UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EPIDEMIOLOGIA
TESE DE DOUTORADO
Assistência domiciliar a idosos: desempenho dos serviços de atenção básica
ELAINE THUMÉ
Pelotas - RS, 2010
ELAINE THUMÉ
Assistência domiciliar a idosos: desempenho dos serviços de atenção básica
Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia da Universidade Federal de Pelotas como requisito parcial para obtenção do título de Doutor em Ciências.
ORIENTADOR Luiz Augusto Facchini
Pelotas - RS, 2010
T534a Thumé, Elaine Assistência domiciliar a idosos: desempenho dos serviços de atenção
básica. / Elaine Thumé; orientador Luiz Augusto Facchini. – Pelotas :
UFPel, 2010.
211 f. : il.
Tese (doutorado) – Universidade Federal de Pelotas ; Programa de Pós-
Graduação em Epidemiologia, 2010.
1. Epidemiologia 2. Serviços de Assistência Domiciliar I. Título.
CDD 614.4
Ficha catalográfica: M. Fátima S. Maia CRB 10/1347
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EPIDEMIOLOGIA
PARECER
Considerando aprovada a Tese intitulada “Assistência domiciliar a idosos: desempenho dos serviços de atenção básica”, apresentada a este Programa de Pós-graduação em Epidemiologia pela aluna Elaine Thumé, aos vinte e oito dias do mês de setembro de dois mil e dez, a Comissão Examinadora é de parecer que a candidata está habilitada à obtenção do grau de Doutor, pela Universidade Federal de Pelotas.
Pelotas, 28 de setembro de 2010.
Prof. Luiz Augusto Facchini (Presidente) Depto de Medicina Social e
PPG em Epidemiologia – UFPEL
Profª. Anaclaudia Gastal Fassa Depto de Medicina Social e
PPG em Epidemiologia – UFPEL
Profª. Maria Lucia Lebrão Depto de Epidemiologia - USP
Prof. Raúl Andrés Mendoza-Sassi Depto de Medicina-Interna - FURG
AGRADECIMENTOS
Esta tese é resultado do trabalho realizado com o apoio de várias pessoas,
instituições e lugares. As parcerias foram fundamentais para a conclusão do plano de
trabalho. Agradeço a todos que contribuíram na sua execução, em especial para:
Meu orientador, Luiz Augusto Facchini, pelo incansável apoio e incentivo em
todas as etapas deste estudo. Obrigada por seu exemplo de persistência e sua dedicação,
fundamentais durante esta trajetória.
O Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia e seus professores por
contribuírem na minha formação.
Os colegas do Departamento de Enfermagem por apoiarem minha liberação
neste período e incentivarem minha formação.
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, pelo apoio
financeiro, tornando possível o Estágio de doutorando no Exterior, por meio do
Programa de Doutorado no País com Estágio no Exterior - PDEE.
Michael Reich, coordenador do Takemi Program in International Health da
Harvard School of Public Health, pelas críticas e sugestões no trabalho durante o estágio
de doutoramento. Grace Wyshak por seu tempo dedicado e suas instigantes discussões.
Amy Levin, querida amiga que tornou a vida no exterior muito mais fácil. Paul
Campbell pela participação na escrita do artigo.
Os mestrandos em Epidemiologia da turma 2007-8 e aos colegas de doutorado,
por dividirem os tensos e desafiadores momentos desta jornada. A parceria foi
fundamental para superar os desafios, reforçando a importância do trabalho em grupo.
Os colegas do Takemi Program com os quais eu aprendi não apenas a conhecer a
realidade da saúde pública de outros países, mas também foram lições muito agradáveis
de cultura geral.
O Secretário Municipal de Saúde de Bagé, Manif Curi Jorge e sua equipe de
coordenação, pelo apoio na execução do projeto. Às equipes das Unidades Básicas de
Saúde, pela acolhida durante a coleta de dados e divulgação do estudo nas comunidades
locais. Os funcionários e coordenação do Centro do Idoso de Bagé por sediar o estudo e
apoiar nosso trabalho.
O Centro de Ciências da Saúde da Universidade da Região da Campanha pelo
auxílio na divulgação do estudo e pela disponibilidade da área física durante o processo
de seleção e capacitação dos entrevistadores.
6
Os idosos entrevistados e suas famílias pela disponibilidade em participar desta
pesquisa e dedicarem seu tempo respondendo ao questionário.
A equipe de entrevistadores pela dedicação e persistência na realização das
entrevistas em pleno inverno gaúcho.
Lúcia A. S. Vieira (Luca) pela amizade e parceria na coordenação do trabalho de
campo em Bagé, tornando viável a execução do projeto de forma competente, tranqüila
e exitosa. Agradeço também à Matilde que gentilmente me hospedou em sua casa
durante o trabalho de campo.
Noemia Tavares por sua colaboração na pesquisa e compartilhar os desafios do
doutorado.
As queridas Eliane Tibola e Bruna Mendes dos Santos, pois bravamente
conduziram a supervisão do estudo. Obrigada pela parceria e árduo trabalho nos gélidos
dias em Bagé.
Elaine Tomasi, pelo investimento de longa data, pelas críticas e inestimável
amizade, lições de vida e perseverança.
Alitéia Dilélio, pela incondicional amizade, dedicação e contribuições,
fundamentais para a conclusão do projeto.
Maria de Fátima Maia pelo assíduo suporte na revisão bibliográfica e
colaboração no artigo de revisão.
Suele da Silva e ao Danton Duro Filho, pelo apoio e cuidadosa construção da
versão final do banco de dados.
Os colegas Roberto Piccini, Denise Silveira, Fernando Vinholes, Alessander
Osório e Vanessa Teixeira por compartilharem sua experiência e colaborarem na
construção do conhecimento científico.
Mercedes e a Olga pelo excelente apoio nas atividades de secretaria, permitindo
minha estadia no exterior de forma tranqüila.
O Juarez Lopes por suas lições de inglês e suporte em todas as fases deste
trabalho.
Agradeço ao Alemão, à Carolina e ao Rodrigo. Obrigada pela parceria, por
apoiarem meu trabalho e resistirem bravamente neste período. Eli, valeu o apoio
invisível! Aos tios, primos, irmãos e sobrinhos pelo incentivo durante esta jornada.
Finalizando, agradeço aos meus queridos pais, responsáveis por me ensinarem
os primeiros passos, as primeiras letras, incentivarem meus estudos, estarem sempre por
perto e disponíveis. A presença de vocês me dá segurança e alento.
RESUMO
THUMÉ, Elaine. Assistência domiciliar a idosos: desempenho dos serviços de atenção básica. 2010. Tese (Doutorado) – Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia, Universidade Federal de Pelotas. A Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa preconiza a manutenção do idoso na comunidade, com o apoio dos familiares e o estabelecimento de uma rede social de ajuda. Portanto, o modelo assistencial dos serviços de atenção básica à saúde precisa adequar-se a esta nova demanda, identificando precocemente idosos em situação de fragilidade e resgatando o domicílio como ambiente terapêutico. O objetivo desta tese foi avaliar o desempenho dos serviços de atenção básica no atendimento domiciliar aos idosos, os fatores associados e as características do acesso, segundo os modelos de atenção – estratégia Saúde da Família e Tradicional. Os dados foram coletados através de um estudo transversal realizado em Bagé, no Rio Grande do Sul, no ano de 2008. Um total de 1.593 idosos com 60 anos ou mais de idade responderam ao questionário aplicado por entrevistadores no próprio domicílio. Nas áreas cobertas pelas equipes Saúde da Família a utilização de assistência domiciliar foi 2,7 vezes maior comparadas com as áreas sob responsabilidade da atenção básica Tradicional (IC95% 1,5-4,7; p=0,001). A utilização de assistência domiciliar foi maior entre os idosos mais velhos, com menor escolaridade, com história de hospitalização no último ano, história prévia de derrame, sinais de demência e incapacidade para as atividades da vida diária. O fato da estratégia Saúde da Família operar em áreas de maior vulnerabilidade social sugere uma maior equidade no acesso à assistência domiciliar entre os idosos. Nestas áreas, a maior prevalência de idosos com renda per capita de até um salário mínimo e sem acesso a plano de saúde indica que a Saúde da Família permitiu diminuir a desigualdade financeira no acesso aos cuidados domiciliares. As variáveis associadas à utilização de assistência domiciliar reiteram os indicadores de fragilidade destacados na Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa. Estes achados devem servir de estímulo à expansão da cobertura da Saúde da Família nos grandes centros urbanos, locais onde a cobertura ainda é limitada. A família teve papel central e foi responsável por 75% das solicitações de cuidado. Nas áreas da atenção Tradicional, os médicos responderam pela maior promoção de cuidados, enquanto, nas áreas da estratégia Saúde da Família, destacou-se a participação da equipe de enfermagem. Independente do modelo de atenção, aproximadamente 78% das solicitações foram atendidas em até 24 horas e 95% dos usuários avaliaram positivamente o cuidado recebido. Dois terços dos idosos referiram melhora nas condições de saúde após atendimento. As avaliações positivas realizadas por idosos e familiares, e o impacto na situação de saúde reforçam o domicílio como ambiente terapêutico. A tese também contém uma revisão da literatura sobre instrumentos e indicadores utilizados para avaliar a qualidade da assistência domiciliar. Entre os dezenove artigos que preencheram os critérios de inclusão, a maioria foi realizada na América do Norte e na Europa. Os principais indicadores de qualidade utilizados referem-se a mudanças na capacidade funcional entre a admissão e a alta domiciliar, internação hospitalar no período e as taxas de vacinação. Palavras-chave: assistência domiciliar, atenção básica à saúde, programa saúde da família, saúde do idoso, avaliação em saúde, indicadores de qualidade em assistência à saúde. Estudo transversal.
ABSTRACT
THUMÉ, Elaine. Assessment of Home Care for the Elderly in Brazilian Primary Health Care Services. Doctoral Degree – Epidemiology Program, Federal University of Pelotas, Brazil. In the first article we assessed the utilization of home care by the elderly in Brazil after implementation of the Family Health Strategy (FHS). Data were derived from a cross-sectional study in a southern city in Brazil. Using the Chi-square test and a logistic regression with different levels of determination, we tested the hypothesis that the FHS increased the utilization of home care compared with utilization under the Traditional Primary Health Care (TPHC) system. We interviewed 1593 residents aged 60 years and older. Home care utilization under the FHS was 2.7 times the rate of utilization under the TPHC (95% confidence interval=1.5, 4.7; P=.001), and utilization increased among the older group, the less educated, those with history of hospitalization, and those with functional limitations. Improvement in access to care resulted in greater utilization of home care. Our findings have policy implications that include expanding the coverage of the FHS throughout big cities where coverage is limited. These findings are important because the population is aging and the family strategy operates in poorer areas; thus, it can promote equity in access to home health care among the elderly. In the second article the objective was to assess factors associated with home health care for the elderly and its characteristics based on different care models, the Family Health Strategy and Traditional primary care. It also describes the forms of access, the professionals who provide the care, the elderly satisfaction and health status after receiving care. Poisson regression model was used for estimating crude and adjusted prevalence ratios, their related 95% confidence intervals and p-values (Wald test). Home health care was statistically associated with prior history of stroke, signs of dementia and disability in activities of daily living. The family was requested 75% of home care visits. Medical doctors provided most of the care in Traditional primary care settings while nursing staff provided most care within the Family Health strategy. Approximately 78% of the elderly received care within 24 hours after the request and 95% of them positively evaluated the care received. Two thirds of the elderly reported improved health status after receiving home care. The variables associated with home health care were consistent with vulnerability indicators included in the Brazilian National Health Policy for the Elderly, reinforcing the role of this strategy for promoting equitable health care to elderly population. Users’ satisfaction and the positive impact on their health status support home as a setting for providing care. The objective of the third article was to review the literature in search for tools and indicators proposed for the study of quality assessment of care for the elderly at home. Nineteen articles were selected for inclusion in the analysis. Two instruments are highlighted in the study of quality home care: the Outcome and Assessment Information Set and the Minimum Data Set - Home Care. The hospitalization rate, functional capacity and pain control indicators were used in both instruments to assess quality. This review may help the discussion about the relevance in the development of specific instruments and appropriate indicators to assess home care provided in primary health care, mainly due to the expansion and consolidation of family health strategy.
Keywords: Quality Indicators, Health Care. Primary Health Care. Home Nursing. Family Health Program. Health Services. Accessibility. Cross-Sectional Studies. Elderly.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Modelo Teórico............................................................................................... 42
Figura 2. Mapa da área urbana de Bagé e distribuição das Unidades Básicas de
Saúde. Bagé, 2007............................................................................................................78
Figura 3. Área da Unidade Básica Ivo Ferronato, Micro-área 1 e respectivas quadras.
Bagé, 2008……………………………………………………………………………... 105
Figuras 4 e 5. Reunião com enfermeiros da Secretaria Municipal de Saúde. Bagé,
2008…………………………………………………………………………………… 161
Figuras 6, 7 e 8. Divulgação na imprensa (rádio e jornal). Bagé, 2008……………… 162
Figuras 9, 10, 11 e 12. Infra-estrutura, trabalho de campo e coleta de dados. Bagé,
2008……………………………………………………………………………………. 163
Figuras 13, 14, 15 e 16. Coleta de dados. Bagé, 2008………………………………… 164
Figuras 17 e 18. Reuniões com entrevistadores e supervisores. Bagé, 2008………….. 165
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Indicadores demográficos e socioeconômicos para Bagé, Rio Grande do Sul
e Brasil, 2000 .................................................................................................................... 47
LISTA DE QUADROS
Quadro 3. Cálculo tamanho de amostra para estudo de associação entre necessidade
de assistência domiciliar e diferentes exposições.............................................................. 50
Quadro 4. Cálculo tamanho de amostra para estudo de associação entre assistência
domiciliar e diferentes exposições..................................................................................... 50
Quadro 5. Caracterização da assistência domiciliar......................................................... 54
Quadro 6. Variáveis independentes: Necessidade de assistência domiciliar................... 56
Quadro 7. Variáveis independentes: demográficas, socioeconômicas e
comportamentais................................................................................................................ 57
Quadro 8. Orçamento inicial do projeto de pesquisa........................................................ 63
SUMÁRIO APRESENTAÇÃO ......................................................................................................... 18 PROJETO DE PESQUISA ............................................................................................. 20
Resumo ....................................................................................................................... 21 1 Introdução ................................................................................................................ 25
1.2 Envelhecimento populacional........................................................................... 27 1.2.2 Aspectos epidemiológicos ......................................................................... 29
1.3 Determinantes da necessidade de assistência domiciliar .................................. 30 1.3.1 Condições crônicas .................................................................................... 30 1.3.2 Incapacidade funcional .............................................................................. 31 1.3.3 Fragilidade ................................................................................................. 33
1.4. Assistência domiciliar de idosos: respostas dos serviços de saúde ................. 35 1.4.1. Experiências internacionais ...................................................................... 35 1.4.2 Experiências brasileiras ............................................................................. 37 1.4.3 A participação da família e a rede de apoio............................................... 38
2 Justificativa .............................................................................................................. 40 3 Marco Teórico ......................................................................................................... 41
Figura 1. Modelo Teórico ............................................................................... 44 4 Objetivos .................................................................................................................. 45
Geral ....................................................................................................................... 45 Específicos .............................................................................................................. 45
5 Hipóteses ................................................................................................................. 46 6 Metodologia ............................................................................................................. 47
6.1 Delineamento .................................................................................................... 47 6.2 População alvo .................................................................................................. 47
6.2 1 Situação Demográfica e Socioeconômica de Bagé ................................... 47 6.3 Critérios de inclusão ......................................................................................... 48 6.4 Critérios de exclusão ........................................................................................ 48 6.5 Cálculo do tamanho da amostra ....................................................................... 49 6.6 Processo de amostragem ................................................................................... 51 6.7 Instrumentos ..................................................................................................... 52
6.7.1.Principais variáveis a serem coletadas....................................................... 53 6.7.1.1 Variável dependente – Necessidade de assistência domiciliar ........... 53 6.7.1.2 Variável dependente – Assistência domiciliar.................................... 53
6.8 Seleção e treinamento dos entrevistadores ....................................................... 58 6.9 Logística e coleta de dados ............................................................................... 58 6.10 Estudo piloto ................................................................................................... 59 6.11 Controle de qualidade ..................................................................................... 59 6.12 Processamento de dados ................................................................................. 60 6.13 Análise dos dados ........................................................................................... 60 6.14 Material ........................................................................................................... 61 6.15 Aspectos éticos ............................................................................................... 61
7 Cronograma ............................................................................................................. 62 8 Divulgação dos Resultados ...................................................................................... 63 9 Orçamento/ financiamento ...................................................................................... 63 10 Referências Bibliográficas ..................................................................................... 64
APÊNDICES .................................................................................................................. 71 RELATÓRIO DO TRABALHO DE CAMPO ............................................................ 156
1 Introdução .............................................................................................................. 157 2 Questionários ......................................................................................................... 157
16
3 Manual de instruções ............................................................................................. 158 4 Amostragem .......................................................................................................... 158 5 Pessoal envolvido .................................................................................................. 159
5.1 Coordenador geral .......................................................................................... 159 5.2 Coordenadoras de campo ............................................................................... 159 5.3 Supervisores de campo ................................................................................... 160 5.4 Entrevistadores ............................................................................................... 160 5.5 Digitadores ..................................................................................................... 160
6 Estudo pré-piloto ................................................................................................... 160 7 Estudo-piloto ......................................................................................................... 160 8 Reuniões com a Secretaria de Saúde de Bagé ....................................................... 161 9 Logística pré-trabalho de campo ........................................................................... 161 10Logística do trabalho de campo ............................................................................ 163
10.1 Infra-estrutura ............................................................................................... 163 11 Planilhas de controle ............................................................................................ 163 12 Coleta de dados .................................................................................................... 164 13 Material de campo ............................................................................................... 165 14 Reuniões com entrevistadores ............................................................................. 165 15 Rotina com os questionários ................................................................................ 166
15.1 Distribuição do material ............................................................................... 166 16 Recebimento, avaliação e codificação complementar dos questionários ............ 166 17 Digitação .............................................................................................................. 166 18 Controle de qualidade .......................................................................................... 166
18.1 Domiciliar ..................................................................................................... 167 19 Perdas e recusas ................................................................................................... 167 20 Encerramento do trabalho de campo ................................................................... 167 21 Custos do trabalho de campo ............................................................................... 167 22 Tarefas pós-campo ............................................................................................... 168
22.1 Limpeza do banco e análise dos dados ......................................................... 168 23 Cronograma do trabalho de campo ...................................................................... 168
Artigo 1 ......................................................................................................................... 170 Artigo 2 ......................................................................................................................... 178 Artigo 3 ......................................................................................................................... 189 Nota à Imprensa ............................................................................................................ 207 ANEXOS ...................................................................................................................... 209
Anexo 1 .................................................................................................................... 210 Anexo 2 .................................................................................................................... 211 Anexo 3 .................................................................................................................... 212
18
APRESENTAÇÃO
Esta tese é composta pelos seguintes documentos:
1. Projeto de pesquisa
2. Relatório de trabalho de campo
3. Artigo 1 – The Utilization of Home Care by the Elderly in Brazil’s Primary Health
Care System (Artigo aceito para publicação no American Journal of Public Health
em 03 de fevereiro de 2010. Publicado on-line em 19 de agosto de 2010.).
4. Artigo 2 – Assistência domiciliar a idosos: fatores associados, características do
acesso e do cuidado (Aceito para publicação na Revista de Saúde Pública em 15 de
abril de 2010. Prova do prelo recebida em 2 de setembro de 2010.).
5. Artigo 3 – Avaliação da Qualidade da Assistência Domiciliar a Idosos: revisão da
literatura.
6. Resumo para divulgação na imprensa
A defesa do projeto de pesquisa foi realizada no dia 25 de março de 2008. A
banca foi composta pelos professores Iná da Silva dos Santos e Aluísio J.D. Barros e a
versão apresentada neste volume inclui as modificações sugeridas pela banca. O
trabalho de campo foi realizado na cidade de Bagé, RS, entre 22 de julho e 20 de
novembro de 2008.
O estágio de doutoramento foi realizado em Boston, Estados Unidos, na
Harvard School of Public Health no Takemi Program in International Health (Anexos
1 e 2), no período de fevereiro de 2009 a fevereiro de 2010, sob orientação do professor
Michael Reich, com financiamento da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de
Nível Superior – CAPES (Processo BEX: 3263/08-8 – Anexo 3). Os professores Paul
Campbell e Grace Wyshak, do Department of Global Health and Population
contribuíram com a orientação durante este período.
20
Pelotas, março de 2008.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
DEPARTAMENTO DE MEDICINA SOCIAL
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EPIDEMIOLOGIA
PROJETO DE PESQUISA
Assistência domiciliar a idosos: determinantes da necessidade
e do desempenho dos serviços de atenção básica.
DOUTORANDA: Elaine Thumé
ORIENTADOR: Luiz Augusto Facchini
Pelotas – RS, 2008
21
Resumo
Introdução: O crescimento da população idosa em âmbito mundial é acompanhado
pelo incremento nas taxas de morbidades crônicas e incapacidades, gerando a
necessidade de maiores investimentos em programas de saúde preventivos e de base
domiciliar. A Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa preconiza a manutenção do
idoso na comunidade, com o apoio dos familiares e o estabelecimento de uma rede
social de ajuda. Portanto, o modelo assistencial dos serviços de atenção básica à saúde
precisa adequar-se a esta nova demanda e, ao manter a vigilância no território,
identificar precocemente idosos em situação de incapacidade e fragilidade.
Objetivos: Avaliar a assistência domiciliar a idosos, com ênfase nos determinantes da
necessidade desse cuidado e do desempenho dos serviços de atenção básica.
Métodos: O delineamento proposto é o de um estudo transversal de base comunitária
em área de abrangência dos serviços básicos de saúde da zona urbana do município de
Bagé, RS. A população-alvo do estudo é constituída por indivíduos com 60 anos ou
mais de idade.
Relevância: Os resultados do estudo poderão contribuir para a avaliação dos serviços
prestados atualmente e também para o planejamento e a implementação da assistência
domiciliar ao idoso na rede básica de saúde. Diante da necessidade da ampliação do
conhecimento acadêmico e de subsídio para a formação de novos profissionais, os
resultados também poderão ser utilizados para a adequação de currículos, metodologias
e material didático.
22
DEFINIÇÃO DE TERMOS E ABREVIATURAS
SIGLAS ABS – Atenção Básica à Saúde
ACS – Agente Comunitário de Saúde
AVC – Acidente Vascular Cerebral
AVD – Atividades da Vida Diária
AIVD – Atividades Instrumentais da Vida Diária
ILPI – Instituição de Longa Permanência para Idosos
MS – Ministério da Saúde
PROESF – Projeto de Expansão e Consolidação da Saúde da Família
PSF – Programa de Saúde da Família
ESF – Estratégia Saúde da Família
SUS – Sistema Único de Saúde
UBS – Unidade Básica de Saúde
PACS – Programa de Agentes Comunitários de Saúde
PNAD - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
PNSPI – Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa
OMS – Organização Mundial da Saúde
UFPel – Universidade Federal de Pelotas
URCAMP – Universidade da Região da Campanha
UNIPAMPA – Universidade Federal do Pampa
23
DEFINIÇÃO DE TERMOS
1. Acolhimento: dispositivo organizacional dos processos de trabalho para receber a
todos que procuram os serviços de saúde, ouvindo suas necessidades e pactuando
respostas mais adequadas às demandas (MS, 2006a).
2. Atenção Básica: conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que
abrangem a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico,
o tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde. É desenvolvida por meio do
exercício de práticas gerenciais e sanitárias democráticas e participativas, sob forma
de trabalho em equipe, dirigidas a populações de territórios delimitados. É o contato
preferencial dos usuários com os sistemas de saúde (MS, 2006a).
3. Atenção domiciliar: termo genérico que envolve ações de promoção à saúde,
prevenção, tratamento de doenças e reabilitação desenvolvidas em domicílio
(ANVISA, 2006). Integra as modalidades específicas de assistência e internação
domiciliar (MS, 2006a).
4. Atendimento ou Assistência domiciliar: conjunto de atividades de caráter
ambulatorial, programadas e continuadas, desenvolvidas em domicílio (ANVISA,
2006). A OMS define Assistência Domiciliar como “a provisão de serviços de saúde
por prestadores formais e informais com o objetivo de promover, restaurar e manter
o conforto, a função e a saúde das pessoas num nível máximo, incluindo cuidados
para uma morte digna. Serviços de assistência domiciliar podem ser classificados
nas categorias de preventivos, terapêuticos, reabilitadores, acompanhamento por
longo tempo e cuidados paliativos” (Lopes, 2003). Neste trabalho o termo cuidado
domiciliar será utilizado com o mesmo significado de assistência domiciliar.
5. Atividades de Vida Diária (AVD): atividades do indivíduo relacionadas ao
autocuidado, contemplando a capacidade para alimentar-se, banhar-se, vestir-se,
mobilizar-se, deambular, ir ao banheiro e manter controle sobre as necessidades
fisiológicas (MS, 2006a).
6. Atividades Instrumentais da Vida Diária (AIVD): atividades do indivíduo
relacionadas à participação em seu entorno social, de modo independente, incluindo
a utilização de meios de transporte, a manipulação de medicamentos, a realização de
compras e de tarefas domésticas leves e pesadas, a utilização de telefone, a
preparação de refeições e o cuidado das próprias finanças (MS, 2006a).
24
7. Autonomia: definida como auto-governo, auto-determinação e liberdade do
indivíduo para agir e tomar decisões (MS, 2006a).
8. Capacidade Funcional: capacidade do indivíduo para executar tarefas físicas,
preservar atividade mental e a se integrar socialmente.
9. Cuidador: indivíduo que presta cuidados à pessoa idosa com alguma incapacidade
funcional, independente de remuneração e vínculo familiar (MS, 2006a).
10. Equipe multiprofissional de atenção domiciliar: profissionais vinculados a
serviços e programas de saúde que prestam assistência clínico-terapêutica e
psicossocial ao indivíduo em seu domicílio.
11. Saúde da Família: estratégia de reorientação do modelo assistencial,
operacionalizada através de equipes multiprofissionais localizadas em unidades
básicas de saúde. Estas equipes são responsáveis pelo acompanhamento de um
número definido de famílias de uma área geográfica delimitada. As equipes atuam
com ações de promoção da saúde, prevenção, recuperação, reabilitação de doenças e
agravos e na manutenção da saúde da comunidade, contemplando o domicílio como
espaço de atuação (MS, 2006b).
12. Idoso: Indivíduo com 60 anos ou mais de idade (BRASIL, 2003).
13. Independência: termo utilizado para designar a capacidade de realizar as atividades
da vida diária sem ajuda de outra pessoa (MS, 2006a).
14. Internação domiciliar: conjunto de atividades prestadas no domicílio a indivíduos
clinicamente estáveis que exijam intensidade de cuidados acima das modalidades
ambulatoriais, mas que possam ser mantidos em casa, por equipe exclusiva para este
fim (MS, 2006b).
15. Unidade Saúde da Família: unidade básica de saúde na qual o modelo assistencial
proposto é o da estratégia Saúde da Família, com equipe formada, no mínimo, por
médico generalista, enfermeiro, auxiliar ou técnico de enfermagem e agentes
comunitários de saúde.
16. Unidade de Saúde Tradicional: unidade básica de saúde, sem definição de uma
equipe mínima, com oferta de atendimento de especialidades médicas básicas e
ênfase no atendimento à demanda espontânea.
25
1 Introdução
O crescimento da população idosa em âmbito mundial é acompanhado pelo
incremento nas taxas de morbidades e incapacidades, gerando a necessidade de rever as
políticas públicas no setor, com maiores investimentos em programas de saúde
preventivos e de base domiciliar (Onder, 2007; Hoskins, 2005; Sahlen, 2006). Este
estudo se propõe a avaliar a assistência domiciliar a idosos, com ênfase nos
determinantes da necessidade desse cuidado e do desempenho dos serviços de atenção
básica.
A prática da assistência domiciliar tem acompanhado a evolução do
conhecimento científico, as tecnologias disponíveis e as mudanças socioeconômicas dos
diferentes países. O processo de industrialização aliado às descobertas científicas teve
repercussões diretas sobre o local e a forma de prestação dos cuidados aos indivíduos
doentes, destacando os hospitais como locais de alta densidade tecnológica e escolha
preferencial para os cuidados curativos. Entretanto, o crescente custo das práticas
médicas, a mudança no perfil de morbidade e mortalidade e o envelhecimento
populacional têm resgatado e valorizado o espaço domiciliar como ambiente
terapêutico, numa perspectiva de humanização das práticas de saúde (Amaral, 2001;
Tavolari, 2001; Duarte, 2005).
A discussão sobre a assistência domiciliar foi reforçada no Sistema Único de
Saúde (SUS) com a estratégia de Saúde da Família (ESF), numa postura pró-ativa, não
focada apenas na demanda espontânea de assistência domiciliar. A proposta da Política
Nacional de Atenção à Saúde da Pessoa Idosa (PNSPI) é a detecção precoce das
populações em situação de vulnerabilidade e a realização da promoção da saúde,
prevenção de agravos e a recuperação da autonomia e da independência. A ênfase da
PNSPI é a de manter o idoso na comunidade, junto à família, da forma mais digna e
confortável possível, com o suporte de equipes de saúde multidisciplinares em território
geograficamente definido (Karsch, 2003; MS, 2006b; 2006d; Rehen, 2005). Nesta
perspectiva, a ESF teria o potencial de ampliar o vínculo dos idosos com o sistema de
saúde, favorecendo a integralidade da atenção (Silvestre, 2003; Mendes Junior, 2000;
MS, 2006c).
Nos últimos vinte anos, vários autores têm discutido as transformações e
conseqüências do envelhecimento para a sociedade e para o sistema de saúde (Ramos,
26
1987; Veras, 1987; Kalache, 1987; Lima-Costa, 2003; Litvoc, 2004). Neste período, os
avanços no conhecimento foram significativos. Entretanto ainda permanecem lacunas a
serem exploradas, entre elas, a identificação da necessidade de assistência aos idosos no
domicílio e seus determinantes. Igualmente, são escassos os estudos sobre a capacidade
de resposta dos serviços de atenção básica, das famílias e da rede social de apoio
(Giacomin, 2005).
1.1 Revisão Bibliográfica
O objetivo da revisão de literatura foi encontrar trabalhos científicos sobre
cuidado domiciliar e a participação dos serviços de atenção básica no seu atendimento.
As buscas foram realizadas em bases de dados referenciais PubMed e Lilacs, portal de
revistas on-line Scielo, portal do Envelhecimento da PUC-SP, Organização Mundial da
Saúde (OMS), Organização Pan-americana de Saúde (OPAS), Ministério da Saúde,
Universidade Aberta da Terceira Idade (UNATI), Sociedade Brasileira de Geriatria e
Gerontologia, e Google Acadêmico. Foram consultadas também, através de listagem
disponibilizada no site da UNATI, teses e dissertações sobre a saúde da população
idosa. Além disso, ainda foram consultados livros sobre a saúde dos idosos no Brasil e
no exterior. Por fim, através da leitura dos artigos na íntegra e das referências
bibliográficas de cada um, novos trabalhos foram selecionados. As diretrizes da PNSPI
e os princípios da atenção básica serviram como referência na busca de subsídios para a
discussão da temática proposta.
Para localizar estudos relevantes nas bases de dados bibliográficas utilizou-se o
recurso limite: período de 10 anos (1997-2007), idiomas espanhol, inglês e português, e
estudos que enfocassem indivíduos com idade acima de 45 anos. Os termos utilizados
foram: aging health, caregiver, demographic aging, elderly population, fragility, frail
elderly, health service for aged, health services, home care, home nursing, primary
health care, public health.
Ao final deste processo, foram recuperados 4.961 resumos para serem lidos e
avaliados. Descartaram-se os artigos referentes à temática não compatível com o projeto
proposto, os que enfatizam a saúde dos cuidadores, estudos com população inferior a 20
participantes e abordagens qualitativas. Também foram avaliados os títulos e os
resumos de 1752 teses e dissertações, das quais foram selecionadas 194 (três de livre
docência, 60 teses de doutorado e 131 dissertações de mestrado). A maior parte delas é
27
de pesquisadores vinculados a instituições dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio
Grande do Sul e Minas Gerais.
Ao final, restaram 784 publicações, que foram classificadas de acordo com a
temática: documentos de órgãos nacionais e internacionais sobre organização de
políticas e programas de atenção (n=69), envelhecimento (n=116), utilização de
serviços de saúde (n=56), fragilização (n=37), experiências internacionais e nacionais
no cuidado domiciliar (n=133), capacidade funcional (n=68), custo (n=33),
autopercepção da situação de saúde (n=10), atividade física (n=24); instrumentos
utilizados (n=93); e estudos específicos sobre as morbidades associadas ao
envelhecimento (n=145).
A revisão bibliográfica apresentada em continuação, destaca aspectos
demográficos e epidemiológicos do envelhecimento; os determinantes da necessidade
de assistência domiciliar, com ênfase para doenças crônicas, incapacidade funcional e
fragilidade; e estratégias dos serviços de saúde na assistência domiciliar de idosos e no
apoio à família.
1.2 Envelhecimento populacional
1.2.1 Aspectos demográficos
O envelhecimento populacional caracteriza-se pela redução no número de
crianças e jovens e pelo aumento na proporção de pessoas com 60 anos ou mais. A
definição de uma idade cronológica é utilizada para orientar a população alvo, objeto de
uma determinada política de saúde ou de assistência social, com variações entre os
países. A OMS considera idoso àqueles indivíduos com 60 anos ou mais de idade. No
Brasil, esta recomendação é adotada na PNSPI (MS, 2006d).
No início do século XX havia no mundo 600 milhões de pessoas com idade
igual ou superior a 60 anos. Na maioria dos países desenvolvidos, a diferença média na
expectativa de vida entre homens e mulheres situava-se entre cinco e oito anos (média
de 7,4 anos). Nos países em desenvolvimento, a diferença média estava em torno de
cinco anos (Murray, 1996).
A esperança de vida ao nascer no Brasil, em 1990 era de 66,6 anos, em 2005
passou para 71,6 anos. O número de pessoas de 60 anos ou mais passou de três milhões
para 7 milhões, entre 1960 e 1975, e em 2006, era de 17 milhões, correspondendo a
28
quase 10% da população brasileira. No período de 1995 e 2005, a população idosa
aumentou em mais de cinco milhões de pessoas (MS, 2006a; Veras, 2007). Para 2025,
as projeções estimam que os idosos brasileiros totalizarão mais de 33 milhões,
ocupando a 5º posição entre os países com população total acima de 100 milhões,
ficando atrás apenas da China, Índia, Estados Unidos e Indonésia (WHO, 2005; 2007).
O grupo que mais cresce é o de idosos com 80 anos ou mais. Os países europeus
concentram a maior proporção nesta faixa etária (na Suécia a proporção é próxima a
5%), enquanto na China existe o maior número, aproximadamente 10,5 milhões (WHO,
2001). No Brasil, os octagenários totalizam mais de 2,4 milhões de pessoas. Nas regiões
metropolitanas de Porto Alegre, Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro e Recife, o
número de idosas acima de 80 anos é mais que o dobro do de homens, indicando uma
concentração feminina nos grandes centros urbanos. Os estados do Rio de Janeiro e do
Rio Grande do Sul apresentam a maior proporção de idosos, com 14% e 12%,
respectivamente (IBGE, 2006).
O envelhecimento populacional, associado as modificações econômicas e sociais
que acompanham a industrialização e a modernização das sociedades, tem afetado a
constituição das famílias em todo mundo, independente do contexto cultural. A
estrutura familiar está em constante transformação e modificou-se, principalmente, em
relação à composição, ao tamanho, aos papéis sociais tradicionais e a algumas funções
familiares (Rosa, 2004; Angelo, 2005; Serapioni, 2005).
No Brasil, o tamanho médio das famílias apresentou redução nas últimas
décadas e, apesar da tendência decrescente, o tamanho médio de uma família de idoso,
em 2000, era de 3,3 pessoas. As estruturas domiciliares são marcadas pela convivência
de gerações, sendo a co-residência entre idosos e filhos uma prática generalizada nos
arranjos familiares, independente do idoso ser ou não o chefe da família. Esta prática
pode ocorrer devido ao adiamento da saída dos filhos por questões econômicas, como
também pela inserção do idoso na residência dos filhos, decorrente da necessidade de
cuidados, o que varia de acordo com o contexto cultural (Camarano, 2004).
Entre os anos de 1980 e 2000, foi observado um aumento na proporção de idosos
que recebem benefícios da seguridade social (55% e 77%, respectivamente). Também
foi observada uma tendência crescente no percentual de mulheres idosas exercendo a
chefia das famílias (27% em 1980 e 37% em 2000) (Camarano, 2004).
29
1.2.2 Aspectos epidemiológicos As condições crônicas são responsáveis por 60% do ônus decorrente de doenças
no mundo e têm potencial para se tornarem a primeira causa de incapacidades até o ano
2020. Nesta classificação estão incluídas as doenças não transmissíveis (diabetes,
câncer, doenças cardiovasculares), as doenças transmissíveis persistentes (HIV/AIDS),
os distúrbios mentais de longo prazo (depressão e demência) e as deficiências físicas
(amputações, cegueira e transtornos das articulações) (OMS, 2003).
As doenças cardiovasculares representam a causa mais comum de morte nos
idosos, em ambos os sexos, na maioria dos países. As doenças coronarianas e o infarto
são as maiores causas de mortes e de incapacidades nos idosos do sexo masculino.
Aproximadamente 52 milhões de morte ocorrem em todo mundo a cada ano, 39 milhões
destas em paises em desenvolvimento. Ao todo, há mais mortes por doenças
coronarianas (5,2 milhões) do que infarto (4,6 milhões) (WHO, 1999).
No Brasil, do ponto de vista da morbimortalidade, observa-se uma carga dupla
de doenças. As doenças cardiovasculares e as neoplasias aparecem como a primeira e
segunda causa de óbito (31% e 17% do total, respectivamente), aproximando-se ao
observado em países desenvolvidos. Entretanto, persistem algumas doenças infecciosas
e parasitárias, surgem novas epidemias e há o recrudescimento de outras, como a
dengue e as leishmanioses em áreas urbanas (Silva Júnior, 2003).
A hierarquia das principais causas de mortalidade entre idosos no Brasil não se
modificou nos últimos 20 anos. Entretanto, algumas mudanças puderam ser observadas
no período de 1980 a 2000. Houve declínio constante e acentuado nas taxas de
mortalidade por doenças do aparelho circulatório e um aumento gradativo nas taxas de
mortalidade por neoplasias e doenças do aparelho respiratório. Essas tendências foram
consistentemente observadas em ambos os sexos, assim como nas três faixas etárias
investigadas (60 a 69 anos; 70 a 79 anos e 80 anos e mais) (Lima-Costa, 2004).
A redução das taxas de mortalidade por doenças do aparelho circulatório tem
sido observada em vários países do mundo desenvolvido como conseqüência, entre
outros fatores, de mudanças no estilo de vida e melhoria da tecnologia para prevenção e
tratamento dessas doenças (WHO, 2001). Ainda assim, as análises de tendência indicam
que esse grupo continuará representando a principal causa de óbito nessa população, por
um longo tempo (Lima-Costa, 2004).
30
No Quadro 1 (Apêndice 1), estão disponibilizados os principais resultados de
estudos epidemiológicos realizados no Brasil, nos últimos 15 anos. Descreve a
população idosa em termos sócio-demográficos, de capacidade funcional, percepção de
saúde e morbidades auto-referidas.
1.3 Determinantes da necessidade de assistência domiciliar Os determinantes da necessidade de assistência domiciliar são variados e
complexos. Na revisão da literatura, destacam-se problemas crônicos de saúde,
incapacidades funcionais e instrumentais para atividades da vida diária (AVD e AIVD),
além das condições de “fragilidade” (Kamenski, 2006; Tousignant, 2007; Hogan, 2003;
Fried, 2001).
1.3.1 Condições crônicas Estudo realizado por Kamenski (2006), na Áustria, com delineamento
transversal em dois diferentes períodos (1997 e 2004), identificou como principais
causas da necessidade de cuidados domiciliares as doenças degenerativas do sistema
nervoso central (SNC) e as doenças do sistema esquelético, com 65% e 53% dos
diagnósticos, respectivamente. Entre as doenças degenerativas do SNC, a doença de
Alzheimer foi a mais prevalente, com 37%. Esta prevalência sofreu um incremento de
quatro pontos percentuais entre as avaliações de 1997 e 2004. As doenças malignas em
fase terminal representaram apenas 5% dos casos. O público alvo do cuidado domiciliar
era composto majoritariamente (mais de dois terços) por mulheres, e a média de idade
foi de 80 anos.
Segura Noguera (2003), em estudo realizado na Espanha, ao avaliar os principais
diagnósticos dos doentes inscritos no programa de atenção domiciliar no período de
1994 a 2002, observou a predominância das doenças crônicas (78%), seguido de
doenças terminais (8%) e síndromes demenciais (6%). Os atendimentos domiciliares
transitórios representaram 6%. As patologias mais predominantes foram as
cardiovasculares (24%), osteoarticulares (17%); neurológicas (16%); endócrinas (13%),
problemas respiratórios e neoplasias (7%). A incontinência urinária estava presente em
27% dos casos e 5% apresentavam úlceras de decúbito. Na análise de sobrevivência, os
fatores que mostraram maior risco foram: ser do sexo masculino (RR=1,67); ter
necessidade de estar acompanhado (RR=2,39); ter pior grau de autonomia (dependência
31
parcial RR=1,63; dependência total RR=3,54), ser portador de neoplasia (RR=7,72) e
pior estado cognitivo (leve-moderado, RR= 1,74; severo, RR= 2,71).
Também na Espanha, Requena López (2001) ao analisar o primeiro ano de
funcionamento de uma equipe de suporte ao cuidado domiciliar, verificou que os
principais diagnósticos dos idosos atendidos foram: doenças neurológicas (37%), entre
estas, principalmente as seqüelas de AVC (43%) e síndromes demencias (27%);
neoplasias (35%); doenças osteoarticulares (5%); cardiovasculares (4%). Do total de
pacientes acompanhados, 66% estavam imobilizados e 34% em situação terminal.
Lindsay (2004), no estudo canadense sobre saúde e envelhecimento, encontrou
uma prevalência de 8% de demência na população com 65 ou mais de idade, com
diferenças significativas entre os diferentes grupos de idade. Na população entre 65 e 74
anos a prevalência foi de 2%; aumentando para 11%, entre 75 e 84 anos, e 35% a partir
dos 85 anos. A doença de Alzheimer era responsável por praticamente dois terços dos
casos (64%) de demência, sendo mais do que o dobro dos casos em mulheres. Estima-se
uma incidência de demência em torno de 2% ao ano na população de 65 anos ou mais,
com pequenas diferenças nas taxas de incidência entre homens e mulheres.
De acordo com a OMS (WHO, 2005), as principais doenças crônicas que afetam
a capacidade funcional dos idosos e, portanto, com potencial para determinar a
necessidade de cuidado domiciliar, são as doenças cardiovasculares (doença coronariana,
infarto), seguida de hipertensão, derrame, diabetes, cânceres, doença pulmonar
obstrutiva crônica, doenças músculo-esqueléticas (artrite e osteoporose), doenças
mentais e a cegueira ou diminuição da visão.
1.3.2 Incapacidade funcional A avaliação da capacidade funcional é utilizada para verificar o grau de
autonomia dos indivíduos na realização de atividades comuns da vida diária. A
independência permite ao idoso responder por si no espaço de seu domicílio. Portanto, a
dificuldade ou incapacidade na realização dessas tarefas representa risco elevado para a
perda da autonomia e um marcador importante para a necessidade de cuidado domiciliar
(Ramos, 2003; Lima-Costa 2003; Giacomin, 2005; Pavarini, 2005; Segura Noguera,
2003; Ottenbacher, 2005; Tousignant, 2007; Ishizaki, 2006; Onder, 2007).
Estudos brasileiros de base populacional em idosos apontam a existência de
incapacidade funcional em cifras que variam de 2 a 48% (Coelho Filho, 1999; Lima-
32
Costa, 2003; Rosa, 2003), dependendo da idade e do sexo. Na pesquisa coordenada por
Ramos (2003), em São Paulo (Projeto EPIDOSO), cerca de 40% dos indivíduos com 65
anos ou mais de idade precisavam de algum tipo de auxílio para realizar pelo menos
uma atividade instrumental da vida diária, como fazer compras, cuidar das finanças,
preparar refeições ou limpar a casa, e 10% necessitavam de ajuda para realizar tarefas
básicas, como tomar banho, vestir-se, ir ao banheiro, alimentar-se e, até, sentar e
levantar de cadeiras e camas. Após dois anos de acompanhamento, a taxa de
mortalidade por todas as causas foi de quase 10%. As variáveis sexo, idade,
hospitalização prévia e positividade nos rastreamentos para déficit cognitivo e
dependência no dia-a-dia, mantiveram um efeito independente e significante no risco de
morte após análise multivariada.
Tousignant (2007), ao avaliar a adequação entre os cuidados domiciliares
necessários e os efetivamente prestados por 19 centros de serviços comunitários de
Québec, no Canadá, propôs a utilização de perfis de incapacidade funcional. A
capacidade funcional dos idosos foi classificada em um dos 14 perfis do Iso-SMAF
(Functional Autonomy Measurement System) (Hébert, 2001; Tousignant, 2007; Dubuc,
2005). Cada perfil está associado com uma necessidade específica de cuidado domiciliar
pelo pessoal da enfermagem, cuidadores domiciliares e serviços de suporte. O número
de horas necessárias de cuidado para cada perfil foi estabelecido e comparado com o
número de horas de cuidado efetivamente prestado. Os 14 perfis reagrupados em quatro
categorias demonstraram que, em média, 46% dos idosos apresentavam incapacidades
relacionadas a AIVD, 36% apresentaram perfil com predominância de incapacidades
motoras, 14% predominavam incapacidades mentais e os demais 4% apresentavam
incapacidades severas com múltiplas implicações. O estudo observou que apenas 8% da
necessidade de cuidados era fornecida pelos serviços de saúde. Os autores acreditam
que uma taxa de 20% seria adequada, uma vez que a maior parte dos cuidados é
realizada pelos familiares (70%) e por organizações comunitárias de apoio.
A avaliação da capacidade funcional e cognitiva foi utilizada por Giacomin
(2005), na cidade de Bambuí-MG, para verificar a necessidade de cuidador domiciliar
de idosos. A prevalência de necessidade de cuidado domiciliar foi de 23% e a
necessidade da presença de cuidador aumentou com a idade, com o fato de morar
sozinho, com a baixa escolaridade e renda (79% dos que necessitam de cuidador tinham
renda familiar menor do que dois salários mínimos).
33
1.3.3 Fragilidade O conceito de “fragilidade” tem sido proposto, no âmbito da pesquisa e dos
sistemas de saúde, para estabelecer as situações que requerem atendimento dos idosos
em seus domicílios e para compreender seus principais determinantes.
Há um extenso debate na literatura sobre a utilização deste termo e não há um
consenso entre os autores. Portanto, os resultados dos estudos sobre a situação de
fragilidade dependem dos critérios utilizados na sua definição (Breda, 2007; Hogan,
2003; Blaum, 2005; Fried, 2001). A definição de fragilidade tem variado conforme a
área de conhecimento e o recorte do objeto de estudo. Na medicina, tem sido definida
como uma síndrome caracterizada pelo declínio acelerado dos sistemas fisiológicos; na
sociologia, como uma condição de segregação; na psicologia, como um período de luto;
e na terapia ocupacional, como dificuldade para a realização das atividades da vida
diária (AVDs) (Teixeira, 2006).
O uso crescente do termo “fragilidade” tem exigido um esforço conjunto de
diversos autores no sentido de identificar modelos, definições e critérios para o seu
reconhecimento (Ottenbacher, 2005). É importante diferenciar fragilidade de
incapacidade. A incapacidade não envolve múltiplos sistemas orgânicos; na verdade,
apenas 28% das pessoas com incapacidades para a AVD ou AIVD são frágeis.
A fragilidade como uma síndrome, se caracteriza por perda de peso ou peso
insuficiente, perda de massa muscular, fadiga, incapacidade de realizar as atividades da
vida diária, perda da força de preensão e baixa atividade física (Winograd, 2001;
Lunney, 2002; Fried, 2001). A síndrome da fragilidade acomete entre 3% a 7% dos
idosos dos 65 aos 75 anos e 30% dos idosos acima dos 90 anos. Cerca de 7% dos idosos
frágeis não apresentam nenhuma doença e um entre quatro tem apenas uma. A
fragilidade pode ocorrer após um evento agudo ou em um estágio final de condições
crônicas, tais como a arteriosclerose, infecção, câncer ou depressão. É mais comum em
mulheres e representa risco aumentado para doença cardiovascular, hipertensão e câncer.
Operacionalmente, Blaum (2005) considera que a coexistência de pelo menos
três dos indicadores acima citados, confirmam a síndrome de fragilidade. Para Griffith
(2007), a fragilidade pode ser dividida em dois estágios. A presença de pelo menos três
dos sinais característicos de fragilidade caracterizaria o estágio chamado de pré-frágil.
As pessoas pré-frágeis são mais propensas a quedas e a institucionalização, além de
desenvolver fragilidade plena. Neste segundo estágio, apresentam declínio funcional,
apatia progressiva, diminuição do apetite e morte (Griffith, 2007).
34
Para operacionalização da PNSPI, o MS considera pessoas idosas frágeis ou em
processo de fragilização aquelas que, por qualquer razão, vivem em ILPI, encontram-se
acamadas, têm história de hospitalização recente, apresentam doenças causadoras de
incapacidade funcional (AVC, síndromes demenciais, etilismo, neoplasia terminal,
amputação de membros), tenham pelo menos uma incapacidade funcional básica ou
vivem situações de violência doméstica. A idade de 75 ou mais também é considerada
como critério para fragilidade (MS, 2006d).
No Brasil, um estudo realizado por Veras (2003) avaliou a situação de
fragilidade de idosos com 65 anos ou mais que procuraram atendimento ambulatorial,
através de um instrumento de triagem baseado nos estudos de Boult e colaboradores
(1993), com pontos de corte definidos para classificação do grau de risco. Observou que
11% dos idosos apresentavam risco médio a alto de fragilização (escala de risco 0 a 3).
Os fatores de risco pesquisados foram: idade, sexo, disponibilidade de cuidador,
autopercepção da saúde, presença de doença cardíaca, presença de diabetes, pernoite
hospitalar, consultas médicas nos últimos 12 meses e ocorrência de mais do que duas
internações nos últimos quatro anos. Segundo o autor, estas variáveis possibilitam
identificar os idosos com potencial de utilização de serviços de saúde de forma
intensiva, contemplando maior probabilidade de agravos à saúde, alto risco de
hospitalização e maior demanda por serviços de saúde em todos os níveis. A análise de
risco mostrou um risco relativo de 1,19 (IC95% 0,82-1,73) para os homens e de 0,84
(IC95% 0,58 – 1,22) para as mulheres. Quanto à idade, o risco mostrou-se maior e
estatisticamente significativo para os indivíduos com 80 anos ou mais. O risco de
fragilização foi 3,5 vezes maior para os idosos que referiram hospitalização nos últimos
12 meses.
