BIOGRAFIA
-Nasceu em São Paulo
-Começou a fotografar com 16 anos
-Registrou diferentes povos na América, Europa e África
-Tornou-se foto-documentarista
-Por meio da fotografia, percebeu o mundo em que vive
e o poder da imagem como agente transformador
-Isso tudo, o levou a criar com recursos próprios, em
1995, a organização sem fins lucrativos, ImageMagica.
PROJETOS DA IMAGEMAGICA
-Escola do Olhar
-Saúde e Cultura
-CPF (Curso Profissionalizante de Fotografia)
-Humanizando Relações
-Hospital Pequeno Príncipe
CUIDAR: UM DOCUMENTÁRIO
SOBRE A MEDICINA
HUMANIZADA NO BRASIL
(2006)
-O livro Cuidar, foi iniciado em 2006
e ainda está em andamento
-Síntese de 25 mil imagens
fotografadas em diversas
expedições pelo Brasil
-O livro documenta as várias
formas com que a medicina
humanizada se manifesta no país
“A arte da Medicina está em observar.
Curar algumas vezes, aliviar muitas vezes,
consolar sempre”
(André François)
As histórias retratadas de forma sensível promovem a reflexão
entre o público geral, equipes de saúde e formadores de opinião.
André realiza documentários fotográficos há 20 anos e desde
2005 adotou o tema saúde como objeto principal.
Raquel que sofre de câncer, está deprimida, pois teve que amputar a
perna. No fundo Priscila, que já passou por isso e tenta confortar a
amiga.
São Gabriel da Cachoeira, AM. Dentro do caixote, o corpo da pequena
Eleoníse que foi encaminhada para Manaus e não resistiu. Ao lado a mãe,
que trás o corpo da menina para enterrar na sua cidade e vai demorar 2
dias de viagem nesta embarcação.
Dona Margarida, ex-parteira, 73 anos e passou 27 anos com
leishmaniose, sem tratamento, o que resultou uma ferida na
face.
A CURVA E O CAMINHO –
ACESSO À SAÚDE NO BRASIL
(2008)
-Retrata a saga de brasileiros em
busca de acesso a tratamentos
médicos
-O tema chamou a atenção de
André, enquanto produzia o
documentário Cuidar
-André passou novamente por
todas as regiões do Brasil,
acompanhou por meses o
percurso de diversos pacientes
Aos que morreram e sobreviveram no caminho.
“Perceber o mundo em que se vive é o
primeiro passo para modificá-lo” (André François)
Nas margens do Rio Preguiça (MA), um jovem com fortes dores de
estômago, passa 40 minutos dentro AMBULANCHA até chegar no
hospital mais próximo.
Essas ambulanchas, chegaram na cidade há apenas 2 anos. Antes
muitos morriam sem saber o que tinham.
Há uma sala cirúrgica com equipamentos de ponta, abrigadas
por paredes de lona e protegida do calor e da chuva por uma
palhoça.
Centro de Atendimento dos Expedicionários da Saúde,
organização não-governamental, que reúne médicos
voluntários em expedições para levar atendimento às
regiões afastadas da Amazônia.
Esses médicos expedicionários fazem procedimentos simples,
como retiradas de hérnias e cirurgias oftalmológicas.
Isso tudo permite que os indígenas retomem sua rotina de
caça e pesca, muitas interrompida pela doença.
Centenas de pessoas chegam aos Expedicionários da Saúde em
busca de atendimento, a maioria de comunidades isoladas, que quase
não mantêm contato com os brancos e nem com etnias vizinhas.
Essa jovem sofria preconceito em sua aldeia, por ser mãe solteira e ter
uma mancha escura em boa parte do seu rosto. Segundo a tradição
Hupda, marcas são estigmas. Com a cirurgia, eliminou a marca da
jovem que voltou para sua comunidade para começar uma nova vida.
Essa senhora veio com o marido que ia fazer uma cirurgia de catarata.
Ela está grávida, mas não sabia de quanto tempo. Os médicos
descobrem que o bebê está em posição que exige uma cesariana. Ela
foi transferida para um hospital em uma canoa com motor, viagem que
demorou 14 horas.
