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Page 1: Assistência de Enfermagem ao paciente com anexite

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO

PACIENTE COM ANEXITEEdimeire PaixãoDaynara RayelleIldener ChagasMichelle SousaNatalia Melo

João SilvaSimone Lobato

Tatiany FernandesTeresa OliveiraViviane Moura

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Anexite:

È uma condição inflamatória da cavidade pélvica que pode começar com a cervicite e envolver o útero(endométrio),tubas de Falópio(salpingite) e ovários(ooforite) aos ligamentos de sustentação (PARAMETRITE) ou afetar vários dos apêndices uterinos.

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Epidemiologia:

A maior prevalência é em mulheres sexualmente ativas entre 15-24 anos de idade.

A salpingite é mais frequente nos países em vias de desenvolvimento.

A principal causa são processos infecciosos, facilmente evitáveis.

É responsável, em cerca de 8% a 18% das mulheres, por situações de infertilidade, sendo esta porcentagem tanto maior quanto maior o número de episódios que a mulher teve.

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Etiologia:

Entidade clínica que constitui a complicação mais comuns das doenças sexualmente transmissíveis.

Geralmente é causada por bactérias: Chlamydia trachomatis Neisseria gonorrhoeae

Porém pode ser atribuída a um vírus,fungos ou parasitas Herpes simplex vírus (HSV-2) Trichomonas vaginalis Candida albicans

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Fatores de risco:

Relação sexual sem preservativo. Doenças sexualmente transmissíveis. Uso de dispositivo Intra-uterino. Pós-parto. Baixo nível social econômico. Ectopia cervical. Ter múltiplos parceiros sexuais. Manipular inadequadamente o trato genital;

uso de duchas, biópsia do endométrio. Infecção Pélvica Prévia.

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Revisão Anatômica:

A função das trombas de Falópio

(tubos que ligam o útero aos ovários)

é conduzir os espermatozóides

do útero até aos ovários e os

óvulos/ovo dos ovários até ao útero.

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Fisiopatologia:

A patogenia exata não foi determinada, porém presume-se que os organismos comumente penetram no corpo através da vagina,atravessando o canal cervical ,colonizam a endocérvice e se movimentam para cima, para dentro do útero.

Sob várias condições os organismos podem prosseguir para uma ou ambas as tubas de Falópio e ovários e para dentro da pelve:

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Fisiopatologia:

Nas infecções gonorréicas,os gonococos atravessam o canal cervical e passam para dentro do útero,onde o ambiente principalmente durante a menstruação,permite que eles se multipliquem com rapidez e se espalhem para as tubas de Falópio e para o interior da pelve.

Em raros casos, os organismos(ex: tuberculose) ganham acesso aos órgãos reprodutores por meio da corrente sanguínea a partir dos pulmões

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Fisiopatologia:

Nas infecções bacterianas que ocorrem depois do parto ou aborto,os patógenos disseminam-se diretamente através dos tecidos que sustentam o útero por meio dos vasos linfáticos e sanguíneos.

Na gravidez, o aumento do suprimento sanguíneo necessário pela placenta proporciona mais vias para a infecção.

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Fisiopatologia:

Salpingite:

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Manifestações Clínicas:

Secreção vaginal Dispareunia Dor pélvica abdominal inferior Dolorimento após a mestruação Dor com a micção ou defecação Febre No exame pélvico,o dolorimento intenso pode ser notado com a palpação do útero ou movimento do colo.

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Complicações

A Salpingite pode originar a formação de um abscesso, ou seja, a acumulação de pus no interior da trompa afetada, uma complicação designada piossalpinge, em que o rompimento do abscesso favorece a disseminação do pus para o interior da cavidade abdominal, provocando um grave quadro de peritonite.

A infecção pode torna-se crônica e origina manifestações como dores no baixo ventre e nas costas, mais intensas durante o período menstrual.

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Complicações

As infecções podem danificar os septos no interior das trompas, provocando o aparecimento de cicatrizes e aderências que obstruem em maior ou menor grau a entrada destes canais. Caso se produza a obstrução total de ambas as trompas, o problema pode provocar, como sequela, a infertilidade, em que os óvulos libertos pelos ovários não conseguem avançar ao longo do interior dos canais para serem fecundados.

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Complicações

Obstrução da tuba de Falópio, pode causar uma gravidez ectópica no futuro,quando o ovo fertilizado não pode atravessar uma estenose tubária,ou o tecido cicatricialpode ocluir as tubas, resultando em esterilidade.

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Diagnóstico:

exame ginecológico clínico Anamnese e exame físico. Exames laboratoriais: Hemograma. Ecografia. Bacterioscopia; material obtido da

endocérvice. Urina de rotina; afastar infecção urinária. Dosagem de Beta-HCG; afastar gravidez.

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Diagnóstico:

Ultrassonografia pélvica transabdominal e transvaginal.

Tomografia computadorizada . Ressonância magnética. Laparoscopia.

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Tratamento:

O tratamento ambulatorial aplica-se a mulheres que apresentam quadro clínico leve,e que não estejam incluídas nos critérios para tratamento hospitalar, assim resumidos:

caso em emergência cirúrgica (por exemplo, abcesso tubo-ovariano roto);

quadro grave com sinais de peritonite, náusea, vômito ou febre alta;

paciente grávida; paciente imunodeficiente em uso de terapia

imunossupressiva, paciente não apresenta resposta adequada ao

tratamento ambulatorial; paciente não tolera ou é incapaz de aderir ao

tratamento ambulatorial.

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Tratamento:

Antibioticoterapia. Anti-inflamatórios. Em casos de abscesso tubo- ovariano ou

pélvico , drenar se necessário. Repouso e Analgesia adequada. Líquidos intravenosos.O tratamento de parceiros sexuais é

necessário para evitar a reinfecção.

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Assistência de Enfermagem: Registrar os sinais vitais e das características

e quantidade das secreção vaginal. Administração de analgésicos,conforme

prescrição para alívio da dor. A paciente deve ser informada da

necessidade de precauções;proteger-se contra reinfecção.

Incentivar ao uso de preservativos. Explicar como ocorre a anexite,como elas

podem ser controladas e evitadas,bem como seus sinais e sintomas.

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Assistência de Enfermagem: Enfatizar a necessidade do tratamento

completo, independente da melhora dos sintomas;

Todas as pacientes que tiveram anexite precisam ser informadas dos sinais e sintomas da gravidez ectópica(dor,sangramento anormal,menstruação atrasada,desmaio,vertigem),porque elas estão propensas a essa complicação.

Orientar o atendimento e acompanhamento do parceiro sexual.