TPC — Completa «Definição telegráfica» de Crónica de D. João I.
O envio do trabalho de gravação (para quem não o fez) tem de ser feito agora.
No filme O amor acontece
Em O amor acontece
Em «Do alvoroço que foi na cidade […]» (Crónica de D. João I), Fernão Lopes…
No filme relata / diz
O filme diz / relata
No filme diz-se / relata-se
Do meu ponto de vista, acho que
A meu ver, considero que
Na minha opinião, penso que
Do meu ponto de vista, …
A meu ver, ….
Na minha opinião, …
Considero que …
Acho que ….
Penso que …
Repetir o que se ouviu informalmente ou o que estava nos textos ou nas folhas — não era para tratar das alusões aos portugueses nas duas obras; era para aludir às duas obras (logo, referi-las apenas de passagem).
Ter ideias; pensar.
Critérios para distinguir funções sintáticas
O SUJEITO concorda com o verbo. Se experimentarmos alterar o número ou pessoa do sujeito, isso refletir-se-á no verbo que é núcleo do predicado:
Caiu a cadeira. → Caíram as cadeiras
(Para se confirmar que «a cadeira» não é aqui o complemento direto: → *Caiu-a.)
O PREDICADO pode ser identificado se se acrescentar «e» + grupo nominal + «também» (ou «também não») à oração:
O Egas partiu para o Dubai. → O Egas partiu para o Dubai e o Sancho também (também partiu para o Dubai).
O VOCATIVO distingue-se do sujeito porque fica isolado por vírgulas e não é com ele que o verbo concorda. Antepor-lhe um «ó» pode confirmar que se trata de vocativo.
Tu, Rosa, não percebes nada disto! → Tu, ó Rosa, não percebes nada disto!
Para distinguir o MODIFICADOR DE FRASE do modificador do grupo verbal, pode ver-se que as construções que ponho à direita (a interrogar ou a negar) são possíveis com o modificador do grupo verbal mas não com o advérbio que incide sobre toda a frase.
Evidentemente, a Uber tem razão. → *É evidentemente que a Uber tem razão?Talvez Portugal ganhe. → *Não talvez Portugal ganhe.
Com um modificador de grupo verbal o resultado seria gramatical:
Ele come alarvemente. → É alarvemente que ele come?
O COMPLEMENTO DIRETO é substituível pelo pronome «o» («a», «os», «as»):
Dei mil doces ao diabético. → Dei-os ao diabético.
O COMPLEMENTO INDIRETO, introduzido pela preposição «a», é substituível por «lhe»:
Ofereci uma sopa de nabiças ao arrumador. → Ofereci-lhe uma sopa de nabiças.
O COMPLEMENTO OBLÍQUO, e mesmo quando usa a preposição «a» (uma das várias que o podem acompanhar), nunca é substituível por «lhe»:
Assistiu ao jogo contra as Ilhas Faroé. → *Assistiu-lhe.
Para identificarmos um MODIFICADOR DO GRUPO VERBAL, podemos fazer a pergunta «O que fez [sujeito] + [modificador]?» e tudo soará gramatical:
Marcelo fez um discurso na segunda-feira. Que fez Marcelo na segunda-feira? Fez um discurso.
Se se tratar de um complemento oblíquo, o resultado já será agramatical:
Dona Dolores foi à Madeira. *Que fez Dona Dolores à Madeira? Foi.
O COMPLEMENTO AGENTE DA PASSIVA começa com a preposição «por», precedida por verbo na passiva, e podemos adotá-lo como sujeito da mesma frase na voz ativa:
A casa foi comprada por Monica Bellucci. → Monica Bellucci comprou a casa.
As joias de Kim foram roubadas pelos ladrões. → Os ladrões roubaram as joias de Kim.
O PREDICATIVO DO SUJEITO é uma função sintática associada a verbos copulativos (como «ser», «estar», «parecer», «ficar», «permanecer», «continuar», mas também «tornar-se», «revelar-se», «manter-se», etc.). Atribui uma qualidade ao sujeito ou localiza-o no tempo ou no espaço.
Os taxistas andam revoltados.A Violeta está em casa.
O PREDICATIVO DO COMPLEMENTO DIRETO é uma função sintática associada a verbos transitivos-predicativos (como «achar», «considerar», «eleger», «nomear», «designar» e poucos mais), os que selecionam um complemento direto e, ao mesmo tempo, lhe atribuem uma qualidade / característica.
A ONU elegeu Guterres secretário-geral.
(Para confirmar que «Guterres» é o complemento direto e «secretário-geral», o predicativo do complemento direto: → A ONU elegeu-o secretário-geral.)
Eles deixaram a porta aberta. (→ Eles deixaram-na aberta.)
O COMPLEMENTO DO NOME, quando tem a forma de grupo preposicional, é selecio-nado pelo nome (ou seja, é obrigatório, mesmo se, em alguns casos, possa ficar apenas implícito). Os nomes que selecio-nam complemento são muitas vezes deri-vados de verbos.
A absolvição do réu desagradou-me. (Seria aceitável «A absolvição desagradou-me» num contexto em que a referência ao absolvido ficasse implícita.)
A necessidade de estudar gramática é uma balela. (*A necessidade é uma balela.)
