IMPERMEABILIZAÇÃO COM MANTA ASFÁLTICA: um estudo de caso com
espaço destinado a Jardineiraem laje de cobertura.
ASPHALT WATERPROOFING WITH BLANKET: a case study with space for
Dungarees in slab.
RESUMO
O presente estudo abordou o sistema de impermeabilização que utiliza mantas asfálticas, com ênfase em áreas destinadas a floreiras/jardineiras. Trata-sede uma das técnicas mais propagadas na construção civil, resultante da própria tradição do referido método que garantiu a confiabilidade da referida tecnologia. Além de ser um recurso comumente utilizado na prevenção de infiltrações e também no seutratamento, o betume é tido como um dos mais antigos materiais usados pelo homem para os referidos fins. Questionou-se: quais procedimentos devem sertomados anteriores à impermeabilização com relação ao preparo da superfície da jardineira? O objetivo geral foi descrever o processo de aplicação da manta asfálticana prevenção de patologias decorrentes da infiltração em laje de cobertura, especificamente na área destinada à jardineira. Esta pesquisa utilizou, além da metodologia da revisão bibliográfica, que ofereceu o aporte teórico necessário à compreensão dos principais aspectos relacionados à impermeabilização com manta asfáltica em laje de cobertura em área destinada à jardineira. A segunda etapa foi à realização do estudo de caso em que foi adotadaasolução utilizando o geocomposto para drenagem. Concluiu-se que nos casos em que, tal como foi vistono estudo de caso, quando se especificar a impermeabilização de jardineiras, a atenção deve ser redobrada para que a impermeabilização ultrapasse o nível da terra em, pelo menos, 20 cm, para evitar que, durante a rega da jardineira ou possível subida do nível da terra, a água não passe por detrás da manta de impermeabilização.
Palavras-chaves: Impermeabilização; Jardineiras; Manta Asfáltica;Laje de Cobertura.
ABSTRACT
The present study addressed the waterproofing system that uses asphalt blankets, with emphasis on areas for flowerpots / planters. This is one of the most widespread techniques in construction, resulting from the very tradition of this method which ensured the reliability of this technology presents. Besides being a resource commonly used to prevent infiltration and also in their treatment, bitumen is considered one of the oldest materials used by man for that purpose. It was questioned: what procedures should be taken prior to sealing with respect to the preparation of the surface of the bib? The overall objective was to describe the process of applying asphalt blanket in preventing pathologies resulting from infiltration slab, specifically in the area for the gardener. This research used , andthe
methodology of the literature review , which offered the necessary theoretical understanding of the main aspects related to waterproofing asphalt blanket on slab in area for the gardener . The second step was the study of the case in which the solution was adopted using the geocomposite drainage. It was concluded that in those cases where, as seen in the case study, when specifying the sealing bib, attention must be paid to the sealing exceeds the level of the land of at least 20 cm to avoid who, when watering the planter or possible rise in the level of the land, the water does not pass behind the blanketsealing.
Keywords: Waterproofing; bib; Manta Asphalt; Cover slab.
1 INTRODUÇÃO
Dentre os diversos desafios da Engenharia Civil, a impermeabilização se
apresenta como um assunto em constante pautas de discussões técnicas,não apenas
entre acadêmicos e profissionais, mas no cotidiano popular, onde as mais diversas
edificações, muitas vezes são afetadas por problemas decorrentes da ausência ou da
inadequada impermeabilização sofre com as patologias geradas pela presença
daágua.
O cenário para o setor da construção civil tem se mantidoaquecido nos
últimos anos; segundo os dados divulgados pela Câmara Brasileira da Indústria da
Construção, em 2011 o crescimento no setor foi de 4,8% em relação a 2010 –
acima, portanto do PIB brasileiro. A importância da impermeabilização acompanhaesse
crescimento e também exige formação de mão de obra qualificada, conhecimento
aplicado, técnicas adequadas e em tecnologias que considerem todo o processo da
construção (ABECE,2012).
O tema proposto por nesse artigo foca no sistema de impermeabilização que
utiliza mantas asfálticas. Trata-se de um dos métodos mais utilizados na construção
civil, resultante da própria tradição associado à confiabilidade que esta tecnologia
apresenta. Além de ser um recurso frequente para a prevenção de infiltrações e
também no seu tratamento, o betume é tido como um dos mais antigos materiais
usados pelo homem para os referidosfins (PORCIÚNCULA, 2011).
A impermeabilização se apresenta como um dos principais responsáveis
problemas verificados nas edificações, sendo muitas vezes, o fator causador de
infiltrações. Para se ter uma ideia, Antunes e Calmon (2005) esclarecem que, dos
problemas relacionados à impermeabilização, a deficiência da mão de obra
representa 90% contra 10% da qualidade dos materiais.
No dia a dia, como profissional da construção civil, o autor dessa pesquisa
percebeu que as mantas asfálticas enquanto sistema deimpermeabilização flexível e
pré-fabricado, é indicado para diversos fins dentre os quais podem ser citados as lajes,
reservatórios, jardineiras, paredes de encostas, áreas frias, dentre outros. Mas que,
comparado aos outros sistemas de impermeabilização, a manta asfáltica é indicada,
principalmenteem estruturas sujeitas a movimentação.