Ottenbacher (2005), com base em um estudo populacional com idosos
mexicanos que vivem nos EUA, propôs um modelo preditor de fragilidade de acordo
com o sexo. Nos homens, o modelo preditor incluiu quatro variáveis: força dos
membros superiores, incapacidade nas atividades da vida diária, existência de co-
morbidades e escore do status mental (R2=0,37). Nas mulheres, o modelo incluiu três
variáveis: força dos membros inferiores, incapacidade nas atividades da vida diária e
IMC (R2=0,29). Ao testar o modelo após um ano, na mesma população, foram
classificados corretamente 83% dos homens e 79% das mulheres.
A fragilidade é utilizada como marcador sintético de suscetibilidade à morte com
efeito multiplicativo no risco de morrer, refletindo predisposições genéticas e efeitos
35
cumulativos de exposições ambientais. No Canadá, os serviços básicos para os idosos
com fragilidade incluem a avaliação das necessidades de saúde com o objetivo de
estabelecer um plano de cuidados e manejo individualizado do caso (Hogan, 2003).
1.4. Assistência domiciliar de idosos: respostas dos serviços de saúde
1.4.1. Experiências internacionais No âmbito mundial, as estratégias no cuidado domiciliar de idosos mostram
variações em função de diferentes estágios do processo de transição demográfica e
epidemiológica, da organização e financiamento do sistema de saúde e em aspectos
culturais que determinam, principalmente, a decisão entre a institucionalização e a
manutenção do idoso no domicílio junto à família (Duarte, 2005).
O atendimento domiciliar nos países como, por exemplo, os EUA, o Canadá e a
Inglaterra, apresentam uma organização mais complexa, em função de um estágio
avançado de transição demográfica e epidemiológica (Duarte, 2005). Apesar disso, as
pesquisas para avaliação do perfil dos usuários, suas necessidades e da efetividade do
serviço prestado são recentes e os autores recomendam maiores investimentos nesta
área de modo a subsidiar a tomada de decisão (Tousignant, 2007; Kamenski, 2006). A
possibilidade de institucionalização dos idosos é freqüente nos países nórdicos, com
taxas de 41% na Suécia e de apenas 2% na Itália. Na Ásia apesar da tendência de queda,
a co-residência é uma prática usual, os filhos são responsáveis pelo cuidado dos pais.
Nos anos 90 do século XX, entre 70% e 90% dos pais com 60 anos ou mais viviam com
um filho adulto (Ofstendal, 1999).
Onder (2007), através de uma coorte retrospectiva, verificou diferenças entre a
admissão em casas geriátricas ao comparar diferentes modelos de atenção domiciliar
prestado aos idosos em onze países europeus. O modelo chamado de “caso gerenciado”,
adotado na Finlândia, Irlanda, Itália, Suécia e no Reino Unido, inclui a integração de
serviços sociais e de saúde de diferentes níveis de complexidade e equipe
multiprofissional. O modelo tradicional utilizado na República Tcheca, Dinamarca,
França, Alemanha, Holanda e Noruega, está baseado somente na assistência domiciliar
prestada pelo serviço de saúde, sem articulação com outros serviços ou níveis de
complexidade. Após um ano de acompanhamento dos idosos, foi verificado menor
admissão em casa geriátrica, numa razão de odds=0,56 (IC95%=0,43–0,63), entre àqueles
36
que estavam sob o modelo “caso gerenciado”. Estes achados justificam a adoção de
modelos que consideram as particularidades das necessidades sociais e de saúde de cada
idoso, que podem ser avaliadas através de instrumentos como o Minimum Data Set –
Home Care (MDS–HC) (Morris, 1997; Landi, 2000 ; Sorbye, 2005; Onder, 2007).
Sahlen (2006) em estudo realizado na Suécia, através de ensaio randomizado
com idosos saudáveis, demonstrou o impacto da realização de visitas domiciliares, com
conteúdos previamente estruturados, nas taxas de mortalidade. Durante o período de
intervenção o coeficiente de mortalidade foi maior no grupo controle e o efeito
desapareceu após cessar a intervenção. O fato dos idosos participarem da intervenção
poderia ter levado a um desejável efeito Hawthorne, melhorando a autopercepção da
situação de saúde o que seria benéfico para a qualidade de vida. Os autores destacam a
realização de visitas domiciliares como estratégia de cuidado aos idosos independente
da situação de saúde.
Na avaliação realizada por Kamenski (2006), na Áustria, sobre as características
e tendências nos cuidados domiciliares realizados por centros médicos comunitários, os
autores concluíram que as visitas e os cuidados domiciliares são importantes estratégias
para atender as necessidades dos pacientes com doenças degenerativas do sistema
nervoso central e músculo-esquelético.
Em Barcelona, o programa de atenção domiciliar (ATDOM) realizado no
período de 1993 a 2002, foi avaliado por Segura Noguera (2003). Os autores também
analisaram a sobrevivência das pessoas atendidas pelo programa. Entre os indicadores
utilizados destacam-se a periodicidade das visitas realizadas pelos profissionais e a
cobertura de vacinação contra gripe e contra o tétano. Os autores reafirmam a
necessidade de manter registro atualizado sobre os motivos do atendimento, a duração,
o tipo de visita, os profissionais envolvidos, os motivos da alta do programa, a
caracterização da capacidade funcional e da estrutura de apoio familiar. Foi verificado
que apesar de 30% dos idosos serem independentes para as atividades da vida diária,
estavam limitados aos domicílios devido à falta de elevadores nos prédios (76%),
impossibilitando a ida até os centros de atenção primária. Portanto, as barreiras
arquitetônicas se constituem em importante limitação para o deslocamento da população
idosa.
O Quadro 2 (Apêndice 2), complementa os dados destes estudos que avaliaram o
perfil dos idosos sob cuidado domiciliar e experiências de diferentes abordagens na
assistência domiciliar.
37
1.4.2 Experiências brasileiras No Brasil, a organização da atenção domiciliar ainda é incipiente, tanto no
sistema público quanto na iniciativa privada. A reorganização do modelo de atenção
básica, através da ESF, tem aumentado as iniciativas de assistência domiciliar no SUS
(Rehen, 2005). Também em serviços privados e contratados pelos SUS há uma
tendência crescente de implantação de atenção domiciliar, principalmente na
modalidade de internação domiciliar (MS, 2006c). Os estudos disponíveis, geralmente
abordagens descritivas e qualitativas, englobam as características das experiências, os
critérios de inclusão para acompanhamento domiciliar, a avaliação de risco individual e
a demanda atendida (Duarte, 2005; Gonçalves, 2006; Silveira, 2006; Giacomin, 2005).
No SUS, a organização da atenção domiciliar está dividida em assistência e
internação. A internação prevê um conjunto de atividades que exigem intensidade de
cuidados acima das modalidades ambulatoriais, com equipes de saúde e remuneração
dos serviços de forma diferenciada. A assistência domiciliar está vinculada diretamente
aos serviços de atenção básica à saúde e compreende um conjunto de serviços
realizados no domicílio com o objetivo de dar suporte terapêutico ao paciente e sua
família, de forma programada e continuada (MS, 2006a).
Algumas experiências brasileiras consideram elegíveis para a assistência
domiciliar os idosos moradores da área de abrangência da UBS; com cuidador de
referência; portadores de múltiplas afecções crônicas; que estejam impossibilitados de
se deslocar até a UBS por estarem imobilizados, acamados ou não terem quem os
acompanhe; que residam sozinhos; que necessitem de acompanhamento pós-alta
hospitalar; que sofreram acidentes ou quedas nos últimos seis meses; que usem
polifármacos ou não apresentam uma adesão terapêutica adequada; que não possuem
uma rede de apoio social ou quando ela não é efetiva; e em situações de intercorrências
dos pacientes crônicos ou portadores de doença em fase terminal (Lopes, 2003; Duarte,
2005; BRASIL, 2003).
Na PNSPI, os idosos que apresentem alguma dificuldade nas AIVD são
considerados com potencial para desenvolver fragilidade e merecem atenção específica
dos profissionais de saúde, devendo ser acompanhados pelas equipes de saúde com
maior freqüência, inclusive em seu domicílio (MS, 2006d).
38
Na assistência domiciliar, Floriani (2004) destaca o apoio a cuidados pessoais
nas AVD (higiene íntima, alimentação, banho, locomoção e vestuário), com a
medicação, realização de curativos em ferimentos, escaras, ostomias e outras medidas
terapêuticas, além do suporte à realização de exames diagnósticos e de
acompanhamento.
Na atenção básica brasileira, a assistência domiciliar é responsabilidade de todos
os membros da equipe de saúde, com atribuições específicas para médicos, enfermeiros,
auxiliares e técnicos de enfermagem, entre outros profissionais (Lopes, 2003; MS,
2006a; Duarte, 2005).
A visita domiciliar, estratégia utilizada para monitorar e identificar idosos em
situação de fragilidade, não é considerada como assistência domiciliar. Nesta atividade,
o agente comunitário de saúde (ACS) desempenha um papel articulador entre os
serviços e a comunidade. Ao cadastrar pessoas idosas o ACS poderá identificar e
encaminhar o idoso frágil à UBS; priorizar visitas domiciliares aos idosos frágeis ou em
processo de fragilização; buscar a integração entre a equipe de saúde e a população
adscrita à UBS, mantendo a equipe informada; estar em contato permanente com as
famílias, e avaliar risco de quedas no domicílio (MS, 2006a).
A alta no atendimento domiciliar poderá ocorrer no caso de mudança da área de
abrangência (com transferência entre equipes); na impossibilidade da permanência do
cuidador familiar no domicílio; na não aceitação do acompanhamento por parte do idoso
e/ou da família; na recuperação das condições de deslocamento do idoso até a unidade
de saúde ou no caso de haver piora clínica que justifique uma internação hospitalar ou
em caso de óbito (Lopes, 2003; BRASIL, 2003).
1.4.3 A participação da família e a rede de apoio O sistema informal de apoio, também denominado de cuidado informal,
fornecido por parentes, vizinhos, amigos ou instituições comunitárias, tem sido e ainda
se constitui no mais importante aspecto de suporte social comunitário (MS, 2002).
Portanto, a organização de uma rede comunitária de cuidados teria o potencial de
melhorar a qualidade de vida, a capacidade funcional e a autonomia dos idosos,
prevenindo seu ingresso em ILPI (Silvestre & Costa, 2003). Também é fundamental
para o êxito do trabalho dos profissionais da UBS da área. Neste caso, a interação da
39
equipe de saúde com o idoso e sua família, através de ações educativas e assistenciais,
poderá potencializar a resolubilidade do sistema informal de cuidado domiciliar.
Estima-se que a família provê entre 80% e 90% do cuidado de seus membros
idosos, incluindo os cuidados médicos, de enfermagem, serviços pessoais como
transporte e ajuda nas tarefas domésticas e compras, além de ser responsável por iniciar
e manter o vínculo com o sistema de cuidado com os serviços de saúde (Kamenski,
2006; Angelo, 2005; Fast, 2003).
Ao delegar a tarefa de cuidar, os profissionais precisam estar atentos à estrutura
familiar; ao tipo de cuidado a ser executado; ao tempo necessário; às características da
doença; e organizar o apoio da equipe de saúde aos cuidadores (Karsh, 2003; Ângelo,
2005; Rosa, 2004).
Em São Paulo, em estudo realizado com vítimas de AVC, com 50 anos ou mais
de idade, foi verificado que em 98% dos casos os cuidadores eram familiares, do sexo
feminino (93%), na maioria esposas (44%) e filhas (31%). Cerca de 68% prestava
cuidado sem nenhum tipo de ajuda, 39% tinha entre 60 e 80 anos e 62% cuidavam dos
idosos nesta mesma faixa etária. Evidenciou também a forte carga de morbidade nos
cuidadores, com destaque para dores lombares (41%), depressão (39%), artrite ou
reumatismo (37%), problemas cardíacos (10%) e diabetes (5%) ( Karsh, 2003).
Fast (2003) em estudo realizado no Canadá com idosos portadores de doenças
crônicas verificou que 50% dos cuidados eram realizados por mulheres e, em 28% dos
casos, eram exclusivamente prestados por homens. Os familiares respondiam por 78%
dos cuidados e 15% eram cuidados apenas por “não-parentes”. Com relação à idade dos
cuidadores, 69% tinham menos que 65 anos, mas em 22% dos casos o cuidado era
prestado inteiramente por pessoas com idade acima de 65 anos. Um terço (33%) vivia
na mesma casa e 56% viviam em casas separadas. Em média, havia dois cuidadores
para cada idoso, com variações entre uma a oito pessoas. A cada pessoa a mais na rede
de ajuda, o idoso recebia 2,2 horas a mais de cuidado por semana. Os idosos cuidados
apenas por mulheres recebiam, em média, cerca de duas horas a mais de cuidado por
semana do que àqueles cuidados apenas por homens.
Rosa (2004) chama atenção para o fato de que a literatura sobre apoio social
dificilmente enfoca o idoso como cuidador ou provedor de apoio, no entanto, o idoso
faz parte de um sistema onde sua função não é apenas de receptora de cuidados, mas
também provedora de cuidados, do ponto de vista emocional e econômico.
40
O cuidado e o interesse das pessoas que compõem a rede de apoio ao indivíduo
incapacitado pode ser mais importante para a saúde mental do que a quantidade de
suporte instrumental, como fornecimentos de refeições, transportes, suprimentos e
serviços domésticos diversos. Wallsten (1999) sugere que existe uma relação direta
entre o grau de incapacidade e sintomas depressivos e que o suporte social atenua o
efeito da incapacidade na depressão quando a rede de apoio é avaliada positivamente
pelo idoso.
2 Justificativa Nos últimos vinte anos vários autores têm discutido as transformações e
conseqüências do envelhecimento para a sociedade brasileira e para o sistema de saúde
(Ramos, 1987; Veras, 1987; Kalache, 1987; Lima-Costa, 2003; Litvoc, 2004). No
Brasil, a Política Nacional de Atenção Básica à Saúde, a PNSPI e o Estatuto do Idoso
sintetizam a resposta do Estado e da sociedade, garantindo o cuidado e a atenção
integral pelo SUS – (BRASIL, 2003; MS, 2006b). A PNSPI define como diretrizes
essenciais a promoção do envelhecimento saudável, a manutenção da capacidade
funcional e sua reabilitação, a assistência às necessidades de saúde do idoso, a
capacitação de recursos humanos especializados, o apoio ao desenvolvimento de
cuidados informais e o apoio a estudos e pesquisas (BRASIL, 2006).
Apesar dos avanços no conhecimento permanecem lacunas a serem exploradas,
entre elas, a identificação da necessidade de assistência aos idosos no domicílio e seus
determinantes. Igualmente, são escassos os estudos sobre a capacidade de resposta da
sociedade a este problema, principalmente no âmbito dos serviços de atenção básica
(Pelaez, 2003; Giacomin, 2005; Rehem,2005 ; Silvestre, 2003).
Uma das dificuldades dos sistemas de saúde é a captação eficiente dos idosos
que mais requerem cuidados, justificando a utilização de instrumentos capazes de
classificar os idosos em diferentes graus de necessidade, possibilitando a hierarquização
dos riscos e contribuindo para o desempenho dos serviços (Veras, 2003). Nesta
perspectiva, há uma crescente demanda de avaliação da capacidade de resposta dos
serviços de saúde, em seus arranjos e peculiaridades locais, na efetivação das políticas
de saúde e em benefício da população.
Este projeto toma como objeto de estudo a assistência domiciliar a idosos, com
ênfase nos determinantes da necessidade desse cuidado e do desempenho dos serviços
41
de atenção básica. Haverá particular preocupação em identificar fatores capazes de
predizer o processo de fragilização da saúde, contribuindo para o planejamento e a
implementação de uma assistência domiciliar na rede básica de saúde com maior
potencial de êxito na melhoria da qualidade de vida da população idosa. Diante da
necessidade da ampliação do conhecimento acadêmico e de subsídio para a formação de
novos profissionais os resultados poderão ser utilizados para a adequação de currículos,
metodologias e material didático, atendendo desta forma, as diretrizes da PNSPI.
Na escolha de Bagé como local de estudo levou-se em consideração a expansão
da UFPel na região, através da UNIPAMPA, a opção política do gestor local pela
expansão da estratégia Saúde da Família, as experiências prévias no município com a
pesquisa do Estudo de Linha de Base do PROESF e a pesquisa sobre internações
hospitalares por causas sensíveis à atenção básica. Estas experiências fortaleceram a
parceria entre a UFPel, a SMS de Bagé, técnicos da 7ª CRS, além de professores e
alunos da URCAMP. Além disso, é um município de porte médio e relativamente
próximo de Pelotas, o que facilita o deslocamento da pesquisadora para a coordenação
do trabalho de campo.
3 Marco Teórico
O Modelo Teórico apresentado na Figura 1 esquematiza a complexa relação em
estudo. A ordem das categorias não representa necessariamente níveis hierárquicos de
determinação, mas seus principais nexos e interações com os desfechos de interesse.
O envelhecimento do organismo humano é um processo fisiológico contínuo e
com forte determinação social (Marmot, 2005; Kalache,1997, Carvalho, 2003). À
semelhança dos demais aspectos da vida e da saúde humana (Marmot, 2005), a
interação entre processos demográficos, genéticos, psicológicos, ocupacionais,
ambientais, econômicos e do estilo de vida determinam as características do
envelhecimento de indivíduos e sociedades ao longo do tempo. Diferenças históricas em
termos econômicos, culturais e sanitários se expressam na variabilidade das condições
de morbimortalidade dos grupos humanos (Marmot, 2005; Carvalho, 2003). Em
comparação às camadas mais abastadas da sociedade, as piores condições de saúde e
envelhecimento das classes trabalhadoras e populares, são resultantes de iniqüidades
experimentadas ao longo da vida e continuadas no transcurso da “terceira idade”. Em
42
suma, os mais pobres vivem menos e pior do que os mais ricos, chegando mais
adoentados e “envelhecidos” à terceira idade.
Em termos demográficos, o envelhecimento é fundamentalmente uma questão
de gênero, com predomínio da população feminina. Em todas as faixas etárias, as taxas
de mortalidade são maiores entre os homens do que entre as mulheres (MS, 2000),
sendo este fenômeno responsável pela “feminização” do envelhecimento observado
mundialmente (Lima-Costa, 2003). A medida em que os indivíduos envelhecem, as
doenças crônicas não-transmissíveis transformam-se nas primeiras causas de morbidade,
incapacidade e mortalidade, com padrões diferenciados entre os sexos. Nas mulheres as
prevalências de hipertensão, diabetes, artrite ou reumatismo são maiores em relação ao
sexo masculino. A presença de múltiplas condições crônicas também está relacionada
ao sexo feminino. Portanto, a maior sobrevivência feminina está associada a uma maior
demanda dos serviços de saúde, que deve ser considerada na abordagem domiciliar de
doenças crônicas, incapacidades e fragilidades que acompanham a longevidade (MS,
2006a; Keene, 2005).
O envelhecimento afeta a capacidade funcional do organismo, que atinge seu
grau máximo nos primeiros anos da vida adulta, entrando em declínio em seguida
(Kalache, 1997). A prevalência da incapacidade aumenta com a idade, mas a idade
sozinha não prediz incapacidade. O declínio funcional e as fragilidades estão associados
a fatores socioeconômicos, ambientais e ao estilo de vida. Entretanto, o manejo
adequado destas condições por serviços de saúde pode contribuir para sua reversão em
qualquer idade, através de medidas individuais e coletivas que promovam a qualidade
de vida. Portanto, a incapacidade funcional e as limitações físicas, cognitivas e
sensoriais não são conseqüências únicas e inevitáveis do envelhecimento, apresentando
uma relativa sensibilidade às intervenções em atenção primária à saúde (MS, 2006a;
Fernandez-Olano, 2006).
A presença de morbidades crônicas, incapacidades funcionais e situação de
fragilidade do idoso são os principais determinantes da necessidade de cuidados de
saúde, inclusive no âmbito do domicílio. Contextos sociais e familiares e a rede de
apoio jogam um papel importante não apenas na determinação da situação de saúde dos
idosos, mas também da necessidade de assistência domiciliar. Idosos vivendo em
contextos sociais mais ricos e estimulantes, em termos materiais e afetivos, adoecem
menos e se recuperam mais rapidamente de seus problemas (Rosa, 2004). Famílias
capazes de manter uma rede de apoio no cuidado dos idosos garantem maior interação e
43
autonomia dos serviços de saúde, podendo potencializar o desempenho da assistência
domiciliar (Caldas, 2003).
A necessidade de assistência domiciliar aos idosos deveria ser plenamente
atendida pelos serviços de saúde, dentro dos preceitos de universalidade, integralidade e
eqüidade em saúde (MS, 2006a). Aos serviços de atenção básica à saúde cabe a
responsabilidade pela avaliação da demanda potencial de assistência domiciliar,
incluindo não apenas a demanda espontânea referida por usuários ou familiares e a
demanda induzida pelo próprio serviço, mas principalmente a demanda latente, não
percebida ou manifesta por usuários, familiares e profissionais de saúde. A garantia do
acesso aos serviços, sua aceitação e utilização pela população também é um potencial
determinante da assistência domiciliar (Caldas, 2003).
No atendimento à demanda, é esperado que os serviços básicos realizem os
procedimentos terapêuticos e diagnósticos, prestem orientação ao idoso e seus
cuidadores, além de acompanhar a evolução do problema. A participação dos serviços
no cuidado domiciliar envolve desde intervenções rápidas e pontuais decorrentes de
condições agudas até um vínculo de longo prazo relacionado a condições crônicas, com
uma maior diversidade de procedimentos técnicos, incluindo o cuidado paliativo de
pacientes em fase terminal.
A resposta dos serviços básicos de saúde a esta demanda potencial poderá se
modificar em função do modelo de atenção da UBS que, através de suas estruturas e
processos de trabalho, particularmente de seus profissionais de saúde, materializa a
assistência domiciliar e suas características. A ESF inclui a visita domiciliar, através de
ACS e o cuidado domiciliar por equipe multiprofissional como parte importante de seu
processo de trabalho, podendo alcançar coberturas populacionais maiores, com melhor
qualidade e foco. Nesta abordagem, a necessidade de assistência domiciliar de idosos
não determina o modelo de atenção da UBS, ou suas características. Mas, frente a uma
demanda de assistência domiciliar, a resposta da UBS será mediada ou modificada em
função de seu modelo de atenção.
As políticas públicas com ênfase na abordagem familiar e na comunidade
pressupõem ações articuladas e responsabilidades divididas entre serviço de saúde,
família e rede social de apoio. A relação entre os diferentes determinantes é dinâmica,
mas dependendo do desempenho dos serviços de saúde será mais fácil ou mais difícil
melhorar, mitigar ou estabilizar a condição que originou a demanda por assistência
domiciliar. O tipo de demanda dos idosos e a capacidade de suporte técnico dos serviços
44
Modelo de atenção da UBS - Características formas de acesso, disponibilidade de insumos materiais e humanos; critérios de inclusão na assistência domiciliar;
tipo de atendimento ofertado
SITUAÇÃO DE SAÚDE Condições crônicas,
Incapacidade funcional Fragilidade
NECESSIDADE DE ASSISTÊNCIA DOMICILIAR
ASSISTÊNCIA DOMICILIAR DA UBS tipo de atendimento realizado, tempo de espera para ser atendido, periodicidade do cuidado, insumos e
tecnologias utilizadas, tempo de acompanhamento, profissionais envolvidos, retaguarda de outros níveis do sistema e outros profissionais especializados; adesão a proposta terapêutica
Características sociais
familiares e rede de apoio
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Demanda potencial à UBS da área
Figura 1. Modelo Teórico
de saúde aos idosos e suas famílias são determinantes fundamentais para a permanência
do idoso no domicílio, evitando sua institucionalização em casas geriátricas e
hospitalizações desnecessárias. Ao incluir os determinantes sociais do envelhecimento e
da saúde na formulação de políticas públicas, as iniqüidades poderão ser minimizadas,
beneficiando os idosos mais vulneráveis (Marmot, 2005).
45
4 Objetivos
Geral
• Avaliar a necessidade de assistência domiciliar em idosos residentes na área de
abrangência dos serviços de atenção básica à saúde e seus determinantes.
• Avaliar o desempenho dos serviços de atenção básica à saúde na assistência
domiciliar prestada aos idosos residentes na área de abrangência dos serviços.
Específicos
• Descrever as características socioeconômicas, demográficas, comportamentais e de
utilização de serviços de saúde e investigar associações com necessidade de
assistência domiciliar.
• Caracterizar a situação de saúde através de morbidades, capacidade funcional e risco
de fragilidade, estabelecendo perfis de necessidade de assistência domiciliar em
função de incapacidade para AIVD, problemas de mobilidade e/ou mentais e
incapacidades severas e variadas.
• Caracterizar a assistência domiciliar prestada pelos serviços de ABS de acordo com
os perfis de necessidade.
• Examinar o efeito do modelo de atenção da UBS nas características da assistência
domiciliar, ajustando para características sócio-demográficas e dos perfis de
necessidade.
• Descrever o cuidado domiciliar prestado por familiares e rede de apoio.
46
5 Hipóteses • A necessidade de AD está associada positivamente com sexo feminino, maior idade,
menor escolaridade, estado civil “viúvo(a) ou solteiro(a)”, pior autopercepção de saúde e em domicílios multigeracionais.
• As condições crônicas, os problemas de mobilidade e/ou mentais, as incapacidades
severas e a história de internação hospitalar no último ano são os principais determinantes da necessidade de AD.
• O perfil de incapacidade para AIVD é de 35%; o perfil em que predominam
problemas relacionados à mobilidade é de 40%; problemas mentais 20% e os 5% restantes - incapacidades severas e variadas.
• A cobertura de AD nas áreas atendidas pelo PSF é de 80% e de 20% nas áreas com
modelo tradicional. • A cobertura de AD das UBS é inversamente proporcional à prevalência dos perfis
de necessidade. • Em comparação ao modelo tradicional, a AD prestada pelo PSF tem maior
diversidade no tipo de procedimentos, profissionais envolvidos, insumos e equipamentos e articulação com outros níveis do sistema de saúde.
• A família é responsável por 90% dos cuidados, e a presença do cuidador familiar é
maior nos domicílios de idosos mais velhos, de menor escolaridade, pior situação socioeconômica, viúvos, solteiros ou que vivem sem companheiro.
• Esposas e filhas são as principais cuidadoras, sendo as mulheres responsáveis por
70% da AD.
47
6 Metodologia
6.1 Delineamento
O delineamento proposto é o de um estudo transversal de base comunitária em
área de abrangência dos serviços básicos de saúde. A escolha deste delineamento é
devido à possibilidade de diagnosticar de forma rápida e custo factível, a prevalência de
desfechos de interesse à saúde, em amostra representativa dos idosos moradores na área
de abrangência das Unidades Básicas de Saúde de Bagé. Também pela possibilidade de,
em curto prazo, subsidiar os gestores com informações de interesse local, permitindo o
planejamento de políticas e ações de saúde que atendam às necessidades desta
população.
Apesar das limitações do delineamento transversal em estabelecer relação de
causa e efeito, acredita-se que, por se tratar de um desfecho relacionado principalmente
com a existência de doenças crônicas ou eventos que possuem um tempo relativamente
longo de recuperação, como no caso das fraturas, a resposta dos serviços de saúde
deveria alcançar de forma universal os indivíduos que demandam assistência no
domicilio. Outra situação é a de que os serviços deveriam manter vigilância sob a
população de sua responsabilidade de modo a propor ações de promoção, prevenção ou
reabilitação.
6.2 População alvo
A população-alvo do estudo é constituída por indivíduos com 60 anos ou mais
de idade, residentes na área de abrangência dos serviços de atenção básica à saúde da
zona urbana do município de Bagé, RS.
6.2 1 Situação Demográfica e Socioeconômica de Bagé
De acordo com as estimativas do IBGE (DATASUS, 2006) Bagé possuía em
2006 aproximadamente 122.461 habitantes, sendo 82% (100.418) na zona urbana. Em
2000, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) era de 0,80, sendo inferior ao do
estado do RS e superior ao do Brasil. Em relação ao RS e ao Brasil, apresentava maior
taxa bruta de natalidade, proporção de idosos e cobertura de água encanada. A
48
expectativa de vida era semelhante ao do estado do RS e superior à do Brasil. A
proporção de crianças menores de cinco anos, de pobres, de alfabetizados e de cobertura
de domicílios com esgoto variava entre as do estado e do país (Facchini, 2006) (Tabela
1).
Tabela 1. Indicadores demográficos e socioeconômicos para Bagé, Rio Grande do Sul e Brasil, 2000.
BAGÉ RS BRASIL
IDH-2000 0,80 0,82 0,76
Taxa bruta de natalidade 18,1 14,9 17,5
Expectativa de vida (anos) 72,2 72,1 68,6
% de menores de 5 anos 8,6 8,4 9,7
% de idosos 12,1 10,4 8,5
% de pobres 25,0 19,7 32,8
% de alfabetizados 89,7 90,6 83,3
% de água encanada 92,8 78,9 75,8
% de rede de esgoto ou pluvial 42,0 26,3 44,4 Fonte: IBGE e DATASUS. Disponível no Relatório Municipal de Bagé do Estudo de Linha de Base. PROESF-UFPEL, 2005.
Em 2003, as principais causas de mortalidade da população de idosos, foram às
doenças do aparelho circulatório (43%), neoplasias (24%) e doenças do aparelho
respiratório (14%). A proporção de causas mal definidas foi de 16%, o que determina a
necessidade de propor ações no sentido de qualificar o sistema de informações sobre
mortalidade (DATASUS, 2006).
6.3 Critérios de inclusão
Serão incluídos no estudo os idosos com 60 anos ou mais de idade, moradores
em domicílios particulares, na zona urbana do município na data de referência da
pesquisa.
6.4 Critérios de exclusão
Serão excluídos os indivíduos que, no momento da entrevista, estiverem
viajando, privados de liberdade por decisão judicial ou residindo em Instituições de
Longa Permanência.
49
6.5 Cálculo do tamanho da amostra
O cálculo de tamanho de amostra foi realizado para estudar a prevalência da
“necessidade de assistência domiciliar” e da “assistência domiciliar recebida”. A
amostra deverá ser suficiente para os estudos de prevalência e das associações a serem
investigadas.
• Estudo de prevalência da “necessidade de assistência domiciliar” Para o cálculo de prevalência, utilizaram-se os seguintes parâmetros e
estimativas: tamanho da população de 14.792 indivíduos idosos em Bagé (DATASUS,
2006), nível de confiança de 95%, prevalência estimada do desfecho de 20%, e erro
aceitável de 3 pontos percentuais. Com estes parâmetros a base de cálculo inicial é de
653 idosos.
• Estudo de prevalência da “assistência domiciliar recebida” Para o cálculo de prevalência da assistência domiciliar prestada pelos serviços de
atenção básica à saúde, utilizaram-se os seguintes parâmetros e estimativas: tamanho da
população de 3.000 indivíduos idosos com necessidade de atendimento domiciliar, nível
de confiança de 95%, prevalência estimada do desfecho de 60%, e erro aceitável de 4
pontos percentuais. Com estes parâmetros a base de cálculo inicial é de 483 idosos.
• Estudo de associações
Para o cálculo de associações foi utilizado um nível de confiança de 95%, poder
de 80% e diferentes valores para as proporções entre expostos e não expostos,
prevalência de expostos e não expostos e razões de prevalências. O banco de dados do
Estudo de Linha de Base - PROESF/UFPel (Facchini et al., 2006) foi utilizado como
referência para os cálculos. O Quadro 3 apresenta os resultados dos cálculos para o
estudo de associação entre necessidade de assistência domiciliar e diferentes exposições.
O Quadro 4 apresenta os resultados dos cálculos para o estudo de associação entre
assistência domiciliar e diferentes exposições. As colunas à direita referem-se,
respectivamente, ao número parcial e final da amostra, incluindo 10% para perdas e
recusas e 15% para controle de fatores de confusão, sem considerar o efeito de
delineamento.
50
Quadro 3. Cálculo tamanho de amostra para estudo de associação entre necessidade de assistência domiciliar e diferentes exposições.
Exposição
% de Não
Expostos (NE)
% de Expostos
(E)
Prevalência do
Desfecho em NE
Prevalência do
Desfecho em E
Razão de Prevalência
N Parcial
N Total
Sexo Feminino 41* 59* 16 24 1,5 868 1098
Idade >75 anos 64 36 14 30 2,1 261 330
Não sabe ler** 64 36 12 22 1,8 508 642
Casado, com companheiro 57 43 23 14 0,6 614 776
Domicílios ≥ 5 pessoas 77 23 15 26 1,7 622 787
Hipertensão 37 63 14 24 1,7 589 745
Diabetes 85 15 18 29 1,6 960 1214
Queda 65 35 15 24 1,6 700 886
Dificuldade caminhar uma quadra
79 21 10 56 5,6 52 66
Autopercepção saúde ruim 80 20 10 38 3,8 115 145
*Datasus (2006) distribuição população Bagé ** dados ELB-PROESF Lote sul Quadro 4. Cálculo tamanho de amostra para estudo de associação entre assistência
domiciliar e diferentes exposições.
Exposição
% de Não
Expostos (NE)
% de Expostos
(E)
Prevalência do
Desfecho em NE
Prevalência do
Desfecho em E
Razão de Prevalência
N Parcial
N Total
Modelo de UBS 40 60 4 18 4,5 197 249
Sexo Feminino 41* 59* 11 18 1,6 897 1134
Idade >75 anos 64 36 9 19 2,1 436 552
Não sabe ler** 64 36 6 16 2,7 358 408
Casado, com companheiro 57 43 15 8 0,5 730 924
Domicílios ≥ 5 pessoas 77 23 8 15 1,9 891 1127
Hipertensão 37 63 9 16 1,8 789 998
Diabetes 80 20 12 22 1,8 760 961
Queda 65 35 11 19 1,8 609 770
Dificuldade caminhar uma quadra
79 21 7 32 4,6 119 151
Autopercepção saúde ruim 80 20 10 19 1,9 760 961
*Datasus (2006) distribuição pop Bagé ** dados ELB-PROESF Lote sul
51
O maior tamanho de amostra foi de 1214 pessoas e utilizando 1,26 de efeito de
delineamento, a amostra total necessária para o estudo é de 1530 indivíduos. O
efeito de delineamento foi calculado a partir do coeficiente de correlação intra-classe da
seguinte pergunta “O Sr(a) necessita receber atendimento regular em sua casa do
<posto de saúde da área de abrangência>?”, variável disponível no banco de dados do
ELB-UFPel PROESF (Facchini, 2006). O coeficiente de correlação intraclasse foi de
0,05262. Para o cálculo do efeito do delineamento amostral foi considerado uma
concentração de 0,3 idosos por domicílio e 20 domicílios por área (de acordo com
processo de amostragem apresentado a seguir).
6.6 Processo de amostragem
Atualmente o município dispõe de 20 UBS na zona urbana do município (15
USF e 5 UBS Tradicionais). Os dados serão coletados nas áreas de abrangência da
totalidade das UBS.
Será realizada uma amostragem em dois estágios, sendo respeitada a área de
abrangência da USF e respectivas microáreas (Bertoldi, 2006). Nas USF será utilizado o
mapeamento das equipes de saúde da família. Nas UBS Tradicionais será utilizada a
área definida pela equipe. A partir desta delimitação a área será dividida em quadrantes.
De acordo com as estimativas do IBGE (DATASUS, 2006) a população total de
Bagé é de 122.461 pessoas, sendo que 14.792 (12%) possuem 60 anos ou mais de idade.
A taxa de urbanização do município é de 82% (área urbana um total de 100.418
pessoas; 12.050 com 60 anos ou mais). A cobertura do PSF é de 54%, na zona urbana
(DATASUS, 2006), isto representa cerca de 53.871 pessoas moradores em área de
abrangência sob responsabilidade das ESF, deste total, 6.464 são idosos. Segundo
SIAB-Bagé (SMS, 2007), os domicílios em áreas de PSF têm em média 3,6 pessoas,
totalizando em torno de 14.964 famílias. Considerando 19 equipes de saúde da família
no município, em média, cada equipe seria responsável por 788 famílias ou 197 famílias
por microárea (se considerarmos quatro microáreas por equipe). Se a concentração é de
0,3 idosos por domicílio, teremos 59 domicílios com idosos por microárea.
Partindo do pressuposto que o restante da população (46%) deva ser atendida
pelas UBS Tradicionais, isto corresponde a aproximadamente 46.547 pessoas, das quais
5.585 idosas. Considerando a mesma média de pessoas por família, totaliza 12.929
famílias, cerca de 2.585 famílias por equipe. Para garantir uma melhor distribuição da
52
amostra, a área de cada UBS será dividida em quadrantes, simulando uma microárea do
PSF. Neste contexto, cada quadrante teria, em média, 646 famílias, e mantendo a
concentração de 0,3 idosos por domicílio, teremos 194 domicílios com idosos por
quadrante.
A partir destes parâmetros, para uma amostra de 1530 idosos, 826 seriam
localizados em área de cobertura do PSF e 704 em área de cobertura das UBS
Tradicionais.
Isto significa localizar 44 idosos em cada área de abrangência da ESF, 11 idosos
por microárea. Ao interior das microáreas, a partir de um ponto a ser sorteado
aleatoriamente, será utilizado um pulo de cinco domicílios, garantindo uma adequada
distribuição dos domicílios no território, de modo que todos os domicílios tenham a
mesma probabilidade de serem amostrados. Nas UBS Tradicionais, a amostra será de
141 idosos por UBS, 35 idosos em cada quadrante. Neste caso, o pulo será de seis
domicílios.
O mapa da cidade de Bagé (Apêndice 3) demonstra a distribuição de 13 das 15
USF da área urbana do município.
6.7 Instrumentos
Os dados serão coletados através de questionário estruturado com questões pré-
codificadas e com dupla digitação em um banco de dados no programa EPI Info 6.0
(Dean, 1995).
O instrumento está planejado para obter, além das variáveis que compõem os
desfechos, as informações sobre características demográficas, socioeconômicas,
comportamentais, antropométricas, autopercepção de saúde e caracterização da rede
social e inclui as escalas de Katz e de Lawton para avaliar a capacidade funcional, o
exame mini-mental para avaliar capacidade cognitiva e a escala de depressão geriátrica
(Geriatric Depression Scale – GDS – versão abreviada), disponíveis nos Cadernos de
Atenção Básica para avaliação da pessoa idosa (MS, 2006a) (Apêndice 4).
O questionário será aplicado para todos os idosos residentes no domicílio. Será
respondido pelo próprio idoso e, em caso de incapacidade, será aplicado ao cuidador
responsável que estiver acompanhando o idoso no momento da entrevista. As variáveis
selecionadas para o estudo estão disponibilizadas nos Quadros 5, 6 e 7.
53
6.7.1.Principais variáveis a serem coletadas
6.7.1.1 Variável dependente – Necessidade de assistência domiciliar
Necessidade de acompanhamento ou atendimento do idoso no domicílio, de
forma pontual ou permanente, na presença de uma ou mais das seguintes características:
o Idoso encontrar-se acamado;
o Apresentar doenças causadoras de incapacidade funcional (AVC, síndromes
demenciais, etilismo, neoplasia terminal, amputação de membros);
o Diagnóstico de pelo menos uma incapacidade funcional básica;
o Piora ou agravo da situação de saúde;
o Queda nos últimos três meses
o História de hospitalização recente (no último ano e nos últimos três meses);
o Suporte para realização de procedimentos básicos de enfermagem: curativos,
injeções, verificação de pressão arterial, sondagem (urinária, nasogástrica),
reidratação parenteral, troca de bolsa de ostomia;
o Suporte para realização de exames diagnósticos e terapêutica;
o Inexistência de uma rede familiar ou social de apoio;
o Idade superior a 75 anos
o Autopercepção de necessidade
6.7.1.2 Variável dependente – Assistência domiciliar
Assistência domiciliar incluirá todo atendimento realizado no interior do
domicílio, no período de três meses anterior à entrevista, com ou sem a realização de
procedimentos, por profissionais da área da saúde: médicos, enfermeiros, auxiliares de
enfermagem, além de outros vinculados aos serviços de atenção básica. Também
incluirá a coleta de material para exame laboratorial ou transporte dos idosos para
serviços em outros âmbitos do sistema de saúde, tais como, fisioterapia, hemodiálise ou
quimioterapia.
54
Quadro 5. Caracterização da assistência domiciliar.
Características Tipo
Motivo relacionado com a necessidade de atendimento domiciliar
Dificuldade de locomoção Acamado Alta hospitalar no último ano e nos últimos 3 meses Piora da condição de saúde
Categórica nominal
Tipo de atendimento domiciliar que precisou
Consulta, curativos, injeções, nebulização, fornecimento de medicação, transporte para exames, especialistas, fisioterapia
Categórica nominal
Solicitação do atendimento Sim ou Não Categórica nominal
Responsável pela solicitação
Próprio idoso Familiar Amigo ACS
Categórica nominal
Forma de solicitação do atendimento
Telefonou para a UBS Foi até a UBS Outra forma – mandou recado por familiar, vizinho ou ACS
Categórica nominal
Solicitação foi atendida? Recebeu atendimento domiciliar dos profissionais da UBS: Sim/ Não
Categórica nominal
Quanto tempo demorou para receber atendimento
No mesmo dia Dia seguinte Na mesma semana Na semana seguinte Outra
Categórica nominal
Tipo de atendimento domiciliar que recebeu
Consulta, curativos, vacinas, injeções, nebulização, sondagem vesical, troca de bolsa de ostomia, fornecimento de medicação, transporte para exames, especialistas, fisioterapia
Categórica nominal
Acompanhamento Permaneceu em acompanhamento: Sim ou Não
Categórica nominal
Periodicidade do atendimento necessário
Diário, semanal, quinzenal, mensal, outro
Categórica nominal
55
Cont. Quadro 5. Caracterização da assistência domiciliar.
Características Tipo
Profissionais de saúde envolvidos com o atendimento
Médico, Enfermeiro, Auxiliar de Enfermagem, Agente Comunitário de Saúde, Assistente Social
Categórica nominal
Encaminhado para especialista Sim ou Não Categórica nominal
Solicitado exames Sim ou Não Categórica nominal
Solicitado novos medicamentos Sim ou Não Categórica nominal
Recebeu orientações sobre cuidados necessários Sim ou Não Categórica
nominal
Seguiu as orientações recebidas Sim, total Sim, parcial Não seguiu orientações
Categórica nominal
Disponibilizado material ou equipamentos Sim ou Não Categórica
nominal
Material ou equipamento disponibilizado
Gaze, seringa, algodão, esparadrapo, bolsa de ostomia, sonda vesical, medicamentos
Categórica nominal
Número de vezes que o ACS foi ao domicílio
Número de vezes que o ACS foi ao domicílio nos últimos 3 meses
Numérica discreta
Atividades realizadas pelo ACS
Preenchimento do cadastro Entrega da Carteira do Idoso Perguntou sobre situação de saúde Perguntou sobre uso de medicamentos Deu orientações sobre cuidados com a saúde
Categórica nominal
Satisfação com o atendimento Satisfeito Insatisfeito
Categórica nominal
56
Quadro 6. Variáveis independentes: Necessidade de assistência domiciliar
Variáveis Independentes Características Tipo
Morbidades História de quedas nos últimos 3 meses Sim/Não Categórica nominal
História de fraturas no último ano Sim/Não Local da fratura
Categórica nominal Categórica nominal
Hipertensão Sim/Não Há quanto tempo
Categórica nominal Numérica discreta
Diabetes Sim/Não Há quanto tempo
Categórica nominal Numérica discreta
Doença pulmonar obstrutiva crônica Sim/Não Há quanto tempo
Categórica nominal Numérica discreta
Dificuldade para ouvir Sim/Não Há quanto tempo
Categórica nominal Numérica discreta
Dificuldade para enxergar Sim/Não Há quanto tempo
Categórica nominal Numérica discreta
Acamado Sim/Não Se sim, há quanto tempo
Categórica nominal Numérica discreta
Hospitalização nos últimos 12 meses e nos últimos 3 meses
Sim/Não Se sim, quantas vezes
Categórica nominal Numérica discreta
Diagnóstico médico de AVC Sim/Não Se sim, há quanto tempo Seqüela – Sim/Não
Categórica nominal Numérica discreta Categórica nominal
Diagnóstico médico de infarto Sim/Não Há quanto tempo
Categórica nominal Numérica discreta
Diagnóstico médico de demência Sim/Não Há quanto tempo
Categórica nominal Numérica discreta
Diagnóstico médico de neoplasia Sim/Não Há quanto tempo
Categórica nominal Numérica discreta
História de amputação de membros Sim/Não Qual? Há quanto tempo
Categórica nominal Categórica nominal Numérica discreta
Autopercepção de saúde
Autopercepção de saúde Excelente, Muito Boa, Boa, Média, Ruim Categórica ordinal
Sentimento com relação à vida Satisfeito/Insatisfeito Categórica nominal
Se insatisfeito, qual o motivo
Econômico, problema de saúde, problema de moradia, conflito nos relacionamentos pessoais, falta de atividade
Categórica nominal
Comparando a situação de saúde com cinco anos atrás Melhor, mesma coisa, pior Categórica nominal
Comparando com outras pessoas de sua idade, sua saúde está Melhor, igual, pior Categórica nominal
Rede de apoio - Questionário BOAS (Brazil Old Age Schedule – Veras, 2008) Depressão - Escala de depressão geriátrica (GDS) – instrumento padronizado – Sheikh, 1986) Avaliação Cognitiva - Mini-exame de saúde mental – instrumento padronizado (Folstein, 1975) Capacidade Funcional - Escala de Katz (AVD – Katz, 1963) e Lawton (AIVD – Lawton, 1969)
57
Quadro 7. Variáveis independentes: demográficas, socioeconômicas e
comportamentais.
Variáveis Independentes Características Tipo
Demográficas Sexo Masculino/ Feminino Categórica nominal Idade Anos completos Numérica contínua Cor da pele (observada e auto-referida)
branca, preta, parda, amarela ou indígena Categórica nominal
Socioeconômicas Escolaridade Anos completos de estudo Numérica discreta
Renda familiar Rendimento bruto da família em salários mínimos no último mês Numérica contínua
Nível econômico Nível A, B, C, D e E Categórica ordinal
Estado civil Casado, solteiro, viúvo, união estável, divorciado, outra Categórica nominal
Filhos Número de filhos Numérica discreta Casa própria Sim/ Não Categórica nominal
Moradores na casa Número de moradores que fazem as refeições e/ou dormem no domicílio
Numérica discreta
Relação de parentesco com moradores
Esposo(a), pais, filhos(as), irmãos(as), neto(a), outros parentes, amigos
Categórica nominal
Aposentadoria Sim/Não Categórica nominal Plano de saúde privado Sim/Não Categórica nominal Empregada doméstica (mês) Sim/Não Categórica nominal Empregada diarista Sim/Não Categórica nominal Comportamentais
Tabagismo Ex-fumante, fumante atual, nunca fumou Categórica nominal
Bebida alcoólica CAGE
Sedentarismo Prática regular de exercício físico: sim / não Categórica nominal
Antropométrica IMC (peso e altura auto-referidos)
Peso Altura
Numérica contínua Numérica contínua
58
6.8 Seleção e treinamento dos entrevistadores
O processo seletivo para contratação de entrevistadoras será divulgado por meio
de cartazes nas dependências da URCAMP e da UNIPAMPA, ambas em Bagé. Além
disso, será utilizada uma lista de entrevistadores que já tenham participado de pesquisas
anteriores e que possuam referências positivas e disponibilidade de permanecerem na
cidade de Bagé durante o período de coleta de dados.
Os candidatos interessados deverão entregar currículo preenchido na própria
ficha de inscrição na sede do estudo na cidade de Bagé, em local a ser definido em
conjunto com a Secretaria Municipal de Saúde. Os candidatos deverão ter idade igual ou
superior a 18 anos e ensino médio completo. O trabalho de campo também terá o apoio
dos profissionais vinculados à 7ª Coordenadoria Regional de Saúde.
A entrevista com os candidatos será realizada pela doutoranda e serão avaliados
os seguintes itens: apresentação, expressão, comunicação, motivação e interesse. Os
candidatos aprovados nas primeiras etapas do processo de seleção serão submetidos a
um treinamento, o qual será coordenado pela doutoranda, em local a ser definido.
O treinamento terá duração de no máximo 40 horas e consistirá em: apresentação
geral do projeto de pesquisa; treinamento de técnicas de entrevista; leitura explicativa
do questionário e do manual de instruções e dramatizações. Por fim, uma prova teórica
será aplicada aos candidatos.
Além do número necessário de entrevistadores serão selecionados suplentes,
podendo ser chamados em função de alguma eventualidade no decorrer da pesquisa. Os
supervisores também participarão do processo seletivo.
6.9 Logística e coleta de dados
Está prevista a articulação prévia com pessoas estratégicas no município de Bagé,
de modo a agilizar o trabalho de campo. A execução do projeto também contará com o
apoio da Secretaria Municipal de Saúde, da 7ª Coordenadoria Regional de Saúde e do
Conselho Municipal de Saúde (CMS). Será realizado contato com o Secretário
Municipal de Saúde, técnicos das Universidades locais – URCAMP e UNIPAMPA,
para obter informações e articular parcerias interinstitucionais na organização e nas
capacitações preparatórias ao trabalho de campo otimizando desta forma, os recursos
locais.
59
A divulgação do estudo será feita na imprensa, em programas de rádio e jornal
de circulação local, como forma de auxiliar no recebimento dos entrevistadores nos
domicílios. Será disponibilizado crachá e carta de apresentação aos entrevistadores.
O trabalho de campo deverá ter início na segunda quinzena do mês de maio do
corrente ano e os dados serão coletados por entrevistadores previamente selecionados e
capacitados, que utilizarão um questionário elaborado pela doutoranda e testado através
de um estudo pré-piloto.
As entrevistas serão realizadas nos domicílios dos idosos e cada entrevistador
visitará aproximadamente quatro residências por dia. Ao identificar o domicílio elegível,
os entrevistadores irão ler a Carta de Apresentação (Apêndice 5) e convidar para
participação no estudo. Serão consideradas perdas e recusas as entrevistas não
realizadas após três tentativas, em dias e horários diferentes. Uma das tentativas será
realizada pelo supervisor do trabalho de campo. O treinamento e a supervisão dos
entrevistadores será feito pela pesquisadora, com o apoio de uma supervisora local.
O tempo total de trabalho de campo está programado para 55 dias, incluindo 15
dias para a seleção e capacitação dos supervisores e entrevistadores, 40 dias para coleta
de dados.
6.10 Estudo piloto
O estudo piloto será realizado em uma área de abrangência de uma UBS na
cidade de Pelotas e servirá como teste final do questionário, bem como para avaliar o
manual de instruções e a organização do trabalho de campo.
