A A R T E É D E T O D O S
ARTES DA
REPRESENTAÇÃO
S U M Á R I O
1JOGOS DRAMÁTICOS, TEATRO
2TEATRO: COMO TUDO COMEÇOU?
POR QUE FAZER?
5JOGANDO E APRENDENDO A
FAZER TEATRO
14MONTANDO UM ESPETÁCULO DE
TEATRO NA ESCOLA
Capítulo 1 – Teatro: ComoTudo Começou? Por queFazer? – Saiba como surgiu oteatro, na Grécia Antiga, e opapel que ele desempenhavaem sua origem. Conheça umpouco da história do teatro noBrasil e por que é tãoimportante desenvolveratividades teatrais na escola,como meio de estimularnovos olhares sobre arealidade, criticando,denunciando, propondoalternativas.
Capítulo 2 – Jogando eAprendendo a Fazer Teatro –Descubra o que um “jogo deteatro” tem a ver com um jogode bola ou com um jogo dedamas. Saiba como organizare realizar jogos de integração,de percepção, de imaginação,teatrais ou dramáticos,indispensáveis à preparaçãode um grupo para montar umespetáculo de teatro naescola. Eles também podemser realizados semcompromisso com essaproposta, pelo simples prazerde fazer, conviver e aprender.
Capítulo 3 – Montando umEspetáculo de Teatro naEscola – Familiarize-se comalgumas dicas de comoescolher ou criarcoletivamente um texto paraser apresentado ao público daescola e da comunidade (vejaa sugestão de onde encontrarbons textos de teatro paracrianças e jovens!) e de comoensaiar a apresentação paraque o espetáculo agrade nãosó a quem está fazendoteatro, mas também aos queassistem.
Você conhece alguém que não goste nem de futebol, nem denovela? É difícil, não é?
Pois bem: essas duas atividades que o brasileiro adora têm tudo aver com as artes da representação. Representar é agir de acordocom determinadas regras ou convenções; é desempenhar umpapel que comove, alegra ou entristece os espectadores. Não éisso que fazem os jogadores de futebol e os atores das novelas?
Mas a arte de representar não é privilégio de profissionais. Todosnós podemos usar o teatro como forma de nos expressar e decomunicar aos outros emoções, idéias e valores queconsideramos importantes.
Como fazer isso? Como contribuir para que crianças, jovens eadultos da escola e da comunidade tenham a oportunidade defazer teatro e, assim, possam desenvolver ainda mais o raciocínioe a sensibilidade? Como possibilitar que grupos aprendam, pormeio da atividade teatral, a trabalhar coletivamente e a convivermelhor, respeitando diferenças e ritmos individuais?
Este caderno vai oferecer algumas respostas a essas questões.Aqui o(a) Amigo(a) da Escola encontrará informações esugestões básicas para iniciar ou reforçar um trabalho comteatro, sem precisar de muitos recursos. Nem espaço com palco aescola precisa ter. O que é preciso é muita vontade e imaginação.
Confira os conteúdos que você irá encontrar nas páginasseguintes e comece pelo capítulo que mais lhe provocarinteresse.
JOGOS DRAMÁTICOS, TEATRO
1
TEATRO: COMO TUDO COMEÇOU?POR QUE FAZER?NO MUNDOCerca de 700 anos antes do nascimento de Cristo – há quase3 mil anos, portanto – luzes de inteligência e criatividadecomeçaram a brilhar com intensidade nunca antes vista,em uma região ao sul do continente europeu, a Grécia.Essas luzes se irradiaram pelo mundo, impulsionando asartes e as ciências humanas e naturais, e chegaram aténós. Prova disso são os milhares de palavras de origemgrega que usamos diariamente, sem nos darmos contade que, ao fazermos isso, estamos prestando homenagemaos antigos gregos que inventaram a democracia (demos:
povo; cracia: governo), a filosofia (philos: amor; sofia:
conhecimento, sabedoria) e criaram a tragédia e a comédia,
que eram apresentadas no teatro (Theatai ou Theátron:
“lugar de onde se vê”. Mais tarde, essa expressão, teatro,
passaria a designar não apenas um local, mas o próprio
espetáculo, bem como a sua linguagem específica).
As artes da representação evoluíram a partir de rituais em
homenagem ao deus Dioniso, que teria ensinado a
humanidade a cultivar uvas e a fazer o vinho, e se tornaram
uma das principais formas de educar os espíritos e
sensibilizar os cidadãos da Grécia.
Os gregos construíram então os primeiros teatros, imensos
auditórios ao ar livre, com capacidade para milhares de
pessoas. Um deles, que continua de pé, é o de Epidauro, no
Peloponeso. Construído no século IV a.C., tem lugar para
14 mil pessoas, que, nos dias de espetáculo, se acomodam
em bancos de pedra abrindo-se em leque como os bordos
de uma taça, à volta de um espaço circular. Até hoje,
durante o verão, nesse local são apresentadas peças dos
“pais” do teatro ocidental: Ésquilo (525-456 a.C.), Sófocles(496-406 a.C.), Eurípedes (480-406 a.C.), autores de
tragédias como Prometeu Acorrentado, Édipo Rei ou AsBacantes; e Aristófanes (445-386 a.C.), autor de comédias
como As Rãs.
