Escola E.B.2,3 Jacinto Correia – Lagoa 6ºA 2010/2011
Apresento o senhor Desquecido. Um elefante muito curioso, que decidiu ir à aventura por
planetas e terras desconhecidas.
Na sua caminhada, encontrou uma tabuleta que dizia “Terra do Arco Íris”. - Deve ser interessante. – Pensou.
- HUMM! Mas que muro tão
alto.
Nesse mesmo instante avistou
um pássaro, e perguntou-lhe:
- Podes ajudar-me a passar para
o outro lado do muro?
- Claro, que sim! – Respondeu,
prontamente o pássaro sem dar
conta do real peso do seu amigo.
Ao chegar ao outro lado do muro,
reparou que não havia cor.
Perguntou a uma senhora que por ali
passava, o que tinha acontecido às
lindas cores daquele país. Ela
respondeu que tinha sido o
Destruidor das cores que as levara.
- E tu, como te chamas?
- Eu sou a senhora Cambalhota.
Já com tanta tristeza o senhor
Desquecido deu um grande abraço á
senhora Cambalhota.
E, como por milagre em todo o seu
redor voltou a cor.
- É um milagre! – Exclamaram os dois
amigos.
A senhora Cambalhota ficou muito
contente, mas não esquecendo dos
outros habitantes, que ainda viviam
num mundo a preto e branco, pediu
ao senhor Desquecido, para o
acompanhar na tarefa de colorir de
abraços a terra do Arco Íris.
De repente, surgiu o Destruidor
das cores que tentou roubá-las, de
novo. Mas, o senhor Desquecido
como estava pronto a ajudar a
terra do Arco Íris, abraçou-o e por
magia, o Destruidor das cores,
transformou-se numa linda
borboleta. Esta estendeu as suas
asas e, voou para muito longe.
Depois, todos os habitantes lhe
agradeceram. Então, o senhor
Desquecido, despediu-se dos seus
novos amigos e partiu para novas
e maravilhosas aventuras.
Deparou-se com duas portas. Numa
estava escrito “ Mundo da Fantasia”
e na outra “Mundo do Terror”.
Depois de muito pensar, decidiu:
- Vou abrir a porta do Mundo da
Fantasia. – E assim o fez.
Ao entrar, encontrou um lindo
campo verde, cheio de flores
grandes e amarelas.
Subiu o monte, até encontrar uma
linda e engraçada casa, com
cortinas cor de rosa e um telhado
vermelho.
Mundo Da
Fantasia
- Olá, eu sou o senhor Desquecido! E
vocês, como se chamam?
- Eu sou a senhora Camona e, sou
uma extraterrestre.
- E tu quem és? – Perguntou o senhor
Desquecido.
Eu sou a senhora Godona. Queres vir
conhecer uma amiga nossa. Ela é uma
excelente doceira.
- Claro que sim! – Respondeu
prontamente. – Vou aproveitar para
comer uns bolinhos. Tenho muita
fome! – Exclamou com um grande
sorriso.
Ao chegar a casa da senhora Joaninha, o cheiro doce dos bolos, pairava no ar.
- Olá! Eu sou o senhor Desquecido e ando a conhecer terras e mundos.
- Bem vindo á minha casa. Eu sou a senhora Joaninha. Façam favor de se sentarem.
Vou fazer um chá e servir uns bolinhos.
Os olhos do senhor Desquecido iluminaram-se. Abriu a sua grande boca e … comeu,
comeu, comeu sem parar.
- Acho que comi demais! - Exclamou de barriga cheia, o senhor Desquecido. – Vou
passear um pouco.
Ao sair da casa da senhora Joaninha,
sentiu algo frio a escorrer-lhe pelos
ombros. Olhou, e viu as mais lindas
cores primárias a caírem em forma de
gota.
- Mas lindas cores! – Disse com espanto.
- Quem são vocês? - Perguntou às lindas
borboletas de asas desenhadas.
