônica. 10 A região abrangida pela liminar da justiça federal ficano coração do Pará, servida pelos rios Tamuataí, Uruará e Guajará e ainda possui grandes extensões de floresta primária 13 e potencial para atividades extrativistas. Por isso, desde 2003, o IBAMA faz estudos para a criação da Reserva Extrativista Renascer, a pedido dos ribeirinhos que lá vivem. 16 Catorze comunidades reivindicam a criação da Resex, um
modelo de preservação que garante títulos de posse da terra
para os moradores tradicionais. 19 De acordo com o levantamento do IBAMA, ancestrais
dos moradores atuais já viviam na área em 1880. Eles começaram a ser assediados por madeireiras, recentemente, o 22 que já provoca conflitos, como mostra a recente denúncia
feita pela Procuradoria da República em Santarém de que
policiais militares estavam apoiando a extração ilegal de 25 madeira na área. A chegada da atividade madeireira trouxe a exploração dos trabalhos dos comunitários a preço vil, a destruição da 28 paisagem natural, a degradação da mata ciliar pela ação debalsas transportadoras de toras e revolvimento do fundo dos
rios, modificando os aspectos físicos, químicos e biológicos 31 dos ecossistemas fluviais, de acordo com registro feito no
pedido de liminar do MPF. MPF/ PA obtém l im in ar p ro ib indo c r iação da Flo res ta Es tadua l . In t e rne t : < w w w .p rpa.mp f . gov .br> ( com adap tações) . No que se refere aos processos coesivos de referência no texto, assinale a opçãocorreta. A) A expressão “região abrangida pela liminar da justiça federal” (R.10) refere-se àmesma região mencionada na linha 7. B) O termo “que” (R.17) refere-se, sintaticamente, a “criação” (R.16). C) A forma pronominal “Eles” (R.20) retoma o termo “ancestrais” (R.19). D) Na linha 21, o pronome “o” está empregado em referência ao termo anterior “recentemente”.GAB. AComentário.
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PROFESSORA: CALUDIA KOZLOWSKI Mas que beleza de questão, a começar pelo fato de ser de múltipla escolha...rs... Todas as suas opções exploram referência textual por pronomes. Vejamos uma a uma.
A) Para verificar a
correção de tal assertiva, precisaríamos ler atentamente o primeiroparágrafo do texto.
Foi concedida pela just iça federal l iminar ao Min is tér io Públ ico Federal (MPF)impedindo a cr iação da Floresta Estadual da Amazônia e da Área de Proteção Ambienta l Santa Mar ia de Prainha. Para o MPF, a cr iação das duas áreas,anunciadas pelo governo do estado do Pará como in ic iat iva de preservação,representa , na verdade, um a taque ao m odo de v ida das popu lações t rad ic iona is da reg ião e p r i v i leg ia um mode lo de exp lo ração predatór io da f loresta amazônica.
A liminar citada no texto abrange a área da Floresta Estadual da Amazônia e a deProteção Ambiental Santa Maria de Prainha. O Ministério Público Federal entendeu tal
criação como um ataque à vida das populações tradicionais dessa região. Por isso, está correta a proposição da opção A, uma vez que a liminar concedida pela justiça federal trata da região cuja população teria, no entender do MPF, sua vidamodificada com a criação dessas reservas. Vejamos os erros das demais opções. B) Vamos reproduzir a passagem em comento: Catorze com unidades r e iv ind icam a c r iação da Resex , um m ode lo de preservação que garan te t í tu los de posse da te r ra para os moradores t rad ic iona is . O pronome relativo, como o próprio nome sugere, estabelece uma relação com um
referente, representado por um termo já mencionado, substituindo-o na oraçãoadjetiva. Em “um mode lo de preservação que garan te t í tu los de posse da te r ra para os moradores t rad ic iona is ” , o pronome relativo “que” está sintaticamente nolugar de “modelo de preservação” (“ um modelo de preservação garante títulos de posse da terra...”), e não de “criação”, conforme afirmado na opção. C) Leia com atenção o seguinte trecho: “ De acordo com o levantam ento do I BAMA, ancest r a is dos moradores a tua is j á v iv iam n a área em 188 0. Eles co m eça ram a ser assediados por m adeir eir as,recentement e , o qu e já p rovoca conf l i tos .. .” O examinador sugere que o pronome pessoal reto “Eles” estaria se referindo aoantecedente “ancestrais”. Note, contudo, que a expressão que se segue (“recentemente”)
acaba por
sepultar qualquer
chance de
essa
proposição ser
aceita.Como é que os ancestrais dos moradores poderiam ser RECENTEMENTE assediados por
madeireiras?!?! Esse pronome possui como referente o substantivo “moradoresatuais”. D) A passagem em análise é: “Eles [os moradores atuais] começaram a ser assed iados por m ade i re i ras, recentemente , o que já p rovoca conf li tos ...”.
Na oração “o que j á prov oca confl it os” , a expressão “ o q u e ” refere-se ao assédio aosmoradores pelas madeireiras. Trata-se de um te rmo v icár io, que retoma a idéiaapresentada na oração anterior. Por isso, a expressão mantém-se neutra, sem flexãode gênero ou número. Para compreender essa denominação, lembre-se daquele padreque substitui o pároco: o v igár io. “Vigário” ou “vicário” é aquele que faz as vezes do
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PROFESSORA: CALUDIA KOZLOWSKI outro, segundo Aurélio. Um termo vicário é o que retoma o conjunto de idéiasapresentado anteriormente. Mais sobre isso será tratado na próxima questão. 5 - (UnB CESPE / TCU – Analist a / 2007) 1 Veja — Dez anos não é tempo curto demais para
mudanças capazes de afetar o clima em escala global?
Al Gore — Não precisamos fazer tudo em dez anos. 4 De qualquer forma, seria impossível. A questão é outra. De
acordo com muitos cientistas, se nada for feito, em dez anos
já não teremos mais como reverter o processo de degradação 7 da Terra. Os estudos mostram que é necessário iniciar
imediatamente uma forte redução na emissão de gases
poluentes. O primeiro objetivo seria estabilizar a quantidade 10 de poluentes na atmosfera. E, então, quem sabe, depois de
cinco anos, começar a reduzir o montante de CO2 no planeta.
Veja , 11 / 10 / 2006 ( com adap tações) . Com referência às idéias e às estruturas lingüísticas do texto acima, que é parte deuma entrevista de Al Gore à Revista Veja, julgue o seguinte item. - O
pronome
isso poderia ser inserido
imediatamente antes
de “seria
impossível”
(R.4). Nesse caso, o pronome retomaria a idéia expressa em “fazer tudo em dez anos” (R.3).
I TEM CERTO Comentário. A função do pronome “isso” seria exatamente a indicada pelo examinador – retomar asidéias expressas anteriormente, como faz um pronome em função vicária.
6 - (UnB CESPE / TCU – Técnico / 2004) 1 Em uma iniciativa inédita, dez grandes corporações
assinaram um compromisso com o Fórum Econômico
Mundial para divulgar regularmente o volume de suas 4 emissões de gases poluentes. Com isso, elas se antecipam
aos governos que ainda estão aguardando a entrada em vigor
do protocolo de Kyoto. Pelo acordo, denominado Registro 7 Mundial de Gases que Causam o Efeito Estufa, as
multinacionais passam a informar o seu grau de poluição do
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PROFESSORA: CALUDIA KOZLOWSKI meio ambiente, atendendo a expectativas de acionistas, que 10 cobram mais transparência sobre o tema. Juntas, essas
empresas são responsáveis pela emissão de 800 milhões detoneladas de dióxido de carbono por ano, o que representa 13 cerca de 5% das emissões mundiais. O Globo, 23 / 1 / 2004 , p . 30 ( com adap tações ) . A partir do texto acima e considerando aspectos marcantes da questão ambiental nomundo contemporâneo, julgue o item seguinte. - As expressões “elas” (R.4), “as multinacionais” (R.7-8) e “essas empresas” (R.10-11) têm o mesmo referente: “dez grandes corporações” (R.1).
I TEM CERTO Comentário. Note que não são poucas as questões do Cespe que tratam de referências textuais.Você precisa ficar craque nisso, hem??? (rs...) Logo no primeiro período do texto, são indicadas dez grandes corporações queassinaram o compromisso de divulgar regularmente o volume de suas emissões degases poluentes. Nas referências posteriores a essas empresas, fez-se uso deexpressões ou pronomes que as substituíssem, tais como as que foram indicadas noitem: - linha 4: “Com isso, e las [ = as dez grandes corporações] se antecipam aos governos ...”; - linhas 7 – 8: “Pelo acordo (...), as multinacionais [ = as dez grandes corporações] passam a informar o seu grau de poluição do meio ambiente...”; - linhas 10 – 11: “Juntas, essas empresas [ = as dez grandes corporações] são responsáveis pela emissão de...” . Todos esses elementos formam uma cadeia coesiva, designando o mesmo referente.Perfeita colocação.
7 - (UnB CESPE / TCU – Técnico / 2004) 1 Eles andam bem vestidos, dirigem carros novos, estudam nas melhores escolas e faculdades. Masforam atraídos para o crime. Policiais, promotores 4 e especialistas em segurança pública calculam que
jovens das classes média e alta estão envolvidos em
metade das ocorrências registradas em todo o Distrito 7 Federal. Nas áreas nobres — Plano Piloto, Lago Sul eLago Norte —, os filhos da elite respondem por 70% dos
casos de furto no interior de veículos, porte e uso
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PROFESSORA: CALUDIA KOZLOWSKI 10 de armas, além de tráfico de entorpecentes.
No meio policial, esses criminosos são chamados de bico fino. São membros de famílias com 13 alto poder aquisitivo, a maioria são homens e têm idade
entre 18 e 25 anos. Concluíram o ensino médio, cursam uma
faculdade ou já se formaram. E agem como 16 bandidos. Corre io Braz i l iense, 14 / 3 / 2004, p . 25 (com adaptações) . Considerando o texto acima e o tema nele focalizado, com suas múltiplas implicações, julgue o item subseqüente. - A quem o pronome “Eles” (R.1) se refere vem explicitado, posteriormente no texto, à
linha 5.
I TEM CERTO Comentário. Com o propósito de prender a atenção do leitor, o autor somente indica o referente dopronome pessoal “Eles” (do primeiro período do texto) em passagem posterior – são os “ jovens das classes média e alta estão envolvidos em metade das ocorrências registradas em todo o Distrito ”, nas linhas 5 a 7 do texto, também chamados de “os filhos da elite” e “esses crim inosos ” em outras passagens do texto.
8 - (UnB CESPE / PMES / 2007) Momen to num café 1 Quando o enterro passou Os homens que se achavam no café Tiraram o chapéu maquinalmente 4 Saudavam o morto distraídos
Estavam todos voltados para a vida
Confiantes na vida. 7 Um no entanto se descobriu num gesto largo e demorado Olhando o esquife longamente Este sabia que a vida é uma agitação feroz e sem finalidade 10 Que a vida é traição E saudava a matéria que passava Liberta para sempre da alma extinta. Manuel Bandei ra. In : Anto logia poét ica. 7. ª ed. Rio de Janei ro: José Olympio, 1974, p . 103.
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PROFESSORA: CALUDIA KOZLOWSKI Em relação às idéias e às estruturas lingüísticas do texto acima, julgue o item que sesegue. - O pronome “Este” (v.9) é utilizado como recurso de coesão textual e substitui otermo “esquife” (v.8).
I TEM ERRADO Comentário. Sem saber o que significa a palavra “esquife”, o candidato poderia se encontrar emdificuldades para afirmar se tal colocação estaria certa ou errada. “Esquife” nada mais é do que “caixão”. Sabendo isso, deduz-se que o pronome demonstrativo não estaria se referindo aosubstantivo indicado pelo examinador, mas à pessoa que, com um gesto largo e
demorado, ficou a olhar o cortejo. Aproveitamos essa questão para tratar de algumas possibilidades de emprego dospronomes demonstrativos. Os pronomes demonstrativos possuem duas funções lingüísticas: 1ª função – indicar a posição dos seres no espaço e no tempo, chamada de funçãodêi t ica. Ao se referir ao momento presente (referência temporal) ou a algo que está próximo dofalante (referência espacial), usam-se este, esta, is to; em relação a momentopassado (temporal) ou próximo do ouvinte (espacial), usam-se esse, essa, isso; para sereferir a momentos distantes (tanto no futuro quanto no passado – temporal) ou a algo que está distante dos dois (falante e ouvinte), usam-se aquele, aquela, aqui lo .Exemplos:
Naquela época (período distante), usava-se espartilho. Naquele ano de 1969, o país foi submetido a uma das piores ditaduras dahistória universal. Neste momento, estão todos dormindo. (momento atual)
Nesse fim de semana (o que passou), fomos ao teatro.
Neste fim de semana (o que está por vir), iremos ao teatro. Em relação ao espaço, e st e / e st a / i st o indicam o que se encontra próximo do falante;esse/ essa/ i sso, longe do falante mas próximo do ouvinte; aquele / aquela/ aqu i lo ,
longe de ambos. É da essência dos pronomes demonstrativos esse caráter dêitico, ainda que não sejaprivilégio seu. Outros pronomes, como os pessoais, por exemplo, alguns advérbios (aqui, ali, agora) e substantivos também se prestam a essa função lingüística.
2ª função – substituir elementos textuais em referência anafór i ca (se o termo forantecedente ao pronome) ou catafór ica (em caso de termo referente após opronome). Quando houver mais de um elemento textual aos quais iremos fazer menção, podemosusar “este” para o mais próximo e “aquele” para o mais distante. Exemplo: “Paulo e
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PROFESSORA: CALUDIA KOZLOWSKI Mauro foram aprovados no concurso. Este (Mauro) irá para Porto Alegre, enquanto que aquele (Paulo), para Manaus .” ou “Estes argumentos [os que foram mencionadosimediatamente antes desta citação] se contrapõem àqueles apresentados no início do
debate .” Podemos, en tão , resumi r o emprego dos pronomes demonst ra t i vos emre ferênc ias tex tu a is: Forma 1 - Quando um pronome demonstrativo faz referência a algo já mencionado notexto, ou seja, a algo que está no “paSSado” do texto, deve-se usar ESSE / ESSA /ISSO (com o SS do paSSado). Se a referência ainda vier a ser apresentada (pertenceao fuTuro), usa-se ESTE / ESTA / ISTO (com o T do fuTuro) – gostou dessa d ica mnemôn i ca? Forma 2 - Quando se citam dois elementos, retoma-se o último, ou seja, o maispróximo, pelo pronome "este" (ou "esta", "estes", "estas"). O primeiro elementocitado, isto é, o mais distante, é retomado por "aquele" (ou suas flexões). Exemplo: “João e Pedro farão a prova para o Tribunal de Contas da União. Este para Analista e aquele para Técnico .” – Nesta construção, “este” é o referente mais próximo (Pedro) eaquele, o mais distante (João). Modernamente, reduziu-se o rigor no emprego do pronome demonstrativo emreferências textuais, inclusive em relação às provas (como vimos nesta questão, em que, mesmo se referindo a expressão já mencionada, usou o “est e”), mas, em textosformais, como pareceres e provas dissertativas, deve-se observar o correto empregodos pronomes demonstrativos.
9 - (UnB CESPE / STM Técnico / 2004) 1 Filhos malcriados e agressivos... O problema da autoridade
em crise não é do vizinho, não acontece no exterior, não éconfortavelmente longínquo. É nosso. Parece 4 que criamos um bando de angustiados, mais do que seria
natural. Sim, natural, pois, sobretudo na juventude, plena de
incertezas e objeto de pressões de toda sorte, uma boa dose 7 de angústia é do jogo e faz bem. Mas quando isso nos desestabiliza, a nós, adultos, e nos isola desses de quem estamos ainda cuidando, a quem 10 devemos atenção e carinho, braço e abraço, é porque,atordoados pelo excesso de psicologismo barato, talvez
tenhamos desaprendido a dizer não, nem distinguimos 13 quando se devia dizer sim. Ter um filho é necessariamente ser responsável. Ensinar numa escola é ser responsável. Estar vivo, enfim, é 16 uma grave responsabilidade. Lya Lu f t . Sobre pa is e f i l hos. In : Ve ja , 16 / 6 / 2004, p . 21 (com adaptações) .
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PROFESSORA: CALUDIA KOZLOWSKI Considere as idéias e as estruturas lingüísticas do texto acima para julgar os itens
subseqüentes. - O pronome “isso” (R.8) resume as idéias do primeiro parágrafo: as angústias da juventude.
I TEM CERTO Comentário. Os pronomes demonstrativos podem exercer o papel de te rmos v icár ios, substituindoorações inteiras, como vimos no item D da questão 4, ou mesmo idéias de passagens eparágrafos anteriores. Veja os seguintes exemplos: - “Há muito tempo eu planejo sair de férias e vou fazê - lo no meio desse ano.” Î Fazê- lo = fazer i sso = sa ir de f é r ias - “Eu lhe jurei que seria fiel e vou sê- lo ” Î ser i sso = ser f ie l O pronome “o” permanece neutro, sem flexão de gênero ou número, assim comoacontece com o “isso” da questão presente. Esse pronome foi empregado pela autora para, no início do segundo parágrafo,retomar uma idéia presente no primeiro parágrafo – a de uma angústia que serianatural na juventude.