2
Ainda hoje, as tragédias deÉsquilo, Sófocles e Eurípedesnos comovem, ao mostrarema fragilidade humana diantedo destino. Somos tocadospor histórias que se perdemno tempo, como a do ReiÉdipo, que matou Laio, semsaber que era seu pai, ecasou-se com Jocasta, semsaber que era sua mãe. (Háalguns anos essa tragédia foirecontada em novela da Globode grande sucesso.) Ascomédias de Aristófanestambém não perderam a graça– como Lisístrata, onde asmulheres espartanas fazemuma greve de sexo paraconvencer seus homens a nãofazer guerra e sim amor.
Hoje, no entanto, vamos aoteatro com uma atitude muitodiferente da dos antigosgregos. Naquele tempo, osfestivais de teatro aconteciamuma vez por ano e duravam odia inteiro. As pessoas saíamde casa de manhã, com seusalimentos, e só voltavam ànoite.
O teatro era visto, naquelaépoca, como uma celebraçãode caráter cívico e religioso.Ao assistirem a uma tragédia,as pessoas se identificavamcom a representação dosofrimento humano, mostradapor meio da dança e do canto,com atores que usavammáscaras (máscara é personaem grego; daí vêm as palavraspersonalidade e personagem).Depois dessa vivência, todossaíam do teatro purificados:haviam feito uma verdadeiracatarse ou limpeza (do gregokhatarsis) em seus espíritos,
o que vem sendo questionadoe entendido também comouma forma de esvaziar arebeldia e submeter ohomem ao poder. Valelembrar aqui que, depois datragédia, era sempreapresentada uma comédiapara contrabalançar.
Isto revela que oteatro também era uminstrumento político. Osgovernantes do períodoestimulavam as atividadesartísticas, porque por meiodelas era possível divulgardeterminado tipo de memóriahistórica que interessava aoEstado.
Ao longo dos tempos, alinguagem teatral foi utilizadade formas bem diferentes.Pelos governantes, paradifundir a sua visão de mundo;pelos que se opõem agovernos injustos, paradenunciar o presente eanunciar o futuro; pela IgrejaCatólica, em especial na épocados Descobrimentos, paracatequizar os não-cristãos econvencê-los de que suascrenças eram “coisas dodemônio”. Mas, para osartistas comprometidos com“o sentido da existência”, oteatro é uma forma demultiplicar alegrias, de fazerrefletir e pensar criticamente,de elevar e unir as pessoasem busca de um fim comum.
3
NO BRASILEm nosso país, o teatrocomeçou como catequese.O padre José de Anchieta(1534-1597) foi o primeiro aencenar peças de teatro emsolo brasileiro – os Autos,uma modalidade de teatro detema sempre religioso. Emnome da moral cristã, osAutos de Anchieta condenavamos costumes dos índios eseus modos próprios dereverenciar o sagrado. Depoisdesse teatro religioso doséculo XVI, há um vazio deséculos. Para Sábato Magaldi,só depois da Independência,em 1822, o País começaria amoldar o seu teatro.
Em seu livro Panorama doTeatro Brasileiro, que fazparte do acervo distribuídopelo MEC às escolas, Magaldidiscorre sobre alguns autoresque marcaram época, e sobreos quais você pode pesquisarmais tarde, se quiser. Noséculo XIX, destacam-seGonçalves de Magalhães(1811-1882) que, em 1838,escreveu Antônio José ou oPoeta e a Inquisição, “aprimeira tragédia escrita porum brasileiro e com assuntonacional”, e Martins Pena(1815-1848), autor de vintecomédias e de seis dramas.Além disso, autores deromances, contos e novelas,como José de Alencar ouMachado de Assis, e poetas,como Gonçalves Dias,também escreveram parateatro.
O século XX revelou umasafra expressiva de autoresde teatro, com estilos e temasvariados: Oswald de Andrade(O Rei da Vela), ArianoSuassuna (O Auto daCompadecida), NelsonRodrigues (Bonitinha, masOrdinária), Plínio Marcos(Navalha na Carne),Gianfrancesco Guarnieri(Eles não Usam Black-tie),Chico Buarque (Gota d’Água),Dias Gomes (O Bem-Amado),entre outros. Isso semmencionar os que sededicaram especificamente aoteatro infantil, como foi o casode Maria Clara Machado comsua obra ímpar, só paralembrar a contribuição talvezmais significativa voltada paraesse público.
NA ESCOLAAs atividades teatraisdesenvolvidas na escolaeducam a todos que aspraticam, possibilitando oexercício da imaginação, dadescoberta e da invenção,bem como a expressão desentimentos e emoções.As artes do representarcontribuem para que osenvolvidos cresçam em auto-estima e passem acompreender melhor que aspessoas têm valoresdiferentes, que a mesmasituação tem um significadodiverso para pessoasdiferentes – e que aceitar estadiversidade nos enriquece.
