Trabalho sobre Aspectos Ergonômicos em Laboratórios, realizado no mês 04/2012, apresentado como parte da avaliação da disciplina APS do 2º ano de Nutrição da UNIP/Limeira sob a orientação do professor Humberto Santoro.
UNIVERSIDADE PAULISTA
Adriana Caetano RA (A7259D-5)
Daiane Rodrigues RA (A7570I-0)
Fabiana Martins RA (B075JA-3)
Gizela Bonato RA (A7896C-3)
Iracema Lopes RA (A74IHD-1)
Mariti da Silva RA (T677BA-3)
Priscila Santana RA (B0674H-8)
Rosemeire dos Santos RA (T791FE-2)
Sonia Paulino RA (T779HF-5)
ASPECTOS ERGONÔMICOS EM LABORATÓRIOS: APS
LIMEIRA-SP2012
UNIVERSIDADE PAULISTA
Adriana Caetano RA (A7259D-5)
Daiane Rodrigues RA (A7570I-0)
Fabiana Martins RA (B075JA-3)
Gizela Bonato RA (A7896C-3)
Iracema Lopes RA (A74IHD-1)
Mariti da Silva RA (T677BA-3)
Priscila Santana RA (B0674H-8)
Rosemeire dos Santos RA (T791FE-2)
Sonia Paulino RA (T779HF-5)
ASPECTOS ERGONÔMICOS EM LABORATÓRIOS: APS
3
LIMEIRA-SP2012
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.........................................................................................................5
2. Mapas de Risco.......................................................................................................7
2.1 Elaborando um mapa de risco...........................................................................7
2.2 Confecção da representação gráfica segundo a NR-5:.....................................8
2.3 Construindo um mapa de risco..........................................................................8
2.4 Simbologia das cores.........................................................................................8
2.5 Representacao grafica do mapa de risco...........................................................9
3. Risco Químico.........................................................................................................9
3.1 Agentes de Risco Químico...............................................................................10
3.2 Barreira de contenção para agentes químicos.................................................10
3.3 Os primeiros cuidados a serem tomados.........................................................11
4. Riscos Físicos........................................................................................................16
5. Riscos Biológicos...................................................................................................20
5.1 Classificação de risco biológico.......................................................................21
6. Riscos Ergonômicos..............................................................................................22
6.1 São considerados riscos ergonômicos.............................................................22
7. Riscos de acidentes...............................................................................................24
8. Ergonomia em laboratórios....................................................................................25
9. Laboratório de universidade..................................................................................27
11. Consultório odontológico.....................................................................................30
12. Laboratórios de farmácias de manipulação.........................................................33
13. Laboratório de informática...................................................................................34
14. Laboratório de técnica e dietética........................................................................37
14.1 Segurança em microbiologia alimentar..........................................................38
14.2 Biossegurança de Alimentos..........................................................................38
14.3 Segurança Alimentar e Biotecnologia............................................................39
14.4 Avaliação de segurança do material..............................................................39
14.5 Avaliação de segurança da proteína expressa pelo gene inserido................39
14.6 Avaliação da composição do alimento...........................................................40
14.7 Avaliação do Potencial Alergênico.................................................................40
14.8 A CTNBio.......................................................................................................40
15. Resenha do artigo cientifico.................................................................................42
16. Conclusão............................................................................................................46
Bibliografia.................................................................................................................47
5
1. INTRODUÇÃO
A ergonomia é campo de conhecimento multidisciplinar e integrado, aplicado em
avaliação, projetos, concepções do trabalho, produtos, sistemas, focado na
adequação às características psicofisiológicas dos trabalhadores/usuários, para
conseguir eficiência e desempenho dos sistemas. Preocupa-se com situações reais
e complexas de trabalho.
Uma das características centrais de nosso tempo é a rapidez com que ocorrem as
transformações na área das ciências da vida, em especial nas biotecnologias. Do
ponto de vista da biossegurança, há inúmeras implicações da aplicação das
biotecnologias.
Neste contexto, são necessários tanto as legislações, como normas e dados ou
argumentos estritamente técnicos, para avaliar uma dada biotecnologia e seus
impactos.
No Brasil, a lei de biossegurança data de 1995 e a legislação de biossegurança
engloba apenas a tecnologia de engenharia genética, que é a tecnologia de DNA e
RNA recombinante estabelecendo os requisitos para o manejo de organismos
geneticamente modificados.
O fundamento básico de biossegurança é assegurar o avanço dos processos
tecnológicos e proteger a saúde humana, animal e meio ambiente.
A relação da biossegurança com a bioética, seja em pesquisa em seres humanos,
erro médico, saúde pública, reprodução, aborto, eutanásia, direitos humanos,
confiabilidade e privacidade.
A ergonomia está relacionada com situação e tempo real, dinâmica do trabalho,
educação e treinamento, concepção e instalações e processos.
Ergonomia é um campo de conhecimento multidisciplinar integrado, aplicado
(avaliação, projeto, concepção do trabalho, produtos, sistemas), focado na
adequação da tarefa ás características psicofisiológicas dos trabalhadores para
assim conseguir eficiência e desempenho dos sistemas.
São palavras chaves adequação ou compatibilidade, para conseguir estes requisitos
no trabalho, é necessário conhecer as características da tarefas/objetos e das
pessoas envolvidas (trabalhadores, usuários). Por isso, os métodos e técnicas
utilizados em ergonomia priorizam situações reais em vez dos experimentos em
laboratórios.
Como a segurança em laboratórios começa com a educação e treinamento dos
funcionários e estudantes, requer uma comunicação entre os diversos usuários.
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“NÃO SOIS MÁQUINAS! HOMENS É O QUE SOIS!” (Charles Chaplin)
2. Mapas de Risco
O Mapa de risco foi criado através da Portaria n°05 em 17/08/92 tratando da
obrigatoriedade, por parte de todas as empresas, da "representação gráfica dos
riscos existentes nos diversos locais de trabalho", e faz parte da NR-09.
O que é um mapa de risco?
É um levantamento dos pontos de risco de um determinado setor de uma empresa.
Identifica situações e locais potencialmente perigosos com o intuito de alertar os
trabalhadores que venham a trabalhar no local.
Conceito
Representação gráfica de um conjunto de fatores presentes nos locais de trabalho,
capazes de acarretar prejuízos à saúde dos trabalhadores.
Objetivos
Planta baixa representando os riscos encontrados;
Proporcionar processo educativo à sua elaboração;
Conscientizar os trabalhadores em relação aos perigos expostos;
Buscar soluções aos problemas encontrados;
Prevenção de acidentes: visão coletiva.
CIPA
É de responsabilidade na CIPA elaborar os mapas com auxilio dos trabalhadores do
local. Depois de discutido e aprovado pela CIPA, o Mapa de Riscos, completo ou
setorial, deverá ser afixado em cada local analisado, de forma claramente visível e
de fácil acesso para os trabalhadores.
2.1 Elaborando um mapa de risco
1º) PASSO: Conhecer os setores/seções da empresa: O que é e como produz. Para
quem e quanto produz (direito de saber);
2º) PASSO: Fazer o fluxograma (desenho de todos os setores da empresa e das
etapas de produção);
3º) PASSO:Listar todas as matérias-primas e os demais insumos (equipamentos,
tipo de alimentação das máquinas etc.) envolvidos no processo produtivo.