6.11 Controle de qualidade
O controle de qualidade será feito através de re-entrevista com 10% dos
entrevistados, quando serão repetidas algumas perguntas do questionário. A
consistência das informações será analisada através do índice Kappa. Outras formas
utilizadas para assegurar a qualidade das informações serão o treinamento de
entrevistadores, a elaboração do questionário padronizado e pré-testado, a elaboração de
um criterioso manual de instruções e ainda as revisões da codificação do questionário e
a supervisão do trabalho de campo (Apêndice 7).
60
6.12 Processamento de dados
Os questionários serão revisados pela doutoranda com o apoio de auxiliar de
pesquisa. As questões abertas serão codificadas de forma padronizada. Será construído
um banco de dados no programa EPI-INFO 6.0 (Dean, 1995) para a digitação dos dados,
com checagem automática de amplitude e consistência. Serão realizadas duas digitações
a fim de que os possíveis erros sejam prontamente identificados. O processamento
incluirá as seguintes etapas:
• Recepção e revisão dos instrumentos
• Constituição dos lotes
• Codificação de questões fechadas
• Tabulação de questões abertas
• Codificação de questões abertas
• Revisão final
• Digitação
A primeira folha de cada questionário receberá um carimbo com a seqüência de
tarefas acima citadas para registro de data e responsável.
6.13 Análise dos dados
A análise dos dados será realizada no programa estatístico Stata 9.0. Na análise
inicial, algumas variáveis serão transformadas em categóricas ordinais. A análise
descritiva incluirá cálculos de percentuais e intervalos de confiança de 95% para as
variáveis categóricas; e média, mediana e desvio-padrão para as variáveis numéricas.
A análise bruta será conduzida com a intenção de calcular a prevalência de
necessidade de assistência domiciliar e a prevalência da assistência recebida pelos
profissionais da UBS da área em cada grupo das variáveis independentes, com especial
ênfase para a necessidade de assistência avaliada a partir da situação de saúde dos
idosos. A significância das associações será avaliada com os testes do qui-quadrado
para heterogeneidade ou tendência linear.
A análise multivariável será conduzida por Regressão de Poisson respeitando um
modelo conceitual de análise. Variáveis com valor p <20% na análise multivariável
serão mantidas no modelo de regressão como possíveis fatores de confusão. Todas as
61
variáveis serão avaliadas na regressão multivariável, independentemente de sua
associação bruta com o desfecho.
6.14 Material
Para a realização deste estudo serão utilizados questionários impressos e
disponibilizadas pranchetas, lápis, borracha e caneta. Também serão fornecidos vales-
transporte e cartões telefônicos para facilitar a comunicação com os entrevistadores.
Para o processamento dos dados será utilizada a infra-estrutura do PPGE e
eventualmente o apoio da SMS de Bagé.
6.15 Aspectos éticos
O protocolo do presente estudo será submetido ao Comitê de Ética da Faculdade
de Medicina da UFPel para avaliação. O início do trabalho de campo acontecerá
somente após a aprovação deste projeto pelo Comitê. Os princípios éticos serão também
assegurados através do consentimento informado dos entrevistadores (Apêndice 4), da
garantia do direito de não participação na pesquisa e do sigilo sobre os dados coletados.
Considera-se este processo como sendo de risco mínimo aos participantes, uma
vez que a coleta de dados será feita através de um questionário e não será realizada
nenhuma medida direta, como por exemplo, aferição do peso e da altura.
MODELO DE ANÁLISE
Demográficas
Situação de Saúde
NECESSIDADE DE ASSISTÊNCIA DOMICILIAR
Modelo de UBS da áreaFamília e
Rede Social
ASSISTÊNCIA DOMICILIAR
Socioeconômicas
62
7 Cronograma
Ano/ Mês Etapa
2007 2008 2009 2010
Nov
embr
o
Dez
embr
o
Jane
iro
Feve
reiro
Mar
ço
Abr
il
Mai
o
Junh
o
Julh
o
Ago
sto
Sete
mbr
o
Out
ubro
Nov
embr
o
Dez
embr
o
1º
sem
estre
2º
se
mes
tre
1º
sem
estre
2º
se
mes
tre
Revisão bibliográfica Elaboração do projeto Defesa do projeto Preparo dos instrumentos Envio do projeto ao Comitê de Ética da UFPel
Amostragem Seleção e treinamento da equipe de campo
Estudo-piloto Coleta e digitação dos dados Análise dos dados Redação dos artigos Organização do volume da tese Defesa da tese
63
8 Divulgação dos Resultados
Os resultados serão divulgados através da apresentação da tese de conclusão de
curso, necessária à obtenção do título de Doutor em Ciências pelo programa de Pós-
Graduação em Epidemiologia; publicação parcial ou total dos achados em periódicos
científicos e divulgação dos principais resultados, por meio de nota, na imprensa local.
Também está prevista a apresentação dos resultados aos gestores, trabalhadores da área
da saúde e da educação em Bagé, além da imprensa daquela cidade.
9 Orçamento/ financiamento
O Quadro 8 apresenta o orçamento inicial. Como possíveis fontes de
financiamento identificam-se o Ministério da Saúde, o CNPQ e a Secretaria Municipal
de Saúde de Bagé, além de recursos próprios.
Quadro 8. Orçamento inicial do projeto de pesquisa.
Descrição Quantidade Valor unitário (R$)
Valor total (R$)
Material de consumo Gasolina 400 litros 2,9 1.160,00Alimentação 60 15 900,00Material de escritório 500,00Cópias 2000 1,44 2.880,00
Sub-total 5.440,00Serviços
Digitador por 3 meses 2 600,00 3.600,00Entrevistadores por 2 meses 10 600,00 12.000,00
Sub-total 15.600,00Outros
Cartão telefônico 30 5 150,00Vale transporte 2400 2 4.800,00
Sub-total 4.950,00Total 25.990,00
64
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APÊNDICE 1
Quadro 1. Estudos brasileiros com população idosa - perfil sócio-demográfico e situação de saúde.
Autores e Ano Local DelineamentoAmostra
("n" e faixa etária)
Objetivo estudo Achados do estudo
Ramos et al., 1993
São Paulo, SP
Transversal 1602 idosos com idade ≥ 60 anos
Identificar as necessidades de idosos residentes em zona urbana, através de instrumento de avaliação multidimensional com dados sobre utilização de serviços.
Média de idade= 69 anos; 10% tinham mais de 80 anos; 60% eram mulheres; 70% referiram renda < 100 dólares; 35% eram analfabetos (variou de 4% a 60% dependendo da área estudada); 10% moravam sozinhos, 31% moravam com cônjuge e 59% eram domicílios multigeracionais;86% apresentavam no mínimo uma doença crônica; 53% relataram autonomia para a realização das AVD; 29% precisavam de ajuda para realizar até 3 AVD; 10% precisavam de ajuda para realizar de 4 a 6 AVD; 7% precisavam de ajuda para realizar 7 ou mais AVD e 27% apresentaram algum problema de saúde mental.
Veras, RP, 1994 Rio de Janeiro, RJ
Transversal 738 idosos com idade ≥ 60 anos
Medir a prevalência de deficiência cognitiva e depressão e avaliara a situação funcional da população idosa
35% tinham feito pelo menos uma visita a um serviço de saúde durante os 90 dias anteriores a pesquisa, destes 60% retornou para novas consultas; 31% dos idosos acima de 80 anos tinham dificuldade para desempenho de atividades mais difíceis (sair para lugares distantes e tomar ônibus), sendo maior para as mulheres (39%), esta proporção foi de 9% para os idosos entre 60 e 69 anos. Nas tarefas simples, 5% apresentavam incapacidade. 15% apresentavam deficiência cognitiva e 26% depressão.
Coelho Filho, JM & Ramos, LR, 1999
Fortaleza, CE
Transversal 667 idosos com idade ≥ 60 anos
Traçar o perfil multidimensional dos idosos de uma área urbana no Nordeste
Média de idade = 70 anos; 15% acima de 80 anos; 66% eram mulheres; 52% eram solteiros ou viúvos (destes, a maioria mulheres = 67%); 75% moravam em domicílio multigeracional e 6% moravam sozinhos (o arranjo domiciliar estava diretamente relacionado com a renda, quanto menor renda maior é a aglomeração); 92% referiram pelo menos uma doença; 26% foram classificados como casos psiquiátricos graves; 48% apresentavam perda de autonomia; 13% necessitavam de ajuda para realizar pelo menos 4 AVD (prevalência de 21% nas áreas mais pobres); 7% foram internados no último ano e 61% procuraram serviços de saúde nos últimos seis meses.
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Cont. Quadro 1. Estudos brasileiros com população idosa – perfil sócio-demográfico e situação de saúde.
Autores e Ano Local Delineamento Amostra
("n" e faixa etária)
Objetivo estudo Achados do estudo
Veras, R., 2003 Rio de Janeiro, RJ
Transversal, com amostra de conveniência (não-aleatória)
360 idosos com idade ≥ 65 anos
Estruturar uma lógica assistencial que priorizasse os idosos que mais necessitam de cuidados, através da triagem e hierarquização de risco baseado nos estudos de Boult e colaboradores (1993).
As mulheres apresentaram maior demanda por serviços ambulatoriais (65%). Distribuição por faixa etária: 66% com 65 a 74 anos; 23% com 75 a 79 anos; 8% com 80 a 84 anos; e 3% com 85 anos ou mais. Cerca de 50% consideraram que a sua saúde era média e 8% que consideravam ter uma saúde excelente ou muito boa; 13% relataram ter estado internados ao menos uma vez no ano anterior; 59% reportaram quatro ou mais consultas nos 12 meses anteriores à entrevista.; 25% referiram presença/diagnóstico de diabetes nos últimos 12 meses e 35% doenças cardiovasculares. A maioria dos idosos ( 81%) contava com algum tipo de apoio social; 76% apresentavam baixo risco de adoecer e 11% risco de médio a alto de adoecer, necessitando utilizar os serviços de saúde de forma mais intensiva. Foi encontrado um risco de fragilização cerca de 3,4 maior entre quem esteve ou não internado nos últimos 12 meses. (RR 3,42; IC 95%: 2,48-4,72 - p < 0,001).
Lima-Costa et al., 2003
Brasil, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 1998
Transversal 28.943 idosos com idade ≥ 60 anos
Descrever a situação de saúde dos idosos brasileiros através de indicadores das condições de saúde, capacidade funcional, utilização de serviços de saúde e gastos com medicamentos
Média de idade = 69,5 anos; 55,5% eram mulheres. A auto-percepção de saúde como ruim foi de 11% (entre os homens aumentou com a idade); 69% tinham pelo menos uma doença crônica, 44% eram hipertensos; 38% referiram ter artrite ou reumatismo; 19% apresentavam doença do coração; 10% eram diabéticos 8% tinham asma ou bronquite; 7% doença renal crônica;1% câncer; 2% estavam impossibilitados de alimentar-se, tomar banho ou ir ao banheiro (2,2% das mulheres e 1,8% dos homens); 4,4% referiram impossibilidade de abaixar-se, ajoelhar-se ou curvar-se (5,7% e 2,7% das mulheres e homens), e 6,2% não conseguiam caminhar mais de um quilômetro (7,9 % e 4,2% das mulheres e homens); 14% interromperam atividades por problemas de saúde e 10% estiveram acamados nas duas últimas semanas, e 14% foram hospitalizados no último ano.
Negri, LSA et al., 2004
Espírito Santo
Tranversal, com amostra de conveniência (não-aleatória)
103 idosos com idade ≥ 60 anos
Comparar o perfil de risco dos idosos que freqüentam duas UBS: uma na zona urbana com demanda espontânea e agendada e outra na zona rural com ESF
As mulheres representarem 57% da demanda; 29% tinham entre 60 e 64 anos; 45% entre 65 e 74 anos; 17% entre 75 e 79 anos e 10% acima de 80 anos; 35% haviam consultado duas a três vezes nos últimos 12 meses e 28% mais de 6 vezes; 15% havia internado uma nos últimos 12 meses e 7% havia internado duas ou 3 vezes. Os principais motivos de internação foram relacionados a diabetes e doenças cardiovasculares. A proporção de idosos que apresentou risco muito alto foi de 56% na zona rural e de 42% na zona urbana. O risco no sexo masculino foi quase duas vezes superior ao feminino.
74
Cont. Quadro 1. Estudos brasileiros com população idosa - perfil sócio-demográfico e situação de saúde.
Autores e Ano Local DelineamentoAmostra
("n" e faixa etária)
Objetivo estudo Achados do estudo
Giacomin,KC et al., 2005
Bambuí, Minas Gerais
Coorte 1.606 idosos com idade ≥ 60 anos
Determinar a prevalência de idosos que necessitam de cuidador na comunidade e os fatores associados a esta necessidade.
Média de idade = 69,3 anos (dp = 7,4 anos). Do total de idosos, 23% necessitavam de cuidador, tendo como critério o relato de incapacidade para realizar pelo menos uma AVD e/ou escore inferior a 13 no exame que avaliava estado mental). A idade, o fato de ser solteiro, história de alcoolismo prévio, hipertensão arterial, obesidade e uso de medicamentos prescritos apresentaram associações positivas e independentes com a necessidade de cuidador. A escolaridade, a renda familiar, viver só, ter taxa de colesterol > 240mmHg e ter plano de saúde apresentaram associações negativas e independentes. Os autores concluem que a necessidade de cuidador estava associada com as piores condições socioeconômicas e de saúde.
Piccini et al., 2006
41 municípios com mais de 100 mil habitantes dos estados do RS, SC, AL, PE, PB, RN e PI
Transversal 4.003 idosos com idade ≥ 65 anos Sul = 1891 Nordeste=2112
Avaliar a efetividade na oferta e na utilização dos serviços de atenção básica para a população idosa
Média de idade = 74 anos; 60% eram mulheres; 40% eram casados(as) ou viviam com companheiro(a); a proporção de analfabetos variou de 21% (Sul – UBS Tradicionais) a 42% (Nordeste – USF); a média de moradores por domicílios foi de 2,7 no Sul e 3,8 na região nordeste. No Nordeste, 28% dos idosos eram incapazes de sair de casa desacompanhados; 26% necessitavam de ajuda para caminhar uma quadra e 36% de auxílio para subir um lance de escada,. (No Sul, estes percentuais foram de 18%, 17% e 26%). A proporção de idosos com necessidade de cuidado domiciliar no Nordeste foi de 24% na área da UBS Tradicionais e 25% nas do PSF, sem diferenças significativa entre os modelos de atenção. No Sul, houve diferença, a prevalência de necessidade de cuidado no PSF foi de 19% enquanto nas Tradicionais ficou em 11%. Um terço dos idosos respondeu que considerava boa, muito boa ou excelente, independente da região.
Lebrão ML & Laurenti R, 2005
São Paulo, SP Projeto SABE
2.143 idosos com 60 anos ou mais
Coletar informações sobre condições de vida dos idosos residentes na zona urbana do município de São Paulo e avaliar diferenciais de coorte, gênero e socioeconômicos com relação ao estado de saúde, acesso e utilização de cuidados de saúde
As mulheres representaram 58,6% da amostra, os imigrantes eram 8,7%, 62,6% viveram por cinco anos ou mais na área rural até os quinze anos de vida. Cerca de 13% dos idosos viviam sós. Pela avaliação do Mini Exame do Estado Mental (MEEM), 6,9% apresentavam deterioração cognitiva. Através da Escala de Depressão Geriátrica foi verificado que cerca de 18% apresentava sinais de depressão. As auto-avaliações de saúde mostram que 53,8% dos entrevistados consideraram a sua saúde regular ou má. Dentre as doenças mais freqüentes estavam a hipertensão (53,3%); a artrite/artrose/reumatismo (31,7%) e diabetes (17,9%). A grande maioria dos idosos não apresentou dificuldades nas atividades básicas de vida diária (80,7%), e entre aqueles que apresentaram, a maioria tinha dificuldades em uma ou duas atividades.
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APÊNDICE 2
Quadro 2. Estudos sobre do cuidado domiciliar, perfil dos idosos, principais morbidades e características dos cuidadores.
Referência Local Delineamento Amostra e “n” Objetivo Resultados
Onder,G et al, 2007
República Tcheca, Dinamarca, Finlândia, França, Alemanha, Irlanda, Itália, Holanda, Noruega, Suécia, Reino Unido
Estudo de coorte retrospectivo
Idosos com 65 anos ou mais,cadastrados em programa de cuidados domiciliares por profissionais de saúde “caso gerenciado”= 1.184 idosos; Abordagem tradicional = 2.108
Explorar o risco de institucionalização de idosos sob diferentes abordagens de cuidado domiciliar
Média de idade = 82.3 anos ± 7,3; 73,6% eram mulheres. Não houve diferença no número de horas de ajuda domiciliar, visita de enfermagem, ajuda de voluntários e de intervenções de reabilitação, incluindo a fisioterapia, nos diferentes modelos de atenção domiciliar.Após controle para os potenciais fatores de confusão, o risco de admissão em casas geriátricas foi menor nos participantes cujos países adotam o modelo de “caso gerenciado”do que no grupo de países com abordagem tradicional; OR = 0,56 (IC 95%=0,43-0.63).
Tousignant, M et al, 2006
Canadá Transversal 8.434 idosos com 65 anos ou mais, cadastrados em 19 Centros Públicos de Serviços de Cuidado Domiciliar comunitário
Descrever o perfil de capacidade funcional e comparar o nível de adequação entre a necessidade de cuidado e o cuidado efetivamente recebido
Média de idade = 80,4 anos ± 7,6 anos; 68% eram mulheres; 46% apresentavam problemas com AIVD; em 36% as incapacidades motoras predominavam; 14% das incapacidades eram relacionadas com problemas mentais; e 4% tinham um perfil de incapacidades severas associadas com incapacidades leves. O percentual de adequação entre o serviço requerido e o prestado pelos serviços foi de 8,3%, com variação entre 4,8% e 15,2%.
Sahen, KG, 2006
Suécia Ensaio randomizado
Idosos com 75 anos ou mais, saudáveis, vivendo na comunidade Grupo intervenção =196 Grupo controle = 346
Investigar se visitas domiciliares preventivas realizadas por profissionais da saúde podem reduzir a mortalidade
Intervenção= 4 visitas domiciliares em 2 anos (1 a cada 6 meses).Grupo intervenção: média de idade= 79,7± 3,9; 55% eram mulheres e 56% tinham entre 75 e 80 anos; Grupo controle: média de idade = 79,8 anos ± 4,3; 56,5% eram mulheres e 59,5 tinham entre 75 e 80 anos. Durante a intervenção, a mortalidade foi de 27/1000 no grupo intervenção e 48/1000 no grupo controle. A razão de incidência para o grupo controle na análise para “intenção de tratar” foi de 1,79 (IC95% = 0,94-3,40). A diferença foi significativa na análise incluindo apenas os que efetivamente receberam a intervenção (RR= 2,31; IC95% = 1,07–5,02). Após o fim da intervenção a diferença entre os grupos desapareceu.
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Cont. Quadro 2. Estudos sobre do cuidado domiciliar, perfil dos idosos, principais morbidades e características dos cuidadores.
Referência Local Delineamento Amostra e “n” Objetivo Resultados
Kamenski, G et al, 2006
Austria Transversal, com duas observações (1997 e 2004)
Pessoas sob cuidado domiciliar cadastradas por médicos comunitários 1997 = 198 pessoas e 11 médicos 2004 = 261 pessoas e 13 médicos
Identificar os diagnósticos que demandaram de cuidado domiciliar e descrever o perfil de capacidade funcional dos pacientes inscritos no programa.
1997 - Média de idade = 77,2 ± 17,5 anos; 72% eram mulheres; 56% viúvos; 86% eram cuidados por parentes e 14% por profissionais de serviços de saúde; 43% precisavam de ajuda para movimentar-se; 23% estavam acamados; 49% eram incontinentes; 88% mantinham capacidade de comunicação e 29% tomavam os medicamentos sozinhos. 2004 - Média de idade = 79,9 ± 13,7 anos; 70% eram mulheres; 53% viúvos; 85% eram cuidados por parentes e 38% por profissionais de serviços de saúde; 57% precisavam de ajuda para movimentar-se; 10% estavam acamados; 35% eram incontinentes;89% mantinham capacidade de comunicação e 45% tomavam os medicamentos sozinhos. As doenças do sistema nervoso central eram responsáveis por 65% de todos os casos (Alzheimer e doenças oclusivas cerebrovasculares) que requeriam cuidados domiciliares; e 53% dos casos estava relacionado a doenças degenerativas do sistema esquelético; o diabetes como causa de necessidade de cuidado aumentou de 11% em 1997 para 19% em 2004
Ottenbacher, KJ et al., 2005
EUA, estados do Texas, Novo México, Colorado, Arizona e Califórnia
Coorte prospectiva 621 idosos com idade ≥ a 65 anos vivendo na comunidade
Identificar características sociodemográficas e variáveis de desempenho de saúde associadas com fragilidade em idosos.
Nos homens, o modelo preditor de incapacidade incluiu quatro variáveis: força dos membros superiores, incapacidade nas atividades da vida diária, existência de co-morbidades e escore status mental (R2 = 0,37). Nas mulheres, o modelo de regressão logística incluiu três variáveis: força dos membros inferiores, incapacidade (atividades da vida diária) e IMC (R2 = 0,29). No acompanhamento um ano após, 83% dos homens e 79% das mulheres foram corretamente classificadas como frágeis.
Segura Noguera,JM et al., 2003
Espanha Coorte de base em serviço de atenção primária à saúde
Doentes crônicos (n=1357) incluídos no programa de atenção domiciliar entre maio de 1994 e dezembro de 2002.
Descrever a população de doentes crônicos atendidos no domicílio durante os primeiros 10 anos de funcionamento do programa de atenção domiciliar e estudar a freqüência de utilização e analisar a sobrevivência das pessoas atendidas.
Média de idade = 82 anos ± 11 anos (com diferenças significativas entre homens e mulheres - 77 e 84 anos, respectivamente); 68 eram mulheres; 51% eram viúvos. Entre os casados a maioria eram homens (61%) e as mulheres os solteiros as mulheres (69%); 11% eram totalmente dependentes para todas as AVD (índice de Katz) e 20% tinham severas alterações cognitivas. A demanda por cuidado domiciliar foi na maioria das vezes solicitada por familiares (61%). As visitas domiciliares duraram entre 15 e 30 minutos. Os cuidados eram realizados predominantemente por mulheres e com relação ao grau de parentesco, 31% eram filhas / filhos; 18% cônjuges; 3% eram pais; 4% vizinhos; 12% outros familiares e em 24% eram pessoas remuneradas. As enfermeiras realizaram entre 4 a 6 visitas /ano e os médicos de 2 a 3 visitas / ano, com tendência crescente com o passar dos anos. A cobertura vacinal contra gripe tem atingido a meta de 70% e houve um incremento na vacinação contra tétano de 15% para 65% no período estudado. Os motivos de alta no programa ocorreram por ingresso em instituição geriátrica (14%), mudança de endereço (10%); recuperam autonomia (9%) e por falecimento (42%). Houve perda de acompanhamento para 6% dos casos.
77
Cont. Quadro 2. Estudos sobre do cuidado domiciliar, perfil dos idosos, principais morbidades e características dos cuidadores.
Referência Local Delineamento Amostra e “n” Objetivo Resultados
Requena-López,A. et al., 2001
Espanha
Transversal descritivo (estudo de demanda de programa)
Todos os pacientes (n=151) incluídos no programa de atenção domiciliar durante o ano de 2000
Descrever os resultados do primeiro ano de funcionamento de uma equipe de suporte ao cuidado domiciliar
Média de idade = 80 anos (variou entre 16 a 100 anos); 63% eram mulheres. Principais doenças: neurológicas (37%) neoplásicas (35%).A equipe de atenção primária captou 88% dos casos e acompanhou 44%, principalmente os pacientes imobilizados. Em 14% os casos foram acompanhados pela equipe de suporte ao cuidado domiciliar. As duas equipes acompanharam conjuntamente 38% dos casos. Mais de metade (53%) dos óbitos ocorreram no domicílio.
78
APÊNDICE 3
Figura 2. Mapa da área urbana de Bagé e distribuição das Unidades Básicas de Saúde. Bagé, 2007.
79
APÊNDICE 4 Universidade Federal de Pelotas Departamento de Medicina Social
Centro de Pesquisas Epidemiológicas QUESTIONÁRIO – IDOSOS DE 60 ANOS OU MAIS DE IDADE
NÃO ESCREVER NESTA COLUNA
IDENTIFICAÇÃO
Número do(a) entrevistador (a): __ __ NUENT__ __
Unidade Básica de Saúde: __ __ UBS __ __
Número da micro-área: __ __ MICRO __ __
Número da quadra: __ __ QUADRA __ __
Número do domicílio: __ __ __ DOM __ __ __
Número da Pessoa no domicílio: __ __ NPED__ __
Data da entrevista: __ __/ __ __ / 2008
Horário de início da entrevista: __ __ : __ __ hs
Endereço?__________________________________________________________________
Telefone para contato: (___) ________________________
ATENÇÃO ENTREVISTADOR: NÃO PERGUNTAR, APENAS OBSERVAR
1. Cor da pele ou raça do entrevistado: (1) Branca (2) Preta (3) Amarela (4) Parda (5)Indígena CORPEL __
2. Sexo do entrevistado: (0) Masculino (1) Feminino SEXO __
INICIAR ENTREVISTA: DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO ENTREVISTADO
3. Qual é o seu nome? 4. Qual é a sua idade? __ __ __ (anos completos) IDADE __ __ __ 5. Qual é sua data de nascimento? _ _ / _ _ / _ _ _ _
DN__ __ __ __ __ __ __ __
PERGUNTAR AO ENTREVISTADO
6. Qual é o seu peso atual? __ __ __ , __ kg (888,8)NSA (999,9)IGN
PEK__ __ __,__
7. Qual é a sua altura? __ __ __ cm (888)NSA (999)IGN
ALTC __ __ __
8. Qual a cor da sua pele ou raça? (1) Branca (2) Preta (3) Amarela (4) Parda (5)Indígena (9)IGN
CORAUT __
9. Na sua opinião, qual a cor da minha pele ou raça? (1) Branca (2) Preta (3) Amarela (4) Parda (5)Indígena (9)IGN
CORENT __
10. O(a) Sr.(a) freqüentou a escola? (0) Não – PULE PARA QUESTÃO 12 (1) Sim (9)IGN
FREQESC __
11. Até que série o(a) Sr.(a) estudou?Série: ______________________________GRAU:___________________ (Codificar após encerrar o questionário) Anos completos de estudo: __ __ anos (88)NSA (9)IGN
SERESTA__ __
12. O(a) Sr.(a) sabe ler e escrever? (0) Não (1) Sim (2) Só assina (9)IGN
LERESC __
13. O(a) Sr.(a) trabalhou, sendo pago(a), no último mês?(0) Não (1) Sim (9)IGN
TRABULTM __
80
14. O(A) Sr.(a) é aposentado(a)? (0) Não – PULE PARA QUESTÃO 16 (1) Sim (9)IGN
APOS __
15. Com qual idade o(a) Sr.(a) se aposentou? __ __ anos (88)NSA (99)IGN IDAPOS __ __
16. Qual a sua situação conjugal atual? (1) Casado(a) ou mora com companheiro(a) (2) Solteiro(a) ou sem companheiro(a) – PULE PARA QUESTÃO 18 (3) Separado(a) - – PULE PARA QUESTÃO 18 (4) Viúvo(a) - – PULE PARA QUESTÃO 18
SITCONJ__
17. Qual a idade de seu (sua) esposo(a)/ companheiro(a)? __ __ __ (anos completos) (888)NSA (999)IGN
IDESPA __ __ _
18. O(A) Sr.(a) tem ou teve filhos (inclui filhos adotivos)? (0) Não – PULE PARA QUESTÃO 20 (1) Sim (99)IGN
FILHO__
19. Se SIM, quantos? __ __ (número de filhos homens)
__ __ (número de filhas mulheres) (88)NSA (99)IGN
FILQTH__ FILQTM __
20. A casa em que o Sr(a) mora é: (0) Própria (1) Alugada (2) De um parente ou de amigo. Qual?_____________________ (9)IGN
CASAPR__ CASAPRQ__
21. O(A) Sr.(a) mora sozinho(a)? (0) Não (1) Sim - PULE PARA QUESTÃO 24 MORSOZ__
22. Além do Sr.(a), quantas pessoas moram nesta casa? __ __ pessoas (88)NSA
QTSMOR__ __
23. Qual a relação de parentesco destas pessoas com o Sr.(a)? Esposo(a) / companheiro(a) (0) Não (1) Sim (8)NSA ESPMO__ Pai (0) Não (1) Sim (8)NSA PAIMO __ Mãe (0) Não (1) Sim (8)NSA MAEMO__ Neto(a)s (0) Não (1) Sim (8)NSA NETOMO__ Sogro / Sogra (0) Não (1) Sim (8)NSA SOGMO__ Filho(s) / filha(s) (0) Não (1) Sim (8)NSA FILHOMO__ Irmão(s) /irmã(s) (0) Não (1) Sim (8)NSA IRMOR__ Outros familiares (0) Não (1) Sim (8)NSA OUTMO__ Empregado(s) (0) Não (1) Sim (8)NSA EMPMO__ Outros: _________________________ OUMO__
24. O(A) Sr.(a) costuma ficar sozinho durante o dia (dia e noite)?(0) Nunca ou raramente (1) Sim, cerca de uma hora (2) Sim, longos períodos de tempo – ex: toda manhã, toda tarde (3) Sim, somente durante o dia (4) Sim, somente durante a noite (5) Sim, fica todo tempo sozinho (9)IGN
FICARSOZ __
25. O(A) Sr.(a) usa algum destes equipamentos ou acessórios no seu dia-a-dia?
Bengala (0)Não (1)Sim USABENG__ Andador (0)Não (1)Sim USAAND__ Cadeira de rodas (0)Não (1)Sim USACADR__ Aparelho auditivo (no ouvido) (0)Não (1)Sim USAAPARAUD__ Dentadura na parte superior (0)Não (1)Sim USADENTSUP__ Dentadura na parte inferior (0)Não (1)Sim USADENTINF__ Prótese de fêmur (0)Não (1)Sim USAPROTFEM__ Colchão de espuma com pontinhas (piramidal) (0)Não (1)Sim USACOP __ Almofada de ar para cadeira ou cama (0)Não (1)Sim USAALM __
Outro(s):___________________________________ USAOUT__ 26. Como o(a) Sr.(a) considera sua saúde?
MOSTRAR AS CARINHAS! (1) Péssimo (2) Ruim (3) Regular (4) Bom (5) Ótimo (9)IGN
ISAUD __
27. Em comparação com <OS ÚLTIMOS 5 ANOS>, o(a) Sr.(a) diria que sua saúde hoje é: (1) Melhor (2) Mesma coisa (3) Pior (9)IGN
ISAUDH __
81
28. Em comparação com as outras pessoas de sua idade, o(a) Sr.(a) diria que sua saúde está: (1) Melhor (2) Igual (3) Pior (9)IGN
ISAUOUT__
29. Como o(a) Sr.(a) se sente em relação à sua vida em geral? (0) Insatisfeito (1) Satisfeito – pule para pergunta 31 (9)IGN
ISENT __
30. Quais são os principais motivos de sua insatisfação com a vida. (Anotar até 3 motivos). (1) Problema econômico (de dívidas, pouco dinheiro); (2) Problema de saúde; (3) Problema de moradia; (4) Problema de transporte (não tem como sair de casa); (5) Conflito nos relacionamentos pessoais; (6) Falta de atividade (7) Outro problema__________________________________ (8)NSA (9)IGN
IMDIMP1__
IMDIMP2__
IMDIMP3__
31. Desde <TRÊS MESES ATRÁS> o(a) Sr.(a) consultou com algum(a) médico(a), em serviço de urgência (SAMU, Pronto Socorro)? (0) Não (1) Sim, quantas___ ___vezes (99)IGN
CONM3__ __
32. Desde <TRÊS MESES ATRÁS> o(a) Sr.(a) consultou com algum(a) médico(a)em serviços que não foram de urgência? (0) Não – PULE PARA QUESTÃO 34 (1) Sim, quantas___ ___vezes (99)IGN
CONMA__ __
CONNUVEZ__ __
33. SE SIM, a última vez que o(a) Sr.(a) consultou foi no? (01) Posto de saúde (02) Médico particular (03) Médico conveniado (04) Outro________________________ (88)NSA (99)IGN
LOCONUV __ __
34. Algum médico disse que o(a) Sr.(a) tem pressão alta? (0) Não - PULE PARA QUESTÃO 36 (1) Sim - Há quanto tempo: __ __ anos __ __ meses (99)IGN
HASREF___ HASTEMA __ __ HASTEMM __ __
35. O(A) Sr.(a) está tomando algum remédio recomendado ou prescrito pelo médico para pressão alta?
(0) Não (1) Sim (8)NSA (9)IGN HREMED __
36. Algum médico disse que o(a) Sr.(a) tem diabetes ou açúcar alto no sangue? (0) Não - PULE PARA QUESTÃO 38 (1) Sim - Há quanto tempo: __ __ anos __ __ meses (99)IGN
DIAREF___ DIATEMA __ __ DIATEMM __ __
37. O(A) Sr.(a) está tomando algum remédio recomendado ou prescrito pelo médico para diabetes?
(0) Não (1) Sim (8)NSA (9)IGN DIAREMED __
38. Algum médico disse que o(a) Sr.(a) tem problema pulmonar (bronquite, enfisema, DPOC, asma)?
(0) Não - PULE PARA QUESTÃO 40 (1) Sim - Há quanto tempo: __ __ anos __ __ meses (99)IGN
PULREF___ PULTEMA __ __ PULTEMM __ __
39. O(A) Sr.(a) está tomando algum remédio recomendado ou prescrito pelo médico para o problema pulmonar (bronquite, enfisema, DPOC, asma)?
(0) Não (1) Sim (8)NSA (9)IGN PULREMD__
40. Neste ano (2008) o(a) Sr.(a) fez a vacina contra a gripe? (0) Não. Por que não?_____________________________________________ (1) Sim. Onde?_____________________________ (9)IGN
VACGRIPE__ VACNÃOPQ__ VACONDE__
41. <NOS ÚLTIMOS 10 ANOS> o(a) Sr.(a) fez a vacina contra o tétano? (0) Não (1) Sim (9)IGN VACTET__
42. Algum médico disse que o(a) Sr.(a) tem problema no coração? (0) Não - PULE PARA QUESTÃO 44 (1) Sim - Há quanto tempo: __ __ anos __ __ meses (99)IGN
CORREF___ CORTEMA __ __ CORTEMM __ __
43. O(A) Sr.(a) está tomando algum remédio recomendado ou prescrito pelo médico para o problema no coração?
(0) Não (1) Sim (8)NSA (9)IGN CORREMED __
44. Algum médico disse que o(a) Sr.(a) teve derrame ou AVC? DERREF___
82
(0) Não (1) Sim - Há quanto tempo: __ __ anos __ __ meses (99)IGN
DERTEMA __ __ DERTEMM __ __
45. Algum médico disse que o(a) Sr.(a) tem doença na coluna? (0) Não (1) Sim - Há quanto tempo: __ __ anos __ __ meses (99)IGN
COLREF___ COLTEMA __ __ COLTEMM __ __
46. Algum médico disse que o(a) Sr.(a) tem reumatismo, artrite ou artrose? (0) Não (1) Sim - Há quanto tempo: __ __ anos __ __ meses (99)IGN
RAAREF___ RAATEMA __ __ RAATEMM __ __
47. Algum médico disse que o(a) Sr.(a) tem problema nos rins?(0) Não (1) Sim - Há quanto tempo: __ __ anos __ __ meses (99)IGN
RIAREF__ RITEMA__ __ RITEMM__ __
48. O(A) Sr.(a) está fazendo hemodiálise? (0) Não
(1) Sim - Há quanto tempo: __ __ anos __ __ meses (99)IGN
HEMOD __ HEMTEMA__ __ HEMTEMM __ __
49. Alguma vez algum médico lhe disse que o(a) Sr.(a) estava com câncer? (0) Não – PULE PARA QUESTÃO 52 (1) Sim - Há quanto tempo: __ __ anos __ __ meses (88)NSA (99)IGN Em que lugar do corpo:___________________ (88)NSA (99)IGN Há quanto tempo: __ __ anos __ __ meses (88)NSA (99)IGN Em que lugar do corpo:___________________ (88)NSA (99)IGN
CAREF___ CATEMA1 __ __ CATEM1 __ __ CALUG1__ __ CATEMA2 __ __ CATEM2 __ __ CALUG2__ __
50. Atualmente o(a) Sr.(a) está fazendo algum tratamento para câncer? (0) Não - PULE PARA QUESTÃO 52 (1) Sim - Há quanto tempo: __ __ anos __ __ meses (8)NSA (9)IGN
TCAREF___ TCATEMA __ __ TCATEMM __ __
51. SE SIM, qual tratamento? (1) Quimioterapia (2) Radioterapia (3) Outro__________________________________________ (8)NSA (9)IGN
TIPOTRATCA __
52. Alguma vez na vida o(a) Sr.(a) teve que amputar alguma parte do seu corpo? (0) Não (1) Sim - Há quanto tempo: __ __ anos __ __ meses
Que parte do corpo?_________________________________ (9)IGN
AMPREF___ AMPTEMA __ __ AMPTEMM __ __ AMPLUG __ __
53. O(A) Sr.(a) tem problema de perder um pouco de urina e se molhar acidentalmente (não dá tempo de chegar ao banheiro, ou quando está dormindo; ou quando tosse ou espirra, ou faz força)? (0) Não - PULE PARA QUESTÃO 57 (1) Sim (9)IGN
INCURIN __
54. <NOS ÚLTIMOS 30 DIAS> com que freqüência isso aconteceu?(1) Uma ou duas vezes por dia (2) Mais de duas vezes por dia (3) Uma ou duas vezes por semana (4) Mais do que duas vezes por semana (5) Uma ou duas vezes por mês (6) Mais de duas vezes por mês (8)NSA (9)IGN
FREINCURIN __
55. Devido ao seu problema de perder um pouco de urina e se molhar acidentalmente o(a) Sr.(a) tem que usar fralda (forro,absorvente)?
(0) Não - PULE PARA QUESTÃO 57 (1) Sim (8)NSA (9)IGN PROPERUR__
56. SE SIM, o(a) Sr.(a) usa fralda (forro,absorvente): (1) Só para sair (2) Somente para dormir (3) Durante todo tempo (8)NSA (9)IGN
FRALDA __
AGORA VAMOS FALAR SOBRE O USO DE REMÉDIO (MEDICAMENTOS)
57. Agora vamos falar sobre qualquer remédio que o (a) Sr (a) tenha usado <NOS ÚLTIMOS 7 DIAS>. Pode ser remédio para dor de cabeça, pressão alta ou outro remédio que use sempre ou só de vez em quando.
<NOS ÚLTIMOS 7 DIAS>, o (a) Sr.(a) usou algum remédio?
TOREMED__
83
(0) Não - PULE PARA QUESTÃO 65 (1) Sim (9)IGN
58. O (A) Sr(a) poderia trazer as caixas ou embalagens de todos os remédios que tomou <NOS ÚLTIMOS 7 DIAS>? (88)NSA
MEDICAMENTO (NOME)
Há quantos dias está
tomando?
Quantas vezes por dia?
Quantos usa no mesmo
horário?
Quantas
vezes esqueceu de tomar?
Para qual
motivo está
usando?
Funciona 1-Muito bem 2-Bem 3-Não muito bem
MEDIC1__ TEMPMEDM1__ __ TEMPMEDD1__ __ VEZDIAMED1__ VEZESQMED1__ MOTIVMED1__ FUNCIMED1__
1.___________________
___________________
_ _ mês _ _ dia
MEDIC2__ TEMPMEDM2__ __ TEMPMEDD2__ __ VEZDIAMED2__ VEZESQMED2__ MOTIVMED2__ FUNCIMED2__
2.___________________
___________________
_ _ mês _ _ dia
3.___________________
___________________
_ _ mês _ _ dia
MEDIC3__ TEMPMEDM3__ __ TEMPMEDD3__ __ VEZDIAMED3__ VEZESQMED3__ MOTIVMED3__ FUNCIMED3__
4.___________________
___________________
_ _ mês _ _ dia
5.___________________
___________________
_ _ mês _ _ dia
MEDIC4__ TEMPMEDM4__ __ TEMPMEDD4__ __ VEZDIAMED4__ VEZESQMED4__ MOTIVMED4__ FUNCIMED4__
6.___________________
___________________
_ _ mês _ _ dia
7.___________________
___________________
_ _ mês _ _ dia
MEDIC5__ TEMPMEDM5__ __ TEMPMEDD5__ __ VEZDIAMED5__ VEZESQMED5__ MOTIVMED5__ FUNCIMED5__
8.___________________
___________________
_ _ mês _ _ dia
9.___________________
___________________
_ _ mês _ _ dia
MEDIC6__ TEMPMEDM6__ __ TEMPMEDD6__ __ VEZDIAMED6__ VEZESQMED6__ MOTIVMED6__ FUNCIMED6__
10.__________________
___________________
_ _ mês _ _ dia
Número total de medicamentos:__ __ NUTOMED__ __
59. Algum dos remédios incomoda o (a) Sr.(a) de alguma forma? (0) Não – PULA PARA 61 (1) Sim (8)NSA (9)IGN REMEDINC__
60. Pode me dizer qual(is) remédios(s) (quanto e como incomoda o Sr. (a))?
Nome do Remédio
O quanto eleincomoda o Sr. (a)? Em que ele
incomoda o Sr. (a) REMED1__ INCREMED1__ QINCOMED1__
Muito Um pouco
Não muito
1.______________________
________________
2.______________________
________________ REMED2__ INCREMED2__ QINCOMED2__
3.______________________
________________ REMED3__ INCREMED3__ QINCOMED3__
84
4.______________________
________________ REMED4__ INCREMED4__ QINCOMED4__
5.______________________
_______________
REMED5__ INCREMED5__
QINCOMED5__
61. Agora vou ler alguns problemas que as pessoas têm ao tomar seus remédios e gostaria que o(a) Sr. (a) me dissesse se é “muito difícil”, “um pouco difícil” ou se “não é difícil” fazer cada uma das tarefas.
RETREM__
Tarefa Muito difícil
Um poucdifícil
Não é difícil
Comentários (quais
remédios)
1. Retirar o remédio da embalagem
2. Ler a embalagem do remédio LERREM__
3. Lembrar de tomar todos os remédios LEMBREM__ 4. Conseguir repor os remédios a tempo CONSREM__ 5. Tomar muitos remédios ao mesmo tempo TOMUREM__
62. Como o(a) Sr.(a) consegue estes remédios na maioria das vezes? (1) No Posto de Saúde. Qual?_______________________ (2) Na Secretaria Municipal de Saúde (3) Tem que comprar – APLIQUE QUESTÃO 63, SE NÃO PULE PARA 64 (4) Conseguiu parte da medicação e outra parte tem que comprar - APLIQUE QUESTÃO 63 (5) Outro:_____________________________________ (8)NSA (9)IGN
REMAVZ__ REMAVZPS__
63. Se teve que comprar, quanto gastou com medicação desde <ÚLTIMOS 30 DIAS>?
R$: __ __ __ __, __ __ (8888,88)NSA (9999,99)IGN
REMCOMP __ __ __ __,__ __
64. Teve algum remédio que o (a) Sr.(a) precisou tomar desde <ÚLTIMOS 30 DIAS> e não conseguiu?
(0) Não (1) Sim (8)NSA (9)IGN RETONC__
65. O(A) Sr.(a) caiu alguma vez desde <1 ANO ATRÁS > até agora?(0) Não - PULE PARA QUESTÃO 67 (1) Sim (9)IGN QUEULTA__
66. SE SIM - Quantas vezes? __ __ vezes (88)NSA (99)IGN QUEVZA__ __
67. Desde <1 ANO ATRÁS> o(a) Sr.(a) quebrou ou fraturou algum osso? (0) Não – PULE PARA QUESTÃO 69 (1) Sim (9)IGN
FRAT__
68. SE SIM - Quantas vezes? __ __ vezes (88)NSA (99)IGN
FRATVZA__ __
69. Desde <4 ANOS ATRAS>, o(a) Sr.(a) precisou internar (baixar) em algum hospital?
(0) Não – PULE PARA QUESTÃO 71 (1) Sim (9)IGNINT4ANO__
70. SE SIM, quantas vezes? __ __(nº de vezes) (8)NSA (9)IGN INT4AVZ__ __
71. Desde < 1 ANO ATRAS>, o(a) Sr.(a) precisou internar (baixar) em algum hospital? (0) Não – PULE PARA QUESTÃO 74 (1) Sim (9)IGN
INTEULTA__
72. SE SIM, qual o motivo da última internação? ______________________________________________________ (8)NSA (9)IGN
INTMOT__ __
73. SE SIM, quantas vezes? __ __(nº de vezes) (8)NSA (9)IGN INTULTMVZ__ __
74. Desde <1 ANO ATRAS>, o(a) Sr.(a) precisou passar a noite em algum hospital em observação(como paciente)? (0) Não – PULE PARA QUESTÃO 76 (1) Sim (9)IGN
NOIHOSUA__
75. SE SIM, quantas vezes? __ __ (nº de vezes) (8)NSA (9)IGN NOIHOSVZ__ __ 76. Alguma vez na vida o(a) Sr.(a)consultou para os olhos, com especialista
de olhos, médico ou técnico? (excluindo os exames para fazer ou renovar carteira de motorista)
(0) Não – PULE PARA QUESTÃO 78 (1) Sim (9)IGN
CONSOLHOS__
85
77. Quando foi a última vez que o(a) Sr.(a) consultou para os olhos?(0) Há menos de 1 ano (1) Entre 1 e 5 anos atrás (2) Há mais de 5 anos (9) Não lembra há quanto tempo (8)NSA (9)IGN
VICONSOLHT__
78. O(A) Sr.(a) usa óculos ou lente de contato? (0) Não – PULE PARA QUESTÃO 80 (1) Sim - Há quanto tempo? __ __anos (99)IGN
VISOCLEN__ VITEOCLEN__ __
79. Este óculos ou lente de contato foi receitado por profissional da saúde? (0) Não (1) Sim (8)NSA (9)IGN VIOCLENMED__
80. O(A) Sr.(a) considera sua visão? (com ou sem óculos ou lente) MOSTRAR CARINHAS!
(1) ótima (2) boa (3) regular (4) ruim (5) péssima (9)IGN
VISAO__
81. A sua visão atrapalha o(a) Sr.(a) para fazer as coisas que o(a) Sr.(a) precisa ou quer fazer?
(0) Não (1) Sim (9)IGN VIATRP__
82. Como o(a) Sr.(a) considera a sua audição? (ouve bem? escuta bem?) (com ou sem a ajuda de aparelhos)
MOSTRAR CARINHAS!
(1) ótima (2) boa (3) regular (4) ruim (5) péssima (9)IGN
AUDI__
83. O(A) Sr.(a) usa aparelho para ouvir?(0) Não (1) Sim, há quanto tempo?__ __ (meses) (9)IGN
AUDIAP__ AUDIAPTE__ __
84. A sua audição atrapalha o(a) Sr.(a) para as atividades que o(a) Sr.(a) precisa ou quer fazer? (0) Não (1) Sim (9)IGN
AUDIATRP__
85. Como o(a) Sr.(a) considera a situação da sua boca?MOSTRAR CARINHAS!
(1)ótima (2)boa (3)regular (4)ruim (5)péssima (9)IGN
ODCA__
86. Alguma vez na vida o(a) Sr.(a) consultou com um dentista?(0) Não – PULE PARA QUESTÃO 90 (1) Sim (9)IGN
ODCONS__
87. Há quanto tempo foi a última consulta com o dentista?(1) Há menos de 1 ano (2) Entre 1 e 5 anos atrás (3) Há mais de 5 anos (4) Não lembra há quanto tempo (8)NSA (9)IGN
ODCAULT__
88. Qual(is) o(s) principal(ais) motivo da última vez que o(a) Sr.(a) consultou com o dentista?
(0) Rotina/manutenção (1) Estava com dor (2) Estava com sangramento ou inflamação na gengiva (3) Estava com cárie/restauração/obturação (4) Tinha alguma ferida, caroço ou manchas na boca (5) Estava com o rosto inchado (6) Precisava fazer tratamento de canal (7) Precisava arrancar algum dente (8) Tinha que fazer uma dentadura nova (9) Outros____________________ (88)NSA (99)IGN
ODMOTC1__ __ ODMOTC2__ __ ODMOTC3__ __
89. Onde o(a) Sr.(a) consultou com o dentista? (0) No Posto de Saúde - Qual?____________________________________ (1) Dentista particular (2) Ambulatório de sindicato ou empresa (3) Dentista conveniado (9) Outro________________________ (88)NSA (99)IGN
ODLOC__ __ PSQUAL__ __
90. O(A) Sr.(a) tem algum problema ou dificuldade para mastigar os alimentos? (0) Não (1) Sim (9)IGN
ODIFMAS__
91. <NOS ÚLTIMOS 30 DIAS> o(a) Sr.(a) precisou ficar na cama (esteveacamado)?