A prática teatral amplia eaprimora o diálogo,contribuindo para que osindivíduos, as relações entreeles e a escola como um todose aperfeiçoem.
Os chamados contosda carochinha como
O Gato de Botas,O Pequeno Polegar,João e Maria, DonaBaratinha e tantos
outros são históriasexcelentes que podem
ser adaptadas elevadas ao teatro.
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JOGANDO E APRENDENDO
A FAZER TEATRO
O QUE JOGO TEM A VER COM TEATRO?A palavra de origem latinajogo (jocu) tem, entre outrossignificados, os de atividadefísica ou mental organizadapor um sistema de regras,brinquedo, passatempo,divertimento. Os termosbrincar e brincadeira estãorelacionados a uma(pre)disposição aodivertimento e ao passatempoque, por sua próprianatureza, se caracterizapela ausência deobrigatoriedade.
Assim, seja de bola, de xadrezou de teatro, todo jogo tem,em comum, o fato deobedecer a regras e de serdivertido, de causar prazer epoder envolver váriaspessoas (embora sejapossível jogar sozinho, ficamelhor acompanhado...).
Todo jogo precisa de:
• jogadores – pessoasdispostas a brincar e acriar/conhecer...
• regras – informaçõesbásicas de que osjogadores necessitampara, em conjunto,atingir os objetivospropostos.
• espaços e tempos bemdefinidos.
Quem joga está sempreaprendendo: a raciocinar, atomar decisões, a colaborar,a reconhecer e a lidar comseus sentimentos e os dosoutros. O jogo de teatro émais uma demonstração deque aprender pode serprazeroso e divertido e épossível aprender jogando(brincando).
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SUGESTÕES DE JOGOS E DE ATIVIDADES DRAMÁTICASVamos apresentar agora cincotipos de jogos que você podeorganizar, envolvendocrianças, jovens e adultos daescola e da comunidade:
• jogos de integração, quedesenvolvem a capacidadede trabalhar em conjunto;
• jogos de percepção, quemelhoram a capacidade deobservar o mundo que noscerca;
• jogos de expressão, quecontribuem para que aspessoas se movimentemcom mais liberdade ecriatividade;
• jogos de imaginação, queampliam o dom de criar ede resolver problemas;
• jogos teatrais oudramáticos, onde osparticipantes se exercitamem criar personagens.
Como você verá, esses jogos,além de tudo, facilitam a trocade experiências e ajudam aresgatar os conhecimentos eexperiências da turma.
Mas alguns cuidados sãonecessários para que tudocorra bem:
• Adaptar: Adapte as nossassugestões à faixa etária, àscaracterísticas e aosinteresses do grupo com oqual estiver trabalhando.
• Respeitar: “Nunca,jamais” force umparticipante a realizar umaatividade se ele não sesentir capaz ou preparado.
• Incentivar a participaçãodas pessoas mais tímidas,mostrando o quanto éimportante, para sua vida,tentar superar seuslimites. No caso de alunosda escola, converse comseus professores ouespecialistas da escola.
• Evitar comparações ejulgamentos de certo eerrado.
• Facilitar a comunicação:Em atividades que nãoenvolvem o grupo inteiro,
é importante a todo omomento solicitar que osparticipantes troquem deparceiro, para evitar aschamadas “panelinhas”.
• Preparar-se: Separe comantecedência o materialnecessário para cadaatividade, como fitascassete ou CDs commúsicas de gêneros eritmos variados. Elasserão usadas em muitasatividades.
• Refletir e aprender na
roda: Procure iniciar eterminar as atividadesdesenvolvidas com o grupoformando uma roda. A rodaé uma forma “natural”,espontânea, coletiva esocial de os indivíduos serelacionarem de igual paraigual. No início, discuta ecombine com osparticipantes quais são osobjetivos do encontro; aofinal, todos devem avaliarse os objetivos foramatingidos. Ao finalizar umaatividade qualquer, formesempre a roda e peça paracada participantecompartilhar com osdemais o que sentiu aofazê-la, as reações queobservou em si mesmo enos outros, e o queaprendeu com ela. É omomento de discutirvalores e atitudes comocooperação x competição,preconceito x tolerância,confiança x desconfiança.
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JOGOS DE INTEGRAÇÃOObjetivos: Marcar aidentidade dos participantes;fazer com que cada um sesinta parte do grupo e em péde igualdade com todos.
Atenção
Estes primeiros jogos
são realizados com
todos os integrantes.
Evite a divisão em mais
de 2 subgrupos e a
presença de
espectadores.
Atividades:Torce-torce• Forme uma roda com
todos os integrantes demãos dadas e diga que nãopodem soltá-las enquantodurar o jogo.
• Peça a um dosparticipantes para soltaruma de suas mãos econduzir os companheiros,passando por sob as mãosdos demais.
• Quando o grupo estiver“embolado” e não for maispossível continuar, outroparticipante, com a mãosolta, deverá, sem que osoutros percam o vínculodas mãos, “libertá-los” daconfusão.