4º) PASSO: Listar todos os riscos existentes, setor por setor, etapa por etapa (se
forem muitos, priorize aqueles que os trabalhadores mais se queixam, aqueles que
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geram até doenças ocupacionais ou do trabalho comprovadas ou não, ou que haja
suspeitas). Julgar importante qualquer informação do trabalhador.
2.2 Confecção da representação gráfica segundo a NR-5:
Grupo a que pertence o risco, de acordo com a cor;
No de trabalhadores expostos ao risco;
Especialização do risco;
Identidade do risco de acordo com a gravidade.
2.3 Construindo um mapa de risco
A partir de uma planta baixa de cada seção são levantados todos os tipos de riscos,
classificando-os por grau de perigo: pequeno, médio e grande.
Estes tipos são separados em cinco grupos classificados pelas cores vermelho,
verde, marrom, amarelo e azul. Cada grupo corresponde a um tipo de agente:
químico, físico, biológico, ergonômico e mecânico.
Os riscos serão simbolizados por círculos de três tamanhos distintos: pequeno, com
diâmetro de 2,5 cm; médio, com diâmetro de 5 cm; e grande, com diâmetro de 10
cm.
2.4 Simbologia das cores
2.5 Representacao grafica do mapa de risco
3. Risco Químico
É o perigo a que determinado indivíduo está exposto ao manipular produtos
químicos que podem causar-lhe danos físicos ou prejudicar lhe a saúde. O dano
físico relacionado à exposição química inclui, desde irritação na pele e olhos,
passando por queimaduras leves, indo até aqueles de maior severidade, causado
por incêndio ou explosão. O dano à saúde pode advir de exposição de curta e/ou
longa duração, relacionadas ao contato de produtos químicos tóxicos com a pele e
olhos, bem como a inalação de seus vapores, resultando em doenças respiratórias
crônicas, doenças do sistema nervoso, doenças nos rins e fígado, e até mesmo
alguns tipos de câncer.
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3.1 Agentes de Risco Químico
Consideram-se agentes de risco químico as substâncias, compostos ou produtos
que possam penetrar no organismo do trabalhador pela via respiratória, nas formas
de poeiras, fumos gases, neblinas, nevoas ou vapores, ou que seja, pela natureza
da atividade, de exposição, possam ter contato ou ser absorvido pelo organismo
através da pele ou por ingestão.
3.2 Barreira de contenção para agentes químicos
São dispositivos ou sistemas que protegem o operador do contato com substâncias
químicas irritantes, nocivas, tóxicas, corrosivas, líquidos inflamáveis, substâncias
produtoras de fogo, agentes oxidantes e substâncias explosivas.
1. Ponto de Autoignição
É a temperatura mínima em que ocorre uma combustão, independente de uma fonte
de calor.
2. Ponto de Combustão
É a menor temperatura em que vapores de um líquido, após inflamarem-se pela
passagem de uma chama piloto, continuam a arder por 5 segundos, no mínimo.
3. Ponto de Fulgor
É a menor temperatura em que um líquido libera suficiente quantidade de vapor para
formar uma mistura com o ar passível de inflamação, pela passagem de uma chama
piloto. A chama dura no máximo 1 segundo.
4. Incompatibilidade
Condição sobre a qual determinadas substâncias se tornam perigosas quando
manipuladas ou colocadas próximas a outras, com as quais poderão reagir criando
situações de risco.
3.3 Os primeiros cuidados a serem tomados
Ao lidarmos com produtos químicos é necessário ter ciência da importância de
estarmos verificando a cada etapa dos procedimentos, os seguintes requisitos:
Ao lidar com produtos químicos, a primeira providência é ler as instruções do rótulo,
no recipiente ou na embalagem, observando a classificação quanto ao risco à saúde
(R) que ele oferece e à medidas de segurança para o trabalho (S). Por exemplo: um
produto químico X tem R-34 e S-10, isto significa que ele é um produto que provoca
queimaduras e que deve ser mantido úmido. Portanto, conhecer a classificação,
torna-se possível obterem-se informações quanto a forma correta de manipular,
estocar, transportar e descartar os resíduos do produto. Referente ao transporte,
observar, também, a forma como foi acondicionado e embalado e adotar os mesmos
cuidados para realizá-lo com segurança.
Rotulagem - Símbolos de Risco
A rotulagem por intermédio de símbolos e textos de avisos são precauções
essenciais de segurança.
Os rótulos ou etiquetas aplicados sobre uma embalagem devem conter em seu texto
as informações que sejam necessárias para que o produto ali contido seja tratado
com toda a segurança possível.
É perigoso reutilizar o frasco de um produto rotulado para guardar qualquer outro
diferente, ou mesmo colocar outra etiqueta sobre a original. Isto pode causar
acidentes.
Quando encontrar uma embalagem sem rótulo, não tente adivinhar o que há em seu
interior. Se não houver possibilidade de identificação, descarte o produto.
Facilmente Inflamável (F)
Classificação:
Determinados peróxidos orgânicos; líquidos com pontos de inflamação inferior a
21°C, substâncias sólidas que são fáceis de inflamar, de continuar queimando por si
só; liberam substâncias facilmente inflamáveis por ação da umidade.
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Precaução:
Evitar contato com o ar, a formação de misturas inflamáveis gás-ar e manter
afastadas de fontes de ignição.
Extremamente Inflamável (F+)
Classificação:
Líquidos com ponto de inflamabilidade inferior a 0° C e o ponto máximo de ebulição
35°C; gases, misturas de gases (que estão presentes em forma líquida) que com o
ar e a pressão normal podem se inflamar facilmente.
Precaução:
Manter longe de chamas abertas e fontes de ignição.
Tóxicos (T)
Classificação:
São agentes químicos que, ao serem introduzidos no organismo por inalação,
absorção ou ingestão, podem causar efeitos graves e/ou mortais.
Precaução:
Evitar qualquer contato com o corpo humano e observar cuidados especiais com
produtos cancerígenos, teratogênicos ou mutagênicos.
Muito Tóxico (T+)
Classificação:
A inalação, ingestão ou absorção através da pele, provoca danos à saúde na maior
parte das vezes, muito graves ou mesmo a morte.
Precaução:
Evitar qualquer contato com o corpo humano e observar cuidados especiais com
produtos cancerígenos, teratogênicos ou mutagênicos.
Corrosivo (C)
Classificação:
Estes produtos químicos causam destruição de tecidos vivos e/ou materiais inertes.
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Precaução:
Não inalar os vapores e evitar o contato com a pele, os olhos e vestuário.
Oxidante (O)
Classificação:
São agentes que desprendem oxigênio e favorecem a combustão. Podem inflamar
substâncias combustíveis ou acelerar a propagação de incêndio.
Precaução:
Evitar qualquer contato com substâncias combustíveis. Perigo de incêndio. O
incêndio pode ser favorecido dificultando a sua extinção.
Nocivo (Xn)
Classificação:
São agentes químicos que por inalação, absorção ou ingestão, produzem efeitos de
menor gravidade.
Precaução:
Evitar qualquer contato com o corpo humano, e observar cuidados especiais com
produtos cancerígenos, teratogênicos ou mutagênicos.
Irritante (Xi)
Classificação:
Este símbolo indica substâncias que podem desenvolver uma ação irritante sobre a
pele, os olhos e o trato respiratório.
Precaução:
Não inalar os vapores e evitar o contato com a pele e os olhos.
Explosivo (E)
Classificação:
São agentes químicos que pela ação de choque, percussão, fricção, produz
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centelhas ou calor suficiente para iniciar um processo destrutivo através de violenta
liberação de energia.
