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FLUIDOTERAPIA A fluidoterapia (do latim: fluidu + do grego: therapea), como o prprio nome indica, o tratamento feito com fluidos, ou seja, atravs dos passes e da gua fluidificada. O PASSE O PASSE ESPRITA: A SUBLIME DOAO "E disse Pedro: No tenho prata nem ouro; mas o que tenho isto te dou. Em nome de Jesus-Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda. (Atos, 3:6) porta do templo, chamada Formosa, o apstolo Pedro e o deficiente fsico. Entre ambos um momento de expectativa. Da alma cansada e sofrida - que espera. Da alma plena de f e estuante de amor - que doa. No h indagaes nem hesitaes. Apenas a sublime doao. Eis a o significado profundamente belo e sublimado do passe: a doao de alma para alma. (Suely Caldas Schubert in O Passe de Jacob Melo) (...) O passe uma transfuso de energias psquicas (...). (Emmanuel in O Consolador, cap 5) O passe uma transfuso de energias, alterando o campo celular. (Andr Luiz in Nos Domnios da Mediunidade, cap 17) O passe , antes de tudo, uma transfuso de amor. (Divaldo Pereira Franco in Dilogo com dirigentes e trabalhadores espritas) O passe tornou-se popular por sua eficcia. Mas to simples um passe que no se pode fazer mais do que d-lo. (Herculano Pires in Mediunidade Vida e Comunicao) Ato de passar as mos repetidamente ante os olhos de uma pessoa para magnetiz-la, ou sobre uma parte doente de uma pessoa para cur-la. Aurlio Buarque Holanda Ferreira Espritas e mdiuns Espritas, cultivemos o passe, no veculo da orao, com o respeito que se deve a um dos mais legtimos complementos da teraputica usual. (Andr Luiz in Opinio Esprita, cap 55) Assim como a transfuso de sangue representa uma renovao das foras fsicas, o passe uma transfuso de energias psquicas,com a diferena de que os recursos orgnicos so retirados de um reservatrio limitado, e os elementos psquicos o so do reservatrio ilimitado das foras espirituais. (Emmanuel in O Consolador, Q 98) As chamadas benzeduras, to comuns no ambiente popular, sempre que empregadas na caridade, so expresses humildes do passe regenerador, vulgarizado nas instituies espirituais de socorro e de assistncia. Jesus nos deu a primeira lio nesse sentido, impondo as mos divinas sobre os enfermos e sofredores, no que foi seguido pelos apstolos do Cristianismo primitivo. Toda boa ddiva e dom perfeito vm do Alto dizia o apstolo, na profundeza de suas explanaes. 1

A prtica do bem pode assumir as frmulas mais diversas. Sua essncia, porm, sempre a mesma diante do Senhor. (Emmanuel in O Consolador, Q 100) O PASSE Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e levou as nossas doenas. (Mateus, 8:17). Meu amigo, o passe transfuso de energias fisio-psquicas, operao de boa vontade, dentro da qual o companheiro do bem cede de si mesmo em teu benefcio. Se a molstia, a tristeza e a amargura so remanescentes de nossas imperfeies, enganos e excessos, importa considerar que, no servio do passe, as tuas melhoras resultam da troca de elementos vivos e atuantes. Trazes detritos e aflies e algum te confere recursos novos e blsamos reconfortantes. No clima da prova e da angstia, s portador da necessidade e do sofrimento. Na esfera da prece e do amor, um amigo se converte no instrumento da Infinita Bondade, para que recebas remdio e assistncia. Ajuda o trabalho de socorro aqui mesmo, com esforo da limpeza interna. Esquece os males que te apoquentam, desculpa as ofensas de criaturas que te no compreendem, foge ao desnimo destrutivo e enche-te de simpatia e entendimento para com todos os que te cercam. O mal sempre a ignorncia, e a ignorncia reclama perdo e auxlio para que se desfaa-a, em favor nossa prpria tranqilidade. Se pretendes, pois, guardar as vantagens do passe, em substncia, e ato sublime de fraternidade crist purifica o sentimento e o raciocnio, o corao e o crebro. Ningum deita alimento indispensvel em vaso impuro. No abuses, sobretudo daqueles que te auxiliam. No tomes o lugar do verdadeiro necessitado, to s porque os teus caprichos e melindres pessoais estejam feridos. O passe exprime, tambm, gastos de foras e no deves provocar o dispndio de energias do Alto, com infantilidade e ninharias. Se necessitas de semelhante interveno, recolhe-te a boa vontade, centraliza a tua expectativa nas fontes celestes do suprimento divino, humilha-te, conservando a receptividade edificante, inflama o teu corao na confiana positiva e, recordando que algum vai arcar com peso de tuas aflies, retifica o teu caminho, considerando igualmente o sacrifcio incessante de Jesus por ns todos, porque, de conformidade com as letras sagradas, Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e levou as nossas doenas. (Livro Segue-Me Francisco Candido Xavier Emmanuel Ed. O Clarim) O PASSE - BIOENERGIA Visitando enfermos, socorrendo necessitados, aplicando passes, ou bioenergia, como se modernizou o labor, enfim, a caridade um esporte da alma, pouco utilizado pelos candidatos musculao moral e inteireza espiritual. (Bezerra de Menezes in Loucura e Obsesso cap 23) FUNDAMENTO - AMOR Pronuncia a prece que reconforte e estende o passe magntico que restaure, como se fossem pedaos de teu prprio corao em forma de auxlio. (Emmanuel in Seara dos Mdiuns, cap 67) 2

FUNDAMENTO - F O poder da f se demonstra, de modo direto e especial, na ao magntica; por seu intermdio, o homem atua sobre o fluido, agente universal, modifica-lhe as qualidades e lhe d uma impulso por assim dizer irresistvel. Da decorre que aquele que, a um grande poder fludico normal, junta ardente f, pode, s pela fora da sua vontade dirigida para o bem, operar esses singulares fenmenos de cura e outros, tidos antigamente por prodgios, mas que no passam de efeito de uma lei natural. Tal o motivo por que Jesus disse a seus apstolos: Se no o curastes, foi porque no tendes f. (Allan Kardec in ESE, cap. 19, item 5) A f vivaz, a vontade, a prece e a evocao dos poderes superiores amparam o operador e o sensitivo. Quando ambos se acham unidos pelo pensamento e pelo corao, a ao curativa mais intensa (Leon Denis in No Invisvel, 2 parte, cap 15) O Magnetismo uma das maiores provas do poder da f posta em ao. pela f que ele cura e produz esses fenmenos singulares, qualificados outrora de milagres. (Allan Kardec in ESE, cap 19, item 12) FUNDAMENTO - FRATERNIDADE Estendes mos fraternas, no passe balsamizante, em favor dos que te procuram, sedentos de alvio. No furtes, porm, os braos prestimosos ao trabalho de cooperao espontnea junto daqueles que o Senhor te confiou na intimidade domstica. (Emmanuel in Seara dos Mdiuns, cap 30) FUNDAMENTO - MERECIMENTO Em todo lugar onde haja merecimento nos que sofrem e boa vontade nos que auxiliam, podemos ministrar o benefcio espiritual com relativa eficincia (Andr Luiz/ Alexandre in Missionrios da Luz, cap 19) FUNDAMENTO - REPARAO DOS ERROS Tende amor imenso uns para com os outros, porque o amor cobre a multido de pecados. (Pedro in I Pedro, IV, v.8.) FUNDAMENTO - AURA AURA Para que o entendimento sobre o passe se faa, importante a compreenso do que a aura. Segundo Andr Luiz, (Mecanismo da Mediunidade), a aura de cada criatura permanece tecido de correntes atmicas sutis de pensamentos que lhes so prprios ou habituais dentro de normas que correspondem lei dos quanta de energia e aos princpios da mecnica ondulatria, que lhes imprimem freqncia e cor peculiares. Essas foras, em constantes movimentos sincrnicos ou estado de agitao pelos impulsos da vontade, estabelecem para cada pessoa uma onda mental prpria. A aura revela os diversos estados da conscincia, mostrando ainda, as condies de sade, estado de esprito e carter das pessoas. Atravs da aura somos vistos e avaliados pela espiritualidade superior, que conhece nossas necessidades, podendo nos ajudar, principalmente com o concurso da fluidoterapia. (Apostila sobre o passe, pag 6, 2003 Federao Esprita Pernambucana) FUNDAMENTO - CARIDADE O verdadeiro esprita jamais deixar de fazer o bem. Lenir coraes aflitos, consolar, acalmar desesperos, operar reformas morais, essa sua misso. nisso tambm que encontrar satisfao real. (Allan Kardec in LM, cap. 3, item 30) FUNDAMENTO FISIOLOGIA ESPIRITUAL 3