Dica
O modo mais fácil de
soltar os “nós”
formados durante o
jogo é fazer com que o
jogador, com as mãos
em posição diferente
da inicial, dê uma volta
sobre seu próprio
corpo, fazendo com
que todos aqueles que
estiverem a sua
esquerda ou a sua
direita passem por sob
seu braço na mesma
direção em que ele se
virará.
Mudar de posição,sem perder a mão
• Inicie com os participantesem roda, sem soltarem asmãos.
• Peça sugestões sobre deque modo os participantes,que estão de frente unspara os outros, podem ficarde costas para o centro daroda.
• Estimule o grupo aexperimentar todas assugestões feitas pelosparticipantes. Pensarnessas alternativas éutilizar o “pensamentodivergente”: usar aimaginação e buscarrespostas diferentesdaquelas mais tradicionaispara a resolução dedeterminado problema.
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Um corpopara muitas cabeças
• Com os participantes emroda, sugira um tema paraque eles o representemcom seus corpos, semsoltarem as mãos: porexemplo: “sejam” uma latade sardinha.
• O conjunto agora deverámostrar o seu “novo corpocoletivo” em forma de latade sardinha e “congelar”na posição até que vocêlance um novo desafio,como: ser uma piscina, umcopo com um canudinhodentro, uma travessa comsalada de frutas, umaxícara sobre um pires, umvaso de cacto.
• Divida a turma em doissubgrupos. Distribuapedaços de barbante quevão ligar os participantesmão a mão. Sem romper acorrente, peça que formemjuntos coisas como: árvorede natal, um carrossel deparque de diversão, umamáquina qualquer, umacaixinha de música etc.
• Cada grupo poderáobservar as soluções dooutro.
Apresentaçãoexagerada
• Em roda, peça que cadaparticipante diga seunome.
• Depois de todos seapresentarem pelaprimeira vez, devem fazê-lo acompanhando o nomecom um gesto feito com osbraços..
• Em seguida, vá dandonovos comandos: aapresentação será feitautilizando as pernas;deslocando-se no espaço;fazendo um gestoexpressivo, comdeterminada intenção;dizendo o nome nodiminutivo com um “gestopequeno”; dizendo o nomeno aumentativo com um“gesto grande”.
• Peça a todos que repitam onome, com o gesto e amesma intenção e tom devoz utilizados por você.
• Escolha outro participantepara atuar como o líderque todos devem imitar(chamamos a essa pessoade pivô); este, por suavez, indicará o seguintee assim por diante.
Perdidos no espaço• Peça aos participantes, em
roda, que “marquem” namemória seu lugar (emrelação aos objetos doespaço onde estão).
• Você, que também está naroda, vai olhar para umparticipante, sair de seulugar e se deslocar emdireção a ele.
• Quando você estiverchegando perto desseparticipante, ele sairá dolugar e se deslocará emdireção a outra pessoa, queagirá da mesma forma, eassim por diante...
• Quando perceber que ojogo está próximo de sedesgastar, peça para quetodos “congelem” efechem os olhos.
• Dê um tempo, contando,por exemplo, de um a dez,para que as pessoastentem retornar, de olhosfechados, a seus lugaresoriginais na roda.
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JOGOS DE PERCEPÇÃO/OBSERVAÇÃOObjetivos: Aguçar acapacidade de observar ocotidiano, para ampliar odiálogo com a realidade;oferecer oportunidades paraque os participantesconheçam melhor a simesmos e aos outros.
Atividades:Olhar e ver, ver semolhar• Dê um tempo para que os
participantes observembem o espaço em que seencontram.
• Peça que as pessoasfechem os olhos.
• Faça perguntas sobreobjetos e detalhes do localonde estão. Se é uma sala,pergunte, por exemplo,quantas janelas tem, a corda parede, se há algumacoisa escrita na lousa etc.
• Se várias perguntas nãoforem respondidas,aproveite para, no final,enfatizar a importância deaprender a observardetalhes, às vezes vitais,para manter a capacidadede concentração ou, comose diz em teatro, o foco.
De olho no outro
• Os participantes devemformar duplas e seobservar.
• Peça que, nas duplas,fiquem de costas um parao outro.
• Cada membro da dupladescreverá, com o máximode detalhes que conseguir,como seu parceiro estávestido.
Obs.: Caso se trabalhe com
turma uniformizada, pode-sepedir que a descrição
atenha-se fundamentalmente
a detalhes como calçado,
pulseiras, modo como o
cabelo está arrumado.
Você está tãomudado!
• Divida os participantes emduas grandes colunas, unsde frente para os outros.
• Solicite que os jogadoresobservem atentamente oparceiro que se encontra asua frente.
• Peça que uma das colunasse retire da sala por algumtempo e oriente osjogadores que ficaram nasala para que mudemalguns detalhes em si.Podem, por exemplo,dobrar a manga da blusa oua camiseta, trocar derelógio com outra pessoa,tirar ou colocar paradentro a blusa ou acamiseta etc.