Precaução:
Evitar atrito, choque, fricção, formação de faísca e ação do calor.
4. Riscos Físicos
São considerados riscos físicos as diversas formas de energia, tais como:
1. Ruídos
As máquinas e equipamentos utilizados pelas empresas produzem ruídos que
podem atingir níveis excessivos, podendo a curto, médio e longo prazo provocar
sérios prejuízos à saúde. Dependendo do tempo de exposição, nível sonoro e da
sensibilidade individual, as alterações danosas poderão manifestar-se
imediatamente ou gradualmente.
Quanto maior o nível de ruído, menor deverá ser o tempo de exposição ocupacional.
O ruído age diretamente sobre o sistema nervoso, ocasionando:
- fadiga nervosa;
- alterações mentais: perda de memória, irritabilidade, dificuldade em coordenar
idéias;
- hipertensão;
- modificação do ritmo cardíaco;
- modificação do calibre dos vasos sanguíneos;
- modificação do ritmo respiratório;
-perturbações gastrointestinais;
- diminuição da visão noturna;
- dificuldade na percepção de cores.
Além destas consequências, o ruído atinge também o aparelho auditivo causando a
perda temporária ou definitiva da audição.
Para evitar ou diminuir os danos provocados pelo ruído no local de trabalho, podem
ser adotadas as seguintes medidas:
Medidas de proteção coletiva: enclausuramento da máquina produtora de
ruído; isolamento de ruído.
Medida de proteção individual: fornecimento de equipamento de proteção
individual (EPI) (no caso, protetor auricular). O EPI deve ser fornecido na
impossibilidade de eliminar o ruído ou como medida complementar.
Medidas médicas: exames audiométricos periódicos, afastamento do local de
trabalho, revezamento.
Medidas educacionais: orientação para o uso correto do EPI, campanha de
conscientização.
Medidas administrativas: tornar obrigatório o uso do EPI: controlar seu uso.
2. Vibrações
Na indústria é comum o uso de máquinas e equipamentos que produzem vibrações,
as quais podem ser nocivas ao trabalhador.
As vibrações podem ser:
Localizadas: (em certas partes do corpo). São provocadas por ferramentas
manuais, elétricas e pneumáticas.
Consequências: alterações neurovasculares nas mãos, problemas nas articulações
das mãos e braços; osteoporose (perda de substância óssea).
Generalizadas: (ou do corpo inteiro). As lesões ocorrem com os operadores
de grandes máquinas, como os motoristas de caminhões, ônibus e tratores.
Consequências: Lesões na coluna vertebral; dores lombares.
Para evitar ou diminuir as consequências das vibrações é recomendado o
revezamento dos trabalhadores expostos aos riscos (menor tempo de exposição).
3. Radiações
São formas de energia que se transmitem por ondas eletromagnéticas. A absorção
das radiações pelo organismo é responsável pelo aparecimento de diversas lesões.
Podem ser classificadas em dois grupos:
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Radiações ionizantes: Os operadores de raios-X e radioterapia estão
frequentemente expostos a esse tipo de radiação, que pode afetar o
organismo ou se manifestar nos descendentes das pessoas expostas.
Radiações não ionizantes: São radiações não ionizantes a radiação
infravermelha, proveniente de operação em fornos, ou de solda oxiacetilênica,
radiação ultravioleta como a gerada por operações em solda elétrica, ou
ainda raios laser, microondas, etc.
Seus efeitos são perturbações visuais (conjuntivites, cataratas), queimaduras, lesões
na pele, etc.
Para que haja o controle da ação das radiações para o trabalhador é preciso que se
tome:
Medidas de proteção coletiva: isolamento da fonte de radiação (ex: biombo
protetor para operação em solda), enclausuramento da fonte de radiação (ex:
pisos e paredes revestidas de chumbo em salas de raio-x).
Medidas de proteção individual: fornecimento de EPI adequado ao risco (ex:
avental, luva, perneira e mangote de raspa para soldador, óculos para
operadores de forno).
Medida administrativa: (ex: dosímetro de bolso para técnicos de raio-x).
Medida médica: exames periódicos.
4. Temperaturas extremas – Calor quente
Altas temperaturas podem provocar:
- desidratação;
- erupção da pele;
- câimbras;
- fadiga física;
- distúrbios psiconeuróticos;
- problemas cardiocirculatórios;
- insolação.
5. Calor Frio
Baixas temperaturas podem provocar:
- feridas;
- rachaduras e necrose na pele;
- enregelamento: ficar congelado;
- agravamento de doenças reumáticas;
- predisposição para acidentes;
- predisposição para doenças das vias respiratórias.
Para o controle das ações nocivas das temperaturas extremas ao trabalhador é
necessário que se tome medidas:
De proteção coletiva: ventilação local exaustora com a função de retirar o
calor e gases dos ambientes, isolamento das fontes de calor/frio.
De proteção individual: fornecimento de EPI (ex: avental, bota, capuz, luvas
especiais para trabalhar no frio).
6. Pressões anormais
Há uma série de atividades em que os trabalhadores ficam sujeitos a pressões
ambientais acima ou abaixo das pressões normais, isto é, da pressão atmosférica a
que normalmente estamos expostos.
Baixas pressões: são as que se situam abaixo da pressão atmosférica normal e
ocorrem com trabalhadores que realizam tarefas em grandes altitudes. No Brasil,
são raros os trabalhadores expostos a este risco.
Altas pressões: são as que se situam acima da pressão atmosférica normal.
Ocorrem em trabalhos realizados em tubulações de ar comprimido, máquinas de
perfuração, caixões pneumáticos e trabalhos executados por mergulhadores. Ex:
caixões pneumáticos, compartimentos estanques instalados nos fundos dos mares,
rios, e represas onde é injetado ar comprimido que expulsa a água do interior do
caixão, possibilitando o trabalho. São usados na construção de pontes e barragens.
A exposição a pressões anormais pode causar a ruptura do tímpano quando o
aumento de pressão for brusco e a liberação de nitrogênio nos tecidos e vasos
sanguíneos e morte.
Por ser uma atividade de alto risco, exige legislação específica (NR-15) a ser
obedecida.
7. Umidade
As atividades ou operações executadas em locais alagados ou encharcadas, com
umidades excessivas, capazes de produzir danos à saúde dos trabalhadores, são
situações insalubres e devem ter a atenção dos prevencionistas por meio de
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verificações realizadas nesses locais para estudar a implantação de medida de
controle.
A exposição do trabalhador à umidade pode acarretar doenças do aparelho
respiratório, quedas, doenças de pele, doenças circulatórias, entre outras.
Para o controle da exposição do trabalhador à umidade podem ser tomadas
medidas de proteção coletiva (como o estudo de modificações no processo do
trabalho, colocação de estrados de madeira, ralos para escoamento) e medidas de
proteção individual (como o fornecimento do EPI - luvas de borracha, botas, avental
para trabalhadores em galvanoplastia, cozinha, limpeza etc).
5. Riscos Biológicos
Risco biológico é um organismo, ou substância oriunda de um organismo que traz
alguma ameaça (principalmente) à saúde humana. Constituem risco biológico o lixo
hospitalar, amostras de microrganismos, vírus ou toxinas de origem biológica que
causam impacto na saúde humana. Pode incluir também substâncias danosas a
animais.