- Somos as mascotes. Magenta, Amarelo
e Azul Ciano. Levamos connosco as
cores da Primavera. E colorimos de
alegria o coração dos habitantes.
- Obrigado amigas! Encheram-me o
coração de cor e, agora que estou feliz,
vou continuar a minha viagem.
Ao passar pelo pomar das Minhocas Tontas, o senhor Desquecido, encontrou uma
grande minhoca verde.
- Olá, como te chamas? – Perguntou.
- Eu não me chamo. Chamam-me menina Viviana. - Disse a gracejar.
- És muito engraçada. Queres vir comigo, viajar para um lugar especial?
- Que lugar é esse? – Questionou a menina Viviana.
- É um lugar cintilante e cheio de magia.
Ao chegarem, encontraram
brilhantes estrelas que dançavam
lindas melodias, tocadas pela
Natureza.
- Olhem para mim! – Ouviram
alguém dizer.
- Olá! Quem és tu? – Perguntou a
senhora Viviana.
- Sou a senhora Estrelícia. Querem
cantar comigo e com as minhas
irmãs?
- Não sei cantar. - Respondeu com
tristeza o senhor Desquecido
- Não faz mal. O mais importante é
divertires-te. – Esclareceu com um
grande sorriso a senhora Estrelícia.
- Então está bem.
- Dó, Ré Mi, Fá, Sol, Lá Si, Dó, (…) –
Cantaram os novos amigos.
E, num instante nasceu um novo dia.
- Queres vir na nossa viagem? – Perguntou o senhor Desquecido.
- Sim, sim, eu vou! – Respondeu imediatamente a senhora Estrelícia.
- Que cogumelo tão grande! – Exclamou o senhor Desquecido.
- Quem será que mora lá? – Questionou a senhora Viviana.
Nesse mesmo momento, o senhor Desquecido, sentiu um peso em cima da cabeça.
- Quem está aí?
- Sou eu! Sou eu!
- E, quem és tu?
- Sou a Borbolinda. Tenho cores lindas nas minhas asinhas.
- Já que tens asas, podes levar-me até ao Universo? – Perguntou o senhor Desquecido,
com grande desejo de conhecer outros mundos e planetas.
- Claro que sim. – Respondeu a
Borbolinda.
- Adeus, minhas amigas. Vou para
sempre lembrar-me de vocês. –
Disse para senhora Viviana e para
a senhora Estrelícia.
- Adeus! – Responderam ambas as
amigas em simultâneo.
Assim que avistaram o Universo, a
Borbolinda disse:
- Só te posso levar até aquela porta. Se
passar para o outro lado, as minhas asas
transformam-se em papel.
- Não faz mal. – Respondeu o senhor
Desquecido. – É a minha aventura.
Ao passar pela porta, o senhor
Desquecido sentiu-se a ser sugado por
um planeta.
- Mas, que sensação tão fixe, sinto-me
como se fosse um balão e que alguém
me largasse pelo ar. Para onde irei eu? –
Questionava sem medo, o senhor
Desquecido.
Ao entrar num novo planeta, o senhor Desquecido, reparou nos brilhos que o rodeavam.
- Auch! Esta doeu. Ainda bem que caí sentado. - Disse para si mesmo.
- Olá! Estás bem?
- Agora sim. Quem és tu? – Perguntou assustado, o senhor Desquecido.
- Sou a senhora Donutes.
- Não me vais comer, pois não?
- Claro que não. – Respondeu com gargalhadas a senhora Donutes. – Aqui alimentamo-nos
dos brilhos. Tornam a nossa pele
mais macia, e dá-nos energia.
- AHH! – Suspirou de alívio, o
senhor Desquecido.
- Vou agora, buscar um amigo para
irmos à gruta, apanhar uns brilhos
para almoçar. Queres vir?
- Nunca é tarde para experimentar
novos sabores. – Disse a gracejar o
senhor Desquecido.
- Este é o meu amigo Ocelot. E este é o
meu novo amigo, o senhor Desquecido. -
Disse a senhora Donutes ao fazer as
apresentações.