• Feitas as mudanças, ogrupo que saiu retorna àsala e, a uma ordem docoordenador, cadaparticipante, sem falarnada, observa ocompanheiro à frentetentando perceber asmudanças ocorridas.
• Dê um rápido tempo para aobservação e soliciteàqueles que saíram quefiquem de costas para oscompanheiros.
• Indague, de um por um, asmudanças percebidas.Muitos jogadores nãoconseguirão dizer nada,tendo em vista que nãohaviam observado seusparceiros; outros falarãode mudanças nãoocorridas; outros, ainda,poderão fazer referência adetalhes de diasanteriores.
• Dando seqüência ao jogo,sai o grupo quepermaneceu. Para os queficaram, o coordenadorsolicita que nada sejamodificado ou para que ummesmo e idêntico detalheseja alterado por todos.
9
Desaparecimentos
• Peça que os membros dogrupo andem pelo espaço eparem depois de um curtotempo.
• Solicite que osparticipantes, de olhosfechados, cumpram algunscomandos seus, como, porexemplo: dar meia voltapara qualquer lado, dar doispassos para a frente, darmeia volta, dar três passoslaterais para a direita...
• Diga que dará um suavetoque nas costas de umdos participantes e este,sem abrir os olhos nemfazer barulho com os pés esem encostar em ninguém,deverá sair do espaço eesperar, fora da sala.
• O coordenador podesolicitar que os jogadoresabram os olhos e estes,depois de observar oconjunto, digam o nome docompanheiro que saiu.
O jogo deve continuar poralgum tempo. Você pode
aumentar a quantidade dosque saem, tocando no
ombro de mais pessoas.
Objetivos: Aumentar apercepção e a consciência docorpo como instrumento decomunicação e expressão;buscar transmitirsentimentos por meio dadança espontânea;desenvolver a sensibilidadepara perceber e interpretarsentimentos.
Atenção! Evite:
� as danças marcadas
por conjuntos da
moda;
� os comportamentos
“definidos” como
típicos: do macho, da
menininha, do idoso,
da loura etc.;
� os gestos repetitivos
e pouco criativos dos
astros cômicos.
Atividades:O hipnotizadordançarino• As pessoas devem formar
trios. Com um gravador ouCD player, você vai garantirque músicas de ritmosdiferentes estejamdisponíveis.
• Em cada trio haverá umparticipante que será o“hipnotizador”.
• Ao ritmo da música, o“hipnotizador” de cada trio
irá movimentar-se,“desprendendo” os braçosdo corpo para acompanhara música.
• Os dois outros membrosdo trio olham para uma daspalmas da mão do“hipnotizador” e vãoseguindo/acompanhandoos seus movimentos, semperderem o foco.
• Embalado por trechos demúsicas diferentes quevocê irá tocando, o“hipnotizador” conduzseus dois companheirospelo espaço de trabalho,dançando e levando seus“hipnotizados” à dança.
• Depois de um tempo, peçaque o “hipnotizador”troque de lugar com umdos hipnotizados, até quetodos tenham passadopelas duas experiências,de condutor e conduzido.
• Para finalizar o jogo, e aosom de uma música maisagitada como, porexemplo, Brasileirinho, deValdir Azevedo, peça acada participante quepense em doishipnotizados imaginários,levando-os a dançar.
Esse jogo foi criado peloteórico e dramaturgo
Augusto Boal.
JOGOS DE EXPRESSÃO
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Sombra
• Iniciando com duplas eampliando para trios,quartetos..., um dosparticipantes fica à frentee de costas para os demais,que deverão segui-locorporalmente por ondequer que ele vá.
• Depois de determinadotempo, e seguindo a suaorientação, os que estão“conduzindo” os gruposvão para trás da fila e umnovo “dançarino” reiniciao movimento.
Jogando bola sem bola
• Prepare uma fita comritmos diferentes e peçaque os jogadores, ligadosaos sons musicais,pratiquem diferentesmodalidades esportivas:peteca, pingue-pongue,embaixadas, vôlei, pranchade surfe, bambolê,capoeira etc.
• O jogo pode ser feito emduplas, trios, quartetos...,e é excelente comoatividade de aquecimentopara iniciar os trabalhoscom a atividade teatral.
JOGOS DE IMAGINAÇÃOObjetivos: A partir de umasituação-problema, estruturare modificar, dentre uma sériede alternativas, qual melhorse amolda ao momentovivido; exercitar a capacidadeimaginativa, procurandosuperar as dicotomias(diferenças) entre sentir epensar, pensar e fazer.
Atividades:Objeto mágicoCom o grupo sentado emroda, selecione algum objeto– por exemplo, dois copinhosdescartáveis de café – e peçaque, sem repetir o gesto dooutro, cada participantedemonstre, com mímica, emque esses dois objetos podemser transformados, mudandosua função original. Os doiscopos podem sertransformados em par debrincos, binóculos, um ovosendo quebrado, um aparelhode telefone etc.