Os agentes representando um risco biológico são classificados para transporte pelo
código UN:
UN 2814 (Substância infecciosa, afeta humanos).
UN 2900 (Substância infecciosa, afeta animais).
UN 3733 (Amostra diagnóstica ou amostra clínica ou substância biológica
categoria B).
UN 3291 (dejetos médicos).
Consideram-se agentes de risco biológico as bactérias, fungos, parasitos, vírus,
entre outros.
5.1 Classificação de risco biológico
Os agentes de risco biológico podem ser distribuídos em quatro classes de 1 a 4 por
ordem crescente de risco (anexo 1), classificados segundo os seguintes critérios:
Patogenicidade para o homem.
Virulência.
Modos de transmissão
Disponibilidade de medidas profiláticas eficazes.
Disponibilidade de tratamento eficaz.
Endemicidade.
Classe 1 - onde se classificam os agentes que não apresentam riscos para o
manipulador, nem para a comunidade (ex.: E. coli, B. subtilis).
Classes 2 - apresentam risco moderado para o manipulador e fraco para a
comunidade e há sempre um tratamento preventivo (ex.: bactérias - Clostridium
tetani, Klebsiella pneumoniae, Staphylococcus aureus; vírus - EBV, herpes; fungos -
Candida albicans; parasitas - Plasmodium, Schistosoma).
Classe 3 - são os agentes que apresentam risco grave para o manipulador e
moderado para a comunidade, sendo que as lesões ou sinais clínicos são graves e
nem sempre há tratamento (ex.: bactérias - Bacillus anthracis, Brucella, Chlamydia
psittaci, Mycobacterium tuberculosis; vírus - hepatites B e C, HTLV 1 e 2, HIV, febre
amarela, dengue; fungos - Blastomyces dermatiolis, Histoplasma; parasitos -
Echinococcus, Leishmania, Toxoplasma gondii, Trypanosoma cruzi)
Classe 4 - os agentes desta classe apresentam risco grave para o manipulador e
para a comunidade, não existe tratamento e os riscos em caso de propagação são
bastante graves (ex.: vírus de febres hemorrágicas).
6. Riscos Ergonômicos
A ergonomia ou engenharia humana é uma ciência relativamente recente que
estuda as relações entre o homem e seu ambiente de trabalho e definida pela
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Organização Internacional do Trabalho - OIT como "A aplicação das ciências
biológicas humanas em conjunto com os recursos e técnicas da engenharia para
alcançar o ajustamento mútuo, ideal entre o homem e o seu trabalho, e cujos
resultados se medem em termos de eficiência humana e bem-estar no trabalho".
Riscos ergonômicos são os fatores que podem afetar a integridade física ou mental
do trabalhador, proporcionando-lhe desconforto ou doença.
6.1 São considerados riscos ergonômicos
Esforço físico,
Levantamento de peso,
Postura inadequada,
Controle rígido de produtividade,
Situação de estresse,
Trabalhos em período noturno,
Jornada de trabalho prolongada,
Monotonia e repetitividade,
Imposição de rotina intensa.
Os riscos ergonômicos podem gerar distúrbios psicológicos e fisiológicos e provocar
sérios danos à saúde do trabalhador porque produzem alterações no organismo e
estado emocional, comprometendo sua produtividade, saúde e segurança, tais
como:
LER/DORT,
Cansaço físico,
Dores musculares,
Hipertensão arterial,
Alteração do sono,
Diabetes,
Doenças nervosas,
Taquicardia,
Doenças do aparelho digestivo (gastrite e úlcera),
Tensão,
Ansiedade,
Problemas de coluna, etc.
Para evitar que estes riscos comprometam as atividades e a saúde do trabalhador, é
necessário um ajuste entre as condições de trabalho e o homem sob os aspectos de
praticidade, conforto físico e psíquico por meio de:
Melhoria no processo de trabalho,
Melhores condições no local de trabalho,
Modernização de máquinas e equipamentos,
Melhoria no relacionamento entre as pessoas,
Alteração no ritmo de trabalho,
Ferramentas adequadas,
Postura adequada, etc.
7. Riscos de acidentes
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Riscos de Acidentes são todos os fatores que colocam em perigo o trabalhador ou
afetam sua integridade física ou moral. São considerados como riscos geradores de
acidentes:
Arranjo físico deficiente;
Máquinas e equipamentos sem proteção;
Ferramentas inadequadas; ou defeituosas;
Eletricidade;
Incêndio ou explosão;
Animais peçonhentos;
Armazenamento inadequado.
1. Arranjo físico deficiente: É resultante de: prédios com área insuficiente;
localização imprópria de máquinas e equipamentos; má arrumação e
limpeza; sinalização incorreta ou inexistente; pisos fracos e/ou irregulares.
2. Máquinas e equipamentos sem proteção: Máquinas obsoletas; máquinas
sem proteção em pontos de transmissão e de operação; comando de
liga/desliga fora do alcance do operador; máquinas e equipamentos com
defeitos ou inadequados; EPI inadequado ou não fornecido.
3. Ferramentas inadequadas ou defeituosas: Ferramentas usadas de forma
incorreta; falta de fornecimento de ferramentas adequadas; falta de
manutenção.
4. Eletricidade: Instalação elétrica imprópria, com defeito ou exposta; fios
desencapados; falta de aterramento elétrico; falta de manutenção.
5. Incêndio ou explosão: Armazenamento inadequado de inflamáveis e/ou
gases; manipulação e transporte inadequado de produtos inflamáveis e
perigosos; sobrecarga em rede elétrica; falta de sinalização; falta de
equipamentos de combate ou equipamentos defeituosos.
8. Ergonomia em laboratórios
Seu objetivo é dar ciência dos fatores de riscos ergonômicos em atividades
laboratoriais, apontando algumas soluções a partir de exemplos práticos, no intuito
de promover a saúde dos trabalhadores na atividade de laboratórios.
Existem na literatura diferentes formas de descrever ergonomias, mas, sem dúvida,
todas as definições demonstram a total atenção com seu principal produto, ou seja,
o ser humano no trabalho: um ser ao mesmo tempo individual e coletivo, complexo
em sua natureza e que, muitas vezes, ao tentar se adaptar às exigências do sistema
que o envolve, acaba por desorganizar-se. Nesta tentativa constante de adaptação,
emergem condicionantes que se manifestam em adoecimentos, acidentes ou
prejuízo da produtividade.
8.1 Breve histórico
A preocupação com a adaptação de instrumentos de trabalho às características das
pessoas começou na pré-história. A escolha de pedras com formatos mais
anatômicos e a confecção de utensílios mais especializados são indícios desta
preocupação (Telles, 1995).
A ergonomia é uma disciplina inicialmente orientada aos sistemas de trabalho e que
modernamente se estende a todos os aspectos da atividade humana (Vidal, 2002).
A ergonomia buscou primeiramente atentar aos fatores pertinentes ao projeto de
instrumentos, ferramentas e outros artefatos necessários a atividades de trabalho.
Mais tarde, voltou-se para considerações relativas aos projetos de sistema de
trabalho, como linhas de montagens, salas de controle e postos de manobras
complexas. Atualmente, busca entender os determinantes de uma atividade de
trabalho através de contribuições mais amplas, que incluem toda a organização do
trabalho, seus procedimentos e suas estratégias.