(0) Não – PULAR PARA QUESTÃO 93 (1) Sim (9)IGN
ACAM30D__
92. Por quanto tempo ficou acamado? __ __ (meses)__ __ (dias) (88)NSA (99)IGN
TEMACM__ __ TEMACD__ __
86
93. O(A) Sr.(a) alguma vez recebeu a visita de algum Agente Comunitário de Saúde (ACS) em sua casa? (0) Não PULAR PARA QUESTÃO 96 (1) Sim (9)IGN
VISACS__
94. SE SIM, o(a) Sr.(a) recebeu visita do ACS em sua casa no:<NOS ÚLTIMOS 30 DIAS> (0)Não
(1) Sim, __ __ vezes (8)NSA (9)IGN <DESDE 3 MESES ATRÁS> (0)Não
(1) Sim, __ __ vezes (8)NSA (9)IGN
VACS30D__ VACS30DV__ __ VACS3M__ VACS3M__ __
95. Quais das atividades que eu vou ler, o ACS fez na sua casa? Preencheu uma ficha para seu cadastro (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN CAD__ Perguntou sobre sua situação de saúde (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN SITSAU __ Perguntou sobre uso de medicamentos (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN USOMED__ Entregou medicações ou material de curativo (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN ENTMED__ Orientou sobre vacinas (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN VACONS__ Orientou sobre a importância da limpeza da boca e da prótese (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN
ORITBOCA__
Deu orientações sobre cuidados com a saúde (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN ORITSAU__ Agendou consulta (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN AGENDCONS__
AGORA VAMOS FALAR SOBRE ATENDIMENTO DE SAÚDE EM CASA
96. Desde <TRÊS MESES ATRÁS> o(a) Sr.(a) recebeu em casa algum dos seguintes atendimentos:
Consulta médica? (0)Não (1)Sim (9)IGN RECONMED__ Assistência social? (0)Não (1)Sim (9)IGN RECASSISOC__ Fisioterapia? (0)Não (1)Sim (9)IGN RECFIS__ Atendimento do dentista? (0)Não (1)Sim (9)IGN RECATDENT__ Atendimento de enfermagem? (0)Não (1)Sim (9)IGN RECATENF__ Verificação da pressão? (0)Não (1)Sim (9)IGN RECATA__ Curativo? (0)Não (1)Sim (9)IGN RECCUR__ Injeção? (0)Não (1)Sim (9)IGN RECINJ__ Aplicação de vacina contra gripe? (0)Não (1)Sim (9)IGN RECVAC__ Nebulização? (0)Não (1)Sim (9)IGN RECNEB__ Sondagem vesical? (0)Não (1)Sim (9)IGN RECSONVES__ Foi coletado material para exames (ex:sangue)? (0)Não (1)Sim (9)IGN RECOLEX__ Outro__________________________________ RECOU__
SE SIM EM ALGUMA DAS PERGUNTAS ACIMA, APLICAR QUESTÕES 97, 98 e 99;
SE NÃO PULAR PARA QUESTÃO 100
97. Por qual motivo precisou de atendimento de saúde em casa? Estava acamado 0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN
MOTADAC__
Estava com dificuldade de caminhar 0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN MOTADDL__
Sua situação de saúde tinha piorado 0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN MOTADSP__
Precisava de acompanhamento após a alta do hospital 0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN MOTADSP__
Não tinha quem o(a) levasse até o posto de saúde 0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN
MOTADNA__
Outro: _____________________________________ MOTIVOU__ 98. Quantas vezes recebeu atendimento de saúde em casa desde <3 MESES ATRÁS>? __ __
Quantas destas foram <NO ÚLTIMO MÊS>? __ __ Quantas destas foram <NA ÚLTIMA SEMANA>? __ __ (88) NSA (99)IGN
PREAD3M__ PREADULM__ __ PREADULS__ __
99. O(A) Sr.(a) recebeu o atendimento de algum: Profissional do posto de saúde (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN REPROPSAU__ Profissional particular (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN REPROFPAR__ Profissional do convênio (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN REPPROCON__ De algum familiar seu (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN REFAMILIAR__ De algum vizinho ou amigo (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN REVIZAMIGO__ Outro:_____________________________ REAOUT__
100. Foi solicitado o atendimento em casa desde <3 MESES ATRÁS>? (0) Não (1) Sim – PULE PARA QUESTÃO 102 (9) IGN SOLAD__
101. Por qual motivo não solicitou o atendimento em casa? O serviço não faz atendimento em casa (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN MONSADNF__
87
Não tem profissional para atender em casa (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN MONSADNTP__ O serviço não tem telefone ou não funciona (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN MONSADNTT__ Não tinha como ir marcar a consulta ou solicitar o atendimento (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN MONSADNTC__
Teve medo de solicitar e não ser atendido (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN MONSADTM__ Porque melhorou (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN MONSADMEL__ Outro: ____________________________ MONSADOUT__
102. SE SIM: Onde solicitou o atendimento em casa?(0) Posto de Saúde. Qual?_____________________________ (1) Na Secretaria Municipal de Saúde (2) No SAMU (3) No convênio ou plano de saúde (4) Em ambulatório ou serviço particular (5) Outro: ___________________________ (8)NSA (9)IGN
ONSOLAD__ PSQUAL __ __ SADOUT__
103. SE SIM: Quem fez a solicitação para atendimento em casa? O Sr.(a) mesmo (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN ADSOLS__ Algum familiar seu (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN ADSOLF__ Algum vizinho ou amigo (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN ADSOLVA__ O Agente Comunitário de Saúde (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN ADSOLACS__ Outro:_____________________________ ADSOLOU__
104. SE SIM: Como fez para solicitar? Através do telefone (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN FSOADSE__ Algum familiar ou vizinho foi até o serviço (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN FSOLSER__
Pediu para o ACS (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN FSOLACS__ Outro:_____________________________ FSOLOU__ 105. O(A) Sr.(a) recebeu o atendimento solicitado? (0) Não – PULE PARA QUESTÃO 108 (1) Sim (8)NSA (9) IGN RECEBEU__
106. Quantos dias se passaram entre a solicitação e a vinda dos profissionais na sua casa?
__ __ (dias) (88)NSA (99)IGN QTSOLAD__ __
107. Qual sua opinião sobre o tempo de espera para ser atendido em casa desta última vez?
MOSTRAR CARINHAS!
(1) Péssimo (2) Ruim (3) Regular (4) Bom (5) Ótimo (8)NSA (9)IGN
OPINTEAD__
108. SE NÃO: Por qual motivo não foi atendido? Não conseguiu ficha no serviço (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN MONRADF__ O serviço não atende em casa (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN MONRADNF__ Não teve resposta do serviço (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN MONRADNR__ O serviço não tinha profissional para atender (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN MONRADNTP__
O serviço estava fechado (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN MONRADPF__ Precisava pagar e não tinha dinheiro (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN MONRADNPP__ O telefone estava sempre ocupado (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN MONRADTO__ ( ) Outro:________________________ MONRADOU__
109. SE NÃO RECEBEU: O que aconteceu com sua situação de saúde?(1) Continua na mesma situação (2) Melhorou (3) Piorou ( ) Outro: _______________________________________ (8)NSA (9)IGN
PRENROQAC__
PARA OS QUE NÃO RECEBERAM ATENDIMENTO DOMICILIAR ENCERRAR AQUI E CONTINUAR COM QUESTÃO 126
110. Quantas vezes o(a) Sr.(a) foi atendido em casa nos últimos três meses por pessoal do ... Posto de Saúde do seu bairro: __ __ (88)NSA (99)IGN Quantas vezes no último mês? __ __ (88)NSA (99)IGN Quantas na última semana? __ __ (88)NSA (99)IGN
ADQVPSB__ __ ADQVPSBUM__ __ ADQVPSBUS__ __
Posto de Saúde de outro bairro: Qual?_____________________________ (88)NSA (99)IGN Quantas vezes no último mês? __ __ (88)NSA (99)IGN Quantas vezes na última semana? __ __ (88)NSA (99)IGN
ADQVPSOB__ __ ADQVPSOBUM__ __ ADQVPSOBUS__ __
SAMU: __ __ vezes Quantas vezes no último mês? __ __ (88)NSA (99)IGN Quantas vezes na última semana? __ __ (88)NSA (99)IGN
ADQVSAMU __ __ ADQVSAMUUM__ __ ADQVSAMUUS__ __
88
Outro:__________________________ (88)NSA (99)IGN Quantas vezes no último mês? __ __ (88)NSA (99)IGN Quantas vezes na última semana? __ __ (88)NSA (99)IGN
ADQVOUT__ __ ADQVOUTUM__ __ ADQVOUTUS__ __
AGORA VAMOS FALAR DA ÚLTIMA VEZ QUE RECEBEU ATENDIMENTO DE SAÚDE EM CASA
111. Quais os profissionais que lhe atenderam em casa desta última vez? Enfermeiro (0)Não (1)Sim (8) NSA(9)IGN ADUVENF__ Auxiliar/ Técnico de Enfermagem (0)Não (1)Sim (8) NSA(9)IGN ADUVTENF__ Médico (0)Não (1)Sim (8) NSA(9)IGN ADUVMED__ Dentista (0)Não (1)Sim (8) NSA(9)IGN ADUVOD__ Fisioterapeuta (0)Não (1)Sim (8) NSA(9)IGN ADUVFIS__ Nutricionista (0)Não (1)Sim (8) NSA(9)IGN ADUVNUT__ Psicólogo (0)Não (1)Sim (8) NSA(9)IGN ADUVPSI__ Educador Físico (0)Não (1)Sim (8) NSA(9)IGN ADUVEDFI__ Fonoaudiólogo (0)Não (1)Sim (8) NSA(9)IGN ADUVFON__ Assistente Social (0)Não (1)Sim (8) NSA(9)IGN ADUVASS__ Estudante(s) (0)Não (1)Sim (8) NSA(9)IGN ADUVEST__
Outro:__________________________ ADUVOUT__
112. O que foi feito com o(a) Sr.(a) durante o atendimento em casa desta última vez? Consulta médica (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN ADCMED__ Fizeram fisioterapia (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN ADFISIO__ Consulta de enfermagem (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN ADCENF__ Curativo (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN ADCUR__ Nebulização (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN ADNEB__ Aplicaram injeção (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN ADMEDIN__ Mediram a pressão arterial (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN ADMPA__ Mediram a temperatura (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN ADMTEM__ Trocaram a “bolsa” de ostomia (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN ADTBOL__ Colocaram / trocaram sonda uretral (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN ADTSON__ Colocaram / trocaram sonda nasogástrica / naso-enteral
(0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN ADSNG __
Fizeram dosagem de açúcar no sangue (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN ADDAS__ Aplicaram vacina contra gripe (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN ADVACG__ Aplicaram vacina contra o tétano (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN ADVACT__ Limpeza dos dentes (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN ADLIMPD__ Obturação de dente (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN ADOBD__ Extração de dente (arrancar) (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN ADEXD__ Ajuste ou confecção de prótese, pivô, dentadura
(0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN ADPPD__
Outro ______________________ ADOUT__
113. O(A) Sr(a) permaneceu em acompanhamento após este atendimento?(0) Não - PULAR PARA QUESTÃO 115 (1) Sim (8)NSA (9)IGN PEACAD__
114. Se SIM, o seu acompanhamento, na maior parte das vezes foi:Diário (0)Não (1)Sim (8)NSA(9)IGN READDI__ 1 vez por semana (0)Não (1)Sim (8)NSA(9)IGN READUVS__ 2 ou mais vezes por semana (0)Não (1)Sim (8)NSA(9)IGN READDVS__ 1 vez a cada quinze dias (0)Não (1)Sim (8)NSA(9)IGN READUQD__ 1 vez por mês (0)Não (1)Sim (8)NSA(9)IGN READUVM__ Outra:___________________________ READOUT__
115. Durante este atendimento foi? Encaminhado para o hospital (0)Não (1)Sim (8)NSA(9)IGN ENCHOS__ Encaminhado para especialista (0)Não (1)Sim (8)NSA(9)IGN ENCESP__ Solicitado exame (0)Não (1)Sim (8)NSA(9)IGN SOLEX__ Prescrito novo medicamento (0)Não (1)Sim (8)NSA(9)IGN PRESNM__ Orientado sobre cuidados de saúde (0)Não (1)Sim (8)NSA(9)IGN DISPMAT__ Deixado material ou equipamento (0)Não (1)Sim (8)NSA(9)IGN DEIXMAT__
Se SIM, aplicar a 116, se NÃO pular para 117
116. Quais os materiais ou equipamentos que a equipe do Posto de Saúde deixou na sua casa para o seu atendimento? (0) gaze (1) seringa (2) medicamentos (3) algodão (4) esparadrapo
MATEQD1__ MATEQD2__ MATEQD3__ MATEQD4__
89
(5) luvas (6) sonda vesical ( ) Outros:_______________________________ (8) NSA (9) IGN
117. O(A) Sr.(a) recebeu alguma explicação sobre o motivo do seu atendimento em casa?
(0) Não (1)Sim (8) NSA (9) IGNRECEXPMOT__
118. O(A) Sr.(a) gastou algum dinheiro no último atendimento que recebeu em casa?
(0) Não – PULE PARA QUESTÃO 120 (1)Sim (8) NSA (9) IGN
GADICA__
119. Se SIM: Quanto gastou?
R$__ __ __ __, __ __ (8888,88) NSA (9999,99) IGN GADIQT_ _ _ _, _ _
120. O (A) Sr.(a) recebeu alguma receita de remédio neste último atendimento em casa?
(0) Não - PULE PARA QUESTÃO 124 (1)Sim (8) NSA (9) IGN
RECRECUAC__
121. O (A) Sr.(a) conseguiu os remédios pelo SUS?
(0) Não (1)Sim (8) NSA (9) IGN CONSREMSUS__
122. SE NÃO: O(A) Sr(a) comprou algum remédio?
(0) Não - PULE PARA QUESTÃO 124 (1)Sim (8) NSA (9) IGN COMPREM__
123. SE COMPROU: Quanto gastou?
R$:__ __ __ __, __ __ (8888,88) NSA (9999,99) IGN QUANTOGAS_ _ _ _, _ _
124. Qual sua opinião sobre o atendimento de saúde que recebeu em casa desta última vez?
MOSTRAR CARINHAS!
(1) Péssimo (2) Ruim (3) Regular (4) Bom (5) Ótimo (8)NSA (9)IGN
OPIADUV__
125. Após ter recebido o atendimento de saúde em casa, o (a) Sr.(a) considera que seu problema: (0) Piorou (1) Continua como antes (2) Melhorou um pouco (3) Melhorou bastante (4) Curou / resolveu (8)NSA (9)IGN
AADPROB__
A SEGUIR VOU LHE FAZER PERGUNTAS SOBRE ALGUMAS ATIVIDADES DO SEU DIA A DIA E GOSTARIA QUE O(A) SR.(A) ME RESPONDESSE DE ACORDO COM AS ALTERNATIVAS QUE EU VOU LHE DAR
126. Quando o(a) Sr.(a) vai tomar seu banho:
(2) Não recebe ajuda (entra e sai do banheiro sozinho) (1) Recebe ajuda no banho apenas para uma parte do corpo (costas ou
pernas, por exemplo) (0) Recebe ajuda no banho em mais de uma parte do corpo
IBANHO __
127. Quando o(a) Sr.(a) vai se vestir: (2) Não recebe ajuda (1) Pega as roupas e se veste sem ajuda (exceto para amarrar os
sapatos) (0) Recebe ajuda para pegar as roupas ou para vestir-se (ou permanece
parcial ou totalmente despido)
IVESTIR __
128. Quando o(a) Sr.(a) precisa usar o banheiro para suas necessidades: (2) Não recebe ajuda (1) Recebe ajuda para ir ao banheiro (0) Não vai ao banheiro para urinar ou evacuar
ITOALET __
129. Para passar da cama para uma cadeira, o(a) Sr.(a): (2) Não recebe ajuda (1) Recebe ajuda (0) Não sai da cama
ICADEIR __
130. Tem controle para fazer xixi ou cocô, o(a) Sr.(a): (2) Tem controle sobre as funções de urinar e evacuar (1) Tem ‘acidentes’ ocasionais (0) Não consegue controlar o xixi ou cocô e usa fralda ou sonda
ICAMIN __
131. Para se alimentar (para comer): (2) Alimenta-se sem ajuda (1) Alimenta-se sem ajuda, exceto para cortar carne ou passar
IALIMEN __
90
manteiga no pão (0) Recebe ajuda para se alimentar ou é alimentado por sonda
132. Para usar o telefone o(a) Sr.(a) ? (2) Não tem qualquer dificuldade (1) Pode fazer com dificuldade (0) Não consegue usar sozinho
ITELEF __
133. Para ir a lugares distantes, usando ônibus ou táxi, o(a) Sr.(a) : (2) Não recebe ajuda (1) Recebe ajuda parcial
(0) Não consegue ir sozinho
ISAIR __
134. Para fazer suas compras, o(a) Sr.(a): (2) Não recebe ajuda (1) Recebe ajuda parcial (0) Não consegue fazer sozinho
ICOMPR __
135. Para preparar suas próprias refeições, o(a) Sr.(a): (2) Não recebe ajuda (1) Recebe ajuda parcial (0) Não consegue preparar sozinho
ICOMIDA __
136. Para arrumar sua casa, o(a) Sr.(a): (2) Não recebe ajuda (1) Recebe ajuda parcial (0) Não consegue arrumar sozinho
ILIMPEZ __
137. Para lidar com objetos pequenos como, por exemplo, uma chave, ou fazer pequenos reparos ou trabalhos manuais domésticos o(a) Sr.(a):
(2) Não recebe ajuda (1) Recebe ajuda parcial (0) Não consegue fazer sozinho
IOBJPEQ __
138. Para tomar seus remédios na dose e horários certos o(a) Sr.(a)? (2) Não recebe ajuda (1) Recebe ajuda parcial (0) Não consegue tomar sozinho
IREMED __
139. Para cuidar do seu dinheiro o(a) Sr.(a)? (2) Não recebe ajuda (1) Recebe ajuda parcial (0) Não consegue cuidar sozinho
IDINHE __
140. Para caminhar a distância de uma quadra, o(a) Sr.(a): (2) Não recebe ajuda (1) Recebe ajuda parcial
(0) Não consegue andar sozinho
ICAQUA __
141. Para subir um lance de escada o(a) Sr.(a): (2) Não recebe ajuda (1) Recebe ajuda parcial
(0) Não consegue subir sozinho
ILANCE __
SE O(A) ENTREVISTADO(A) RESPONDEU QUE PRECISA AJUDA PARCIAL OU GRANDE AJUDA NAS QUESTÕES ACIMA, APLIQUE A QUESTÃO 142. SE NÃO, PULE PARA QUESTÃO 145.
142. De quem o(a) Sr.(a) recebe ajuda na maioria das tarefas que o precisa? (1) Companheiro(a); esposo(a)- SE NÃO TEM COMPANHEIRO, NÃO LER ESTA OPÇÃO! (2) Filho(a) – SE NÃO TEM FILHOS, NÃO LER ESTA OPÇÃO! (3) Vizinho(a) (4) Amigos (5) Acompanhante pago – APLIQUE QUESTÃO 143 (6) Acompanhante não pago – PULE PARA QUESTÃO 144 (7) Outro______________________________________ (8)NSA (9)IGN
RECAJU __
143. Se paga, quanto o(a) Sr.(a) paga por mês? R$__ __ __ __, __ __(reais) (888888)NSA (999999)IGN
PAGME _ _ _ _ , _ _
144. Quanto tempo (em horas) o(a) Sr.(a) recebe de ajuda durante o dia? __ __ (horas)__ __(min) (00) menos de 1 hora (88)NSA (99)IGN
TEAJHD __ __ TEAJMD__ __
RELACIONAMENTO SOCIAL E REDE DE APOIO
145. Durante uma semana normal,nos <ÚLTIMOS 30 DIAS>, o(a) Sr.(a) saiu de SAIUCASA __
91
casa (fora do prédio)? (0) Não saiu nenhum dia (1) Saiu todos os dias (2) Saiu 1 vez por semana (3) Saiu entre 2 a 4 vezes na semana (9)IGN
146. <NOS ÚLTIMOS 15 DIAS> o(a) Sr.(a) foi visitar a sua família?(0) Não – PULE PARA QUESTÃO 148 (1) Sim (2) Não tem família – PULAR PARA 150, NÃO APLICAR 156 E 157 (9)IGN
VISFAM2S __
147. SE SIM, quantas vezes? (1) Uma ou duas vezes (2) Três a seis vezes (3) Mais de seis vezes (8)NSA (9)IGN
VISFAMFR __
148. <NOS ÚLTIMOS 15 DIAS>, a sua família lhe visitou?(0) Não – PULE PARA QUESTÃO 150 (1) Sim (8)NSA (9)IGN
FAMVIS2S __
149. SE SIM, quantas vezes? (1) Uma ou duas vezes (2) Três a seis vezes (3) Mais de seis vezes (8)NSA (9)IGN
FAMVISFR __
150. <NOS ÚLTIMOS 15 DIAS> o(a) Sr.(a) foi visitar seus amigos?(0) Não – PULE PARA QUESTÃO 152 (1) Sim (9)IGN VISAMI2S __
151. SE SIM, quantas vezes? (1) Uma ou duas vezes (2) Três a seis vezes (3) Mais de seis vezes (8)NSA (9)IGN
VISAMFR __
152. <NOS ÚLTIMOS 15 DIAS>, seus amigos lhe visitaram?(0) Não – PULE PARA QUESTÃO 154 (1) Sim (9)IGN AMVIS2S __
153. SE SIM, quantas vezes? (1) Uma ou duas vezes (2) Três a seis vezes (3) Mais de seis vezes (8)NSA (9)IGN
AMVISFR __
154. <NOS ÚLTIMOS 15 DIAS>, o(a) Sr.(a) teve contato por telefone ou por carta com seus parentes ou amigos? (0) Não – PULE PARA QUESTÃO 156 (1) Sim (9)IGN
TELAM2S __
155. SE SIM, quantas vezes? (1) Uma ou duas vezes (2) Três a seis vezes (3) Mais de seis vezes (8)NSA (9)IGN
TELAMFR __
156. Que tipo de ajuda ou assistência sua família oferece ao Sr.(a)?(familiares que vivem / ou que não vivem com o entrevistado).
Dinheiro (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN TIAJFAMOFD __ Moradia (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN TIAJFAMOFM __ Companhia / cuidado pessoal (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN TIAJFAMOFC __ Outro:___________________________ TIAJFAMOFO __
157. Que tipo de ajuda ou assistência o Sr(a) oferece para sua família? (familiares que vivem / ou que não vivem com o entrevistado).
Dinheiro (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN TIAJOFFAMD __ Moradia (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN TIAJOFFAMM __ Companhia / cuidado pessoal (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN TIAJOFFAMC __ Outro:___________________________ TIAJOFFAMO __
158. O(a) Sr.(a) está satisfeito(a) com o relacionamento que tem com seus amigos? (8) O(A) entrevistado(a) diz não ter amigos (0) Não está satisfeito (1) Sim (9)IGN
SATISRELAM __
159. O (a) Sr.(a) está satisfeito(a) com o relacionamento que tem com seus vizinhos (8) Entrevistado(a) diz não ter relação com os vizinhos (0) Não está satisfeito (1) Sim (9)IGN
SATISRELVIZ __
160. O(A) Sr.(a) tem algum animal de estimação em sua casa? (0) Não- PULE PARA QUESTÃO 162 (1) Sim (9)IGN ANIESTI__
161. SE SIM, QUAL? Gato (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN ANIESTI1 __ Cachorro (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN ANIESTI2 __ Passarinho (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN ANIESTI3 __ Cavalo (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN ANIESTI4 __
92
Outro:____________________________________ OUTANIESTI __
162. <NA SEMANA PASSADA> o(a) Sr.(a) recebeu visita de alguma destas pessoas?
Vizinhos/ amigos (0)Não (1)Sim (9)IGN RECVISVIZAM __ Irmão(ã) (0)Não (1)Sim (9)IGN RECVISIR __ Filho(a) – SE NÃO TIVER NÃO PERGUNTAR! (0)Não (1)Sim (9)IGN RECVISF __ Outros familiares (sobrinhos, netos) (0)Não (1)Sim (9)IGN RECVISOURFA __ Outros:__________________________ RECVISOUT __ 163. <NOS ÚLTIMOS 15 DIAS> o(a) Sr.(a) assistiu televisão? (0) Não- PULE PARA QUESTÃO 166 (1) Sim (9)IGN ASSISTV__
164. Quando o(a) Sr.(a) assiste televisão, o que gosta de ver?
Filme (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN ASSISTV1__ Novela (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN ASSISTV2__ Noticiário (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN ASSISTV3__ Jogos (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN ASSISTV4__ Outro:__________________________________ ASSISTVO__
165. Quantas horas por dia, mais ou menos, o(a) Sr.(a) costuma assistir televisão?
HORTVDIA__ __
MINTVDIA__ __ __ __ horas __ __min (88) NSA (99)IGN
166. <NOS ÚLTIMOS 30 DIAS>, o(a) Sr.(a) fez alguma destas atividades? Foi a missa ou culto na igreja (0)Não (1)Sim (9)IGN MISSA __ Participou de festa na comunidade (0)Não (1)Sim (9)IGN FESCOM __ Participou de festa da família (0)Não (1)Sim (9)IGN FESFA __ Participou de alguma oficina ou grupo (0)Não (1)Sim (9)IGN OFIMI __ Participou de algum baile (0)Não (1)Sim (9)IGN BAILE __ Viajou para outra cidade (0)Não (1)Sim (9)IGN VIAJ __ Viajou de excursão (0)Não (1)Sim (9)IGN EXC __ Foi a algum velório ou enterro (0)Não (1)Sim (9)IGN VELENT __
AGORA VOU FAZER ALGUMAS PERGUNTAS SOBRE ATIVIDADE FÍSICA
167. Desde <DIA DA SEMANA PASSADA> quantos dias o(a) Sr.(a) caminhou por mais de 10 minutos seguidos? Pense nas caminhadas no trabalho, em casa, como forma de transporte para ir de um lugar ao outro, por lazer, por prazer ou como forma de exercício.
____ dias (0) nenhum PULE PARA QUESTÃO 169 (9) IGN
CAMDIA __
168. Nos dias em que o(a) Sr.(a) caminhou, quanto tempo, no total, o(a) Sr.(a) caminhou por dia?
__ __ __ minutos p/dia (888)NSA (999)IGN MINCA__ __ __
AGORA NÓS VAMOS FALAR DE OUTRAS ATIVIDADES FÍSICAS FORA A CAMINHADA
169. Desde <DIA DA SEMANA PASSADA> quantos dias o(a) Sr.(a) fez atividades FORTES, que fizeram você suar muito ou aumentar muito sua respiração e seus batimentos do coração, por mais de 10 minutos seguidos? Por exemplo: correr, fazer ginástica, pedalar rápido em bicicleta, fazer serviços domésticos pesados em casa, no pátio ou jardim, transportar objetos pesados, jogar futebol competitivo, ...
_____ dias/semana (0) nenhum PULE PARA QUESTÃO 171 (9)IGN
FORDIA__
170. Nos dias em que o(a) Sr.(a) fez atividades fortes, quanto tempo, no total, o(a) Sr.(a) fez atividades fortes por dia?
__ __ __ minutos p/dia (888)NSA (999)IGN MINFOR__ __ __
171. Desde <DIA DA SEMANA PASSADA> quantos dias o(a) Sr.(a) fez atividades MÉDIAS, que fizeram você suar um pouco ou aumentar um pouco sua respiração e seus batimentos do coração, por mais de 10 minutos seguidos? Por exemplo: pedalar em ritmo médio, nadar, dançar, praticar esportes só por diversão, fazer serviços domésticos leves, em casa ou no pátio, como varrer, aspirar, etc.
____ dias (0) nenhum PULE PARA QUESTÃO 173 (9)IGN
IMEDIA__
172. Nos dias em que o(a) Sr.(a) fez atividades médias, quanto tempo, no total, o(a) Sr.(a) fez atividades médias por dia?
____+____+____+____+____ = __ __ __ minutos p/dia (888)NSA (999)IGN
IMIND__ __ __
93
173. Em relação a <1 ANO ATRÁS> o(a) Sr.(a) considera que sua atividade física atual está: (1) Menor (2) Igual - PULE PARA QUESTÃO 175 (3) Maior (9)IGN
MAFPAS __
174. Qual o principal motivo da mudança na sua prática de atividade física ou exercício físico?
(88)NSA (99)IGN
MMOTIV__ __
175. Desde <1 ANO ATRÁS> o(a) Sr.(a) recebeu orientação para a prática de atividade física, esportes, exercícios físicos ou ginástica?
(0) Não- PULE PARA A QUESTÃO 182 (1) Sim (9)IGN RECORAFANO__
AGORA VAMOS CONVERSAR SOBRE A ÚLTIMA ORIENTAÇÃO RECEBIDA PARA A PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA
176. Onde o(a) Sr(a) recebeu essa orientação?(01) Unidade Básica de Saúde/Posto de Saúde (02) Ambulatório público (SUS ou faculdade) (03) Ambulatório por convênio/plano de saúde ou de empresa (04) Consultório particular/plano de saúde (05) Academia (06) Meios de comunicação (jornal, revista, internet, rádio, televisão) ( ) Outro (88)NSA (99)IGN
MONREC__ __
177. Quem lhe orientou?(01) Médico(a) (02) Professor(a) de Educação física (03) Nutricionista (04) Fisioterapeuta (05) Enfermeiro(a) ( ) Outro ___________________________ (88)NSA (99)IGN
MQUEMOR__ __
178. Qual atividade física foi orientada?(01) Caminhada (02) Corrida (03) Hidroginástica (04) Natação ( ) Outro _______________________________________ (88)NSA (99)IGN
MQAFOR__ __
179. O(a) Sr.(a) foi orientado(a) sobre quantas vezes por semana a <ATIVIDADE FÍSICA> deveria ser feita?
(0) Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN
MORVEZSEM __
180. O(a) Sr.(a) foi orientado(a) sobre o tempo que a <ATIVIDADE FÍSICA> deveria ter?
(0) Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN
MORTEMP __
181. Depois das orientações recebidas, sua atividade física:(1) Aumentou (2) Diminuiu (3) Não mudou (8)NSA (9)IGN
MMUD __
182. Desde <1 ANO ATRÁS> o(a) Sr.(a) procurou, buscou orientação para a prática de atividade física, esportes, exercícios físicos ou ginástica? (0) Não PULE PARA QUESTÃO 184 (1) Sim (9)IGN
MPROCOR__
183. Se sim: Onde? (01) Meios de comunicação (jornal, revista, televisão, internet, rádio) (02) Serviço de saúde (03) Academia (04) Trabalho (05) Outro _______________________ (88)NSA (99)IGN
MONDPROC__ __
184. O(A) Sr.(a) fuma ou já fumou?
(0) Não, nunca fumou - PULE PARA QUESTÃO 187
(1) Sim, fuma (1 ou + cigarro(s) por dia há mais de 1 mês)
(2) Já fumou, mas parou de fumar há __ __ anos __ __ meses (9)IGN
FUMO __ TPAFA __ __ TPAFM __ __
185. Há quanto tempo o(a) Sr.(a) fuma? (ou fumou durante quanto tempo)?
__ __ anos __ __ meses (88)NSA (99)IGN TFUMA__ __ TFUMM__ __
186. Quantos cigarros o(a) Sr.(a) fuma (ou fumava) por dia? __ __ cigarros (88)NSA (99)IGN CIGDI__ __
94
187. O(A) Sr.(a) tomou alguma bebida alcoólica nos últimos 30 dias?
(1) Sim (2) Não – PULE PARA QUESTÃO 192 (9)IGN
BEAL30D __ CRBBALC__
188. Alguma vez o(a) Sr.(a) sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida alcoólica ou parar de beber?
(1) Sim (2) Não (8)NSA (9)IGN
CAGE1 __ CRCAG1 __
189. As pessoas lhe aborrecem porque criticam o seu modo de tomar bebida alcoólica?
(1) Sim (2) Não (8)NSA (9)IGN
CAGE2 __ CRCAG2 __
190. O(A) Sr.(a) se sente chateado(a) consigo mesmo(a) pela maneira como costuma tomar bebidas alcoólicas?
(1) Sim (2) Não (8)NSA (9)IGN
CAGE3 __ CRCAG3 __
191. O(A) Sr.(a) costuma tomar bebidas alcoólicas pela manhã para diminuir o nervosismo ou ressaca?
(1) Sim (2) Não (8)NSA (9)IGN
CAGE4 __ CRCAG4 __
AGORA VAMOS FALAR SOBRE SENTIMENTOS
192. O(A) Sr.(a) está basicamente satisfeito com sua vida? (0)Não (1)Sim ISATIS__
193. O(A) Sr.(a) deixou muitos de seus interesses e atividades? (0)Não (1)Sim
IINTER__
194. O(A) Sr.(a) sente que sua vida está vazia? (0)Não (1)Sim
IVAZIA __
195. O(A) Sr.(a) se aborrece com freqüência? (0)Não (1)Sim
IABORR __
196. O(A) Sr.(a) se sente de bom humor a maior parte do tempo? (0)Não (1)Sim
IHUMOR __
197. O(A) Sr.(a) tem medo que algo ruim lhe aconteça? (0)Não (1)Sim
IMEDO __
198. O(A) Sr.(a) se sente feliz a maior parte do tempo? (0)Não (1)Sim
IFELIZ __
199. O(A) Sr.(a) sente que sua situação não tem saída? (0)Não (1)Sim ISAIDA __
200. O(A) Sr.(a) prefere ficar em casa a sair e fazer coisas novas? (0)Não (1)Sim IPREFE __
201. O(A) Sr.(a) se sente com mais problemas de memória do que a maioria?
(0)Não (1)Sim
IMEMOR __
202. O(A) Sr.(a) acha maravilhoso estar vivo(a)? (0)Não (1)Sim
IVIVO __
203. O(A) Sr.(a) se sente um inútil nas atuais circunstâncias? (0)Não (1)Sim
INUTIL __
204. O(A) Sr.(a) se sente cheio de energia? (0)Não (1)Sim
IENER __
205. O(A) Sr.(a) acha que sua situação é sem esperanças? (0)Não (1)Sim
ISEMES __
206. O(A) Sr.(a) sente que a maioria das pessoas está melhor que o(a) Sr.(a) ?
(0)Não (1)Sim
IMELHO __
AGORA GOSTARIA DE FAZER ALGUMAS PERGUNTAS SOBRE A SUA MEMÓRIA E RACIOCÍNIO. NÃO HÁ RESPOSTAS CERTAS OU ERRADAS E ALGUMAS PERGUNTAS PODEM PARECER SEM SENTIDO. MAS EU GOSTARIA QUE O SR.(A) PRESTASSE ATENÇÃO E RESPONDESSE TODAS AS PERGUNTAS DA MELHOR FORMA POSSÍVEL.
207. Qual é a <LEIA AS ALTERNATIVAS> em que estamos?O dia da semana: _______________________ O dia do mês: __________________________ O mês: _________________________________ O ano: _________________________________ A hora aproximada: _______:_______
DIAS __ DIAM __ MÊS __ ANO __ HORA __ OTEMP __
208. Qual é <LEIA AS ALTERNATIVAS> onde estamos?A cidade ( ) Bagé ( ) outra ( ) não sabe O bairro: _____________________ ( ) outro ( ) não sabe O estado ( ) RS ( ) outro ( ) não sabe O país ( ) Brasil ( ) outro ( ) não sabe A peça da casa/apto: ____________ ( ) outra ( ) não sabe
SE ESTIVER NA RUA, PERGUNTE:
CIDADE __ BAIRRO __ ESTADO __ PAIS __ PEÇA __
95
Em que lado da sua casa estamos? ___________ ( )outro ( )não sabe OESPA __209. Eu vou lhe dizer o nome de três objetos: CARRO, VASO, TIJOLO. O(A)
Sr.(a) poderia repetir para mim? ( ) carro ( ) outro ( ) não sabe ( ) vaso ( ) outro ( ) não sabe ( ) tijolo ( ) outro ( ) não sabe
CARRO __ VASO __ TIJOLO __
REPITA AS RESPOSTAS ATÉ O INDIVÍDUO APRENDER AS TRÊS PALAVRAS (5 TENTATIVAS)
210. Agora eu vou lhe pedir para fazer algumas contas. Quanto é: 1. 100 – 7: _______ 2. 93 – 7: _______ 3. 86 – 7: _______ 4. 79 – 7: _______ 5. 72 – 7: _______
CONTA __
211. O(A) Sr.(a) poderia me dizer o nome dos 3 objetos que eu lhe disse antes?
( ) carro ( ) outro ( ) não sabe
( ) vaso ( ) outro ( ) não sabe
( ) tijolo ( ) outro ( ) não sabe
CARRO1 __
VASO1 __
TIJOLO1 __
212. Como é o nome destes objetos? <MOSTRAR> Um lápis (padrão): ( ) lápis ( ) outro Um relógio de pulso ( ) relógio ( ) outro
LAPIS __
RELO __
213. Eu vou dizer uma frase: “NEM AQUI, NEM ALI, NEM LÁ”. O(A) Sr.(a) poderia repetir?
( ) repetiu ( ) não repetiu
REPET __
214. Eu gostaria que o(a) Sr.(a) fizesse de acordo com as seguintes instruções: PRIMEIRO LEIA AS 3 INSTRUÇÕES E SOMENTE DEPOIS O(A) ENTREVISTADO(A) DEVE REALIZÁ-LAS.
Pegue este papel com a mão direita ( )cumpriu ( )não cumpriu Dobre ao meio com as duas mãos ( )cumpriu ( )não cumpriu Coloque o papel no chão ( )cumpriu ( )não cumpriu
ETAPA1 __ ETAPA2 __ ETAPA3 __
215. Eu vou lhe mostrar uma frase escrita. O(A) Sr.(a) vai olhar e sem falar nada, vai fazer o que a frase diz. Se usar óculos, por favor, coloque, pois ficará mais fácil.
MOSTRAR A FRASE NA CARTELA “FECHE OS OLHOS” ( ) realizou tarefa ( ) não realizou tarefa ( ) outro
LEI __
216. O(A) Sr.(a) poderia escrever uma frase de sua escolha, qualquer frase: ORIENTAR O ENTREVISTADO A ESCREVER NA LINHA A SEGUIR
(ANTES DO DESENHO)
FRASE __
217. E para terminar esta parte, eu gostaria que o(a) Sr.(a) copiasse esse desenho:
MOSTRAR DESENHO E ORIENTAR PARA COPIAR AO LADO PRAXIA __
ESPAÇO DESTINADO PARA A FRASE
TOTAL __
AGORA FAREI PERGUNTAS SOBRE OS BENS E A RENDA DOS MORADORES DA CASA.LEMBRO, MAIS UMA VEZ, QUE OS DADOS DESTE ESTUDO SÃO CONFIDENCIAIS. PORTANTO, FIQUE TRANQÜILO(A) PARA INFORMAR O
QUE FOR PERGUNTADO.
218. Na sua casa o(a) Sr.(a) tem:
Aspirador de pó? (0) Não (1) Sim (9)IGN ASP__
96
Máquina de lavar roupa? (0) Não (1) Sim (9)IGN LAV__ Videocassete ou DVD? (0) Não (1) Sim (9)IGN VDVD__ Geladeira? (0) Não (1) Sim (9)IGN GEL__ Freezer ou geladeira duplex? (0) Não (1) Sim (9)IGN FRDU__ Forno de microondas? (0) Não (1) Sim (9)IGN MICR__ Microcomputador? (0) Não (1) Sim (9)IGN MICROCOMP__ Telefone fixo? (convencional) (0) Não (1) Sim (9)IGN TELFIX__
219. Na sua casa, o(a) Sr.(a) tem...? Quantos?
Rádio (0) (1) (2) (3) (4+) (9)IGN RAD__ Televisão preto e branco (0) (1) (2) (3) (4+) (9)IGN TVPB__ Televisão colorida (0) (1) (2) (3) (4+) (9)IGN TVCOL__ Automóvel(somente de uso particular) (0) (1) (2) (3) (4+) (9)IGN AUT__
220. Na sua casa, trabalha empregada ou empregado doméstico mensalista? Se sim, quantos? (0) Não (1) SIM, quantos? __
EMPDOM__
EMPDOMQT__
221. Quantas pessoas moram nessa casa? ___ ___ pessoas (99)IGN QTMOCASA__ __
222. Quantas peças são usadas para dormir? ___ ___ peças (99)IGN
QTPECDOR__ __
223. Quantos banheiros existem na casa? (considere somente os que têm vaso mais chuveiro ou banheira).
___ ___ banheiros (99)IGN QTBANCA __ __
224. Qual a escolaridade da pessoa que tem maior renda na casa? (1) nenhuma ou até 3ª série (primário incompleto) (2) 4ª série (primário completo) ou 1º grau (ginasial) incompleto (3) 1º grau (ginasial) completo ou 2º grau (colegial) incompleto (4) 2º grau (colegial) completo ou nível superior incompleto (5) nível superior completo (9)IGN
ESCPESMREND__
225. No mês passado quanto ganharam as pessoas que moram aqui, incluindo trabalho e aposentadoria? Pessoa 1: R$ __ __ __ __ __ por mês Pessoa 2: R$ __ __ __ __ __ por mês Pessoa 3: R$ __ __ __ __ __ por mês Pessoa 4: R$ __ __ __ __ __ por mês Pessoa 5: R$ __ __ __ __ __ por mês
(00000) Não possui renda (88888)NSA (99999)IGN
BRF1__ __ __ __ __
BRF2__ __ __ __ __
BRF3__ __ __ __ __
BRF4__ __ __ __ __
BRF5__ __ __ __ __
226. A família tem outra fonte de renda, por exemplo, aluguel, pensão ou outra que não foi citada acima? (0) Não (1) Sim - Quanto? R$__ __ __ __ __ por mês
(99999)IGN
OUTFREN__ OUTQT__ __ __ __ __
PARA O PREENCHIMENTO DO ENTREVISTADOR:
O questionário foi respondido: (1) Todo pelo(a) idoso(a), sem ajuda (2) Todo pelo(a) idoso(a), com ajuda (3) Algumas respostas foram dadas por outra pessoa (4) Maior parte das respostas foi dada por outra pessoa (5) Todas as respostas foram dadas por outra pessoa
QUERESP__
Horário do término da entrevista: __ __ : __ __ hs
ENCERRE O QUESTIONÁRIO E AGRADEÇA A COLABORAÇÃO
97
Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia Departamento de Medicina Social Faculdade de Medicina Universidade Federal de Pelotas, RS.
Consentimento Pós-Informação
Eu, _______________________________________ fui esclarecido sobre a pesquisa
para avaliar a assistência domiciliar a idosos prestada pelos serviços de atenção básica à
saúde no município de Bagé e concordo que os dados fornecidos sejam utilizados na
realização da mesma.
Bagé, ___ de _____________________ de 2008.
Assinatura:_______________________________
___________________________________________________________ Rua Marechal Deodoro, No 1160 - 3o piso - CEP 96020-220- Pelotas/RS
Fone/Fax: (053) 32841300
98
Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia Departamento de Medicina Social Faculdade de Medicina Universidade Federal de Pelotas, RS. TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Bagé, julho de 2008. Prezado Sr(a), Nós, da Universidade Federal de Pelotas, estamos realizando uma pesquisa para
avaliar a assistência domiciliar prestada aos idosos pelos serviços de atenção básica à
saúde. Todas as informações serão coletadas através de um questionário e terão caráter
sigiloso e voluntário, sem risco para a saúde e sem administração de qualquer substância,
medicamento ou remédio ou exames laboratoriais. Sua participação é muito importante
para podermos conhecer a situação de saúde da população com mais de 60 anos de Bagé.
Gostaríamos de convidar o(a) Sr.(a) para participar e caso concorde em
participar do estudo solicitamos a gentileza de assinar o Termo de autorização abaixo,.
Em caso de esclarecimentos ou dúvidas, estaremos à sua disposição através do telefone
9981-0702 com Elaine Thumé.
Atenciosamente,
Elaine Thumé Coordenadora da Pesquisa
___________________________________________________________ Rua Marechal Deodoro, No 1160 - 3o piso - CEP 96020-220- Pelotas/RS
Fone/Fax: (053) 32841300
99
APÊNDICE 5
Universidade Federal de Pelotas Faculdade de Medicina
Departamento de Medicina Social
Projeto de Pesquisa Assistência domiciliar a idosos:
determinantes da necessidade e do desempenho dos serviços de atenção básica à saúde.
Pelotas, 21 de julho de 2008.
Prezado(a) Sr.(a),
Estamos realizando uma pesquisa sobre a saúde da população idosa. O(A) Sr.(a)
é uma das pessoas de Bagé que farão parte desta importante pesquisa. Com este trabalho
será possível conhecer aspectos importantes sobre os serviços de saúde, com especial
interesse na Atenção Básica à Saúde.
O(a) Sr.(a) está recebendo a visita de um dos Entrevistador do estudo, que irá lhe
explicar detalhes sobre o projeto e respondendo a qualquer pergunta que o(a) Sr.(a) queira fazer.
Todos(as) nossos(as) entrevistadores(as) foram capacitados(as) para esta função e usam
um crachá de identificação. Contamos com a sua colaboração no sentido de responder todas as
perguntas, que são essenciais para o estudo. Nós temos a preocupação em realizar a pesquisa
sem provocar transtornos para o (a) Sr.(a). Portanto caso não possa responder às perguntas no
momento que o entrevistador(a) lhe visitar, pedimos que informe o horário mais adequado para
a entrevista.
Os dados coletados nesta pesquisa serão sigilosos e analisados com o auxílio de
computadores. Em hipótese alguma o nome do(a) Sr.(a) ou qualquer outra pessoa que responder
ao questionário será divulgado. Caso se sinta desconfortável com qualquer uma das perguntas
ou com a entrevista, não é obrigado(a) a realizá-la. É muito importante que o(a) Sr.(a) participe,
pois o Sr.(a) não poderá ser substituído(a) por outra pessoa.
Antecipadamente agradecemos sua colaboração,
Elaine Thumé
Coordenadora do Projeto Contatos do Estudo: Lúcia Vieira, Bruna Mendes e Eliane Tibola Secretaria Executiva do Estudo: Centro do Idoso – SMS de Bagé E-mail: [email protected] Telefone: 53-9981-0702
APÊNDICE 6
Universidade Federal de Pelotas Faculdade de Medicina
Departamento de Medicina Social Programa de Pós-graduação em Epidemiologia
Assistência domiciliar a idosos: determinantes da necessidade e do desempenho dos serviços
de atenção básica à saúde.
MANUAL DE INSTRUÇÕES
Doutoranda: Elaine Thumé
Orientador: Luiz Augusto Facchini
Doutorado em Epidemiologia
Pelotas – RS, 2008
101
1 ORIENTAÇÕES GERAIS • Este manual de instruções serve para esclarecer suas dúvidas, portanto deve estar
sempre com você. Recorra ao manual de instruções sempre que surgir alguma
dúvida. Não tenha vergonha de consultá-lo, se necessário, durante a entrevista.
• Procure apresentar-se de uma forma simples e sem exageros. Tenha bom senso
no vestir. Se usar óculos escuros, retire-os ao abordar um domicílio. Não masque
chicletes, nem coma ou beba algum alimento durante a entrevista. Nem pense
em fumar quando estiver fazendo contato ou entrevistando qualquer morador.
• Esteja sempre com o seu crachá de identificação. Se necessário mostre sua
carta de apresentação, ou ainda forneça o número do telefone da Lúcia Vieira
(Luca) – 9126 6181 ou da Elaine Thumé – 9981-0702 ou da Secretaria
Municipal de Saúde de Bagé - 3247-7250.
• Seja sempre gentil e educado, pois as pessoas não têm obrigação em recebê-lo.
A primeira impressão causada na pessoa que o recebe é muito importante.
• Muito cuidado com os CÃES. Às vezes, eles MORDEM!
• É importante ressaltar que você não quer vender nada.
• Informe que o domicílio foi escolhido e não pode ser trocado por outro
LEVE SEMPRE COM VOCÊ: • mapa da área de abrangência da Unidade Básica de Saúde;
• planilha da área;
• crachá e carteira de identidade;
• carta de apresentação do Programa de Pós-graduação em Epidemiologia;
• consentimento informado
• manual de instruções;
• questionários;
• lápis, borracha, apontador, e sacos plásticos;
OBS: Levar o material para o trabalho de campo em número maior que o estimado.
2 PREENCHIMENTO DOS QUESTIONÁRIOS E FORMULÁRIOS
• Cuide bem de seus formulários. Eles devem ser mantidos sempre na pasta para que
não amassem ou molhem. Use sempre a prancheta na hora de preencher as respostas.
102
• Posicione-se de preferência frente a frente com a pessoa entrevistada, evitando que
ela procure ler as questões durante a entrevista.
• Os questionários devem ser preenchidos a lápis e com muita atenção, usando
borracha para as devidas correções. Os formulários de controle serão preenchidos
a caneta, sempre de cor azul.
• As letras e números devem ser escritos de maneira absolutamente legível, sem
deixar margem para dúvidas. Lembre-se! Tudo isto vai ser relido e digitado. De
preferência, use letra de forma.
• Vamos padronizar os números de acordo com o exemplo:
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
• Em especial, o l não tem aba, nem pé. Quanto mais a gente capricha no um, mais
parecido ele fica com o dois. Faça um cinco bem diferente do nove. O oito são duas
bolinhas.
• Nunca deixe nenhuma resposta em branco, a não ser as dos pulos indicados no
questionário. Neste caso, faça um traço diagonal no bloco que está sendo pulado e
siga em frente. Lembre-se que, no caso de uma pergunta sem resposta, você poderá
ter que voltar ao local da entrevista.
• Não use abreviações ou siglas, a não ser que tenham sido fornecidas pelo manual.
• Datas devem aparecer sempre na ordem: dia - mês - ano e todos os espaços devem
ser preenchidos. Para datas anteriores ao dia e mês 10, escreva o número do mês
precedido de 0 (zero). Exemplo: 02 / 04 / 1940.
• Nunca passe para a próxima pergunta se tiver alguma dúvida sobre a questão que
acabou de ser respondida. Peça para que repita a resposta, se necessário. Não registre
a resposta se não estiver absolutamente seguro de ter entendido o que foi dito
pelo(a) entrevistado(a).
• Em caso de dúvida você poderá fazer um comentário escrevendo um número
rodeado por um círculo na margem direita da folha. Repita o número no pé ou no
verso da página e escreva o seu comentário. Essa iniciativa pode ser motivada pelo
fato de nenhuma alternativa corresponder à resposta fornecida pelo entrevistado, ou
pelo fato dele ter se mostrado particularmente inseguro ou hesitante ao responder.
103
• Preste muita atenção para não pular nenhuma pergunta, nenhum espaço. Ao final de
cada página do questionário, procure verificar se todas as perguntas da página foram
respondidas.
• Nunca confie em sua memória e não deixe para registrar nenhuma informação
depois da entrevista. Não encerre a entrevista com dúvidas ou espaços ainda por
preencher.
• Quando em dúvida sobre a resposta ou a informação parecer pouco confiável, tentar
esclarecer com o respondente, e se necessário, anote a resposta por extenso e
apresente o problema ao supervisor.
• Use o pé da página, ou o verso, para escrever tudo o que você acha que seja
importante para resolver qualquer dúvida. Na hora de discutir com o supervisor estas
anotações são muito importantes.
• As instruções nos questionários que estão em MAIÚSCULAS servem apenas para
orientar a entrevistadora, não devendo ser lidas para o entrevistado. As frases e
palavras em negrito devem ser lidas.
• Caso a resposta seja “OUTRO”, especificar o que foi respondido no espaço
reservado, segundo as palavras do informante.
3 LOCALIZAÇÃO DOS DOMICÍLIOS
Domicílio:
Domicílio é o local de moradia estruturalmente separado e independente,
constituído por um ou mais cômodos. A separação fica caracterizada quando o local
de moradia é limitado por paredes, muros, cercas etc., coberto por um teto, e permite
que seus moradores se isolem, arcando com parte ou todas as suas despesas de
alimentação ou moradia. A independência fica caracterizada quando o local de
moradia tem acesso direto, permitindo que seus moradores possam entrar e sair sem
passar por local de moradia de outras pessoas.
104
Família:
Considerar uma família como sendo constituída por todos aqueles que dormem no
domicílio e compartilham a comida preparada na mesma cozinha. Observe que
algumas vezes famílias diferentes moram no mesmo domicílio, outras vezes no
mesmo terreno, mas em domicílios diferentes e independentes.
4 ÁREA DE ABRANGÊNCIA DA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE:
Área de abrangência é a unidade geográfica de referência. Foi definido pela
Secretaria Municipal de Saúde de Bagé e compreende a área sob responsabilidade da
Unidade Básica de Saúde do local, podendo faz variar bastante seu tamanho em
função da aglomeração. Neste estudo, serão consideradas apenas as UBS urbanas.
