ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL
Ministrante: Karine N. SilvaMestranda/UCSAL, Especialista em Gestão e Supervisão Escolar/FIEFEspecializanda em Educação a Distância/[email protected]/[email protected](073)88042364/91041667
ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL1- NÃO É
Paternalismo;
Atividade de tapa buraco;
Delegacia para queixas de alunos, professores e pais;
Disciplina de aluno;
Responsável de “consertar”, e “ajustar” aluno;
Recreador da Escola;
Mágico que consegue fazer milagres na Escola.
2- O QUE É
Um trabalho técnico pedagógico que visa convergir esforços para contribuir na formação integral do aluno como ser participativo na construção da sociedade.
Um trabalho integrado de orientador, gestor, supervisor, professores, funcionários, pais coordenado pelo orientador educacional, visando assistir ao aluno em suas necessidades bio - psico - social, técnico, cultural e profissional.
Desenvolve processo de aconselhamento junto aos alunos, abrangendo conduta, estudos e orientação para o trabalho, em cooperação com professores, família e comunidade, ;
Assessora o trabalho docente:
Acompanhando o desempenho dos professores no processo ensino-aprendizagem;
Acompanhando o processo de avaliação e recuperação do aluno;
Encaminhar o aluno a especialistas quando se fizer necessário, montar e coordenar o desenvolvimento de esquema de contato permanente com a família do aluno.
3-COMO FAZER ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL
Conhecer a educação:
Concepções pedagógicas;
Visão de sociedade;
Visão de homem;
Visão de educação;
Ter clareza do processo ensino aprendizagem e da interdisciplinaridade;
Ter bom relacionamento e saber se posicionar quando necessário com autoridade e competência;
Interpretar a sociedade, a educação, a
escola e o aluno concreto visando êxito no processo ensino aprendizagem.
4 - TRABALHO DA ORIENTAÇÃO deve possibilitar:
Auto-conhecimento e aceitação;
Escolha profissional ;
Ambiente alegre e saudável na escola;
Vivência de valores positivos;
Bom relacionamento, colaboração;
Aprendizagem significativa e de boa qualidade.
5 - FUNÇÕES
Atendimento geral: estudo, vocacional, atualidade-preventiva, socializante e comunitária, estimuladora, conhecimento do homem;
Atendimento coletivo, individual-existencial-recuperação;
Aconselhamento.
Ensino Profissionalizante:
Para os que precisam ingressar rapidamente no mercado de trabalho;
Orientação profissional se desenvolveu no ensino médio profissionalizante, principalmente, no industrial, com a função de formar a mão- de- obra para a indústria.
Ensino Secundário, acadêmico:
Para os que terão maiores chances (sociais e de classe) de cursar a universidade;
Orientação educacional tinha por finalidade a formação integral da personalidade do adolescente e dar preparação intelectual geral para servir de base a estudos mais elevados de formação especial.
SETE PRINCÍPIOS CARDEAIS DA ORIENTAÇÃO Saúde do aluno;
Integração satisfatória na vida familiar e social;
Cidadania;
Vocação;
Uso adequado do tempo de lazer;
Formação do caráter.
A partir daí se desenvolveram as técnicas e os instrumentos de orientação, a parte do trabalho docente de instruir;
Educação era ministrada pela orientação.
Influência francesa;
Na França a orientação se desenvolveu nas escolas como um serviço de psicologia escolar;
Tinha como finalidade conhecer o escolar normal a criança comum;
O profissional dessa área era chamado de psicólogo escolar;
A orientação se tornou orientação profissional, exclusivamente baseada na aplicação de testes;
A técnica privilegiada no modelo francês era o aconselhamento diretivo.
Duas experiências de orientação que constituem a base da orientação educacional no Brasil.
NO BRASIL
As técnicas desenvolvidas tanto nos EUA, quanto na França foram amplamente divulgadas no Brasil;
A tentativa de transplante dos modelos estrangeiros para os orientadores brasileiros desconsidera as diferenças dos sistemas escolares;
Por ser uma organização escolar diferente, principalmente da escola pública, a orientação se desenvolveu mais nas escolas particulares;
Primeiro momento no Brasil: concepção liberal tradicional da educação, onde se afirma o desenvolvimento humano baseado nas diferenças individuais que devem ser ajustadas no todo social orgânico.
PEDAGOGIA TRADICIONALCONCEPÇÃO FUNCIONALISTA DE ORIENTAÇÃO
Prevenção;
Correção dos desvios principalmente na adolescência;
Auxilio no cumprimento do destino social;
Atendimento individual;
Técnicas individuais.
O desenvolvimento humano baseado nas diferenças individuais que devem ser ajustadas a sociedade.
ALTERAÇÕES NA DÉCADA DE 60
Influência da psicologia humanista de Rogers;
• A sua ação foi de um contínuo empenho no caminho da liberdade e da libertação das forças interiores (Self) do ser humano, na sua capacidade de enfrentar a si e o outro e sua tendência a uma atitude de respeito e ao crescimento;
• Rogers fez severas oposições aos conceitos deterministas de ser humano, buscando fundamentar-se nas Filosofias
Humanistas Existenciais eutilizando-se do métodofenomenológico de pesquisa.
Carl Ransom Rogers, Psicólogo norte-
americano Janeiro de 1902, EUA - 4 de
Fevereiro de 1987, Califórnia, EUA).
• Publicou 16 livros, dentre os quais se destacam: "Tornar-se Pessoa", "Um Jeito de Ser", "Terapia Centrada no Cliente" e "Liberdade de aprender em nossa época".
NOVOS VALORES NORTEADORES FORA DA ESCOLA
• Aprender a conviver, a respeitar;• A ouvir e aceitar;• A exercer a liderança.• Sob influência a Orientação educacional centrará o seu trabalho nas
técnicas grupais;• Ajuda o aluno (todos, não somente aqueles considerados problema);• Concepção liberal escolanovista: incorporação da valorização do
indivíduo como modelo de desenvolvimento e as aprendizagens grupais
como possibilidade de afirmação do mesmo.• Cronologicamente a fase da orientação individual antecede à
orientação grupal, porém uma não elimina a• outra, ambas convivem na prática da orientação• educacional brasileira.
Nos dias atuais / Brasil
Atuação O. E através do currículo junto com os demais pedagogos;
Defesa das camadas populares e da escola pública e de qualidade para todos;
Objetivos, Conteúdos, Estratégias, Avaliação, Disciplina;
Conhecer as tendências de educação-pedagogias e refleti-la na escola;
Possui a responsabilidade de identificar as dificuldades dos alunos, para tentar resolve-las.
REFERÊNCIAS
PIMENTA, Selma Garrido. O pedagogo na escola pública. São Paulo: Loyola, 1988.
GRISPUN, Mirian P. S. Zippin. Orientação educacional: conflito de paradigmas e alternativas para a escola. São Paulo: Cortez, 2006.
Top Related