Atividade Avaliativa de Literatura
Bimestre: 4 Professor(a): Aline CoelhoAluno:____________________________ Turma: 113 Data: 07/novembro/2014
Ateno! Essa atividade dever ser executada individualmente!
Leia e responda:
Segredos
Casimiro de abreu
Eu tenho uns amores - quem que os no tinhaNos tempos antigos? - Amar no faz mal;As almas que sentem paixo como a minhaQue digam, que falem em regra geral.- A flor dos meus sonhos moa e bonitaQual flor entreaberta do dia ao raiar,Mas onde ela mora, que casa ela habita,No quero, no posso, no devo contar!
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Oh! ontem no baile com ela valsandoSenti as delcias dos anjos do cu!Na dana ligeira qual silfo voandoCaiu-lhe do rosto seu cndido vu!- Que noite e que baile ! - Seu hlito virgemQueimava-me as faces no louco valsar,As falas sentidas que os olhos falavamNo posso, no quero, no devo contar!
Depois indolente firmou-se em meu brao,Fugimos das salas, do mundo talvez!Inda era mais bela rendida ao cansaoMorrendo de amores em tal languidez!- Que noite e que festa! e que lnguido rostoBanhado ao reflexo do branco luar!A neve do colo e as ondas dos seios..........................................................................
- Agora eu vos juro... Palavra! - no mintoOuvi-a formosa tambm suspirar;Os doces suspiros que os ecos ouviramNo quero, no posso, no devo contar!
Ento nesse instante nas guas do rioPassava uma barca, e o bom remadorCantava na flauta: - "Nas noites d'estioO cu tem estrelas, o mar tem amor!" -- E a voz maviosa do bom gondoleiroRepete cantando: - "viver amar!" -Se os peitos respondem voz do barqueiro...No quero, no posso, no devo contar!
Trememos de medo... a boca emudeceMas sentem-se os pulos do meu corao!Seu seio nevado de amor se intumesce...E os lbios se tocam no ardor da paixo!- Depois... mas j vejo que vs, meus senhores,Com fina malcia quereis me enganar.Aqui fao ponto; - segredos de amoresNo quero, no posso, no devo contar!
Rio 1857
Silfo: gnio do ar, na mitologia cltica.
Cndido: imaculado, puro
Indolente: preguiosa.
Lnguido: abatido, sensual
Colo: parte do corpo formada pelo pescoo e pelos ombros.
Maviosa: suave, harmoniosa
Intumesce: incha, torna-se tmido.1. O escritor Jos de Alencar, em sua obra Senhora, tambm descreve um baile em que se dana a valsa. Afirma o escritor: H uma delcia, uma voluptuosidade pura e inocente nesta embriaguez da velocidade. Aos volteios rpidos, a mulher sente nascer-lhe as asas e pensa que voa; rompe-se o casulo da seda, esfralda-se a borboletaa) Destaque do poema de Casimiro de Abreu um trecho que confirma a sensao de vo provocada pela valsa, nos dizeres de Alencar.b) Na 3 estrofe, a virgem deixa cair o vu de seu rosto durante a dana. Interprete esse fato, considerando os diversos significados culturais relacionados ao vu. c) Que imagem do texto de Alencar confirma a resposta dada pergunta do item anterior?2. Isolados os enamorados, a sensualidade entre eles aumenta gradativamente. Na 10 estrofe, o erotismo chega ao seu limite, uma vez que revelado o desejo da virgem. Destaque dessa estrofe a imagem que traduz esse desejo.3. Segundo o escritor e linguista Roland Barthes, o erotismo mais intenso no quando direto e explcito, mas quando nasce do jogo de ocultar e desvendar. Esse procedimento pode ser constatado no poema em estudo. Identifique-o e explique de que modo o poeta constri esse jogo. Justifique sua respota com palavras ou expresses do texto.4. De acordo com a concepo amorosa dos poetas da segunda gerao romntica, explique a afirmao do eu lrico na 10 estrofe: Tremendo de medo.
Parte superior do formulrio
Parte inferior do formulrio
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