Identificação do ponto inicial:
Ao receber a área de abrangência do supervisor, o ponto inicial já estará identificado.
Na figura abaixo está um exemplo, com oito quarteirões (quadras), numerados de 1 a
8. Através de sorteio, o quarteirão 3 foi escolhido; as letras A a D no quarteirão
representam as esquinas, e a letra B foi sorteada. Assim, nesta área, o entrevistador
deverá se dirigir ao ponto B e procurar o domicílio mais próximo para iniciar as
entrevistas.
105
Figura 3. Área da Unidade Básica Ivo Ferronato, Micro-área 1 e respectivas
quadras. Bagé, 2008.
Ao interior de cada micro-área a divisão é por quadra. Ao interior de cada
quadra sortear o ponto de início (de acordo com o exemplo acima – de A a D no caso de
uma quadra) e o domicílio sorteado será o domicílio 01. Ao interior do domicílio
teremos indivíduos 01, 02 ou mais. Anotar na planilha o endereço e o número de
indivíduos em cada domicílio.
DEFINIR SENTIDO DE MOVIMENTAÇÃO DENTRO DA MICRO-ÁREA Situações especiais na localização dos domicílios:
- apartamentos
Identificação dos domicílios:
Micro-área:01
Quadra 02
Quadra 01
Quadra 03
Quadra 04
Quadra 05
106
Conforme o desenho acima, existem duas construções não-anexas, com
separação física e com entradas independentes. Se no domicílio A mora um casal e no
domicílio B mora um parente, que é aposentado e vive do seu próprio dinheiro, o
entrevistador deve considerar o domicílio B como complementar de A e realizar a
pesquisa naquele em que recaiu o pulo. O outro deve ser considerado no próximo pulo,
se for o caso.
No entanto, se ficar caracterizado que o indivíduo que mora no domicílio B é
“sustentado” pelos moradores de A, deve-se considerar o domicílio B como extensão de
A, ou seja, como um único domicílio, e realizar a entrevista considerando todos os
idosos como moradores de A.
Quando a empregada doméstica morar na casa do patrão e estiver acompanhada
do marido e/ou filho(a), atentar para o seguinte:
a) será considerada como uma outra família (além da família do patrão) somente quando
o marido ou filho(a) da empregada doméstica trabalharem fora do domicílio;
b) caso o marido e/ou o filho(a) trabalharem no domicílio ou estiverem inativos, a
empregada doméstica e os demais deverão ser considerados como sendo parte da
família do patrão.
ATENÇÃO: No caso da casa ser de comércio e não morar ninguém ela não
deve ser considerada como domicílio e não será contada no pulo. Se a casa estiver
desocupada e/ou para alugar sem ninguém morando dentro também não deve ser
considerada no pulo. SÓ CONTAR NO PULO AS CASAS QUE ESTIVEREM
SENDO USADAS COMO DOMICÍLIO. No caso de edifícios apenas os
apartamentos ocupados devem ser contados no pulo.
5 ABORDAGEM– FLUXOGRAMA
• Quando chegar na frente da casa a ser visitada, você deve bater e sempre
aguardar que alguém apareça para recebê-lo. Se necessário, bater palmas e / ou
pedir ajuda aos vizinhos para chamar o morador da casa.
• SE VOCÊ FOI ATENDIDO:
• APRESENTE-SE APRESENTAÇÃO 1: Bom dia / Boa tarde, meu nome é
___ e estou trabalhando em uma pesquisa sobre a população idosa de Bagé. Esta
pesquisa está sendo feita pela Universidade Federal de Pelotas.
107
• Trate os entrevistados por senhora (Sra) ou senhor (Sr), pois você não tem
qualquer intimidade com eles. Só mude este tratamento se ele / ela pedir para ser
tratado de outra forma.
• Em seguida, pergunte sobre elegíveis (moradores com 60 anos ou mais), se
houver, anote na folha de setor, começando pelo mais novo morador elegível.
• SEM ELEGÍVEIS:
o Agradeça e pule para a próxima residência.
• ELEGÍVEL PRESENTE E COM AUTONOMIA:
o Convide-o a participar da pesquisa, explicando que sua participação é de
extrema importância e também que os dados são sigilosos.
o ACEITOU ler os termos do consentimento (verso da cartela) e
solicitar sua assinatura. Pegar o questionário, completar com os dados de
identificação e iniciar a entrevista.
Encerre a entrevista, agradeça e vá à residência seguinte,
respeitando o pulo.
o NÃO ACEITOU Anota na planilha e retorna mais uma vez no dia
seguinte; não aceitando na segunda tentativa, passe para o supervisor,
caso ele reverta, entregar o consentimento informado e seguir os passos
acima. Se recusar pela 3ª vez, registre a recusa na planilha.
• ELEGÍVEL PRESENTE E SEM AUTONOMIA:
o Aplique o questionário com o informante-chave, se o mesmo concordar
em responder. QUEM ASSINA O TERMO É O INFORMANTE-
CHAVE.
• ELEGÍVEL AUSENTE:
o Agende a entrevista, retorne no dia e horário combinados, solicite o
consentimento e siga os passos acima.
o Caso não consiga agendar em duas tentativas, comunique o supervisor;
se ele reverter aplique o questionário, se não, aplique ao informante-
chave.
• SE VOCÊ NÃO FOI ATENDIDO:
o Bata na casa dos vizinhos, perguntando sobre elegíveis no domicílio
identificado; se o vizinho confirmar, conte o domicílio como elegível e
108
anote o endereço na planilha da área. Tente saber o melhor horário para
encontrar pelo menos um dos elegíveis em casa. Retorne mais tarde.
• AO RETORNAR:
o Se for atendido confirme as informações dadas pelo vizinho, obtenha o
consentimento informado e aplique os instrumentos.
o Se não for atendido novamente, passe para o supervisor.
• Se for possível entrevistar um dos elegíveis, fazê-lo no momento e voltar para
entrevistar o(s) outro(s).
RECUSAS
• As recusas são um problema muito grande do ponto de vista da qualidade do
trabalho de pesquisa. Como não fazemos substituições, uma recusa significa
menos informação.
• A maioria das recusas é reversível, ou seja, é uma questão de momento
inadequado para o respondente, ou de uma abordagem incorreta. Possivelmente,
em um outro momento a pessoa aceite responder o questionário. Na primeira
recusa, tente agendar um outro encontro. Tente preencher, no mínimo, os dados
de identificação (sexo, idade) com a pessoa ou com algum familiar.
• NÃO desistir antes de mais uma tentativa em dias e/ou horários diferentes. Diga
que entende o quanto a pessoa é ocupada e o quanto responder um questionário
pode ser cansativo, mas insista em esclarecer a importância do trabalho e de sua
colaboração. Em caso de recusa nestas três tentativas, anotar na folha de setor e
passe a informação para seu supervisor.
O supervisor, então, tenta uma última vez, confirma a recusa e encerra o questionário. 6 CONSENTIMENTO INFORMADO
Havendo a disposição da pessoa em participar, a etapa seguinte é muito
importante – obter o consentimento informado. É necessário explicar os itens a seguir
a cada um que vai responder o questionário e fazer com que a pessoa assine o termo de
consentimento.
Explicar que:
1. A pesquisa está sendo realizada pela Universidade Federal de Pelotas, em parceria
com a Secretaria Municipal de Saúde e da URCAMP.
109
2. Esta pesquisa tem por objetivo estudar como as pessoas estão precisando e utilizando
os diferentes serviços oferecidos pelos sistemas de saúde, público e particular.
3. Participar do estudo significa somente responder a um questionário com perguntas
sobre a sua saúde e o uso de serviços.
4. Todas as informações fornecidas são estritamente sigilosas. A análise dos dados será
feita sem os nomes, sendo cada pessoa identificada apenas por um número. A
divulgação dos resultados da pesquisa será feita com base no conjunto e não com
informações individuais.
5. Da mesma forma, nenhuma informação individual será repassada para o posto ou
para a Secretaria de Saúde.
6. A participação é voluntária, e todos têm o direito de não participar do estudo.
7. Não há qualquer responsabilidade por parte de quem responde, nem qualquer custo.
Após estas explicações, se colocar à disposição para responder qualquer outra
pergunta do entrevistado. Só então pedir que ele assine o termo, junto com o
entrevistador.
Seja sempre pontual nas entrevistas agendadas.
110
ENTREVISTADOR BATE NA CASA
Atendido
Não tem
Pergunta sobre elegíveis
Apresentação 1
Fala sobre coleta de dados e anota na folha do setor
Tem
Presente
Aceita
Agradeça e pule
Convida/ agenda
Com autonomia
Anota na planilha da área e retorna
mais 1 vez no dia seguinte
Não aceita na segunda tentativa
Tenta o supervisor
Ausente(viagem, hospitalização, trabalha fora...)
Não aceita
Sem autonomia
Se recusa pela 3ª. vez, registra recusa, registra principais dados (sexo, idade,...)
Reverte
Aplica em informante-chave (IC)
Segue o fluxo
Não consegue agendar em duas tentativas
Consegue agendar
Retorna e segue o
fluxo
Comunica supervisor
Supervisor
Reverte
Segue o fluxo
Preenche termo de consentimento
Aplicar instrumento
Encerre a entrevista
Agradeça e pule
Atendido
Não tem
Pergunta sobre elegíveis
Apresentação 1
Fala sobre coleta de dados e anota na folha do setor
Tem
Presente
Aceita
Agradeça e pule
Convida/ agenda
Com autonomia
Anota na planilha da área e retorna
mais 1 vez no dia seguinte
Não aceita na segunda tentativa
Tenta o supervisor
Ausente(viagem, hospitalização, trabalha fora...)
Não aceita
Sem autonomia
Se recusa pela 3ª. vez, registra recusa, registra principais dados (sexo, idade,...)
Reverte
Aplica em informante-chave (IC)
Segue o fluxo
Não consegue agendar em duas tentativas
Consegue agendar
Retorna e segue o
fluxo
Comunica supervisor
Supervisor
Reverte
Segue o fluxo
Não consegue agendar em duas tentativas
Consegue agendar
Retorna e segue o
fluxo
Comunica supervisor
Supervisor
Reverte
Segue o fluxo
Preenche termo de consentimento
Aplicar instrumento
Encerre a entrevista
Agradeça e pule
Conseguiu informação
Bate na casa dos vizinhos (2 lados e na frente)
Agradeça e pule, siga o
fluxo
Não atendido
Não conseguiu informação
Pergunta se tem morador elegível e anota o endereço na planilha do setor
Tem Não tem
Agradeça e puleConta como elegível e anota o endereço na
planilha do setor
Retorna mais tarde
Bate na casa
Atendido Não atendido
Retorna outro dia
Segue o fluxo
Atendido Não atendido
Segue o fluxo
Passa para o supervisor
Atendido Não atendido
Segue o fluxo
Perda
Anota na planilha da área e registra principais dados (sexo, idade,...)
Conseguiu informação
Bate na casa dos vizinhos (2 lados e na frente)
Agradeça e pule, siga o
fluxo
Não atendido
Não conseguiu informação
Pergunta se tem morador elegível e anota o endereço na planilha do setor
Tem Não tem
Agradeça e puleConta como elegível e anota o endereço na
planilha do setor
Retorna mais tarde
Bate na casa
Atendido Não atendido
Retorna outro dia
Segue o fluxo
Atendido Não atendido
Segue o fluxo
Passa para o supervisor
Atendido Não atendido
Segue o fluxo
Perda
Anota na planilha da área e registra principais dados (sexo, idade,...)
111
7 DURANTE AS ENTREVISTAS:
• Logo de início, é importante estabelecer um clima de diálogo cordial com o
entrevistado, tratando-o com respeito e atenção. Nunca demonstre pressa ou
impaciência diante de suas hesitações ou demora ao responder uma pergunta.
• Chame o entrevistado sempre pelo nome (p. ex., Dona Joana, Seu Paulo).
Jamais chame alguém de tio, tia, avô, mãe. Isto é sempre interpretado como
desinteresse pela pessoa.
• Durante a entrevista, de quando em quando faça referência ao nome do
entrevistado. É uma forma de ganhar a atenção e manter o interesse do
entrevistado. Por exemplo: “Dona Joana, agora vamos falar sobre…” e não
simplesmente “Agora vamos falar sobre…”.
• Nunca demonstre censura, aprovação ou surpresa diante das respostas.
Lembre-se de que o propósito da entrevista é obter informações e não transmitir
ensinamentos ou influenciar conduta das pessoas. A postura do entrevistador
deve ser sempre neutra em relação às respostas.
• Procure fazer com que o diálogo seja dinâmico, demonstre interesse pelo que lhe
está sendo reportado.
Procure manter um diálogo aberto com os supervisores do trabalho de campo,
reportando imediatamente qualquer problema, dificuldade ou dúvida que apareça no
decorrer das entrevistas. As suas sugestões são importantes para aprimorar o trabalho do
grupo.
8 PLANILHA DA ÁREA
• A planilha da área deve ser preenchida ao localizar o domicílio com pessoas elegíveis.
• Havendo a localização do domicílio anotar o número de idosos elegíveis e a
medida em que forem entrevistados anotar nas colunas correspondentes.
• O endereço do domicílio deve ser anotado no espaço correspondente e as observações de pendências, entrevistas agendadas anotar no espaço correspondente.
• A etapa seguinte é muito importante – obter o consentimento informado. Para
isto faça o convite de acordo com o impresso e após peça para assinar o Termo de Consentimento. Se a pessoa não souber assinar peça a impressão digital.
112
Entrevistador UBS Micro-Área Quadra Data Supervisor
Domicílio Número de Elegíveis Elegíveis Completos 01 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 02 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 03 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 04 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 05 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 06 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5
Total
Domicílio Endereço Observações 01 02 03 04 05 06 9 INSTRUÇÕES GERAIS PARA O PREENCHIMENTO DOS QUESTIONÁRIOS
• Os questionários devem ser preenchidos a lápis e com muita atenção, usando
borracha para as devidas correções.
• As letras e números devem ser escritos de maneira legível, sem deixar margem
para dúvidas. Os números devem seguir a padronização e deve-se usar letra de
forma.
• No caso de pessoas sem condições físicas ou mentais para responder o
questionário, como por exemplo, este poderá ser aplicado ao cuidador principal.
Somente as questões relacionadas com auto-percepção de saúde não serão
aplicadas, o bloco “Sentimentos” e “Memória e Raciocínio” também não serão
aplicados. Essas pessoas não podem ser confundidas com recusas ou perdas.
Quando pessoas surdas quiserem responder ao questionário, mostre as questões
com as alternativas e peça para que o(a) entrevistado(a) aponte a resposta correta.
PROJETO ASSISTÊNCIA DOMICILIAR A IDOSOS Avaliação dos Determinantes da Necessidade e do Desempenho da Atenção Básica
PLANILHA DA ÁREA
113
• As instruções nos questionários em letras MAIÚSCULAS, em itálico, (entre
parênteses) servem apenas para orientar a entrevistadora, não devendo ser
perguntadas para o entrevistado. As palavras em negrito devem ser lidas para o
entrevistado fazendo-se previa pausa.
• As alternativas de resposta somente devem ser lidas se estiverem em negrito.
• As perguntas devem ser feitas exatamente como estão escritas, sendo que o que
não estiver escrito em NEGRITO, NÃO deve ser lido. Caso o respondente não
entenda a pergunta, repita uma segunda vez exatamente como está escrita. Após,
se necessário, explique a pergunta de uma segunda maneira (conforme instrução
específica), com o cuidado de não induzir a resposta. Em último caso, enunciar
todas as opções, tendo o cuidado de não induzir a resposta.
• NÃO devem ser deixadas respostas em branco.
• Quando em dúvida sobre a resposta ou a informação parecer pouco confiável,
tentar esclarecer com o respondente, e se necessário, anote a resposta por
extenso e apresente o problema ao supervisor.
• Caso a resposta seja “OUTRO”, especificar junto a questão, segundo as palavras
do informante.
10 CODIFICAÇÃO DOS QUESTIONÁRIOS
• A numeração do questionário é obtida através do número do entrevistador, UBS,
micro-área, quadra, domicílio, seguida pelo número da pessoa.
• Todas as respostas devem ser registradas no corpo do questionário. Nunca
registrar direto na coluna da direita. Não anote nada neste espaço, ele é de uso
exclusivo para codificação.
• No final do dia de trabalho, aproveite para revisar seus questionários aplicados e
para codificá-los. Para tal, utilize a coluna da direita. Se tiver dúvida na
codificação, esclareça com seu supervisor. As questões abertas (aquelas que são
respondidas por extenso) não devem ser codificadas. Isto será feito
posteriormente.
• Caso seja necessário fazer algum cálculo, não o faça durante a entrevista, pois, a
chance de erro é maior. Anote as informações por extenso e calcule
posteriormente.
114
• Em respostas de idade, considere os anos completos. Exemplo: Se o entrevistado
responder que tem 60 anos e 10 meses, considere 60 anos.
• Os questionários devem ser codificados somente após terem sido
completamente aplicados. Isto significa copiar o código da resposta para o
campo de codificação, como no exemplo abaixo:
51. Nas duas últimas semanas O Sr(a) procurou algum serviço ou profissional de saúde para atendimento relacionado à sua própria saúde?
0 ( ) não 59 1 ( X ) sim SERV 1
LEMBRE-SE: Nunca deixe respostas em branco. Aplique os códigos especiais: • NÃO SE APLICA (NSA) = 8, 88 ou 888. Este código deve ser usado quando a
pergunta não pode ser aplicada para aquele caso ou quando houver instrução
para pular uma pergunta. Não deixe questões puladas em branco durante a
entrevista. Pode haver dúvida se isto for feito. Passe um traço em diagonal sobre
elas e codifique-as posteriormente.
• IGNORADA (IGN) = 9, 99 ou 999. Este código deve ser usado quando o
informante não souber responder ou não lembrar. Antes de aceitar uma resposta
como ignorada deve-se tentar obter uma resposta mesmo que aproximada. Se
esta for vaga ou duvidosa, anotar por extenso e discutir com o supervisor. Use a
resposta “ignorado” somente em último caso. Lembre-se que uma resposta não
coletada é uma resposta perdida.
• A codificação dos questionários deve ser preenchida no fim de cada dia, não se
devendo deixar para outro dia. Nesta coluna deverão ser transferidos os números
marcados nas respostas ditas na entrevista.
115
Universidade Federal de Pelotas Departamento de Medicina Social
Centro de Pesquisas Epidemiológicas QUESTIONÁRIO – IDOSOS DE 60 ANOS OU MAIS DE IDADE
NÃO ESCREVER NESTA COLUNA
IDENTIFICAÇÃO
Número do(a) entrevistador (a): __ __ NUENT__ __
O entrevistador deve colocar o seu número neste campo
Unidade Básica de Saúde: __ __ UBS __ __
O entrevistador deve registrar o número da UBS da área de abrangência na qual o dado está sendo coletado
Número da micro-área: __ __ MICRO __ __
Anotar o número da micro-área na qual o dado esta sendo coletado
Número da quadra: __ __ QUADRA __ __
Número da quadra em cada micro-área
Número do domicílio: __ __ __ __ DOM __ __ __ __
Anotar o número do domicílio de acordo com a planilha do conglomerado
Número da Pessoa no domicílio: __ __ NPED__ __ __ __
Anotar o número da pessoa no domicílio de acordo com a planilha de conglomerado
Data da entrevista: __ __/ __ __ / 2008
Anotar a data da entrevista
Horário de início da entrevista: __ __ : __ __ hs
Anotar o horário de início da entrevista
Horário do término da entrevista: __ __ : __ __ hs
Anotar o horário de término da entrevista
Endereço?____________________________________________________
Anotar o endereço completo da moradia, com o nome da rua e número da casa. Quando necessário utilizar “complemento”, onde será informado número ou letra do bloco, número do apartamento, casa dos fundos, etc. Em caso de dúvida, verificar o endereço na conta de luz ou em outra correspondência.
Existe algum outro número de telefone ou celular para que possamos entrar em contato com o(a) Sr.(a)? ________________________
Anotar o telefone para contato, se no domicílio não tiver telefone anotar o telefone de algum vizinho ou familiar, não esquecendo de registrar de quem é o contato. Se não tiver telefone registrar NÃO.
116
ATENÇÃO ENTREVISTADOR: NÃO PERGUNTAR, APENAS OBSERVAR
1. Cor da pele ou raça do entrevistado: (1) Branca (2) Preta (3) Amarela (4) Parda (5)Indígena CORPEL __
Assinalar o que for observado, sem questionamentos. O que nos interessa é a cor ou raça como observado pelo entrevistador.
2. Sexo do entrevistado: (0) Masculino (1) Feminino SEXO __
O(a) entrevistador(a) deve registrar o sexo do(a) entrevistado(a) com base em sua observação.
INICIAR ENTREVISTA
3. Qual é o seu nome?
Perguntar ao entrevista o seu nome completo.
4. Qual é a sua idade? __ __ __ (anos completos) IDADE __ __ __
Perguntar qual a idade em anos completos, informada pela pessoa. Por exemplo, se a resposta for “farei 70 anos na semana que vem”, considerar 69 anos que é a idade atual delo entrevistado.
5. Qual é sua data de nascimento? _ _ / _ _ / _ _ _ _
DN__ __ __ __ __ __ __ __
Perguntar a data de nascimento. Se a pessoa não souber responder perguntar se tem algum documento que possa confirmar a informação.
6. Qual é o seu peso atual? __ __ __ , __ kg (999,9)IGN PEK__ __ __,__
Será anotado o peso referido pelo entrevistado(a), isto é, o peso que ele(a) informar que possui. Se for referido assim, anotar o peso com uma casa após a vírgula. Exemplo: 73,5 Kg. No caso do entrevistado não saber informar seu peso, marque a opção “ignorado”.
7. Qual é a sua altura? __ __ __ cm (999)IGN ALTC __ __ __
Será anotada a altura informada pelo entrevistado. No caso do entrevistado não saber informar sua altura, marque a opção “ignorado”. Anotar a altura em cm , por exemplo, se a pessoa responde 1metro e 60, anotar 160. Anote exatamente o que o(a) entrevistado(a) disser. Este é o peso que o(a) entrevistado(a) diz ter. Para pesos inferiores a 100 kg codifique usando o “zero” na frente. Por exemplo: se o(a) entrevistado(a) disser que pesa 52 kg codifique 0 5 2, 0. No caso do(a) entrevistado(a) não saber informar seu peso e/ou sua altura codifique com 999,9. Para aqueles que não sabem o seu peso e sua altura por serem incapazes de se pesarem ou se medirem (este é o caso de deficientes fisicos), codifique com 8888. Porém, aqueles idosos que não são deficientes físicos podem informar seu peso e altura, e será codificado com 9999 caso estes não souberem informar.
8. Qual a cor da sua pele ou raça? (1) Branca (2) Preta (3) Amarela (4) Parda (5)Indígena
CORAUT __
Perguntar exatamente como está escrito e deixar a pessoa responder. Assinalar o que for dito, sem questionamentos. O que nos interessa é a cor ou raça como definido pelo respondente, e não na avaliação do(a) entrevistador(a), de forma a manter a compatibilidade com o IBGE. Se a pessoa usar um termo que deixe dúvida, leia as alternativas disponíveis e peça para que a pessoa escolha uma delas.
9. Na sua opinião, qual a cor da minha pele ou raça? (1) Branca (2) Preta (3) Amarela (4) Parda (5)Indígena
CORENT __
117
Perguntar exatamente como está escrito e deixar a pessoa responder. Assinalar o que for dito, sem questionamentos. O que nos interessa é a cor ou raça como definido pelo respondente. Se a pessoa usar um termo que deixe dúvida, leia as alternativas disponíveis e peça para que a pessoa escolha uma delas.
10. O(a) Sr.(a) freqüentou a escola?(0) Não – PULE PARA QUESTÃO 12 (1) Sim (9)IGN
FREQESC __
Perguntar se em algum momento da vida o entrevistado freqüentou a escola.
11. Até que série o(a) Sr.(a) estudou?Série: _____GRAU:____ (Codificar após encerrar o questionário) Anos completos de estudo: __ __ anos (88)NSA (9)IGN
SERESTA__ __
Registrar a última série ou ano concluído com aprovação, e em seguida o grau. Caso o(a) entrevistado(a) não tenha completado nenhum ano na escola, preencher ambos os espaços com "0", como segue: 0 série do 0 grau. Anotar o número de anos completos (com aprovação) de estudo. Caso o entrevistado não forneça este dado de forma direta, use o espaço para anotações para escrever a resposta por extenso, deixando para calcular e codificar depois.
12. O(a) Sr.(a) sabe ler e escrever? (0) Não (1) Sim (2) Só assina (9)IGN
LERESC __
Perguntar se sabe ler e escrever. No caso de resposta NÃO, perguntar se assina o nome, se este for o caso, anotar a opção 2
13. O(a) Sr.(a) trabalhou, sendo pago(a), no último mês?(0) Não (1) Sim (9)IGN
TRABULTM __
Perguntar se no último mês o entrevistado trabalhou e recebeu dinheiro.
14. O(A) Sr.(a) é aposentado(a)? (0) Não – PULE PARA QUESTÃO 16 (1) Sim (9)IGN
APÓS __
Perguntar se o idoso está aposentado, neste caso o que nos interessa é se ele recebe aposentadoria pelo INSS. No caso dele responder NÃO, pular para a questão 16.
15. Com qual idade o(a) Sr.(a) se aposentou? __ __ anos (88)NSA (99)IGN IDAPOS __ __
Pergunta a idade do entrevistado quando ele se aposentou.
16. Qual a sua situação conjugal atual? (1) Casado(a) ou mora com companheiro(a) (2) Solteiro(a) ou sem companheiro(a) – PULE PARA QUESTÃO 18 (3) Separado(a) - – PULE PARA QUESTÃO 18 (4) Viúvo(a) - – PULE PARA QUESTÃO 18
SITCONJ__
Aqui queremos saber a situação conjugal atual, independente se tem companheiro(a) ou não.Se entrevistado solteiro, sem companheiro, separado ou viúvo, pular para a questão 18.
17. Qual a idade de seu (sua) esposo(a)/ companheiro(a)? __ __ __ (anos completos) (88)NSA (99)IGN IDESPA __ __ _
Perguntar a idade da esposa ou companheira.
18. O(A) Sr.(a) tem ou teve filhos (inclui filhos adotivos)?(0) Não – PULE PARA QUESTÃO 20 (1) Sim (99)IGN FILHO__
118
Perguntar se o(a) entrevistado(a) teve filhos, independente de estarem vivos ou não. No caso da resposta ser NÃO, pular para a questão 20.
19. Se SIM, quantos? __ __ (número de filhos homens) __ __ (número de filhas mulheres) (88)NSA (99)IGN
FILQTH__ FILQTM __
Anotar o número de filhos homens e de filhas mulheres, por exemplo, se teve apenas 1 filho e ele for do sexo masculino, anotar 01 no respectivo espaço e 00 no número de filhas mulheres.
20. A casa em que o Sr(a) mora é: (0) Própria (1) Alugada (2) De um parente. Qual?_____________________ (9) IGN
CASAPR__
Ao perguntar, ler as opções e no caso de ser um parente, lembrar de anotar qual parente.
21. O Sr.(a) mora sozinho(a)? (0) Não (1) Sim – PULE PARA QUESTÃO 24 MORSOZ__
Investigar se no domicílio mora mais alguém além do idoso. Se SIM, pular e aplicar a questão 24.
22. SE NÃO: Além do Sr.(a), quantas pessoas moram nesta casa? __ __ pessoas (88)NSA
QTSMOR__ __
Anotar quantas pessoas além do entrevistado moram na residência, por exemplo, se for mais 1 pessoa, anotar 01.
23. Qual a relação de parentesco destas pessoas com o Sr.(a)? Esposo(a) / companheiro(a) (0) Não (1) Sim (8)NSA ESPMO__ Pai (0) Não (1) Sim (8)NSA PAIMO __ Mãe (0) Não (1) Sim (8)NSA MAEMO__ Neto(a)s (0) Não (1) Sim (8)NSA NETOMO__ Sogro / Sogra (0) Não (1) Sim (8)NSA SOGMO__ Filho(s) / filha(s) (0) Não (1) Sim (8)NSA FILHOMO__ Irmão(s) /irmã(s) (0) Não (1) Sim (8)NSA IRMOR__ Outros familiares (0) Não (1) Sim (8)NSA OUTMO__ Empregado(s) (0) Não (1) Sim (8)NSA EMPMO__ Outros: _________________________
Perguntar e marcar todas as opções relações de parentesco
24. O(A) Sr.(a) costuma ficar sozinho durante o dia (dia e noite)?(0) Nunca ou raramente (1) Sim, cerca de uma hora (2) Sim, longos períodos de tempo – ex: toda manhã, toda tarde (3) Sim, somente durante o dia (4) Sim, somente durante a noite (5) Sim, fica todo tempo sozinho (9)IGN
FICARSOZ __
Explorar se durante o dia ou a noite o idoso permanece sozinho, no caso da resposta ser SIM, explorar por quanto tempo ele permanece sozinho.
25. O Sr(a) usa algum destes equipamentos ou acessórios no seu dia-a-dia?
Bengala (0)Não (1)Sim USABENG__ Andador (0)Não (1)Sim USAAND__ Cadeira de rodas (0)Não (1)Sim USACADR__ Aparelho auditivo (no ouvido) (0)Não (1)Sim USAAPARAUD__ Dentadura na parte superior (0)Não (1)Sim USADENTSUP__ Dentadura na parte inferior (0)Não (1)Sim USADENTINF__ Prótese de fêmur (0)Não (1)Sim USAPROTFEM__ Colchão de espuma com pontinhas (piramidal) (0)Não (1)Sim USACOP __ Almofada de ar para cadeira ou cama (0)Não (1)Sim USAALM __
Outro(s):___________________________________ USAOUT__
Nesta questão ler todas as opções. No caso de outro acessório que não os descritos anotar qual.
119
26. Como o(a) Sr.(a) considera sua saúde? MOSTRAR AS CARINHAS!
(1) Péssimo (2) Ruim (3) Regular (4) Bom (5) Ótimo (9)IGN ISAUD __
Mostrar a cartela das faces.
27. Em comparação com <OS ÚLTIMOS 5 ANOS>, o(a) Sr.(a) diria que sua saúde hoje é: (1) Melhor (2) Mesma coisa (3) Pior (8)NSI
ISAUDH __
Ler as opções.
28. Em comparação com as outras pessoas de sua idade, o(a) Sr.(a) diria que sua saúde está: (1) Melhor (2) Igual (3) Pior (8)NSI
ISAUOUT__
Ler as opções. Caso o entrevistado pergunte COMPARADO COM QUEM? Peça para ele se comparar com alguém de mesma idade.
29. Como o(a) Sr.(a) se sente em relação à sua vida em geral? (0) Insatisfeito (1) Satisfeito – pule para pergunta 31 (8)NSI ISENT __
Ler as opções. Se o entrevistado responder DEPENDE ou ficar em dúvida por causa do EM GERAL, diga para ele se referir a como se sente na maior parte do tempo. Em casos necessários, faça a pergunta novamente.
30. Quais são os principais motivos de sua insatisfação com a vida (Anotar até 3 motivos) (1) Problema econômico (de dívidas, pouco dinheiro); (2) Problema de saúde; (3) Problema de moradia; (4) Problema de transporte (não tem como sair de casa); (5) Conflito nos relacionamentos pessoais; (6) Falta de atividade (7) Outro problema____________________________ (8)NSA (9)IGN
IMDIMP1__
IMDIMP2__
IMDIMP3__
Ler as opções. O que interessa saber é quais os principais motivos para a insatisfação. Nos parênteses anteriores as opções deve ser anotada a ordem de importância dos 3 fatores citados.
31. Desde <TRÊS MESES ATRÁS> o(a) Sr.(a) consultou com algum(a) médico(a) em serviço de urgência (SAMU, Pronto Socorro)?
(0) Não (1) Sim, quantas vezes? __ __ (99)IGN
CONM3__ __
Enfatize que você quer saber sobre atendimento por algum médico sem ser em uma hospitalização, atendimento em pronto-socorro ou em casa. Substituir expressão <TRÊS MESES ATRÁS> pela data correspondente aos 90 dias antes da entrevista. Por exemplo, se a entrevista estiver for realizada em 10 de agosto, o enunciado correto será: O sr(a) foi atendido por algum médico desde 10 de maio até agora?
32. Desde <TRÊS MESES ATRÁS> o(a) Sr.(a) consultou com algum(a) médico(a) em serviços que não foram de urgência?
(0) Não– PULE PARA QUESTÃO 34 (1) Sim, quantas___ ___vezes (99)IGN
CONMA__ __
Enfatize que você quer saber sobre atendimento por algum médico sem ser em uma hospitalização, atendimento em pronto-socorro ou em casa. Substituir expressão <TRÊS MESES ATRÁS> pela data correspondente aos 90 dias antes da entrevista. Por exemplo, se a entrevista estiver for realizada em 10 de agosto, o enunciado correto será: O Sr.(a) foi atendido por algum médico desde 10 de julho até agora? Se NÃO pular para questão 34.
120
33. SE SIM, a última vez que o Sr(a) consultou foi no?(01) Posto de saúde (02) Médico particular (03) Médico conveniado (04) Outro________________________ (88)NSA (99)IGN
LOCONUV __ __
Ler cada uma das opções de tratamentos e assinalar de acordo com a resposta do(a) entrevistado(a).
34. Algum médico disse que o(a) Sr.(a) tem pressão alta? (0) Não – PULE PARA QUESTÃO 36 (1) Sim – Há quanto tempo: __ __ anos __ __ meses (99)IGN
HASREF___ HASTEMA __ __ HASTEMM __ __
Anote a opção referida pela pessoa. Se a pessoa referir que nenhum médico falou que tem pressão alta marque a opção 0 “Não”; se referir que algum médico falou que tem pressão alta marque a opção 1 “Sim” e caso a pessoa não saiba informar marque a opção 99 “IGN”. Se a pessoa referir que tem pressão alta, está fazendo tratamento e a pressão vem se mantendo normal, marque a opção 1 “SIM” e pergunte a quanto tempo em anos. No caso de menos de um ano, anotar o número de meses.
35. O(a) Sr.(a) está tomando algum remédio recomendado ou prescrito pelo médico para pressão alta?
(0) Não (1) Sim (8)NSA (9)IGNHREMED __
Perguntar anotar se atualmente está tomando remédio. No caso de NÃO estar tomando remédio porque não conseguiu na UBS ou por não ter dinheiro para comprar, anotar NÃO.
36. Algum médico disse que o(a) Sr.(a) tem diabetes ou açúcar alto no sangue?
(0) Não – PULE PARA QUESTÃO 38 (1) Sim – Há quanto tempo: __ __ anos __ __ meses (99)IGN
DIAREF___ DIATEMA __ __ DIATEMM __ __
Anote a opção referida pela pessoa. Se a pessoa referir que nenhum médico falou que tem diabetes marque a opção 0 “Não”; se referir que algum médico falou que tem diabetes marque a opção 1 “Sim” e caso a pessoa não saiba informar marque a opção 9 “IGN”. Se a pessoa referir que tinha diabetes, está fazendo tratamento e o açúcar vem se mantendo normal, marque a opção 1 “Sim”. Pergunte a quanto tempo em anos. No caso de menos de um ano, anotar o número de meses.
37. O(a) Sr.(a) está tomando algum remédio recomendado ou prescrito pelo médico para diabetes?
(0) Não (1) Sim (8)NSA (9)IGN DIAREMED __
Perguntar anotar se atualmente está tomando remédio. No caso de NÃO estar tomando remédio porque não conseguiu na UBS ou por não ter dinheiro para comprar, anotar NÃO.
38. Algum médico disse que o(a) Sr.(a) tem problema pulmonar (bronquite, enfisema, DPOC, asma)?
(0) Não – PULE PARA QUESTÃO 40 (1) Sim – Há quanto tempo: __ __ anos __ __ meses (99)IGN
PULREF___ PULTEMA __ __ PULTEMM __ __
Anote a opção referida pela pessoa. Se a pessoa referir que nenhum médico falou que tem problema pulmonar marque a opção 0 “Não”; se referir que algum médico falou que tem problema pulmonar marque a opção 1 “Sim” e caso a pessoa não saiba informar marque a opção 9 “IGN”. Se a pessoa referir que tinha problema pulmonar, está fazendo tratamento e vem se mantendo normal, marque a opção 1 “Sim”. Pergunte a quanto tempo em anos. No caso de menos de um ano, anotar o número de meses.
39. O(a) Sr.(a) está tomando algum remédio recomendado ou prescrito pelo médico para o problema pulmonar (bronquite, enfisema, DPOC, asma)?
(0) Não (1) Sim (8)NSA (9)IGN
PULREMED __
Perguntar anotar se atualmente está tomando remédio. No caso de NÃO estar tomando remédio porque não conseguiu na UBS ou por não ter dinheiro para comprar, anotar NÃO.
121
40. Neste ano (2008) o(a) Sr.(a) fez a vacina contra a gripe?
(0) Não. Por que não?_____________________________________________ (1) Sim. Onde?_____________________________ (9)IGN
VACGRIPE__ VACNÃOPQ__ VACONDE__
Perguntar se no ano de 2008 ele fez vacina contra a gripe. Se NÃO fez perguntar porque e se SIM perguntar onde fez. Se não souber informar pergunte se ele tem carteira de vacina. Se a resposta for negativa marque a opção IGN.
41. <NOS ÚLTIMOS 10 ANOS> o(a) Sr.(a) fez a vacina contra o tétano? (0) Não (1) Sim (9)IGN VACTET__
Perguntar se nos últimos 10 anos, ou seja, desde 1998, ele (a) fez vacina contra o tétano. Se não souber informar pergunte se ele tem carteira de vacina. Se a resposta for negativa marque a opção IGN.
42. Algum médico disse que o(a) Sr.(a) tem problema no coração? (0) Não – PULE PARA QUESTÃO 44 (1) Sim – Há quanto tempo: __ __ anos __ __ meses (99)IGN
CORREF___ CORTEMA __ __ CORTEMM __ __
Anote a opção referida pela pessoa. Se a pessoa referir que nenhum médico falou que tem problema no coração marque a opção 0 “Não”; se referir que algum médico falou que tem problema no coração marque a opção 1 “Sim” e caso a pessoa não saiba informar marque a opção 9 “IGN”. Se a pessoa referir que tinha problema no coração, está fazendo tratamento e vem se mantendo normal, marque a opção 1 “Sim”. Pergunte a quanto tempo em anos. No caso de menos de um ano, anotar o número de meses.
43. O(a) Sr.(a) está tomando algum remédio recomendado ou prescrito pelo médico para o problema no coração?
(0) Não (1) Sim (8)NSA (9)IGN CORREMED __
Perguntar anotar se atualmente está tomando remédio. No caso de NÃO estar tomando remédio porque não conseguiu na UBS ou por não ter dinheiro para comprar, anotar NÃO.
44. Algum médico disse que o(a) Sr.(a) teve derrame ou AVC? (0) Não (1) Sim – Há quanto tempo: __ __ anos __ __ meses (99)IGN
DERREF___ DERTEMA __ __ DERTEMM __ __
Anote a opção referida pela pessoa. Se a pessoa referir que nenhum médico falou que teve derrame ou AVC marque a opção 0 “Não”; se referir que algum médico falou que teve derrame marque a opção 1 “Sim” e caso a pessoa não saiba informar marque a opção 99 “IGN”. Pergunte a quanto tempo em anos. No caso de menos de um ano, anotar o número de meses.
45. Algum médico disse que o(a) Sr.(a) tem doença na coluna? (0) Não (1) Sim – Há quanto tempo: __ __ anos __ __ meses (99)IGN
COLREF___ COLTEMA __ __ COLTEMM __ __
Anote a opção referida pela pessoa. Se a pessoa referir que nenhum médico falou que doença na coluna marque a opção 0 “Não”; se referir que algum médico falou que teve derrame marque a opção 1 “Sim” e caso a pessoa não saiba informar marque a opção 99 “IGN”. Pergunte a quanto tempo em anos. No caso de menos de um ano, anotar o número de meses.
46. Algum médico disse que o(a) Sr.(a) tem reumatismo, artrite ou artrose?
(0) Não (1) Sim – Há quanto tempo: __ __ anos __ __ meses (99)IGN
RAAREF___ RAATEMA __ __ RAATEMM __ __
Anote a opção referida pela pessoa. Se a pessoa referir que nenhum médico falou que tem reumatismo, artrite ou artrose marque a opção 0 “Não”; se referir que algum médico falou que teve marque a opção 1 “Sim” e caso a pessoa não saiba informar marque a opção 99 “IGN”. Pergunte a quanto tempo em anos. No caso de menos de um ano, anotar o número de meses.
122
47. Algum médico disse que o(a) Sr(a) tem problema nos rins? (0) Não
(1) Sim – Há quanto tempo: __ __ anos __ __ meses (99)IGN
RIAREF__ RITEMA__ __ RITEMM__ __
Anote a opção referida pela pessoa. Se a pessoa referir que nenhum médico falou que tem problema nos rins marque a opção 0 “Não”; se referir que algum médico falou que teve marque a opção 1 “Sim” e caso a pessoa não saiba informar marque a opção 99“IGN”. Pergunte a quanto tempo em anos. No caso de menos de um ano, anotar o número de meses.
48. O(A) Sr(a) está fazendo hemodiálise? (0) Não
(1) Sim – Há quanto tempo: __ __ anos __ __ meses (99)IGN
HEMOD __ HEMTEMA__ __ HEMTEMM __ __
Anote a opção referida pela pessoa. Se a pessoa referir que SIM, marque a opção 1 “Sim” e pergunte a quanto tempo em anos. No caso de menos de um ano, anotar o número de meses. Caso a pessoa não saiba informar marque a opção 99 “IGN”.
49. Alguma vez algum médico lhe disse que o(a) Sr.(a) estava com câncer?
(1) Não – PULE PARA QUESTÃO 52 (2) Sim – Há quanto tempo: __ __ anos __ __ meses (88)NSA (99)IGN Em que lugar do corpo:___________________(88)NSA (99)IGN Há quanto tempo: __ __ anos __ __ meses (88)NSA (99)IGN Em que lugar do corpo:___________________(88)NSA (99)IGN
CAREF___ CATEMA1 __ __ CATEM1 __ __ CALUG1__ __ CATEMA2 __ __ CATEM2 __ __ CALUG2__ __
Anote a opção referida pela pessoa. Se a pessoa referir que nenhum médico falou que estava com câncer marque a opção 0 “Não”; se referir que algum médico falou que estava com câncer marque a opção 1 “Sim” e caso a pessoa não saiba informar marque a opção 99 “IGN”. Se a pessoa referir que teve câncer, pergunte a quanto tempo em anos. No caso de menos de um ano, anotar o número de meses. Após pergunte em que lugar do corpo. No caso de mais de uma vez ter tido o diagnóstico de câncer, coletar informação a respeito de todos os casos.
50. Atualmente o(a) Sr.(a) está fazendo algum tratamento para câncer? (0) Não (1) Sim – Há quanto tempo: __ __ anos __ __ meses (8)NSA (9)IGN
TCAREF___ TCATEMA __ __ TCATEMM __ __
Anote a opção referida pela pessoa. Se a pessoa referir que SIM, marque a opção 1 “Sim” e pergunte a quanto tempo, em anos e meses. Caso a pessoa não saiba informar marque a opção 9 “IGN”.
51. SE SIM, qual tratamento? (1) Quimioterapia (2) Radioterapia (3) Outro___________________________________(8)NSA (9)IGN
TIPOTRATCA __
Leia as opções. Anote a opção referida pela pessoa. Caso a pessoa não saiba informar marque a opção 9 “IGN”. Se fizer parte do pulo marque 8 “NSA”.
52. Alguma vez na vida o(a) Sr.(a) teve que amputar parte do seu corpo?
(0) Não (1) Sim – Há quanto tempo: __ __ anos __ __ meses
Que parte do corpo?__________________ (9)IGN
AMPREF___ AMPTEMA __ __ AMPTEMM __ __ AMPLUG __ __
Leia a pergunta e se a resposta for SIM, marque a questão e pergunte a quanto tempo em anos. No caso de menos de um ano, anotar o número de meses. Além disso, pergunte qual a parte do corpo que foi amputada.
53. O(A) Sr.(a) tem problema de perder um pouco de urina e se molhar acidentalmente (não dá tempo de chegar ao banheiro, ou quando está dormindo; ou quando tosse ou espirra, ou faz força)? (0) Não – PULE PARA QUESTÃO 57 (1) Sim (9)IGN
INCURIN __
123
Leia a pergunta e se a resposta for NÃO pule para a questão 57, se SIM aplique as demais questões.
54. <NOS ÚLTIMOS 30 DIAS> com que freqüência isso aconteceu?(1) Uma ou duas vezes por dia (2) Mais de duas vezes por dia (3) Uma ou duas vezes por semana (4) Mais do que duas vezes por semana (5) Uma ou duas vezes por mês (6) Mais de duas vezes por mês (8)NSA (9)IGN
FREINCURIN __
Leia as opções e marque a opção que o entrevistador referir.
55. Devido ao seu problema de perder um pouco de urina e se molhar acidentalmente o(a) Sr.(a) tem que usar fralda (forro,absorvente)?
(0) Não – PULE PARA QUESTÃO 57 (1) Sim (8)NSA (9)IGNPROPERUR__
Anotar a resposta. Se NÃO pule para a questão 57
56. SE SIM, o(a) Sr.(a) usa fralda (forro,absorvente): (1) Só para sair (2) Somente para dormir (3) Durante todo tempo (8)NSA (9)IGN
FRALDA __
Leia as opções e marque aquela que o entrevistado referir.
AGORA VAMOS FALAR SOBRE O USO DE REMÉDIO (MEDICAMENTOS)
57. Agora vamos falar sobre qualquer remédio que o (a) Sr (a) tenha usado <NOS ÚLTIMOS 7 DIAS>. Pode ser remédio para dor de cabeça, pressão alta ou outro remédio que use sempre ou só de vez em quando.
<NOS ÚLTIMOS 7 DIAS>, o (a) Sr.(a) usou algum remédio?
(0) Não - PULE PARA QUESTÃO 65 (1) Sim (9)IGN
TOREMED__
Ler o enunciado e reforçar que pode ser qualquer remédio/ medicamento e também por qualquer via (oral, injeção, pomadas, cremes, gotas nasais, colírio, gotas para ouvido,...) com ou sem receita médica; genérico ou não. Se o entrevistado não tenha tomado nenhum remédio pular para a questão 65. Se ele responder SIM aplique a próxima questão e peça para ver (IMPORTANTE) os remédios podendo ser as caixas, os envelopes ou receitas.
58. O (A) Sr(a) poderia trazer as caixas ou embalagens de todos os remédios que tomou <NOS ÚLTIMOS 7 DIAS>? (88)NSA
MEDICAMENTO (NOME)
Há quantos dias está
tomando?
Quantas
vezes por dia?
Quantos usa no mesmo
horário?
Quantas vezes
esqueceu de
tomar?
Para qual motivo
está usando?
Funciona 1-Muito bem 2-Bem 3-Não muito bem
MEDIC1__ TEMPMEDM1__ __ TEMPMEDD1__ __ VEZDIAMED1__ VEZESQMED1__ MOTIVMED1__ FUNCIMED1__
1._________________
___________________
__
_ _ mês _ _ dia
MEDIC2__ TEMPMEDM2__ __ TEMPMEDD2__ __ VEZDIAMED2__ VEZESQMED2__ MOTIVMED2__ FUNCIMED2__
2._________________
___________________
__
_ _ mês _ _ dia
Número total de medicamentos:__ __ NUTOMED__ __
Pedir para que traga os remédios que estão em uso ou que tenha sido usado nos últimos sete dias. Se estiver usando a mais de 30 dias, colocar em meses. Anotar o nome no respectivo espaço e o
124
número de vezes que toma por dia, ou seja, manhã (1 vez), manhã e noite (2 vezes), manhã, tarde e noite(3 vezes). Se estiver usando mais de um comprimido de cada vez anotar, por exemplo: 2 comprimido 2 vezes ao dia. Na pergunta “quantos usa no mesmo horário?”, significa por exemplo, quantos o entrevista toma no café da manhã, seja antes ou depois. E também, quantos toma ao dormir.
59. Algum dos remédios incomoda o (a) Sr.(a) de alguma forma? (0) Não – PULA PARA 61 (1) Sim (8)NSA (9)IGN REMEDINC__
Leia a pergunta e o incômodo pode ser qualquer queixa, tipo dor de cabeça, tontura, boca seca, dor no estômago, perda do apetite, perda do desejo sexual, incontinência urinária, prisão de ventre. Enfim, qualquer sintoma que o(a) entrevistado(a) atribua ao remédio.
60. Pode me dizer qual(is) remédio(s) (quanto e como incomoda o Sr.(a))?
Nome do Remédio O quanto ele
incomoda o Sr. (a)? Em que ele
incomoda o Sr. (a)
REMED1__ INCREMED1__ QINCOMED1__
Muito Um pouco Não muito
1._____________________
_________________
2._____________________
_________________ REMED2__ INCREMED2__ QINCOMED2__
3._____________________
_________________ REMED3__ INCREMED3__ QINCOMED3__
Na pergunta acima, “não muito” se refere a um incomodo que apesar de existir não parece representar tanto para a pessoa, já “um pouco” causa algum desconforto maior, tendo um significado mais negativo e “muito” é o que mais incomoda. Marcar com um X a resposta.
61. Agora vou ler alguns problemas que as pessoas têm ao tomar seus remédios e gostaria que o(a) Sr. (a) me dissesse se é “muito difícil”, “um pouco difícil” ou se “não é difícil” fazer cada uma das tarefas.
RETREM__
Tarefa Muito difícil
Um poucodifícil
Não é difícil
Comentários (quais
remédios)
1. Retirar o remédio da embalagem
2. Ler a embalagem do remédio LERREM__
3. Lembrar de tomar todos os remédios LEMBREM__
4. Conseguir repor os remédios a tempo CONSREM__
5. Tomar muitos remédios ao mesmo tempo
TOMUREM__
O espaço COMENTÁRIOS pode ser utilizado para colocar o nome do medicamento relacionado com a dificuldade de realizar a tarefa.
62. Como o(a) Sr.(a) consegue estes remédios na maioria das vezes?(1) No Posto de Saúde. Qual?_______________________ (2) Na Secretaria Municipal de Saúde (3) Tem que comprar – APLIQUE QUESTÃO 63, SE NÃO PULE PARA 64 (4) Conseguiu parte da medicação e outra parte tem que comprar (5) Outro:_____________________________________ (8)NSA (9)IGN
REMAVZ__ REMAVZPS__
O objetivo desta questão é saber o local onde o(a) entrevistado(a) consegue os remédios na maioria das vezes. Se a resposta for o Posto de Saúde, pergunte qual e anote ao lado desta opção,
125
Se for necessário comprar aplique a questão 63, caso contrário aplique a questão 64. Se for alguma outra forma, especifique qual local.