A definição de ergonomia, adotada em 2000 pela Internacional Ergonomics
Association (IEA), é “a disciplina cientifica que trata da compreensão das interações
entre seres humanos e outros elementos de um sistema, e a profissão que aplica
princípios teóricos, dados e métodos com o objetivo de aperfeiçoar o bem-estar das
pessoas e o desempenho global dos sistemas” (Falzon, 2007).
27
8.2 Os domínios da ergonomia
Segundo a IEA pode-se classificar em três grandes áreas de especialização as
atuações da ergonomia.
Ergonomia Física - no que concerne as características da anatomia humana,
antropometria, fisiologia e bio-mecânica em sua relação à atividade física. Os
tópicos relevantes incluem a postura no trabalho, manuseio de materiais,
movimentos repetitivos, distúrbios músculo esqueléticos relacionados ao trabalho,
projeto de postos de trabalho, segurança e saúde.
Ergonomia Cognitiva - no que concerne aos processos mentais, tais como
percepção, memória, raciocínio, e resposta motora, conforme afetam interações
entre seres humanos e outros elementos de um sistema. Os tópicos relevantes
incluem carga mental de trabalho, tomada de decisão, performance especializada,
interação homem-computador, stress e treinamento conforme estes se relacionam
aos projetos envolvendo seres humanos e sistemas.
Ergonomia Organizacional - no que concerne a otimização dos sistemas sócio
técnicos, incluindo suas estruturas organizacionais, políticas e processos. Os tópicos
relevantes incluem comunicações, gerenciamento de recursos de tripulações (CRM -
domínio aeronáutico), projeto de trabalho, organização temporal do trabalho,
trabalho em grupo, projeto participativo, ergonomia comunitária e trabalho
cooperativo novos paradigmas do trabalho, cultura organizacional, organizações em
rede, tele trabalho e gestão da qualidade.
A antropometria foi definida como a ciência de medida do tamanho corporal (NASA,
1978). A antropometria é um ramo das ciências biológicas que tem como objetivo o
estudo dos caracteres mensuráveis da morfologia humana. Como diz Sobral (l985) "
baseia-se na mensuração sistemática e na análise quantitativa das variações
dimensionais do corpo humano".O tamanho físico de uma população pode ser
determinado através da medição de comprimentos, profundidades e circunferências
corporais, e os resultados obtidos podem ser utilizados para a concepção de postos
de trabalho, equipamentos e produtos que sirvam as dimensões da população
utilizadora.A antropometria divide-se em:
(1) somatometria que consiste na avaliação das dimensões corporais do indivíduo
(2) cefalometria que se ocupa do estudo das medidas da cabeça do indivíduo
(3) osteometria que tem como finalidade o estudo dos ossos cranianos
(4) pelvimetria que se ocupa das medidas pélvicas
(5) odontometria é a ciência que estuda e avalia o tamanho, o peso e as proporções
do corpo humano, através de medidas de rápida e fácil realização, não necessitando
de equipamentos sofisticados e de alto custo financeiro. Estas medidas têm sido
utilizadas nas áreas que estudam a composição corporal: Educação Física, Ciência
dos Esportes e Medicina Esportiva.
A avaliação antropométrica apresenta informações valiosas para a predição e a
estimação dos vários componentes corporais de sedentários ou atletas no
crescimento, desenvolvimento e envelhecimento.
A biomecânica é o estudo da mecânica dos organismos vivos. É parte da Biofísica.
De acordo com Hatze, apud Susan Hall, é "O estudo da estrutura e da função dos
sistemas biológicos utilizando métodos da mecânica". A Biomecânica externa estuda
as forças físicas que agem sobre os corpos enquanto a biomecânica interna estuda
a mecânica e os aspectos físicos e biofísicos das articulações, dos ossos e dos
tecidos histológicos do corpo.
A Biomecânica, além de ser atualmente uma ciência com laboratórios específicos e
diversos níveis de pesquisas, nas Universidades, é também uma especialidade e
uma disciplina oferecida pelos Cursos superiores de Educação Física, Fisioterapia e
Terapia Ocupacional.
9. Laboratório de universidade
É cada vez maior o tempo que passamos sentados no dia a dia. A princípio, a
postura sentada poderia ser considerada vantajosa em relação à postura em pé,
porque cansa menos, exige menor gasto energético, alivia as pernas. No entanto,
29
ela sobrecarrega nosso corpo principalmente quando permanecemos muito tempo
sentados e em condições inadequadas (COURY, 1995).
A posição sentada exige atividade muscular do dorso e do ventre para manter esta
posição. Praticamente todo o peso do corpo é suportado pelos ossos da pélvis
aumentando o desconforto na área abdominal, ocasionando problemas posturais,
circulatórios e respiratórios, segundo OPSVIK (apud MUNIZ, A. M. S., MORO. A.
R. P., ÁVILA, A.O.1999). O consumo de energia é de 3 a 10% maior em relação à
posição horizontal. A postura ligeiramente inclinada para frente é mais natural e
menos fatigante que aquela ereta. O assento deve permitir mudanças frequentes de
postura, para retardar o aparecimento da fadiga (LIDA, 1998). Muitas vezes é
preciso inclinar a cabeça para frente, dependendo da atividade exercida no
momento. Esta postura provoca fadiga rápida nos músculos do pescoço e do ombro,
e as dores começam a aparecer quando a inclinação da cabeça em relação à
vertical for maior que 30%. O objetivo analisar as queixas encontradas em alunos
que realizam aulas práticas em laboratório, sentados em banquetas e executando
procedimentos de leitura ao microscópio, justificando os ângulos encontrados nas
flexões da coluna e pescoço.
10. Laboratório de microbiologia molecular
Um laboratório é uma sala ou espaço físico normalmente equipado com diversos
instrumentos onde se realizam experiências, cálculos, análises e medições em que
trabalham pesquisadores.
Segundo Teixeira (1997), foram realizados estudos na década de 80 que
estabeleceram uma interlocução entre a ciência e a sociedade compartilhando os
problemas e as categorias de análise em laboratórios.
Neste contexto, Erickson e Hoskins (1998) identificaram os fatores de risco aos
quais estão submetidos os pesquisadores que trabalham em atividades laboratoriais.
Os fatores levantados foram: postura desfavorável para o desenvolvimento das
tarefas, o estresse de contato, o uso de força, o trabalho repetitivo, a carga estática
e a vibração, que ocasionam diversos problemas de saúde como os DORT
(Distúrbios Osteomusculares Relacionados com o Trabalho), incluindo as
lombalgias. Logo, a avaliar ergonomicamente estes locais se faz necessário, pois
pode-se verificar, caracterizar e qualificar as condições a que estão sujeitos os
pesquisadores em suas atividades durante o processo produtivo em seu local de
trabalho.
Setores 1 e 2 do laboratório
31
Setores 3 e 4 do laboratório
Setor 5 – bancadas para procedimento de PCR
11. Consultório odontológico
Analisar os princípios de ergonomia durante atendimento odontológico realizado por
cirurgião-dentista e auxiliar, com o uso de análise de imagens digitais capturadas por
filmagem.
O profissional de Odontologia não deve se limitar a cuidar da saúde alheia. As
queixas de dor na coluna vertebral, especialmente nas regiões cervical, torácica e
lombar são muito comuns entre os cirurgiões-dentistas, os quais ficam sentados por
muito tempo e, na maioria das vezes, de maneira não ergonômica. Por sua vez, um
estudo de seguradoras americanas mostrou que a posição sentada num
determinado trabalho prolonga a vida do operador em 17%, ou seja, 10 anos a mais
de vida em relação ao trabalhador que exerce suas funções em pé. No consultório
odontológico todo cirurgião-dentista executa uma série de movimentos que devem
ser racionalizados dentro dos princípios básicos de ergonomia para lhe proporcionar
maior rendimento e menor estafa. Não é aconselhável que o profissional permaneça
na mesma posição por um longo período e sem a alternância de postura, a ser feita
pelo menos a cada duas horas, para aliviar a circulação e evitar a fadiga muscular.