A escolha do produto a ser usado, deve considerar aspectos do
empreendimento (áreas, número de pavimentos, tipo de ocupação etc.), informações
sobre projetos interferentes (paisagismo, elétrica, hidráulica, ar-condicionado,
vedações etc.), tipo de uso de cada umadas áreas a serem impermeabilizadas,
entre outros (FESTI,2012).
Foi observado, conforme estudo de caso, uma laje de cobertura,onde se prevê
transito de pedestres, a impermeabilização realizada na construção em questão. É
sabido que muitos problemas que ocorrem em relaçãoà impermeabilização de uma
determinada construção, porém, são decorrentes de fatores como a falta de
observância das Normas Brasileiras de Regulamentação, NBR, 9575 e NBR 9574; a
ausência de projeto específico e de mão-de-obra qualificada; e a utilização de produto
de baixo custo e inadequado à área a ser impermeabilizada.
Diante das exposições iniciais acima, a pergunta que orientou o artigo foi:
Quais os principais aspectos interferiram no sistemade impermeabilização por manta
asfáltica executado na obra escolhida como estudo de caso e os pontos críticos
nelaexistente?
De modo a responder a pergunta problema acima levantada, o objetivo geral
do estudo foi expor o processo de aplicação da manta asfáltica na prevenção de
patologias decorrentes da infiltração em laje decobertura, piscina e jardineira na
obra selecionada para estudo de caso. Especificamente foram considerados os
seguintes objetivos: descrever a metodologia de aplicação da manta asfáltica no
tratamento da infiltração em laje de cobertura, piscina e jardinagem; expor e
posteriormente observar processo de aplicação damanta asfáltica a fim de identificar
a observância da NBR 9574, na impermeabilização; validar a eficácia da aplicação da
manta asfáltica na prevenção da infiltração em laje de cobertura com espaço para
jardineira.
A escolha do assunto se justifica diante do próprio risco do mau
aproveitamento das áreas abertas e dasconstantes situações de inadequada técnica
de impermeabilização. Elaborar estudos quecontribuam com o conhecimento dos
profissionais da construção civil e áreas afins na temática da impermeabilização
poderá levar a uma melhor utilização das áreas das construções, tais como espaço
de lazer, estacionamentos, áreas verdes (jardins, hortas) eoutros.
A relevância está em oferecer informações para que se possam aproveitar
melhor as coberturas e ter preservação da estrutura da obra, uma vez que esta sofre
menor dilatação. Ressalta-se que para estudantes,futuros profissionais da engenharia
civil ou áreas associadas, e para aqueles que se interessam pelo assunto da
impermeabilização; o conhecimento e a informação atualizada possibilita a segurança
na tomada de decisão em relação ao tipo e a execução do sistema de
impermeabilização a ser adotado nas cobertura das edificações.
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 Aspectos gerais daimpermeabilização
Problemas como infiltrações, rachaduras e mofo são alguns dos problemasque
mais incomodam proprietários e inquilinos de imóveis. Para evitar tais danos, o melhor
é investir em medidas preventivas, que precisamacontecer ainda no
processoconstrutivo.
Entra em cena a impermeabilização, que segundo Gabriolli (2009) a técnicade
impermeabilizar, chamada de impermeabilização, tem como produto resultante “um
conjunto de componentes e elementos construtivos (serviços) que objetivam proteger
as construções contra a ação de fluidos (vapores e umidade)”. Em síntese, o autor
afirma que a impermeabilização é composta de um conjuntode camadas, “com funções
específicas, as quais devem ser adequadamente dimensionadas e planejadas de
forma a garantir a eficiência desejada com o melhorcusto-benefício”.
Trata-se de uma etapa de fundamental importância na vida útil das
construções, uma vez que osagentes trazidos pela água e os poluentes existentes no
ar podem trazer danos irreversíveis à estrutura e prejuízos financeiros difíceis de ser
recuperados ou compensados. Portanto,a impermeabilização deveser
entendida como fator de máxima importância no que se refere à segurança da
edificação e para a segurança da construção e não obstante, da integridade física do
usuário (BAUER, 2008).
Impermeabilizar é o ato de isolar e proteger os materiais deuma edificação da
passagem indesejável de líquidos e vapores, mantendo assim as condições de
desempenho, habitabilidade e durabilidade de uma construção. A condição de
impermeabilizar está associada a uma pressão limite, convencionada em ensaio
específico(NBR9575/03).
Com relação à norma de seleção e projetode impermeabilização – NBR
9575 em vigor desde 2003 tem sido um importante instrumento normativo da
impermeabilização, pois conceituou uma série de conceitos e terminologias
importantes, além de ter incorporado diversos conceitos e tipos de
impermeabilização até então sem normalização.
Destaca-se o conceito de projetode impermeabilização e sua obrigatoriedade
de maneira a fazer com que incorporadores e construtoras cumpram a execução da
impermeabilização, encarando sua fundamental importância na durabilidade de uma
edificação. A seção seguinte elucida os principais aspectos deum projeto de
impermeabilização e seusbenefícios.
2.2 O projeto de impermeabilização
O projeto de impermeabilização é fundamental para o bom desempenho epara
a durabilidade da construção. O projeto de impermeabilização se refere a um projeto
específico, tal como ocorre com os projetos arquitetônicos, de concretoarmado, das
instalações hidráulicas e elétricas, entre outros e deve detalhar os produtos e a forma
de execução dos sistemas ideais de impermeabilização para cada caso em
determinada obra (ANTUNES,2004).