Cenas congeladasEsta atividade é recomendadae largamente utilizada emteatro, pois amplia acapacidade de percepção eutilização do espaço cênico.É também um ótimo recursopara discutir certos temas,como diferentes formas depreconceito e autoritarismo,contradições entre a teoria ea prática.
Toda vez que atores montamuma cena “congelada”, ou
seja, em que eles não semovem, mas representamuma ação como se estivessemem uma fotografia, usa-se aexpressão montar um tablô(tableau é uma palavrafrancesa que significa quadro).
Divida a turma em gruposcom um determinado tempopara combinar a montagemdos tablôs, para seremapresentados. Algumassugestões:
• Criar cenas a partir dereproduções de obras deartistas plásticos,fotografias de família,recortes de revista.
• Criar cenas do cotidiano,desde as mais simples atéaquelas mais “complexas”,como aniversários,casamentos, discussõesentre pais e filhos, velarum morto.
• Outros temas: academia deginástica, salão de beleza,laboratório, hospital,hospício, show de música,loja de brinquedos, quadrade esportes etc. Aqui, umsubgrupo monta e a turmatenta descobrir o tema dado.
• Criar cenas com versos demúsicas, por exemplo,“caminhando contra ovento, sem lenço semdocumento”, “para sempre ésempre por um triz”,“reparando bem, todomundo tem pereba”, “Sou oboneco de mestre Vitalino”,“Os devotos do Divino vãoabrir sua morada, pra
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Atividades:Quem sou? Ondeestou? O que fazer?• Divida o grupão em
pequenos grupos, para nãose perderem os objetivos,o foco e a intenção.
• Proponha que cada grupomonte cenas curtas, de nomáximo 3 minutos, semfalar e sem utilizarquaisquer ruídos ouobjetos reais – recorrendoapenas à mímica.
• Eis algumas sugestões detemas para essas cenas.Eles focalizam as trêsdimensões de uma açãodramática: Quem (aspersonagens), O que (aação propriamente dita),Onde (o local onde sepassa a ação):
QUEM?Por exemplo: pessoas
estrangeiras pedindo
informação a alguém;
feridos chegando a um
hospital; cozinheiros
preparando um doce
especial; pessoas se
arrumando para um
casamento, desfile, festa
etc. Enfim, nessa
proposta, o importante é
deixar clara a
personagem.
O QUÊ?Por exemplo, um
jogador, no centro da
roda, começa a praticar
uma ação qualquer. O
primeiro que entender a
ação deve entrar no
centro da roda e
relacionar-se com ele,
praticando a mesma
ação ou outra
relacionada à primeira.
Ou: alguém ajudando o
outro que carrega um
pacote pesado; alguém
que começa a falar com
outro ao telefone;
alguém que vai pular
corda com outro;
alguém que dança junto
etc.
ONDE?Priorizando os espaços
em que as ações devem
acontecer. Por exemplo:
num hospital, numa linha
de produção de fábrica,
num estúdio fotográfico,
numa sala de aula
tradicional, numa fila de
banco etc. Desse modo,
as ações decorrem do
espaço determinado.
O tempo de duração dessesjogos de improvisação podevariar de acordo com a faixaetária com a qual se trabalhee com o tempo de que sedisponha.
bandeira do Divino ser bem-vinda, ser lembrada”.
• Depois de a cena estarcongelada, dê um tempopara que os participantes eobservadores discutam asidéias e sentimentos queexpressaram ou captaram.
O jogo dramático oujogo teatral
Objetivos: Brincando,aprender a personificar,criando e construindopersonagens; trabalhar eaprimorar o fluxo delinguagem e das capacidadesimaginativas; harmonizar eacelerar o trabalho expressivo,no nível intelectual, emocionale físico; adequar as intençõesintelectuais ao gestoapresentado, que representa amaterialidade da vontade;liberar a espontaneidade,desmistificando o “não sercapaz”, “não se sentir seguropara”.
Esta primeira etapa com otrabalho de representação édecorrente do processoanterior: prática e vivênciacom jogos e seudesenvolvimento evoluindopara a improvisação.
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Cena interrompida
• Com o grupão em círculo,todos sentados, peça a doisparticipantes que selevantem, se posicionemno meio da roda ecomecem uma açãoqualquer utilizando-se daoralidade, ou seja,acompanhando as ações depalavras.
• Depois de algum tempo,qualquer outro participantepode interromper aimprovisação batendopalma. Ao som da palma, osjogadores no centro da roda“congelam” e esperam queaquele que interrompeuescolha com quem vaicontinuar ou mudar aimprovisação. Novaimprovisação começa,sendo interrompidasempre do mesmo modo.
• Lembre à turma que quemestá sentado na roda nãopode falar nada. A fala sópode ser apresentada naimprovisação.
Tipos esquisitos
Depois de trabalhar bastanteos jogos anteriores – quedevem ser retomados sempreque se sentir a turma meiopresa ou querendo discutirdemais sem experimentar –,você pode propor aapresentação de rápidosdiálogos básicos em duplas.