Fig. 1. Torção da coluna devido à posição incorreta da mesa auxiliar.
33
Fig. 2. Atendimento odontológico com uso indevido de sandália, pernas cruzadas do
auxiliar e não utilização da mesa auxiliar.
Fig. 3. Operador não está corretamente acomodado no mocho.
12. Laboratórios de farmácias de manipulação
O trabalho é um dos contextos em que parece ser mais difícil combinar aspectos
importantes para a pessoa, como a segurança, o bem estar, o conforto, a saúde
física e mental, a qualidade de vida e a eficiência. Em muitas ocasiões
encontramos situações em que a atividade profissional se realiza em determinadas
condições, que provoca o choque entre esses aspectos, não sendo, sempre, o
balanço favorável à pessoa.
É certo que as pessoas podem adaptar-se às variações do meio ambiente, das
tarefas e às situações de trabalho em geral; mas nem todos têm a mesma
capacidade e as consequências do fracasso na adaptação e no ajuste, às vezes
podem ser irreversíveis e graves, mesmo a curto e médio prazo.
Evidenciou-se que as farmácias de manipulação estão em constante crescimento e
então formou-se a dúvida se elas estão devidamente adequadas ergonomicamente.
O objetivo é observar as principais posturas e movimentos realizados pelos
colaboradores, identificar as principais queixas e/ou transtornos de saúde
relacionados ao trabalho realizar uma avaliação do mobiliário e equipamentos para
posteriormente contribuir para a saúde ocupacional dos trabalhadores ou
funcionários das farmácias de manipulação. As doenças ou disfunções
associadas ao trabalho sempre existiram, e são relatadas em literatura desde a
história antiga, mas as necessidades empresariais atuais, associadas às tensões
da vida moderna elevaram essas disfunções a níveis que exigiram uma tomada de
posição por parte das empresas nas abordagens de soluções.
Para que haja concretização de ações preventivas há a necessidade de mudança de
comportamento e hábitos que parecem já estarem cristalizados na vida das
pessoas, que priorizam os objetivos técnicos e administrativos, deixando de lado os
valores humanos que preservam e promovem a saúde. Constatamos assim que com
uma abordagem multidisciplinar as empresas podem contar entre outros
profissionais, com o profissional Fisioterapeuta do Trabalho, em um processo de
resgate e manutenção da saúde do trabalhador, promovendo consequentemente
aumento do bem-estar, desempenho e possibilitando o aumento da produtividade.
35
13. Laboratório de informática
A motivação por uma forma melhor de se realizar tarefas com o mínimo de esforço e
sem desgastes físicos para o ser humano, desde o início dos tempos ocupou lugar
de destaque em reflexões e estudos. Quando o homem pré-histórico produzia
utensílios como machados e conchas, se utilizando de pedras e galhos de madeira,
ali já havia um olhar ergonômico, pois, a ergonomia se ocupa do estudo das formas
ou maneiras para a realização de determinado trabalho. Isto levou aos dias atuais,
em que a tecnologia evolui de maneira a permitir um maior domínio das técnicas e
metodologias para a realização de atividades manuais, um destes trabalhos manuais
que estão em maior evidencia neste mundo moderno é a ocupação com o
computador. Desde 1980 quando a política de informática educativa brasileira inicia-
se, várias discussões acerca da temática vêem se desdobrando. Muitas focam os
aspectos pedagógicos, outras o conhecimento técnico ou o aspecto interdisciplinar,
porém, não é possível deixar de indagar sobre a relevância de se discutir também o
planejamento destes laboratórios, ou até mesmo sobre a instrução que professores
e alunos estão tendo acerca da melhor forma de utilização destes espaços e
equipamentos. Para que se processe isto, é necessário se conhecer a ergonomia.
DUL e WEERDMEESTER (1993) afirmam que ergonomia nada mais é do que o
estudo dos fatores e regras para a realização de trabalhos, para que se melhore a
condição de vida das pessoas. Segundo Brandimiller (1999) a ergonomia é uma
ciência nova e originalmente interdisciplinar, que existe para responder à questões
como: Qual a melhor condição de trabalho para o corpo? Quais seus limites e como
evitar fadiga ou sobrecarga?
Objetiva-se, observar os laboratórios de informática de escolas públicas com o
intuito de verificar se estes aspectos ergonômicos são realmente observados,
promovendo um ambiente de estudos prazeroso, ou se o trabalho exercido está
ocasionando lesões ou disfunções nos alunos prejudicando-os.
E inegável a importância do computador como ferramenta consolidada e de valor
para uma educação de qualidade. Porém a adequação dos laboratórios de
informática das escolas, bem como, a educação corporal e conscientização sobre a
postura dos alunos, além de serem cruciais para o conforto e melhoria no
rendimento educacional, previnem problemas físicos posteriores. Apesar disso, na
sociedade por vezes estes aspectos ergonômicos não são observados ou levados
em consideração, gerando percalços à saúde das pessoas, que por sua vez, estão
desinformadas acerca da questão ergonômica e sofrem sem saber as causas. Para
resolver isto, é necessário que se tenha um banco de dados acerca do padrão
antropométrico do brasileiro para a fabricação de equipamentos adequados. E
também, que empresas e governos exijam antes de adquirir: equipamentos,
37
mobiliários e construção de espaços, uma avaliação ergonômica de tudo. Se assim
procederem, estarão favorecendo uma maior produtividade e impedindo que muitos
problemas de saúde venham a ocorrer.
Posicionamento errado dos aluno
Posicionamento correto
14. Laboratório de técnica e dietética
Normas de Biossegurança
1. Exige-se conduta pautada pela seriedade e responsabilidade no uso dos
equipamentos relacionados com os materiais trabalhados em laboratório pelo
responsável (técnico laboratorista ou docente).
2. A permanência no laboratório exigirá postura adequada do aluno, devendo este
se comportar em silêncio.
3. O aluno deverá organizar previamente todo o seu material (bolsas, capacetes,
livros, agasalhos, dentre outros), antes de entrar no laboratório, com o objetivo de
agilizar o tempo disponibilizado para o aprendizado.
4. É vetado o uso de outros alimentos e bebidas, que não estejam relacionados com
as práticas, nas dependências do laboratório;
5. É vetado o uso de cigarros nas dependências do laboratório.
6. É vetado o uso de aparelho celular, ipods, câmeras digitais ou qualquer outro tipo
de equipamento eletrônico que possa colocar em comprometimento o aprendizado
individual e coletivo.
7. É obrigatório o uso de batas ou jalecos e toucas; evitar o uso dos mesmos fora
das dependências do laboratório (corredores, sala de aula teórica, banheiros,
biblioteca cantinas e restaurantes, dentre outros locais).
8. Não é permitida a presença em laboratório de pessoas sem vínculo com a
instituição ou alunos de outros cursos que estejam presentes para conferência do
tipo de aula prática realizada para satisfazer apenas sua curiosidade.
9. O trabalho em laboratório só poderá ser realizado na presença do responsável
(docente).