Quando tem a forma de grupo adjetival, o complemento do nome constitui uma unidade com o nome, ficando tão intimamente ligado a ele, que, na sua ausência, aquele parece ter já outro sentido. (Reconheça-se que estes casos não são fáceis de distinguir de certos modificadores restritivos do nome.)
A previsão meteorológica falhou.
Os conhecimentos informáticos são úteis.
O MODIFICADOR RESTRITIVO DO NOME restringe a realidade que refere, mas não é selecionado pelo nome (não é «obrigató-rio»).
Comprei o casaco azul.
Cão que ladra não morde.
O MODIFICADOR APOSITIVO DO NOME, sempre isolado por vírgulas, travessões ou parênteses, não restringe a realidade a que se refere nem é selecionado pelo nome (a sua falta não prejudicaria o sentido da frase).
O filme de que te falei, Birdman, está a acabar.
O Renato Alexandre, que é amigo do seu amigo, conhece o Busto.
O COMPLEMENTO DO ADJETIVO é selecionado por um adjetivo (embora seja, frequentemente, opcional).
Ela ficou radiante com os presentes. (Ela ficou radiante.)
Isso é passível de pena máxima. (*Isso é passível.)
Ver na p. 325 as listas de verbos que selecionam complemento oblíquo,
predicativo do sujeito, predicativo do complemento direto
Alguns verbos que selecionam complemento oblíquo
Gostar de
Ir a / para
Vir de
Insistir em
Entrar em
Desistir de
Aludir a
Chegar a
…
Verbos copulativos (os que pedem predicativo do sujeito)
Ser
Estar
Parecer
Ficar
Continuar
Permanecer
Tornar-se
Revelar-se
Verbos transitivos predicativos (os que pedem predicativo do complemento direto)
Eleger
Achar
Designar
Declarar
Considerar
Julgar
Ter por
…
Moras em Cabul?
complemento oblíquo
Que fazes em Cabul? *Moro.
Os estores da minha casa foram estragados pela ventania.
agente da passiva
[Ativa:] A ventania estragou os estores da minha casa.
Em Miranda do Douro come-se boa carne.
modificador
Que se faz em Miranda do Douro? Come--se boa carne.
O Salvador é o último português sem telemóvel.
predicativo do sujeito
Comi anteontem uma costeleta de gato excelente.
Modificador do grupo verbal
Que fizeste anteontem? Comi uma costeleta de gato excelente.
O Alípio foi ali e já vem.
complemento oblíquo
Que fez o Alípio ali? *Foi.
Iracema mentiu a Adalberto.
complemento indireto
Iracema mentiu-lhe.
Na livraria vendem carapaus.
complemento direto
Na livraria vendem-nos.
vendem + os
vendem-nos
dão + a
dão-na
faz+os = fá-los
pus + o = pu-lo
cantar + as = cantá-las
Ontem passei por ela.
complemento oblíquo
* Que fizeste por ela? Passei.
Regressaste da Líbia.
complemento oblíquo
* Que fizeste da Líbia? Regressei.
O Ulisses põe o livro na estante.
complemento oblíquo
*Que faz o Ulisses na estante? Põe o livro.
Todas estas funções (complementos direto, indireto, oblíquo, agente da pas-siva, predicativos do sujeito e do comple-mento direto, modificador do grupo verbal) integram o Predicado.
Sinto-o nos meus dedos,Sinto-o nos meus pés,
o = complemento direto (cujo referente são os versos 4-7; trata-se, portanto de uma catáfora).
Ø Sinto-o nos meus dedos,Ø Sinto-o nos meus pés,
[eu] (subentendido) = sujeito
O amor anda à minha volta,
à minha volta = complemento oblíquo
O Natal está à minha volta,
à minha volta = predicativo do sujeito
E o sentimento cresce,
o sentimento = sujeito
E o sentimento cresce,
cresce = predicado
Está escrito no vento,
escrito no vento = predicativo do sujeito
Está onde quer que vá.
Está onde quer que vá = predicado
Por isso, se gostam do Natal,
do Natal = complemento oblíquo
Ø Deixem nevar.
[vocês] (subentendido) = sujeito
ensina + empolga = ensolga
nutracêutico
nutracêutico
nutrição + farmacêutico
Conheces as reportagens que são incluídas em telejornais ou programas de informação. A jornalista faz introdução (descreve o contexto), depois ouve uns populares ou uns especialistas, volta a sintetizar, pode até dialogar com o pivô no estúdio, etc.
Escreve um desses diretos, no momento do cerco de Lisboa, baseando-te no texto de Fernão Lopes (pp. 90-92), mas criando também parte do contexto.
Construção da intriga (organização das sequências
narrativas)
• por encadeamento• por encaixe
• por alternância
TPC — Lê as páginas sobre ‘Funções sintáticas’ que estão copiadas em Gaveta de Nuvens. Talvez possas ler sobretudo as das funções sintáticas ao nível da frase (sujeito, predicado, vocativo, modificador de frase) e as internas ao grupo verbal (complementos direto, indireto, oblíquo, agente da passiva, predicativo do sujeito, modificador do verbo; há ainda o predicativo do complemento direto, que daremos brevemente).
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