Prepare fichas com umdiálogo expressivo, como aseguir. As fichas serãoreproduzidas e distribuídas àsduplas:
A – Olha!B – Olhar o quê?A – Olha lá. Ali.B – O quê?... Não vejonada.A – Lá, olhe bem!B – Onde?!A – Mas que coisa! Ali!B – Lá?A – Não. Ali.B – Ah!!!A – Viu?B – O quê?A – Quem é aquele?B – Aquele? Não sei...A – Ele não veio com você?B – Comigo? Não!A – Pensei que fosse seuparente.B – Não!A – Ainda bem...B – Isso é... Mas por quê?A – Não sei...
• Prepare outras fichas, cadauma com a indicação detipos diferentes, como doisvelhos, dois robôs, duasfadinhas, dois caipiras,dois ladrões, duas beatas,dois machões etc.Entregue uma das fichas acada dupla (os outros nãoficarão sabendo que tiposerá representado).
• Determine um tempocurto para as duplasprepararem a cena,apresentando-a para toda aturma, que deverá tentardescobrir as personagens.
• Com crianças muitopequenas, você pode dizerao ouvido os tipos oupreparar fichas com ostipos desenhados ou,mesmo, partindo derecortes de revistas.
“O que você querdizer com isso?”
• Selecione frases curtas,por exemplo: “amo você”,“sofro mais do que você”,“ninguém gosta de mim”,“estou tão feliz que pareceque vou explodir” etc. edisponha o grupo em roda.
• Peça a cada participantepara dizer a mesma frase apartir de intenções eexpressões diferentes eainda não apresentadas poroutros jogadores. Asintenções e expressõespodem ser: com medo,apaixonado, assustado,com ódio, com inveja,fofocando, como caipira,como bêbado, comopolítico demagogo...
• Depois de os jogadoresdizerem e experimentaremvárias intenções, soliciteque as pessoas formemduplas, ainda em roda.
• A partir de pares nãocombinados, o primeirojogador dirá determinadafrase a outro, e este,apreendendo a intenção doprimeiro, repetirá amesma frase com umaintenção oposta. Adinâmica deve serdesenvolvida em roda.O primeiro jogador sai deseu lugar e se dirige paraaquele a quem dirá a frase.
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MONTANDO UM
ESPETÁCULO DE
TEATRO NA ESCOLA
Escolha do textoO texto a ser apresentadopode ser de algum escritorconsagrado (como ossugeridos no item anterior)ou pode ser escrito pelopróprio grupo, a partir deimprovisações como asdescritas neste caderno.A escolha/criação do textodeve levar em conta o públicoa quem o espetáculoprioritariamente se destina eos valores estéticos,educacionais e sociais que ogrupo quer debater.
Você pode ter acesso amuitos textos de teatro, pormeio da revista Teatro da
Juventude, editada edistribuída gratuitamente pelaSecretaria de Estado daCultura de São Paulo. Jáforam publicados 34 números,contendo em cada um deles,normalmente, três obras deautores brasileiros, entreinfantis, juvenis e adultas.
Endereço para solicitação darevista:
Secretaria de Estado daCultura de São PauloRevista Teatro da JuventudeRua Mauá, 53 – 3o andar01028-900 – São Paulo – SP
Formação do grupoConvide os interessados aparticipar, por meio decartazes, anúncios nas salasde aula e em espaçoscomunitários. Quando aspessoas se apresentarem,integre os participantes eofereça possibilidades paraque desenvolvam suacapacidade de observação,por meio dos jogosdramáticos que sugerimos noitem anterior.
Fazer teatro na escola,
além de ser um
aprendizado coletivo,
representa uma aventura
desafiante e fascinante.
Afinal, praticar a Arte da
Representação é exercitar-
se também nas Artes da
Luz, do Som e do Povo.
Agregando professores,
alunos, profissionais da
Educação, comunidade e
voluntários, a partir de um
projeto amparado em uma
necessidade comum, a
aventura teatral deve ser
desenvolvida em algumas
etapas distintas ou
processos de trabalho, que
se articulam e se
completam. Essas etapas,
ainda que de maneira
esquemática, podem ser
assim resumidas:
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EnsaioA formação ou preparação dogrupo é a primeira parte doprocesso de ensaio. Por meiode atividades como assugeridas no item Jogando eAprendendo a Fazer Teatro,cada participante aprende aconhecer melhor a si mesmoe a seus companheiros, àmedida que todos têmdificuldades e necessidadessemelhantes.
possa ser o melhorpossível. Desse modo, sede determinada cenaparticiparem, por exemplo,dez atores, você iráassistir à mesma cena dezvezes, priorizando, emcada uma delas, um dosparticipantes;
• ensaio de afinação ouensaio corrido – processoem que todos os acertos sefazem: interpretações,adereços de cena, inclusãode trilha musical,maquiagem, luz... Trata-sedo processo final para queo espetáculo tenha ritmo.