O homem , portanto, formado de trs partes essenciais: 1 o corpo ou ser material, anlogo ao dos animais e animado pelo mesmo princpio vital; 2 a alma, Esprito encarnado que tem no corpo a sua habitao; 3 o princpio intermedirio, ou perisprito, substncia semimaterial que serve de primeiro envoltrio ao Esprito e liga a alma ao corpo. Tal, num fruto, o grmen, o perisperma e a casca. (Allan Kardec in LE, Q 135) FUNDAMENTO FLUIDO MAGNTICO De que natureza o agente que se chama fluido magntico? Fluido vital, eletricidade animalizada, que so modificaes do fluido universal. (Allan Kardec in LE, Q 427) FUNDAMENTO FLUIDO VITAL Por meio de cuidados dispensados a tempo, podem reatar-se laos prestes a se desfazerem e restituir-se vida um ser que definitivamente morreria se no fosse socorrido? Sem dvida e todos os dias tendes a prova disso. O magnetismo, em tais casos, constitui, muitas vezes, poderoso meio de ao, porque restitui ao corpo o fluido vital que lhe falta para manter o funcionamento dos rgos. (Allan Kardec in LE, Q 424) O fluido vital se transmite de um indivduo a outro. Aquele que o tiver em maior poro pode d-lo a um que o tenha de menos e em certos casos prolongar a vida prestes a extinguir-se. (Allan Kardec in LE, Q 70) FUNDAMENTO - PERISPRITO PERISPRITO Muito embora tenhamos tratado do perisprito no estudo dos fluidos e suas modificaes, como acima descrito, convm realar, para sua importncia conceitual: o decalque ideal do corpo, a rede fludica estvel atravs da qual passa a torrente de matria flutuante, que a cada instante destri e reconstri todo o organismo... (a reencarnao Delanne); o princpio intermedirio entre a matria e o Esprito cuja finalidade trplice: - manter indestrutvel e intacta a individualidade; - servir de substrato ao corpo fsico, durante a reencarnao e constituir o lao de unio entre o Esprito e o corpo fsico para transmisso das sensaes de um e das ordens do outro.(Cincia e Espiritualidade Freire); o perisprito o veculo das nossas emoes. O Esprito pensa, o perisprito transmite e corpo fsico executa. (Dilogo com as Sombras Miranda). O perisprito o intermedirio entre o Esprito e o corpo rgo de transmisso de todas as sensaes. Para aquelas que vm do exterior, pode se dizer que o corpo exerce a impresso; o perisprito transmite e o Esprito, o ser sensvel e inteligente, recebe; quando o ato parte da iniciativa do Esprito pode-se dizer que o Esprito quer, que o perisprito transmite e o corpo executa. (Obras Pstumas - Kardec). ...envolvendo o germe de um fruto, h o perisperma, do mesmo modo, uma substncia que, por comparao, se pode chamar perisprito, que serve de envoltrio ao Esprito propriamente dito. (livro dos Espritos Kardec) Gabriel Delanne na obra A Evoluo Anmica, nos esclarece sobremaneira, quando escreve a indestrutibilidade e a estabilidade constitucional do perisprito fazem dele o conservador das formas orgnicas; graas a ele compreendemos que os tecidos possam renovar-se, ocupando os novos, o lugar dos antigos, e da a manuteno da forma fsica tanto interna como externa. O perisprito qual laboratrio onde se processam mil trabalhos simultneos, e assim compreende-se que 4

deve existir uma alma para pr em ordem as emoes que lhe chegam a todo o momento. (A Evoluo Anmica Delanne). O perisprito do Esprito encarnado se mantm o mesmo na desencarnao, inclusive com suas propriedades de imponderabilidade, penetrabilidade e tangibilidade. Podemos perceber com clareza que a ao fludica do passe est intimamente ligada constituio do doador e do receptor. (Apostila sobre o passe, pag 5,.2003 Federao Esprita Pernambucana) FUNDAMENTO CENTROS DE FORA O nosso centro coronrio, que a porta que se abre para o cosmo, a esponja que absorve o influxo de energia e o distribui para o centro cerebral, para o centro larngeo, e, respectivamente, para outros centros que se distribuem com maior ou menor intensidade, atravs do corpo. Sabemos que tais energias, antes de atingir o corpo fsico, abrigam-se no corpo espiritual. Do mesmo modo como se tivssemos uma grande cisterna de gua abastecendo uma cidade, tendo em cada residncia a nossa particular, verificamos no organismo a grande cisterna que absorve as energias de maior vulto, que o citado centro coronrio, e as pequenas cisternas que vo atendendo s outras regies: o centro cerebral atendendo s funes intelectivas do homem, acionando as funes da mente; o centro larngeo responsvel pela respirao, pela fala e todas as funes importantes do aparelho fonador; temos o centro cardaco que est ativando as emoes, as emisses do sentimento do homem, atuando sobre o msculo cardaco. Conhecemos o centro gstrico responsvel pela digesto energtica e naturalmente achamos a, no campo da mediunidade, uma contribuio muito grande, porque os mdiuns invigilantes ou que esto nas lides sem o devido policiamento, sem as devidas defesas, quando entram em contato com atormentados, sentem as tradicionais nuseas, absorvendo energias que os alimentam de maneira negativa e provocam mal-estares de repercusso no soma, no corpo fsico; a dor de cabea, to comum aos mdiuns, so energias atingindo o centro cerebral. Lembramos, ainda, o centro esplnico, responsvel pela filtragem de energia, atuando sobre o bao, do mesmo modo que este responsvel pelo armazenamento do sangue, pela filtragem; e, achamos o centro bsico ou gensico, por onde absorvemos a energia provinda dos minerais, do solo, o chamado pelos jogues de kundalini ou fogo serpentino. Esses centros espalhados so tidos como os mais importantes, mas, ao longo do corpo, temos vrios outros centros por onde as energias penetram ou por onde elas so emitidas. Dessa forma, os centros de fora so distribuidores de energia ao longo do corpo psicossomtico que tm a funo de atender ao corpo somtico. Identificamos a correspondncia das veias, das artrias e dos vasos no corpo fsico com as linhas de fora do corpo perispiritual. Eis porque, quando recebemos o passe, imediatamente, sentimos bem-estar, nos sentimos envolvidos numa onda de leveza que normalmente provoca-nos emoo. Porque as energias penetram o centro coronrio e so distribudas por essas linhas de fora, semelhana de qualquer medicamento, elas vo atingir as reas carentes. Se estivermos com uma problemtica cardaca, por exemplo, no haver necessidade de aplicarmos as energias sobre o msculo cardaco, porque em penetrando nossa intimidade energtica, aquele centro lesado vai absorver a quantidade, a parcela de recursos fludicos de que necessita. Do mesmo modo, se temos uma dor na ponta do p e tomamos um analgsico, que vai para o estmago, a dor na ponta do p logo passa. Ento, o nosso cosmo energtico est, como diz a Doutrina Esprita, ligado clula por clula ao nosso corpo somtico. Por isso, os centros de fora do perisprito tm seus correspondentes materiais nos plexos do corpo carnal, ou, diramos de melhor maneira, os plexos do corpo carnal so representantes materiais, so a expresso materializada dos fulcros energticos ou dos centros de fora, ou, ainda, dos centros vitais do nosso perisprito. (Raul Teixeira in Diretrizes de Segurana, cap 28) 5

FUNDAMENTO - FLUIDOS NOES ELEMENTARES SOBRE OS FLUIDOS Para bom entendimento do passe desde sua conceituao at sua aplicao, indispensvel se ter conhecimento sobre os fluidos e suas influncias no mundo material e espiritual. O Fluido Csmico Universal FCU o que podemos considerar o substrato original, que atravs de modificaes constitui os vrios e inumerveis corpos da natureza. Seu estado primitivo o de imponderabilidade e de eteridade. Eterizado, o FCU sofre vrias modificaes, cada uma com caractersticas prprias e determinam as funes especficas diferentes que do lugar aos fenmenos particulares no mundo invisvel. A caracterstica mais marcante do FCU o grau de pureza absoluta. Porm, quando transformado em matria tangvel e em fluidos mais prximos da materialidade so menos puros e compem o que se pode chamar atmosfera espiritual terrestre, onde seres encarnados e desencadernados suprem-se de elementos necessrios sua existncia. do FCU que provm o perisprito ou corpo fludico csmico que a condensao dele em torno da alma. Os Espritos haurem o seu perisprito no meio onde se encontram, quer dizer que este envoltrio formado de fluidos ambientes, disso resultando que os elementos constitutivos do perisprito devem variar segundo os mundos. (A Gnese) O fluido para as necessidades do Esprito o que a atmosfera para as necessidades dos encarnados. Portanto compreendemos como os Espritos podem manipul-los com a ajuda do pensamento e da vontade. Os fluidos so meios bastantes prprios para veicularem os pensamentos, da uma alma consegue ler uma outra como se fora a leitura de um livro. Os Espritos podendo propagar, atravs dos fluidos, um pensamento, conseguem, igualmente interagir com outro Esprito e influenci-lo. E essa ao direta no perisprito. uma comunicao de perisprito a perisprito. Inferimos ser possvel a um Esprito com pensamentos malsos exercer sua ao nefasta sobre outros, surgindo ento a possibilidade dos processos obsessivos, o que se daria atravs de sintonia vibratria, a lei das afinidades. Mas o que facilita a idia do mal, pode tambm funcionar na recuperao da sade espiritual, atravs da ao da prece e do passe, recriando-se o ambiente vibratrio positivo e equilibrado atravs de ao associada reforma ntima. de considerar ademais, que do FCU, atravs de suas modificaes, que se origina o princpio vital, responsvel pela vitalidade dos seres vivos e extinguindo-se com a morte ou desencarnao. (Apostila sobre o passe, pag 4, 2003 Federao Esprita Pernambucana) FUNDAMENTO ATIVIDADES BSICAS DO CENTRO ESPRITA Realizar atividades de Atendimento Espiritual no Centro Esprita para as pessoas que procuram esclarecimento, orientao, ajuda e assistncia espiritual e moral, abrangendo as atividades de: recepo, atendimento fraterno, explanao do Evangelho luz da Doutrina Esprita, passe e magnetizao de gua, irradiao e Evangelho no lar; (CFN/ FEB in Orientao ao Centro Esprita) III Atendimento Espiritual no Centro Esprita D ATIVIDADE DE ATENDIMENTO PELO PASSE CONCEITO O Passe, luz da Doutrina Esprita, uma transmisso de energias fludicas de uma pessoa conhecida como mdium passista para a outra pessoa que as recebe, em clima de prece, com a assistncia dos Espritos Superiores. FINALIDADE O Atendimento pelo Passe visa a oferecer aos que necessitam e desejam receber os fluidos de reequilbrio e de paz oferecidos pelos Benfeitores espirituais por intermdio dos colaboradores encarnados, de 6