- Muito prazer. – Disseram ambos.
- Esta é a gruta Brilhoar. – Indicou o Ocelot.
- É muito bonita. Tem brilhos de todas as
cores. – Disse com grande espanto o
senhor Desquecido.
- Cada cor tem um sabor.
- É só provar.
- Vou experimentar. – E assim fez o senhor
Desquecido.
- AI! Estes brilhos…são pedras preciosas!
- O que é isso? Para nós os brilhos, são os
alimentos mais saborosos.
- Na minha terra, as pedras preciosas servem para comprar bens materiais. – Esclareceu o
senhor Desquecido.
- Mas aqui no planeta Dragobrilho, estas pedras servem para alimentar e unir a população.
Após o grande almoço com os novos
amigos, o senhor Desquecido, lembrou-se
que estava na hora de seguir viagem.
- Tenho de ir. – Anunciou aos novos
amigos.
- Queres boleia numa bola de sabão
mágica? – Perguntou a senhora Donutes.
- Claro que sim. E como funciona?
- Só tens de pensar para onde queres ir, e a
bola leva-te. – Explicou.
- Gostei muito de vós conhecer.
Ensinaram-me que se pode fazer grandes
amigos noutros planetas. Nunca
esquecerei. Obrigado!
E assim seguiu a sua aventura.
- UPS! – Exclamou o senhor
Desquecido, após ter caído da bola de
sabão, e de se ter deparado com uma
grande cobra de dentes afiados.
- Quem és tu? – Perguntou o senhor
Desquecido.
- Sou a Mafalda. E tu, o que fazes
aqui?
- Ando a viajar por terras e planetas.
- Queres vir comigo? Vou para a terra
do Brinquedos.
- Claro que sim! – Disse prontamente
o senhor Desquecido.
E assim foram de barco. Seguindo
viagem, de encontro ao pôr do sol.
Ao chegar ao mundo dos Brinquedos, o
senhor Desquecido despediu-se da
cobra Mafalda.
- Adeus Mafalda! Foste minha amiga, e
agora vou levar-te para sempre no meu
coração.
Assim que se despediu, entrou num
quarto onde as paredes tinham flores,
e onde os bonecos tinham vida.
- Tu falas? – Perguntou muito
admirado, o senhor Desquecido.
- Claro que sim! – Respondeu a boneca
Maria.
- E tu, quem és?
- Eu sou o Tediurso.
- Vais passear nesse comboio?
- Sim. Vou visitar a terra das Aves
Cortadas. Queres vir?
- Sim, sim. – Respondeu com grande certeza o senhor Desquecido. – Não há tempo a
perder. Adeus boneca Maria.
- Que animais tão estranhos! – Pensou.
- Tu tens cara de mocho e corpo de rato,
e tu tens cara de canguru e corpo de
abutre. Que confusão!
- Aqui não há confusão! – Esclareceram
os animais. – Nós nascemos assim, os
nossos pais eram assim, e os nossos avós
também.
- Temos de respeitar as diferenças. –
Disse o senhor Desquecido.
- Pois é! Cada um de nós é diferente do
outro, mas o nosso coração é igual e bate
da mesma forma.
- Gostei muito de falar com vocês. Vou
ensinar aos meus amigos, de como é
bonito sermos todos diferentes.
E assim se despediu.
De caminho para a sua casa, o senhor Desquecido adormeceu de cansaço, mas com o
coração cheio de alegria.
As saudades da sua família eram muitas, e foi com ela que sonhou na viagem de regresso.
Agora em casa, e sentado no seu sofá, o senhor Desquecido recorda a sua viagem e as
grandes aventuras. Mas o mais importante foi os amigos que fez. E que, apesar se serem
todos diferentes, conquistaram a amizade do senhor Desquecido.
Mais aventuras virão…
Por isso não te esqueças, o mais importante é a amizade.
Apesar de sermos todos diferentes somos todos iguais.
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