(UnB CESPE/ TRT 10.ª REGIÃO - Analista/2005) O texto a seguir serve de base para as questões 10 e 11. 1 Desde que Montesquieu, no século XVIII, em O Espír i t o d as Leis, definiu as linhas básicas do sistema
democrático de governo, a ciência política não logrou 4 conceber, até os nossos dias, forma mais significativa de
expressão da vontade de um povo no que se refere à
convivência em uma sociedade politicamente organizada 7 do que a estabelecida por ele, genialmente, na clássica
tríplice separação dos poderes do Estado. O Estado, entidade inanimada e abstrata, que, ao se 10 realizar, materializa-se na concreção de formas, atos esentidos, traduz-se nesse imensurável complexo de ações que
dão substância ao desejo de conformação política de uma 13 nação. I n t er n et : < h t t p :/ / w w w . st f .g ov .b r / n o ti ci as/ i m p r en sa > .
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PROFESSORA: CALUDIA KOZLOWSKI Em relação ao texto acima, julgue os itens que se seguem. 10 - Em “a estabelecida” (R.7), subentende-se, como recurso de coesão textual, a
elipse da palavra “forma”, citada na linha 4. I TEM CERTO Comentário. Note que, com o pronome demonstrativo antes do adjetivo, encontra-se latente apalavra “forma”: “. . . a c iência pol í t ica não logrou conceber , até os nossos d ias,fo rma mais s ign i f i ca t i va de expressão da vontade de um povo ( . . . ) do que a [FORMA] estabelec ida por e le, genia lmente, na c láss ica t r íp l ice separação dos poderes d o Estado.” . Evitou-se sua repetição, como bem afirmou o examinador, como um recurso de coesão
textual, apondo, em seu
lugar,
o pronome
demonstrativo “a”.
11 - O pronome masculino singular “ele” (R.7) está sendo empregado como recursocoesivo que retoma o termo antecedente “povo” (R.5).
I TEM ERRADO Comentário. Quem foi que estabeleceu, de forma genial, a clássica tríplice separação dos poderes? Opovo? Não! Foi Montesquieu , escritor e filósofo francês, célebre por sua teoria daseparação dos poderes. Em função disso, está ERRADA a assertiva. Note a importância da perfeitacompreensão textual na identificação das referências pronominais.
(UnB CESPE/ IRBr Diplomata/ 2006)
Texto para as questões 12 e 13.
Cujas Canções 1 É costume cada um colocar sua profissão ou títulos nos
cartões de visitas. No tempo das guerras cisplatinas até ficou
famoso alguém que assim se apresentava: “José Maria da 4 Conceição — tenente dos Colorados”. Ora, quem escreve estas linhas já recebeu alguns títulos da generosidade de seus conterrâneos. Se pusesse todos 7 eles, seria pedante; escolher um só seria indelicadeza para
com os outros proponentes. Quanto a mim, sempre fui de opinião que bastava o 10 nome da pessoa, sem a vaidade de títulos secundários. Mas eis
que a minha camareira fez-me cair em tentação. Dá-se o caso
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PROFESSORA: CALUDIA KOZLOWSKI que saiu a edição do meu livro Canções, ilustrado por Noêmia 13 e que, ao ser noticiado por Nilo Tapecoara no Bric-à-brac da
vida, este o publicou com o meu retrato em duas colunas e,
abaixo do mesmo, uma notícia que assim principiava, com a 16 primeira linha impressa em letras maiúsculas: MÁRIO
QUINTANA, CUJAS CANÇÕES etc. etc... Ora, na manhã daquele dia, ao servir-me o café na 19 cama, sia Benedita não podia ocultar o orgulho que lhe
causava o seu hóspede e repetia: “Cujas canções, hein, cujas
canções!” 22 O seu maior respeito era devido, sem dúvida, àmisteriosa palavra “cujas”. Mario Quintan a. Poesia com pleta. Rio de Janei ro: Nov a Agui lar , 200 5, p. 959.
Julgue os próximos itens, relativos a análises de fatos lingüísticos do texto. 12 - Os termos “quem” (R.5), “mim” (R.9) e “hóspede” (R.20) estão empregados emreferência a pessoas diferentes.
I TEM ERRADO Comentário. Belissimamente, o autor faz diversas referências textuais de modo bastante variado eaté sutil. Um desses exemplos é o emprego do pronome indefinido “quem” em “quem escreve estas l inhas já recebeu a lguns t í tu los da generosidade de seus conter râneos ” que, com sua modéstia, faz saber ser dono de diversos títulos. Esse pronome indefinido possui o mesmo referente das expressões “Quanto a mim” e “hóspede”, este último possível de ser identificado a partir de outra referência naoração anterior (“ao servir-m e o café na cama ...”) – o autor Mario Quintana. Que prazer ler um texto como esse em prova, não é mesmo?
13 - O pronome “este” (R.14) refere-se a seu antecedente, o “Bric-à-brac da vida”.
I TEM ERRADO Comentário. O pronome demonstrativo faz menção a “Nilo Tapecoara”, autor da notícia, e não a “Bric-à-brac da Vida”, nome da seção do Jornal Correio do Povo, de Porto Alegre,organizada por este jornalista. E não era somente a camareira que desconhecia o sentido e emprego do pronome “cujas”. Muitos de nós até hoje temem usá-lo, seja por desconhecimento, seja no
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PROFESSORA: CALUDIA KOZLOWSKI intuito de não parecer pedante. Parece que o “cujo” virou “de cujus ”, partiu dessa paramelhor. Coitado! Prepare-se para enfrentar esses pronomes relativos em prova (inclusive o finado “cujo”).
14 - (UnB CESPE / TSE – Técnico/ 2007) 1 Distraídos com a discussão sobre os índices de crescimento,
deixamos de perceber que desenvolvimento é o processo
contínuo pelo qual uma sociedade aprende a 4 administrar realidades cada vez mais complexas.
Quando dizemos que os suíços ou suecos são desenvolvidos, o que temos em mente não é apenas que eles 7 são mais ricos que nós. O que está subentendido é que
também sabem gerir melhor os trens e as escolas primárias, as
florestas e os hospitais, as universidades e as penitenciárias, 10 os museus e os tribunais. Em outras palavras, ser
desenvolvido é uma totalidade. No Brasil temos ilhas de excelência: o Departamento 13 do Tesouro, a EMBRAPA, o Itamaraty, entre outras. Mas estão afogadas em oceano de incompetência,
em
certos pontos com
profundidades abissais. As demandas de exigência 16 crescente de uma sociedade dinâmica são atendidas pelas
ilhas de eficiência, mas logo se atolam nos gargalos da
inépcia. Rubens Ricupero . Fo lha de S.Pau lo , 26 / 11 / 2006, p . B2 ( com adaptações) .
Em relação ao texto acima, julgue o item que se segue. - A substituição de “pelo qual” (R.3) por cu ja mantém a correção gramatical do
período. I TEM ERRADO Comentário. Sem dúvida, dos pronomes, o relativo é o mais recorrente em questões de prova. E,dos pronomes relativos, o “cujo” ganha em disparada. Por isso, é tão importante oestudo e domínio de seu conceito.
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PROFESSORA: CALUDIA KOZLOWSKI PRONOMES RELATI VOS Os pronomes relativos referem-se a termos antecedentes. Já falamos sobre
concordância com pronomes relativos – o termo remete a concordância para o seuantecedente. Agora, veremos quais são esses pronomes e como devem ser empregados na oraçãosubordinada adjetiva que iniciam, especialmente em relação aos seus referentes e aoemprego de preposição porventura necessária. Vamos ver as características dos pronomes relativos. QU E Pode ser usado com qualquer antecedente, por isso chamado de
“pronome relativo universal”. Normalmente é empregado em relação a “coisa”, já que os demais referentes têm pronomes relativos específicos (lugar, quantidade, modo). Aceita somente preposições monossilábicas, exceto sem e sob .
O QUAL ( e f lexões)
Assim como “que”, pode ser usado com qualquer antecedente. Aceitapreposição com duas ou mais sílabas, locuções prepositivas, além de sem e sob (rejeitadas pelo “que”). É usado quando o referente se encontra distante ou para evitarambigüidade: Visitei a tia do rapaz que sofreu o acidente. Quem se acidentou? O rapaz ou a tia dele? Para evitar a dúvida, uso “oqual” para ele ou “a qual” para ela.
QUEM Somente usado com antecedente PESSOA. Sempre virá antecedido depreposição – Ele é o rapaz de quem lhe falei.
ONDE Utilizado quando
o
referente
for lugar, ou
qualquer
coisa
que
a isso
seassemelhe (livro, jornal, página etc.) – “A gaveta onde guardei o dinheiro
foi arrombada.” ; pode ser substituído por “em que”. COMO Usado com antecedente que indique MODO ou MANEIRA – O jeito como
escreve mostr a a pessoa que é. QUANDO O antecedente dá idéia de TEMPO, também equivalente a “em que” –
Época de ouro era aquela, quando todos andavam tranqüilos pelas ruas. QUANTO O antecedente dá idéia de QUANTIDADE - normalmente precedido de um
pronome indefinido (tudo, tanto(s), todos, todas) – Tenho tudo quanto quero. Leve tantos quanto quiser.
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PROFESSORA: CALUDIA KOZLOWSKI Finalmente, o mais especial de todos: CUJO ( e f lexões) Liga dois
substantivos indicando relação entre
eles (entre os
substantivos,haveria uma preposição de) – (“A mãe do rapaz faleceu.” + “O rapaz
procurou por você.” Î “O rapaz cuja mãe faleceu procurou por você.”); concorda com o substantivo subseqüente, flexionando-se em gênero enúmero, e dispensa o artigo (não existe “cujo o” ou “cuja a”).
DI CA: Ao usar o p r onom e re la t i vo , ver i f i que: 1 – qua l deve ser o p ronome mais adequado, a depender do an tecedente ( co isa, pessoa, tem po, mod o, lugar . . . ) ; 2 – se o a lgum te rm o na oração ad je t i va ex ige prepos ição. Exemplo: (1 ) Este é o l i v ro | que ganhe i . Oração pr in c ipal: Este é o liv ro Oração subordinada adjet iva: que ganhei - O verbo ganhar é transitivo direto enão rege preposição. ( 2 ) Este é o l i v ro | a que m e re fer i . Oração pr i nc ipal: Este é o livro Oração subord inada ad je t i va: a que me referi – o verbo re fe r i r -se é transitivoindireto e rege a preposição a. Por isso, a preposição antecede o pronome relativo, queestá no lugar do termo regido “livro”. ( 3 ) Aquele é o p ro fesso r | po r quem eu t enho m u i t a adm i ração . Oração pr i nc ipal: Aquele é o professor Oração subordinada adjet iva: por quem eu tenho muita admiração – o substantivoadmiração rege preposição por (alguém tem admiração POR alguém), que antecede opronome relativo que substitui o termo regido “professor”.
Na passagem do texto, o pronome relativo “o qual” (contraído com a preposição POR,formando “pelo qual”) retoma o sintagma “processo contínuo”. Na oração adjetiva, essa expressão não formaria uma relação com o substantivo
SOCIEDADE, subseqüente ao pronome relativo, e, sim, exerceria a função sintática deadjunto adverbial: “uma soc iedade, por um processo cont ínuo, aprende a adm inis t r ar real idades cada vez m ais complex as.” Em função disso, não é possível sua troca por “cuja”, que é empregado para ligar doissubstantivos com idéia de dependência entre os elementos.
15 - (UnB CESPE / PMES / 2007) Di fe renças do mesm o 1 Sendo uma radical evolução dos antigos mercados,
os shopping centers são um símbolo da modernidade, www.pontodosconcursos.com.br - 17 -
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PROFESSORA: CALUDIA KOZLOWSKI sobretudo da globalização partida, onde as ruas ficaram para 4 os pobres. Da mesma maneira que a pobreza é diferente,
come diferente e vive diferente entre os diversos países domundo, e os ricos vivem de maneira muito parecida, não 7 importa o país onde estejam, os shoppings são exatamente
iguais em qualquer parte do mundo. A arquitetura, as
temperaturas, as escadas rolantes, as grifes das lojas, os 10 setores de alimentação e suas cadeias de fast-food, tudo é
exatamente igual. Mas é possível ver diferença no tamanho do espaço 13 dedicado
às
livrarias. Quando se
comparam os
shoppings
do
leste da Ásia com os shoppings brasileiros, o visitante ficasurpreso com o tamanho das livrarias que aqueles 16 apresentam. Em Manila, onde o sistema educacional e a
distribuição de renda são os piores entre os países daquela
região, a livraria de um dos seus diversos shoppings é 19 maior do que a maior das livrarias em um shopping
brasileiro. A diferença é que existe maior hábito de leitura na
elite asiática do que na brasileira. Cr is tovam Buarque. Os t ig res assus tados : uma v iagem pe la f ron te i ra dos séculos. Rio de Janei ro: Record: Rosa dos Temp os, 1999, p. 119-2 0 ( com adapt ações) .
Julgue a assertiva abaixo. - Na linha 16, o pronome relativo “onde” refere-se ao termo “Manila” e poderia sersubstituído pela expressão e m q u e, sem prejuízo para o sentido do texto.
I TEM CERTO Comentário. O pronome relativo “onde” pode ser usado quando o referente indica “lugar” ou algoque se assemelhe a isso. No caso, o antecedente do pronome relativo é “Manila”, capital das Filipinas (esse émais um caso de parônimo que se faz acompanhar por artigo, como “os EstadosUnidos”, estudado na aula de Concordância: “Protesto marca visita do FMI às Filipinas.” . Registre-se, contudo, que o nome oficial do país é “República dasFilipinas”.). Será que você sabe a diferença entre “onde” e “aonde”? Muita gente confunde um com ooutro, mas a distinção é bem simples.
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PROFESSORA: CALUDIA KOZLOWSKI Use “onde” quando puder substituir por “em” – “O lugar onde / em que morei é lindo!”. (alguém mora EM algum lugar). Por isso, a afirmação está correta: “Em Manila, onde / e m q u e o sistema educacional e a distribuição de renda são os piores entre os países daquela região...”. Quando algum termo exigir a preposição “a” e o relativo possuir como referente umlugar, use “aonde” – “O lugar a on d e / a q u e fomos ontem à noite é lindo!” Î Alguémvai A algum lugar. Assim, quando cantar aquela música do Lobão, modifique a letra original, para nãoerrar a regência: “Chove lá fora e aqui/ Faz tanto frio / Me dá vontade de saber / ONDE está você / Me telefona / Me chama, me chama, me chama...”. Não deveria ser “aonde está você”, pois “você está EM algum lugar” Î “ONDE estávocê...” – confesse que você estava cantando errado – você, o Lobão e todo mundo!!!! (rs....). Aliás, nessa letra, há um outro problema que será tratado ainda hoje – colocaçãopronominal. Aguarde! Já o refrão da música dos Paralamas do Sucesso nos permite subir na mesa e soltar avoz!!! Cante tranqüilo, da forma original mesmo: “Aonde quer que eu vá / Levo você no olhar / Aonde quer que eu vá / Aonde quer que eu vá...” Alguém vai A algum lugar: “aonde quer que eu vá...”. Para descontrair, vamos cantar mais uma (certinha, é claro!). Agora, uma canção deNando Reis e Marisa Monte, interpretada por ela e Ed Motta (vamos lá... não estououvindo....SOLTE A VOZ!!!): “Ainda lembro o que passou / Eu, você, em qualquer lugar / Dizendo: " aonde você fo r eu vou " / E quando eu perguntei / Ouvi você dizer /Que eu era tudo o que você sempre quis / Mesm o triste eu estava feliz / E acabei acreditando em ilusões...” Agora, acabou o recreio, hem??? Vamos voltar aos estudos. Se você quiser colaborar com a professora, é só mandar sugestões de letras demúsicas, poemas, anúncios... tudo o que puder enriquecer a nossa aula será bem-vindo. Essa é a melhor maneira de se estudar a língua, acredito eu.
16 - (UnB CESPE/ TJ PA – Analista / 2006 ) 1 A democracia do Estado contemporâneo necessita, demaneira imprescindível, da consagração da supremacia
constitucional e do respeito aos direitos fundamentais, que 4 somente estarão presentes nos países em que houver um
Judiciário forte, dotado de plena independência e que possa
efetivar suas decisões. A independência judicial constitui 7 direito dos cidadãos, e é triste um país que não a possui.
O magistrado, no momento de julgar, não pode receber
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PROFESSORA: CALUDIA KOZLOWSKI ordens de nenhuma autoridade interna ou externa, sendo essa 10 idéia essencial à independência do Judiciário. A maioria esmagadora dos juízes brasileiros dedicam
suas vidas à luta por uma magistratura independente, 13 democrática, transparente e justa e jamais se esquecem da
lição do grande Rui: “A autoridade da Justiça é moral, e sustenta-
se pela moralidade de suas decisões”. Alexandre de Moraes. União pelo for ta lec imento. In : Folha de S. Paulo, 2 5 / 3 / 2 0 0 6 ( co m a d ap t a çõ es ) .