maneira simples, organizada e com um planejamento previamente estabelecido. (CFN/ FEB in Orientao ao Centro Esprita, 2007) FUNDAMENTO PASSE ESPIRITUAL O passe espiritual se verifica toda vez que vamos atuar junto a algum que apresenta distrbios de ordem medinica, perturbaes espirituais. Quando utilizamos a tcnica da aplicao longitudinal, h um intercmbio magntico e, simultaneamente, medianmico, porque estamos sob a ao dos Bons Espritos. Se sintonizamos com os mentores, conveniente-mente, so eles que distribuem as nossas energias, eliminando o fluido deletrio que reveste o enfermo e conseguindo envolv-lo com energia salutar, a fim de que, nesse nterim, o seu organismo realize o trabalho de defend-lo do mal, e do esprito encarnado do mdium, em equilbrio, se encarregue de manter esse estado de sade. Caso o paciente no se resolva sintonizar com os Benfeitores, ser-lhe- incua toda e qualquer interferncia de outrem. (Divaldo P Franco in Diretrizes de Segurana, cap 70) MDIUM PASSISTA - MAGNETISMO ESPIRITUAL PURO Tnhamos ocultado a morte do Sr. Demeure Sra. G..., mdium vidente e sonmbula muito lcida, para poupar sua extrema sensibilidade. E o bom doutor (Demeure), percebendo nosso ponto de vista, sem dvida tinha evitado manifestar-se a ela. A 10 de fevereiro ltimo, estvamos reunidos a convite de nossos guias que, diziam eles, queriam aliviar a Sra. G... de uma entorse de que sofria cruelmente desde a vspera. No sabamos mais que isto (...). Apenas cada em sonambulismo, a dama soltou gritos lancinantes, mostrando o p. Eis o que se passava: A Sra. G... via um Esprito curvado sobre sua perna, mas as suas feies ficavam ocultas; operava frices e massagens, fazendo de vez em quando uma frico longitudinal sobre a parte doente, absolutamente como teria feito um mdico. A operao era to dolorosa que a paciente por vezes vociferava e fazia movimentos desordenados. Mas a crise no teve longa durao; ao cabo de dez minutos todo o trao de entorse havia desaparecido; no mais inflamao, o p tinha tomado sua aparncia normal; a Sra. G... estava curada. ( ) A cura referida acima um exemplo da ao do magnetismo espiritual puro, sem qualquer mistura do magnetismo humano. (Allan Kardec in Revista Esprita, abr/ 1865: Poder curativo do magnetismo espiritual) O PASSE Os passes individuais so muito aplicados nas prticas espritas por uns e outros mas, segundo julgamos, no so indispensveis, nem condio essencial de cura psquica ou desenvolvimento medinico. Todavia so um agente poderoso; auxiliam as curas, reconfortam e atenuam grande nmero de sofrimentos. Muitos j devem ter notado que os passes so dados de forma arbitrria, variando de indivduo para indivduo, com gestos e processos de cunho eminentemente pessoal. Tanto encarnados como desencarnados cada um d passe conforme entende, no havendo para sua aplicao leis rgidas ou processos uniformes. Isso realmente no importa porque o passe, em si mesmo, nada mais que uma transmisso de energia fludica e, desde que essa transmisso se realize, o modo de operar se torna secundrio. Disso decorre que toda exterioridade, toda encenao de que se revestir a aplicao deve ser banida como intil. Uma simples imposio de mos muitas vezes basta para se obter o efeito desejado, porque esse efeito no reside no gesto, na mecnica da aplicao, mas no desejo sincero que tem o operador de aliviar o sofrimento do doente. Uma prece, portanto, vale mais que um passe, mesmo porque: toda boa ddiva e dom perfeito vm do Alto. Havendo, pois, confiana e f e o desejo evanglico de exercer a caridade, tudo possvel. (Edgard Armond in Mediunidade.) O PASSE APLICADOR a) O passe magntico agora entendido como o que aplicado segundo as tcnicas do magnetismo, no 7

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b) O passe espiritual, conforme seu entendimento nesta situao sugere, aquele onde o passista utiliza, como tcnica, apenas a prece, a irradiao (a distncia) ou, no mximo, a imposio de mos, sem movimentos e sobre a cabea ou fronte do paciente. Este seria aquele caso em que o mdium passista no necessitaria ter tantos conhecimentos de tcnicas pois sua ao seria essencialmente mental. c) O passe misto aqui entendido como o que faz a utilizao conjugada da prece com imposio de mos, seguido do uso de outras tcnicas, ou ento a aplicao de um passe com tcnicas variadas aps uma radiao (que um passe espiritual, segundo a tcnica). Para reforo do entendimento. diramos que tal passe aquele onde se utiliza a disperso fludica antes e/ou aps a imposio de mos, intercalada por tcnicas outras. (Jacob Melo in O Passe, cap 4, item 2.3) O PASSE CAUSA DA ENFERMIDADE a) O passe magntico, neste enfoque, aquele cujo alcance objetiva o atendimento de problemas orgnicos, fsicos e/ou perispirituais, a se incluindo aqueles passes praticados pelos Espritos diretamente em desencarnados com o fim de recuperar deficincias ou limitaes fsicas naqueles. b) O passe espiritual aqui assume a feio daquele destinado ao atendimento de problemas de ordem espiritual, principalmente dos cujas matrizes so os processos obsessivos ou decorrentes de desvios morais. Para exemplificar, este passe aplicado pelos mdiuns nas reunies de desobsesso, assim como pelos Espritos. c) O passe misto, a exemplo do seu homnimo anterior, j nos sugere ser aquele onde o tratamento visa no uma mas todas as partes do ser, ou seja: corpo, perisprito e esprito. Obviamente os fluidos aqui manipulados atuaro no apenas a nvel perispiritual, mas atingiro as prprias clulas do corpo e alcanaro igualmente a intimidade do Esprito, ainda que por via perispiritual. (Jacob Melo in O Passe, cap 4 item 2.2) O PASSE ORIGEM DO FLUIDO A ao magntica pode produzir-se de muitas maneiras: 1) pelo prprio fluido do magnetizador; o magnetismo propriamente dito, ou magnetismo humano, cuja ao se acha adstrita a fora e, sobretudo, qualidade do fluido; 2) pelo fluido dos Espritos, atuando diretamente e sem intermedirio sobre um encarnado, seja para o curar ou acalmar um sofrimento, seja para provocar o sono sonamblico espontneo, seja para exercer sobre o individuo uma influncia fsica ou moral qualquer. o magnetismo espiritual, cuja qualidade est na razo direta das qualidades do Esprito; 3) pelos fluidos que os Espritos derramam sobre o magnetizador, que serve de veculo para esse derramamento. o magnetismo misto, semi-espiritual, ou, se o preferirem, humano-espiritual. Combinando com o fluido humano, o fluido espiritual lhe imprime qualidades que ele carece (...) (Allan Kardec in GE, cap 14, item 33) MECANISMO A PRECE O Espiritismo torna compreensvel a ao da prece, explicando o modo de transmisso do pensamento, quer no caso em que o ser a quem oramos acuda ao nosso apelo, quer no em que apenas lhe chegue o nosso pensamento. Para apreendermos o que ocorre em tal circunstncia, precisamos conceber mergulhados no fluido universal, que ocupa o espao, todos os seres, encarnados e desencarnados, tal qual nos achamos, neste mundo, dentro da atmosfera. Esse fluido recebe da vontade uma impulso; ele o veculo do pensamento, como o ar o do som, com a diferena de que as vibraes do ar so circunscritas, ao passo que as do fluido universal se estendem ao infinito. Dirigido, pois, o pensamento para um ser qualquer, na Terra ou no espao, de encarnado para desencarnado, ou vice-versa, uma corrente fludica se estabelece entre um e outro, transmitindo de um ao outro o pensamento, como o ar transmite o som. A energia da corrente guarda proporo com a do pensamento e da vontade. assim que os Espritos ouvem a prece que 8

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si, que nos transmitem suas inspiraes, que relaes se estabelecem a distncia entre encarnados. (Allan Kardec in ESE, cap 27, item 10) MECANISMO IMPOSIO DE MOS "A vontade foi, freqentemente, mal compreendida; em geral aquele que magnetiza no pensa seno em desdobrar sua fora fludica, seno em derramar seu prprio fluido sobre o paciente submetido a seus cuidados, sem se ocupar se h ou no uma Providncia que nisso se interessa tanto e mais do que ele; agindo s, no pode obter seno o que sua nica fora pode produzir; ao passo que nossos mdiuns curadores comeam por elevar sua alma a Deus, e para reconhecer que, por eles mesmos, no podem nada; fazem, por isso mesmo, um ato de humildade, de abnegao; ento, confessando-se muito fracos por si mesmos, Deus, em sua solicitude, lhes envia poderosos recursos que no pode obter o primeiro, uma vez que se julga suficiente para a obra empreendida. Deus recompensa sempre a humildade sincera elevando-a, ao passo que rebaixa o orgulho. Esse recurso que envia, so os bons Espritos que vm penetrar o mdium de seu fluido benfazejo, que este transmite ao enfermo. Tambm por isso que o magnetismo empregado pelos mdiuns curadores to poderoso e produz essas curas qualificadas de miraculosas, e que so devidas simplesmente natureza do fluido derramado sobre o mdium; ao passo que o magnetizador comum se esgota, freqentemente, em vo, em fazer passes, o mdium curador infiltra um fluido regenerador pela nica imposio das mos, graas ao concurso dos bons Espritos; mas esse concurso no concedido seno f sincera e pureza de inteno." MESMER (Mdium, Sr. Albert). (Allan Kardec in Revista Esprita, 1864: Mdiuns curadores) MDIUM CURADOR Tanto quanto do Esprito errante, a vontade igualmente atributo do Esprito encarnado; da o poder do magnetizador, poder que se sabe estar na razo direta da fora de vontade. Podendo o Esprito encarnado atuar sobre a matria elementar, pode do mesmo modo mudar-lhe as propriedades, dentro de certos limites. Assim se explica a faculdade de cura pelo contacto e pela imposio das mos, faculdade que algumas pessoas possuem em grau mais ou menos elevado. (Allan Kardec in LM, cap VIII, item 131) O mdium curador transmite o fluido salutar dos bons Espritos (...). (Allan Kardec in ESE, Cap 26, item 10) Mdiuns curadores Consiste a mediunidade desta espcie na faculdade que certas pessoas possuem de curar pelo simples contacto, pela imposio das mos, pelo olhar, por um gesto, mesmo sem o concurso de qualquer medicamento. Semelhante faculdade incontestavelmente tem o seu princpio na fora magntica; difere desta, entretanto, pela energia e instantaneidade da ao ao passo que as curas magnticas exigem um tratamento metdico, mais ou menos longo. Todos os magnetizadores so mais ou menos aptos a curar, se sabem proceder convenientemente; dispem da cincia que adquiriram. Nos mdiuns curadores, a faculdade espontnea e alguns a possuem sem nunca ter ouvido falar de magnetismo. A faculdade de curar pela imposio das mos deriva evidentemente de uma fora excepcional de expanso, mas diversas causas concorrem para aument-la, entre as quais so de colocar-se, na primeira linha: a pureza dos sentimentos, o desinteresse, a benevolncia, o desejo ardente de proporcionar alvio, a prece fervorosa e a confiana em Deus; numa palavra: todas as qualidades morais. A fora magntica puramente orgnica; pode, como a fora muscular, ser partilha de toda gente, mesmo do homem perverso; mas, s o homem de bem se serve dela exclusivamente para o bem, sem idias ocultas de interesse pessoal, nem de satisfao de orgulho ou de vaidade. Mais depurado, o seu fluido possui propriedades benfazejas e reparadoras, que no pode ter o do homem vicioso ou interesseiro. Todo efeito medinico, como j foi dito, resulta da combinao dos fluidos que emitem um Esprito e um mdium. Pela sua conjugao esses fluidos adquirem propriedades novas, que separadamente no teriam, ou, pelo menos, no teriam no mesmo grau. A prece, que uma verdadeira evocao, atrai os bons Espritos sempre solcitos em secundar os esforos do homem bem-intencionado; o fluido benfico dos 9