O bebê nasceu saudável. Isso nem sempre acontece nessa região,
onde muitas mães e bebes morrem devido à falta de recursos para
esse tipo de intervenção.
Barra Velha (SC). Dona Cida, viúva, mãe de 5 filhos, ela corre atrás da
vida do menino Allan, de 14 anos, que sofre de distúrbio renal e
depende de vários medicamentos para sobreviver.
Eles moram num conjunto de casas de madeira, sobrevivem de
latinhas que juntam, e de alguns bicos do pequeno Allan, que começou
a trabalhar com 7 anos, e disse para a mãe: “Eu tenho esse problema,
mas tu não quer que eu seja um inútil”.
Maria Lourdes, de 50 anos, luta contra o vírus HIV e um câncer no rim,
tem 37 quilos e diz ter contraído o vírus do marido, com quem foi
casada 20 anos e teve 2 filhos.
André acompanhou um dia ela no hospital e disse que voltaria quando ela
estivesse boa. Um mês depois de conhecê-la, ele liga pra filha de Maria
Lourdes e descobre que ela morreu naquele mesmo dia do encontro.
André François
conheceu o menino
André em um Hospital
de Goiânia e se
comprometeu a
acompanhá-lo até sua
partida para o Pará. O
menino ligou para ele
4 vezes um dia antes
de morrer, mas o
fotógrafo não retornou
seu chamado,
achando que teria
mais tempo.
ESCOLHER E VIVER – TRATAMENTO E QUALIDADE
DE VIDA DE PACIENTES RENAIS CRÔNICOS
(2010)
-Em 4 anos de registros na área da saúde, André encontrou diversos pacientes renais
crônicos, acompanhou seu tratamento e seus desafios para
fazê-lo
- A missão deste livro é contribuir com a divulgação deste
tratamento e incentivar a doação de órgãos
Vitória está prestes a realizar o transplante de rim. O pai
será o doador. As expectativas da família são altas.
Segundo os pais Sílvio e Maria, cuidar de vitória lhes dá várias lições.
“Se a gente desistir, ela também desiste”, diz a mãe.
O carregamento de caixas com o material para diálise
peritoneal sai de São Paulo, rumo a uma longa jornada.
Em muitas mãos e braços, e depois de 2 semanas, as caixas
finalmente chegam na moradia de Dona Guilhermina. Sem esse
material ela teria que viajar 3 vezes por semana, até Manaus, em um
barco por 20 horas, sendo obrigada a mudar de cidade.
PROJETO VIDA
-O contato com diversas entidades internacionais como a ONU (Organização das
Nações Unidas), MSF (Médicos sem fronteiras), OMS (Organização Mundial da Saúde), mostra
que esta não é somente uma questão brasileira.
-Daí surge a necessidade de André criar o PROJETO VIDA – um documentário sobre a
saúde no mundo, que está em desenvolvimento.
André pediu a uma
médica que lhe
contasse a história
mais emocionante
que já tinha visto,
a médica
apresentou Dona
Patrícia que estava
chorando.
André: “Neste momento tive a CORAGEM ou
COVARDIA de fazer um primeiro retrato desta
incrível mulher”.
Quando ela percebeu disse: “Assim não, eu tô feia!”.
André: “Mas a foto já tinha sido feita, respeitei seu pedido e
acalmei meu dedo”.
RESULTADOS
Os resultados dessas reflexões geram
mobilizações, fomento de grupos de
humanização dentro de hospitais,
utilização das imagens em aulas para
profissionais da saúde, apresentação em
congressos e festivais, mobilização de
novas ações e recursos e mudanças em
políticas públicas.
RECONHECIMENTO
-As imagens de André sobre saúde foram incluídas na Coleção Pirelli-MASP de Fotografia
-O livro A curva e o caminho recebeu o Prêmio da Fundação Conrado Wessel de Arte
-Premiado pela OMS (Organização mundial da Saúde) e OPAS (Organização Panamericana de Saúde) como o
melhor projeto da América Latina na categoria “Comunicação e Saúde”
-Reconhecida pela Fundação Banco do Brasil, Petrobrás, Unesco, Fundação Itaú Social, Ministério da Cultura
Trabalho elaborado por exigência da disciplina
Fotojornalismo, sob a responsabilidade do
professor César Mulati