Porciúncula (2011, p.13) afirma que “a impermeabilização deve ser pensada
desde a fase de projetos, desta forma podemos começar a preparar os elementos
construtivos esperando os sistemas indicados para cada local específico”. Dessa
maneira, a concepção de um projeto arquitetônico deve conceber e analisar qual o
sistema impermeabilizante mais adequado e que as dificuldades de se tratar disso
posteriormente a execução da obra, seriam infundadas se fosseprevistas em projeto.
Righi (2009) assinala que a impermeabilização no projeto da obradeve ocorrer
no mesmo período em que se inicia estudo inicial da obra, sendo que alguns conceitos
básicos no projeto podem e devem ser adotados logo no inicio dos estudos,
taiscomo:
a) Posicionamento da camada de impermeabilização na configuração do
sistema; b) Previsão de acabamentos e terminações que possibilitem a manutenção
futura; c) Vantagens que outros projetos complementares, tais como, os de
condicionamentodear,isolamentotérmico,paisagismoeoutros,podem aferir do correto dimensionamento e posicionamento da impermeabilização;
d) Vantagem que o projeto de instalações hidro sanitárias pode aferir devido à distribuição mais racional e compatibilizada de pontos de escoamento e/oucalhas.
O projeto de impermeabilização detalha e especifica os materiais que serão
aplicados nas áreas molháveis que receberão água tanto de chuva, como de lavagem,
em áreas internas e externas. Todo projeto de impermeabilização deve seguir o
procedimento previsto na norma daABNT (Associação Brasileira de Normas
Técnicas) - NBR 9575. Desta maneira, o projeto de impermeabilização deve conteras
seguintesinformações:
e) Ossistemasaseremadotadosem cadaumadasáreas; f) A espessura total do sistema de impermeabilização (incluindo-se a
regularização); g) Asalturaseespessurasnecessáriasdoseventuaisrebaixosnecessários
naalvenariaparaaexecuçãodosrodapés; h) Desníveisnecessáriosparaalaje; i) Corte típico de cada sistema a ser empregado, identificando ascamadas
esuasrespectivasespessurasmínimasedeclividades.
Antunes e Calmon (2005) consideram que o projeto deve representaros pontos
críticos que possam comprometer o sistema de impermeabilização; é preciso listar e
indicar as alterações propostas. Além disso, é necessário obedecer ao detalhamento
do projeto de impermeabilização e estudar os possíveis problemas durante o decorrer
da obra. O monitoramento da preparação da estruturapara receber a
impermeabilização deve checar se esta está sendo bem executado, o
acompanhamento do material aplicado dentro das especificações no que tange a
qualidade, características técnicas, espessura, consumo, tempo de secagem,
sobreposição, arremates, testes de estanqueidade, método de aplicação e outros
procedimentos que devem ser seguidos no projeto de impermeabilização.
2.4Impermeabilização com uso de mantas asfálticas
Mantas asfálticas se referem a um sistema de impermeabilização flexível e
pré-fabricado, confeccionadas à base de asfalto modificado com polímeros e
estruturantes em poliéster ou polietileno. Em geral, a impermeabilização com manta
asfáltica é empregada em lajes, reservatórios, jardineiras, paredesde encostas, áreas
frias, dentreoutros.
Storte (2009) afirma que o sistema de impermeabilização que utiliza mantas
asfálticas é um dos mais tradicionais na construção civil, o que justifica a grande
confiabilidade que este apresenta. Entretanto, como em qualquer tipo de
impermeabilização, exige atenção no que diz respeito a uma boa preparação da
superfície a sertratada.
Calmon (2005) e Bauer (2008) citaram a existência de quatro tipos diferentes
de mantas asfálticas, classificadas de acordo com seu desempenho frente às
solicitações e responsabilidades envolvidas no trabalho de impermeabilização. As
espessuras também variam, sendo encontradas no mercado espessuras entre 3,0 e
5,0 mm. Ressalta-se que as mantas se diferenciam em relação ao tipode acabamento,
que pode ser de alumínio, de polietileno, ardosiado, geotêxtil, entre outros.
Os referidos autoresafirmam que os acabamentos não são estabelecidos em
norma técnica específica. Seja na escolha e, em seguida, na execução da
impermeabilização com manta asfáltica é preciso que os profissionais da construção
civil, especialmente os que estão envolvidos no projeto de impermeabilização
conheçam as espessuras e os diversos tipos de acabamento queo sistema comporta.
A seção seguinte sintetiza os principais aspectos das mantas asfálticas e
suascaracterísticasprincipais.
2.4.1 Características dasmantas asfálticas
Existem diversos tipos de mantas asfálticas, cada uma com
característicasespecíficas. A escolhaadequada considera um estudo detalhadoe
cuidadoso destas características e na avaliação do desempenho que a manta terá
na obra. As principais características das mantas asfálticas segundo Bauer (2008),
são:
• Resistência aoenvelhecimento;
• Flexibilidade àbaixa e alta temperatura(<0°C);
• Resistência ao ataque de micro-organismos, aos álcalis e aos ácidosdissolvidos nas
águaspluviais;
• Resistência ao funcionamento dinâmico e estático, conforme as condições que a
mantateráquesuportarduranteaexecuçãoeduranteouso;
• Resistênciaao calor e aoescorrimento;
• Absorção de águae estanqueidade sob pressão;e
• Possibilidade de efetuar emendas entre as mantascom facilidade.
