Classes de palavras
nome, adjetivo, verbo, interjeição, advérbio, pronome, determinante, quantificador, conjunção, preposição
Pronomes
PessoaisDemonstrativosPossessivosRelativosIndefinidosInterrogativos
Funções sintáticas
sujeito, predicado, modificador da frase, vocativo, complemento direto, complemento indireto, complemento oblíquo, agente da passiva, predicativo do sujeito, predicativo do complemento direto, modificador do verbo, complemento do nome, modificador restritivo, modificador apositivo, complemento do adjetivo
p. 327:
Complemento diretoComplemento indiretoComplemento oblíquo
Dou prendas compl. direto
Dou prendas à Isabel compl. indireto
Gosto de prendas compl. oblíquoDeparei com uma dificuldade
É só a coluna do meio (com uma das seguintes funções sintáticas):
SujeitoComplemento direto
Complemento indiretoComplemento oblíquo
1
te
complemento direto
Na 3.ª pessoa seria «ele encosta-se».
1
mim
complemento indireto
Era possível trocar por «encosta-te-me».
2
Nós
sujeito
4
eu
sujeito
7
eu
sujeito
8
me
complemento direto
O pronome da 3.ª pessoa não seria «*deixa-lhe» mas «deixa-o».
11
te
complemento direto
Na 3." pessoa seria «para o merecer».
12
me
complemento direto
Na 3.ª pessoa não seria «*recebe-lhe».
14
mim
complemento oblíquo
16
eu
sujeito
17
contigo
complemento oblíquo
20
te
complemento indireto ou direto
Há duas interpretações possíveis: 'quero a ti bem' (= 'desejo a ti o melhor') e 'quero-te muito' (= 'desejo-te muito').
23
mim
complemento oblíquo
26
Eu
sujeito
1. O texto apresentado integra-se no
capítulo V do «Sermão de Santo António», quando o orador trata de repreender os peixes, em particular. O «peixe» criticado é o polvo. Se considerarmos a estrutura típica dos sermões, este passo situa-se já perto do final da narração (ou confirmação), seguindo-se-lhe o capítulo VI, que constitui a peroração.
2.1 Primeira parte, ll. 1-3 (primeira
frase); segunda parte — ll. 3-14; terceira parte — ll. 15-21.
2.2.
Primeira parte: ___________________________________
Segunda parte: ___________________________________
Terceira parte: ___________________________________
3.1 [Há três expressões que poderiam ser
escolhidas: A primeira salienta a aparência de santidade do molusco: «com aquele seu capelo na cabeça, parece um monge» (l. 3); a segunda comparação é estabelecida com uma estrela e, decerto, com a sua luminosidade: «com aqueles raios estendidos, parece uma estrela» (ll. 3-4). A terceira comparação vinca a aparência inofensiva do polvo: «com aquele não ter osso nem espinha, parece a mesma brandura, a mesma mansidão» (ll. 4-5). Estes atributos tão lisonjeiros ligados à aparência contrastam com a realidade, a dissimulação de que é capaz o polvo: «é o maior traidor do mar»).]
4.1. O camaleão tem em comum com o
polvo o facto de alterar a sua coloração em função do ambiente em que se encontra.
4.2. Segundo o pregador, estes animais
distinguem-se, porque esta caracte-rística é «gala» (l. 9), no camaleão, e «malícia» (l. 10), no polvo.
5.1. A comparação é feita com Judas,
também um traidor como o polvo, apesar de, na opinião do pregador, as características da sua traição serem menos graves que as do polvo.
6. Apóstrofe — «peixe aleivoso e vil»
(l. 20). Esta apóstrofe, com uma dupla adjetivação de conotação negativa, revela a perspetiva do pregador sobre as características do polvo.
6.1 Vocativo.
7. As interrogações retóricas (ll. 12 e 15)
visam atrair a atenção dos ouvintes. Como momentos de pausa na progressão do sermão, chamam o auditório a uma reflexão, preparando, desta forma, a argumentação que se lhes segue.
10. Podemos talvez considerar deíticos
pessoais «estamos» (l. 1), «saiamos» (l. 1), «vê» (1.20), «tua» (l. 20); e deíticos espaciais «saiamos» ou «lá» (l. 1). (Quanto a mim, estas expressões dificilmente evocam propriamente a enunciação — o orador reporta-se ao seu espaço ou está apenas a criar uma situação narrativa? — e não são bons exemplos de deixis.)
11.1 Proponho duas hipóteses (com
«dever» e «poder»):
Até Judas pode não ter sido tão traidor como tu, polvo estúpido.
Até Judas não deve ter sido tão traidor quanto tu, estupidíssimo polvo.
12.
a. A queda do -m de SPINAM consiste
numa apócope. O acrescento da vogal no início da palavra é uma prótese. Houve ainda a palatalização do n em nh.
b. Como é costume deu-se a apócope
do -m latino. A passagem do t a d configura uma sonorização.
c. Como sempre, tudo começa com a
apócope do -m. Deu-se depois o desaparecimento de um som medial (a síncope do -n-). Na passagem -ea a -eia há uma ditongação.
d. Apócope do -m. Síncope do i.
Sonorização do t em d.
Só vou poder ver (comentar) as gravações sobre leituras entregues recentemente lá para o final da próxima semana.
(Quem não entregou ainda aproveite e procure resolver o assunto até lá.)
TPC
Ir lendo Os Maias.
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