primeiros se casa facilmente com o do segundo, ao passo que o do homem vicioso se junta ao dos maus Espritos que o cercam. O homem de bem, que no dispusesse da fora fludica, pouca coisa conseguiria fazer por si mesmo, s lhe restando apelar para a assistncia dos Espritos bons, pois quase nula seria a sua ao pessoal; uma grande fora fludica, aliada maior soma possvel de qualidades morais, pode operar, em matria de curas, verdadeiros prodgios. A ao fludica, ao demais, poderosamente secundada pela confiana do doente, e Deus quase sempre lhe recompensa a f, concedendo-lhe o bom xito. (Allan Kardec in OP, Manifestao dos espritos, item 52 e 53 - ver tambm LM, cap XIV, item 175 e 176) 556. Tm algumas pessoas, verdadeiramente, o poder de curar pelo simples contato? A fora magntica pode chegar at a, quando secundada pela pureza dos sentimentos e por um ardente desejo de fazer o bem, porque ento os bons Espritos lhe vm em auxlio. Cumpre, porm, desconfiar da maneira pela qual contam as coisas pessoas muito crdulas e muito entusiastas, sempre dispostas a considerar maravilhoso o que h de mais simples e mais natural. Importa desconfiar tambm das narrativas interesseiras, que costumam fazer os que exploram, em seu proveito, a credulidade alheia. (Allan Kardec in LE, Q. 556) Mdiuns curadores: os que tm o poder de curar ou de aliviar o doente, pela s imposio das mos, ou pela prece. Esta faculdade no essencialmente medinica; possuem-na todos os verdadeiros crentes, sejam mdiuns ou no. As mais das vezes, apenas uma exaltao do poder magntico, fortalecido, se necessrio, pelo concurso de bons Espritos. (Allan Kardec in LM, cap XVI, item 189) MDIUM PASSISTA (...) Conforme o estado de vossa alma e as aptides do vosso organismo, podeis, se Deus vo-lo permitir, tanto curar as dores fsicas quanto os sofrimentos morais, ou ambos. Duvidais de ser capaz de fazer uma ou outra coisa, porque conheceis as vossas imperfeies. Mas Deus no pede a perfeio, a pureza absoluta dos homens da terra. A esse ttulo, ningum entre vs seria digno de ser mdium curador. Deus pede que vos melhoreis, que faais esforos constantes para vos purificar e vos leva em conta a vossa boa vontade. (...) Melhorai-vos pela prece, pelo amor do Senhor, de vossos irmos e no duvideis que o TodoPoderoso no vos d as ocasies freqentes de exercer vossa faculdade medinica. (...) At l orai, progredi pela caridade moral, pela influncia do exemplo (...) (Allan Kardec in Revista Esprita, out/ 1867: Dissertaes Espritas; Abade Prncipe de Hohenlohe) Se a mediunidade curadora pura privilgio das almas de escol, a possibilidade de suavizar certos sofrimentos, mesmo de os curar, ainda que no instantaneamente, umas tantas molstias, a todos dada, sem que haja necessidade de ser magnetizador. O conhecimento dos processos magnticos til em casos complicados, mas no indispensvel (Allan Kardec in Revista Esprita, set/ 1865: Da Mediunidade Curadora) MDIUM PASSISTA AUXLIO DOS ESPRITOS 1 - Podem considerar-se as pessoas dotadas de fora magntica como formando uma variedade de mdiuns? No h que duvidar. ...... 3 H, entretanto, bons magnetizadores que no crem nos Espritos? Pensas ento que os Espritos s atuam nos que crem neles? Os que magnetizam para o bem so auxiliados por bons Espritos. Todo homem que nutre o desejo do bem os chama, sem dar por isso (...) 10

....... (Allan Kardec in LM, cap 14, item 176) MDIUM PASSISTA PODER CURATIVO DO MAGNETISMO ESPIRITUAL (...) o mdium (curador) tem uma ao mais poderosa sobre certos indivduos do que sobre outros, e no cura todas as doenas. Compreende-se que assim deva ser, quando se conhece o papel capital que representam as afinidades fludicas em todos os fenmenos de mediunidade. Algumas pessoas mesmo s gozam acidentalmente e para um determinado caso. Seria, pois, um erro crer que, por isso que se obteve uma cura, mesmo difcil, podem ser obtidas todas, pela razo que o fluido prprio de certas doenas refratrio ao fluido do mdium; a cura tanto mais difcil quanto a assimilao dos fluidos se opera naturalmente. Assim, surpreendente que algumas pessoas frgeis e delicadas exeram uma ao poderosa sobre indivduos fortes e robustos. Ento que essas pessoas podem ser bons condutores do fluido espiritual, ao passo que homens vigorosos podem ser maus condutores. Tm seu fluido pessoal, fluido humano, que jamais tem a pureza e o poder reparador do fluido depurado dos bons Espritos. (Allan Kardec in Revista Esprita, abr/ 1865: Poder curativo do magnetismo espiritual) O PASSE - EMMANUEL PASSES E rogava-lhe muito, dizendo: Minha filha est moribunda; rogo-te que venhas e lhe imponhas as mos para que sare, e viva. (MARCOS, cap. 5, vers. 23) Jesus impunha as mos nos enfermos e transmitia-lhes os bens da sade. Seu amoroso poder conhecia os menores desequilbrios da Natureza e os recursos para restaurar a harmonia indispensvel. Nenhum ato do Divino Mestre destitudo de significao. Reconhecendo essa verdade, os apstolos passaram a impor as mos fraternas em nome do Senhor e tornavam-se instrumentos da Divina Misericrdia. Atualmente, no Cristianismo redivivo, temos, de novo, o movimento socorrista do plano invisvel, atravs da imposio das mos. Os passes, como transfuses de foras psquicas, em que preciosas energias espirituais fluem dos mensageiros do Cristo para os doadores e beneficirios, representam a continuidade do esforo do Mestre para atenuar os sofrimentos do mundo. Seria audcia por parte dos discpulos novos a expectativa de resultados to sublimes quanto os obtidos por Jesus junto aos paralticos, perturbados e agonizantes. O Mestre sabe, enquanto ns outros estamos aprendendo a conhecer. necessrio, contudo, no desprezarlhe a lio, continuando, por nossa vez, a obra de amor, atravs das mos fraternas. Onde exista sincera atitude mental do bem, pode estender-se o servio providencial de Jesus. No importa a frmula exterior. Cumpre-nos reconhecer que o bem pode e deve ser ministrado em seu nome. (Livro Caminho Verdade e VidaFrancisco Candido Xavier Emmanuel, n. 153 ) O PASSE - MEDIUNIDADE CURADORA A mediunidade coisa santa, que deve ser praticada santamente, religiosamente. Se h um gnero de mediunidade que requeira essa condio de modo ainda mais absoluto a mediunidade curadora. (Allan Kardec in ESE cap 26, item 10) Consiste (a mediunidade de cura), principalmente, no dom que possuem certas pessoas de curar pelo simples toque, pelo olhar, mesmo por um gesto, sem o concurso de qualquer medicao. (Allan Kardec in LM cap 14 item 175) muito comum a faculdade de curar pela influncia fludica e pode desenvolver-se por meio do exerccio; mas, a de curar instantaneamente, pela imposio das mos, essa mais rara e o seu grau mximo se deve considerar excepcional. 11