Sabattini (2006) explica que, em relação à eficácia, as emendas feitas por
solda autógena de asfalto são consideradas melhores, mais seguras e de rápida
execução, sujeita a uma baixa margem de erro. E, mais ainda, facilita a execução de
arremates junto às instalações hidráulicas e contornos complicadosda obra. Segundo
o autor, observa-se que as impermeabilizações com mantas podem ser executadasde
três maneiras, em relaçãoà aderência ao substrato:
• Totalmente aderidas aosubstrato
• Semi-aderidas aosubstrato
• Não aderidas aosubstrato
Storte (2009) esclarece que as mantas de borracha butílicae de PVC exigem
uma camada de berço e não devem ser aplicadas diretamente sobre um concreto ou
argamassa. No que se refere às mantas de asfalto com armadura, considera-se 3 mm
de espessura total, têm a camada de berço e a de amortecimento incorporadas.
Frisa-se que as mantas asfálticas se adequam às irregularidades do substrato, de
forma que as protuberâncias penetram no asfalto e preenchem asdepressões,
amoldando-se ao substrato, portanto, não estão sujeitas aperfurações.
Calmon (2005) cita as mantas de borracha butílica e PVC nas aplicaçõessem
berço, sendo perfuradas pelos grãos de areia e protuberâncias, porque não se
amoldam ao substrato. As mantas asfálticas também podem seraplicadas diretamente
sobre o substrato, desde que obedecidas às instruções de preparo. Nesse sentido,
Bauer (2008) cita a necessidade de aderir àsmantas ao substrato nos
seguintescasos:
• Em mantas auto protegidas, que não levam pavimentação ou lastro pesados sobre
elas, a fim de evitarque sejam arrancadas pelo vento.
• Em planosverticais.
• Em fundosde caixas d'água e depiscinas.
Storte (2009) explica que as mantas asfálticas podem ser aderidas pelo
processo CAQ - Colagem Com Asfalto Quente - ouCMG - Colagem com Maçarico de
Gás, onde, o processo CMG é mais rápido, seguro e econômico. Isto, pois, a sua
execução depende somente do tipo de proteção antiaderente utilizado na fabricação
da manta; necessáriaspara permitir que sejam bobinadas.
E, se a proteção antiaderente for de um granulado mineral, a manta apenas
poderá ser aderida pelo sistema CAQ, mas tal proteção sedará por um filme delgado
de polietileno, ou de talco, facilmente consumidos pelo calor da chama do maçarico de
gás, sendo o processo CMG, o mais indicado. Já a colagem de manta asfáltica na
vertical e sobre superfícies curvas é defácil execução, segura, oferecendo grande
vantagem sobre as mantas de borracha de PVC, que não se amoldam
(STORTE,2009).
Antunes (2004) menciona os estruturantes como responsáveis, em grande
parte, pela resistência da manta à tração e ao alongamento. São as características
mais exigidas quando a manta é aplicada na construçãocivil, em função da dilatação
dasestruturas.
Em relação aos fatores determinantes para a escolha da armaduraconsiderada
a mais adequada para as mantas asfálticas, tem-se os seguintes materiais: filme de
polietileno, de poliéster, feltro de poliéster, véu de fibra de vidro e filme dePVC.
Calmon (2005) afirma que os fatores determinantes são: desempenho; custo;
rapidez efacilidade de execução da impermeabilização.
No quadro 4 são expostos os principais aspectos de cada estruturante.
Quadro 4 - Principais estruturantes para mantas asfálticas
PRINCIPAIS ESTRUTURANTES PARA MANTAS ASFÁLTICAS
Filme de polietileno
As mantas armadas com filme de polietileno oferecem o menor custo para um bom desempenho em lajes planas de coberturas. A execução exige mão-de-obra treinada e especialização dos responsáveis.
Filme de poliéster
Nas mantas armadas com filme de poliéster, o custo é um pouco mais alto do que as armadas com filme de polietileno. A vantagem estánaresistênciaàperfuraçãodofilmedepoliéster,resistindoaos brotos de capim e às raízes de plantas que tambémperfuram outros tipos de mantas. Estas mantas destinam-se a floreiras e reservatórios executados diretamente sobre o solo, não obstante nada impeça seu usogeral.
Feltro de poliéster
As mantas armadas com feltro de poliéster têm um custo elevado, mas seu uso vem sendo disseminado entre especialistas considerando a excelente qualidade e facilidade de instalação. A alta resistência ao funcionamento, não sendo danificadas com facilidade, mesmo por aplicadores pouco experientes. Seu dimensionamento é estável e facilita a execução dos serviços. São indicadas para caixas d'água, piscinas e planos verticais, resistindo a temperaturas altas (até 90 ºC) sem escorrer.
Véu de fibra de vidro
As mantas armadas com véu de fibra de vidro são pouco especificadas, por não possuírem características que justifiquem seualtocusto.Odimensionamentotambéméestávelepossuibom desempenhoondeassolicitaçõesnãosãoextremas.