Julgue a assertiva abaixo a respeito do emprego das estruturas lingüísticas no texto. - As regras gramaticais do padrão culto da língua portuguesa exigem o emprego dapreposição no termo “em que” (R.4), o que indica que esse termo pode ser substituídopelo pronome onde .
I TEM CERTO Comentário. Essa troca – do “em que” pelo “onde” – só foi possível por conta do seu referente: “países”, indicativo de lugar. Traçando um paralelo com a questão anterior, podemos afirmar que, em substituição
ao pronome relativo “onde”,
podemos usar
o correspondente “em que”
ou “nas quais”,mas a recíproca só será verdadeira (ou seja, trocar “em que”/“nas quais” por “onde”)
quando o referente indicar lugar ou algo que se assemelhe.
17 - (UnB CESPE / TSE – Técnico/ 2007) 1 Olhando em retrospectiva os últimos 20 anos, temos uma realidade nada alentadora. Em média, o Brasil cresceu
cerca de 2,4% ao ano. Diante desse cenário, o que precisa ser 4 feito para que atinjamos os tão propalados 5% de crescimento
sustentado? Quando se trata de crescimento sustentado, a teoria 7 econômica indica que o resultado positivo é fruto de dois
tipos de ação: aumento da produtividade ou acumulação de
capital (físico e humano). 10 A elevação significativa da produtividade dos fatores
de produção só será obtida com reformas institucionais
profundas. Já o acúmulo de capital humano requer 13 investimento em educação, cuja maturação é longa.
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PROFESSORA: CALUDIA KOZLOWSKI Lu iz Gu i lherm e Schym ura . Fo lha de S.Pau lo , 1 . º / 12 / 2006 ( com adaptações) .
Julgue a assertiva abaixo. - A substituição de “cuja” (R.13) por a qua l mantém a correção gramatical do período.
I TEM ERRADO Comentário. O pronome relativo CUJO, além de especial, é muito “enjoadinho” – não aceita sersubstituído por qualquer outro. Só ele tem o poder de ligar dois substantivos e aindaabsorver em sua estrutura algum artigo porventura necessário ao termo subseqüente.Aliás, essa é uma curiosidade: o vocábulo faz a concordância com o termo que vemAPÓS e não antes (como acontece com “o qual”, que altera a flexão de acordo com o
referente). Ao ficar entre “educação” e “maturação”, indica o vínculo que existe entre esses doissubstantivos na oração adjetiva: “a maturação (= desenvolvimento) da educação élonga”. Por isso, não aceita a troca pelo relativo “a qual”.
(UnB CESPE/ ANATEL – Técnico / 2006)
Texto para responder aos itens 18 e 19.
Com o não usar o t e lefone celu lar 1 É fácil ironizar os possuidores de telefones celulares. Mas é necessário descobrir a qual das cinco categorias eles
pertencem. Primeiro, vêm as pessoas fisicamente incapacitadas, 4 ainda que sua deficiência não seja visível, obrigadas a um
contato constante com o médico ou com o pronto-socorro. Depois,
vêm aqueles que, devido a graves deveres profissionais, 7 são obrigados a correr em qualquer emergência (capitães do
corpo de bombeiros, médicos, transplantadores de órgãos). Em
terceiro lugar, vêm os adúlteros. Só agora eles têm a 10 possibilidade de receber ligações de seu parceiro secreto sem
que membros da família, secretárias ou colegas mal-intencionados
possam interceptar o telefonema. 13 Todas as três categorias enumeradas até agora merecem o nosso respeito: no caso das duas primeiras, não nos
importamos de ser perturbados em restaurantes ou durante uma 16 cerimônia fúnebre, e os adúlteros tendem a ser muito discretos.
Seguem-se duas outras categorias que, ao contrário,
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PROFESSORA: CALUDIA KOZLOWSKI representam um risco. A primeira é composta de pessoas 19 incapazes de ir a qualquer lugar se não tiverem a possibilidade
de conversar fiado acerca de frivolidades com amigos e parentes de que acabaram de se separar. Elas nos incomodam, 22 mas precisamos compreender sua terrível aridez interior,
agradecer por não estarmos em sua pele e, finalmente, perdoar. A
última categoria é composta de pessoas preocupadas 25 em mostrar em público o quanto são solicitadas, especialmente
para complexas consultas a respeito dos negócios: as conversas que
somos obrigados a escutar em aeroportos ou restaurantes 28 tratam de transações monetárias, atrasos na entrega de perfis
metálicos e outras coisas que,
no entendimento
de
quem
fala,
dão a impressão de que se trata de um verdadeiro Rockfeller. 31 O que eles não sabem é que Rockfeller não precisa de
telefone celular, porque conta com um plantel de secretários tão
vasto e eficiente que, no máximo, se seu avô estiver morrendo, 34 por exemplo, alguém chega e lhe sussurra alguma coisa no
ouvido. O homem poderoso é justamente aquele que não é
obrigado a atender todas as ligações, muito pelo contrário: 37 nunca está para ninguém, como se diz.
Portanto, todo aquele que ostenta o celular como símbolo de poder, na verdade, está declarando de público sua 40 condição irreparável de subordinado, obrigado que é a pôr-se
em posição de sentido, mesmo quando está empenhado em um
abraço, a qualquer momento em que o chefe o chamar. Umber to Eco. O segundo d iá r io mín imo. Serg io F laksman (Trad . ) . R io de Jane i ro : Record , 199 3, p . 194-6 (com adaptações) .
Com base nas idéias e estruturas do texto de Umberto Eco, julgue os itens a seguir. 18 - O segundo período do texto estaria de acordo com a norma gramatical caso fosseescrito da seguinte forma: É necessária, porém, a identificação da categoria à qual elespertencem.
I TEM CERTO Comentário. Vamos relembrar a dica que foi dada para o emprego dos pronomes relativos.Primeiramente, identifique o pronome mais adequado. Em seguida, veja se há algum
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PROFESSORA: CALUDIA KOZLOWSKI termo (verbo, adjetivo, substantivo) que exija uma preposição, a ser empregada antesdo pronome relativo. É necessár ia, porém , a ident i f icação da categor ia à qual e les per t encem . O pronome relativo “a qual” retoma o substantivo “categoria”. Também poderia tersido usado o relativo universal (que). O termo regente, presente na oração adjetiva, exige a preposição “a”: “alguémpertence A alguma coisa”. Trocando o pronome pelo nome, a oração adjetiva seria: “eles pertencem à categoria”.Como essa preposição “a” iria anteceder a palavra “categoria” e esta palavra estárepresentada, na oração adjetiva, pelo pronome relativo “a qual”, essa preposição “a” vai se encontrar com o pronome relativo “a qual”. O encontro desses dois “as” é o queconhecemos por “CRASE”, a ser estudada com mais profundidade em aula própria. Porora, vamos comentar somente que, com essa fusão, empregamos apenas um “a” e o
acentuamos: “categoria à qual pertencem”. Se a opção fosse pelo pronome relativo “que”, em vez de “a qual”, não haveria oencontro de dois “as”: “... categoria a que eles pertencem.”. Olhemos, agora, uma passagem bastante interessante que merece nossa análise. Noprimeiro período do texto (forma original), não foi empregado o pronome relativo “aqual” (que precisaria de um termo antecedente), mas uma preposição “a” (exigida peloverbo PERTENCER, conforme acabamos de ver) e o pronome indefinido “qual”. Para tercerteza disso, tente eliminar a expressão “das cinco”, mantendo o substantivo “categorias” no plural: “ Mas é necessár io descobr i r a QUAI S categor ias e les per tencem .” A preposição, como palavra invariável, permanece sem flexão, ao passo que o
pronome indefinido “qual” passa a concordar com o substantivo “categorias”. Seria como perguntar: “Eles pertencem a QUAIS categorias?”. Cuidado, pois a banca poderia ter sido (bem mais) cruel ao afirmar (erroneamente)que “a qual”, no texto original, seria um pronome relativo, e muita gente boa poderiacair nessa conversa fiada...
19 - Com igual correção gramatical a forma pronominal às quais poderia serempregada em lugar do pronome “que” no segmento “as conversas que somosobrigados a escutar” (R.26-27).
I TEM ERRADO Comentário. Cuidado, pois a sugestão da banca é trocar “que” por “às quais” (com acento grave).Como nosso assunto de hoje é PRONOME e não CRASE, não iremos nos aprofundarnessa análise. Somente nos interessa saber que, para haver o acento, é fundamental aexistência de uma preposição, exigida por algum termo da oração adjetiva. Pois bem:há algum termo na oração “que somos obrigados a escutar” que esteja exigindo essapreposição? Se trocássemos o pronome relativo por seu referente, a oração adjetiva seria: “somosobrigados a escutar AS CONVERSAS”. O verbo ESCUTAR é transitivo direto, ou seja,
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7/31/2019 AULA 04 PORTUGUÊS ANATEL
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PROFESSORA: CALUDIA KOZLOWSKI não exige nenhuma preposição para ligar-se ao seu complemento. Assim, paraempregar o pronome relativo, houve tão-somente a troca de “as conversas” pelopronome relativo “as quais” (sem preposição): “as conversas as quais somos
obrigados a escutar” , até porque, se existisse alguma preposição necessária, estadeveria anteceder também o pronome relativo “que” (a que) , o que não acontece.
(UnB CESPE/ IRBr Diplomata/ 2006) Texto para as questões de 20 a 22. 1 A história do Brasil, nos três primeiros séculos, está
intimamente ligada à da expansão comercial e colonial
européia na Época Moderna. Parte integrante do império 4 ultramarino português, o Brasil-colônia refletiu, em todo olargo período de sua formação colonial, os problemas e os
mecanismos de conjunto que agitaram a política imperial 7 lusitana. Por outro lado, a história da expansão ultramarina e da
exploração colonial portuguesa desenrola-se no amplo quadro da
competição entre as várias potências, em busca do 10 equilíbrio europeu; dessa forma, é na história do sistema geral
de colonização européia moderna que devemos procurar o esquema de determinações no interior do qual se processou a 13 organização da vida econômica e social do Brasil na primeirafase de sua história e se encaminharam os problemas políticos de que esta região foi o teatro. Fernando A. Novais . Aprox imações: estudos de h is tór ia e h is tor iograf ia . São Paulo: Cosac Nai fy , 200 5, p. 45.
Com relação a aspectos lingüísticos do texto, julgue (C ou E) os itens a seguir. 20 - O pronome “que” (R.15) tem como antecedente “os problemas políticos” (R.14).
I TEM CERTO Comentário. Essa ótima prova nos trouxe mais algumas questões interessantes. Em relação ao mesmo texto, três possibilidades de estudo de pronomes. Na primeira,vemos que o pronome relativo “que” retoma “problemas políticos”: “Essa região foi o teatro de problemas políticos”.
21 - A substituição de “no interior do qual” (R.12) por em cu jo in te r io r seria justificada pela prescrição gramatical.
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PROFESSORA: CALUDIA KOZLOWSKI I TEM CERTO Comentário. Como há uma relação de subordinação entre “esquema de determinações” e “interior” (no interior do esquema de determinações), a norma culta recomenda o emprego dopronome CUJO, com as flexões necessárias. Em outras palavras, a estrutura oracional seria “ a organização da v ida econômica e socia l do Bras i l se processou no in ter ior do esquema de determinações ”. Comose percebe a necessidade de emprego da preposição “EM” antes de “interior doesquema de determinações”, esse conectivo deve anteceder o pronome relativo a serempregado: “.. .esquema de determinações EM CUJO inter ior se processou a organ ização da v id a econôm ica e social do Bras i l . . .” . Está perfeita a substituição sugerida.
22 - O emprego do artigo “o”, no trecho “em todo o largo período de sua formaçãocolonial” (R.4-5), reflete opção estilística do autor, visto que o artigo poderia sereliminado, sem prejuízo para o sentido da frase.
I TEM ERRADO Comentário. Domingos Paschoal Cegalla, em seu Dicionário de Dificuldades da Língua Portuguesa ,nos ensina que, no português moderno, firmou-se a distinção entre “todo” e “todo o”,atribuindo-se o significado de qua lquer a “todo” e de i n t e i r o a “todo o”. Note adiferença entre as duas construções seguintes:
“Todo assunto foi tr atado naquele encontro .” (= qualquer assunto) No encontro,tratou-se de todo tipo de assunto. “Todo o assunto foi tratado naquele encontro.” (= o assunto inteiro) – Noencontro, o assunto foi esgotado, tratado de forma completa.
Haveria, portanto, alteração semântica com a retirada do artigo “o” da expressão “emtodo o largo período”, o que torna a assertiva ERRADA. Veja, a seguir, que esse tema também foi objeto de questão em outro concurso.
23 - (UnB
CESPE/ ANATEL
– Técnico /
2006)
1 Foi “entrevistado” aquele que é apontado pelas
autoridades como o principal responsável pelos ataques do PCC. O Celular “falou” ao repórter com o compromisso de não 4 ter sua identidade e sua marca reveladas. O senhor admite ter desempenhado um papel fundamental
na organização dos ataques do PCC? Não se 7 pode dispensar todo o barril por causa de algumas maçãs
podres. Eu ajudo mais de 90 milhões de brasileiros a se www.pontodosconcursos.com.br - 25 -
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PROFESSORA: CALUDIA KOZLOWSKI comunicarem diariamente. Sou um aparelho democrático. 10 É possível ou não bloquear os seus serviços? Eu sempre me esforço para ser o melhor naquilo que faço. Esta é a minha receita de sucesso. Para bloquear, é preciso 13 acompanhar o meu ritmo de avanço tecnológico. Alguns
bloqueadores instalados já estavam obsoletos quando foram
instalados. 16 Afinal, existe alguma forma de bloquear o seu sinal? Tem uma tal de gaiola de Faraday. Apesar de o nome
parecer complicado, é bem simples. Basta instalar uma tela de 19 metal
em volta
das celas
ou
dos presídios. A gaiola de
metal
impede que minhas ondas eletromagnéticas entrem ou saiam. Aí,
não tem comunicação. Veja , 31 / 5 / 2006 ( com adap tações) .
Com base no texto acima, julgue o próximo item. - As expressões “todo o barril” (R.7) e qua lquer bar r i l têm o mesmo sentido.
I TEM ERRADO Comentário. Há diferença significativa entre “todo barril será dispensado” (= qualquer barril será dispensado ) e “todo o barril será dispensado” (= o barril inteiro será dispensado ).Exatamente por não terem o mesmo sentido, essa opção tornou-se INCORRETA.
(UnB CESPE/ IRBr Diplomata/ 2006)
Texto para as questões de 24 a 26.
Cont os de v igár io 1 Passam-se tempos sem que ouçamos falar em contos de vigário. Muito bem. Tornamo-nos otimistas, imaginamos que,
se a reportagem não menciona esses espantosos casos de 4 tolice combinada com safadeza, certamente os homens
ficaram sabidos e melhoraram. Pensamos assim e devemos estar em erro. 7 Provavelmente esse negócio continua a florescer, mas as
vítimas têm vergonha de queixar-se e confessar que são
idiotas. Raras vezes um cidadão se resolve a afrontar o
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PROFESSORA: CALUDIA KOZLOWSKI 10 ridículo, e vai à polícia declarar que, não obstante ser parvo,
teve a intenção de embrulhar o seu semelhante. O que ele faz depois de logrado é meter-se em casa, 13 arrancar os cabelos, evitar os espelhos e passar uns dias de
cama, procedimento que todos nós adotamos quando, em
conseqüência de um disparate volumoso, nos sentimos 16 inferiores ao resto da humanidade. Convenientemente curado,
cicatrizado, esquecida a fraqueza, o sujeito levanta-se e adquire consistência para realizar nova tolice. E assim por 19 diante, até a hora da tolice máxima, em que ninguém reincide
porque isto é impossível.
Graci l iano Ramos. L inhas tor tas: obra póstuma. 11.a ed. Rio de Janei ro, São Paulo: Record, 1984 . p. 154.
Quanto à descrição gramatical de elementos do texto, julgue as assertivas abaixo. 24 - O verbo “queixar-se” (R.8), utilizado no texto como verbo pronominal, conjuga-sefacultativamente sem o pronome.
I TEM ERRADO Comentário. Nessa questão e na próxima, veremos alguns dos valores do pronome SE. Alguns verbos só se conjugam acompanhados de um pronome pessoal. É o caso dosverbos QUEIXAR-SE, ARREPENDER-SE, ORGULHAR-SE, SUICIDAR-SE. Esses pronomessão conhecidos como “parte integrante do verbo” e não exercem uma função sintáticaespecífica. Como não existe a possibilidade de conjugação verbal sem o pronome, a assertiva está ERRADA.
25 - Em “levanta-se” (R.17), a partícula “se” indica a indeterminação do sujeito.