(Allan Kardec in GE, cap 14, item 34) 1. Os mdiuns que obtm as indicaes de remdios da parte dos Espritos no so o que se chama mdiuns curadores, porque no curam por si mesmos; so simples mdiuns escreventes que tm uma aptido mais especial do que outros para esse gnero de comunicaes, e que, por essa razo, podem se chamar mdiuns consultantes, como outros so mdiuns poetas ou desenhistas. A mediunidade curadora se exerce pela ao direta do mdium sobre o doente, com a ajuda de uma espcie de magnetizao de fato ou de pensamento. (Allan Kardec in Revista Esprita, Set/ 1865: Da mediunidade curadora) Quem diz mdium diz intermedirio. H esta diferena entre o magnetizador e o mdium curador, que o primeiro magnetiza com o seu fluido pessoal, e o segundo com o fluido dos Espritos, ao qual serve de condutor. O magnetismo produzido pelo fluido do homem o magnetismo humano; aquele que provm do fluido dos Espritos o magnetismo espiritual. (Allan Kardec in Revista Esprita, Set/ 1865: Da mediunidade curadora) O fluido humano sempre mais ou menos impregnado das impurezas fsicas e morais do encarnado; o dos bons Espritos necessariamente mais puro e, por isto mesmo, tem propriedades mais ativas que levam a uma cura mais rpida. Mas, passando por intermdio do encarnado, pode-se alterar como uma gua lmpida passando por um vaso impuro, como todo remdio se altera se permanece em um vaso imprprio, e perde em parte suas propriedades benfazejas. Da, para todo verdadeiro mdium curador, a necessidade absoluta de trabalhar em sua depurao, quer dizer, em sua melhoria moral, segundo este princpio vulgar: limpai o vaso antes de vos servir dele, se quereis ter alguma coisa de bom. S isto basta para mostrar que o primeiro que chega no poderia ser mdium curador, na verdadeira acepo da palavra. (Allan Kardec in Revista Esprita, Set/ 1865: Da mediunidade curadora) O fluido espiritual tanto mais depurado e benfazejo quanto o Esprito que o fornece , ele mesmo, mais puro e mais desligado da matria. Concebe-se que o dos Espritos inferiores deve se aproximar do homem e pode ter propriedades malfazejas, se o Esprito for impuro e animado de ms intenes. Pela mesma razo, as qualidades do fluido humano apresenta nuanas infinitas segundo as qualidades fsicas e morais do indivduo; evidente que o fluido saindo de um corpo malso pode inocular princpios mrbidos no magnetizado. As qualidades morais do magnetizador, quer dizer, a pureza de inteno e de sentimento, o desejo ardente e desinteressado de aliviar seu semelhante, unido sade do corpo, do ao fluido um poder reparador que pode, em certos indivduos se aproximar das qualidades do fluido espiritual. (Allan Kardec in Revista Esprita, Set/ 1865: Da mediunidade curadora) O fluido humano sendo menos ativo, exige uma magnetizao prolongada e um verdadeiro tratamento, s vezes, muito longo; o magnetizador, dispensando seu prprio fluido, se esgota e se fatiga, porque de seu prprio elemento vital que ele d; porque deve, de tempos em tempos recuperar suas foras. O fluido espiritual, mais poderoso em razo de sua pureza, produz efeitos mais rpidos e, freqentemente, quase instantneos. Esse fluido no sendo o do magnetizador, disto resulta que a fadiga quase nula. (Allan Kardec in Revista Esprita, Set/ 1865: Da mediunidade curadora) O Esprito pode agir diretamente, sem intermedirio, sobre um indivduo, assim como se pde constatar em muitas ocasies, seja para alivi-lo, cur-lo se isto se pode, ou para produzir o sono sonamblico. Quando se age por intermedirio, o caso da mediunidade curadora. (Allan Kardec in Revista Esprita, Set/ 1865: Da mediunidade curadora) A mediunidade curadora pura sendo, pois, uma exceo neste mundo, disso resulta que h quase sempre ao simultnea do fluido espiritual e do fluido humano; quer dizer, que os mdiuns curadores so todos mais ou menos magnetizadores, por isso que agem segundo os procedimentos magnticos; a diferena est na predominncia de um ou de outro fluido, e na maior ou na menor rapidez da cura. Todo magnetizador pode se tornar mdium curador, se sabe se fazer assistir pelos bons Espritos; neste caso os Espritos lhe vm em ajuda, derramando sobre ele seu prprio fluido que pode decuplicar ou centuplicar a ao do fluido puramente humano. (Allan Kardec in Revista Esprita, Set/ 1865: Da mediunidade curadora) 12

A prece, que um pensamento, quando fervorosa, ardente, feita com f, produz o efeito de uma magnetizao, no s chamando o concurso dos bons Espritos, mas em dirigindo sobre o doente uma corrente fludica salutar. Chamamos a esse respeito a ateno sobre as preces contidas em O Evangelho Segundo o Espiritismo, para os doentes ou os obsidiados. (Allan Kardec in Revista Esprita, Set/ 1865: Da mediunidade curadora) A mediunidade curadora uma aptido, como todos os gneros de mediunidade, inerente ao indivduo, mas o resultado efetivo dessa aptido independente de sua vontade. Ela se desenvolve, incontestavelmente, pelo exerccio, e sobretudo pela prtica do bem e da caridade; mas como ela no poderia ter a constncia, nem a pontualidade de um talento adquirido pelo estudo, e do qual se sempre senhor, no poderia tornarse uma profisso. Seria, pois, abusivamente que uma pessoa se ostentasse diante do pblico como mdium curador. Estas reflexes no se aplicam aos magnetizadores, porque a fora est neles, e so livres para dela dispor. (Allan Kardec in Revista Esprita, Set/ 1865: Da mediunidade curadora) FUNDAMENTO ESGOTAMENTO FLUDICO Quando aplicamos passes, antes de atirarmos as energias sobre o paciente, nos movimentos ritmados das mos, ficamos envolvidos por essas energias, por essas vibraes que nos chegam dos Amigos Espirituais envolvidos nessa atividade, o que indica que, antes de atendermos aos outros, somos ns, a princpio, beneficiados e auxiliados para que possamos auxiliar, por nossa vez. (Raul Teixeira in Diretrizes de Segurana, cap 80) MDIUM PASSISTA - Todos, com maior ou menor intensidade, podero prestar concurso fraterno (no passe), nesse sentido, porquanto, revelada a disposio fiel de cooperador a servio do prximo, (...) as autoridades de nosso meio designam entidades sbias e benevolentes que orientam, indiretamente, o nefito, utilizando-lhe a boa vontade e enriquecendo-lhe o prprio valor. So muito raros, porm, os companheiros que demonstram a vocao de servir espontaneamente. Muitos, no obstante bondosos e sinceros nas suas convices, aguardam a mediunidade curadora, como se ela fosse um acontecimento miraculoso em suas vidas e no um servio do bem, que pede do candidato o esforo laborioso do comeo. (Andr Luiz/ Alexandre in Missionrios da Luz, cap 19) Se o mdium,do ponto de vista da execuo, no passa de um instrumento, exerce, todavia, influncia muito grande, sob o aspecto moral. (...) A alma exerce sobre o Esprito livre uma espcie de atrao, ou de repulso, conforme o grau da semelhana existente entre eles. (...) As qualidades que, de preferncia, atraem os bons Espritos so: a bondade, a benevolncia, a simplicidade do corao, o amor ao prximo, o desprendimento das coisas materiais. Os defeitos que os afastam so: o orgulho, o egosmo, a inveja, o cime, o dio, a cupidez, a sensualidade e todas as paixes que escravizam o homem a matria. (...) O orgulho tem perdido muitos mdiuns dotados das mais belas faculdades (...). (Allan Kardec in LM, cap 20) MDIUM PASSISTA - REQUISITOS O servidor do bem, mesmo desencarnado, no pode satisfazer em semelhante servio (do passe) se ainda no conseguiu manter um padro superior de elevao mental contnua, condio indispensvel exteriorizao das faculdades radiantes. O missionrio do auxilio magntico, na Crosta ou aqui em nossa esfera, necessita ter grande domnio sobre si mesmo, espontneo equilbrio de sentimentos, acendrado amor aos semelhantes, alta compreenso da vida, f vigorosa e profunda confiana no Poder Divino. (...) Na esfera carnal, a boa vontade sincera, em muitos casos, pode suprir essa ou aquela deficincia, o que se justifica, em virtude da assistncia prestada pelos benfeitores de nossos crculos de ao ao servidor humano, ainda incompleto no terreno das qualidades desejveis. (Andr Luiz/ Alexandre in Missionrios da Luz, cap 19) (...) Tanto maior ser a fora do magnetizador quanto mais puro for o seu corao. Quanto mais o 13

homem se elevar espiritualmente, tanto maior ser o poder de sua irradiao. (Michaelus in Magnetismo Espiritual, cap 4) Alm da humildade, deve o passista cultivar as seguintes qualidades: a) Boa vontade e f; b) Prece e mente pura; c) Elevao de sentimentos e amor. quele que mais tem, mais lhe ser dado, afirmou Jesus. (Martins Peralva in Estudando a Mediunidade, cap 26) Aspectos facilitadores: a) Pontualidade b) Confiana c) Harmonia interior d) Respeito. (Martins Peralva in Estudando a Mediunidade, cap 26) A dieta alimentar dos mdiuns dever constituir-se daquilo que lhes possa atender s necessidades sem descambar para os excessos ou tipos de alimentos que, por suas caractersticas, podero provocar implicaes digestivas, perturbando o trabalhador e, conseguintemente, os labores dos quais participe. Desse modo, torna-se vivel uma alimentao normal, evitando-se os excessivos condimentos e gorduras que, independente das atividades medinicas, prejudicam bastante o funcionamento orgnico. (Raul Teixeira in Diretrizes de Segurana, cap 84) ... Higiene A higiene, a intemperana, a medicina preventiva e a disciplina jamais devem ser esquecidas (Emmanuel). E Marco Prisco completa: Como ao recipiente se exige higiene, a fim de serem conservados inalterveis os produtos que guardam, ao mdium-passista so indispensveis os requisitos da higiene fsica, psquica e espiritual. Nada mais desagradvel que um odor pesado, um hlito forte sobre os pacientes. Higiene no sinnimo de roupa nova, mas de limpeza, zelo e cuidados pessoais. Roupas e Adereos O passista deve vestir-se coerentemente sem agredir o paciente com roupa extravagante, superdecotadas ou justas demais (dificultam os movimentos e a circulao), ou que faam propaganda de alcolicos, fumo, ou qualquer servio ou produto facilitadores de danos sade fsica, mental e espiritual. O bom senso nos indica o que vestir conforme o ambiente. Recomendamos parcimnia no uso de adereos, como pulseiras, anis e colares, pois podem provocar inconvenientes como barulho, chocalhos, dificultando a concentrao do paciente e mesmo do passista. ... (Apostila sobre o passe, pag 14 e 15, 2003 Federao Esprita Pernambucana) O estudo da constituio humana lhes naturalmente aconselhvel, tanto quanto ao aluno de enfermagem, embora no seja mdico, se recomenda a aquisio de conhecimentos do corpo em si. E do mesmo modo que esse aprendiz de rudimentos da Medicina precisa atentar para a assepsia do seu quadro de trabalho, o mdium passista necessitar vigilncia no seu campo de ao, porquanto de sua higiene espiritual resultar o reflexo benfazejo naqueles que se proponha socorrer. Eis por que se lhe pede a sustentao de hbitos nobres e atividades limpas, com a simplicidade e a humildade por alicerces (...). (Andr Luiz in Mecanismos da Mediunidade, cap 22) 14

80. Prece. (Para ser dita pelo mdium curador.) Meu Deus, se te dignas servir-te de mim, indigno como sou, poderei curar esta enfermidade, se assim o quiseres, porque em ti deposito f. Mas, sem ti, nada posso. Permite que os bons Espritos me cumulem de seus fluidos benficos, a fim de que eu os transmita a esse doente, e livra-me de toda idia de orgulho e de egosmo que lhes pudesse alterar a pureza. (Allan Kardec in ESE, Cap 28 item 80) 6. RECOMENDAES AOS PASSISTAS No tocar o beneficiado do passe. No prestar orientaes medinicas durante a aplicao do passe. No transmitir o passe em estado de psicofonia ou de transe medinico.