Feltros
São constituídos de fibras orgânicas (animais ou vegetais) ou de amianto. Os feltros têm fabricação análoga ao papel ou papelão, pela formação de pastas. Os de fibras contêm polpa de madeira, juta, lã, raiom, seda, etc. Os feltros de amianto levam ainda amido ousilicatodealumínio.Osfeltrosdefibrapodemser saturadoscom asfalto ou alcatrão; nos de amianto podem utilizar-se apenas asfalto.
Filme de PVC
O filme de PVC tem ampla aceitação dado a alta resistência mecânica, sendo importante ressaltar que a associação do PVC com asfalto é perigosa, uma vez que o tipo de PVC deve ser especial. Não sendo, ocorre o sequestro do plastificante contido no PVC e a manta torna-se rígida, perdendo flexibilidade; o asfalto se separa do filme e as emendas se abrem. O PVC tem custo mais elevado do que o filme de polietileno, sem oferecer vantagem de desempenho. Mantas de PVC de baixo custo são feitas de PVC comumsem características adequadas e seu uso pode desencadear em ineficiência do sistema impermeabilizante.
Fonte:Denver (2011) adaptado.
2.4.3 Tiposde mantas asfálticas
Antunes (2004) e Calmon (2005) se basearam nas Normas Técnicas
relacionadas às mantas asfálticas ao determinar os 3 tipos existentes do referido
insumo. Com relação às mantas pré-fabricadas, observa-se: mantas elastoméricas,
mantasmodificadas com polímeros e mantas plastoméricas.
As mantas asfálticas, segundo o Serviço Brasileiro de Resposta Técnica,
(SBRT, 2006)podem ser classificadas como:
a) elastoméricas - quando ocorre a adição de elastômeros na massa. Sendo
geralmente é utilizado SBS (estireno-butadieno-estireno) ou outropolímero que
venhaaaumentararesistênciaàtraçãoealongamentodoproduto;
b) plastoméricas - quando ocorre à adição de plastômeros na massa, usualmente,
APP (polipropilenoatático);
c) econômicas - mantas de asfalto oxidado, poli condensado ou com a adição de um
blend genérico depolímeros;
d) conforme o tipo de estruturante interno: apresentando em 3 tipos: glass - véu de
fibra de vidro; poliéster - não-tecido de filamentos de poliéster e polietileno - filme de
polietileno de altadensidade.
e) conforme o tipo de acabamento é dado pelo acabamento aplicado na superfície
da manta: polietileno, em uma ou ambas as faces; areia, em uma ou ambas as
faces; alumínio em uma das faces; pó de ardósia em uma das faces e geotêxtil em
uma das faces.’
2.5 Jardineiras
A manta asfáltica é utilizada com maior frequência, dadas às diversas
opções específicas para cada tipo de ambiente. Em geral, as mantas asfálticaspodem
ser utilizadas em áreas de qualquer tamanho e que sejam sujeitas ou não ao tráfego de
pessoas e em situações específicas tais como as jardineiras, chamadas de floreira
de gramado e etc.. Mas, em cada área, se tem um tipo de manta asfáltica adequada.
Felipetti (2012) descreve que um bom projeto de jardins ou floreiras deve
prever o correto escoamento de água e a aplicação de produtos que
impermeabilizem as estruturas, evitando problemas como fissuras, manchas,
vazamentos e descolamentos.
Nas palavras de Ramos (2012, p.38) extrai-se que as plantas ganham cadavez
mais espaço em casas e apartamentos e áreas comerciais, como uma forma de tornar
o ambiente bonito eagradável.
Porém, alguns cuidados são necessários para que a umidade de jardins e floreiras não se torne um problema, danificando pinturas ou estruturas das edificações. Como formar um jardim, evitando infiltrações e mantendo a integridade de paredes, tetos e fachadas. Para evitar este tipo de problema a palavra-chave é impermeabilização, fundamental para qualquer área ou superfície que tenha contato com água ou umidade. No caso de floreiras, jardineiras e jardins, é a água utilizada para a rega das plantas ou da chuva que atua nas estruturas. Por isso, os projetos de paisagismo devem prever, antes de tudo, um ou mais orifícios para a saída da água.
Porciúncula (2011) sustenta que o planejamentodeve levar em consideração,
os muitos fatores que interferem na impermeabilização, o desenho da
jardineira/floreira, de modo a promover o escoamento correto da água, a escolha do
material adequado e a incidência de raios solares, são aspectos importantes. E, com
relação aos produtos impermeabilizantes, estes são fundamentais para impedirque as
infiltraçõesocorram.
De acordo com, em situações em que as jardineiras, floreiras ou gramados
estiverem sobre o solo, não há a necessidade de utilizar estes produtos ou
impermeabilizantes, uma vez que a água precisa ser drenada para não acumular na
superfície. Entretanto, mesmo nestes casos, as paredes destes jardins também
necessitam de impermeabilização, para que não ocorra destacamento dasargamassas
e das pinturasdevido à umidade.
O primeiro passo para uma boa impermeabilização, segundo esclarece
Spagnollo (2012), é avaliar o tipo de superfície e as condições em que estão o fundo
e as paredes da jardineira. O especialista afirma que para cada local e situação,
existem soluções diferenciadas, que promoverão efeitos mais significativos. Desse
modo, é preciso considerar se a jardineira é suspensa ou no solo, junto a paredes ou
lajes, e o índice deinsolação.