63. Se teve que comprar, quanto gastou com medicação desde <ÚLTIMOS 30 DIAS>?
R$: __ __ __ __, __ __ (8888)NSA (9999)IGN
REMCOMP __ __ __ __,__ __
O objetivo desta pergunta é saber quanto foi gasto com medicação nos últimos 30 dias. Ex: se estivermos no dia 01 de agosto, pergunte: desde o dia 01 de julho até hoje, quanto foi gasto com a compra de medicação ou remédio. Especifique que pode ser aproximadamente, não necessariamente o valor exato.
64. Teve algum remédio que o (a) Sr(a) precisou tomar desde < ÚLTIMOS 30 DIAS > e não conseguiu?
(0) Não (1) Sim (9)IGN RETONC__
Apenas perguntar se deixou de tomar um remédio por não ter tido acesso a medicação. Lembre de especificar que é no último mês.
65. O(a) Sr.(a) caiu alguma vez desde <1 ANO ATRÁS > até agora?(0) Não – PULE PARA QUESTÃO 67 (1) Sim (9)IGN QUEULTA__
A pergunta busca saber se o idoso(a) sofreu alguma queda durante o último ano, independente do local ou conseqüências desta queda.
SE SIM – Quantas vezes? __ __ vezes (88)NSA (99)IGN QUEVZA__ __
Deve ser informada aqui toda e qualquer queda ao longo do último ano, independente das conseqüências da(s) queda(s). Caso o(a) idoso(a) tenha dificuldade em recordar, afirmando que “nem se lembra ao certo” por exemplo, solicite um número aproximado.
66. Desde <1 ANO ATRÁS> o(a) Sr(a) quebrou ou fraturou algum osso? (0) Não – PULE PARA QUESTÃO 69 (1) Sim (9)IGN FRAT__
Informar se houve fratura em alguma das quedas que sofreu no último ano.
67. SE SIM – Quantas vezes? __ __ vezes (88)NSA (99)IGN LOCFRAT__ __
Deve ser informado quantas vezes ocorreu quebra ou fratura após queda.
68. Desde <4 ANOS ATRAS>, o(a) Sr.(a) precisou internar (baixar) em algum hospital? (0) Não – PULE PARA QUESTÃO 71 (1) Sim (9)IGN
INTEULTM__
Considerar internação a ocupação de um leito hospitalar pela pessoa, com o fim de cirurgia, diagnóstico, tratamento ou outro tipo de atendimento médico, por no mínimo uma noite (pernoite) em estabelecimento que dispõe de condições para prestar atendimento de saúde em regime de internação, independente da sua designação (hospital, casa de saúde, sanatório, policlínica, unidade mista de saúde etc.).
69. SE SIM, quantas vezes? __ __(nº de vezes) (8)NSA (9)IGN INT4AVZ__ __
Anotar o número de vezes que internou neste período.
70. Desde < 1 ANO ATRAS>, o(a) Sr.(a) precisou internar (baixar) em algum hospital? (0) Não – PULE PARA QUESTÃO 74 (1) Sim (9)IGN
INTEULTA__
Considerar internação a ocupação de um leito hospitalar pela pessoa, com o fim de cirurgia, diagnóstico, tratamento ou outro tipo de atendimento médico, por no mínimo uma noite (pernoite) em estabelecimento que dispõe de condições para prestar atendimento de saúde em regime de internação, independente da sua designação (hospital, casa de saúde, sanatório, policlínica, unidade mista de saúde etc.).
71. SE SIM, qual o motivo da última internação? ______________________________________________________(8)NSA (9)IGN INTMOT__ __
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Registre da forma como o(a) entrevistado(a) responder. Se necessário, enfatize que é o motivo desta última vez que internou. Se hospitalizou por mais de um motivo, pergunte qual deles o(a) entrevistado(a) considera mais importante e registre-o em primeiro lugar. Não ceda à tentação de “traduzir” o motivo referido para uma linguagem que lhe pareça mais adequada. O máximo que você pode alterar é corrigir na escrita o que lhe soe equivocado na pronúncia. Por exemplo, “ursa no estômogo” pode ser registrada como “úlcera no estômago”; “pedra nos rim” pode ser registrada como “pedra nos rins” e não “cálculo renal”, a não ser que a pessoa assim se expresse. Lembre-se que muitos termos e expressões referentes à saúde podem ser regionais. Se você não entender, peça para repetir. Se continuar não entendendo, pergunte se este “motivo” tem outro nome. Permanecendo a dúvida, anote e informe seu supervisor.
72. SE SIM, quantas vezes? __ __(nº de vezes) (8)NSA (9)IGN INTULTMVZ__ __
Anotar o número de vezes que internou neste período.
73. Desde <1ANO ATRAS>, o(a) Sr.(a) precisou passar a noite em algum hospital em observação(como paciente)? (0) Não – PULE PARA QUESTÃO 76 (1) Sim (9)IGN
NOIHOS30D__
Considerar a permanência, por no mínimo uma noite (pernoite) em estabelecimento que dispõe de condições para prestar atendimento de saúde em regime de internação, independente da sua designação (hospital, casa de saúde, sanatório, policlínica, unidade mista de saúde etc.).
74. SE SIM, quantas vezes? __(nº de vezes) (8)NSA (9)IGN NOIHOSVZ__
Anotar o número de vezes que ficou em observação no último ano.
75. Alguma vez na vida o(a) Sr.(a)consultou para os olhos, seja com o especialista de olhos, médico ou técnico? (excluindo os exames para fazer ou renovar carteira de motorista)?
(0) Não – PULE PARA QUESTÃO 78 (1) Sim (9)IGN
CONSOLHOS__
Marcar a alternativa que contempla o intervalo de tempo da resposta. Caso o entrevistado nunca tenha consultado, pular para a questão 78 e seguir o questionário.
76. Quando foi a última vez que o(a) Sr.(a) consultou para os olhos? (0) Há menos de 1 ano (1) Entre 1 e 5 anos atrás (2) Há mais de 5 anos (9) Não lembra há quanto tempo (8)NSA (9)IGN
VICONSOLHT__
Marcar a alternativa que contempla o intervalo de tempo da resposta. Se o entrevistado responder que consultou há 1 ano, ou há 3 anos, ou há 5 anos, assinalar a alternativa (2). Se o entrevistado responder que foi há muito tempo atrás ou estiver em dúvida quanto ao tempo exato, perguntar se foi há mais de 5 anos ou há menos de 5 anos. Caso o entrevistado realmente não lembre há quanto tempo consultou, assinale a alternativa (9).
77. O(a) Sr.(a) usa óculos ou lente de contato? (0) Não – PULE PARA QUESTÃO 80 (1) Sim – Há quanto tempo? __ __anos (99)IGN
VISOCLEN__ VITEOCLEN__ __
Se o entrevistado referir que usa óculos ou que usa lentes de contato ou que usa os dois, assinale a alternativa (1)sim e indague há quanto tempo usa. Se o entrevistado referir uma duração diferente de uso de óculos e lentes de contato, anotar há quanto tempo usa o que começou a usar primeiro ( o que fizer mais tempo) Ex.: “Eu uso os dois, os óculos há 10 anos e as lentes de contato há mais ou menos 5 anos.”. Anotar o tempo de uso mais antigo (10 anos). Se for um período menor do que 01 ano, ex.: “Estou usando óculos há dois meses.”, anotar 00 anos.No caso de o entrevistado referir a idade em que começou a usar óculos anote e pergunte a idade atual, para fazer o cálculo do número de anos que usa. Ex.: “Uso óculos desde os treze anos.” Se o entrevistado tiver 60 anos, anotar 47 anos. Caso o entrevistado use óculos de parentes ou amigos, considerar como (1). Se o entrevistado disser que usa somente óculos escuros, pergunte
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se o óculos é de grau. Se o óculos não for de grau, considerar como (0) não; se o óculos for de grau, considerar como (1) sim.
78. Este óculos ou lente de contato foi receitado por profissional da saúde? (0) Não (1) Sim (8)NSA (9)IGN
VIOCLENMED__
Se o entrevistado referir que a correção foi receitada por médico/oftalmologista /médico da óptica ou que trabalha na óptica, assinalar a alternativa (1)sim. No caso de o entrevistado usar um óculos que não é seu, mesmo que ele tenha sido receitado por profissional de saúde, considere a alternativa (0)não. Ex: “Eu uso o óculos do/da meu/minha: “ marido/esposa” ou “ irmão/irmã” etc.
79. O(a) Sr.(a) considera sua visão? (com ou sem óculos ou lente)MOSTRAR AS CARINHAS!
(1) ótima (2) boa (3) regular (4) ruim (5) péssima (9)IGN VISAO__
Mostrar a cartela das faces e marcar a questão escolhida pelo entrevistador.
80. A sua visão atrapalha o(a) Sr.(a) para fazer as coisas que o(a) Sr.(a) precisa/quer fazer?
(0) Não (1) Sim (9)IGN
VIATRP__
O importante é saber se o entrevistado deixa de fazer alguma atividade devido ao problema de não enxergar bem.
81. Como o(a) Sr.(a) considera a sua audição? (ouve bem? escuta bem?) (com ou sem a ajuda de aparelhos):
MOSTRAR AS CARINHAS! (1) ótima (2) boa (3) regular (4) ruim (5) péssima (9)IGN
AUDI__
Mostrar a cartela das faces e marcar a questão escolhida pelo entrevistador. Pode apontar em direção a orelha para o entrevistador entender ou tem a opção de perguntar se ouve bem ou escuta bem.
82. O Sr.(a) usa aparelho para ouvir?(0) Não (1) Sim, há quanto tempo?__ __ (meses) (9)IGN
AUDIAP__ AUDIAPTE__ __
Perguntar se o entrevistado utilizada prótese auditiva. Se usar, perguntar a quanto tempo. Por exemplo, se for há dois anos, marcar 24 meses.
83. A sua audição atrapalha o(a) Sr.(a) para as atividades que o(a) Sr.(a) precisa/quer fazer? (0) Não (1) Sim (9)IGN
AUDIATRP__
Nos interessa saber se o entrevistado deixa ou deixou de fazer alguma atividade em função da dificuldade auditiva.
84. Como o(a) Sr.(a) considera a situação da sua boca?MOSTRAR AS CARINHAS!
(1)ótima (2)boa (3)regular (4)ruim (5)péssima (9)IGN ODCA__
Mostrar a cartela das faces e marcar a questão escolhida pelo entrevistador.
85. Alguma vez na vida o(a) Sr.(a) consultou com um dentista? (0) Não – PULE PARA QUESTÃO 90 (1) Sim (9)IGN
ODCONS__
Aqui não importa a quanto tempo foi a última consulta. Pode ser a qualquer momento na vida e por qualquer motivo.
86. Há quanto tempo foi a última consulta com o dentista?(1) Há menos de 1 ano (2) Entre 1 e 5 anos atrás (3) Há mais de 5 anos (4) Não lembra há quanto tempo (8)NSA (9)IGN
ODCAULT__
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Marcar a alternativa que contempla o intervalo de tempo da resposta. Se o entrevistado responder que consultou há 1 ano, ou há 3 anos, ou há 5 anos, assinalar a alternativa (2). Se o entrevistado responder que foi há muito tempo atrás ou estiver em dúvida quanto ao tempo exato, perguntar se foi há mais de 5 anos ou há menos de 5 anos. Caso o entrevistado realmente não lembre há quanto tempo consultou, assinale a alternativa (9).
87. Qual(is) o(s) principal(ais) motivo da última vez que o(a) Sr.(a) consultou com o dentista?
(0) Rotina/manutenção (1) Estava com dor (2) Estava com sangramento ou inflamação na gengiva (3) Estava com cárie/restauração/obturação (4) Tinha alguma ferida, caroço ou manchas na boca (5) Estava com o rosto inchado (6) Precisava fazer tratamento de canal (7) Precisava arrancar algum dente (8) Tinha que fazer uma dentadura nova (9) Outros____________________ (88)NSA (99)IGN
ODMOTC1__ __ ODMOTC2__ __ ODMOTC3__ __
Leia as alternativas e anote as respostas. Esta pergunta pode ter mais de uma alternativa assinalada.
88. Onde o(a) Sr.(a) consultou com o dentista? (0) No Posto de Saúde – Qual?_______________________________________ (1) Dentista particular (2) Ambulatório de sindicato ou empresa (3) Dentista conveniado (4) Outro________________________ (88)NSA (99)IGN
ODLOC__ __
Se o entrevistado disser que foi no Posto de Saúde pergunta QUAL e anote no espaço ao lado. Se em OUTRO local que não os especificados anotar na opção (4) e anote no espaço ao lado. Esta pergunta ser refere a última consulta ao dentista.
89. O Sr.(a) tem algum problema ou dificuldade para mastigar os alimentos? (0) Não (1) Sim (9)IGN
ODIFMAS__
Perguntar alguma dificuldade de mastigar principalmente carne ou outros alimentos que precisam do uso de dentes em bom estado, com ou sem a ajuda de prótese dentária.
90. <NOS ÚLTIMOS 30 DIAS> o(a) Sr.(a) precisou ficar na cama (esteve acamado)?
(0) Não – PULAR PARA QUESTÃO 93 (1) Sim (9)IGN
ACAM30D__
Leia as alternativas e anote a resposta. Lembrar de substituir pela data. Exemplo: se a entrevista ocorrer no dia 04 de agosto, perguntar desde o dia 04 de julho.
91. Por quanto tempo ficou acamado? __ __ (meses)__ __ (dias) (88)NSA (99)IGN
TEMACM__ __ TEMACD__ __
Anotar o número de dias que ficou acamado. Por exemplo, se ficou mais de um mês anotar 01 (meses) e 14 (dias). No caso de ser 15 dias, anotar 00 (meses) 15 (dias).
92. O (A) Sr.(a) alguma vez recebeu a visita de algum Agente Comunitário de Saúde (ACS) em sua casa? (0) Não PULAR PARA QUESTÃO 96 (1) Sim (8)NSA (9)IGN
VISACS__
Anote a resposta. Aplicar mesmo se não for área coberta por ACS.
93. SE SIM, O(A) Sr.(a) recebeu visita do ACS em sua casa no: VACS30D__ VACS30DV__ __
<NOS ÚLTIMOS 30 DIAS> (0)Não (1) Sim, __ __ vezes (9)IGN <DESDE 3 MESES ATRÁS> (0)Não (1) Sim, __ __ vezes (9)IGN Anotar se recebeu e quantas vezes recebeu a vacina nos últimos 30 dias e nos últimos 3 meses.
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94. Quais das atividades que eu vou ler, o ACS fez na sua casa ?
Preencheu um cadastro (0)Não (1)Sim (8)NSA CAD__ Perguntou sobre sua situação de saúde (0)Não (1)Sim (8)NSA SITSAU __ Perguntou sobre uso de medicamentos (0)Não (1)Sim (8)NSA USOMED__ Entregou medicações ou material de curativo (0)Não (1)Sim (8)NSA ENTMED__ Perguntou sobre vacinas (0)Não (1)Sim (8)NSA VACONS__ Orientou sobre a importância da limpeza da boca e da prótese; (0)Não (1)Sim (8)NSA
Deu orientações sobre cuidados com a saúde (0)Não (1)Sim (8)NSA ORITSAU__ Agendou consulta (0)Não (1)Sim (8)NSA ORITSAU__
Ler cada uma das opções e anotar a resposta do entrevistado.
AGORA VAMOS FALAR SOBRE ATENDIMENTO DE SAÚDE EM CASA
95. Desde <TRÊS MESES ATRÁS> o(a) Sr.(a) recebeu em casa algum dos
seguintes atendimentos:
Consulta médica? (0)Não (1)Sim (9)IGN RECONMED__ Assistência social? (0)Não (1)Sim (9)IGN RECASSISOC__ Fisioterapia? (0)Não (1)Sim (9)IGN RECFIS__ Atendimento do dentista? (0)Não (1)Sim (9)IGN RECATDENT__ Atendimento de enfermagem? (0)Não (1)Sim (9)IGN RECATENF__ Verificação da pressão? (0)Não (1)Sim (9)IGN RECATA__ Curativo? (0)Não (1)Sim (9)IGN RECCUR__ Injeção? (0)Não (1)Sim (9)IGN RECINJ__ Aplicação de vacina contra gripe? (0)Não (1)Sim (9)IGN RECVAC__ Nebulização? (0)Não (1)Sim (9)IGN RECNEB__ Sondagem vesical? (0)Não (1)Sim (9)IGN RECSONVES__ Foi coletado material para exames (ex:sangue) (0)Não (1)Sim (9)IGN RECOLEX__
Outro__________________________________ RECOU
Leia cada uma das opções. Enfatize que você quer saber sobre atendimento de saúde em casa, independente de quem foi o profissional ou o que veio fazer. .Substituir expressão <TRÊS MESES ATRÁS> pela data correspondente aos 90 dias antes da entrevista. Por exemplo, se a entrevista estiver sendo realizada em 10 de agosto, o enunciado correto será: O sr(a) recebeu algum atendimento de saúde em casa, desde 10 de maio até agora?
SE SIM EM ALGUMA DAS PERGUNTAS ACIMA, APLICAR QUESTÕES 97,98 e 99;
SE NÃO PULAR PARA QUESTÃO 100
96. Por qual motivo precisou de atendimento de saúde em casa?
Estava acamado (0)Não (1)Sim (8)NSA MOTADAC__ Estava com dificuldade de caminhar (0)Não (1)Sim (8)NSA MOTADDL__ Sua situação de saúde tinha piorado (0)Não (1)Sim (8)NSA MOTADSP__ Precisava de acompanhamento após a alta dohospital (0)Não (1)Sim (8)NSA MOTADSP__
Não tinha quem o(a) levasse até o posto de saúde (0)Não (1)Sim (8)NSA MOTADNA__
Outro: _____________________________________
Ler cada uma das opções de tratamentos e assinalar de acordo com a resposta do(a) entrevistado(a). Se for um outro motivo anotar no espaço de “OUTRO” e escrever o motivo.
97. SE RECEBEU: Quantas vezes recebeu atendimento de saúde em casa desde < 3 MESES ATRÁS>? __ __ Quantas destas foram <NO ÚLTIMO MÊS>? __ __ (88) NSA (99)IGN Quantas destas foram <NA ÚLTIMA SEMANA>? __ __ (88) NSA (99)IGN
PREAD3M__ PREADULM__ __ PREADULS__ __
130
Para os que receberam atendimento em casa anotar desde os últimos 3 meses e discriminar quantas vezes foi no último mês (mesmo que repita a informação acima) e quantas destas foi na última semana.
98. SE RECEBEU: O(A) Sr.(a) recebeu o atendimento de algum: Profissional do posto de saúde (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN REPROPSAU__ Profissional particular (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN REPROFPAR__ Profissional do convênio (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN REPPROCON__ De algum familiar seu (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN REFAMILIAR__ De algum vizinho ou amigo (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN REVIZAMIGO__
Outro:_____________________________ REAOUT
Anotar qual o profissional ou familiar, amigo ou vizinho que fez o atendimento. Se for um outra pessoa anotar no espaço de “OUTRO” e descrever.
99. Foi solicitado o atendimento em casa desde < 3 MESES ATRÁS>? (0) Não (1) Sim – PULE PARA QUESTÃO 102 (9) IGN SOLAD__
Aqui é importante registrar se o(a) entrevistado(a) ou outra pessoa pediu a algum serviço de saúde para ser atendido em casa. Este pedido pode ter sido feito pessoalmente ao serviço de saúde, por telefone, ou através do agente comunitário de saúde.
100. Por qual motivo não solicitou o atendimento em casa? O serviço não faz atendimento em casa (0)Não (1)Sim (9)IGN MONSADNF__ Não tem profissional para atender em casa (0)Não (1)Sim (9)IGN MONSADNTP__ O serviço não tem telefone ou não funciona (0)Não (1)Sim (9)IGN MONSADNTT__ Não tinha como ir marcar a consulta ou solicitar o atendimento (0)Não (1)Sim (9)IGN MONSADNTC__
Teve medo de solicitar e não ser atendido (0)Não (1)Sim (9)IGN MONSADTM__ Porque melhorou (0)Não (1)Sim (9)IGN MONSADMEL__ Outro: ____________________________ MONSADOUT__
Ler cada uma das opções de motivos e assinalar de acordo com a resposta do(a) entrevistado(a).
101. SE SIM: Onde solicitou o atendimento em casa?(0) Posto de Saúde. Qual?_____________________________ (1) Na Secretaria Municipal de Saúde (2) No SAMU (3) No convênio ou plano de saúde (4) Em ambulatório ou serviço particular ( ) Outro: ___________________________ (8)NSA (9)IGN
ONSOLAD__ PSQUAL __ __
Ler cada uma das opções de locais e assinalar de acordo com a resposta do(a) entrevistado(a).
102. SE SIM: Quem fez a solicitação para atendimento em casa? O Sr(a) mesmo (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN ADSOLS__ Algum familiar seu (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN ADSOLF__ Algum vizinho ou amigo (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN ADSOLVA__ O Agente Comunitário de Saúde (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN ADSOLACS__ Outro:_____________________________ ADSOLOU__
Ler cada uma das opções de locais e assinalar de acordo com a resposta do(a) entrevistado(a).
103. SE SIM: Como fez para solicitar? Através do telefone (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN FSOADSE__ Algum familiar ou vizinho foi até o serviço (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN
Pediu para o ACS (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN FSOLACS__ Outra:_____________________________ FSOLOU__
Ler cada uma das opções de locais e assinalar de acordo com a resposta do(a) entrevistado(a).
104. O(A) Sr.(a) recebeu o atendimento solicitado? (0) Não – PULE PARA QUESTÃO 108 (1) Sim (8)NSA (9) IGN RECEBEU__
Tão importante quanto solicitar é saber se a pessoa recebeu o atendimento. Caso não tenha recebido pular para a questão 108.
131
105. Quantos dias se passaram entre a solicitação e a vinda dos profissionais na sua casa?
__ __ (dias) (88)NSA (99)IGN QTSOLAD__ __
Queremos saber quantos dias o(a) entrevistado(a) levou para ter este atendimento de saúde em casa desde que solicitou. Se foi atendido no mesmo dia, registrar 0.
106. Qual sua opinião sobre o tempo de espera para ser atendido em casa desta última vez?
MOSTRAR CARINHAS (1) Péssimo (2) Ruim (3) Regular (4) Bom (5) Ótimo
(8)NSA (9)IGN
OPINTEAD__
Mostre a cartela com as faces ao(à) entrevistado(a) e peça que ele lhe diga qual a que melhor se parece com a forma como ele(a) se sentiu em relação ao tempo de espera para este atendimento no domicílio. Se necessário, leia as expressões abaixo de cada face e aponte enquanto estiver lendo. Enfatize que é sobre o tempo de espera para ser atendido(a).
107. SE NÃO: Por qual motivo não foi atendido? Não conseguiu ficha no serviço (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN MONRADF__ O serviço não atende em casa (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN MONRADNF__ Não teve resposta do serviço (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN MONRADNR__ O serviço não tinha profissional para atender (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN MONRADNTP__
O serviço estava fechado (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN MONRADPF__ Precisava pagar e não tinha dinheiro (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN MONRADNPP__
O telefone estava sempre ocupado (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN MONRADTO__ ( ) Outro:________________________ MONRADOU__
Ler cada uma das opções de motivos e assinalar de acordo com a resposta do(a) entrevistado(a).
108. SE NÃO RECEBEU: O que aconteceu com sua situação de saúde?(1) Continua na mesma situação (2) Melhorou (3) Piorou ( ) Outro: _______________________________________(8)NSA (9)IGN
PRENROQAC__
Queremos saber a opinião do(a) entrevistado(a) sobre o que aconteceu com ele(a) e seu problema se precisou ser atendido em casa e não conseguiu. Incluir todas as opções de resposta no enunciado da pergunta, em conjunto, sem enfatizar nenhuma delas.
PARA OS QUE NÃO RECEBERAM ATENDIMENTO DOMICILIAR ENCERRAR AQUI E CONTINUAR COM QUESTÃO 126
109. SE FOI ATENDIDO EM CASA: Quantas vezes o Sr(a) foi atendido
em casa nos últimos três meses por pessoal do ... Posto de Saúde do seu bairro: __ __ (88)NSA (99)IGN Quantas vezes no último mês? __ __ (88)NSA (99)IGN
ADQVPSB__ __ ADQVPSBUM__ __
Quantas na última semana? __ __ (88)NSA (99)IGN Posto de Saúde de outro bairro: Qual?_____________________________ __ __ (88)NSA (99)IGN Quantas vezes no último mês? __ __ (88)NSA (99)IGN Quantas vezes na última semana? __ __ (88)NSA (99)IGN
ADQVPSOB__ __ ADQVPSOBUM__ __
SAMU: __ __ vezes Quantas vezes no último mês? __ __ (88)NSA (99)IGN Quantas vezes na última semana? __ __ (88)NSA (99)IGN
ADQVSAMU __ __ ADQVSAMUUM__ __
Outro:__________________________: __ __ (88)NSA (99)IGN Quantas vezes no último mês? __ __ (88)NSA (99)IGN Quantas vezes na última semana? __ __ (88)NSA (99)IGN
ADQVOUT__ __ ADQVOUTUM__ __
Aqui é importante quantificar as vezes em que o(a) entrevistado(a) teve algum atendimento de saúde em casa fornecido por CADA LOCAL / INSTITUIÇÃO nos últimos 90 dias e quantas
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destas vezes isto ocorreu nos últimos 30 dias. Atenção: o número de vezes nos últimos 30 dias não poderá ser maior do que o número de vezes nos últimos 90 dias em cada local.
AGORA VAMOS FALAR DA ÚLTIMA VEZ QUE RECEBEU ATENDIMENTO DE SAÚDE EM CASA
110. Quais profissionais lhe atenderam em casa desta última vez?Enfermeiro (0)Não (1)Sim (8) NSA (9)IGN ADUVENF__ Auxiliar/ Técnico de Enfermagem (0)Não (1)Sim (8) NSA (9)IGN ADUVTENF__ Médico (0)Não (1)Sim (8) NSA (9)IGN ADUVMED__ Dentista (0)Não (1)Sim (8) NSA (9)IGN ADUVOD__ Fisioterapeuta (0)Não (1)Sim (8) NSA (9)IGN ADUVFIS__ Nutricionista (0)Não (1)Sim (8) NSA (9)IGN ADUVNUT__ Psicólogo (0)Não (1)Sim (8) NSA (9)IGN ADUVPSI__ Educador Físico (0)Não (1)Sim (8) NSA (9)IGN ADUVEDFI__ Fonoaudiólogo (0)Não (1)Sim (8) NSA (9)IGN ADUVFON__ Assistente Social (0)Não (1)Sim (8) NSA (9)IGN ADUVASS__ Estudante(s) (0)Não (1)Sim (8) NSA (9)IGN ADUVEST__
Outro:__________________________ ADUVOUT__
Ler cada uma das opções de profissionais que estiveram envolvidos com o atendimento de saúde em casa na última vez e assinalar de acordo com a resposta do(a) entrevistado(a).
111. O que foi feito com o Sr(a) durante o atendimento de saúde que recebeu em casa desta última vez? Consulta médica (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN ADCMED__ Fizeram fisioterapia (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN ADFISIO__ Consulta de enfermagem (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN ADCENF__ Curativo (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN ADCUR__ Nebulização (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN ADNEB__ Aplicaram injeção (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN ADMEDIN__ Mediram a pressão arterial (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN ADMPA__ Mediram a temperatura (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN ADMTEM__ Trocaram a “bolsa” de ostomia (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN ADTBOL__ Colocaram / trocaram sonda uretral (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN ADTSON__ Colocaram / trocaram sonda nasogástrica / naso-enteral (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN ADSNG __
Fizeram dosagem de açúcar no sangue (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN ADDAS__
Aplicaram vacina contra gripe (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN ADVACG__ Aplicaram vacina contra o tétano (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN ADVACT__ Limpeza dos dentes (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN ADLIMPD__ Obturação de dente (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN ADOBD__ Extração de dente (arrancar) (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN ADEXD__ Ajuste ou confecção de prótese, pivô, dentadura (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN ADPPD__
Outro ______________________ ADOUT__
Ler cada uma das opções de procedimentos que possam ter sido realizados durante o atendimento de saúde em casa desta última vez e assinalar de acordo com a resposta do(a) entrevistado(a).
112. O Sr(a) permaneceu em acompanhamento após este atendimento?(0) Não – PULAR PARA QUESTÃO 115 (1) Sim (8)NSA (9)IGN PEACAD__
ATENÇÃO: ESTÁ ERRADO NO QUESTIONÁRIO. O PULO CORRETO É 115 E NÃO 110 COMO FICOU IMPRESSO NO QUESTIONÁRIO. Ler e assinalar de acordo com a resposta do(a) entrevistado(a).
113. Se SIM, o seu acompanhamento, na maior parte das vezes foi:Diário (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN READDI__ 1 vez por semana (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN READUVS__ 2 ou mais vezes por semana (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN READDVS__ 1 vez a cada quinze dias (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN READUQD__ 1 vez por mês (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN READUVM__ Outra:___________________________ READOUT__
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Ler cada uma das opções de locais e assinalar de acordo com a resposta do(a) entrevistado(a).
114. Durante este atendimento foi?Encaminhado para o hospital (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN ENCHOS__ Encaminhado para especialista (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN ENCESP__ Solicitado exame (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN SOLEX__ Prescrito novo medicamento (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN PRESNM__ Orientado sobre cuidados de saúde (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN DISPMAT__ Deixado material ou equipamento Se SIM, aplicar a116, se Não pular
para 117 (0)Não (1)Sim (8)NSA (9)IGN DEIXMAT__
Ler cada uma das opções de locais e assinalar de acordo com a resposta do(a) entrevistado(a).
115. Quais os materiais ou equipamentos que a equipe do Posto de Saúde deixou na sua casa para o seu atendimento? (0) gaze (1) seringa (2) medicamentos (3) algodão (4) esparadrapo (5) luvas (6) sonda vesical ( ) Outros:_______________________________ (8) NSA (9) IGN
MATEQD1__ MATEQD2__ MATEQD3__ MATEQD4__
Ler as opções e marcar os materiais que foram fornecidos. Pode ter mais de uma opção registrada.
116. O Sr(a) recebeu alguma explicação sobre o motivo do seu atendimento em casa?
(0) Não (1)Sim (8) NSA (9) IGNRECEXPMOT__
Interessa saber aqui se o(a) entrevistado(a) recebeu alguma explicação sobre o motivo do atendimento recebido, independente de quem o atendeu.
117. O Sr(a) gastou algum dinheiro no último atendimento que recebeu em casa?
(0) Não- PULE PARA QUESTÃO 120 (1)Sim (8) NSA (9) IGN
GADICA__
Interessa aqui saber se foi feito pagamento de algum valor com recursos da própria pessoa ou de outro indivíduo, residente ou não na mesma unidade domiciliar, pela consulta médica. ATENÇÃO: se o valor foi (ou será) integralmente reembolsado por plano de saúde, não deve ser considerado como gasto com esta consulta.
118. Se SIM: Quanto gastou?
R$__ __ __ __, __ __ (8) NSA (9) IGN
GADIQT_ _ _ _, _ _
Informar o total, em reais, do que foi gasto com o atendimento.
119. O (A) Sr(a) recebeu alguma receita de remédio neste último atendimento em casa?
(0) Não - PULE PARA QUESTÃO 124 (1)Sim (8) NSA (9) IGN
RECRECUAC__
Interessa saber aqui se o(a) entrevistado(a), ao final do atendimento, recebeu alguma receita para algum medicamento, independente de ter recebido um ou mais medicamentos sob a forma de amostra grátis.
120. O (A) Sr(a) conseguiu os remédios pelo SUS?
(0) Não (1)Sim (8) NSA (9) IGN CONSREMSUS__
Deseja-se saber se o(a) entrevistado(a) conseguiu todos o(s) remédio(s) pelo SUS, de forma gratuita, sem pagar nada, independente do local onde tenha conseguido. Se o(a) entrevistado(a) pagou pelos remédios, ou por parte deles, considere “NÃO”.
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Considerar SIM se o(a) entrevistado(a) conseguiu de forma completamente gratuita, diretamente ou através de outras pessoas, de alguma instituição ou entidade beneficente, como igrejas, associações de bairro, sindicatos, associações profissionais, etc.
121. SE NÃO: O(A) Sr(a) comprou algum remédio?
(0) Não - PULE PARA QUESTÃO 124 (1)Sim (8) NSA (9) IGN COMPREM__
Queremos saber se, uma vez que não conseguiu todos os remédios gratuitamente, se o(a) entrevistado(a) comprou algum remédio prescrito por ocasião deste último atendimento de saúde em casa.
122. SE COMPROU: Quanto gastou?
R$:__ __ __ __, __ __ (8888,88) NSA (9999,99) IGN
QUANTOGAS_ _ _ _, _ _
No caso de ter comprado algum ou todos os medicamentos, queremos saber quanto gastou com a compra destes medicamentos. Se não sabe informar, registrar 9999.
123. Qual sua opinião sobre o atendimento de saúde que recebeu em casa desta última vez?
MOSTRAR CARINHAS (1) Péssimo (2) Ruim (3) Regular (4) Bom (5) Ótimo
(8)NSA (9)IGN
OPIADUV__
Mostre a cartela com as faces ao(à) entrevistado(a) e peça que ele lhe diga qual a que melhor se parece com a forma como ele(a) se sentiu em relação ao tempo de espera para este atendimento no domicílio. Se necessário, leia as expressões abaixo de cada face e aponte enquanto estiver lendo. Enfatize que é sobre o tempo de espera para ser atendido(a).
124. Após ter recebido o atendimento de saúde em casa, o (a) Sr.(a) considera que seu problema: (0) Piorou (1) Continua como antes (2) Melhorou um pouco (3) Melhorou bastante (4) Curou / resolveu (8)NSA (9)IGN
AADPROB__
Queremos saber a opinião do(a) entrevistado(a) sobre o que aconteceu com ele(a) e seu problema depois do atendimento. Incluir todas as opções de resposta no enunciado da pergunta, em conjunto, sem enfatizar nenhuma delas.
A SEGUIR VOU LHE FAZER PERGUNTAS SOBRE ALGUMAS ATIVIDADES DO SEU DIA A DIA E GOSTARIA QUE O(A) SR.(A) ME RESPONDESSE DE ACORDO COM AS ALTERNATIVAS QUE EU VOU LHE DAR
Ler o enunciado de forma clara, em voz alta e pausadamente.
INSTRUÇÕES PARA AS PERGUNTAS 126 a 141 Seguir criteriosamente a formulação de cada uma das perguntas, lendo as perguntas e cada uma das opções de resposta, de forma clara, em voz alta e pausadamente, sem interferir ou auxiliar o (a) entrevistado(a) nas respostas. Marcar a alternativa referida pelo(a) entrevistado (o). Para cada uma das perguntas, peço que o(a) sr.(a) responda se faz a atividade sozinho, se faz com a ajuda de alguém ou se não consegue fazer a atividade. Nos casos em que o questionário for respondido por algum responsável ou cuidador, as perguntas seguintes devem ser feitas utilizando o nome do idoso. Lembre-se que o questionário poderá ser respondido por algum responsável ou cuidador(a) nos casos em que o idoso não tenha condições de responder às perguntas.
125. Quando o(a) Sr.(a) vai tomar seu banho: IBANHO __
135
(2) Não recebe ajuda (entra e sai do banheiro sozinho) (1) Recebe ajuda no banho apenas para uma parte do corpo (costas ou
pernas, por exemplo) (0) Recebe ajuda no banho em mais de uma parte do corpo
Banho: a avaliação é realizada em relação ao uso do chuveiro, da banheira e ao ato de esfregar-se em qualquer uma dessas situações. (2) Não recebe ajuda: entra e sai do banheiro sozinho, tem total autonomia para tomar seu banho. (1) Recebe ajuda apenas para uma parte do corpo: no caso do idoso precisar de ajuda apenas para lavar uma parte do corpo, por exemplo, ensaboar as costas ou as pernas. (0) Recebe grande ajuda ou não consegue tomar banho: esta opção deve ser marcada nos casos em que o idoso precisar de ajuda para mais de uma parte do corpo ou ainda quando ele não conseguir tomar banho por estar acamado (sem se levantar da cama).
126. Quando o(a) Sr.(a) vai se vestir:(2) Não recebe ajuda (1) Pega as roupas e se veste sem ajuda, exceto para amarrar os
sapatos (0) Recebe ajuda para pegar as roupas ou para vestir-se ou
permanece parcial ou totalmente despido
IVESTIR __
Vestir: considera-se o ato de pegar as roupas no armário e o de vestir a roupa. Como roupas são compreendidas roupas íntimas, externas, fechos e cintos. Calçar sapatos está excluído da avaliação. (2) Não recebe ajuda: marque esta opção nos casos em que o(a) idoso(a) relatar total autonomia para se vestir. (1) Recebe ajuda parcial: marque esta opção quando o(a) idoso(a) relatar que necessita de ajuda apenas para amarrar os sapatos. (0) Recebe grande ajuda ou não consegue se vestir: marque esta opção nos casos em que o idoso receber qualquer outro tipo de ajuda ou quando ele(a) não conseguir se vestir.
127. Quando o(a) Sr.(a) precisa usar o banheiro para suas necessidades: (2) Não recebe ajuda (1) Recebe ajuda para ir ao banheiro (0) Não vai ao banheiro para urinar ou evacuar
ITOALET __
Banheiro: a função “ir ao banheiro” compreende o ato de ir ao banheiro para excreções, higienizar-se e arrumar as próprias roupas. Não considerar ajuda o corrimão da casa, a bengala, o andador ou qualquer outro objeto de apoio usado pelo(a) idoso(a). (2) Não recebe ajuda: marque esta opção nos casos em que o(a) idoso(a) relatar total autonomia para ir até o banheiro. (1) Recebe ajuda parcial: marque esta opção quando o(a) idoso(a) relatar que necessita de ajuda de alguém para ir até o banheiro, seja de braço, ou mesmo para empurrar uma cadeira de rodas. Outras opções de resposta que se enquadram nesta categoria são necessidade de ajuda para “se limpar” ou para se vestir após fazer xixi e/ou cocô. (0) Recebe grande ajuda ou não vai ao banheiro: marque esta opção nos casos em que o idoso não conseguir ir ao banheiro ou precisar de ajuda para ir ao banheiro, “se limpar” e se vestir após fazer xixi e/ou cocô.
128. Para passar da cama para uma cadeira, o(a) Sr.(a):(2) Não recebe ajuda (1) Recebe ajuda (0) Não sai da cama
ICADEIR __
Transferência: a função “transferência” é avaliada pelo movimento desempenhado pelo idoso para sair da cama e sentar-se em uma cadeira e vice-versa. O uso de equipamento ou suporte mecânico não altera a classificação de independência para a função. (2) Não recebe ajuda: marque esta opção nos casos em que o(a) idoso(a) relatar total autonomia para deitar e levantar da cama. (1) Recebe ajuda: marque esta opção quando o(a) idoso(a) relatar que necessita de ajuda de alguém para sentar ou levantar da cadeira ou sentar ou levantar da cama. (0) Caso o(a) idoso(a) não saia da cama, esta opção também deve ser assinalada.
136
129. Tem controle para fazer xixi ou cocô, o(a) Sr.(a):
(2) Tem controle sobre as funções de urinar e evacuar (1) Tem ‘acidentes’ ocasionais (0) Não consegue controlar o xixi ou cocô e usa fralda ou sonda
ICAMIN __
Continência: “continência” refere-se ao ato inteiramente autocontrolado de urinar ou defecar. (2) Tem controle: marque esta opção nos casos em que o(a) idoso(a) relatar ter controle total sobre as funções de fazer xixi e cocô. (1) Tem ‘acidentes’ ocasionais: pode ser compreendido como algo eventual, que acontece de vez em quando. Caso o idoso relatar que usa medicamentos como diuréticos e que algumas vezes ocorrem problemas por causa disso ou que ele(a) não consegue controlar por causa do remédio que causa a incontinência. Outra possível resposta que se inclui nessa categoria de resposta é a ocorrência de seguidos episódios de diarréia sem controle das fezes. (0) Não consegue controlar o xixi ou fazer cocô: marque esta opção quando o(a) idoso(a) relatar que não consegue segurar o xixi e/ou cocô muitas vezes ou quando ele(a) usa fraldas pela grande freqüência de descontrole do xixi e/ou cocô.
130. Para se alimentar (para comer):(2) Alimenta-se sem ajuda (1) Alimenta-se com ajuda parcial (para cortar carne ou passar
manteiga no pão) (0) Recebe ajuda para se alimentar ou é alimentado por sonda
IALIMEN __
Alimentação: relaciona-se ao ato de dirigir a comida do prato (ou similar) à boca. O ato de cortar os alimentos e prepará-los está excluído da avaliação. (2) Alimenta-se sem ajuda: total autonomia para comer. Não devem ser consideradas nesta pergunta a ajuda para o preparo da comida. (1) Recebe ajuda parcial: quando o(a) idoso(a) relatar que necessita de ajuda de alguém para passar manteiga no pão ou cortar a carne ou algum outro alimento do seu prato. (0) Recebe ajuda ou é alimentado por sonda: marque esta opção nos casos em que o idoso não conseguir segurar o garfo para colocar a comida na boca ou quando ele for alimentado por uma sonda direto na veia.
131. Para usar o telefone o(a) Sr.(a) ?(2) Não tem qualquer dificuldade (1) Pode fazer com dificuldade (0) Não consegue usar sozinho
ITELEF __
O objetivo é saber se o(a) idoso(a) consegue usar o telefone sozinho(a), desconsidere o telefone celular. Caso o idoso relate não lembrar o número do telefone, pergunte se ele tendo o número com auxílio de uma agenda ou de alguma pessoa lhe informando, ele consegue discar os dígitos e fazer ligações. Nos casos em que não exista telefone no domicílio, pergunte se o(a) idoso(a) consegue fazer uma ligação de um telefone de algum vizinho ou parente ou mesmo de um telefone público (“orelhão”). (2) Não tem qualquer dificuldade: marque essa opção de resposta caso o(a) idoso(a) relate conseguir fazer as ligações telefônicas. (1) Pode fazer com dificuldade: marque essa opção de resposta caso o(a) idoso(a) relate precisar de ajuda de alguém para discar alguns números para a ligação, ou quando consegue atender o telefone. (0) Não consegue usar sozinho: marque essa opção de resposta caso o(a) idoso(a) relate não conseguir ou não saber usar o telefone comum.
132. Para ir a lugares distantes, usando ônibus ou táxi, o(a) Sr.(a) : (2) Não recebe ajuda (1) Recebe ajuda parcial
(0) Não consegue ir sozinho
ISAIR __
O objetivo é saber se o(a) idoso(a) consegue utilizar sozinho(a) algum meio de transporte para o seu deslocamento e se consegue se deslocar de modo independente usando algum desses meios de transportes. A seguir, são colocados alguns exemplos de possíveis respostas: (2) Não recebe ajuda
137
(1) Recebe ajuda: marque essa opção de resposta caso o(a) idoso(a) relate necessidade de ajuda de alguém para pegar um táxi ou ônibus. (0) Não consegue: marque essa opção de resposta caso o(a) idoso(a) afirme não conseguir usar esses meios de transporte sozinho.
133. Para fazer suas compras, o(a) Sr.(a):(2) Não recebe ajuda (1) Recebe ajuda parcial (0) Não consegue fazer sozinho
ICOMPR __
O objetivo é saber se o(a) idoso(a) consegue fazer compras sozinho(a) em locais públicos, como vendas, supermercados, lojas de roupas, etc. Não nos interessa saber se ele não consegue carregar sacolas, por exemplo. (2) Não recebe ajuda: se o(a) idoso(a) conseguir fazer compras de forma autônoma. (1) Recebe ajuda parcial: no caso do(a) idoso(a) relatar precisar da companhia de alguém para fazer compras. (0) Não consegue: marque essa opção de resposta caso o(a) idoso(a) forma completamente incapaz de sair para fazer compras.
134. Para preparar suas próprias refeições, o(a) Sr.(a): (2) Não recebe ajuda (1) Recebe ajuda parcial (0) Não consegue preparar sozinho
ICOMIDA __
O objetivo é saber se o(a) idoso(a) consegue fazer sozinho(a) sua própria comida. Caso ele(a) relate que possui empregada, diarista, faxineira ou outra pessoa que faça o serviço por ele(a), repita a pergunta da seguinte forma. “Pense em um dia de feriado ou no final de semana. Se for necessário, consegue preparar sua própria comida sozinho?”. (2) Não recebe ajuda: marque essa opção de resposta caso o(a) idoso(a) relate conseguir preparar sua comida sozinho(a). (1) Recebe ajuda parcial: marque essa opção de resposta caso o(a) idoso(a) relate que precisa de alguém para lhe ajudar a preparar sua comida. (0) Não consegue preparar sozinho: marque essa opção de resposta caso o(a) idoso(a) relate que não consegue fazer a comida, pois nunca fez essa tarefa.
135. Para arrumar sua casa, o(a) Sr.(a):(2) Não recebe ajuda (1) Recebe ajuda parcial (0) Não consegue arrumar sozinho
ILIMPEZ __
O objetivo é saber se o(a) idoso(a) consegue arrumar sozinho(a) sua casa, apartamento ou local onde vive. Caso ele(a) relate que possui empregada, diarista, faxineira ou outra pessoa que faça o serviço por ele(a), repita a pergunta da seguinte forma. “Pense em um dia de feriado ou no final de semana. Se for necessário, consegue arrumar a casa sozinho?” Após ler todas as alternativas, marque a resposta do(a) entrevistado(a). (2) Não recebe ajuda: marque essa opção de resposta caso o(a) idoso(a) tenha alguma empregada que faça o serviço, mas quando necessário, o(a) idoso(a) relate ter capacidade de fazer a tarefa.. (1) Recebe ajuda parcial: marque essa opção de resposta caso o(a) idoso(a) relate que não consegue fazer todo o serviço ou não consegue fazer o serviço “pesado” de arrumar a casa. (0) Não consegue: marque essa opção de resposta caso o(a) idoso(a) relate que não consegue arrumar a casa ou não saber limpar a casa, pois nunca fez essa tarefa..
136. Para lidar com objetos pequenos como por exemplo, uma chave, ou fazer pequenos reparos ou trabalhos manuais domésticos o(a) Sr.(a):
(2) Não recebe ajuda (1) Recebe ajuda parcial (0) Não consegue fazer sozinho
IOBJPEQ __
O objetivo é saber se o(a) idoso(a) consegue lidar com pequenos objetos.
138
(2) Não recebe ajuda: marque essa opção de resposta caso o(a) idoso(a) relate que manuseia a chave ou faz trabalhos manuais sozinho. (1) Recebe ajuda parcial: marque essa opção de resposta caso o(a) idoso(a) relate que precisa que alguém lhe ajude. (0) Não consegue fazer sozinho: marque essa opção de resposta caso o(a) idoso(a) relate que não consegue manusear pequenos objetos.
137. Para tomar seus remédios na dose e horários certos o(a) Sr.(a)? (2) Não recebe ajuda (1) Recebe ajuda parcial (0) Não consegue tomar sozinho
IREMED __
O objetivo é saber se o(a) idoso(a) consegue tomar os remédios na dose e nos horários certos. Caso ele(a) relate que não toma remédios, repita a pergunta da seguinte forma. “Se for necessário, o(a) Sr.(a) consegue tomar seus remédios na dose e horários certos?” (2) Não recebe ajuda: marque essa opção de resposta caso o(a) idoso(a) relate que toma sozinho seus remédios, mesmo usando uma “caixinha” com os dias da semana. (1) Recebe ajuda parcial: marque essa opção de resposta caso o(a) idoso(a) relate que precisa que alguém lhe lembre de tomar os seus remédios (0) Não consegue tomar sozinho: marque essa opção de resposta caso o(a) idoso(a) relate que não consegue tomar seus remédios sem alguma pessoa lhe der na boca a medicação.
138. Para cuidar do seu dinheiro o(a) Sr.(a)?(2) Não recebe ajuda (1) Recebe ajuda parcial (0) Não consegue cuidar sozinho
IDINHE __
O objetivo é saber se o(a) idoso(a) consegue cuidar do seu dinheiro sozinho(a). (2) Não recebe ajuda: marque essa opção de resposta caso o(a) idoso(a) relate que cuida sozinho(a) do seu dinheiro. (1) Recebe ajuda parcial: marque essa opção de resposta caso o(a) idoso(a) precise de ajuda de alguém para cuidar do seu dinheiro, como ir ao banco, fazer depósitos ou verificar o extrato do banco. (0) Não consegue: marque essa opção de resposta caso o(a) idoso(a) relate que não consegue cuidar do seu dinheiro.
139. Para caminhar a distância de uma quadra, o(a) Sr.(a): (2) Não recebe ajuda (1) Recebe ajuda parcial
(0) Não consegue andar sozinho
ICAQUA __
O objetivo é saber se o(a) idoso(a) consegue caminhar, no mínimo uma quadra, pode ser usando bengala, andador,... (2) Não recebe ajuda: marque essa opção de resposta caso o(a) idoso(a) relate que consegue caminhar uma quadra sem ajuda. (1) Recebe ajuda parcial: marque essa opção de resposta caso o(a) idoso(a) relate que precisa que alguém lhe acompanhar. (0) Não consegue tomar sozinho: marque essa opção de resposta caso o(a) idoso(a) relate que não consegue, mesmo com a ajuda de equipamentos.
140. Para subir um lance de escada o(a) Sr.(a): (2) Não recebe ajuda (1) Recebe ajuda parcial
(0) Não consegue subir sozinho
ILANCE __
O objetivo é saber se o(a) idoso(a) consegue subir um lance de escada. Considerar escadarias e não escada para serviços domésticos. Caso ele(a) relate que não tem escada em casa, pergunte: “Se for necessário, o(a) Sr.(a) consegue subir escada?”. (2) Não recebe ajuda: marque essa opção de resposta caso o(a) idoso(a) relatar consegue sem ajuda.
139
(1) Recebe ajuda parcial: marque essa opção de resposta caso o(a) idoso(a) relate que precisa que alguém lhe ajude. (0) Não consegue subir sozinho: marque essa opção de resposta caso o(a) idoso(a) relate que não consegue subir um lance de escada. SE O(A) ENTREVISTADO(A) RESPONDEU QUE PRECISA AJUDA PARCIAL OU GRANDE AJUDA NAS
QUESTÕES ACIMA, APLIQUE AS QUESTÕES 142. SE NÃO, PULE PARA QUESTÃO 145.
141. De quem o(a) Sr.(a) recebe ajuda parcial ou grande ajuda na
maioria das tarefas que o precisa realizar? (1) Companheiro(a) - SE NÃO TEM COMPANHEIRO, NÃO LER ESTA OPÇÃO! (2) Filho(a) – SE NÃO TEM FILHOS, NÃO LER ESTA OPÇÃO! (3) Vizinho(a) (4) Amigos (5) Acompanhante pago – APLIQUE QUESTÃO 143 (6) Acompanhante não pago – PULE PARA QUESTÃO 144 ( ) Outro______________________________________ (8)NSA (9)IGN
RECAJU __
Ler cada uma das opções de ajuda e assinalar de acordo com a resposta do(a) entrevistado(a).