Evitar qualquer tipo de exibicionismo, tais como: gesticulao excessiva, rudos, respirao ofegante, bocejos e cacoetes diversos. Manter sintonia com os benfeitores espirituais para repor o gasto energtico, evitando o recebimento de passe aps a doao fludica realizada em benefcio de outrem. Manter-se num clima de vibraes elevadas por meio da prece, estudo e esforo de melhoria moral. Cuidar da nutrio e da sade de forma satisfatria.

Participar das reunies de estudo ou de esclarecimento doutrinrio que, em geral, antecedem o trabalho de passe. No aplicar passe se: faz uso de substncias txicas viciantes, de qualquer natureza (lcool, fumo, psicotrpicos etc.); se encontra em estado de desequilbrio emocional ou mental; est organicamente debilitado por doena, idade e tratamento mdico. Seguir as orientaes da Doutrina Esprita para a aplicao do passe. (apostila sobre o passe da FEB, 2004) Como porm o uso de passes muito generalizado, acrescentemos aqui mais alguns conselhos esclarecedores. 1) O mdium que se dispuser aplicao de passes materiais (categoria a) deve se esforar por adquirir e desenvolver capacidade radiante isto , capacidade de captar e irradiar fluidos reparadores, desdobrando assim, em mais profunda e ampla esfera de ao, aquela que j possuir de, por si mesmo, como magnetizador, transmitir fludo animal. 2) Essa capacidade radiante se desenvolve quando o mdium se dispe a servir desinteressadamente e se esfora por elevar-se no campo da moralidade evanglica. 3) Sade, sobriedade, vida tranquila, equilibrada e harmnica, so condies que deve manter preservandose sempre, visto que paixes, tumultos, mgoas e inquietaes, so coisas que impedem a fluio natural e espontnea das energias magnticas e curativas, atravs os condutos nervosos. 4) Absteno de lcool, fumo, entorpecentes e outros elementos txicos, como por exemplo resduos alimentares no eliminados, que envenenam os fluidos em trnsito, criam maus odores no corpo e podem ser transmitidos aos doentes. (Edgard Armond in Mediunidade) MDIUM PASSISTA IMPEDIMENTO Fatores prejudiciais: a) Mgoas excessivas e paixes; b) Alimentos inadequados e alcolicos; o) Desequilbrio nervoso e inquietude. (Martins Peralva in Estudando a Mediunidade, cap 26) 15

" ... (Andr Luiz) Guardava a idia de presenciar a digesto no de um aparelho digestivo, mas sim de um vasto alambique, cheio de pastas de carne e caldos gordurosos cheirando a vinagre em condimentao ativa" (Andr Luiz in Os Missionrios da Luz, Cap. III) Um corpo sem sade no pode transmitir aquilo que no possui; a sua irradiao seria fraca, ineficaz e mais nociva do que til, para si e para o paciente . Deve-se, entretanto, distinguir entre uma pessoa incessantemente doente (...) da que apenas atingida de uma doena local, um mal de estomago, dos rins, etc., embora de carter crnico (Michaelus in Magnetismo Espiritual, cap 7) Interdizer a participao de portadores de mediunidade em desequilbrio nas tarefas sistematizadas de assistncia medinica, ajudando-os discretamente no reajuste Um doente-mdium no pode ser um mdium-sadio. (Andr Luiz in Conduta Esprita, cap 3) Falaremos to-s das conquistas mais simples e imediatas que deve fazer (o mdium), dentro de si mesmo. Antes de tudo, necessrio equilibrar o campo das emoes. No possvel fornecer energias construtivas a algum (...) se fazemos sistemtico desperdcio das irradiaes vitais. Um sistema nervoso esgotado, oprimido, um canal que no responde pelas interrupes havidas. A mgoa excessiva, a paixo desvairada, a inquietude obsidente, constituem barreiras que impedem a passagem das energias auxiliadoras. (Andr Luiz/ Alexandre in Missionrios da Luz, cap 19) A fiscalizao dos elementos destinados aos armazns celulares indispensvel, por parte do prprio interessado em atender as tarefas do bem. O excesso de alimentao produz odores ftidos, atravs dos poros, bem como das sadas dos pulmes e do estomago, prejudicando as faculdades radiantes, porquanto provoca dejees anormais e desarmonias de vulto no aparelho gastrintestinal, interessando a intimidade das clulas. O lcool e outras substncias txicas operam distrbios nos centros nervosos, modificando certas funes psquicas e anulando os melhores esforos na transmisso de elementos regeneradores e salutares (Andr Luiz/ Alexandre in Missionrios da Luz, cap 19) O Mdium No Deve Aplicar: a) Quando no se sentir confiante b) Quando estiver nutrindo sentimentos negativos e no conseguir super-los; c) Quando tiver vcios como o uso regular de alcolicos, fumo, txicos, alimentar-se desregradamente ou usar de prticas que promovam desgastes fsicos exaustivos e desnecessrios; d) Quando estiver com o estomago muito cheio ou aps ter se alimentado de maneira pesada; e) Quando submetido a tratamento que prescreva medicamentos controlados (especialmente aqueles que agem no sistema nervoso central); f) Quando em idade avanada e com visvel esgotamento fludico ou portando deficincias orgnicas impeditivas; g) Quando se criana ou muito jovem ainda (adolescente); h) Quando se encontrar estafado fsica e/ou mentalmente: e i) O passe no deve ser aplicado a qualquer momento, indiscriminadamente, e por qualquer motivo. (Jacob Melo in O Passe, cap VII, item 1.2.2) " Alguns encarnados, como habitualmente acontece, no tomavam a srio as responsabilidades do assunto e traziam consigo emanaes txicas oriundas da nicotina, da carne e de aperitivos, alm das formas16

pensamentos menos adequados s tarefas que o grupo deveria realizar" (Andr Luiz in Nos domnios da mediunidade, cap XXVIII) MDIUM PASSISTA DISCIPLINA As conseqncias de um mdium andar daqui para ali aplicando passes so muitos graves, porque ele no pode pretender estar armado de defesas para se acautelar das influncias que o aguardam em lugares onde a palavra superior no ventilada, onde as regras de moral no so preservadas, e onde o bom comportamento no mantido. (Divaldo P Franco in Diretrizes de Segurana, cap 7, questo 81) Como agir com as pessoas que nos procuram nas horas imprprias? Devemos atender a todos a qualquer hora? R - (...) Todo trabalho para expressar-se em eficincia e segurana reclama disciplina. Aprendamos a controlar os horrios de ao espiritual, a fim de que a perturbao no venha aparecer, em nossas tarefas, sob o nome de caridade. Peamos a Jesus nos inspire e abenoe para isso. A ordem preside o progresso e, por isto mesmo, no podemos perder a ordem de vista, sob pena de desequilibrar, embora sem querer, o nosso prprio trabalho. (Chico Xavier in Chico, de Francisco Passes Desobsesso Disciplina, questo 8) ASSISTIDO Criar em torno dos doentes uma atmosfera de positiva confiana, atravs de preces, vibraes e palavras de carinho, fortaleza e bom nimo (Andr Luiz in Conduta Esprita, cap 22) O atendido deve ser informado do que significa cada passo do tratamento, como: para que servem os passes; a gua fluidificada; as reunies doutrinrias; as reunies pblicas e principalmente a necessidade da leitura das obras dignificantes da literatura esprita e reforma ntima pessoal. (Federao Esprita Pernambucana in Apostila Atendimento Fraterno, pag 14, 2001) benfico para as pessoas que recorrem terapia dos passes serem, antes, assistidas e orientadas pelo atendente fraterno. O Atendimento Fraterno uma psicoterapia que modifica a estrutura do problema no indivduo que se acerca da Casa Esprita com idias que no correspondem realidade. Pode-se dizer que, desse contato pessoal que antecipa o passe, muitas vezes o cliente j se beneficia, sendo at mesmo desnecessria a aplicao da bioenergia. Vivemos numa sociedade que padece conflitos psicossociais, scio-econmicos, comportamentais, cujos indivduos tm necessidade de fazer catarse. Como o atendimento psicanaltico muito caro e muito prolongado, no Atendimento Fraterno o indivduo tem a oportunidade de abrir a alma ao bom ouvinte, que o pode orientar com segurana e demitizar o significado do passe. Como natural, a desinformao atribui ao passe um carter de natureza miraculosa, o que tem levado algumas pessoas menos esclarecidas a estabelecer o nmero deles para a soluo de certos problemas, o que no deixa de ser um equvoco, porque se poder aplic-los em nmero infinito e, se o paciente no se transformar interiormente, de nada adiantar a teraputica. Se ele no se abrir para assimilar as energias, faz-se semelhante a uma pedra grantica que, apesar de estar mergulhada em guas abissais por milhes de anos, ao ser arrebentada encontra-se seca interiormente. (Divaldo P Franco in Atendimento Fraterno) Quando a Casa Esprita possui um servio de passes regular, com plantes peridicos, de bom alvitre que as pessoas, antes do passe, sejam orientadas no Atendimento Fraterno, individualmente, durante as entrevistas, ou em grupo, por meio de reunies de pequena durao (no maiores que 25 minutos), as chamadas reunies de assistncia espiritual, constitudas de prece, leitura, comentrios, vibraes e passes individuais. 17