Bravo (2012) afirma que ainda deve ser levado em conta, quais as plantas
mais indicadas para o espaço e o terreno disponível para a formação do jardim. Isto
porque, as raízes podem afetar as paredes das jardineiras ou mesmo lajes,provocando
fissuras (rachaduras) e abrindo espaço para a infiltração de água.Há
produtos impermeabilizantes que impedem o crescimento da raiz das plantas, sem
danificá-las e pinturas do tipo antiraiz.
A segunda etapa se refere à escolha de um bom material, que atenda aos
requisitos da obra; o correto preparo da superfície que receberáa impermeabilização;
e a execução das proteções à camada impermeabilizante. Especialistas em
impermeabilização de jardineiras recomendam a aplicação de um primer, como
basepara o impermeabilizante. Destaca-se que arealização da obra e a aplicação dos
produtos devem ser feitas por profissional treinado e capacitado.
As floreiras e jardins que são construídos sobre uma laje, situação descrita
adiante no estudo de caso, devem ter em suas paredes dealvenaria construídas sobre
uma mureta de concreto com altura mínima de 15 cm com a laje. Trata-se de uma
medida fundamental para evitar o destacamento da paredee consequente ruptura da
manta.
A drenagem é feita por tubos de PVC Ø100mm, instalados no meio da
vegetação, são usados tantos quantoforem necessários para a drenagem da área. Os
tubos deverão ter em sua extremidade superior uma grelha metálica,
preferencialmente pintada na cor vermelha para uma fácil localização em meio à
vegetação, para eventuaismanutenções e desobstrução (FESTI, 2007).·.
Festi (2007) explica que no fundo docanteiro deve-se deixar uma camada de
10 cm de cascalho, brita ou seixo rolado para a drenagem da água capilarizada. Essa
camada deve estar separada da camada de terra por uma camada de poliéster não
tecido (geotêxtil). Noque diz respeito ao escoamento da água capilarizada, este é
feito pelo mesmo tubo captador da água da superfície da jardineira por meio de furos
Ø 5/8" feitos no tubo dentro da camada de cascalho, ou seja, estes furos devem estar
abaixo da camada dogeotêxtil.
3 MATERIAL EMÉTODOS
Esta pesquisa utilizou, além da metodologia da revisão bibliográfica, que
ofereceu o aporte teórico necessário a compreensão dos principais aspectos
relacionados à impermeabilização com manta asfáltica em laje de cobertura em área
destinada à jardineira. A segunda etapa foi à realização do estudo de caso, que de
acordo com Yin(2001, p.32) onde se tem “o desejo de se compreender fenômenos
sociais complexos. (...) permite uma investigação para se preservar as
características holísticas e significativas dos eventos da vidareal”.
Dessa maneira, o estudo de caso foi realizado no período de fevereiro amarço
de 2013, junto à ImpermeabilizaXY, empresa de impermeabilização localizada na
cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais. A obra estudada foi realizada em um edifício
predominantemente residencial localizado no bairro Glória, também pertencente à
cidade de Belo Horizonte, onde se pretendeu descrever as obras de
impermeabilizaçãoda laje de cobertura com piscina ejardineira.
3.1 Caracterização daobra
Trata-se de um edifício predominantemente residencial, construído em 2012
com 20 pavimentos de apartamentos e 2 pavimentos de garagem. O contrato feitocom
a empresa ImpermeabilizaXY foi realizado a fim de que fosse realizada a
impermeabilização em toda área necessária. Ressalta-se que o local foi à laje de
cobertura com áreadestinada ajardineiras.
Dessa maneira, por meio desse estudo de caso, tem-se asetapas relacionadas
à impermeabilização desta área e pontos críticos das mesmas. A obra escolhida para
ser acompanhada eanalisada não teve projeto de impermeabilização e foi à empresa
ImpermeabilizaXY que direcionou os materiais a serem usados na área destinada
àjardineira.
4 APRESENTAÇÃO DERESULTADOS
4.1 Estudos de Caso:descrição daobra
• Proprietário da obra:Condomínio EduardoGomes
• Localda obra: Jardim na cobertura do edifício comercial.
• Data da obra: Início: Junho de 2013 / Término:agosto de 2013.
O Edifício Comercial Eduardo Gomes, localizado na Cidade deBelo Horizonte,
tem projeto paisagístico demonstrado na Figura 2 com uma grande área dejardim.
Figura 2: Projeto paisagístico de jardineira em lajes impermeabilizadas. Fonte: da pesquisa, 2014.
Para a perfeita implantação do projeto paisagístico do jardim do edifício
comercial foi preciso encontrar sistemas eficientes para impermeabilizaçãoe drenagem
das águas pluviais. O objetivo foi oferecer melhores condições de estabilidade,
evitando as indesejáveis infiltrações, e aliviarporo-pressões assegurando a integridade
daobra.
4.2 Procedimentos para impermeabilização dejardineira
Conforme pôde ser observado na proposta inicial, a sugestãoera para adoção
de um sistema de drenagem em brita e geotêxtil. Porém, oprojeto perderia em
quesitos importantes, como capacidade de vazão, velocidade de aplicação e
economia. Foi adotada a soluçãoutilizando o geocomposto paradrenagem.
O primeiro passo foi à realização de uma aplicação da geomembrana sobrea
laje de concreto para promover a impermeabilização do sistema como mostrado na
Figura 3. Trata-se de um produto de alta resistência, boa extensibilidade eresistente ao
tempo, ácido, alcalinidade e raios UV. Éde excelente impermeabilizante, totalmente à
prova de infiltração, seguro e de fácil manuseio para a impermeabilização de
jardineiras.