142. Se paga, quanto o(a) Sr(a) paga por mês? R$__ __ __ __, __ __(reais) (888888)NSA (999999)IGN
PAGME _ _ _ _ , _ _
Informar o total, em reais, do quanto gasta por mês com acompanhante.
143. Quanto tempo (em horas) o(a) Sr(a) recebe de ajuda durante o dia?
__ __ (horas)__ __(min) (00) menos de 1 hora (88)NSA (99)IGN TEAJHD __ __
Anotar o número de horas que recebe ajuda durante um dia, incluindo o período noturno.
RELACIONAMENTO SOCIAL E REDE DE APOIO
144. Durante uma semana normal, nos < ÚLTIMOS 30 DIAS>, o(a) Sr.(a)
saiu de casa (fora do prédio)? (7) Não saiu nenhum dia (8) Saiu todos os dias (9) Saiu 1 vez por semana (10) Saiu entre 2 a 4 vezes na semana (9)IGN
SAIUCASA __
Perguntar e anotar a resposta mais adequada.
145. <NOS ÚLTIMOS 15 DIAS> o(a) Sr.(a) foi visitar a sua família?(0) Não – PULE PARA QUESTÃO 145 (1) Sim (2) Não tem família – PULAR PARA 150, NÃO APLICAR 156 E 157 (9)IGN
VISFAM2S __
Perguntar e anotar a resposta mais adequada. Se a pessoa respondeu no início que não tem família anotar a opção 2 e não aplicar as questões 156 e 157 e pular 150.
146. SE SIM, quantas vezes? (1) Uma ou duas vezes (2) Três a seis vezes (3) Mais de seis vezes (8)NSA (9)IGN
VISFAMFR __
Se foi visitar anotar quantas vezes foi nos últimos 15 dias.
147. <NOS ÚLTIMOS 15 DIAS>, a sua família lhe visitou?(0) Não – PULE PARA QUESTÃO 150 (1) Sim (9)IGN
FAMVIS2S __
Perguntar e anotar a resposta mais adequada.
148. SE SIM, quantas vezes? FAMVISFR __
140
(1) Uma ou duas vezes (2) Três a seis vezes (3) Mais de seis vezes (8)NSA (9)IGN
Se a família visitou anotar quantas vezes foi nos últimos 15 dias.
149. <NOS ÚLTIMOS 15 DIAS> o(a) Sr.(a) foi visitar seus amigos?(0) Não – PULE PARA QUESTÃO 152 (1) Sim (9)IGN VISAMI2S __
Perguntar e anotar a resposta mais adequada.
150. SE SIM, quantas vezes? (1) Uma ou duas vezes (2) Três a seis vezes (3) Mais de seis vezes (8)NSA (9)IGN
VISAMFR __
Se visitou seus amigos anotar quantas vezes foi nos últimos 15 dias.
151. <NOS ÚLTIMOS 15 DIAS>, seus amigos lhe visitaram?(0) Não – PULE PARA QUESTÃO 154 (1) Sim (9)IGN AMVIS2S __
Perguntar e anotar a resposta mais adequada.
152. SE SIM, quantas vezes? (1) Uma ou duas vezes (2) Três a seis vezes (3) Mais de seis vezes (8)NSA (9)IGN
AMVISFR __
Perguntar e anotar a resposta mais adequada.
153. <NOS ÚLTIMOS 15 DIAS>, o(a) Sr.(a) teve contato por telefone ou por carta com seus parentes ou amigos? (0) Não – PULE PARA QUESTÃO 156 (1) Sim (9)IGN
TELAM2S __
Se teve contato anotar quantas vezes foi nos últimos 15 dias.
154. SE SIM, quantas vezes? (1) Uma ou duas vezes (2) Três a seis vezes (3) Mais de seis vezes (8)NSA (9)IGN
TELAMFR __
Perguntar e anotar a resposta mais adequada.
155. Que tipo de ajuda ou assistência sua família oferece?(familiares que vivem / ou que não vivem com o entrevistado).
Dinheiro (0)Não (1)Sim (9)IGN TIAJFAMOFD __ Moradia (0)Não (1)Sim (9)IGN TIAJFAMOFM __ Companhia / cuidado pessoal (0)Não (1)Sim (9)IGN TIAJFAMOFC __ Outro:___________________________ TIAJFAMOFO __
Perguntar cada uma das opções e anotar as respostas.
156. Que tipo de ajuda ou assistência o Sr(a) oferece para sua família? (familiares que vivem / ou que não vivem com o entrevistado).
Dinheiro (0)Não (1)Sim (9)IGN TIAJOFFAMD __ Moradia (0)Não (1)Sim (9)IGN TIAJOFFAMM __ Companhia / cuidado pessoal (0)Não (1)Sim (9)IGN TIAJOFFAMC __ Outro:___________________________ TIAJOFFAMO __
Perguntar cada uma das opções e anotar as respostas.
157. O (a) Sr.(a) está satisfeito(a) com o relacionamento que tem com seus amigos? (8) O(A) entrevistado(a) diz não ter amigos (0) Não está satisfeito (1) Sim (9)IGN
SATISRELAM __
Fazer a pergunta e anotar conforme a resposta do entrevistado.
158. O (a) Sr.(a) está satisfeito(a) com o relacionamento que tem SATISRELVIZ __
141
com seus vizinhos (8) Entrevistado(a) diz não ter relação com os vizinhos (0) Não (1) Sim (9)IGN
Fazer a pergunta e anotar conforme a resposta do entrevistado.
159. O(a) Sr.(a) tem algum animal de estimação em sua casa? (0) Não- PULE PARA QUESTÃO 162 (1) Sim (9)IGN ANIESTI__
O que interessa saber é se tem alguma companhia de animal em casa.
SE SIM, QUAL? Gato (0)Não (1)Sim (8) NSA (9)IGN ANIESTI1 __ Cachorro (0)Não (1)Sim (8) NSA (9)IGN ANIESTI2 __ Passarinho (0)Não (1)Sim (8) NSA (9)IGN ANIESTI3 __ Cavalo (0)Não (1)Sim (8) NSA (9)IGN ANIESTI4 __ Outro:_________________________ OUTANIESTI __
Se SIM na resposta anterior ler as opções.
160. <NA SEMANA PASSADA> o(a) Sr.(a) recebeu visita de alguma destas pessoas?
Vizinhos/ amigos (0)Não (1)Sim (9)IGN RECVISVIZAM __ Irmão(ã) (0)Não (1)Sim (9)IGN RECVISIR __ Filho(a) (0)Não (1)Sim (9)IGN RECVISF __ Outros familiares (sobrinhos, netos) (0)Não (1)Sim (9)IGN RECVISOURFA __ Outros:__________________________ RECVISOUT __
Ler as opções e anotar as respostas. Se o entrevistado não tiver filhos a questão não deve ser perguntada.
161. <NOS ÚLTIMOS 15 DIAS> o(a) Sr.(a) assistiu televisão? (0) Não (1) Sim (9)IGN ASSISTV__
Perguntar se assistiu televisão, não importando qual o canal.
162. Quando o(a) Sr.(a) assiste televisão, o que gosta de ver?
Filme (0)Não (1)Sim (9)IGN ASSISTV1__ Novela (0)Não (1)Sim (9)IGN ASSISTV2__ Noticiário (0)Não (1)Sim (9)IGN ASSISTV3__ Jogos (0)Não (1)Sim (9)IGN ASSISTV4__ Outro:__________________________________ (0)Não (1)Sim (9)IGN ASSISTVO__
Ler as opções e anotar as opções.
163. Quantas horas por dia, mais ou menos, o(a) Sr(a) costuma assistir televisão?
__ __ horas __ __min (88) NSA (99)IGN HORTVDIA__ __ MINTVDIA__ __
Estimar em média, não precisa ser o número exato.
164. <NOS ÚLTIMOS 30 DIAS>, o(a) Sr.(a) fez alguma destas atividades? Foi a missa ou culto na igreja (0)Não (1)Sim (9)IGN MISSA __ Participou de festa na comunidade (0)Não (1)Sim (9)IGN FESCOM __ Participou de festa da família (0)Não (1)Sim (9)IGN FESFA __ Participou de alguma oficina ou grupo (0)Não (1)Sim (9)IGN OFIMI __ Participou de algum baile (0)Não (1)Sim (9)IGN BAILE __ Viajou para outra cidade (0)Não (1)Sim (9)IGN VIAJ __ Viajou de excursão (0)Não (1)Sim (9)IGN EXC __ Foi a algum velório ou enterro (0)Não (1)Sim (9)IGN VELENT __
Ler as opções e anotar as respostas.
AGORA VOU FAZER ALGUMAS PERGUNTAS SOBRE ATIVIDADE FÍSICA
142
FALAR: PRIMEIRO EU GOSTARIA QUE O SR(A) PENSASSE APENAS NAS
ATIVIDADES QUE FAZ NO SEU TEMPO LIVRE (LAZER).
- PARA RESPONDER ESSAS PERGUNTAS O(A) ENTREVISTADO(A) DEVE SABER QUE: - ATIVIDADES FÍSICAS FORTES SÃO AQUELAS QUE EXIGEM GRANDE ESFORÇO FÍSICO E QUE FAZEM RESPIRAR MUITO MAIS RÁPIDO QUE O NORMAL. - ATIVIDADES FÍSICAS MÉDIAS SÃO AQUELAS QUE EXIGEM ESFORÇO FÍSICO MÉDIO E QUE FAZEM RESPIRAR UM POUCO MAIS RÁPIDO QUE O NORMAL. EM TODAS AS PERGUNTAS SOBRE ATIVIDADE FÍSICA, CONSIDERAR SOMENTE AQUELAS QUE DURAM PELO MENOS 10 MINUTOS SEGUIDOS
165. Desde <DIA DA SEMANA PASSADA> quantos dias o(a) Sr.(a) caminhou
por mais de 10 minutos seguidos? Pense nas caminhadas no trabalho, em casa, como forma de transporte para ir de um lugar ao outro, por lazer, por prazer ou como forma de exercício.
____ dias (0) nenhum PULE PARA QUESTÃO 169 (9) IGN
CAMDIA __
A pergunta se refere aos últimos sete dias, ou seja, se a entrevista estiver sendo realizada numa quarta-feira, o período é desde quarta-feira da semana passada. Queremos saber em quantos dias, destes últimos sete, o(a) entrevistado(a) caminhou pelo menos 10 minutos seguidos no seu tempo livre, sem contar caminhadas para ou no trabalho, nem em casa, em atividades domésticas. As caminhadas que durem menos de 10 minutos não devem ser consideradas. Se o(a) entrevistado(a) ficar em dúvida quanto ao número de dias que ele realizou caminhadas, considere o menor número referido. Por exemplo: Se o(a) entrevistado(a) disser “Talvez três ou quatro dias”, considere como resposta três dias.
166. Nos dias em que o(a) Sr.(a) caminhou, quanto tempo, no total, o(a) Sr.(a) caminhou por dia?
__ __ __ minutos p/dia (888)NSA (999)IGN
MINCA__ __ __
Nesta pergunta queremos saber o tempo que o indivíduo gastou para realizar as caminhadas nos dias citados anteriormente. Se o(a) entrevistado(a) responder “em média faço 30 minutos” considere, o tempo de 30 minutos. Se o(a) entrevistado(a) responder: “Caminho uns 30 ou 40 minutos”, considere o menor tempo referido. Se o(a) entrevistado(a) relatar que caminhou por 20 minutos na quarta-feira e 40 minutos no sábado, você deverá fazer uma média: somando o tempo gasto com caminhada em cada dia, dividindo pelo número de dias que o indivíduo caminhou (20+40)/2 = 30 minutos.Caso o(a) entrevistado(a) não consiga responder essa questão codifique com 999.
AGORA NÓS VAMOS FALAR DE OUTRAS ATIVIDADES FÍSICAS FORA A CAMINHADA
167. Desde <DIA DA SEMANA PASSADA> quantos dias o(a) Sr.(a) fez
atividades fortes, que fizeram você suar muito ou aumentar muito sua respiração e seus batimentos do coração, por mais de 10 minutos seguidos? Por exemplo: correr, fazer ginástica, pedalar rápido em bicicleta, fazer serviços domésticos pesados em casa, no pátio ou jardim, transportar objetos pesados, jogar futebol competitivo, ...
_____ dias/semana (0) nenhum PULE PARA QUESTÃO 171 (9)IGN
FORDIA__
A codificação deverá ser feita de acordo com o número de dias que o(a) entrevistado(a) fez atividades físicas FORTES por mais de 10 minutos seguidos. O valor 0 deverá ser utilizado
143
quando a resposta for “nenhum dia”. Caso o(a) entrevistado(a) não saiba responder, codifique com 9. Se o(a) entrevistado(a) perguntar: “O que são atividades fortes?”, leia novamente a pergunta, lembrando que atividades físicas FORTES são aquelas que precisam de um grande esforço físico que fazem respirar MUITO mais forte que o normal. Se o(a) entrevistado(a) ficar em dúvida quanto ao número de dias que ele realizou atividades fortes, considere o menor número referido.
168. Nos dias em que o(a) Sr.(a) fez atividades fortes, quanto tempo, no total, o(a) Sr.(a) fez atividades fortes por dia?
__ __ __ minutos p/dia (888)NSA (999)IGN MINFOR__ __ __
Nesta pergunta queremos saber o tempo que o indivíduo gastou para realizar atividades FORTES nos dias citados anteriormente. Se o(a) entrevistado(a) responder “em média faço 30 minutos” considere, o tempo de 30 minutos. Se o(a) entrevistado(a) responder que faz atividades fortes “uns 30 ou 40 minutos”, considere o menor tempo referido. Se o(a) entrevistado(a) relatar que faz atividades fortes por 20 minutos na quarta-feira e 40 minutos no sábado, você deverá fazer uma média: somando o tempo gasto com atividades fortes em cada dia, dividindo pelo número de dias que o indivíduo fez atividades fortes (20+40)/2 = 30 minutos. Caso o(a) entrevistado(a) não consiga responder essa questão codifique com 999.
169. Desde <DIA DA SEMANA PASSADA> quantos dias o(a) Sr.(a) fez atividades MÉDIAS, que fizeram você suar um pouco ou aumentar um pouco sua respiração e seus batimentos do coração, por mais de 10 minutos seguidos? Por exemplo: pedalar em ritmo médio, nadar, dançar, praticar esportes só por diversão, fazer serviços domésticos leves, em casa ou no pátio, como varrer, aspirar, etc.
____ dias (0) nenhum PULE PARA QUESTÃO 173 (9)IGN
IMEDIA__
A codificação deverá ser feita de acordo com o número de dias que o(a) entrevistado(a) fez atividades físicas médias por mais de 10 minutos seguidos. O valor 0 deverá ser utilizado quando a resposta for “nenhum dia”. Caso o(a) entrevistado(a) não saiba responder, codifique com o valor 9. Se o(a) entrevistado(a) perguntar: “O que são atividades médias?”, leia novamente a pergunta, lembrando que atividades físicas MÉDIAS são aquelas que precisam de algum esforço físico que fazem respirar UM POUCO mais forte que o normal. Se o(a) entrevistado(a) ficar em dúvida quanto ao número de dias que ele realizou atividades médias, considere o menor número referido.
170. Nos dias em que o(a) Sr.(a) fez atividades médias, quanto tempo, no total, o(a) Sr.(a) fez atividades médias por dia?
____+____+____+____+____ = __ __ __ minutos p/dia (888)NSA (999)IGN
IMIND __ __ __
Nesta pergunta queremos saber o tempo que o indivíduo gastou para realizar atividades MÉDIAS nos dias citados anteriormente. Se o(a) entrevistado(a) responder “em média faço 30 minutos” considere, o tempo de 30 minutos. Se o(a) entrevistado(a) responder que faz atividades médias “uns 30 ou 40 minutos”, considere o menor tempo referido. Se o(a) entrevistado(a) relatar que faz atividades médias por 20 minutos na quarta-feira e 40 minutos no sábado, você deverá fazer uma média: somando o tempo gasto com atividades médias em cada dia, dividindo pelo número de dias que o indivíduo fez atividades médias (20+40)/2 = 30 minutos. Caso o(a) entrevistado(a) não consiga responder essa questão codifique com 999.
171. Em relação a <1 ANO ATRÁS> o(a) Sr.(a) considera que sua atividade física atual está: (4) Menor (5) Igual - PULE PARA QUESTÃO 175 (6) Maior (9)IGN
MAFPAS __
Nessa questão você deve se referir ao mês correspondente no ano passado, por exemplo, se estamos em JULHO de 2008 você deve fazer a pergunta se referindo a JULHO de 2007 e
144
também deve ler as respostas. Se o(a) entrevistado(a) referir que sua atividade física está igual a do ano passado, pule para a questão 175.
172. Qual o principal motivo da mudança na sua prática de atividade física ou exercício físico?
(88)NSA (99)IGN
MMOTIV__ __
Essa questão quer saber o PRINCIPAL motivo do(a) entrevistado(a) ter mudado o seu comportamento em relação à prática de atividade física, isto é, se na questão anterior ele respondeu que aumentou ou diminuiu a prática de atividades físicas, você deve escrever por extenso, mais detalhadamente possível, o que o(a) entrevistado(a) responder, especificando o sentido da mudança (aumentou ou diminuiu) Por exemplo: se o(a) entrevistado(a) referiu na pergunta anterior que ele aumentou sua prática de atividades físicas e nessa pergunta ele disser que foi por causa do trabalho, pois está trabalhando mais longe e vai a pé, você deve anotar que ele aumentou sua prática de atividades físicas porque está trabalhando mais longe e vai a pé todos os dias.
173. Desde <1 ANO ATRÁS> o(a) Sr.(a) recebeu orientação para a prática de atividade física, esportes, exercícios físicos ou ginástica?
(0) Não- PULE PARA QUESTÃO 182 (1) Sim (9)IGNMRECEB __
A expressão <1 ANO ATRÁS> refere-se ao mesmo mês de aplicação da entrevista, com relação ao ano passado. Exemplo: Se a entrevista estiver sendo aplicada no mês de julho pergunte: Desde JULHO do ano passado. Essa questão se refere ao recebimento de orientação para a prática de atividade física, independente de ter procurado ou não essa orientação. Se o(a) entrevistado(a) referir que não recebeu orientação alguma pule para a questão 182, caso contrário continue as perguntas seguintes.
AGORA VAMOS CONVERSAR SOBRE A ÚLTIMA ORIENTAÇÃO RECEBIDA PARA A PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA
174. Onde o(a) Sr(a) recebeu essa orientação?
(07) Unidade Básica de Saúde/Posto de Saúde (08) Ambulatório público (SUS ou faculdade) (09) Ambulatório por convênio/plano de saúde ou de empresa (10) Consultório particular/plano de saúde (11) Academia (12) Meios de comunicação (jornal, revista, �nternet, rádio,
televisão) (13) Outro (88)NSA (99)IGN
MONREC__ __
Você deve ler as opções de resposta e marcar a que o(a) entrevistado(a) referir, se não se encaixar em nenhuma das opções ou se o entrevistado responder mais de uma opção, marque a opção outro e anote a resposta. Unidade Básica de Saúde/Posto de Saúde – Considere consulta pelo SUS em qualquer um dos Postos de Saúde. Ambulatório público (SUS) – Considere ambulatório consultas ambulatoriais, independente da especialidade médica e também com nutricionista, fisioterapeuta, enfermeira(o). Ambulatório por convênio/plano de saúde ou de empresa – Considere serviços localizados em, ou de sindicatos ou empresas e também de planos de saúde ou convênio nas quais as consultas não impliquem em gastos diretos. Ex: Eu consulto no local de trabalho ou na sede da empresa, ou eu fui no Pronto atendimento da UNIMED ou do Saúde Maior. Consultório particular/plano de saúde – Considere consultas com médico, nutricionista, fisioterapeuta tanto através de plano de saúde, convênio quanto e seus consultórios particulares. Academia – Considere aqui academias de ginástica. Meios de comunicação – considere aqui todos os meios de comunicação, jornal, revista, internet, rádio ou televisão.
145
175. Quem lhe orientou? (01) Médico(a) (02)Professor(a) de Educação física (03) Nutricionista (04) Fisioterapeuta (05) Enfermeiro(a) (06)Outro ___________________________ (88)NSA (99)IGN
MQUEMOR__ __
Marcar uma opção correspondente à resposta do(a) entrevistado(a) quanto ao profissional a quem o mesmo referir ter recebido a orientação, caso haja alguma resposta que não se encaixe em nenhuma opção, como por exemplo, se ele falar meio de comunicação (jornal, revista, televisão, internet) ou alguma outra coisa, marque no outro e escreva por extenso o que o(a) entrevistado(a) referiu. Se o(a) entrevistado(a) referir que algum estudante lhe orientou, como, por exemplo, estudante de educação física, nutrição, medicina, fisioterapia e enfermagem marcar a opção correspondente ao profissional.
176. Qual atividade física foi orientada?(01) Caminhada (02) Corrida (03) Hidroginástica (04) Natação (05) Outro _______________________________________88)NSA (99)IGN
MQAFOR__ __
Marque a atividade física que o(a) entrevistado(a) responder, se o indivíduo referir alguma atividade física que não se encontra nas opções ou se ele referir mais de uma opção, marque outro e escreva por extenso a atividade física referida.
177. O(a) Sr.(a) foi orientado(a) sobre quantas vezes por semana a <ATIVIDADE FÍSICA> deveria ser feita?
(0) Não (1)Sim (8)NSA (9)IGNMORVEZ __
Pergunte se o(a) entrevistado(a) foi informado sobre quantas vezes por semana ele deveria praticar atividades físicas e marcar se sim ou não. Troque a expressão atividade física por aquela que o entrevistador ter sido orientado. Por exemplo: Se na opção anterior o entrevistado disse que foi orientado sobre CAMINHADA, pergunte “o(a) Sr(a) foi orientado sobre quantas vezes por semana a CAMINHADA deveria ser feita?
178. O(a) Sr.(a) foi orientado(a) sobre o tempo que a atividade física deveria ter?
(0) Não (1)Sim (8)NSA (9)IGNMORTEMP __
Pergunte se o(a) entrevistado(a) foi informado sobre o tempo que ele(a) deveria praticar atividades físicas e marcar se sim ou não. Troque a expressão atividade física por aquela que o entrevistador ter sido orientado. Por exemplo: Se na opção anterior o entrevistado disse que foi orientado sobre CAMINHADA, pergunte “o(a) Sr(a) foi orientado sobre quanto tempo a CAMINHADA deveria ter.
179. Depois das orientações recebidas, sua atividade física:(1) Aumentou (2) Diminuiu (3) Não mudou (8)NSA (9)IGN
MMUD __
Pergunte se o(a) entrevistado(a), depois das orientações recebidas, aumentou, diminuiu ou não mudou sua prática de atividade física. Nessa questão você deve ler as opções de resposta.
180. Desde <1 ANO ATRÁS> o(a) Sr.(a) procurou, buscou orientação para a prática de atividade física, esportes, exercícios físicos ou ginástica? (11) Não PULE PARA QUESTÃO 184 (12) Sim (8)NSA (9)IGN
MPROCOR__
Nessa questão você deve perguntar se o(a) entrevistado(a) procurou orientação para a prática de atividade física, isto é, se ele buscou, por sua conta, informações sobre atividade física. Se ele não procurou orientações pule para a questão 184
181. Se sim: Onde? (01) Meios de comunicação (jornal, revista, televisão, internet, MONDPROC__ __
146
rádio) (02) Serviço de saúde (03) Academia (04) Trabalho 05) Outro _______________________ (88)NSA (99)IGN
Você deve ler as opções de resposta e marcar as que o(a) entrevistado(a) referir, podendo ser mais de uma, e se o(a) entrevistado(a) falar algum outro que não está como opção marcar e escrever o que foi dito. Na opção Serviço de Saúde considere qualquer serviço, ambulatórios de faculdades, hospitais, consultórios, postos de saúde.
182. O(A) Sr.(a) fuma ou já fumou? (0) Não, nunca fumou - PULE PARA QUESTÃO 187 (1) Sim, fuma (1 ou + cigarro(s) por dia há mais de 1 mês) (2) Já fumou, mas parou de fumar há __ __ anos __ __ meses
FUMO __ TPAFA __ __ TPAFM __ __
Será considerado fumante o entrevistado que disser que fuma mais de 1 cigarro por dia há mais de um mês. Se nunca fumou, pule para a questão 187. Se o entrevistado responder que já fumou, mas parou, preencher há quantos anos e meses, colocando zero na frente dos números quando necessário. Se parou de fumar há menos de um mês, considere como fumante (2). Se fuma menos de um cigarro por dia e / ou há menos de um mês, considere como não (0).
183. Há quanto tempo o(a) Sr.(a) fuma ? (ou fumou durante quanto tempo)? __ __ anos __ __ meses (88)NSA (99)IGN
TFUMA__ __ TFUMM__ __
Preencher com o número de anos que fuma ou fumou. Usar “00” se fuma ou fumou há / por menos de um ano. Preencher com (88) NSA em caso de ter pulado esta questão.
184. Quantos cigarros o(a) Sr.(a) fuma (ou fumava) por dia? __ __ cigarros (88)NSA (99)IGN CIGDI__ __
Preencher com o número de cigarros fumados por dia. Preencher com (88) NSA em caso de ter pulado esta questão.
185. O(A) Sr.(a) tomou alguma bebida alcoólica nos últimos 30 dias?
(1) Sim (2) Não – PULE PARA QUESTÃO 192 CRS: (1)sim (2)não
BEAL30D __ CRBBALC__
(Ex: cerveja, chope, vinho, aperitivo, licor, cachaça, pinga, caipirinha, sidra, champagne, whisky, vodka) Considere “Sim” caso o indivíduo tenha tomado alguma vez qualquer uma das bebidas citadas acima. Considere como “Não” caso o indivíduo nunca tenha tomado bebida alcoólica. Se a resposta for não pule para a questão 192
186. Alguma vez o(a) sr(a) sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida alcoólica ou parar de beber?
(1) Sim (2) Não (9)IGN
CAGE1 __ CRCAG1 __
Você deverá marcar de acordo com o referido pelo entrevistado. Caso haja alguma dúvida em relação à questão, você deverá repeti-la novamente e aguardar a resposta referida.
187. As pessoas lhe aborrecem porque criticam o seu modo de tomar bebida alcoólica?
(1) Sim (2) Não (8)NSA (9)IGN
CAGE2 __ CRCAG2 __
Você deverá marcar de acordo com o referido pelo entrevistado. Caso haja alguma dúvida em relação à questão, você deverá repeti-la novamente e aguardar a resposta referida.
188. O(A) Sr.(a) se sente chateado(a) consigo mesmo(a) pela maneira como costuma tomar bebidas alcoólicas?
(1) Sim (2) Não (8)NSA (9)IGN
CAGE3 __ CRCAG3 __
Você deverá marcar de acordo com o referido pelo entrevistado. Caso haja alguma dúvida em relação à questão, você deverá repeti-la novamente e aguardar a resposta referida.
147
189. O(A) Sr.(a) costuma tomar bebidas alcoólicas pela manhã para diminuir o nervosismo ou ressaca?
(1) Sim (2) Não (8)NSA (9)IGN
CAGE4 __ CRCAG4 __
Você deverá marcar de acordo com o referido pelo entrevistado. Caso haja alguma dúvida em relação à questão, você deverá repeti-la novamente e aguardar a resposta referida.
AGORA VAMOS FALAR SOBRE SENTIMENTOS
POR FAVOR, RESPONDA AS PRÓXIMAS QUESTÕES CONFORME O(A) SR(A)
TEM SE SENTIDO NO ÚLTIMO MÊS As questões abaixo deverão ser respondidas com SIM ou NÃO. Se o entrevistado ficar em dúvida pergunte novamente, ressaltando que último mês significa 30 dias antes do dia em que está sendo realizada a entrevista e que esses sentimentos se referem ao que ele apresenta na maioria dos dias. Por exemplo, se estamos no dia 04 de agosto, as perguntas se referem a desde a data de 04 de julho.
190. O(A) Sr.(a) está basicamente satisfeito com sua vida?
(0)Não (1)Sim ISATIS__
191. O(A) Sr.(a) deixou muitos de seus interesses e atividades?
(0)Não (1)Sim
IINTER__
192. O(A) Sr.(a) sente que sua vida está vazia? (0)Não (1)Sim
IVAZIA __
193. O(A) Sr.(a) se aborrece com freqüência? (0)Não (1)Sim
IABORR __
194. O(A) Sr.(a) se sente de bom humor a maior parte do tempo? (0)Não (1)Sim
IHUMOR __
195. O(A) Sr.(a) tem medo que algo ruim lhe aconteça? (0)Não (1)Sim
IMEDO __
196. O(A) Sr.(a) se sente feliz a maior parte do tempo? (0)Não (1)Sim
IFELIZ __
197. O(A) Sr.(a) sente que sua situação não tem saída?
(0)Não (1)Sim ISAIDA __
198. O(A) Sr.(a) prefere ficar em casa a sair e fazer coisas novas?
(0)Não (1)Sim IPREFE __
199. O(A) Sr.(a) se sente com mais problemas de memória do que a maioria?
(0)Não (1)Sim
IMEMOR __
200. O(A) Sr.(a) acha maravilhoso estar vivo? (0)Não (1)Sim
IVIVO __
201. O(A) Sr.(a) se sente um inútil nas atuais circunstâncias? (0)Não (1)Sim
INUTIL __
202. O(A) Sr.(a) se sente cheio de energia? (0)Não (1)Sim
IENER __
203. O(A) Sr.(a) acha que sua situação é sem esperanças? (0)Não (1)Sim
ISEMES __
204. O(A) Sr.(a) sente que a maioria das pessoas está melhor que o(a) Sr.(a) ?
(0)Não (1)Sim
IMELHO __
AGORA GOSTARIA DE FAZER ALGUMAS PERGUNTAS SOBRE A SUA MEMÓRIA E RACIOCÍNIO. NÃO HÁ RESPOSTAS CERTAS OU ERRADAS E ALGUMAS PERGUNTAS
PODEM PARECER SEM SENTIDO. MAS EU GOSTARIA QUE O SR.(A) PRESTASSE ATENÇÃO E RESPONDESSE TODAS AS PERGUNTAS DA MELHOR FORMA POSSÍVEL.
1. Seguir criteriosamente a instrução de cada pergunta, lendo-a pausadamente, sem interferir ou auxiliar o entrevistado nas respostas. Se outra pessoa estiver presente e tentar ajudar, diga, com delicadeza, que é
148
muito importante que estas perguntas sejam respondidas somente pelo entrevistado. 2. Qualquer dúvida ou informação dada pelo entrevistado deve ser anotada. 3. Nunca corrija as respostas dadas pelo entrevistado; estimule-o a prosseguir com expressões como “MUITO BEM”, “ÓTIMO”, “VAMOS ADIANTE” 4. Mesmo os analfabetos devem ser entrevistados no mini-mental. ASSINALAR AO LADO DE CADA RESPOSTA “C” PARA “CERTO” OU “X” PARA “ERRADO”.
205. Qual é a <LEIA AS ALTERNATIVAS> em que estamos?
O dia da semana: _______________________ O dia do mês: __________________________ O mês: ________________________________ O ano: ________________________________ A hora aproximada: _______: _______
DIAS __ DIAM __ MÊS __ ANO __ HORA __ OTEMP __
Pergunte “QUAL É O DIA DA SEMANA EM QUE ESTAMOS?”; anote a resposta; siga perguntando os demais itens e anotando as respostas nos espaços correspondentes. Em relação à hora aproximada, se o entrevistado responder que não sabe, diga “MAIS OU MENOS, QUE HORAS O(A) SR(A) ACHA QUE É AGORA?”. Anote a resposta. Se o entrevistado, automaticamente, olhar para o relógio, não faça nenhum comentário e anote a resposta. Caso o entrevistado apresente algum déficit auditivo, fale em tom de voz mais alto que o habitual e registre esta observação.
206. Qual é <LEIA AS ALTERNATIVAS> onde estamos?A cidade ( ) Bagé ( ) outra ( ) não sabe O bairro: _____________________ ( ) outro ( ) não sabe O estado ( ) RS ( ) outro ( ) não sabe O país ( ) Brasil ( ) outro ( ) não sabe A peça da casa/apto: ____________ ( ) outra ( ) não sabe SE ESTIVER NA RUA, PERGUNTE: Em que lado da sua casa estamos? ___________( )outro ( )não sabe
CIDADE __ BAIRRO __ ESTADO __ PAIS __ PEÇA __ OESPA __
Pergunte “QUAL É A CIDADE ONDE ESTAMOS?”; anote a resposta; siga perguntando os demais itens e anotando as respostas nos espaços correspondentes. Caso a entrevista esteja sendo realizada na rua, substitua “peça da casa / apartamento” por “EM QUE LADO DE SUA CASA NÓS ESTAMOS?”. As possíveis respostas são: frente, fundos, lateral ou lado, lado direito ou lado esquerdo. Em relação à peça da casa / apartamento, primeiramente observe em que peça vocês estão. ATENÇÃO: Vocês poderão estar sentados num sofá (sala), numa peça onde também funciona a cozinha. Nesse caso, a resposta poderá ser sala ou cozinha. A resposta outro será anotada quando a informação do entrevistado for totalmente equivocada. Ex.: vocês estão na sala e o entrevistado diz estar no banheiro.
207. Eu vou lhe dizer o nome de três objetos: CARRO, VASO, TIJOLO.
O(A) Sr.(a) poderia repetir para mim? ( ) carro ( ) outro ( ) não sabe ( ) vaso ( ) outro ( ) não sabe ( ) tijolo ( ) outro ( ) não sabe
CARRRO __ VASO __ TIJOLO __
Leia a pergunta “EU VOU LHE DIZER O NOME DE TRÊS OBJETOS: CARRO, VASO, TIJOLO. O SR(A) PODERIA REPETIR PRA MIM? PAUSADAMENTE diga as palavras CARRO, VASO, TIJOLO e então pergunte: “O(A) SR(A) PODERIA REPETIR PARA MIM?”. Se o entrevistado começar a repetição logo após você ter dito a primeira palavra, diga “POR FAVOR, ESPERE EU TERMINAR E REPITA DEPOIS, TUDO BEM?” Anotar a primeira resposta, independente da ordem em que as palavras forem repetidas. Se o entrevistado não conseguir repetir as três palavras corretamente, repita a questão até que ele memorize as três palavras. Anote abaixo da pergunta o número de tentativas para memorização (no máximo 5). Se mesmo após 5 tentativas o entrevistado não memorizou as três palavras, independente da ordem, anote: 5 tentativas sem sucesso.
149
208. Agora eu vou lhe pedir para fazer algumas contas. Quanto é:
2. 100 – 7: _______ 3. 93 – 7: _______ 4. 86 – 7: _______ 5. 79 – 7: _______ 6. 72 – 7: _______
CONTA __
Diga “AGORA VAMOS FAZER ALGUMAS CONTAS” e pergunte QUANTO É 100 – 7; anote a resposta no espaço correspondente. Prossiga com as outras subtrações da mesma forma. Caso o entrevistado demonstre resistência com justificativas do tipo “nunca fui bom em matemática; não sei fazer contas; a cabeça não está mais ajudando...” reforce que é muito importante ele responder todas as perguntas e que você não está lá para julgar se as respostas estão certas ou não. Diga algo como: ”POR FAVOR, FAÇA UM ESFORÇO POIS ISSO É MUITO IMPORTANTE PARA NOSSA PESQUISA”. Não é permitido que ele(a) faça contas no papel.
209. O(A) Sr.(a) poderia me dizer o nome dos 3 objetos que eu lhe
disse antes? ( ) carro ( ) outro ( ) não sabe ( ) vaso ( ) outro ( ) não sabe ( ) tijolo ( ) outro ( ) não sabe
CARRO1 __ VASO1 __ TIJOLO1 __
Apenas faça a leitura da pergunta. Se o entrevistado disser imediatamente que não lembra, diga “EM UMA PERGUNTA ANTERIOR EU LHE DISSE O NOME DE TRÊS OBJETOS, ESTÁ LEMBRADO? ENTÃO, EU GOSTARIA QUE O(A) SR(A) TENTASSE SE LEMBRAR O NOME DESSES OBJETOS”. Marque as repostas, independente da ordem.
210. Como é o nome destes objetos? <MOSTRAR>
Um lápis (padrão) ( ) lápis ( ) outro Um relógio de pulso ( ) relógio ( ) outro
LAPIS __ RELO __
Leia a pergunta “COMO É O NOME DESTES OBJETOS?” e mostre um lápis e um relógio de pulso simples, “com cara de relógio”.
211. Eu vou dizer uma frase “NEM AQUI, NEM ALI, NEM LÁ”.O(A) Sr.(a) poderia repetir? ( ) repetiu ( ) não repetiu
REPET __
Leia a pergunta “EU VOU DIZER UMA FRASE” e leia a frase “NEM AQUI, NEM ALI, NEM LÁ” pausadamente. Solicite ao entrevistado que repita. A repetição deve ser exatamente na mesma ordem.
212. Eu gostaria que o(a) Sr.(a) fizesse de acordo com as seguintes instruções: Primeiro leia as 3 instruções e somente depois o(a) entrevistado(a) deve realizá-las. Pegue este papel com a mão direita ( )cumpriu ( )não cumpriu Dobre ao meio com as duas mãos ( )cumpriu ( )não cumpriu Coloque o papel no chão ( )cumpriu ( )não cumpriu
ETAPA1 __ ETAPA2 __ ETAPA3 __
Pegue uma folha em branco e, com ela em suas mãos, leia a pergunta EU GOSTARIA QUE O(A) SR(A) FIZESSE DE ACORDO COM AS SEGUINTES INSTRUÇÕES: O(A) SR(A) VAI PEGAR ESTE PAPEL COM SUA MÃO DIREITA – se nesse momento o entrevistado fizer qualquer gesto para pegar a folha, peça que ele espere o final das instruções (POR FAVOR, ESPERE UM POUCO), DOBRAR AO MEIO COM AS DUAS MÃOS E COLOCAR O PAPEL NO CHÃO. Depois de ler a instrução, colocar o papel sobre sua prancheta e diga “O(A) SR(A) PODE PEGAR A FOLHA”. Observe a execução das tarefas e anote com um X as respostas. Se ele não acertar alguma das ordens, não invalida as demais.
213. Eu vou lhe mostrar uma frase escrita. O(A) Sr.(a) vai olhar e sem falar nada, vai fazer o que a frase diz. Se usar óculos, por favor, coloque, pois ficará mais fácil.
MOSTRAR A FRASE NA CARTELA “FECHE OS OLHOS”
LEI __
150
( ) realizou tarefa ( ) não realizou tarefa ( ) outro
Deve ser aplicada a todos os entrevistados, independente da escolaridade, ou seja, inclusive para aqueles analfabetos. O entrevistado pode pegar o papel na mão e aproximar ou afastar da face o quanto desejar. Observe se ele(a) executa a tarefa ou não. Se o entrevistado não conseguir executar a tarefa devido a algum déficit visual, registre nas observações. No máximo repetir até três vezes.
214. O(A) Sr.(a) poderia escrever uma frase de sua escolha,
qualquer frase: ORIENTAR O ENTREVISTADO A ESCREVER NA LINHA A SEGUIR
(ANTES DO DESENHO)
FRASE __
Somente deverá ser aplicada a pessoas que sabem escrever (perguntar antes). Diga “AGORA EU GOSTARIA QUE O(A) SR(A) ESCREVESSE UMA FRASE DE SUA ESCOLHA, UMA FRASE QUALQUER”. Ofereça seu lápis e indique o local do questionário em que a frase deve ser escrita. Se necessário, explicar que NÃO IMPORTA O TIPO DE FRASE, SE VAI ESTAR CERTO OU NÃO, NEM SE LETRA DELE(A) É BONITA OU FEIA; CASO O ENTREVISTADO RESISTA, INSISTA UM POUCO, EXPLIQUE NOVAMENTE QUE É IMPORTANTE PARA A PESQUISA QUE ELE TENTE RESPONDER A TODAS AS PERGUNTAS. Evite dizer “Pode escrever qualquer coisa”, pois muitos entendem que pode ser uma palavra. Se necessário, oriente o entrevistado dizendo “uma FRASE QUE COMECE COM EU, POR EXEMPLO”. No máximo repetir até três vezes.
215. E para terminar esta parte, eu gostaria que o(a) Sr.(a) copiasse esse desenho:
MOSTRAR DESENHO E ORIENTAR PARA COPIAR AO LADO
PRAXIA __
ESPAÇO DESTINADO PARA A FRASE
TOTAL __ __
Aplicada inclusive para analfabetos. Mostrar o desenho, oferecer o lápis e orientá-lo a copiar o mesmo ao lado. Se necessário, tranqüilize-o dizendo que NÃO IMPORTA SE VAI FICAR TORTO, TREMIDO, BONITO OU FEIO. O IMPORTANTE É TENTAR COPIAR O DESENHO DA MELHOR FORMA POSSÍVEL. No máximo repetir até três vezes.
151
BLOCO SOCIOECONÔMICO
AGORA FAREI PERGUNTAS SOBRE OS BENS E A RENDA DOS MORADORES DA CASA.LEMBRO, MAIS UMA VEZ, QUE OS DADOS DESTE ESTUDO SÃO CONFIDENCIAIS. PORTANTO, FIQUE TRANQÜILO(A) PARA
INFORMAR O QUE FOR PERGUNTADO.
216. Na sua casa o(a) Sr.(a) tem: Aspirador de pó? (0) Não (1) Sim (9) IGN ASP __ Máquina de lavar roupa? (0) Não (1) Sim (9) IGN LAV __ Videocassete ou DVD? (0) Não (1) Sim (9) IGN VDVD __ Geladeira? (0) Não (1) Sim (9) IGN GEL __ Freezer ou geladeira duplex? (0) Não (1) Sim (9) IGN FRDU __ Forno de microondas? (0) Não (1) Sim (9) IGN MICR __ Microcomputador? (0) Não (1) Sim (9) IGN MICROCOMP __ Telefone fixo? (convencion) (0) Não (1) Sim (9) IGN TELFIX __
Não existe preocupação com quantidade ou tamanho. Considerar aspirador de pó mesmo que seja portátil ou máquina de limpar a vapor - Vaporetto. Perguntar sobre maquina de lavar roupa, mas quando mencionado espontaneamente o tanquinho deve ser considerado. Verificar presença de qualquer tipo de Videocassete, mesmo conjunto com a televisão, e/ou aparelho de DVD. No caso do freezer ou geladeira duplex, o que importa é a presença de freezer. Valerá como resposta “sim” se for um eletrodoméstico separado, ou uma combinação com a geladeira (duplex, com freezer no lugar do congelador).
217. Na sua casa, o(a) Sr.(a) tem...? Quantos?
Rádio (0) (1) (2) (3) (4+) (9) IGN RAD __ Televisão preto e branco (0) (1) (2) (3) (4+) (9) IGN TVPB __ Televisão colorida (0) (1) (2) (3) (4+) (9) IGN TVCOL __ Automóvel(somente de uso particular)(0) (1) (2) (3) (4+) (9) IGN AUT __
A pergunta deverá ser feita e em caso de resposta afirmativa, tentar quantificar o número de rádios, por exemplo. Considerar qualquer tipo de rádio no domicílio, mesmo que esteja incorporado a outro aparelho de som ou televisor. Rádios tipo walkman, conjunto 3 em 1 ou microsystems devem ser considerados. Não deve ser considerado o rádio do automóvel. Só contam veículos de passeio, não contam veículos como táxi, vans ou pick-up usados para fretes ou qualquer outro veículo usado para atividades profissionais. Veículos de uso misto (laser e profissional) não devem ser considerados.
218. Na sua casa, trabalha empregada ou empregado doméstico mensalista? Se sim, quantos? (0) Não (1) SIM, quantos? __
EMPDOM __
EMPDOMQT __
Dependendo da “aparência do entrevistado”, fica melhor a pergunta “Quem faz o serviço doméstico em sua casa?”. Caso responda que não é feita pelos familiares (geralmente esposa e/ou filhas, noras), ou seja, existe uma pessoa paga para realizar tal tarefa, perguntar se funciona como mensalista ou não (pelo menos 5 dias por semana, dormindo ou não no emprego). Não esquecer de incluir babás, motoristas, cozinheiras, copeiras, arrumadeiras, considerando sempre os mensalistas.
219. Quantas pessoas moram nessa casa? ___ ___ pessoas (99) IGN QTMOCASA __
Serão considerados moradores do domicílio todas as pessoas que nele vivem, ou seja, dormem e fazem refeições.
220. Quantas peças são usadas para dormir? ___ ___ peças (99) IGN QTPECDORM __
Anotar o número de peças utilizadas para dormir. Se for 5, anotar 05.
221. Quantos banheiros existem na casa? (considere somente os que têm vaso mais chuveiro ou banheira).
___ ___ banheiros (99) IGN QTBANCA __
152
O que define banheiro é a existência de vaso sanitário.Considerar todos os banheiros e lavabos com vaso sanitário, incluindo os de empregada, os localizados fora de casa e o(s) da(s) suítes. Para ser considerado, o banheiro tem que ser privativo do domicílio. Banheiros coletivos (que servem a mais de uma habitação) NÃO devem ser considerados.
222. Qual a escolaridade do chefe de família? (1) nenhuma ou até 3ª série (primário incompleto) (2) 4ª série (primário completo) ou 1º grau (ginasial) incompleto (3) 1º grau (ginasial) completo ou 2º grau (colegial) incompleto (4) 2º grau (colegial) completo ou nível superior incompleto (5) nível superior completo (9) IGN
ESCPESMAIREND __
A definição de chefe de família será feita pelo próprio entrevistado, geralmente se considerando o esposo ou, na falta deste, a pessoa responsável no momento da entrevista. Deve ser considerado o último ano completado, não cursado. O chefe do domicilio será aquele que possui maior renda (maior mesada).
223. No mês passado quanto ganharam as pessoas que moram aqui, incluindo trabalho e aposentadoria? Pessoa 1: R$ __ __ __ __ __ por mês Pessoa 2: R$ __ __ __ __ __ por mês Pessoa 3: R$ __ __ __ __ __ por mês Pessoa 4: R$ __ __ __ __ __ por mês Pessoa 5: R$ __ __ __ __ __ por mês (00000) Não possui renda (88888) NSA (99999) IGN
BRF1__ __ __ __ __
BRF2 __ __ __ __ __
BRF3 __ __ __ __ __
BRF4 __ __ __ __ __
BRF5 __ __ __ __ __
Pergunte quais as pessoas da casa que receberam salário ou aposentadoria no mês passado. Enumere cada pessoa. A resposta deverá ser anotada em reais. Sempre confira pessoa por pessoa com seus respectivos salários, no final dessa pergunta. Caso a pessoa entrevistada responda salário/dia, salário/semana ou salário/quinzenal especifique ao invés de calcular por mês. Se mais de cinco pessoas contribuírem com salário ou aposentadoria para a renda familiar anote os valores ao lado e, posteriormente some todas as rendas que restarem e marque o valor total na pessoa cinco. Caso seja necessário algum cálculo, não o faça durante a entrevista porque isso geralmente resulta em erro. Não esqueça que a renda se refere ao mês anterior. Se uma pessoa começou a trabalhar no mês corrente, não incluir o seu salário. Se uma pessoa está desempregada no momento mas recebeu salário no mês anterior, este deve ser incluído. Quando uma pessoa está desempregada a mais de um mês e estiver fazendo algum tipo de trabalho eventual (biscates), considere apenas a renda desse trabalho, anotando quanto ganha por biscate e quantos dias trabalhou neste último mês para obter a renda total. Para os autônomos, como proprietários de armazéns e motoristas de táxi, considerar a renda líquida e não a renda bruta. Já para os empregados deve-se considerar a renda bruta, não excluindo do valor do salário os valores descontados para pagamentos de seguros sociais. Não incluir rendimentos ocasionais ou excepcionais como o 13º salário ou recebimento de indenização por demissão, fundo de garantia, etc. Salário desemprego deve ser incluído. Se a pessoa trabalhou no último mês como safrista, mas durante o restante do ano trabalha em outro emprego, anotar as duas rendas especificando o número de meses que exerce cada trabalho. A mesada dos pais que moram no domicílio não devem ser consideradas. Considerar somente a mesada dos pais se estes não morarem no domicílio. Ganhos com jogos de azar não devem ser incluídos na renda.
224. A família tem outra fonte de renda, por exemplo, aluguel, pensão ou outra que não foi citada acima? (0) Não (1) Sim - Quanto? R$__ __ __ __ __ por mês
(88888)NSA (99999)IGN
OUTRFOREN __
OUTRQTO __ __ __ __
Esta pergunta refere-se a outras fontes de renda constantes que a família tenha, através de uma ou mais pessoas de sua casa, também referente ao mês anterior.
225. O(A) Sr.(a) possui algum plano de saúde ou convênio (tipo UNIMED, IPE, FUSEX, Sindicato)?
(0) Não (1) Sim. QUAL?____________________________ (9)IGN
PLANOSAUDE__
PLANQUAL__
153
Considerar qualquer plano de saúde, convênio ou seguro que cubra despesas médicas, hospitalares, atendimento odontológico, fisioterapia, enfermagem. Se SIM, pergunte QUAL e anote.
PARA O PREENCHIMENTO DO ENTREVISTADOR: O questionário foi respondido: (1) Todo pelo(a) idoso(a), sem ajuda (2) Todo pelo(a) idoso(a), com ajuda (3) Algumas respostas foram dadas por outra pessoa (4) Maior parte das respostas foi dada por outra pessoa (5) Todas as respostas foram dadas por outra pessoa
QUERESP__
Escolher a opção e anotar. Se nenhuma das opções atende a necessidade, escrever a situação no pé da página.