I TEM ERRADO Comentário. O pronome “se” também pode ser REFLEXIVO. Nesse caso, o sujeito,simultaneamente, pratica e sofre a ação verbal. Esse é o caso do pronome em “o su je i to levanta-se ” (= ele levanta a si mesmo). Além disso, não haveria nenhuma chance de se classificar o pronome como “partículaindeterminadora do sujeito, uma vez que a oração já possui essa função sintática,representado pelo substantivo “sujeito” (= indivíduo)!!! Será que a banca quis brincarcom as palavras? Certamente que sim.
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PROFESSORA: CALUDIA KOZLOWSKI Já vimos que há duas formas de se construir sujeito indeterminado: 1ª) VERBO NA 3ª PESSOA DO SINGULAR + PRONOME “SE” (índice de indeterminaçãodo sujeito); 2ª) VERBO NA 3ª PESSOA DO PLURAL (sem nenhum pronome). A primeira forma, como também já vimos, só dá certo com verbos que NÃO POSSUAMOBJETO DIRETO, uma vez que a presença de um pronome SE junto a verbostransitivos diretos (TD) ou diretos e indiretos (TDI) enseja construção de voz passiva.
26 - Em “nos sentimos inferiores ao resto da humanidade” (R.15-16), houvetransgressão dos requisitos gramaticais para a colocação pronominal.
I TEM ERRADO Comentário. Agora, entramos em um dos pontos mais importantes da aula de hoje: COLOCAÇÃOPRONOMINAL. As três posições que o pronome ocupa em relação ao verbo são: (1) antes do verbo (prócl ise); (2) no meio do verbo (mesócl ise , que só ocorre com verbos no futuro dopresente e no futuro do pretérito do indicativo); (3) após o verbo (êncl ise). A fim de facilitar, resumimos todas as regras de colocação pronominal a três:
1) REGRA GERAL: Segundo a norma culta, a regra é a êncl ise, ou seja, o pronome após o verbo.Isso tem origem em Portugal, onde essa colocação é mais comum. No Brasil, ouso da próclise é mais freqüente, por apresentar maior informalidade. Mas,como devemos abordar os aspectos formais da língua, a regra será ênclise,usando pr ócl ise em s i tuações excepcionais, que são: ¾ Palavras invariáveis (advérbios, alguns pronomes, conjunção) atraem o
pronome.Por “palavras invariáveis”, entendemos os advérb ios, ascon junções, alguns p ronomes que não se flexionam, como o pronomerelativo que, os pronomes indefinidos q u an t o/ co m o , os pronomesdemonstrativos i sso, aqui lo , is t o. Exemplos: “Ele não se encontrou com a namorada .” – próclise obrigatória por força doadvérbio de negação. “Quando se encontra
com a namorada, ele fica
muito feliz .” –
prócliseobrigatória por força da conjunção;
¾ Orações exclamativas (“Vou te matar !”) ou que expressam desejo,chamadas de optativas (“Que Deus o abençoe !”) – próclise obrigatória.
¾ Orações subordinadas, como na passagem do texto em análise: “. . .p roced imento adotado quando NOS sent imos in fe r io res ao res to da humanidade ...” . Como a construção em que se encontrava o pronomeera uma oração subord inada adverb ia l tempora l , a próclise se fezobrigatória. Não houve, portanto, transgressão alguma. Haveria, sim, se opronome não estivesse proclítico.
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PROFESSORA: CALUDIA KOZLOWSKI 2) EMPREGO PROI BI DO:
¾ Iniciar período com pronome (as formas corretas são: Dá-me um copo d’água. / Perm it a-me fazer uma observação .) – aqui vemos o problemadaquela letra da música do Lobão – é um tal de “me chama, me chama, me chama...” (até porque, convenhamos, a forma “Chama-me, chama-me...” acaba com qualquer clima romântico, não é mesmo? ...rs...);
¾ Após verbo no particípio, no futuro do presente e no futuro do pretérito.Com essas formas verbais, usa-se a próclise (desde que não caia naproibição acima), modifica-se a estrutura (troca o “me” por “a mim”) ou, nocaso dos futuros, emprega-se o pronome em mesóclise. Exemplos: “Concedida . . . . .(+ ME) a licença, pude começar a trabalhar.” Não poderia ser “concedida-me” – após particípio é proibido - nem “meconcedida” – iniciar período com pronome é proibido. O jeito é trocar o “me” por “a mim”: “Concedida a m im a licença...”; “Recolherei.... (+ ME) à minha insignificância.” Não poderia ser “recolherei-me” nem “Me recolherei”. Só resta o empregoda mesóclise: “ Reco lher -me-e i à minha insignificância.”.
3) EMPREGO FACULTATI VO: ¾ Com o verbo no infinitivo, mesmo que haja uma palavra “atrativa”, a
colocação do verbo pode ser enclítica (após o verbo) ou proclítica (antes do verbo). Exemplos: “Para não me colocar em situação ruim, encerrei a conversa.” “Para não colocar-me em situação ruim, encerrei a conversa.” Assim, com in f in i t i vo es tá sempre cer ta a co locação , desde que nãocaia em um caso de proibição (começar período). NÃO CONFUNDA I NFI NI TI VO COM FUTURO DO SUBJUNTI VO – Namaior parte dos verbos, essas formas são iguais (para comprar /quandocompra r ). Contudo, a regra da colocação pronominal só se aplica aoinfinitivo. Se o verbo estiver no futuro do subjuntivo, aplica-se a regra geral.
Para ter certeza de que é o infinitivo mesmo e não o futuro do subjuntivo,troque o verbo por um que apresente formas diferentes, como o verbotrazer (para t razer / quando t r ouxe r), fazer (para fazer / quando f izer ),pôr (para p ôr / quando puser ), e tire a prova dos noves. Se for infinitivo,pode colocar o pronome antes ou depois, tanto faz. De qualquer jeito,estará certo, mesmo que haja uma palavra atrativa (invariável).
Observação impor tan te : quando houver DUAS palavras invariáveis, opronome poderá ser colocado entre elas. A esse fenômeno dá-se o nome deAPOSSÍ NCLI SE.
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PROFESSORA: CALUDIA KOZLOWSKI Exemplo: “Para não levar-m e a mal, irei apresentar minhas desculpas.” –como vimos, com infinitivo está sempre certa a colocação (caso facultativo),mesmo que haja uma palavra invariável (no caso, são duas – para e não ).COLOCAÇÕES IGUALMENTE POSSÍVEIS: (1) “Para não m e levar a mal, ...”- O pronome foi atraído pelo advérbio. (2) “Para m e não levar a mal, ...” – O pronome foi atraído pela preposição eficou no meio das duas palavras invariáveis.
Aliás, aquela história de “me chama” me fez lembrar outra música, que voltou a fazersucesso na voz de Zeca Pagodinho - “Beija-me”, de Roberto Martins e Mário Rossi: Beija-me! / Deixa o teu rosto coladinho ao meu / Beija-me! / Eu dou a vida pelo beijo teu / Beija-me! / Quero sentir o teu perfume / Beija-me com todo o teu amor / Senão eu morro de ciúme / Ai, ai, ai, que coisa boa / O beijinho do meu bem! / Dito assim parece à toa / O feitiço que ele tem / Ai, ai, ai, que coisa louca / Que gostinho divinal / Quando eu ponho a minha boca / Nos teus lábios de coral!
Perceba a perfeição gramatical, inclusive em relação à colocação dos pronomespessoais. Como a forma verbal foi empregada, no imperativo, em relação à segundapessoa - beija (tu) -, todos os pronomes mantiveram esse tratamento (teu rosto, teuperfume, teu amor, teus lábios). Nossa, como estou musical hoje! Esta aula está parecendo um “Show de Calouros”...rs...
27 - (UnB CESPE/ IRBr Diplomata/ 2006) Julgue a correção da assertiva abaixo. - Os resultados da pesquisa foram divulgados através de relatório impresso e boletimeletrônico, que rapidamente disseminaram-se na comunidade científica, da qual umamaior consciência das questões de pesquisa se tornou cada vez mais evidenciada.
I TEM ERRADO Comentário. Em relação à colocação do pronome átono na passagem “que rapidamente disseminaram-se...” , há dois fatores que exigem a prócl ise: sua presença em umaoração subordinada (adjetiva explicativa) e a proximidade, sem pausa, de uma palavrainvariável (um advérbio). Por isso, a construção está gramaticalmente ERRADA. O correto seria: “... que rapidamente se disseminaram na comunidade científica...” . 28 - (UnB CESPE/ IRBr Diplomata/ 2006) Rel ig ião m est iça 1 A sua [do sertanejo] religião é como ele — mestiça.
Resumo dos caracteres físicos e fisiológicos das raças de
que surge, [o sertanejo] sumaria-lhes identicamente as www.pontodosconcursos.com.br - 30 -
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PROFESSORA: CALUDIA KOZLOWSKI 4 qualidades morais. É um índice da vida de três povos. E suas
crenças singulares traduzem essa aproximação violenta de
tendências distintas. É desnecessário descrevê-las. As lendas 7 arrepiadoras
do
caapora
travesso e maldoso, atravessando
célere, montado em caititu arisco, as chapadas desertas, nas
noites misteriosas de luares claros; os sacis diabólicos, de 10 barrete vermelho à cabeça, assaltando o viandante retardatário,
nas noites aziagas das sextas-feiras, de parceria com os lobisomens e mulas sem cabeça noctívagos; todos os 13 mal-assombramentos, todas as tentações do maldito ou do
diabo — esse trágico emissário dos rancores celestes em
comissão na terra; as rezas dirigidas a S. Campeiro, 16 canonizado in par t ibus 1, ao qual se acendem velas pelos
campos, para que favoreça a descoberta de objetos perdidos; as
benzeduras cabalísticas para curar os animais, para amassar 19 e vender sezões; todas as visualidades, todas as aparições
fantásticas, todas as profecias esdrúxulas de messias insanos; eas romarias piedosas; e as missões; e as penitências... todas 22 as manifestações completas de religiosidade indefinida são
explicáveis. 1 In par t ibus in f idel ium [Lat . ] . 1 .Nos países ocupados pelos in f ié is . 2.Diz-se do b ispo cujo t í tu lo é meramente honor í f ico. 3. Por extensão. Não efet ivo,nomina l . In : Fer re i ra , Auré l io B . de H. Novo d ic ionár io da l íngua por tuguesa.I d e m , i bi d e m .
Referentemente a aspectos lingüísticos do texto, julgue a correção da assertiva abaixo. - A gramática normativa desautoriza a colocação pronominal enclítica em “sumaria-lhes” (R.3), recomendando a forma sumar-lhes-ia.
I TEM ERRADO Comentário. Essa questão foi terrível, porque exigiria o conhecimento, não só de colocaçãopronominal, mas principalmente do significado do verbo SUMARIAR (percebeu suarelação com a palavra “sumário”? O verbo significa “resumir”, “sintetizar”, “compendiar”). O verbo não faz parte do nosso vocabulário cotidiano. Por isso, para verificar suaconjugação, vou buscar outro mais comum – CONTRARIAR. Como seria a conjugação no presente do indicativo do verbo CONTRARIAR?
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PROFESSORA: CALUDIA KOZLOWSKI Resposta: “contrario, contrarias, contraria, contrariamos, contrariais, contrariam” E no futuro do pretérito? Resposta: “contrariaria, contrariarias, contrariaria, contrariaríamos, contrariaríeis,contrariariam”.
Essa é a tal da regra do paradigma – na dúvida em relação à conjugação de um verbopouco usado, busque um verbo mais comum que tenha a mesma composição. Vejamos,novamente, a passagem: Resumo dos caracteres f ís icos e f is io lógicos das raças de que surge, [o ser tane jo ] sumar ia - lhes iden t i cament e as qua l idades m ora is . Vemos que a forma “sumaria” é do PRESENTE DO INDICATIVO (contraria = sumaria), enão do futuro do pretérito, como pretende nos convencer o examinador com umaindevida mesóclise (“sumar-lhe-ia”). Por isso, não há erro algum na ênclise à forma do presente do indicativo: sumar ia -lhe. A afirmação de que “a gramática normativa desautoriza esta colocação pronominal ” está ERRADA. O verbo SUMARIAR é, aliás, t rans i t i vo d i re to. Por que, então, foi empregado opronome oblíquo “lhe”, usado na indicação de objetos indiretos? Esse é o tema da próxima questão.
(UnB CESPE/ IRBr Diplomata/ 2006)
Texto para as questões 29 e 30.
Rel ig ião m est iça 1 Insulado deste modo no país, que o não conhece, em luta aberta com o meio, que lhe parece haver estampado na
organização e no temperamento a sua rudeza extraordinária, 4 nômade ou mal fixo à terra, o sertanejo não tem, por bem
dizer, ainda capacidade orgânica para se afeiçoar a situação
mais alta. 7 O círculo estreito da atividade remorou-lhe oaperfeiçoamento psíquico. Está na fase religiosa de um
monoteísmo incompreendido, eivado de misticismo 10 extravagante, em que se rebate o fetichismo do índio e do
africano. É o homem primitivo, audacioso e forte, mas ao
mesmo tempo crédulo, deixando-se facilmente arrebatar 13 pelas superstições mais absurdas. Uma análise destas
revelaria a fusão de estádios emocionais distintos. Eucl ides da Cunh a. O hom em / Os ser tões. I n : Obra com pleta. Rio de Janei ro: Nova Agu i la r , 1995, p . 197.
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PROFESSORA: CALUDIA KOZLOWSKI Com relação ao texto, julgue os itens seguintes. 29 - O pronome “lhe”, na oração “que lhe parece haver estampado na organização eno temperamento a sua rudeza extraordinária” (R.2-3), funciona como objeto indiretousado com sentido possessivo.
I TEM CERTO Comentário. Cumpre-nos destacar o emprego do pronome pessoa l ob l íquo com va lo r possessivo . Em regra, os pronomes pessoais oblíquos são usados para representar um nome (substantivo), evitando, assim, sua repetição (já falamos sobre isso no decorrer desta
aula). Quando a função é de objeto direto, usam-se os pronomes ME, TE, SE, NOS,VOS, O(S), A(S). Quando a função é de objeto indireto, podem ser usados ospronomes ME, TE, SE, NOS, VOS, LHE(S). No entanto, o pronome oblíquo pode ser também usado com valor possessivo, ouseja, no lugar do “seu/sua” ou “dele/a”. Esse emprego costuma causar muita confusão com a função de objeto indireto, umavez que o pronome também pode se ligar ao verbo por meio de hífen. Vejamos adiferença. Em “Roubou-lhe a carteira” , o que se quer dizer é que “roubou a sua carteira” ou “roubou a carteira dela/dele”. Esse pronome, na verdade, não está complementando overbo roubar , mas atribuindo ao substantivo car te i ra uma característica – sua
propriedade. Assim, sua função não é a de complemento verbal. Na oração “lhe parece haver estampado na organização e no temperamento a sua rudeza extraordinária ”, o pronome oblíquo poderia ser substituído por um pronomepossessivo: “parece haver estampado na sua organização e no seu temperamento [ referente ao sertanejo] a sua rudeza extraordinária [r udeza do ambiente, do meio] ”. Maisuma vez, vemos que a função do pronome oblíquo lhe não é completar o sentido do verbo (como o faria um objeto indireto), mas modificar os substantivos “organização” e “temperamento”, como o faria um pronome possessivo s ua / s eu . Por isso, a função sintática do pronome oblíquo com valor de possessivo é, segundo Evanildo Bechara (em Lições de Português pela Análise Sintática, 16 ª edição, p.78 ), de “objeto indireto de posse”. Com base na lição desse doutrinador, está correta aafirmação. Todavia, ressaltamos que, segundo grande parte dos gramáticos, a função sintáticaexercida por esse pronome oblíquo é a de ad jun to adnomina l , uma vez que o termoprocura definir, alterar ou restringir o significado do nome, como o faria um pronomepossessivo. De volta à questão anterior, confirmamos o emprego possessivo do pronome oblíquo: “...[ o ser tane jo ] sumar ia - lhes iden t i camente as qua l idades mor a is.” equivale a o ser t anejo s intet iza ident icam ente SUAS qual idades mor ais .
30 - Em “a sua rudeza extraordinária” (R.3), o referente de “sua” é o termo “osertanejo” (R.4).
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I TEM ERRADO Comentário.
Como vimos no comentário do item anterior, o pronome possessivo em “sua rudezaextraordinária” refere-se ao meio em que vive o sertanejo, e não propriamente a ele.
31 - (UnB CESPE / TSE – Analista Judiciário/ 2007) Caro eleitor, 1Nos últimos meses, a campanha política mobilizou
vivamente os brasileiros. No primeiro turno, foram
alcançadas marcas extraordinárias: além do alto índice de 4 comparecimento às urnas e de uma irrepreensível votação,em que tudo aconteceu de forma tranqüila e organizada, aapuração dos resultados foi rápida e segura, o que coloca o 7 Brasil como modelo nessa área. Amanhã serão definidos os nomes do presidente da República e dos governadores de alguns estados. O país, 10 mais do que nunca, conta com você.