Figura 3: Aplicação da geomembrana sobre a laje de concreto Fonte: da pesquisa, 2013.
Em seguida, procedeu
na Figura 4. O processo de aplicação do geocomposto apresentou
procedimento realizado de forma rápida e limpo. A escolha da solução levouem conta,
ainda, a pequena espessura do material e a praticidade de aplicação devido a
sualeveza.
Figura 4: Colocação do geocomposto Fonte: da pesquisa, 2013.
Um sistema de drenagem geocomposto é formado por três elementos que
pode ser visto na Figura 5: o drenante, que possibilita captar e conduzir
infiltração / percolação, saneando o solo
partículas de solo para o interior do elemento drenante; por
conduz a água drenada para adescarga.
Figura 3: Aplicação da geomembrana sobre a laje de concreto Fonte: da pesquisa, 2013.
Em seguida, procedeu-se com a colocação do geocomposto como
na Figura 4. O processo de aplicação do geocomposto apresentou
procedimento realizado de forma rápida e limpo. A escolha da solução levouem conta,
ainda, a pequena espessura do material e a praticidade de aplicação devido a
igura 4: Colocação do geocomposto Fonte: da pesquisa, 2013.
sistema de drenagem geocomposto é formado por três elementos que
pode ser visto na Figura 5: o drenante, que possibilita captar e conduzir
infiltração / percolação, saneando o solo; o filtrante, que impede o carregamento das
solo para o interior do elemento drenante; por fim, o elemento coletor,que
conduz a água drenada para adescarga.
se com a colocação do geocomposto como mostrado
na Figura 4. O processo de aplicação do geocomposto apresentou-se como
procedimento realizado de forma rápida e limpo. A escolha da solução levouem conta,
ainda, a pequena espessura do material e a praticidade de aplicação devido a
sistema de drenagem geocomposto é formado por três elementos que
pode ser visto na Figura 5: o drenante, que possibilita captar e conduzir as águas de
; o filtrante, que impede o carregamento das
o elemento coletor,que
Figura 5: Sistema de drenagem geocomposto formado por três elementos Fonte: da pesquisa, 2013.
Foi executada a aplicação de uma massa de regularização impermeável +
manta asfáltica pré- fabricada + proteção mecânica + sistema de drenagem. Ressalta-
se que foram tomados os cuidados para que a estrutura estivesse plenamentecurada.
Inicialmente, procedeu-se com a limpeza da superfície e execução da
regularização com massa impermeável conforme mostra a Figura 6utilizando o aditivo
impermeabilizante líquido no seguinte traço: 1 lata de Cimento + 4 Latas de
AreiaLavadamédia+1litrodeimpermeabilizanteliquido+10 litrosdeágua.
Figura 6: Massa impermeável feita com aditivo impermeabilização Fonte: da pesquisa, 2013.
Foram registrados os cuidados tomados na mistura do impermeabilizante
líquido na água antes de preparar a massa. Com relação aos detalhes da
regularização,foram obedecidos os seguintes:
• Espessura mínima de 2cm
• Caimentosmínimos de 1% em direção aos pontos de escoamento deágua.
• Regularização da área destinada à floreira sem fazer emendas, passando por
cima do piso, muretas, face de cima das muretas, os cantos de piso/parede
devem ser arredondados, nãodeixando quinasvivas.
No que diz respeito à impermeabilização, após 72 horas de cura da massa
impermeável de regularização, aplicou-se produto como primerde aderência em
todalajeerodapéscomomostraaFigura7.
Figura 7: Aplicação de produto primer de aderência em toda laje e rodapés Fonte: da obra, 2013.
Após 24 horas de secagem, aplicou-se a manta utilizando o maçarico,
mostrado na Figura 8, fazendo a sobreposição de 10 cm de umamanta sobre a outra.
Figura 8: Aplicação da manta utilizando o maçarico, Fonte: da obra, 2013.
A aplicação da impermeabilização acompanhando toda a regularização, sem
fazer emendas na mesma demão. Além disso, foi tomado o devido cuidado para
descer a impermeabilização pelo menos 10 cm nos ralos. Foi realizado o teste de
estanqueidade com lâmina d’água sobre a impermeabilização comomostra a Figura 9,
obedecendo ao intervalo mínimo 72horas.
Figura 9: Realização de estanqueidade com lâmina d’água sobre a impermeabilização Fonte: da obra, 2013.
Sobre a impermeabilização aplicada, em regiões horizontais,foi colocada uma
camada separadora, filme de polietileno mostrado na Figura 10 para evitar que os
esforços de dilatação e contração da massa de proteção mecânica atuem diretamente
sobre aimpermeabilização.
Figura 10: Filme de polietileno utilizado como camada separadora Fonte: da obra, 2013.
Foi executado, sobre a camada separadora, a proteção mecânica final com
massa de cimento e areia no traço 1:4 em volume e espessura mínima de 3 cm. Nas
áreas verticais e muretas foi armado com telagalvanizada hexagonal. Apósa cura da
argamassa de proteção, executou-se uma drenagem adequada colocando uma
camada de brita 1 no fundo da jardineira (15 cm), totalmente envolvida com um
filtro para drenagem chamado geotêxtil de gramatura 200 g/m como ilustrado na
Figura11.