ANOTE O HORÁRIO DO TÉRMINO DA ENTREVISTA
ENCERRE O QUESTIONÁRIO E AGRADEÇA A COLABORAÇÃO
154
APÊNDICE 7
Universidade Federal de Pelotas Departamento de Medicina Social
Programa de Pós-graduação em Epidemiologia
CONTROLE DE QUALIDADE
PROJETO ADOMIS - IDOSOS DE 60 ANOS OU MAIS DE IDADE
Número do(a) entrevistador (a): __ __ NUENT__ __ Unidade Básica de Saúde: __ __ UBS __ __ Número da micro-área: __ __ MICRO __ __ Número da quadra: __ __ QUADRA __ __ Número do domicílio: __ __ __ DOM __ __ __ Número da Pessoa no domicílio: __ __ NPED__ __
Data da entrevista de CQ: __ __/ __ __ / 2008
1. Confirmar o nome do(a) entrevistado(a): ________________________________________________________________________
CONFNOME__
2. O Sr (a) foi visitado nos últimos dias por uma pessoa que fez perguntas sobre a sua saúde? (0) Não (1) Sim
RECVIS__
AVISAR QUE VAI REFAZER ALGUMAS PERGUNTAS
14. O(A) Sr.(a) é aposentado(a)? (0) Não (1) Sim APOS __
34. Algum médico disse que o Sr(a) tem pressão alta?
(0) Não (1) Sim (9) IGN
HASREF __
40. Neste ano (2008) o(a) Sr(a) fez vacina contra a gripe?
(0) Não (1) Sim (9) IGN
VACGRIPE __
67. Desde <1 ANO ATRÁS> o(a) Sr.(a) quebrou ou fraturou algum osso?
(0) Não (1) Sim (9)IGN FRAT__
83. O(A) Sr.(a) usa aparelho para ouvir?
(0) Não (1) Sim (9)IGN
AUDIAP__ AUDIAPTE__ __
100. Foi solicitado atendimento em casa desde <3 MESES ATRAS>?
(0) Não (1) Sim (9)IGN
SOLAD __
140. Para caminhar a distância de uma quadra, o(a) Sr.(a):
(2)Não recebe ajuda (1) Recebe ajuda parcial (0) Não consegue andar sozinho
ICAQUA __
184. O(A) Sr.(a) fuma ou já fumou?
(0) Não, nunca fumou (1) Sim, fuma (1 ou + cigarro(s) por dia há mais de 1 mês) (2) Já fumou, mas parou de fumar há __ __ anos __ __ meses (9)IGN
FUMO __ TPAFA __ __ TPAFM __ __
227. O (A) Sr(a) possui algum plano de saúde ou convênio (tipo UNIMED, IPE, FUSEX, Sindicato) (0) Não (1) Sim. Qual?______________________________ (9)IGN
PLANOSAUDE___
PLANQUAL___
AGRADEÇA E ENCERRE O QUESTIONÁRIO. ASSINATURA DO SUPERVISOR_________________________________________
156
Universidade Federal de Pelotas Departamento de Medicina Social
Programa de Pós-graduação em Epidemiologia
RELATÓRIO DO TRABALHO DE CAMPO
Doutoranda: Elaine Thumé
Orientador: Luiz Augusto Facchini
Pelotas – RS, 2008
157
1 Introdução
O relatório apresenta o trabalho de campo, incluindo o planejamento, a execução
e sua conclusão. A preparação do campo ocorreu no período de maio a julho de 2008 e a
coleta de dados iniciou em julho de 2008 e foi concluída em novembro do mesmo ano,
em Bagé, Rio Grande do Sul.
O estudo envolveu a população idosa residente na área urbana de Bagé. O
delineamento foi transversal e os dados foram coletados através de entrevistas com a
utilização de questionários pré-codificados a todos os idosos moradores dos domicílios
selecionados na amostra.
O objetivo do estudo foi o de identificar o acesso e a utilização de assistência
domiciliar por idosos em áreas sob cobertura das equipes de saúde da família e em áreas
sob cobertura das equipes tradicionais de atenção básica.
A colaboração recebida da Secretaria Municipal de Saúde de Bagé, da
Universidade da Região da Campanha – URCAMP e da 7ª Coordenadoria Regional de
Saúde, foram de extrema importância para o êxito do trabalho de campo.
2 Questionários
O questionário foi elaborado entre março e julho de 2008. As perguntas
contemplaram os aspectos demográficos, socioeconômicos, comportamentais,
cognitivos, depressão, morbidades, capacidade funcional, atividade física, auto-
percepção de saúde, utilização de serviços de saúde e rede de apoio informal. Foi
aplicado a todos os idosos residentes no domicílio selecionado na amostragem. No caso
de impossibilidade da participação do idoso, o questionário foi aplicado ao cuidador
principal, não sendo coletado as questões que dependiam diretamente da participação do
idoso, como por exemplo, as questões relativas a avaliação cognitiva, depressão e auto-
percepção da situação de saúde.
158
3 Manual de instruções
O manual de instruções utilizado para a capacitação dos entrevistadores durante
o treinamento e para consulta durante a fase de coleta dos dados está apresentado no
Apêndice 6 do Projeto de Pesquisa. O manual tem como objetivo manter a padronização
na coleta dos dados e esclarecer questões sobre a codificação e informações gerais,
incluindo o comportamento e a postura dos entrevistadores durante o trabalho de campo.
4 Amostragem
O município dispunha, na época da coleta dos dados, 20 UBS na zona urbana do
município (15 USF e 5 UBS Tradicionais). Os dados foram coletados nas áreas de
abrangência da totalidade das UBS.
A amostragem foi realizada em dois estágios, sendo respeitada a área de
abrangência da USF e respectivas microáreas. Nas USF foi utilizado o mapeamento das
equipes de saúde da família. Nas UBS Tradicionais foi utilizada a área definida pela
equipe. A partir desta delimitação a área foi dividida em quadrantes.
De acordo com as estimativas do IBGE (DATASUS, 2006) a população total de
Bagé era de 122.461 pessoas, sendo que 14.792 (12%) com 60 anos ou mais de idade. A
taxa de urbanização do município era de 82% (área urbana um total de 100.418 pessoas;
12.050 com 60 anos ou mais). A cobertura do PSF era de 54%, na zona urbana
(DATASUS, 2006), isto representava cerca de 53.871 pessoas moradores em área de
abrangência sob responsabilidade das ESF, deste total, 6.464 são idosos. Segundo
SIAB-Bagé (SMS, 2007), os domicílios em áreas de PSF tinham em média 3,6 pessoas,
totalizando em torno de 14.964 famílias. Considerando 19 equipes de saúde da família
no município, em média, cada equipe seria responsável por 788 famílias ou 197 famílias
por microárea (se considerarmos quatro microáreas por equipe). Se a concentração é de
0,3 idosos por domicílio, teremos 59 domicílios com idosos por microárea.
Partindo do pressuposto que o restante da população (46%) deva ser atendida
pelas UBS Tradicionais, isto corresponde a aproximadamente 46.547 pessoas, das quais
5.585 idosas. Considerando a mesma média de pessoas por família, totaliza 12.929
famílias, cerca de 2.585 famílias por equipe. Para garantir uma melhor distribuição da
amostra, a área de cada UBS foi dividida em quadrantes, simulando uma microárea do
159
PSF. Neste contexto, cada quadrante teria, em média, 646 famílias, e mantendo a
concentração de 0,3 idosos por domicílio, teremos 194 domicílios com idosos por
quadrante.
A partir destes parâmetros, para uma amostra de 1.530 idosos, 826 seriam
localizados em área de cobertura do PSF e 704 em área de cobertura das UBS
Tradicionais.
Isto significava localizar 44 idosos em cada área de abrangência da ESF, 11
idosos por microárea. Ao interior das microáreas, a partir de um ponto sorteado
aleatoriamente, foi utilizado um pulo de cinco domicílios, garantindo uma adequada
distribuição dos domicílios no território, de modo que todos os domicílios tivessem a
mesma probabilidade de serem amostrados. Nas UBS Tradicionais, a amostra seria de
141 idosos por UBS, 35 idosos em cada quadrante. Manteve-se o pulo de cinco
domicílios. Todas as pessoas com 60 anos ou mais de idade, que residiam nos
domicílios selecionados, fizeram parte da amostra elegível e foram convidados a
participar da pesquisa. Um total de 1.713 idosos foram localizados e 1.593 foram
entrevistados. Deste total, 822 nas áreas de cobertura do PSF e 741 nas áreas de
cobertura das UBS Tradicionais atingindo assim, a amostra estimada para o estudo.
5 Pessoal envolvido
O trabalho contou com uma equipe localizada em Bagé e outra em Pelotas. As
atribuições de cada um dos membros da equipe estão descritas a seguir:
5.1 Coordenador geral Esta atribuição foi desempenhada pelo próprio doutorando que ficou responsável
pelo projeto como um todo, participou de todas a negociações com a Secretaria
Municipal de Saúde e reuniões de apresentação do projeto. Também planejou e
executou o treinamento dos entrevistadores. Verificou as inconsistências dos
questionários antes e depois de digitados, alertando sobre possíveis falhas na coleta de
dados.
5.2 Coordenadoras de campo
Responsáveis pela execução do trabalho de campo que envolvia a seleção do
pessoal, treinamento, acompanhamento das tarefas dos supervisores, elaboração de
160
rotinas do trabalho, contato com coordenadores das unidades e com a coordenação geral
em Pelotas, quando necessário.
5.3 Supervisores de campo Responsáveis diretos pelo trabalho dos entrevistadores, supervisão da
codificação dos questionários e realização das entrevistas de controle de qualidade nos
domicílios. Foram responsáveis pela construção dos mapas da área de abrangência das
Unidades Básicas de Saúde, a divisão em micro-áreas e o sorteio do ponto de início da
coleta em cada micro-área. Também distribuíam material aos entrevistadores e
auxiliaram nas atividades de seleção e capacitação de entrevistadores.
5.4 Entrevistadores Responsáveis pela realização das entrevistas domiciliares e codificação dos
questionários. Entre os critérios para seleção foi solicitado ensino médio completo e
disponibilidade de horário. Foram treinados com explicações teóricas do questionário
utilizando o manual de instruções, realização de entrevistas e treinamento prático para
capacitação na logística do trabalho de campo.
5.5 Digitadores A primeira digitação foi realizada em Bagé sob supervisão do coordenador geral
e dos coordenadores de campo. A segunda digitação foi realizada em Pelotas, sob
supervisão da coordenação geral do estudo.
6 Estudo pré-piloto
O estudo pré-piloto foi realizado na cidade de Pelotas durante a fase de
elaboração e teste do questionário. Foram aplicados cerca de 10 questionários em
domicílios escolhidos aleatoriamente em áreas distintas da cidade.
7 Estudo-piloto
O estudo-piloto fez parte do treinamento dos entrevistadores. Foi realizado na
cidade de Bagé, com idosos residentes em uma instituição de longa permanência e não
incluídos na amostra. Foram aplicados cerca de 20 questionários, sob supervisão da
coordenação geral do estudo, coordenador do trabalho de campo e supervisores. O
161
objetivo desta fase foi testar o questionário no ambiente mais próximo ao qual ele seria
aplicado, avaliar e familiarizar os candidatos a entrevistadores com os instrumentos.
8 Reuniões com a Secretaria de Saúde de Bagé
Os contatos iniciais foram com o Secretário Municipal de Saúde e a coordenação
do Programa Saúde da Família. Foi entregue uma cópia do projeto e a solicitação de
apoio para as atividades do trabalho de campo, incluindo a disponibilidade de área física
para a sede do estudo em Bagé. O estudo também foi apresentado aos enfermeiros das
Unidades Básicas de Saúde, em reunião da equipe.
Figuras 4 e 5. Reunião com enfermeiros da Secretaria Municipal de Saúde.
Bagé, 2008.
9 Logística pré-trabalho de campo
O pré-trabalho de campo incluiu:
• Contato com o IBGE para ter acesso ao mapa do município;
• Visita em todas as Unidades Básicas de Saúde do município para delimitar a
área de abrangência de cada uma das unidades;
• Contato com o Coordenador do Campus Saúde da URCAMP para apoio na
divulgação do estudo e área física para o treinamento dos entrevistadores;
• Contato com a responsável pelo programa Saúde do Idoso na 7ª Coordenadoria
Regional da Saúde;
• Elaboração dos formulários de controle dos questionários;
162
• Contratação de dois supervisores para apoiar as atividades da coordenação do
trabalho de campo
• Seleção dos entrevistadores, treinamento e distribuição das unidades pelas quais
cada um passaria a ser responsável;
• Reprodução do material necessário para a coleta de dados;
• Divulgação do estudo em programas de rádios de Bagé
• Divulgação do estudo nos jornais de Bagé
• Estruturação da equipe de trabalho em Bagé.
Figuras 6, 7 e 8. Divulgação na imprensa (rádio e jornal). Bagé, 2008.
163
10Logística do trabalho de campo
10.1 Infra-estrutura A Secretaria Municipal de Saúde de Bagé cedeu uma sala mobiliada no prédio
do Centro do Idoso. Também, durante a coleta de dados as Unidades Básicas de Saúde
disponibilizaram um espaço para a permanência dos supervisores, servindo de ponto de
encontro com os entrevistadores para a entrega de questionários feitos e busca de
material quando necessário. Antes de iniciar a coleta de dados, em cada uma das
Unidades da Saúde da Família, era realizada uma reunião com os Agentes Comunitários
de Saúde para que eles auxiliassem na divulgação do estudo na comunidade.
..
Figuras 9, 10, 11 e 12. Infra-estrutura, trabalho de campo e coleta de dados.
Bagé, 2008.
11 Planilhas de controle Para o controle dos questionários foram utilizados as seguintes planilhas:
• Controle da entrega dos questionários pelos entrevistadores: objetivo de
controlar o número de questionários recebidos e devolvidos pelos
entrevistadores.e para controlar a produção por entrevistador (Apêndice 6).
• Controle do material entregue para os entrevistadores: mochila com material
fornecido aos entrevistadores.
164
• Planilha da área com as seguintes informações: entrevistador, número da UBS,
da micro-área, da quadra, data, nome do supervisor, número do domicilio,
número de elegíveis por domicilio e numero de questionários feitos, o endereço
do domicilio e espaço para registrar alguma observação. (Apêndice 6 do Projeto
de Pesquisa).
• Folhas de lotes: Folhas de rosto onde constavam as etiquetas de identificação
dos questionários contidos no lote, por UBS. (Apêndice 6 do Projeto de
Pesquisa).
12 Coleta de dados Os dados foram coletados através de entrevistas individuais a todos os idosos
moradores do domicílio selecionado. Utilizou-se um termo de consentimento (Apêndice
4 do Projeto de Pesquisa) onde o entrevistado assinava que estava autorizando a sua
participação na pesquisa ou do seu dependente, no caso dos idosos impossibilitados de
assinar. No caso de recusas, o entrevistador era orientado a retornar ao domicílio em
dias e horários diferentes dos da primeira tentativa. No caso de persistência da recusa,
um supervisor do trabalho de campo realizou uma última tentativa.
Figuras 13, 14, 15 e 16. Coleta de dados. Bagé, 2008.
165
13 Material de campo As entrevistadoras apresentavam-se nos domicílios com crachá e a carta de
apresentação explicando os principais motivos do trabalho da entrevistadora, a
importância de participar da entrevista e solicitando a colaboração (Apêndice 5 do
Projeto de Pesquisa).
O material era transportado em mochilas contendo prancheta, saco plástico,
questionários, manual de instruções, mapas das áreas, lápis, borracha, apontador e
almofada de carimbo. Foi distribuído um cartão telefônico aos entrevistadores para
facilitar a comunicação com os supervisores.
14 Reuniões com entrevistadores Supervisores e entrevistadores tinham contato diário na UBS da área e semanal
na sede do estudo, no Centro do Idoso, na área central da cidade. Reunião com a
coordenação do estudo eram quinzenais, onde era realizada a avaliação do andamento
do trabalho de campo e as adequações necessárias. As reuniões também tinham por
objetivo o fornecimento de mais material, o esclarecimento de dúvidas dos
entrevistadores e supervisores. Também eram recebidos e conferidos os questionários
preenchidos.
Figuras 17 e 18. Reuniões com entrevistadores e supervisores. Bagé, 2008.
166
15 Rotina com os questionários
15.1 Distribuição do material Todo o estoque de formulários e questionários ficava armazenado na sede do
estudo em Bagé. A distribuição aos entrevistadores era semanal, com registro do
material fornecido.
16 Recebimento, avaliação e codificação complementar dos questionários
Os questionários preenchidos eram revisados pelo supervisor e em caso de
dúvidas era questionado o entrevistador para esclarecimento. Os supervisores
controlavam a quantidade de questionários distribuídos e aplicados pelo entrevistador e
realizavam a qualidade da codificação, incluindo a adequação e coerência das respostas
e pulos do questionário.
As questões abertas eram codificadas pelos supervisores. Após conferidos os
questionários eram separados por UBS. O número final do questionário foi composto
pela seqüência de números que identificava a UBS, o entrevistador, a micro-área, a
quadra, o domicilio e o número da pessoa no domicilio. Após conferido os questionários
foram encaminhados para digitação.
17 Digitação A digitação foi realizada duas vezes, por digitadores diferentes em cidades
diferentes (Bagé e Pelotas), para garantir a qualidade da entrada dos dados. A
comparação das duas digitações foi realizada pelo coordenador do projeto para avaliar a
inconsistência dos dados e a qualidade. No caso de dúvidas os questionários eram
revisados e se permanecesse a inconsistência, foi solicitado ao coordenador do campo o
retorno ao domicilio para a coleta do dado correto.
18 Controle de qualidade
167
18.1 Domiciliar Foi elaborado um questionário (Apêndice 4 do Projeto de Pesquisa) contendo
perguntas-chave selecionadas do questionário original. Este questionário foi aplicado a
uma amostra aleatória de 10% de todos os indivíduos entrevistados. Sua aplicação foi
feita através de visita domiciliar por um dos supervisores e coordenadores do campo.
Além de possibilitar o cálculo do índice Kappa de repetibilidade dos dados, o objetivo
foi verificar se as entrevistas tinham sido conduzidas adequadamente pelos
entrevistadores.
19 Perdas e recusas
Para controle das perdas e recusas foi criado uma planilha constando o endereço,
o sexo e a idade de quem não respondeu o questionário. As perdas e recusas não
revertidas pelos entrevistadores até o final da pesquisa foram buscados pelos
supervisores e pela coordenadora do trabalho de campo em Bagé. Dos 1.713 idosos
identificados foram entrevistados 1.593, totalizando 76 perdas e 44 recusas não
revertidas, totalizando um percentual de 7%.
20 Encerramento do trabalho de campo
O trabalho de campo em Bagé foi encerrado em novembro de 2008, quando se
esgotaram as possibilidades de encontrar os indivíduos pertencentes à amostra, e da
tentativa de reverter as recusas e de localizar os idosos não presentes no domicilio na
hora da entrevista.
21 Custos do trabalho de campo
DESPESA VALOR (R$)
Material de consumo 5.291,12
Vale transporte 4.144,00
Remuneração dos supervisores entrevistados 24.677,00
TOTAL 34.112,12
168
22 Tarefas pós-campo
22.1 Limpeza do banco e análise dos dados Depois de encerrada a dupla digitação, foi realizada a análise de consistência
entre os bancos e iniciado processo de limpeza de dados, com análise de freqüência das
variáveis do banco. Todos os valores impossíveis ou estranhos foram verificados
diretamente nos questionários. Também foram feitas as recodificações necessárias de
valores ignorados ou que não se aplicavam para as perguntas. Antes das análises o
banco de dados foi preparado e novas variáveis categóricas foram construídas.
23 Cronograma do trabalho de campo
Ano/ Mês Etapa
2008 2009
Abr
il
Mai
o
Junh
o
Julh
o
Ago
sto
Sete
mbr
o
Out
ubro
Nov
embr
o
Dez
embr
o
1º
Trim
estre
Preparo dos instrumentos
Visita ao gestor municipal, IBGE e URCAMP e divulgação do estudo na mídia de Bagé
Delimitação das áreas de abrangência das UBS.
Seleção e treinamento da equipe de campo
Estudo pré-piloto
Estudo piloto
Coleta e digitação dos dados
Finalização do Banco de Dados
ARTIGO 3
Avaliação da Qualidade da Assistência Domiciliar a Idosos: revisão da literatura.
Quality in Home Health Care: literature review Elaine Thumé1,2*, Luiz Augusto Facchini1, Maria de Fátima dos Santos Maia3, Elaine
Tomasi2,4, Alitéia Santiago Dilélio1, Suele Manjourany Silva1
1 Programa de Pós-graduação em Epidemiologia, Universidade Federal de Pelotas 2 Depto de Enfermagem, Universidade Federal de Pelotas 3 Fundação Universidade do Rio Grande 4 Programa de Pós-Graduação em Saúde e Comportamento - Universidade Católica de
Pelotas 5 Secretaria Municipal de Saúde de Pelotas
* Endereço para correspondência:
Elaine Thumé
Rua: Marechal Deodoro, 1160 - 3º piso. Caixa Postal 464
Bairro: Centro
Pelotas – Rio Grande do Sul – Brasil. CEP: 96020-220
Número de telefone: (53) 32841300
E-mail: [email protected]
190
RESUMO
A revisão da literatura objetivou a busca de instrumentos e indicadores utilizados para
avaliar a qualidade da assistência prestada aos idosos no âmbito domiciliar. Foram
pesquisadas as bases de dados bibliográficas PubMed, WoS e Lilacs, em janeiro de
2010. Os dezenove artigos selecionados foram agrupados em dois conjuntos: o primeiro
reuniu as questões conceituais, instrumentos e indicadores testados nas últimas duas
décadas. No segundo conjunto foram agrupados os trabalhos sobre a utilização destes
instrumentos em estudos e pesquisas. Dois instrumentos se destacaram no estudo da
qualidade da atenção domiciliar: o Outcome and Assessment Information Set e o
Minimum Data Set - Home Care (MDS-HC). A taxa de hospitalização, a capacidade
funcional e o controle da dor foram indicadores utilizados em ambos instrumentos. A
avaliação cognitiva, a taxa de vacinação contra Influenza, além da negligência ou abuso
foram indicadores destacados no MDS-HC. Esta revisão poderá subsidiar a discussão
sobre a elaboração de instrumentos próprios e indicadores adequados para avaliar a
qualidade da assistência domiciliar, principalmente diante da expansão e consolidação
da estratégia de saúde da família.
Palavras-chave: avaliação, assistência domiciliar, idosos, indicadores de saúde, atenção
básica à saúde.
ABSTRACT
The objective was to review the literature in search for tools and indicators proposed for
the study of quality assessment of care for the elderly at home. The databases PubMed,
WoS and Lilacs were revised in January 2010. The articles were classified into two sets:
the first one brings together the conceptual issues, instruments and indicators tested in
the past two decades around the world. In the second set the works on the use of these
tools in studies and research were grouped. Nineteen articles were selected for inclusion
in the analysis. Two instruments are highlighted in the study of quality home care: the
Outcome and Assessment Information Set and the Minimum Data Set - Home Care. The
hospitalization rate, functional capacity and pain control indicators were used in both
instruments to assess quality. Cognitive assessment, the vaccination against influenza,
as well as indicators of neglect or abuse were highlighted in the MDS-HC. This review
may help the discussion about the relevance in the development of specific instruments
and appropriate indicators to assess home care provided in primary health care, mainly
due to the expansion and consolidation of family health strategy.
Keywords: assessment, home health care, elderly, health indicators, primary health care.
191
Introdução
A avaliação de políticas e programas de saúde é essencial no suporte à gestão, de
modo a identificar problemas, reorientar ações e serviços e dimensionar o desempenho e
a efetividade das práticas de saúde1. Entretanto, sua institucionalização desafia gestores,
pesquisadores e trabalhadores da saúde, principalmente na escolha de bases teóricas e
metodológicas capazes de avaliar as complexas dimensões dos cuidados prestados aos
indivíduos e populações. A qualidade da atenção em saúde no âmbito domiciliar tem
sido uma preocupação crescente nos estudos avaliativos, com particular interesse no
estabelecimento de indicadores de desempenho através da análise da estrutura e do
processo do atendimento2,3,4,5.
O domicilio como ambiente terapêutico diferencia-se da assistência hospitalar e
em instituições de longa permanência pela natureza dos serviços prestados, por
características próprias do indivíduo sob cuidado e pela presença dos cuidadores
informais atuando de forma complementar4,6. Indicadores capazes de captar estas
nuances desafiam os esforços de avaliação da qualidade da atenção no ambiente
domiciliar, especialmente em um contexto de envelhecimento populacional e crescente
predomínio das doenças crônicas2,3,5.
No Brasil, o Programa Nacional de Avaliação de Serviços de Saúde é um
instrumento de apoio à gestão do Sistema Único de Saúde no que se refere à qualidade
da assistência oferecida aos usuários, mas está focado principalmente na área hospitalar7.
Estudos recentes têm identificado o incremento no acesso e na utilização de serviços de
atenção básica à saúde e na assistência domiciliar8-10. Outros estudos sobre a atenção
domiciliar, utilizando abordagens descritivas e qualitativas, enfocam critérios de
inclusão para o recebimento da assistência, a avaliação de risco individual, as
características da demanda atendida, a participação dos cuidadores informais e a
complexidade na mudança do modelo tecno-assistencial11-14. Entretanto, permanece
inexplorada a avaliação da qualidade dos processos e dos resultados da assistência
domiciliar, justificando a necessidade de identificar instrumentos e indicadores que
reflitam esta dimensão dos cuidados de saúde prestados.
O objetivo deste artigo foi revisar a literatura na busca de instrumentos e
indicadores propostos para avaliar a qualidade da assistência prestada aos idosos no
âmbito domiciliar.
192
Metodologia
A primeira etapa da revisão de literatura foi realizada em janeiro de 2010, com
buscas nas bases de dados bibliográficas PubMed (Publicações Médicas), WoS (Web of
Science) e Lilacs (Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde). Ao
finalizar a procura em cada base, as referências duplicadas eram retiradas. Os limites
utilizados foram idioma (inglês, português e espanhol), estudos com humanos e,
algumas vezes, recursos de controle de vocabulário (pesquisa por descritores e palavras
do título). Não foi estabelecido limite de tempo, isto é, as buscas foram feitas em todo o
conteúdo das bases. A Figura 1 apresenta os detalhes deste processo.
A etapa seguinte consistiu na seleção das referências relevantes, primeiro a partir
da leitura dos títulos e depois da leitura dos resumos. Também foram identificados
artigos a partir da análise das referências dos artigos selecionados.
Os critérios utilizados na exclusão dos artigos foram: indisponibilidade de
resumos; estudos realizados com idosos moradores de casas geriátricas; idosos sob
cuidados hospitalares ou em internação domiciliar sob cuidados paliativos; e pesquisas
realizadas com outros grupos populacionais, que incluíam idosos, porém este não era o
foco principal de análise.
Por fim, foram selecionados apenas os estudos que abordavam a qualidade na
avaliação da assistência domiciliar prestada à população idosa.
Após a etapa de seleção, os artigos foram classificados por local e ano da
publicação, fonte, ano e forma da coleta de dados, principais objetivos do estudo, tipo
de instrumento usado na coleta de dados e indicadores utilizados para avaliar a
qualidade da assistência.
Os artigos foram agrupados em dois conjuntos: o primeiro reunindo estudos
sobre questões conceituais, instrumentos e indicadores testados nas últimas duas
décadas na avaliação da qualidade da assistência domiciliar a idosos. No segundo
conjunto foram agrupados os trabalhos sobre a utilização dos instrumentos em estudos e
pesquisas.
Resultados
Foram encontradas 7.116 referências e, após leitura dos títulos, 6.306 referências
foram descartadas. A maior parte dos estudos desconsiderados abordava a assistência
193
em hospitais e casas geriátricas (4.718), e outros não apresentavam resumo (1.588).
Através da leitura de 810 resumos, selecionaram-se 43 artigos para serem lidos na
íntegra. Nesta fase foram descartados 30 artigos e agregados outros seis localizados a
partir das referências. No final deste processo (Figura 2), restaram 19 artigos para serem
incluídos na análise. Oito tratavam das questões conceituais, os grupos de pesquisa e os
instrumentos e indicadores desenvolvidos nas últimas duas décadas, para a avaliação da
qualidade da assistência domiciliar a idosos2,3,4,5,15,16,17,18. Os demais artigos
apresentavam os resultados de trabalhos sobre a utilização dos instrumentos em estudos
e pesquisas19,20,21,22,23,24,25,26,27,28,29.
A inserção da qualidade na avaliação da assistência domiciliar
A preocupação com a qualidade na atenção à saúde prestada no domicílio teve
início, nos Estados Unidos, na década de 1980, após a mobilização da sociedade frente a
contínuas denúncias de maus tratos e abusos no cuidado domiciliar de idosos e a falta de
padronização e supervisão na prestação de serviços entre as empresas prestadoras de
cuidado domiciliar2. Nos Estados Unidos, a assistência domiciliar em saúde é prestada
por empresas privadas licenciadas, cujo objetivo principal é a prestação de assistência
de enfermagem especializada, fisioterapia e terapia ocupacional, assistência social e
cuidador auxiliar sob supervisão profissional para tratamento ou reabilitação dos
pacientes no domicílio. As empresas recebem certificação através do Medicare, um
programa de seguro social para idosos com 65 anos ou mais de idade, implementado em
1965 através do Social Security Act e administrado pelo governo dos EUA. A
certificação significa que o órgão cumpriu diretrizes federais específicas e critérios
relativos à assistência ao paciente5.
Até o final dos anos 1980, a avaliação estava centrada nas questões estruturais,
incluindo aspectos administrativos, disponibilidade de recursos humanos e os estudos
tinham como foco as políticas e procedimentos das empresas. O desafio era a inclusão
de indicadores relacionados com o processo de trabalho, entre eles, a avaliação do
paciente, o plano de cuidados proposto e a provisão de serviços individualizados.
Também não havia consenso sobre as medidas de qualidade nos resultados e a melhor
forma de implementar tal avaliação3,5.
Dois grupos de pesquisa se destacaram no estudo da qualidade da atenção
domiciliar. O primeiro grupo, formado por pesquisadores vinculados a Universidade de
194
Colorado, iniciou o desenvolvimento do instrumento denominado Outcome and
Assessment Information Set (OASIS), no final dos anos 1980 e início dos anos 1990. O
segundo grupo, denominado inter-RAI (Resident Assessment Instrument), foi formado
por pesquisadores americanos vinculados a Universidade de Michigan, em parceria com
pesquisadores canadenses, europeus e japoneses. Este grupo iniciou o estudo com
residentes em casas geriátricas e, em 1993, estendeu a metodologia de avaliação da
qualidade para a atenção domiciliar, propondo a utilização do instrumento denominado
Minimum Data Set- Home Care (MDS-HC)3,4,5,15,18.
Na elaboração do OASIS houve consenso sobre a necessidade de combinar
indicadores de estrutura, processo e resultado, além de formar grupos homogêneos dos
pacientes, de acordo com os problemas de saúde apresentados, facilitando assim, a
comparação entre as empresas3,15.
Na construção do MDS-HC, alguns parâmetros foram estabelecidos, entre eles:
ser baseado no paciente e apoiar o planejamento de cuidados; ter uso em diferentes
países; servir como um manual de treinamento e referência para os profissionais
responsáveis pelos cuidados no domicílio e apoiar ações multidisciplinares na
organização e prestação do cuidados.
A capacidade de medir mudanças no estado de saúde dos pacientes e, portanto,
acompanhar a evolução do estado de saúde ao longo do tempo foi uma preocupação
comum nos dois grupos de pesquisa.
O OASIS contém um conjunto de dados socio-demográficos, ambientais,
sistema de suporte, estado de saúde, capacidade funcional e utilização de serviços de
saúde. Os dados são coletados no início do acompanhamento, a cada 60 dias ou no
momento da alta ou do encaminhamento para hospitalização. Atualmente, o OASIS é
um componente fundamental na avaliação da qualidade da atenção domiciliar prestadas
pelas empresas conveniadas com o Medicare. Com base nos dados coletados através do
OASIS os profissionais identificam as necessidades e planejam a intervenção. Os
desfechos são analisados de forma dicotômica: melhora ou estabilidade30. Os desfechos
relacionados a utilização de serviços são monitorados pela sua ocorrência. Ao todo, 41
indicadores monitoram a qualidade na atenção domiciliar5, deste total, 12 indicadores
comparam o desempenho entre as empresas e estão apresentados na Figura 2.
Madigan & Fortinsky17, realizaram uma avaliação psicométrica do OASIS
(n=201). Foram avaliados os domínios funcional, afetivo e comportamental, acrescidos
de um quarto item relacionado com avaliação clínica (presença de uma úlcera, dispnéia
195
ou interferência na atividades diárias devido à dor). A confiabilidade foi avaliada
através do coeficiente alfa de Cronbach e a estatística Kappa foi utilizada para avaliar a
confiabilidade intra-observador. Também foi observada a validade de construto através
da avaliação dos múltiplos itens que representam os domínios funcional, afetivo e
comportamental. O domínio funcional mostrou ser suficientemente confiável, com alta
consistência interna (alfa de Cronbach de 0,86 e 0,91, respectivamente na admissão e na
alta) e o Kappa intra-observador aumentou em cinco dos seis itens entre a admissão e a
alta. Os autores também avaliam que as evidências mostram forte validade de construto
neste domínio. A análise dos domínios relacionados ao afeto e aos aspectos
comportamentais mostraram-se inadequados e os autores sugerem revisão das escalas.
O Kappa intra-observador mostrou boa consistência nestes domínios (acima de 0,80).
Com relação aos itens da avaliação clínica, os autores destacam a dificuldade em
identificar a confiabilidade intra-observador, especificamente com relação à dispnéia e
dor. Os escores Kappa para esses itens foram inferiores a 0,75 tanto na admissão quanto
na alta. A presença de úlcera mostrou um Kappa perfeito nas duas observações. Este
achado pode ser devido a um dado objetivo para avaliação. Os autores sugerem novas
avaliações psicométricas e comparações do domínio funcional do OASIS com escalas
similares como, por exemplo, o índice de Katz31.
O MDS-HC contém dados sociodemográficos, escala para avaliação cognitiva,
incluindo também aspectos da comunicação e visão, humor, bem-estar psicossocial,
capacidade funcional, continência, diagnóstico de doenças, situação da saúde oral e
nutricional, condição da pele, uso de medicamentos, suporte social, tratamentos e
procedimentos, avaliação ambiental e situação na alta. Após avaliação e diagnóstico
inicial, a metodologia disponibiliza 30 protocolos para a operacionalização do cuidado.
Além de avaliar a qualidade nos resultados, o MDS-HC permite avaliar a elegibilidade
para a inclusão na assistência domiciliar e o planejamento do cuidado. O MDS-HC tem
sido utilizado por empresas norte-americanas, canadenses, européias, japonesas,
chinesas e australianas. A Figura 3 apresenta os dezesseis indicadores utilizados para
avaliar a qualidade, cuja medida utilizada é a prevalência4.
Morris e colaboradores16, testaram a concordância inter observador de 93 itens
do MDS-HC em um total 241 idosos sob assistência domiciliar em cinco países:
Austrália (10%), Canadá (11%), República Checa (4%), Japão (47%) e Estados Unidos
(28%). Os idosos foram selecionados aleatoriamente e o instrumento foi aplicado no
mesmo idoso por entrevistadores diferentes, com intervalo de sete dias entre as
196
avaliações. Idosos sob assistência domiciliar tinham em média 79,6 anos, 60% eram
mulheres, 62% apresentavam múltiplas morbidades e 24% recebiam serviço terapêutico.
Foi observada baixa concordância (Kappa < 0.4) nos itens que avaliaram o estado
nutricional (mudança de peso e consumo alimentar); concordância adequada (Kappa
0.4-0.75) na avaliação da presença de delírio, problemas visuais, indicadores de
depressão, ansiedade e mau humor, presença de infecções, dor, mudança do peso,
condições da pele e da saúde bucal e; alta concordância (Kappa > 0.75) na avaliação da
memória e tomada de decisão, capacidade de comunicação, continência fecal e urinária,
história de queda, uso de medicamentos e tratamentos.
Utilização dos instrumentos de avaliação da qualidade em estudos e pesquisas
No estudo de Shaughnessy e colaboradores19, foi observada uma diferença
estatisticamente significativa, entre as taxas de hospitalização dos pacientes sob
cuidados das 54 empresas que utilizaram o OASIS, em 27 estados americanos, no
período de 1995 a 2000, comparado com empresas que não o utilizaram. O estudo de
intervenção de Allen e colaboradores20, com avaliação antes e depois da implantação do
OASIS, conduzido em 69 empresas no estado de Michigan, também evidenciou
diferenças estatisticamente significativas nas taxas de hospitalização, na transferência
cama/cadeira, no estado da ferida cirúrgica, no controle da dor, no manejo das
medicações orais, na utilização de serviços de urgência e no nível de ansiedade, entre o
estudo de linha de base e o de acompanhamento realizado após um ano. Entretanto, ao
comparar os resultados com o desempenho do grupo utilizado como padrão nacional,
estas diferenças desapareceram. Os autores apontam como limitação a falta de
padronização na escolha do indicador a ser monitorado, inviabilizando assim
comparações entre as empresas20.
Keepnews e colaboradores21, utilizaram 16 indicadores para avaliação do estado
funcional, dos quais 15 relacionados com atividades da vida diária e instrumentais da
vida diária, acrescidos da freqüência de dor interferindo na atividade funcional. Do total
de 1015 pacientes acompanhados por 60 dias, 78% apresentaram melhora, 18%
pioraram e 3% não apresentaram mudança na capacidade funcional. Uma importante
contribuição deste estudo foi a de utilizar o OASIS para a avaliação de desempenho no
nível do indivíduo, extrapolando as análises agregadas do desempenho por empresas.
197
No estudo realizado por Landi e colaboradores 23, foram acompanhados um total
de 115 idosos elegíveis para receber assistência domiciliar, no período de janeiro de
1997 a março de 1998, através da aplicação do MDS-HC e seus protocolos. Cada idoso
foi seu próprio controle e as taxas de hospitalização e o número de dias de permanência
no hospital foram comparadas com os seis meses que precederam a inclusão no
programa de assistência domiciliar. Após seis meses, 15% dos pacientes haviam
morrido e 7% foram transferidos para casas geriátricas por apresentarem altos níveis de
declínio funcional e cognitivo. Antes da intervenção 56% dos pacientes foram
internados no hospital, contra 46% após a intervenção (p<0.001). Também houve
redução no número de dias de permanência no hospital, com diferenças estatisticamente
significativas entre o período pré e pós intervenção.
Em 2001, Landi e colaboradores25 realizaram um ensaio clinico randomizado
com idosos elegíveis para receber assistência domiciliar em dois distritos italianos. No
distrito sob intervenção foi utilizado o MDS-HC como instrumento para avaliação
geriátrica (n=91). No distrito com o grupo controle (n=90), foi utilizado a forma
tradicional de avaliação da capacidade funcional (AVD e AIVD) e do estado cognitivo
(Mini-Exame do Estado Mental). Os idosos foram acompanhados durante um ano e a
avaliação foi realizada no momento da admissão e repetida a cada três meses. Os
principais desfechos monitorados foram: hospitalização, uso de serviços de saúde e
custo relacionado e capacidade funcional e cognitiva. O risco relativo de admissão
hospitalar foi de 0,49 (IC95% 0,56-0,97) para os idosos sob intervenção comparados
com o grupo controle. O estudo também mostrou que mesmo quando os idosos do
grupo intervenção precisaram hospitalização, esta ocorreu mais tardiamente e menos
freqüentemente (13% vs 23% respectivamente). Os gastos com os idosos do grupo
intervenção foi 21% menor do que os do grupo controle. Não houve diferença
estatisticamente significativa no número de horas de cuidado de enfermagem,
fisioterapia ou médico entre os grupos.
O MDS-HC foi utilizado no estudo de Bos e colaboradores28 para detectar
diferenças na qualidade dos cuidados domiciliares prestados a 4007 idosos com 65 anos
ou mais, na área urbana de 11 países europeus: República Tcheca, Dinamarca,
Finlândia, França, Alemanha, Inglaterra, Islândia, Itália, Holanda, Noruega e Suécia. Os
piores resultados em todos os países foi no indicador ‘potencial para reabilitação nas
AVD, mas que não receberam atendimento de fisioterapeuta, terapeuta ocupacional ou
exercícios terapêuticos’. Em média, 66% dos idosos não estavam recebendo
198
atendimento fisioterápico ou exercícios terapêuticos. A pior prevalência neste indicador
foi na República Tcheca (99%) e a melhor foi na Noruega (58%). O ‘controle
inadequado da dor’ foi o segundo indicador com maior prevalência, a média dos países
foi de 41%, com pior desempenho na Dinamarca (68%) e melhor na Noruega (23%). O
indicador ‘prevalência do não recebimento de vacinação contra Influenza nos últimos
dois anos’ apresentou uma média de 37%, variando de 12% a 69%. As piores coberturas
vacinais ocorreram na República Tcheca e a melhor cobertura foi na Dinamarca. A
‘prevalência de negligência ou abuso’ era problema para cerca de 4% dos idosos e, em
média 7% dos idosos apresentava ‘desidratação’.
Doran e colaboradores 29 utilizaram o MDS-HC para avaliar riscos na segurança,
e a ocorrência de eventos adversos entre indivíduos sob cuidado domiciliar no Canadá.
Foram analisados os dados de 238.958 casos registrados em Ontário (n=205.953), Nova
Escócia (n=26.751) e Winnipeg Regional Health Authority (n=6.254), no período de
2003 a 2007. Os autores destacam os seguintes aspectos que comprometem a segurança
dos pacientes: utilização de múltiplos fármacos, o comprometimento cognitivo e o fato
dos idosos morarem sozinhos. Apontam limitações no estudo para a validação na
ocorrência atual de eventos adversos e sugerem sua validação em uma amostra para
verificar se pode ser atribuído ao manejo no cuidado em saúde e também se o
instrumento é capaz de captar todas as possibilidades de ocorrência.
Discussão
A revisão identificou os avanços na elaboração dos instrumentos e indicadores
no estudo da qualidade na avaliação da assistência domiciliar. As iniciativas são
lideradas por pesquisadores vinculados a países cujo processo de transição demográfica
e epidemiológica ocorreu precocemente. Os instrumentos OASIS e MDS-HC se
destacam na utilização de indicadores para inclusão da qualidade na avaliação da
assistência domiciliar. Entretanto, esta não é uma tarefa fácil diante de uma temática
que engloba múltiplos aspectos e cujas avaliações abrangem a estrutura e a organização
dos serviços de saúde, o processo de trabalho das equipes, o ambiente domiciliar, sua
organização e rede de apoio3,5.
A prestação de cuidados de saúde de qualidade é parte vital do sistema de
saúde. Ao fornecer o cuidado é necessário ajudar os indivíduos a manter ou recuperar a
auto-suficiência evitando a institucionalização. O uso da taxa de hospitalização como
199
um indicador de qualidade é um ponto em comum dos instrumentos. Também é
consenso a avaliação do impacto da assistência domiciliar sobre a capacidade funcional
e controle da dor19-21,23,25,28.
A utilização da avaliação cognitiva, das taxas de vacinação contra Influenza e
negligência ou abuso foram indicadores destacados nos estudos que utilizaram o MDS-
HC23,28,29. A inclusão destes indicadores representa avanços na avaliação da qualidade.
Atualmente está sendo discutida a possibilidade de inclusão, na próxima revisão do
OASIS, de indicadores relacionados com o recebimento de vacinação (influenza,
pneumococco), intervenções no manejo da dor, exames dos pés, quedas e revisão das
medicações. Apesar de acarretar a coleta de mais dados, a inclusão destes indicadores
terá um valor potencial para a melhora da avaliação da qualidade5.
Atualmente, nos EUA, tem sido discutida a inclusão de indicadores capazes de
medir a satisfação do paciente, com perguntas que captem sua percepção sobre o
processo de recebimento de cuidado. Dentre eles, destaca-se o tempo entre a solicitação
do cuidado e o recebimento, a orientação sobre as medicações e a receptividade sobre as
necessidades auto-percebidas. Também há necessidade de melhorar a avaliação da
abordagem no cuidado de doentes crônicos, incluindo questões relacionadas com a
qualidade de vida5.
A polarização da revisão em dois instrumentos pode sugerir uma fragilidade na
revisão da literatura. Entretanto, reflete a iniciativa pioneira dos grupos de pesquisa
vinculados a universidades americanas no estudo do tema, atendendo demanda de
usuários e gestores da assistência domiciliar de saúde. A aplicabilidade do MDS-HC em
diferentes países aponta para sua capacidade de adaptação e utilização nas populações
idosas residentes em paises desenvolvidos, e em distintos sistemas de saúde.
No Brasil, a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa32 preconiza a
manutenção do idoso na comunidade, com o apoio dos familiares e o estabelecimento
de uma rede social de ajuda. Portanto, faz-se necessário e urgente o investimento em
projetos de pesquisa que produzam e/ou testem instrumentos próprios ou adaptados à
realidade brasileira, identificando indicadores capazes de avaliar a situação de saúde dos
idosos e a qualidade da assistência prestada.
Serviços de boa qualidade auxiliam na recuperação da independência e a
manutenção do idoso na comunidade reduzindo o custo em saúde ao prevenir
institucionalizações. No início do acompanhamento é necessário avaliar as condições do
ambiente domiciliar, de saúde dos indivíduos e as co-morbidades, de modo a auxiliar no
200
planejamento do cuidado e o estabelecimento de parâmetros para próximas avaliações.
A avaliação ampliada inclui diferentes facetas da saúde do indivíduo e sua família, entre
elas, o estado psicológico, funcional, o conhecimento relacionado com cuidados em
saúde, a satisfação com o cuidado recebido, a aceitação e a participação do usuário na
produção do cuidado5,14.
O debate sobre quais os melhores instrumentos e indicadores para monitorar a
qualidade na assistência domiciliar precisa ser suscitado no país, incluindo os aspectos
da estrutura dos serviços, do processo de trabalho e dos resultados. Esta necessidade é
premente diante da expansão e consolidação da estratégia de saúde da família e da
política de saúde do idoso.
Referências
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203
Legenda: PubMed = Publicações Médicas; WoS = Web of Science; Lilacs = Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde; MH = Mesh terms (vocabulário controlado da PubMed). All = busca por termos livres (não uso de MESH). TI = busca pelo título. TS = topic (vocabulário controlado WoS). TY = type (tipo de publicação). DECS = Descritor em Ciências da Saúde.
Figura 1. Base de dados investigadas, estratégias de buscas e número de referências recuperadas. Pelotas, 2010.
Base de dados
Estratégia de busca Referências recuperadas
PubMed
(home care services[MH] OR community health services[MH] OR health services administration[MH] OR health services for the aged [MH]) AND (quality assurance health care [MH] OR outcome and process assessment [MH] or quality [ALL] OR outcome measurement in home health [ALL] OR patient satisfaction [MH] OR care older people [MH] OR agency for healthcare research and quality [ALL] OR quality of in-home services[TI] (quality[TI] AND home[TI] AND health[TI] AND care[TI]) measuring nursing home and home health quality [ALL] home health agency quality [ALL] or home health outcome patterns[ALL]
6.906
WoS
TS = (home AND care AND service AND quality AND aged)
158
Lilacs
Assistência domiciliar OR agências de assistência domiciliar OR serviços de assistência domiciliar
52
TOTAL 7.116
204
Figura 2. Esquema de seleção dos artigos. Pelotas, 2010.
Referências recuperadas = 7.116
Excluídos (resumo indisponível) = 1.588 Excluídos após leitura títulos = 4.718
Total para leitura dos resumos = 810
Selecionados para leitura na íntegra = 43
Total artigos analisados = 19
Excluídos após leitura resumo = 753
Excluídos após leitura dos artigos = 30
Incluídos a partir da leitura dos artigos = 6
205
Indicadores OASIS MDS-HC
Aspectos funcionais
Capacidade para caminhar Habilidade para banhar-se Habilidade para transferência cama/cadeira Capacidade para preparar e tomar medicamentos via oral
Prevalência com potencial para reabilitação nas AVD, mas que não receberam atendimento de fisioterapeuta, terapeuta ocupacional ou exercícios terapêuticos. Prevalência de ausência de assistência entre pacientes com dificuldade de locomoção
Aspectos clínicos e fisiológicos
Dispnéia Incontinência urinária Estado das feridas cirúrgicas Dor que interfere com a atividade
Prevalência de perda de peso Prevalência de desidratação Prevalência de alimentação inadequada Prevalência de controle inadequado de dor Prevalência de dor diária intensa que impede atividades diárias Prevalência de delírio Prevalência de depressão e mau humor
Utilização de serviços, intercorrências e assistência à saúde
Atendimento de emergência Internação hospitalar por problemas agudos Atendimento de emergência por deterioração de feridas Alta para comunidade
Prevalência de hospitalização Prevalência de negligência ou abuso Prevalência de isolamento social Prevalência de quedas Prevalência de qualquer acidente (ex: fratura, queimadura) Prevalência do não recebimento da vacinação contra influenza nos últimos 2 anos Prevalência de falta de revisão medicamentosa por médico nos últimos 6 meses
Figura 3. Indicadores utilizados para avaliação da qualidade nos instrumentos OASIS e MDS-HC. Pelotas, 2010.
NOTA À IMPRENSA
Assistência domiciliar a idosos: desempenho dos serviços de atenção básica.
O crescimento da população idosa é acompanhado pelo incremento nas taxas de
morbidades crônicas e incapacidades demandando maiores investimentos em programas
de saúde preventivos e de base domiciliar. A Política Nacional de Saúde da Pessoa
Idosa preconiza a manutenção do idoso na comunidade, com o apoio dos familiares e o
estabelecimento de uma rede social de ajuda. Portanto, os serviços de atenção básica à
saúde precisam adequar-se a esta nova demanda, identificando precocemente idosos em
situação de fragilidade e resgatando o domicílio como ambiente terapêutico.
Estudo realizado por Elaine Thumé (UFPel), orientado pelos professores Luiz
Augusto Facchini (UFPel) e Michael Reich (Harvard University – EUA), avaliou a
assistência domiciliar a idosos, prestada por enfermeiros, médicos, fisioterapeutas e
assistentes sociais, segundo modelos de atenção básica – Saúde da Família e Tradicional.
Os dados foram coletados em Bagé, Rio Grande do Sul, no ano de 2008. Um total de
1.593 idosos com 60 anos ou mais de idade, moradores da área urbana do município,
responderam ao questionário.
De cada cem idosos, sete referiram ter recebido assistência no domicílio no
período de três meses anteriores à entrevista. A assistência domiciliar foi maior entre os
idosos com história prévia de derrame, hospitalizados no último ano, presença de sinais
de demência e incapacidade para as atividades da vida diária. Nas áreas sob
responsabilidade das equipes Saúde da Família a utilização de assistência domiciliar foi
cerca de três vezes maior quando comparada com as áreas sob responsabilidade da
atenção básica Tradicional.
A família foi responsável por 75% das solicitações de cuidado. Nas áreas da
atenção básica Tradicional, os médicos responderam pela maior prestação de cuidados,
enquanto, nas áreas da estratégia Saúde da Família houve maior diversificação dos
profissionais envolvidos no cuidado, com destaque para a equipe de enfermagem.
Aproximadamente 78% das solicitações foram atendidas em até 24 horas, 95% dos
usuários avaliaram positivamente o cuidado recebido e dois terços dos idosos referiram
melhora nas condições de saúde, após o atendimento, independente do modelo de
atenção.
208
A implantação da estratégia Saúde da Família em Bagé, melhorou o acesso e
resultou em maior utilização de assistência domiciliar. Estes achados podem servir de
estímulo à expansão da cobertura da Saúde da Família nos grandes centros urbanos,
locais onde a cobertura ainda é limitada. O fato da estratégia Saúde da Família operar
em áreas de maior vulnerabilidade social sugere uma maior equidade no acesso à
assistência domiciliar entre os idosos. Nestas áreas, a maior prevalência de idosos com
renda per capita de até um salário mínimo e sem acesso a plano de saúde indica que a
Saúde da Família permitiu diminuir a desigualdade financeira no acesso aos cuidados
domiciliares.
As avaliações positivas dos idosos e familiares sobre o cuidado recebido e o
impacto na situação de saúde reforçam o domicílio como ambiente terapêutico,
reiterando a importância de uma rede social de apoio.
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