Democracia é algo que lhe diz respeito e que seaperfeiçoa no dia-a-dia. É como uma construção 13 bem-preparada, erguida sobre fortes alicerces. Esses
alicerces são exatamente os votos de todos os cidadãos.
Quanto mais fiel você for no exercício do direito de definir 16 os representantes, mais sólidas serão as bases da nossa
democracia. Por isso, é essencial que você valorize essa
escolha, elegendo, de modo consciente, o candidato que 19 julgar com mais condições para conduzir os destinos do país e de seu estado. Você estará determinando o Brasil que teremos nos 22 próximos quatro anos. Estará definindo o amanhã, o seu
próprio bem-estar e de sua família, o crescimento geral, a
melhoria do emprego, da habitação, da saúde e segurança 25 públicas, do transporte, o preço dos alimentos. O momento é
decisivo e em suas mãos — entenda bem, em suas mãos — está
depositada a confiança em dias felizes. 28 Compareça, participe. Não se omita, não transfira a
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PROFESSORA: CALUDIA KOZLOWSKI outros uma escolha que é sua. Pense e vote com a firmeza de
quem sabe o que está fazendo, com a responsabilidade de 31 quem realmente compreende a importância de sua atitude
para o progresso da nação
brasileira.
Esta é
a melhor
contribuição que você poderá dar a sua Pátria. Min is t ro Marco Auré l io de Mel lo . Pronunc iamento o f i c ia l . In te rne t : < w w w .t s e. go v .b r > ( c o m a d ap t a çõ es ) . Julgue a assertiva abaixo. - A substituição da expressão “serão definidos” (R.8) por def in i r -se-ão garante acorreção gramatical do período.
I TEM ERRADO Comentário. A presença de um advérbio (Amanhã) obriga a colocação do pronome antes do verbo,impossibilitando, assim, a mesóclise. Note que, se não tivéssemos tomado o cuidado de voltar ao texto, a sugestãopareceria bem plausível. Por isso, não tenha preguiça – volte ao texto quantas vezes forem necessárias!!!
32 - (UnB CESPE / TRE AL – Técnico / 2004) 1 Na cidade de Atenas, considerava-se cidadão (thetes) qualquer ateniense maior de 18 anos que tivesse
prestado serviço militar e que fosse homem livre. Da reforma 4 de Clistenes em diante, os homens da cidade não usariam
mais o nome da família, mas, sim, o do demos a que
pertenciam. Manifestariam sua fidelidade não mais à família 7 (gens) em que haviam nascido, mas à comunidade (demói)
em que viviam, transferindo sua afeição de uma instância
menor para uma maior. O objetivo do sistema era a 10 participação de todos nos assuntos públicos, determinando
que a representação popular se fizesse não por eleição, mas porsorteio. I n t e r n e t : < h t t p : / / w w w . ed u ca t e r r a. t er r a .co m . b r / v o lt a i re / p o li t i ca / d e m o cr a ci a2 .h t m > .Acesso em 16 / 7 / 2004 ( com adap tações) . Considerando o texto acima, julgue o item a seguir. - A correção gramatical e a coerência textual seriam mantidas ao se retirar o pronome “que” (R.3).
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PROFESSORA: CALUDIA KOZLOWSKI I TEM CERTO Comentário. As duas orações subordinadas adjetivas se encontram iniciadas por pronome relativo “que”: “...considerava-se cidadão qualquer ateniense maior de 18 anos... - que tivesse prestado serviço m ilitar e” - que fosse homem livre.”
Como as duas orações são, entre si, coordenadas e ligadas à mesma estrutura, aomissão da segunda ocorrência do pronome é possível, tornando, assim, o texto mais
claro e sucinto: “... qualquer ateniense
maior
de 18 anos
que tivesse prestado serviço militar e fosse homem livre.” .
33 - (UnB CESPE/PETROBRAS / 2007 ) 1 O aumento do controle e do uso, por parte do
homem, da energia contida nos combustíveis fósseis,
abundantes e baratos, foi determinante para as 4 transformações econômicas, sociais, tecnológicas — e
infelizmente ambientais — que vêm ocorrendo desde a
Revolução Industrial. 7 Dentre as conseqüências ambientais do processo de
industrialização e do inerente e progressivo consumo de
combustíveis fósseis — leia-se energia —, destaca-se o 10 aumento da contaminação do ar por gases e material
particulado provenientes justamente da queima desses
combustíveis. 13 Cabe lembrar que o efeito estufa existe na Terra
independentemente da ação do homem. É importante que
este fenômeno não seja visto como um problema: sem o 16 efeito estufa, o Sol não conseguiria aquecer a Terra osuficiente para que ela fosse habitável. Portanto o problema
não é o efeito estufa, mas, sim, sua intensificação. 19 A mudança climática coloca em questão os padrões de produção e consumo hoje vigentes. Atualmente fala-se
muito em descarbonizar a matriz energética mundial, isto é, 22 em aumentar a participação das energias renováveis em
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PROFESSORA: CALUDIA KOZLOWSKI detrimento de combustíveis fósseis. Isto seria uma condição
necessária mas não suficiente para a atenuação da mudança 25 do clima, que depende também de outras mudanças na infra-estrutura,na tecnologia e na economia. Andr é Sant os Perei r a. Mudança c l imát ica e energias renováveis . (com adaptações) . Julgue o seguinte item, a respeito do texto acima. - A mudança de posição do pronome átono em “fala-se” (R.20) para antes do verbodesrespeitaria as regras de colocação pronominal da norma culta brasileira.
I TEM ERRADO Comentário. Essa questão está quente como pão fresco – foi extraída da prova aplicada em agostode 2007 para cargos da Petrobrás. Antes da forma “fala-se”, há, no texto, o emprego de um advérbio – “Atualmente”,sem pausa (normalmente marcada pela vírgula). Assim, para seguir os preceitos danorma culta, o pronome deveria estar proclítico ao verbo. Por isso, a afirmação de quetal colocação desrespeitaria as regras da norma culta brasileira está ERRADA.
(CESPE UNB / AGU – Procurador Federal / 2002) Texto para as questões 34 e 35. O que a escravidão representa para o Brasil, já o sabemos. Moralmente, é a destruiçãode todos os princípios e fundamentos da moralidade religiosa ou positiva — a família, apropriedade, a solidariedade social, a aspiração humanitária; politicamente, é oservilismo, a desagregação do povo, a doença do funcionalismo, o enfraquecimento doamor à pátria, a divisão do interior em feudos, cada um com seu regime penal, o seusistema de provas, a sua inviolabilidade perante a polícia e a justiça; econômica esocialmente, é o bem-estar transitório de uma classe única, e essa, decadente esempre renovada; a eliminação do capital produzido pela compra de escravos; aparalisação de cada energia individual para o trabalho na população nacional; ofechamento dos nossos portos aos imigrantes que buscam a América do Sul; avalorização social do dinheiro, qualquer que seja a forma como for adquirido; odesprezo por todos os que, por escrúpulos, se inutilizam ou atrasam em uma luta deambições materiais; a venda dos títulos de nobreza; a desmoralização da autoridade,desde a mais alta até à mais baixa. Observamos a impossibilidade de surgiremindividualidades dignas de dirigir o país para melhores destinos, porque o país, nomeio de todo esse rebaixamento do caráter, do trabalho honrado, das virtudesobscuras, da pobreza que procura elevar-se honestamente, está, como se disse, “apaixonado por sua própria vergonha”. A minha firme convicção é que, se não fizermos todos os dias novos e maioresesforços para tornar o nosso solo perfeitamente livre, se não tivermos semprepresente a idéia de que a escravidão é a causa principal de todos os nossos vícios,defeitos, perigos e fraquezas nacionais, o prazo que ainda tem de duração legal —calculadas todas as influências que lhe estão precipitando o desfecho — seráassinalado por sintomas crescentes de dissolução social.
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PROFESSORA: CALUDIA KOZLOWSKI Joaqu im Nabuco. O abo l i c ion ismo. In : In té rpre tes do Bras i l , v . I . Nova Agui la r , 2000, p . 148-51 ( com adaptações) .
Em relação ao texto, julgue os itens que se seguem. 34 - Caso o primeiro período do texto fosse redigido na ordem direta, a forma verbal “sabemos” exigiria a colocação enclítica do pronome “o”.
I TEM ERRADO Comentário. O primeiro período do texto é: O que a escrav idão repr esenta para o Bras i l , j á o sabemos. O pronome oblíquo “o” é chamado de OBJETO DIRETO PLEONÁSTICO, uma vez que o “verdadeiro” objeto direto já surgiu: “o que a escravidão representa para o Brasil.”.Trata-se de um recurso lingüístico, para dar destaque ao primeiro elemento. A disposição dos termos oracionais na ordem direta tornaria desnecessário o empregodesse pronome. Se ainda assim o colocássemos (mantendo apenas o pronome), apresença da palavra invariável “já” tornaria a próclise OBRIGATÓRIA. Assim, nãohaveria possibilidade de emprego enclítico do pronome, o que torna a afirmação doexaminador ERRADA.
35 – Em “procura elevar-se” (R.17), estaria correta a colocação pronominal procura se elevar .
I TEM CERTO Comentário. O assunto agora é o emprego de pronomes oblíquos em locuções verbais. COLOCAÇÃO PRONOMI NA L EM LOCUÇÃO VERBAL Locuções verbais são construções que apresentam um só conceito verbal sob a formade um verbo auxiliar (ou mais) e um verbo principal. O auxiliar (o primeiro, no caso demais de um) irá se flexionar, enquanto que o verbo principal ficará em uma das formasnominais: infinitivo, particípio ou gerúndio (assim como os demais auxiliares).
Em relação à colocação pronominal, valem os conceitos já apresentados.
1 – COM I NFI NI TI VO ESTÁ SEMPRE CERTO; 2 – COM GERÚND I O – REGRA GERAL É ÊNCLISE – HAVENDO PALAVRA INVARIÁVEL, OPRONOME É ATRAÍDO (PRÓCLISE); 3 – COM PARTI CÍ PI O, A ÊNCLI SE (PRONOME APÓS O VERBO) É PROIBIDA. VERBO PRI NCI PAL NO:
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A) I N F I N I T I V O: Eu devo-lhe pedir um favor (pronome enclítico ao verbo auxiliar); Eudevo pedir-lhe um favor (pronome enclítico ao verbo principal); Eu lhe devo pedir umfavor (pronome proclítico ao verbo auxiliar); Eu devo lhe pedir um favor (pronomeproclítico ao verbo principal – VER OBSERVAÇÃO). B) GERÚNDI O: Eu estou-lhe pedindo um favor. (pronome enclítico ao verbo auxiliar);Eu estou pedindo-lhe um favor. (pronome enclítico ao verbo principal); Eu lhe estoupedindo um favor. (pronome proclítico ao verbo auxiliar); Eu estou lhe pedindo umfavor. (pronome proclítico ao verbo principal – VER OBSERVAÇÃO). C) PARTICÍPIO: Eu tenho-lhe pedido um favor (pronome enclítico ao verbo auxiliar);Eu tenho pedido-lhe (*) um favor. (CONSTRUÇÃO CONDENADA, uma vez que não secoloca pronome após particípio); Eu lhe tenho pedido um favor. (pronome proclítico aoverbo auxiliar); Eu tenho lhe pedido um favor. (pronome proclítico ao verbo principal –VER OBSERVAÇÃO).
Observação: A norma culta condena o pronome “solto” no meio
da
locução
verbal
(próclise em relação ao verbo principal), mas esse não foi o posicionamento da bancaque considerou CORRETA a forma “procura se elevar”. Note, contudo, que não houve menção a norma culta. Assim, a banca considerou CORRETO o emprego coloquial do pronome.
PRONOMES DE TRATAMENTO (UnB CESPE/ TRE AP - Analista/ 2007) Julgue as assertivas a seguir acerca de correspondência oficial. 36 - Vossa Excelência, Vossa Senhoria etc. é tratamento direto, usado
indiferentemente para dirigir-se a pessoa com quem se fala ou a quem se dirige acorrespondência.
I TEM ERRADO Comentário. Entre os pronomes pessoais, destacam-se os pronomes de tratamento, que são usadosno trato formal com as pessoas. O pronome a ser utilizado vai depender da intimidade (você, senhor, senhora) e/ou dacerimônia que se tenha com essa pessoa, de acordo com seu cargo, função, título etc.Esses são pronomes da segunda pessoa do discurso, ou seja, representam a pessoa
com quem falamos. Para isso, usamos um
pronome
de 2ª pessoa (vós) – VossaMajestade, Vossa Excelência, Vossa Senhoria etc.
Não obstante serem usados ao nos dirigirmos a alguém (2ª pessoa do discurso), essespronomes de tratamento levam o verbo e os pronomes possessivos à 3ª pessoa: Vossa Excelência t em manifestado sua opinião. Quando, em vez de nos dirigirmos a essa autoridade, falamos dela, passamos aempregar o pronome acompanhado do possessivo “Sua” (Sua Excelência, SuaSenhoria etc.). Assim, a assertiva acima está ERRADA.
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PROFESSORA: CALUDIA KOZLOWSKI Com pronomes de tratamento, os verbos e pronomes correspondentes sãoempregados na 3a pessoa (singular ou plural). É isso o que acontece quando usamos o “você”, cuja origem remonta a “Vossa Mercê”. Aliás, o Dicionário Aurélio registra que, atualmente, há mais de 30 variações brasileirasdesse pronome, em função dos regionalismos, como “vassuncê”, “ocê”, “cê” (essaúltima é muito comum hoje em dia, “cê” não acha?). Repetimos: basta lembrar que t udo o que acon tece com “ você” t am bém acon tececom os demais p ronom es de t r a tament o (V.Sa., V.Exa., etc.): “Você [Vossa Senhoria, Vossa Excelência etc.] VIU a SUA encomenda sobre a mesa?”
37 - Os pronomes de tratamento em que se emprega “Vosso” ou “Vossa”, apesar daaparência de segunda pessoa do plural, equivalem a Você ou a Senhor e, por isso,levam a concordância verbal para a terceira pessoa do singular.
I TEM CERTO Comentário. Esse item apresenta a definição que acabamos de apresentar.
38 - (UnB CESPE/ MPE TO /2006) Aguardamos o pronunciamento de V.S.a acerca da proposta que vos foi apresentada,para que possamos encaminhá-la, com a maior brevidade possível, as instânciassuperiores, que a aguardam para as devidas considerações.
I TEM ERRADO Comentário. Guarde a seguinte informação: TUDO O QUE ACONTECE COM “VOCÊ” ACONTECE COMTODOS OS PRONOMES DE TRATAMENTO!!! Assim, imagine essa construção com o pronome “você”: “Aguardamos um pronunciamento de VOCÊ acerca da proposta que .... fo i apresentada... ” Qual foi o pronome oblíquo utilizado? Acertou quem respondeu “lhe”, pois algo éapresentado A ALGUÉM (objeto indireto), e não “vos”. Com pronomes de tratamento,
são usados verbos e pronomes de 3ª pessoa. Além desse problema, há outro de crase, na passagem “encaminhá-las (...) àsinstâncias super iores”, que foi grafado sem o acento, mas esse é um assunto paraoutra aula.
39 - (UnB CESPE/MRE Oficial de Chancelaria/ 2006) 1 Madri, 14 de julho de 1857.
Senhor, Chegou a hora de poder humildemente comparecer
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PROFESSORA: CALUDIA KOZLOWSKI 4 ante o Trono de Vossa Majestade Imperial com o segundo
volume concluído da História geral do Brasil, depois de haver trabalhado às vinte horas por dia, de forma que quase 7 sinto que estes últimos seis anos da vida me correram tão
largos como os trinta e tantos anteriores. Ao ver afinal
concluída a obra, não exclamei, Senhor, cheio de orgulho, 10 “Eregi monum entu aere perennius ” a minha triste
peregrinação pela terra. Porém caí de joelhos, dando graças a Deus não só por me haver inspirado a idéia de tal grande 13 serviço à nação e às demais nações, e concedido saúde e vida
para o realizar (sustentando-me
a indispensável
perseverança para
convergir sobre a obra desde os anos juvenis, direta e 16 indiretamente, todos os meus pensamentos), como por haver
permitido que a pudesse escrever e ultimar no reinado de Vossa Majestade Imperial, Cujo Excelso Nome a posteridade 19 glorificará, como já o universo todo glorifica a sua sabedoria e
justiça. Senhor! Permita-me Vossa Majestade Imperial que, 22 aproveitando-me, entretanto, dos méritos que devo haver
contraído perante o Seu espírito justiceiro com a conclusão da História geral da civilização da Sua e minha pátria, eu 25 lhe abra todo o meu coração, e Lhe descubra até os mínimos
refolhos e rugas (boas e más) que nele se achem. (...) Estas considerações dão-me por vezes horas de 28 grande tristeza... E confesso, Senhor, que, sobretudo quando
haverá pouco mais de dois anos se publicaram umas grandes
listas de despachos, e vi nelas generosamente contemplados 31 com títulos do Conselho, com crachás, com fidalguias atantos que eu cria terem feito pelo país e por Vossa
Majestade Imperial menos do que eu, gemi e calei (...). 34 Dirá Vossa Majestade Imperial que sou ambicioso.