Figura 11: Filtro para drenagem geotêxtil de gramatura 200 g/m Fonte: da obra, 2013.
Sobre a brita envolta com o geotêxtil, colocou-se a terra seguindoo cuidado de
dimensionar plantas sem raízes profundas como mostra.
Figura 12: Terra e areia espalhada sobre o geotêxtil. Fonte: da obra, 2013.
Consumodosprodutos recomendados: Sika 1: 2 Kg/ saco de cimento;Igolflex
Preto: 2,5 Kg/m; Igol S:0,3Kg/m e Sika Manta : 1,1 m/m. Emalgumas
áreas, as plantas possuíam raízes mais agressivas e a jardineira recebeu
manta anti-raiz, material especialmente projetado para evitar que
provocassem rachaduras e atingissem as estruturas da laje, causandoinfiltrações.
Figura 13: Membrana anti-Fonte: SIKA, 2013.
O resultado final é vistona Figura 12:
Figura 12: Visão final da jardineira na cobertura da edificação Fonte: da obra, 2013.
plantas possuíam raízes mais agressivas e a jardineira recebeu
raiz, material especialmente projetado para evitar que
provocassem rachaduras e atingissem as estruturas da laje, causandoinfiltrações.
-raiz para Jardineiras.
O resultado final é vistona Figura 12:
Figura 12: Visão final da jardineira na cobertura da edificação
plantas possuíam raízes mais agressivas e a jardineira recebeu uma
raiz, material especialmente projetado para evitar que as raízes
provocassem rachaduras e atingissem as estruturas da laje, causandoinfiltrações.
5 CONCLUSÃO
Este artigo expôs o tema da impermeabilização nas construções, não como
tema recente, mas de constante discussão no meio técnico eque tem buscado evoluir
em suas técnicas e produtos utilizados. A impermeabilização mostrou-se assunto de
extrema importância para os futuros profissionais da construção, especialmente
considerando as múltiplas aplicações que uma laje de cobertura pode ter,e para cada
um delas, exige-se um método de impermeabilização específica.
A revisão bibliográfica realizada nesta pesquisa deixou claroque o sistema de
impermeabilização que utiliza mantas asfálticas, com ênfase em áreas destinadas a
floreiras/jardineiras possui cuidados específicos a serem seguidos. Mesmo se tratando
do uso de uma dastécnicas mais conhecidas na construção civil, imprescindível para
a prevenção de infiltrações e também no seu tratamento, mostrou-se que as
jardineiras têm cuidados específicos a seremtomados.
Alguns autores indicam como locais mais apropriados para a instalação das
jardineiras, as áreas externasda construção, principalmente o térreo. Na cobertura,as
jardineiras precisam ser bem executadas para que não se comprometa a estrutura
da obra sendo da máxima importância definir o sistema impermeabilizante a ser
utilizado buscando a garantia de que a umidade do solo e da jardineira não penetre na
laje e naparede.
Ficou entendido que, diante de outros sistemas de impermeabilização, amanta
asfáltica se mostrou indicada, especialmente em estruturas sujeitas a movimentação.
A escolha doproduto a ser usado leva em conta as características da construção e
dos locais em que se objetiva construir uma jardineira traz a exigência inicial de se
realizar uma avaliação técnica de um profissional especializado, uma vez que as lajes
precisam ser dimensionadas, na fase de projeto, de acordo com o volume de terra a
ser usado - determinado pelo porte das plantas.
Foram questionados quais procedimentos devem ser tomados anteriores à
impermeabilização com relação ao preparo da superfície da jardineira. Dentre os
cuidados para a adequada impermeabilização da jardineira, segundoo estudo de caso
proposto neste estudo foi, concretar as paredes das jardineiras juntamente com a
laje evitando dilatações diferentes. Osistema impermeabilizante deve ser
compatível com o sistema construtivo, bem como a área, volume e altura
da jardineira. Com relação à manta asfáltica observou-se significativo rendimento de
aplicação emaior controle de espessura e resistência.
A realização da proteção mecânica sobrea impermeabilização foi fundamental
pois a jardineira é uma área de constantes manutenções como a remoção das
plantas, do solo, renovação do sistema de drenagem, entreoutros.
Portanto, pode-se dizer que o objetivo de descrever o processo de aplicação
da manta asfáltica em laje de cobertura, especificamente na área destinada à
jardineira, foi atingido. Conclui-se que, conforme visto no estudo de caso, quando se
especificar a impermeabilização de jardineiras, a atenção deve serredobrada para que
a impermeabilização ultrapasse o nível da terra em, pelo menos, 20 cm, para evitar
que, durante a rega da jardineira ou possível subida do nível da terra, a água não
passe por detrás da manta deimpermeabilização.
E, em casos em que ajardineira esteja localizada junto a paredes elevadas, o
nível da impermeabilização deve subir, acima do nível da terra, no mínimo 80 cm.
Importa destacar também a importância de se observar a estrutura central da manta
impermeabilizante, sendo de boa resistência às raízes das plantas,para que não sofra
perfuração com facilidade. O revestimento do fundo deve serde cimento e areia, traço
1:3, com espessura mínima de 3 cm, evitando-se assim que a impermeabilização seja
atacada pelas pequenas e médias raízes das plantas ou adotada manta específica
para o propósito.
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