CG
PE
: 7461
Autora
Gizelda Maia Rego
Fenologia
FlorestasMinistrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento
Telefone: (41) 3675-5600 - Fax: (41) 3675-5601www.cnpf.embrapa.br
Estrada da Ribeira, km 111, Colombo,PR, Cx.P. 319, CEP: 83411-000
Aroeira-vermelha
Monitoramento da Fenologia de Espcies Arbreas das
Florestas Brasileiras
A prtica de estudos fenolgicos tem por finalidade
observar e registrar a poca, durao e intensidade
dos padres de mudana foliar (foliao), florao,
frutificao e disseminao das espcies florestais. O
conhecimento desses padres ajuda a promover o
uso sustentvel das florestas, auxilia na proteo da
biodiversidade e explica as relaes entre as espcies
e o meio ambiente.
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Aroeira-vermelha
Desde 2003, a Embrapa Florestas, localizada no Municpio de Colombo, PR, estuda a fenologia vegetativa da aroeira-vermelha. esto sendo avaliadas 20 rvores, em reas da Floresta Ombrfila Mista, nos municpios de Colombo, Bocaiva do Sul e Quatro Barras, no Estado do Paran. As avaliaes foram realizadas seguindo o mtodo de Fournier (1979).
Nessa regio, o padro de florescimento de S. terebinthifolius pode ser considerado anual por apresentar apenas um ciclo de florescimento por ano. A aroeira-vermelha apresenta plantas femininas e masculinas. Suas flores abrem durante o dia (antese
Schinus terebinthifolius Raddi (Anacardiaceae), conhecida como aroeira ou aroeira-vermelha, uma espcie que apresenta ampla distribuio geogrfica e plasticidade ecolgica. Os frutos (pimenta-rosa) so utilizados como condimento alimentar na cozinha nacional e internacional. A aroeira se destaca na recuperao de reas degradadas e em programas de reflorestamento de matas ciliares por atrair visitantes florais (polinizadores) e dispersores.
A explorao da aroeira-vermelha para extrao dos frutos tem se tornado uma fonte de renda para a agricultura familiar. Devido explorao intensiva, estudos sobre fenologia desta espcie so importantes, uma vez que pouco se conhece sobre seus p o l i n i z a d o r e s , s o b r e a produo de frutos e o impacto desta extrao na polinizao e frutificao da aroeira.
Botes florais
diurna), com grande quantidade de nctar e de plen, sendo considerada uma espcie importante para a entomofauna. Devido ao intenso movimento inter-plantas dos polinizadores, a taxa de frutificao da aroeira-vermelha alta, em torno de 78 %.
Perodo reprodutivo: A aroeira-vermelha apresenta a formao de botes florais e florao no perodo de outubro a janeiro, durante a estao quente e chuvosa, quando a temperatura e precipitao atingem seus maiores valores. A espcie frutifica no perodo de janeiro a abril (vero/outono) e a disperso dos frutos ocorre no perodo de maio a junho, no final do outono, no incio da estao de menor pluviosidade (Tabela 1).
Fase1
DesenvolvimentoBotes florais
(90 %)
Fase 2
Antese (95%), Frutificao (85%) Incio Formao
Frutos (80 %)
Fase 3
Desenvolvimento e Maturao dos frutos
(90 %)
Fase 4
Disperso dos Frutos
(80 %)
Fase 5
Repouso reprodutivo(100 %)
Dias Longos Dias curtos
Tabela 1. Ano fenolgico do aroeira-vermelha. Floresta Ombrfila Mista. Estado do Paran. Perodo 2006/2008. Latitude: 0 025 17' 30; Longitude: 49 13' 27.
Fonte: SIMEPAR. Dados de Temperatura e Precipitao.
Out
0 17.2 C134 mm
Nov
018.8 C128 mm
Dez
0 22.3 C150 mm
Jan
021.0 C183 mm
Fev
021.5 C140 mm
Mar
020.4 C127 mm
Abr
018.0 C81 mm
Mai
0 15.6 C107 mm
Jun
014.0 C95 mm
Jul
0 13.8 C93 mm
Ago
014.5 C71 mm
Set
0 14.6 C110 mm
Fase 1
Queda das folhas
(Desfolhamento- 65 %)
Fase 2
Repouso vegetativo
(Planta com 35 % de folhas velhas)
Fase 3
Formao Folhas Novas (Brotao - 90 %)
Fase 4
Copa Formada - Folhas Velhas(90 %)
Primavera Vero Outono Inverno
Perodo vegetativo:f o l h a s o c o r r e c o m m a i o r intensidade nos meses de outubro e novembro. Nos meses de janeiro e fevereiro, a espcie apresenta repouso vegetativo, voltando a brotar no perodo de fevereiro a abril. No perodo de maio a setembro, a espcie encontra-se com a copa totalmente formada (Tabela 1).
A queda das
Flores Frutos maduros
RefernciasFOURNIER, L. A. Un mtodo cuantitativo
para la medicin de caractersticas
fenolgicas en rboles. Turrialba, v. 24,
n. 4, p. 422-423, 1974.
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