E por que não, Senhor?! — A maior glória e honra do homem é ser ambicioso, diz Guizot. Não é também Vossa 37 Majestade Imperial ambicioso da glória? Mal do Brasil, se o
não fora, como é, mercê de Deus. (...) Sei que não falta gente que, insistindo em
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PROFESSORA: CALUDIA KOZLOWSKI 40 considerar-me como meio literato, meio empregado
diplomático de cortesias (como dizem) fingem não saber tudo
quanto eu, politicamente, além do grande serviço desta 43 História, tenho trabalhado em favor de Vossa Majestade Imperial e do Império. (...)
Senhor, 46 De Vossa Majestade Imperial,
O mais submisso e leal súdito
Francisco Adolfo de Varnhagen Renato Lemos (Org. ) . Bem t raçadas l inhas: a h is tór ia do Bras i l em car tas pessoais . Rio de Janei ro: Bom Text o, 2004 , p. 58-6 3 ( com ada ptações) .
Com base no que preceituam os manuais de redação oficial e as gramáticasnormativas, julgue o item a seguir, relativo a trechos destacados da carta enviada porFrancisco Adolfo de Varnhagen a D. Pedro II. - Para a correta concordância com o pronome de tratamento “Vossa MajestadeImperial” (R.21), o pronome possessivo “Seu”, na expressão “perante o Seu espírito justiceiro” (R.23), deveria ser alterado para Vosso .
I TEM ERRADO Comentário.
Nossa!!! Quanta insistência!!! (rs...) Já estamos carecas de saber que os possessivos (e todos os demais pronomes) usadoscom pronomes de tratamento são de 3ª pessoa!!! Essa troca não seria válida! Recentemente, na CPI do Apagão Aéreo, os ânimos se exaltaram entre um senador e oBrigadeiro Jorge Kersul Filho – tudo por conta do emprego inadequado do pronome detratamento. O parlamentar referiu-se ao militar por “Vossa Senhoria”, quando foi advertido poreste: - “Vossa Excelência” para of ic ia l -general ! Para não errar ao se dirigir a alguma autoridade (nem na hora da prova), veja aindicação do Manual da Presidência da República (e vejamos, também, se o brigadeirotinha, ou não, razão). O Manual estabelece que é de uso consagrado o pronome “Vossa Excelência” para asseguintes autoridades: a) do Poder Execut i vo : Presidente da República, Vice-Presidente da República,Ministros de Estado, Governadores e Vice-Governadores de Estado e do DistritoFederal, Ofic ia is-Generais das Forças Armadas (o brigadeiro estava certo!!! ),Embaixadores, Secretários-Executivos de Ministérios e demais ocupantes de cargos denatureza especial, Secretários de Estado dos Governos Estaduais, Prefeitos Municipais.
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PROFESSORA: CALUDIA KOZLOWSKI b) do Poder Legis lat ivo: Deputados Federais e Senadores, Ministros do Tribunal deContas da União, Deputados Estaduais e Distritais, Conselheiros dos Tribunais deContas Estaduais, Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais. c) do Poder Judic iár io : Ministros dos Tribunais Superiores, Membros de Tribunais,Juízes, Auditores da Justiça Militar. Já o pronome de tratamento “Vossa Senhoria” é empregado para as demaisautoridades e para particulares.
40 – (UnB CESPE/ TCU - Analista/ 2007) 1 O 29 de julho de 2007 será lembrado como o dia em que os iraquianos usaram suas armas para comemorar. Após
mais de quatro anos vivendo em meio ao caos sob a 4 malsucedida ocupação norte-americana, eles tiveramfinalmente um dia de alegria. Em todos os cantos do Iraque, a
população festejou a histórica vitória de sua seleção na 7 final da Copa da Ásia de futebol — com receita brasileira do
técnico Jorvan Vieira, que comemorou como “do Brasil” a vitória por 1 a 0 sobre a Arábia Saudita, comandada por 10 Hélio dos Anjos, outro brasileiro. Correio Braziliense, 30/7/2007, p. 18 (com adaptações).
A respeito das idéias e das estruturas do texto acima e também considerando aspectosda geopolítica do mundo nos dias atuais, julgue o seguinte item. - O desenvolvimento das idéias do texto mostra que “sua” (R.6) refere-se a “Iraque” (R.5).
I TEM CERTO Comentário. Essa foi a questão mais polêmica dessa prova.
Como sempre, vamos ao texto: “Em todos os cantos do Iraque, a população festejou a histórica vitória de sua seleção na final da Copa da Ásia de futebol ...” Sempre lembramos que a análise sintática (relativa aos elementos do texto) deve sefazer em conjunto com a análise semântica (o sentido). Imagine o que aconteceria se não houvesse menção ao país na estrutura textual: "A população festejou a histórica vitória de sua seleção...". A primeira pergunta do leitor seria: "que população" ou “população de qual país”? ou “seleção de qual PAÍS?”. Em função disso, entende-se que a seleção “pertence” a um PAÍS, e não a umapopulação desse país.
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PROFESSORA: CALUDIA KOZLOWSKI Seguindo esse raciocínio (e observe que o examinador faz menção ao desenvolvimentodas idéias do texto), o pronome possessivo "sua" estaria se referindo ao país IRAQUE enão à população daquele país. :::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::
Por hoje, chega, ninguém agüenta mais...rs... Bons estudos e até a próxima.
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PROFESSORA: CALUDIA KOZLOWSKI LI STA DAS QUESTÕES COMENTADA S. 1 - (UnB CESPE / SEAD -PA / 2007) 1 A assinatura da Lei Áurea, em 13 de maio de 1888, decretou o fim do direito de propriedade de uma pessoa sobre outra, porém o trabalho semelhante ao escravo se manteve de 4 outra maneira: pela servidão, ou “peonagem”, por dívida.
Nela, a pessoa empenha sua própria capacidade de trabalho ou a de pessoas sob sua responsabilidade (esposa, filhos, pais) 7 para saldar uma conta. E isso acontece sem que o valor do
serviço executado seja aplicado, de forma razoável, no
abatimento da conta, ou que a duração e a natureza do serviço 10 estejam claramente definidas. O sociólogo norte-americano Kevin Bales, considerado um dos maiores especialistas no tema, traça em 13 seu livro Disposable People: New Slavery in the Global
Economy (Gente Descartável: A Nova Escravidão na
Economia Mundial) paralelos entre os dois sistemas de 16 escravidão, que foram adaptados pela Repórter Brasil para a
realidade brasileira. Julgue a assertiva abaixo. - O vocábulo “a”, em “ou a de pessoas sob sua responsabilidade” (R.6), refere-se aotermo anterior “capacidade de trabalho” (R.5).
2 - (UnB CESPE / TSE – Técnico/ 2007) 1 A função da oposição em uma sociedade democrática
consiste em denunciar a corrupção, acompanhar as
investigações e avaliar os projetos e iniciativas 4 governamentais, propondo alternativas. A crítica, e não aadesão, é sua tarefa primordial. Se uma sociedade cessa de ter
uma verdadeira oposição, ela caminha para uma solução 7 autoritária. A governabilidade só existe verdadeiramente com
uma oposição atuante, que sinalize os problemas existentes ediscuta os seus encaminhamentos. Denis Ler re r Rosenf ie ld. O Globo, 27 / 11 / 200 6, p . 7 (com adaptações) . Julgue o item a seguir.
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PROFESSORA: CALUDIA KOZLOWSKI - Na linha 6, o pronome “ela” refere-se a “verdadeira oposição”.
3 - (UnB CESPE/SEAD-PA/2007) 1 Só algumas crianças (as que não vasculham os sítios da
Internet) acreditam que os países ricos, que nos enviam suas
ONGs e seus técnicos, estão preocupados com o nosso bem 4 estar. Estão preocupados, sim, em preservar áreas virgens
para seu benefício futuro. Contam com elas, se lhes for
cortado o suprimento de óleo e gás do Oriente Médio. Hoje, 7 lhes interessa proclamar que as grandes árvores amazônicas
são os alvéolos pulmonares do planeta. Amanhã, quando lhes
convier, seus cientistas concluirão
que
o caule e as
folhas da
10 cana-de-açúcar são muito mais eficientes para a
transformação do carbono em oxigênio e energia. Enquanto
isso, sem que ajamos em defesa de nosso território, eles vão 13 comprando, a preço de qualquer coisa, vastas áreas da Hiléia.
Por tudo isso, convém-nos, sem manifestações histéricas de
xenofobia, exercer autoridade soberana sobre nosso espaço 16 geográfico.
Julgue a assertiva abaixo. - A substituição de “lhes interessa” (R.7) pela expressão interessa a eles mantém acorreção gramatical e as informações originais do período.
4 - (UnB CESPE / SEAD -PA / 2007) 1 Foi concedida pela justiça federal liminar ao Ministério Público Federal (MPF) impedindo a criação da Floresta Estadual da Amazônia e da Área de Proteção 4 Ambiental Santa Maria de Prainha. Para o MPF, a criação das
duas áreas, anunciadas pelo governo do estado do Pará como
iniciativa de preservação, representa, na verdade, um ataque 7 ao modo de vida das populações tradicionais da região eprivilegia um modelo de exploração predatório da floresta
amazônica. 10 A região abrangida pela liminar da justiça federal ficano coração do Pará, servida pelos rios Tamuataí, Uruará e
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PROFESSORA: CALUDIA KOZLOWSKI Guajará e ainda possui grandes extensões de floresta primária 13 e potencial para atividades extrativistas. Por isso, desde 2003, o IBAMA faz estudos para a criação da Reserva Extrativista Renascer, a pedido dos ribeirinhos que lá vivem. 16 Catorze comunidades reivindicam a criação da Resex, um
modelo de preservação que garante títulos de posse da terra
para os moradores tradicionais. 19 De acordo com o levantamento do IBAMA, ancestrais
dos moradores atuais já viviam na área em 1880. Eles começaram a ser assediados por madeireiras, recentemente, o 22 que já provoca conflitos, como mostra a recente denúncia
feita pela Procuradoria da República em Santarém de que
policiais militares estavam apoiando a extração ilegal de 25 madeira na área. A chegada da atividade madeireira trouxe a exploração dos trabalhos dos comunitários a preço vil, a destruição da 28 paisagem natural, a degradação da mata ciliar pela ação de
balsas transportadoras de toras e revolvimento do fundo dos
rios, modificando os aspectos físicos, químicos e biológicos 31 dos ecossistemas fluviais, de acordo com registro feito no
pedido de liminar do MPF. MPF/ PA obtém l im in ar p ro ib indo c r iação da Flo res ta Es tadua l . In t e rne t : < w w w .p rpa.mp f . gov .br> ( com adap tações) . No que se refere aos processos coesivos de referência no texto, assinale a opçãocorreta. A) A expressão “região abrangida pela liminar da justiça federal” (R.10) refere-se àmesma região mencionada na linha 7. B) O termo “que” (R.17) refere-se, sintaticamente, a “criação” (R.16). C) A forma pronominal “Eles” (R.20) retoma o termo “ancestrais” (R.19). D) Na linha 21, o pronome “o” está empregado em referência ao termo anterior “recentemente”.
5 - (UnB CESPE / TCU – Analist a / 2007) 1 Veja — Dez anos não é tempo curto demais para
mudanças capazes de afetar o clima em escala global?
Al Gore — Não precisamos fazer tudo em dez anos. 4 De qualquer forma, seria impossível. A questão é outra. De
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PROFESSORA: CALUDIA KOZLOWSKI acordo com muitos cientistas, se nada for feito, em dez anos já
não teremos mais como reverter o processo de degradação 7 da Terra. Os estudos mostram que é necessário iniciar
imediatamente uma forte redução na emissão de gases
poluentes. O primeiro objetivo seria estabilizar a quantidade 10 de poluentes na atmosfera. E, então, quem sabe, depois de
cinco anos, começar a reduzir o montante de CO2 no planeta.
Veja , 11 / 10 / 2006 ( com adap tações) . Com referência às idéias e às estruturas lingüísticas do texto acima, que é parte deuma entrevista de Al Gore à Revista Veja, julgue o seguinte item. - O pronome isso poderia ser inserido imediatamente antes de “seria impossível” (R.4). Nesse caso, o pronome retomaria a idéia expressa em “fazer tudo em dez anos” (R.3).
6 - (UnB CESPE / TCU – Técnico / 2004) 1 Em uma iniciativa inédita, dez grandes corporações
assinaram um compromisso com o Fórum Econômico
Mundial para divulgar regularmente o volume de suas 4 emissões de gases poluentes. Com isso, elas se antecipam
aos governos que ainda estão aguardando a entrada em vigor
do protocolo de Kyoto. Pelo acordo, denominado Registro 7 Mundial
de Gases
que Causam o
Efeito Estufa,
as
multinacionais passam a informar o seu grau de poluição do
meio ambiente, atendendo a expectativas de acionistas, que 10 cobram mais transparência sobre o tema. Juntas, essas
empresas são responsáveis pela emissão de 800 milhões de
toneladas de dióxido de carbono por ano, o que representa 13 cerca de 5% das emissões mundiais. O Globo, 23 / 1 / 2004 , p . 30 ( com adap tações ) . A partir do texto acima e considerando aspectos marcantes da questão ambiental no
mundo contemporâneo, julgue o item seguinte. - As expressões “elas” (R.4), “as multinacionais” (R.7-8) e “essas empresas” (R.10-11) têm o mesmo referente: “dez grandes corporações” (R.1).
7 - (UnB CESPE / TCU – Técnico / 2004) 1 Eles andam bem vestidos, dirigem carros novos, estudam nas melhores escolas e faculdades.
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PROFESSORA: CALUDIA KOZLOWSKI Mas foram atraídos para o crime. Policiais, promotores 4 e especialistas em segurança pública calculam que
jovens das classes média e alta estão envolvidos emmetade das ocorrências registradas em todo o Distrito 7 Federal. Nas áreas nobres — Plano Piloto, Lago Sul eLago Norte —, os filhos da elite respondem por 70% dos
casos de furto no interior de veículos, porte e uso 10 de armas, além de tráfico de entorpecentes.
No meio policial, esses criminosos são chamados de bico fino. São membros de famílias com 13 alto
poder
aquisitivo,
a maioria são homens
e têm idade
entre 18 e 25 anos. Concluíram o ensino médio, cursam uma
faculdade ou já se formaram. E agem como 16 bandidos. Corre io Braz i l iense, 14 / 3 / 2004, p . 25 (com adaptações) . Considerando o texto acima e o tema nele focalizado, com suas múltiplas implicações, julgue o item subseqüente. - A quem o pronome “Eles” (R.1) se refere vem explicitado, posteriormente no texto, àlinha 5.
8 - (UnB CESPE / PMES / 2007) Momen to num café 1 Quando o enterro passou Os homens que se achavam no café Tiraram o chapéu maquinalmente 4 Saudavam o morto distraídos
Estavam todos voltados para a vida
Confiantes na vida. 7 Um no entanto se descobriu num gesto largo e demorado Olhando o esquife longamente Este sabia que a vida é uma agitação feroz e sem finalidade 10 Que a vida é traição E saudava a matéria que passava Liberta para sempre da alma extinta. Manuel Bandei ra. In : Anto logia poét ica. 7. ª ed. Rio de Janei ro: José Olympio, 1974, p . 103.
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PROFESSORA: CALUDIA KOZLOWSKI Em relação às idéias e às estruturas lingüísticas do texto acima, julgue o item que sesegue. - O pronome “Este” (v.9) é utilizado como recurso de coesão textual e substitui otermo “esquife” (v.8).
9 - (UnB CESPE / STM Técnico / 2004) 1 Filhos malcriados e agressivos... O problema da autoridade
em crise não é do vizinho, não acontece no exterior, não éconfortavelmente longínquo. É nosso. Parece 4 que criamos um bando de angustiados, mais do que seria
natural. Sim, natural, pois, sobretudo na juventude, plena de
incertezas e objeto de pressões de toda sorte, uma boa dose 7 de angústia é do jogo e faz bem. Mas quando isso nos desestabiliza, a nós, adultos, e nos isola desses de quem estamos ainda cuidando, a quem 10 devemos atenção e carinho, braço e abraço, é porque,
atordoados pelo excesso de psicologismo barato, talvez
tenhamos desaprendido a dizer não, nem distinguimos 13 quando se devia dizer sim. Ter um filho é necessariamente ser responsável. Ensinar numa escola é ser responsável. Estar vivo, enfim, é 16 uma grave responsabilidade. Lya Lu f t . Sobre pa is e f i l hos. In : Ve ja , 16 / 6 / 2004, p . 21 (com adaptações) .Considere as idéias e as estruturas lingüísticas do texto acima para julgar os itenssubseqüentes. - O pronome “isso” (R.8) resume as idéias do primeiro parágrafo: as angústias da juventude.