10. O laboratório de técnica dietética só poderá ser utilizado pelos alunos sob
acompanhamento dos técnicos responsáveis ou do docente.
11. É vetado o uso de qualquer tipo de adorno (joias, bijuterias, relógios) que possa
comprometer a segurança individual e/ou coletiva.
12. É vetado o uso de calçados abertos (sandálias, tamancos, dentre outros), sendo
o aluno proibido de frequentar as dependências do laboratório.
13. É vetado o transporte de equipamentos e utensílios do laboratório de técnica
dietética, a conservação dos mesmos é de fundamental importância para o estudo
dos demais alunos.
39
14. Evitar a abertura das portas utilizando luvas para que não haja contaminação;
15. O aluno deverá informar ao professor se houver ferimentos ou se estiver
acometido de qualquer outra enfermidade.
14.1 Segurança em microbiologia alimentar
Num laboratório de microbiologia alimentar há dois requisitos básicos que devem ser
cumpridos: 1. Evitar a contaminação das amostras; 2.Evitar que as amostras e as
culturas subsequentes contaminem e se espalhem no ambiente ou contaminem o
manipulador. Para isso, é necessário garantir à segurança pessoal e a utilização de
técnicas de trabalho que assegurem a ausência de contaminação dos ensaios pelo
ambiente circundante. Os riscos próprios da atividade analítica podem ser gerais e
específicos devendo ser adoptado procedimentos que os eliminem ou minimizem.
Os laboratórios que efetuam análises microbiológicas de alimentos poderão ficar
contaminados com microrganismos patogénicos. É por isso necessário regras de
manipulação que passaremos a descrever, de modo a garantir a segurança
individual, coletiva e ambiental. O nível do risco biológico dependerá do
microrganismo propriamente em si, da sua quantidade, do tipo de contato que é
estabelecido e da duração desse contato-o Decreto-lei 84/97 de 16 de Abril
classifica os agentes biológicos de acordo com o seu nível de risco infeccioso em
quatro grupos. As amostras de alimentos, poderão estar contaminadas com
microrganismos dos Grupos de Risco Biológico de nível 1 e 2:
14.2 Biossegurança de Alimentos
Perigo: É um agente biológico, químico, ou físico presente no alimento, ou
condição no alimento, com potencial para causar efeito adverso à saúde.
Risco: É definido em função da probabilidade de um efeito adverso a saúde.
Risco depende do nível de exposição ao perigo.
“Em ciência não se fala em risco zero”
Podemos concluir que não ocorrem danos sob certas condições, e devemos
garantir que o alimento não causará danos a saúde.
14.3 Segurança Alimentar e Biotecnologia
A avaliação de produtos derivados da biotecnologia não implica em
alterações significativas nos princípios estabelecidos para avaliação de
segurança alimentar dos produtos convencionais. (Felberg et al., 2000)
Principal conceito: Conceito de Equivalência Substancial (ES).
Determinação da ES engloba:
Avaliação molecular
Avaliação das características fenotípicas do organismo.
Avaliação da composição do alimento
Avaliação do potencial alergenicidade.
14.4 Avaliação de segurança do material
Os principais parâmetros a serem avaliados são:
O tamanho do material genético
O número de genes inseridos
Identificação das sequências.
14.5 Avaliação de segurança da proteína expressa pelo gene inserido
É preciso avaliar a segurança da proteína expressa
Identificação da composição e estrutura da proteína
41
Quantificação
Busca de similaridade com outras toxinas, alergênicas, fatores antinutricionais
e outras:
Termo estabilidade
Digestibilidade
14.6 Avaliação da composição do alimento
Devem focar (macro e micronutrientes), de componentes tóxicos-chaves e de
fatores antinutricionais.
Comparação entre o alimento processado derivado de um OGM e um
alimento com processamento análogo.
14.7 Avaliação do Potencial Alergênico
As alergias alimentares atingem 2% da população mundial.
A segurança desses alimentos modificados deve incluir a avaliação das
proteínas.
O fato de uma proteína não ser homóloga a qualquer proteína alergênica não
descarta seu potencial de alergenicidade.
A tecnologia de modificação genética oferece a oportunidade de reduzir ou
eliminar alergênicos em alimentos específicos.
Se um alimento derivado da biotecnologia rDNA for considerado
substancialmente equivalente a um alimento convencional, aquele alimento
poderá ser considerado tão seguro quanto esse.
14.8 A CTNBio
A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) é composta por
representantes de todos os ministérios envolvidos com o tema (Ciência e
Tecnologia, Agricultura e Abastecimento, Meio Ambiente, Saúde, Educação,
Trabalho e Relações Exteriores), da comunidade científica, do setor empresarial que
atua com biotecnologia, de representantes dos interesses dos consumidores e de
órgãos legalmente constituídos de proteção à saúde do consumidor. Compete à
CTNBio avaliar, tecnicamente, todas as atividades desenvolvidas com o uso da
engenharia genética no Brasil.
Outras finalidades do órgão incluem o apoio técnico consultivo e assessoramento ao
governo federal na formulação, atualização e implementação da Política Nacional de
Biossegurança relativa aos organismos geneticamente modificados (OGMs), além
da criação de normas técnicas de segurança e pareceres técnicos conclusivos
referentes à proteção da saúde humana, dos organismos vivos e do meio ambiente
para atividades que envolvam a construção, experimentação, cultivo, manipulação,
transporte, comercialização, consumo, armazenamento, liberação e descarte de
OGMs e derivados.
Somente a CTNBio pode fornecer o Certificado de Qualidade em Biossegurança
para as empresas que desejam atuar no ramo de desenvolvimento de pesquisas
com OGMs. Em maio de 2007, a CTNBio aprovou a liberação comercial da primeira
variedade de milho transgênico no país. Antes, já haviam sido liberados outros dois
vegetais, a soja RR e o algodão resistente a insetos. As três liberações são
contestadas por pesquisadores de organizações não governamentais e entidades de
defesa ambiental e dos direitos do consumidor.
43
15. Resenha do artigo cientifico
O Sujeito Forja o Ambiente, o Ambiente "Forja" o Sujeito:
Inter-relação Indivíduo-Ambiente em Ergonomia da Atividade1
Mário César Ferreira
“Colocar cada trabalhador num posto” de trabalho compatível às suas atitudes
físicas e mentais, ao seu caráter, às suas preferências pessoais, aprimorar as
condições para o seu trabalho, diminuir sua fadiga, determinar as ferramentas que
lhe permitirão realizar sua tarefa com o menor custo ao seu organismo, reduzir ao
máximo os acidentes de trabalho, em síntese, organizar todas as condições
materiais da atividade em torno do indivíduo tomado como o centro, de modo que as
máquinas sirvam ao homem e não ao contrário. “Eis, a meta destas pesquisas,
ainda na sua aurora, mas cujos primeiros resultados autorizam a maior esperança.”
P. Levy, 1936, in Resche-Ragon, 1983.
1 - Introdução
Este texto tem por objetivo apresentar os traços principais que caracterizam a
abordagem em:
Ergonomia da atividade indivíduo-ambiente e os aspectos metodológicos que
caracterizam a análise dessa interação. Para alcançar o objetivo, o trajeto
argumentativo busca, com base na análise da literatura, responder a duas questões:
qual é a concepção da inter-relação indivíduo-ambiente que serve de suporte teórico
para a intervenção da ergonomia? Como se caracteriza o enfoque metodológico da
ergonomia?