Tal orientao ser extremamente benfica, sob os seguintes aspectos a considerar: 1) - Orientao Quanto Real Necessidade de Tomar Passe: No so poucos os que recorrem a essa terapia por hbito, sem realmente estar precisando dela; muitos afirmam, supersticiosos, que tomam passe como um preventivo contra os futuros problemas que podero advir, O atendente fraterno promover uma conscientizao e procurar redirecionar o interesse dessas pessoas para as reunies doutrinrias e de estudo. 2) - Orientao Quanto Convenincia do Tratamento Mdico: Essa outra conscientizao importante a fazer, quando necessria. Os atendidos no se do conta disso, s vezes, por julgarem ser o passe suficiente para restituir-lhes a sade e o equilbrio, negligenciando o tratamento especializado. 3) - Orientao de Como se Portar Ante o Passe: Sempre h alguma coisa a dizer queles que buscam a terapia pelos passes, quando nada, ensinando aos nefitos e pessoas desinformadas a postura correta a se adotar na hora do passe e depois dele - para que os resultados se faam exitosos. de fundamental importncia essa preparao atravs da palavra acolhedora e amiga, que abrir os campos de fora do paciente para melhor receber os benefcios da bioenergia restauradora. No raro, pessoas assoberbadas de conflitos e inquietaes ntimas, que Casa Esprita recorrem em busca to somente do benefcio do passe, abrirem-se a uma conversao edificante, aliviando presses internas e facilitando, destarte, a ao da bioenergia que vai, apenas, complementar o trabalho teraputico j iniciado. Com esse procedimento evita-se que seja o passista solicitado, como algumas vezes ocorre, a dar conselhos, consolar e esclarecer, dentro da sala onde aplicado o auxlio, pessoas que no encontraram o acolhimento necessrio de que tanto careciam. Sabe-se que o silncio e a meditao devem ser as posturas ideais dos passistas, cujo envolvimento com os pacientes no deve ir alm de um gesto acolhedor (embora silencioso, repetimos), para no perder a sintonia com os Benfeitores Espirituais que lhes assessoram o trabalho. A sala de passes, quando ali estejam se desenvolvendo as atividades da aplicao de bioenergia, no local apropriado para conversaes e relaes outras que no o prprio trabalho da doao energtica. Essa a funo, repetimos, do atendente fraterno e no do passista. (do livro Atendimento Fraterno Leal Editora) O PASSE JOANNA DE NGELIS IMPOSIO DAS MOS Quando nos identificamos com o pensamento do Cristo e nos impregnamos da mensagem de que Ele se fez Messias, sempre temos algo que dar em Seu nome, queles que se nos cercam em aflio. Dentre os recursos valiosos de que podemos dispor em benefcio do nosso prximo, destaca-se a imposio das mos em socorro da sade alquebrada ou das foras em depereciamento. A recuperao de pacientes, portadores de diversas enfermidades, estava includa na pauta de tarefas libertadoras de Jesus. De acordo com a Gnese do mal de que cada necessitado se fazia portador, Ele aplicava o concurso teraputico, restabelecendo o equilbrio e favorecendo a paz. "Impondo as mos" generosas, cegos e surdos, mudos e feridos renovavam-se, tornando ao estado de bem-estar anterior. Estimuladas pela fora invisvel que Ele transmitia, as clulas se refaziam, restaurando o organismo em carncia. Com o seu auxlio, os alienados mentais eram trazidos de volta lucidez e os obsidiados recobravam a ordem psquica em face dos espritos atormentadores que os maltratavam, os deixarem. Extticos e catalpticos obedeciam-lhe voz, quando chamados de retorno. Esse ministrio, porm, que decorre do amor, Ele nos facultou realizar, para que demos prosseguimento ao Seu trabalho entre os homens sofredores do mundo. Certamente que no nos encontramos em condies de conseguir os efeitos e xitos que Ele produziu. Sem embargo, interessados na paz e na renovao do 18

prximo, nos lcito oferecer as possibilidades de que dispomos, na certeza de que os nossos tentames no sero em vo. Jesus conhecia o passado daqueles que O buscavam, favorecendo-os de acordo com o merecimento de cada um. Outrossim, doando misericrdia de acrscimo, mediante a qual os beneficiados poderiam conquistar valores para o futuro, repartindo os bens de alegria, estrada afora, em festa de coraes renovados. Colocando-se o cristo novo, s disposio do bem, pode e deve "impor as mos" nos companheiros desfalecidos na luta, nos que tombaram, nos que se encontram aturdidos por obsesses tenazes ou desalinhados mentalmente... Ampliando o campo de terapia espiritual, podemos aplicar sobre a gua os fluidos curadores que revitalizaro os campos vibratrios desajustados naqueles que a sorverem, confiantes e resolutos ao salutar da prpria transformao interior. Tal concurso, propiciado pela caridade fraternal, no s beneficia os padecentes em provas e expiaes redentoras, como ajuda queles que se aprestam ao labor, em razo destes filtrarem as energias benficas que promanam da Espiritualidade atravs dos mentores desencarnados e que so canalizadas na direo daqueles necessitados. compreensvel que se no devam aguardar resultados imediatos, nem efeitos retumbantes, considerando-se a distncia de evoluo que medeia entre ns e o Senhor, mxime na luta de ascenso e reparao dos erros conforme nos encontramos. Ningum se prenda, nesse ministrio, a frmulas sacramentais ou a formas estereotipadas, que distraem a mente que se deve fixar no objetivo do bem e no na maneira de express-lo. Toda tcnica valiosa, quando a essncia superior preservada. Assim, se distende o passe socorrista com atitude mental enobrecida, procurando amparar o irmo agoniado que te pede socorro. No procures motivos para escusar-te. Abre-te ao amor e o amor te atender, embora reconheas as prprias limitaes e dificuldades, em cujo campo te movimentas. Dentre muitos que buscavam Jesus, para o toque curador, destacamos a fora de confiana expressa no apelo a que se refere Marcos, no captulo cinco, versculo vinte e trs do Evangelho: "E rogava-lhe muito, dizendo: - Minha filha est moribunda; rogo-te que venhas e lhe imponha as mos para que sare e viva. Fazei, portanto, a "imposio das mos", com o amor e a "f que remove montanhas", em benefcio do teu prximo, conforme gostars que ele faa contigo, quando for a tua vez de necessidade. (Joanna de ngelis Pgina psicografada pelo mdium Divaldo P. Franco, no dia 02 de abril de 1983, em Bucaramanga, Colmbia, extrada do livro "o Passe", de Rino Curti.) ASSISTIDO DOENAS CONTAGIOSAS Interditar, sempre que necessrio. a presena de enfermos portadores de molstias contagiosas nas sesses de assistncia em grupo, situando-os em regime de separao para o socorro previsto pois A f no exclui a previdncia. (Andr Luiz in Conduta Esprita, cap 28) Mdicos e enfermeiros, assistentes sociais e voluntrios, religiosos dedicados que se entregam s tarefas mais sacrificiais em Sanatrios dos males de Hadsen, de Koch e de outras baciloses violentas sem que o contato demorado com os pacientes lhes cause qualquer contgio, adquirem resistncias imunolgicas, enquanto outros, que no convivem com portadores de inumerveis molstias, de um para outro momento fazem-se vtimas das vigorosas doenas que lhes exterminam o corpo, em razo de se encontrarem no mapa crmico de cada um as condies propiciatrias para que se lhes manifestem os males que merecem e de que necessitam em razo dos delitos praticados e que so atenuados pela misericrdia do Senhor, j que o amor mais poderoso do que a justia, que por aquele se faz comandada (Manoel Philomeno de Miranda in Painis da Obsesso) ASSISTIDO - INCONSCIENTE O passe sempre valioso no tratamento devido aos enfermos de toda classe, desde as crianas tenras aos pacientes em posio provecta na experincia fsica, reconhecendo-se no entanto, ser menos rico de resultados imediatos nos doentes adultos que se mostrem jungidos inconscincia temporria, por desajustes complicados do crebro. Esclarecemos, porm, que, em toda situao e em qualquer tempo, cabe ao mdium passista buscar na prece o fio de ligao com os planos mais elevados da vida, porquanto, atravs da orao, contar com a presena sutil dos instrutores que atendem aos misteres da Providncia Divina, a lhe utilizarem os recursos para a extenso incessante do Eterno Bem. 19

(Andr Luiz in Mecanismos da Mediunidade) ASSISTIDO PROBLEMAS FSICOS Se o doente est fazendo uso de medicao receitada por mdico da Terra, esta no dever ser suspensa, nem sob o pretexto de atrapalhar o tratamento espiritual. Uma atitude dessas traz graves implicaes, cujos resultados podero comprometer seriamente aquele que a recomendou. Afinal, sabemos saciedade que existem casos de carter misto, em que se conjugam o mal espiritual e o fsico, exigindo por isso uma teraputica igualmente mista (Suely Caldas Schubert in Obsesso / Desobsesso, 2 parte, cap 8) ASSISTIDO - CRIANA Furtar-se de incrementar o desenvolvimento de faculdades medinicas em crianas, nem lhes permitir a presena em atividades de assistncia a desencarnados, ainda mesmo quando elas apresentem perturbaes de origem medinica, circunstncia esta em que devem receber auxlio atravs da orao e do passe magntico. (Andr Luiz in Conduta Esprita, cap 21) ASSISTIDO POSTURA 5 Qual a condio bsica para que o paciente se beneficie? A f. Isso est bem claro nas lies de Jesus. Ele costumava dispensar os beneficirios de suas curas dizendo-lhes: A tua f te salvou. O Mestre no premiava a f. Apenas demonstrava que sem ela fica difcil estabelecer a indispensvel sintonia com o passista. 6 - Qual deve ser a postura do paciente, no momento do passe? Orar com fervor, pedindo a proteo divina. Alm da orao e da f, h outro fator importante: o merecimento. Como ensinava Jesus, "a cada um, segundo suas obras". Se os sentimentos que cultivamos naquele momento so importantes, fundamental o Bem que faamos sempre. (Richard Simonetti in Mediunidade tudo que voc precisa saber: passes) O processo de socorro pelo passe tanto mais eficiente quanto mais intensa se faa a adeso daquele que lhe recolhe os benefcios, de vez que a vontade do paciente, erguida ao limite mximo de aceitao, determina sobre si mesmo mais elevados potenciais de cura. Nesse estado de ambientao, ao influxo dos passes recebidos, as oscilaes mentais do enfermo se condensam, mecanicamente, na direo do trabalho restaurativo, passando a sugeri-lo s entidades celulares do veculo em que se expressam, e os milhes de corpsculos do organismo fisiopsicossomtico tendem a obedecer, instintivamente, s ordens recebidas, sintonizando-se com os propsitos do comando espiritual que os agrega. (Andr Luiz in Mecanismos da Mediunidade, - vontade do paciente) ASSISTIDO IMPEDIMENTOS H pessoas que procuram o sofrimento, a perturbao, o desequilbrio, e razovel que sejam punidas pelas conseqncias de seus prprios atos. Quando encontramos enfermos dessa condio, salvamo-los dos fluidos deletrios em que se envolvem por deliberao prpria, por dez vezes consecutivas, a ttulo de benemerncia espiritual. Todavia, se as dez oportunidades voam sem proveito para os interessados, temos instrues superiores para entreg-los a sua prpria obra, a fim de que aprendam consigo mesmos. Poderemos alivi-los, mas nunca libert-los (Andr Luiz/ Anacleto in Missionrios da Luz, cap 19) Fatores que prejudicam ou tornam nula a ao magntica (apenas o magnetismo): A falta de f ou de receptividade do paciente (Evangelho de Marcos, 6:2 a 6:6; Obras Pstumas, Manifestaes dos Espritos, itens 52 e 53; Nos Domnios da Mediunidade, cap. 17) 20