A segunda etapa, de duraçãovariada, acontece a partir daescolha de determinado texto,que se pretende apresentar aopúblico, e da personagem maisadequada a cada um. Agora ofoco é apoiar cada participantepara que ele consiga construirbem a personagem que lhecabe na peça. Você deveráorientar o grupo nasseguintes atividades:
• leitura e análise do texto,observando com cuidadoos conflitos entre aspersonagens e suascaracterísticas físicas epsicológicas;
• memorização do texto,lembrando que éimportante que oparticipante tenhaconsciência dossignificados das falas e dotexto como um todo;
• ensaios de marcação,evidenciando como aspersonagens praticamações no espaço derepresentação,relacionando-se umas comas outras e com os objetosde cena;
• ensaios um a um – vocêobservará um participantede cada vez, fazendo oscomentários necessáriospara que o trabalho dele
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Criação do figurinoe dos cenáriosEnquanto acontece a segundaetapa dos ensaios, é precisoir criando os figurinos, ouseja, as roupas (que podemser emprestadas, adaptadasou confeccionadas) eadereços (chapéus, enfeites,objetos) que serão usados – etambém o cenário.
• O cenário e os adereçospodem ser criados com aajuda de pessoas quegostem de artes visuais oude artesanato (Vejacadernos Artes da Luz ouArtes do Povo). O cenáriodeve ser seguro e nuncacolocar em perigo o ator;ter funcionalidade e nãoatrapalhar a movimentaçãodos atores. Deve-se evitarao máximo interromper oespetáculo para trocas decenário.
• Importante: a criação decenário e adereços develevar em conta ascaracterísticas do localonde o espetáculo seráapresentado: o auditório outeatro da escola, ou o pátio,a quadra de esportes, umasala de aula, a fachada daescola, a rua em que fica oprédio escolar, uma praçavizinha à escola.
• A luz, a maquiagem, atrilha sonora (Veja cadernoAs Artes do Som), asprojeções de slides... nãosão essenciais, mas podemfazer parte do espetáculo.
Divulgação doespetáculoO material de divulgação doespetáculo junto às pessoasda escola e da comunidade –convites, cartazes, programas– pode ser preparado poroutros alunos e voluntáriosnão participantes doespetáculo. Envolva nessaatividade as pessoas quegostam de expressar-se porescrito (Veja caderno Artesda Palavra).
Apresentação doespetáculoÉ o momento-festa em que oconjunto de criadores seconfronta com o público: horade celebração, de tensão, deansiedade e de muito prazer.
DebateO exercício democráticoexigido por um trabalhoteatral conseqüente, em suasdiferentes etapas até oespetáculo, atinge suanatureza específica quando opúblico é chamado aparticipar, na condição dedebatedor e companheiro doprocesso. Sendo sua funçãosocial, educativa e artística, oespetáculo enriquece todosos sujeitos do processo.
Amigos da Escola:por dentro do teatro e
por dentro da vida
16A A R T E É D E
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
HUIZINGA, Joan. Homo ludens: o jogo como
elemento da cultura. São Paulo: Perspectiva,1971. [Livro republicado, em 4a ed., em 1993.]
LEFEBVRE, Henri. O teatro épico de Brecht como
crítica da vida cotidiana, In: Teatro e vanguarda.Lisboa: Presença, 1970.
MAGALDI, Sábato. Panorama do teatro brasileiro.São Paulo: Global. 1977.
SPOLIN, Viola. Improvisação para o teatro. SãoPaulo: Perspectiva, 1987. p. 6.
A ARTE É DE TODOS
AMIGOS DA ESCOLA
Realização
Um projeto Rede GloboDiretoria de Projetos SociaisCentral Globo de Comunicação
Elaboração
Centro de Estudos e Pesquisas em Educação,Cultura e Ação Comunitária
Direção-presidência Maria Alice Setubal
Coordenação Geral Maria do Carmo Brant deCarvalho
Coordenação Técnica Isa Maria F. R. Guará
Coordenação de Projeto Alice Lanalice
Comitê Editorial Jorge Miguel MarinhoSônia Madi
Consultoria em Cultura Alberto T. IkedaPopular
Consultoria Pedagógica Madza Ednire Edição (CECIP – Centro de Criação
de Imagem Popular,RJ)
Textos Originais
Com vocês: As Artes Sônia MadiArtes da palavra Jorge Miguel MarinhoArtes da luz Maria Terezinha T. GuerraArtes do som Marisa Trench O. FonterradaArtes da representação Alexandre Luiz MateArtes do festejar e brincar Iveta Maria B. Á. FernandesArtes do povo Tônia B. Frochtengarten
Revisão Sandra Aparecida Miguel
Edição de Arte Eva P. de Arruda CâmaraJosé Ramos NétoCamilo de Arruda C. Ramos
Ilustração Michele Iacocca
CENPECRua Dante Carraro, 68 Pinheiros05422-060 São Paulo SPFax: 11 3816 0666e-mail: [email protected]: //www.cenpec.org.br
Material desenvolvido pelo
CENTRO DE ESTUDOS E PESQUISAS EMEDUCAÇÃO CULTURA E AÇÃO COMUNITÁRIA
Realização
Apoio
Filatelia e Apoio Técnico
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