Os argumentos utilizados para elucidar tais indagações compõem a moldura
conceitual sob a qual se fundamenta a Análise Ergonômica do Trabalho - AET,
instrumental metodológico que orienta a coleta, o tratamento e a validação de dados
empíricos da intervenção. Nesta perspectiva, o texto busca oferecer uma visão
sucinta do quadro teórico-metodológico que marca a identidade da ergonomia da
atividade no estudo da inter-relação indivíduo-ambiente.
A ergonomia tem sido chamada para atender a múltiplas demandas do mundo
produtivo:
Melhoria das condições materiais e instrumentais de trabalho dos
assalariados;
Identificação de agentes nocivos à saúde dos trabalhadores;
Aprimoramento da competência profissional;
A ergonomia pode ser definida como uma abordagem científica que se fundamenta
em conhecimentos interdisciplinares das ciências humanas para de um lado,
compatibilizar os produtos e as tecnologias com as características dos usuários e,
de outro, humanizar o contexto de trabalho, adaptando-o tanto aos objetivos do
sujeito quanto às exigências das tarefas.
Por meio das quais o sujeito interage com o ambiente e seus multifatores, buscando
garantir os meios necessários à sobrevivência, proporcionar o seu bem-estar físico,
psicológico e social e, ainda responder às tarefas prescritas.
As pesquisas realizadas em ergonomia mostram as seguintes características
das tarefas:
(a) toda tarefa é preexistente ou anterior à atividade;
(b) toda descrição ou prescrição de tarefa veicula explícita ou implicitamente um
modelo de sujeito;
(c) toda tarefa requer do sujeito uma dupla atividade: de elaboração mental e de
execução.
Nas organizações, a prescrição das tarefas pode aparecer sob diferentes formas de
45
descrição formal e/ou informal: da estrutura dos processos técnicos (por exemplo,
fluxo das etapas de elaboração de um contrato); dos instrumentos e meios de
informação (por exemplo, fluxo do tráfico aéreo); dos procedimentos (por exemplo,
operações contábeis no tratamento de um cheque); de regras detalhadas e estritas
(por exemplo, instruções de segurança em usina nuclear). Com efeito, em
ergonomia da atividade a noção de ambiente se expressa pelos ingredientes que
constituem cada contexto sociotécnico de uma empresa e/ou instituição pública.
Assim, uma decorrência principal das variáveis que engendram a concepção de
ambiente é que, no mundo produtivo regra geral, o contexto sociotécnico está
previamente posto. Desta forma, ele influencia seus "habitantes e usuários"
estabelecendo suas propriedades e lógicas de funcionamento.
Os postos de trabalho, as ferramentas, os equipamentos, as tarefas podem ser
iguais ou padronizados em dado contexto sociotécnico de trabalho, mas os sujeitos
que ali exercem sua atividade jamais são iguais. Se os indivíduos não são iguais, se
eles diferem entre si por "n" fatores, como é possível exigir ou prescrever
performances iguais?
Essa diversidade se manifesta de diferentes formas, desde aspectos mais visíveis,
como gênero (homem ou mulher), idade e dimensões corporais (altura, segmentos
corporais), até características menos visíveis, como traços de personalidade, história
pessoal, experiências e vivências dentro e fora do local de trabalho. Tais
características influenciam significativamente a conduta dos sujeitos em situação de
trabalho, dando visibilidade aos diferentes modos de se individuar.
Mas, além da diversidade interindividual, a variabilidade intra-individual constitui
outra dimensão essencial que contribui para compreender a noção de indivíduo em
ergonomia. Neste sentido, três recortes temporais marcam a variabilidade dos
sujeitos:
(a) variações em curto prazo (jornada de trabalho), influenciadas pelas exigências
cotidianas de trabalho, pelas mudanças impostas ao corpo pelos ritmos biológicos.
(b) variações em médio prazo (semana, meses), influenciadas pelo desgaste
(físico, mental e psíquico) acumulado ao longo de curtos intervalos produzindo um
sentimento de cansaço ou fadiga crônica.
(c) variações em longo prazo (anos, décadas), determinadas não só pelo
envelhecimento biológico do organismo, mas, principalmente, pelos efeitos oriundos
dos contextos sociotécnicos de trabalho.
Nesse campo, vem se consolidando em ergonomia o interesse em estudar a inter-
relação idade, envelhecimento e trabalho (Laville, 1989) em decorrência, sobretudo,
do aumento da expectativa de vida das populações e do desemprego estrutural.
Portanto, apreender aquilo que é significativo para o indivíduo é crucial para
compreender a conduta de trabalho e modo como este se envolve nas situações. A
compreensão deste enfoque implica fazer uma distinção terminológica útil,
importante conceitualmente, que poderia ser colocada nos seguintes termos:
Historicamente todo trabalho é atividade, mas nem toda atividade é, ou sempre foi,
trabalho.
A análise da literatura em ergonomia possibilitou esquematizar o modelo teórico
explicativo que busca construir um quadro compreensivo do mecanismo e dos
fatores principais estruturadores da conduta humano no trabalho como uma
atividade permanente de regulação do indivíduo.
2. Conclusão
Ao longo deste texto buscou-se mostrar os traços principais que caracterizam a
abordagem da ergonomia da atividade no que concerne à díade indivíduo-ambiente.
O ambiente para a ergonomia é um ambiente que toma a feição de um contexto
sociotécnico de trabalho. Cada ambiente é singular, único.
O indivíduo para a ergonomia é o(a) trabalhador(a) que integra um dado contexto
sociotécnico de trabalho.
A atividade para a ergonomia assume valor epistemológico central no estudo da
interação indivíduo-ambiente. Ela expressa a verdadeira face do trabalho sob duas
dimensões complementares: uma, ontológica, que marca a história e a identidade da
espécie humana, ou seja, o trabalho é o "modo de ser" do homem e que contribuiu
decisivamente para distanciá-lo de outras espécies animais; outra ação humana que
funciona permanentemente com base em um mecanismo de regulação que estrutura
a elaboração de estratégias operatórias finalísticas do (a) trabalhador (a) para, ao
mesmo tempo, responder eficiente e eficazmente às exigências das tarefas
prescritas e garantir o seu próprio bem-estar.
Por fim, este enfoque da ergonomia da atividade possibilita estabelecer o diálogo
com outras disciplinas das ciências humanas, o que pode reforçar o caráter
interdisciplinar da ergonomia.
47
16. Conclusão
Melhoria do espaço de trabalho e mobiliário.
Escolha de ferramentas e instrumentos adequados.
Diminuição dos erros de postura (ajustando o local do trabalho, alterando a
posição das ferramentas, orientando o trabalhador quanto aos erros de
postura).
Projetando um trabalho ergonômico (utilizando auxílio mecânico, permitindo
pausas para o relaxamento muscular, distribuindo uniformemente o trabalho).
Estresse psicológico: promovendo pausas no trabalho.
Treinamento.
Informando os riscos específicos.
Orientando corretamente sobre os métodos de execução do trabalho.
Orientando as posturas corretas.
Sugerindo pausas no trabalho.
“Proceder à forma de adaptação do trabalho ao homem e não do homem ao
trabalho.”
O objetivo da ergonomia é aplicar os princípios ergonômicos a fim de melhorar a
compatibilidade entre o homem, a máquina e o ambiente físico de trabalho, através
do equilíbrio entre as exigências das tarefas, das máquinas, assim como a
capacidade de processamento da informação humana.
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