(UnB CESPE/ TRT 10.ª REGIÃO - Analista/2005) O texto a seguir serve de base para as questões 10 e 11. 1 Desde que Montesquieu, no século XVIII, em O Espír i t o d as Leis, definiu as linhas básicas do sistema
democrático de governo, a ciência política não logrou 4 conceber, até os nossos dias, forma mais significativa de
expressão da vontade de um povo no que se refere à
convivência em uma sociedade politicamente organizada 7 do que a estabelecida por ele, genialmente, na clássica
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PROFESSORA: CALUDIA KOZLOWSKI tríplice separação dos poderes do Estado. O Estado, entidade inanimada e abstrata, que, ao se 10 realizar, materializa-se na concreção de formas, atos esentidos, traduz-se nesse imensurável complexo de ações que
dão substância ao desejo de conformação política de uma 13 nação. I n t er n et : < h t t p :/ / w w w . st f .g ov .b r / n o ti ci as/ i m p r en sa > . Em relação ao texto acima, julgue os itens que se seguem. 10 - Em “a estabelecida” (R.7), subentende-se, como recurso de coesão textual, aelipse da palavra “forma”, citada na linha 4. 11 - O pronome masculino singular “ele” (R.7) está sendo empregado como recurso
coesivo que retoma o termo antecedente “povo” (R.5). (UnB CESPE/ IRBr Diplomata/ 2006)
Texto para as questões 12 e 13.
Cujas Canções 1 É costume cada um colocar sua profissão ou títulos nos
cartões de visitas. No tempo das guerras cisplatinas até ficou
famoso alguém que assim se apresentava: “José Maria da 4 Conceição —
tenente
dos Colorados”.
Ora, quem escreve estas linhas já recebeu alguns títulos da generosidade de seus conterrâneos. Se pusesse todos 7 eles, seria pedante; escolher um só seria indelicadeza para
com os outros proponentes. Quanto a mim, sempre fui de opinião que bastava o 10 nome da pessoa, sem a vaidade de títulos secundários. Mas eis
que a minha camareira fez-me cair em tentação. Dá-se o caso que saiu a edição do meu livro Canções, ilustrado por Noêmia 13 e que, ao ser noticiado por Nilo Tapecoara no Bric-à-brac da
vida, este o publicou com o meu retrato em duas colunas e,
abaixo do mesmo, uma notícia que assim principiava, com a 16 primeira linha impressa em letras maiúsculas: MÁRIO
QUINTANA, CUJAS CANÇÕES etc. etc... Ora, na manhã daquele dia, ao servir-me o café na 19 cama, sia Benedita não podia ocultar o orgulho que lhe
causava o seu hóspede e repetia: “Cujas canções, hein, cujas
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PROFESSORA: CALUDIA KOZLOWSKI canções!” 22 O seu maior respeito era devido, sem dúvida, àmisteriosa palavra “cujas”. Mario Quintan a. Poesia com pleta. Rio de Janei ro: Nova Agui lar , 200 5, p. 959 . Julgue os próximos itens, relativos a análises de fatos lingüísticos do texto. 12 - Os termos “quem” (R.5), “mim” (R.9) e “hóspede” (R.20) estão empregados emreferência a pessoas diferentes. 13 - O pronome “este” (R.14) refere-se a seu antecedente, o “Bric-à-brac da vida”.
14 - (UnB CESPE / TSE – Técnico/ 2007) 1 Distraídos com a discussão sobre os índices de crescimento,
deixamos de perceber que desenvolvimento é o processo
contínuo pelo qual uma sociedade aprende a 4 administrar realidades cada vez mais complexas.
Quando dizemos que os suíços ou suecos são desenvolvidos, o que temos em mente não é apenas que eles 7 são mais ricos que nós. O que está subentendido é que
também sabem gerir melhor os trens e as escolas primárias, as
florestas e os hospitais, as universidades e as penitenciárias, 10 os museus e os tribunais. Em outras palavras, serdesenvolvido é uma totalidade. No Brasil temos ilhas de excelência: o Departamento 13 do Tesouro, a EMBRAPA, o Itamaraty, entre outras. Mas estão afogadas em oceano de incompetência, em certos pontos com
profundidades abissais. As demandas de exigência 16 crescente de uma sociedade dinâmica são atendidas pelas
ilhas de eficiência, mas logo se atolam nos gargalos da
inépcia.
Rubens Ricupero . Fo lha de S.Pau lo , 26 / 11 / 200 6, p . B2 (com adaptações) . Em relação ao texto acima, julgue o item que se segue. - A substituição de “pelo qual” (R.3) por cu ja mantém a correção gramatical doperíodo.
15 - (UnB CESPE / PMES / 2007) Di fe renças do mesm o 1 Sendo uma radical evolução dos antigos mercados,
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PROFESSORA: CALUDIA KOZLOWSKI os shopping centers são um símbolo da modernidade,
sobretudo da globalização partida, onde as ruas ficaram para 4 os pobres. Da mesma maneira que a pobreza é diferente,come diferente e vive diferente entre os diversos países do
mundo, e os ricos vivem de maneira muito parecida, não 7 importa o país onde estejam, os shoppings são exatamente
iguais em qualquer parte do mundo. A arquitetura, as
temperaturas, as escadas rolantes, as grifes das lojas, os 10 setores de alimentação e suas cadeias de fast-food, tudo é
exatamente igual. Mas
é possível
ver diferença no
tamanho do
espaço
13 dedicado às livrarias. Quando se comparam os shoppings do
leste da Ásia com os shoppings brasileiros, o visitante ficasurpreso com o tamanho das livrarias que aqueles 16 apresentam. Em Manila, onde o sistema educacional e a
distribuição de renda são os piores entre os países daquela
região, a livraria de um dos seus diversos shoppings é 19 maior do que a maior das livrarias em um shopping
brasileiro. A diferença é que existe maior hábito de leitura na
elite asiática do que na brasileira. Cr is tovam Buarque. Os t ig res assus tados : uma v iagem pe la f ron te i ra dos séculos. Rio de Janei ro: Record: Rosa dos Tempos, 1999, p. 119-20 (com adaptações) . Julgue a assertiva abaixo. - Na linha 16, o pronome relativo “onde” refere-se ao termo “Manila” e poderia sersubstituído pela expressão e m q u e, sem prejuízo para o sentido do texto.
16 - (UnB CESPE/ TJ PA – Analista / 2006 ) 1 A democracia do Estado contemporâneo necessita, demaneira imprescindível, da consagração da supremacia
constitucional e do respeito aos direitos fundamentais, que 4 somente estarão presentes nos países em que houver um
Judiciário forte, dotado de plena independência e que possa
efetivar suas decisões. A independência judicial constitui 7 direito dos cidadãos, e é triste um país que não a possui.
O magistrado, no momento de julgar, não pode receber ordens de nenhuma autoridade interna ou externa, sendo essa
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PROFESSORA: CALUDIA KOZLOWSKI 10 idéia essencial à independência do Judiciário. A maioria esmagadora dos juízes brasileiros dedicam
suas vidas à luta por uma magistratura independente, 13 democrática, transparente e justa e jamais se esquecem da
lição do grande Rui: “A autoridade da Justiça é moral, e sustenta-
se pela moralidade de suas decisões”. Alexandre de Moraes. União pelo for ta lec imento. In : Folha de S. Paulo, 2 5 / 3 / 2 0 0 6 ( co m a d ap t a çõ es ) . Julgue a assertiva abaixo a respeito do emprego das estruturas lingüísticas no texto. - As regras gramaticais do padrão culto da língua portuguesa exigem o emprego dapreposição no termo “em que” (R.4), o que indica que esse termo pode ser substituído
pelo pronome onde . 17 - (UnB CESPE / TSE – Técnico/ 2007) 1 Olhando em retrospectiva os últimos 20 anos, temos uma realidade nada alentadora. Em média, o Brasil cresceu
cerca de 2,4% ao ano. Diante desse cenário, o que precisa ser 4 feito para que atinjamos os tão propalados 5% de crescimento
sustentado? Quando se trata de crescimento sustentado, a teoria 7 econômica indica que o resultado positivo é fruto de dois
tipos de ação: aumento da produtividade ou acumulação de
capital (físico e humano). 10 A elevação significativa da produtividade dos fatores
de produção só será obtida com reformas institucionais
profundas. Já o acúmulo de capital humano requer 13 investimento em educação, cuja maturação é longa. Lu iz Gu i lherm e Schym ura . Fo lha de S.Pau lo , 1 . º / 12 / 2006 ( com adaptações) . Julgue a assertiva abaixo. - A substituição de “cuja” (R.13) por a qua l mantém a correção gramatical do período.
(UnB CESPE/ ANATEL – Técnico / 2006)
Texto para responder aos itens 18 e 19.
Com o não usar o t e lefone celu lar 1 É fácil ironizar os possuidores de telefones celulares. Mas é necessário descobrir a qual das cinco categorias eles
pertencem. Primeiro, vêm as pessoas fisicamente incapacitadas, www.pontodosconcursos.com.br - 54 -
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PROFESSORA: CALUDIA KOZLOWSKI 4 ainda que sua deficiência não seja visível, obrigadas a um
contato constante com o médico ou com o pronto-socorro. Depois,
vêm aqueles que, devido a graves deveres profissionais, 7 são obrigados a correr em qualquer emergência (capitães do
corpo de bombeiros, médicos, transplantadores de órgãos). Em
terceiro lugar, vêm os adúlteros. Só agora eles têm a 10 possibilidade de receber ligações de seu parceiro secreto sem
que membros da família, secretárias ou colegas mal-intencionados
possam interceptar o telefonema. 13 Todas as três categorias enumeradas até agora merecem o nosso
respeito: no caso
das
duas primeiras,
não nos
importamos de ser perturbados em restaurantes ou durante uma 16 cerimônia fúnebre, e os adúlteros tendem a ser muito discretos.
Seguem-se duas outras categorias que, ao contrário, representam um risco. A primeira é composta de pessoas 19 incapazes de ir a qualquer lugar se não tiverem a possibilidade
de conversar fiado acerca de frivolidades com amigos e parentes de que acabaram de se separar. Elas nos incomodam, 22 mas precisamos compreender sua terrível aridez interior,
agradecer por não estarmos em sua pele e, finalmente, perdoar. A
última categoria é composta de pessoas preocupadas 25 em mostrar em público o quanto são solicitadas, especialmente
para complexas consultas a respeito dos negócios: as conversas que
somos obrigados a escutar em aeroportos ou restaurantes 28 tratam de transações monetárias, atrasos na entrega de perfis
metálicos e outras coisas que, no entendimento de quem fala, dão a impressão de que se trata de um verdadeiro Rockfeller. 31 O que eles não sabem é que Rockfeller não precisa detelefone celular, porque conta com um plantel de secretários tão
vasto e eficiente que, no máximo, se seu avô estiver morrendo, 34 por exemplo, alguém chega e lhe sussurra alguma coisa no
ouvido. O homem poderoso é justamente aquele que não é
obrigado a atender todas as ligações, muito pelo contrário: 37 nunca está para ninguém, como se diz.
Portanto, todo aquele que ostenta o celular como símbolo de
poder,
na
verdade,
está declarando de público sua
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PROFESSORA: CALUDIA KOZLOWSKI 40 condição irreparável de subordinado, obrigado que é a pôr-se
em posição de sentido, mesmo quando está empenhado em um
abraço, a qualquer momento em que o chefe o chamar. Umber to Eco. O segundo d iá r io mín imo. Serg io F laksman (Trad . ) . R io de Jane i ro : Record , 199 3, p . 194-6 (com adaptações) . Com base nas idéias e estruturas do texto de Umberto Eco, julgue os itens a seguir. 18 - O segundo período do texto estaria de acordo com a norma gramatical caso fosseescrito da seguinte forma: É necessária, porém, a identificação da categoria à qual elespertencem. 19 - Com igual correção gramatical a forma pronominal às quais poderia serempregada em lugar do pronome “que” no segmento “as conversas que somosobrigados a escutar” (R.26-27).
(UnB CESPE/ IRBr Diplomata/ 2006) Texto para as questões de 20 a 22. 1 A história do Brasil, nos três primeiros séculos, está
intimamente ligada à da expansão comercial e colonial
européia na Época Moderna. Parte integrante do império 4 ultramarino português, o Brasil-colônia refletiu, em todo olargo período de sua formação colonial, os problemas e os
mecanismos de conjunto que agitaram a política imperial 7 lusitana. Por outro lado, a história da expansão ultramarina e da
exploração colonial portuguesa desenrola-se no amplo quadro da
competição entre as várias potências, em busca do 10 equilíbrio europeu; dessa forma, é na história do sistema geral
de colonização européia moderna que devemos procurar o esquema de determinações no interior do qual se processou a 13 organização da vida econômica e social do Brasil na primeira
fase de sua história e se encaminharam os problemas políticos de que esta região foi o teatro. Fernando A. Novais . Aprox imações: estudos de h is tór ia e h is tor iograf ia . São Paulo: Cosac Nai fy , 200 5, p. 45. Com relação a aspectos lingüísticos do texto, julgue (C ou E) os itens a seguir. 20 - - O pronome “que” (R.15) tem como antecedente “os problemas políticos” (R.14). 21 - A substituição de “no interior do qual” (R.12) por em cu jo in te r io r seria justificada pela prescrição gramatical. 22 - O emprego do artigo “o”, no trecho “em todo o largo período de sua formaçãocolonial” (R.4-5), reflete opção estilística do autor, visto que o artigo poderia sereliminado, sem prejuízo para o sentido da frase.
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PROFESSORA: CALUDIA KOZLOWSKI 23 - (UnB CESPE/ ANATEL – Técnico / 2006) 1 Foi “entrevistado” aquele que é apontado pelas
autoridades como o principal responsável pelos ataques do PCC. O Celular “falou” ao repórter com o compromisso de não 4 ter sua identidade e sua marca reveladas. O senhor admite ter desempenhado um papel fundamental
na organização dos ataques do PCC? Não se 7 pode dispensar todo o barril por causa de algumas maçãs
podres. Eu ajudo mais de 90 milhões de brasileiros a se
comunicarem diariamente. Sou
um aparelho democrático.
10 É possível ou não bloquear os seus serviços? Eu sempre me esforço para ser o melhor naquilo que faço. Esta é a minha receita de sucesso. Para bloquear, é preciso 13 acompanhar o meu ritmo de avanço tecnológico. Alguns
bloqueadores instalados já estavam obsoletos quando foram
instalados. 16 Afinal, existe alguma forma de bloquear o seu sinal? Tem uma tal de gaiola de Faraday. Apesar de o nome
parecer complicado, é bem simples. Basta instalar uma tela de 19 metal em volta das celas ou dos presídios. A gaiola de metal
impede que minhas ondas eletromagnéticas entrem ou saiam. Aí,
não tem comunicação. Veja , 31 / 5 / 2006 ( com adap tações) . Com base no texto acima, julgue o próximo item. - As expressões “todo o barril” (R.7) e qua lquer bar r i l têm o mesmo sentido.
(UnB CESPE/ IRBr Diplomata/ 2006)Texto para as questões de 24 a 26.
Cont os de v igár io 1 Passam-se tempos sem que ouçamos falar em contos de vigário. Muito bem. Tornamo-nos otimistas, imaginamos que,
se a reportagem não menciona esses espantosos casos de 4 tolice combinada com safadeza, certamente os homens
ficaram sabidos e melhoraram. Pensamos assim e devemos estar em erro.
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PROFESSORA: CALUDIA KOZLOWSKI 7 Provavelmente esse negócio continua a florescer, mas as
vítimas têm vergonha de queixar-se e confessar que são
idiotas. Raras vezes um cidadão se resolve a afrontar o 10 ridículo, e vai à polícia declarar que, não obstante ser parvo,
teve a intenção de embrulhar o seu semelhante. O que ele faz depois de logrado é meter-se em casa, 13 arrancar os cabelos, evitar os espelhos e passar uns dias de
cama, procedimento que todos nós adotamos quando, em
conseqüência de um disparate volumoso, nos sentimos 16 inferiores ao resto da humanidade. Convenientemente curado,
cicatrizado, esquecida a fraqueza,
o sujeito levanta-se e
adquire consistência para realizar nova tolice. E assim por 19 diante, até a hora da tolice máxima, em que ninguém reincide
porque isto é impossível. Graci l iano Ramos. L inhas tor tas: obra póstuma. 11.a ed. Rio de Janei ro, São Paulo: Record, 1984 . p. 154. Quanto à descrição gramatical de elementos do texto, julgue as assertivas abaixo. 24 - O verbo “queixar-se” (R.8), utilizado no texto como verbo pronominal, conjuga-sefacultativamente sem o pronome.
25 - Em “levanta-se” (R.17), a partícula “se” indica a indeterminação do sujeito.
26 - Em “nos sentimos inferiores ao resto da humanidade” (R.15-16), houvetransgressão dos requisitos gramaticais para a colocação pronominal.
27 - (UnB CESPE/ IRBr Diplomata/ 2006) Julgue a correção da assertiva abaixo. - Os resultados da pesquisa foram divulgados através de relatório impresso e boletimeletrônico, que rapidamente disseminaram-se na comunidade científica, da qual umamaior consciência das questões de pesquisa se tornou cada vez mais evidenciada.
28 - (UnB CESPE/ IRBr Diplomata/ 2006) Rel ig ião m est iça 1 A sua [do sertanejo] religião é como ele — mestiça.
Resumo dos caracteres físicos e fisiológicos das raças de
que surge, [o sertanejo] sumaria-lhes identicamente as 4 qualidades morais. É um índice da vida de três povos. E suas
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PROFESSORA: CALUDIA KOZLOWSKI crenças singulares traduzem essa aproximação violenta de
tendências distintas. É desnecessário descrevê-las. As lendas 7 arrepiadoras do caapora travesso e maldoso, atravessandocélere, montado em caititu arisco, as chapadas desertas, nas
noites misteriosas de luares claros; os sacis diabólicos, de 10 barrete vermelho à cabeça, assaltando o viandante retardatário,
nas noites aziagas das sextas-feiras, de parceria com os lobisomens e mulas sem cabeça noctívagos; todos os 13 mal-assombramentos, todas as tentações do maldito ou do
diabo — esse trágico emissário dos rancores celestes em
comissão na terra; as rezas dirigidas a S. Campeiro,
16 canonizado in par t ibus 1, ao qual se acendem velas pelos
campos, para que favoreça a descoberta de objetos perdidos; as
benzeduras cabalísticas para curar os animais, para amassar 19 e vender sezões; todas as visualidades, todas as aparições
fantásticas, todas as profecias esdrúxulas de messias insanos; eas romarias piedosas; e as missões; e as penitências... todas 22 as manifestações completas de religiosidade indefinida são
explicáveis. 1 In par t ibus in f idel ium [Lat . ] . 1 .Nos países ocupados pelos in f ié is . 2.Diz-se do b ispo cujo t í tu lo é meramente honor í f ico. 3. Por extensão. Não efet ivo,nomina l . In : Fer re i ra , Auré l io B . de H. Novo d ic ionár io da l íngua por tuguesa.I d e m , i bi d e m . Referentemente a aspectos lingüísticos do texto, julgue a correção da assertiva abaixo. - A gramática normativa desautoriza a colocação pronominal enclítica em “sumaria-lhes” (R.3), recomendando a forma sumar-lhes-ia.
(UnB CESPE/ IRBr Diplomata/ 2006)
Texto para as questões 29 e 30.
Rel ig ião m est iça 1 Insulado deste modo no país, que o não conhece, em luta aberta com o meio, que lhe parece haver estampado na
organização e no temperamento a sua rudeza extraordinária, 4 nômade ou mal fixo à terra, o sertanejo não tem, por bem
dizer, ainda capacidade orgânica para se afeiçoar a situação
mais alta. 7 O círculo estreito da atividade remorou-lhe o
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PROFESSORA: CALUDIA KOZLOWSKI aperfeiçoamento psíquico. Está na fase religiosa de um
monoteísmo incompreendido, eivado de misticismo 10 extravagante, em que se rebate o fetichismo do índio e do
africano. É o homem
primitivo, audacioso e forte, mas
ao
mesmo tempo crédulo, deixando-se facilmente arrebatar 13 pelas superstições mais absurdas. Uma análise destas
revelaria a fusão de estádios emocionais distintos. Eucl ides da Cunh a. O hom em / Os ser tões. I n : Obra com pleta. Rio de Janei ro: Nova Agu i la r , 1995, p . 197.
Com relação ao texto, julgue os itens seguintes. 29 - O pronome “lhe”, na oração “que lhe parece haver estampado na organização e
no
temperamento
a sua rudeza extraordinária” (R.2-3), funciona como
objeto indiretousado com sentido possessivo. 30 - Em “a sua rudeza extraordinária” (R.3), o referente de “sua” é o termo “osertanejo” (R.4).
31 - (UnB CESPE / TSE – Analista Judiciário/ 2007) Caro eleitor, 1Nos últimos meses, a campanha política mobilizou
vivamente os brasileiros. No primeiro turno, foram
alcançadas marcas extraordinárias: além do alto índice de 4 comparecimento às urnas e de uma irrepreensível votação,
em que tudo aconteceu de forma tranqüila e organizada, aapuração dos resultados foi rápida e segura, o que coloca o 7 Brasil como modelo nessa área. Amanhã serão definidos os nomes do presidente da República e dos governadores de alguns estados. O país, 10 mais do que nunca, conta com você.
Democracia é algo que lhe diz respeito e que seaperfeiçoa no dia-a-dia. É como uma construção 13 bem-preparada, erguida sobre fortes alicerces. Esses
alicerces são exatamente os votos de todos os cidadãos.
Quanto mais fiel você for no exercício do direito de definir 16 os representantes, mais sólidas serão as bases da nossa
democracia. Por isso, é essencial que você valorize essa
escolha, elegendo, de modo consciente, o candidato que
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19 julgar com mais condições para conduzir os destinos do país e de seu estado. Você estará determinando o Brasil que teremos nos 22 próximos quatro anos. Estará definindo o amanhã, o seu
próprio bem-estar e de sua família, o crescimento geral, a
melhoria do emprego, da habitação, da saúde e segurança 25 públicas, do transporte, o preço dos alimentos. O momento é
decisivo e em suas mãos — entenda bem, em suas mãos — está
depositada a confiança em dias felizes. 28 Compareça, participe. Não se omita, não transfira a outros uma escolha que é sua. Pense e vote com a firmeza de
quem sabe o que está fazendo, com a responsabilidade de 31 quem realmente compreende a importância de sua atitude
para o progresso da nação brasileira. Esta é a melhor
contribuição que você poderá dar a sua Pátria. Min is t ro Marco Auré l io de Mel lo . Pronunc iamento o f i c ia l . In te rne t : < w w w .t s e. go v .b r > ( c o m a d ap t a çõ es ) . Julgue a assertiva abaixo. - A substituição da expressão “serão definidos” (R.8) por def in i r -se-ão garante acorreção gramatical do período.
32 - (UnB CESPE / TRE AL – Técnico / 2004) 1 Na cidade de Atenas, considerava-se cidadão (thetes) qualquer ateniense maior de 18 anos que tivesse
prestado serviço militar e que fosse homem livre. Da reforma 4 de Clistenes em diante, os homens da cidade não usariam
mais o nome da família, mas, sim, o do demos a que
pertenciam. Manifestariam sua fidelidade não mais à família 7 (gens) em
que haviam nascido,
mas à comunidade
(demói)
em que viviam, transferindo sua afeição de uma instância
menor para uma maior. O objetivo do sistema era a 10 participação de todos nos assuntos públicos, determinando
que a representação popular se fizesse não por eleição, mas por
sorteio. I n t e r n e t : < h t t p : / / w w w . ed u ca t e r r a. t er r a .co m . b r / v o lt a i r e/ p o li t i ca / d e m o cr a ci a2 .h t m > .Acesso em 16 / 7 / 2004 ( com adap tações) .
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PROFESSORA: CALUDIA KOZLOWSKI Considerando o texto acima, julgue o item a seguir. - A correção gramatical e a coerência textual seriam mantidas ao se retirar o pronome “que” (R.3). 33 - (UnB CESPE/PETROBRAS / 2007 ) 1 O aumento do controle e do uso, por parte do
homem, da energia contida nos combustíveis fósseis,
abundantes e baratos, foi determinante para as 4 transformações econômicas, sociais, tecnológicas — e
infelizmente ambientais — que vêm ocorrendo desde a
Revolução Industrial. 7 Dentre as conseqüências ambientais do processo de
industrialização e do inerente e progressivo consumo de
combustíveis fósseis — leia-se energia —, destaca-se o 10 aumento da contaminação do ar por gases e material
particulado provenientes justamente da queima desses
combustíveis. 13 Cabe lembrar que o efeito estufa existe na Terra
independentemente da ação do homem. É importante que
este fenômeno não seja visto como um problema: sem o 16 efeito estufa, o Sol não conseguiria aquecer a Terra o
suficiente para que ela fosse habitável. Portanto o problema
não é o efeito estufa, mas, sim, sua intensificação. 19 A mudança climática coloca em questão os padrões de produção e consumo hoje vigentes. Atualmente fala-se
muito em descarbonizar a matriz energética mundial, isto é, 22 em aumentar a participação das energias renováveis em
detrimento de combustíveis fósseis. Isto seria uma condição
necessária mas não suficiente para a atenuação da mudança 25 do clima, que depende também de outras mudanças na infra-estrutura,
na tecnologia e na economia. Andr é Sant os Perei r a. Mudança c l imát ica e energias renováveis . (com adaptações) . Julgue o seguinte item, a respeito do texto acima. - A mudança de posição do pronome átono em “fala-se” (R.20) para antes do verbodesrespeitaria as regras de colocação pronominal da norma culta brasileira.
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PROFESSORA: CALUDIA KOZLOWSKI (CESPE UNB / AGU – Procurador Federal / 2002) Texto para as questões 34 e 35. O que a escravidão representa para o Brasil, já o sabemos. Moralmente, é a destruiçãode todos os princípios e fundamentos da moralidade religiosa ou positiva — a família, apropriedade, a solidariedade social, a aspiração humanitária; politicamente, é oservilismo, a desagregação do povo, a doença do funcionalismo, o enfraquecimento doamor à pátria, a divisão do interior em feudos, cada um com seu regime penal, o seusistema de provas, a sua inviolabilidade perante a polícia e a justiça; econômica esocialmente, é o bem-estar transitório de uma classe única, e essa, decadente esempre renovada; a eliminação do capital produzido pela compra de escravos; aparalisação de cada energia individual para o trabalho na população nacional; ofechamento dos nossos portos aos imigrantes que buscam a América do Sul; avalorização social do dinheiro, qualquer que seja a forma como for adquirido; odesprezo por todos os que, por escrúpulos, se inutilizam ou atrasam em uma luta deambições materiais; a venda dos títulos de nobreza; a desmoralização da autoridade,desde a mais alta até à mais baixa. Observamos a impossibilidade de surgiremindividualidades dignas de dirigir o país para melhores destinos, porque o país, nomeio de todo esse rebaixamento do caráter, do trabalho honrado, das virtudesobscuras, da pobreza que procura elevar-se honestamente, está, como se disse, “apaixonado por sua própria vergonha”. A minha firme convicção é que, se não fizermos todos os dias novos e maioresesforços para tornar o nosso solo perfeitamente livre, se não tivermos semprepresente a idéia de que a escravidão é a causa principal de todos os nossos vícios,defeitos, perigos e fraquezas nacionais, o prazo que ainda tem de duração legal —calculadas todas as influências que lhe estão precipitando o desfecho — seráassinalado por sintomas crescentes de dissolução social. Joaqu im Nabuco. O abo l i c ion ismo. In : In té rpre tes do Bras i l , v . I . Nova
Agui la r , 2000, p . 148-51 ( com adaptações) . Em relação ao texto, julgue os itens que se seguem. 34 - Caso o primeiro período do texto fosse redigido na ordem direta, a forma verbal “sabemos” exigiria a colocação enclítica do pronome “o”. 35 – Em “procura elevar-se” (R.17), estaria correta a colocação pronominal procura se elevar .
(UnB CESPE/ TRE AP - Analista/ 2007) Julgue as assertivas a seguir acerca de correspondência oficial. 36 - Vossa Excelência, Vossa Senhoria etc. é tratamento direto, usadoindiferentemente para dirigir-se a pessoa com quem se fala ou a quem se dirige acorrespondência.
37 - Os pronomes de tratamento em que se emprega “Vosso” ou “Vossa”, apesar daaparência de segunda pessoa do plural, equivalem a Você ou a Senhor e, por isso,levam a concordância verbal para a terceira pessoa do singular.
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PROFESSORA: CALUDIA KOZLOWSKI 38 - (UnB CESPE/ MPE TO /2006) Aguardamos o pronunciamento de V.S.a acerca da proposta que vos foi apresentada,para que possamos encaminhá-la, com a maior brevidade possível, as instânciassuperiores, que a aguardam para as devidas considerações.
39 - (UnB CESPE/MRE Oficial de Chancelaria/ 2006) 1 Madri, 14 de julho de 1857.
Senhor, Chegou a hora de poder humildemente comparecer 4 ante o Trono de Vossa Majestade Imperial com o segundo
volume concluído da História geral do Brasil, depois de haver trabalhado às vinte horas por dia, de forma que quase 7 sinto que
estes
últimos seis
anos
da vida me
correram
tão
largos como os trinta e tantos anteriores. Ao ver afinal
concluída a obra, não exclamei, Senhor, cheio de orgulho, 10 “Eregi monum entu aere perennius ” a minha triste
peregrinação pela terra. Porém caí de joelhos, dando graças a Deus não só por me haver inspirado a idéia de tal grande 13 serviço à nação e às demais nações, e concedido saúde e vida
para o realizar (sustentando-me a indispensável perseverança para
convergir sobre a obra desde os anos juvenis, direta e 16 indiretamente, todos os meus pensamentos), como por haver
permitido que a pudesse escrever e ultimar no reinado de Vossa Majestade Imperial, Cujo Excelso Nome a posteridade 19 glorificará, como já o universo todo glorifica a sua sabedoria e
justiça. Senhor! Permita-me Vossa Majestade Imperial que, 22 aproveitando-me, entretanto, dos méritos que devo haver
contraído perante o Seu espírito justiceiro com a conclusão da História geral da civilização da Sua e minha pátria, eu 25 lhe abra todo o meu coração, e Lhe descubra até os mínimos
refolhos e rugas (boas e más) que nele se achem. (...) Estas considerações dão-me por vezes horas de 28 grande tristeza... E confesso, Senhor, que, sobretudo quando
haverá pouco mais de dois anos se publicaram umas grandes
listas de despachos, e vi nelas generosamente contemplados
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PROFESSORA: CALUDIA KOZLOWSKI 31 com títulos do Conselho, com crachás, com fidalguias atantos que eu cria terem feito pelo país e por Vossa
Majestade Imperial menos do que eu, gemi e calei (...). 34 Dirá Vossa Majestade Imperial que sou ambicioso.
E por que não, Senhor?! — A maior glória e honra do homem é ser ambicioso, diz Guizot. Não é também Vossa 37 Majestade Imperial ambicioso da glória? Mal do Brasil, se o
não fora, como é, mercê de Deus. (...) Sei que não falta gente que, insistindo em 40 considerar-me como meio literato, meio empregado
diplomático de cortesias (como dizem) fingem não saber tudo
quanto eu, politicamente, além do grande serviço desta 43 História, tenho trabalhado em favor de Vossa Majestade Imperial e do Império. (...)
Senhor, 46 De Vossa Majestade Imperial,
O mais submisso e leal súdito
Francisco Adolfo de Varnhagen Renato Lemos (Org . ) . Bem t raçadas l inhas : a h is tó r ia do Bras i l em car tas pessoais . Rio de Janei ro: Bom Text o, 2004 , p. 58-6 3 ( com ada ptações) .
Com base no que preceituam os manuais de redação oficial e as gramáticasnormativas, julgue o item a seguir, relativo a trechos destacados da carta enviada porFrancisco Adolfo de Varnhagen a D. Pedro II. - Para a correta concordância com o pronome de tratamento “Vossa MajestadeImperial” (R.21), o pronome possessivo “Seu”, na expressão “perante o Seu espírito justiceiro” (R.23), deveria ser alterado para Vosso .
40 – (UnB CESPE/ TCU - Analista/ 2007) 1 O 29 de julho de 2007 será lembrado como o dia em que os iraquianos usaram suas armas para comemorar. Após
mais de quatro anos vivendo em meio ao caos sob a 4 malsucedida ocupação norte-americana, eles tiveram
finalmente um dia de alegria. Em todos os cantos do Iraque, a
população festejou a histórica vitória de sua seleção na 7 final da Copa da Ásia de futebol — com receita brasileira do
técnico Jorvan Vieira, que comemorou como “do Brasil” a
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PROFESSORA: CALUDIA KOZLOWSKI vitória por 1 a 0 sobre a Arábia Saudita, comandada por 10 Hélio dos Anjos, outro brasileiro. Correio Braziliense, 30/7/2007, p. 18 (com adaptações).
A respeito das idéias e das estruturas do texto acima e também considerando aspectosda geopolítica do mundo nos dias atuais, julgue o seguinte item. - O desenvolvimento das idéias do texto mostra que “sua” (R.6) refere-se a “Iraque” (R.5).
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PROFESSORA: CALUDIA KOZLOWSKI Gabar i to 1 - CERTO 2 - ERRADO 3 - CERTO 4 – A 5 - CERTO 6 – CERTO 7 - CERTO 8 - ERRADO 9 - CERTO 10 - CERTO 11 - ERRADO 12 - ERRADO 13 - ERRADO 14 - ERRADO 15 - CERTO 16 - CERTO 17 - ERRADO 18 - CERTO 19 - ERRADO 20 - CERTO 21 – CERTO 22 - ERRADO 23 - ERRADO 24 - ERRADO 25 - ERRADO 26 - ERRADO 27 - ERRADO 28 - ERRADO 29 - CERTO 30 - ERRADO 31 - ERRADO 32 - CERTO 33 - ERRADO 34 - ERRADO
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