O comportamento inadequado do enfermo (Revista Esprita de 1865, pp. 205 e 206; Missionrios da Luz, pp. 326 e 333) A imposio da lei de causa e efeito (Mateus, 26:52; Revista Esprita de 1867, pp. 190 a 193; Revista Esprita de 1868, p. 85; O Cu e o Inferno, 2a Parte, cap. VIII, Um sbio ambicioso) A natureza do mal ou enfermidade (Entre a Terra e o Cu, cap. 34; O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. 28, item 81; Revista Esprita de 1864, pp. 11 a 17; Revista Esprita de 1865, pp. 4 a 18 e Revista Esprita de 1866, pp. 348 e 349). (Marcelo Borela de Oliveira in http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas/temasdiversos) O PASSE Recorre aos recursos espritas: ora, e ora sempre, para adquirires resistncia contra o mal que infelizmente ainda reside em ns; permuta conversao enobrecida, pois que as boas palavras e os pensamentos bons renovam as disposies espirituais; utiliza o recurso do passe socorrista, rearticulando as foras em desalinho; sorve um vaso de gua fluidificada, restaurando a harmonia das clulas em desajustamento e, sobretudo, realiza o bom servio. (Joanna de ngelis in Floraes Evanglicas, cap 51) "Herculano Pires diz que o passe nasceu nas civilizaes antigas, como um ritual das crenas primitivas. A agilidade das mos sugeria a existncia de poderes misteriosos, praticamente comprovados pelas aes cotidianas da frico que acalmava a dor. As bnos foram as primeiras manifestaes tpicas dos passes. O selvagem no teorizava, mas experimentava, instintivamente, e aprendia a fazer e a desfazer as aes, com o poder das mos". (Herculano Pires in Obsesso. O Passe . A doutrinao) Passe uma transmisso conjunta, ou mista, de fluidos magnticos provenientes do encarnado e de fluidos espirituais oriundos dos benfeitores espirituais, no devendo ser considerada uma simples transmisso de energia animal (magnetizao). A aplicao do passe tem como finalidade sanar desarmonias fsicas e psquicas, substituindo os fluidos deletrios por fluidos benficos; equilibrar o funcionamento de clulas e tecidos lesados; promover a harmonizao do funcionamento de estruturas neurolgicas que garantem o estado de lucidez mental e intelectual do indivduo. O passe , usualmente, transmitido pelas mos, mas tambm pode ser feito pelo olhar, pelo sopro ou, distncia, por intermdio das irradiaes mentais. A transmisso e a recepo do passe guarda relao com o poder da vontade de quem doa as energias benficas e de quem as recebe. A cura verdadeira das doenas est relacionada ao processo de reajuste do Esprito, sendo o passe apenas um instrumento de auxlio. Para evitar recidivas de doenas ou perturbaes, necessrio que a pessoa defina e siga uma programao de melhoria moral e de esclarecimento espiritual. Allan Kardec esclarece que a cura se opera mediante a substituio de uma molcula mals por uma molcula s. O poder curativo estar, pois, na razo direta da pureza da substncia inoculada; mas, depende tambm da energia da vontade que, quanto maior for, tanto mais abundante emisso fludica provocar e tanto maior fora de penetrao dar ao fluido.(GE, cap. 14, item 18) (apostila sobre o passe da FEB, 2004) MECANISMO DO PASSE Nem todos os homens so sensveis ao magntica, e, entre os que o so, pode haver maior ou menor receptividade, o que depende de diversas condies, umas que dizem respeito ao magnetizador e outras ao prprio magnetizado, alm de circunstncias ocasionais oriundas de diversos fatores. (Michaelus in Magnetismo Espiritual, cap 7) 21

Ao toque da energia emanante do passe, com a superviso dos benfeitores desencarnados, o prprio enfermo, na pauta da confiana e do merecimento de que d testemunho, emite ondas mentais caractersticas, assimilando os recursos vitais que recebe (...) (Andr Luiz in Mecanismos da Mediunidade, cap 22) E no tocante receptividade ou refratariedade das pessoas, no momento do passe, temos: a) F, mais recolhimento, mais respeito, somam RECEPTIVIDADE; b) Ironia, mais descrena, mais dureza de corao, somam REFRATARIEDADE. (Martins Peralva in Estudando a Mediunidade, cap 27) Pela sua unio ntima com o corpo, o perisprito desempenha preponderante papel no organismo. Pela sua expanso, pe o Esprito encarnado em relao mais direta com os Espritos livres e tambm com os Espritos encarnados. O pensamento do encarnado atua sobre os fluidos espirituais, como o dos desencarnados, e se transmite de Esprito a Esprito pelas mesmas vias e, conforme seja bom ou mau, saneia ou vicia os fluidos ambientes. Desde que estes se modificam pela projeo dos pensamentos do Esprito, seu invlucro perispirtico, que parte constituinte do seu ser e que recebe de modo direto e permanente a impresso de seus pensamentos, h de, ainda mais, guardar a de suas qualidades boas ou ms. Os fluidos viciados pelos eflvios dos maus Espritos podem depurar-se pelo afastamento destes, cujos perispritos, porm, sero sempre os mesmos, enquanto o Esprito no se modificar por si prprio. Sendo o perisprito dos encarnados de natureza idntica dos fluidos espirituais, ele os assimila com facilidade, como uma esponja se embebe de um lquido. Esses fluidos exercem sobre o perisprito uma ao tanto mais direta, quanto, por sua expanso e sua irradiao, o perisprito com eles se confunde. Atuando esses fluidos sobre o perisprito, este, a seu turno, reage sobre o organismo material com que se acha em contato molecular. Se os eflvios so de boa natureza, o corpo ressente uma impresso salutar; se so maus, a impresso penosa. Se so permanentes e enrgicos, os eflvios maus podem ocasionar desordens fsicas; no outra a causa de certas enfermidades. Os meios onde superabundam os maus Espritos so, pois, impregnados de maus fluidos que o encarnado absorve pelos poros perispirticos, como absorve pelos poros do corpo os miasmas pestilenciais com que se acha em contato molecular. (Allan Kardec in GE, cap 14, item 18) 15 Ser conveniente a precauo de se formar cadeia, dando-se todos as mos, alguns minutos antes de comear a reunio? A cadeia um meio material, que no estabelece entre vs a unio, se esta no existe nos pensamentos; mais conveniente do que isso unirem-se todos por um pensamento comum, chamando cada um, de seu lado, os bons Espritos. No imaginais o que se pode obter numa reunio sria, de onde se haja banido todo sentimento de orgulho e de personalismo e onde reine perfeito o de mtua cordialidade. (Allan Kardec in LM, cap XXV - item 282 - Q.15) H verdadeiras legies de trabalhadores (espirituais) de nossa especialidade amparando as criaturas, que atravs de elevadas aspiraes, procuram o caminho certo nas instituies religiosas de todos os matizes. (Andr Luiz/ Alexandre in Missionrio da Luz, cap 19) So extremamente variados os efeitos da ao fludica sobre os doentes, de acordo com as circunstncias. Algumas vezes lenta e reclama tratamento prolongado, como no magnetismo ordinrio; doutras vezes rpida, como uma corrente eltrica. H pessoas dotadas de tal poder, que operam curas instantneas nalguns doentes, por meio apenas da imposio das mos, ou, at, exclusivamente por ato da vontade. Entre os dois plos extremos dessa faculdade, h infinitos matizes. Todas as curas desse gnero so variedades do magnetismo e s diferem pela intensidade e pela rapidez da ao. O princpio sempre o mesmo: o fluido, a desempenhar o papel de agente teraputico e cujo efeito se acha subordinado sua qualidade e a circunstncias especiais. (Allan Kardec in GE, cap 14, item 32)

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DESOBSESSO Pelo passe magntico, no entanto, notadamente aquele que se baseia no divino manancial da prece, a vontade fortalecida no bem pode soerguer a vontade enfraquecida de outrem, para que essa vontade, novamente ajustada confiana magnetize naturalmente os milhes de agentes microscpicos a seu servio, a fim de que o Estado Orgnico, nessa ou naquela contingncia, se recomponha para o equilbrio indispensvel. (Andr Luiz in Evoluo em Dois Mundos, cap 15) Nos comportamentos obsessivos, as tcnicas de atendimento ao paciente, alm de exigirem o conhecimento da enfermidade espiritual, impem ao atendente outros valores preciosos que noutras reas da sade mental no so vitais (...). So eles: a conduta moral superior do terapeuta - o doutrinador encarregado da desobsesso -, bem como do paciente, quando este no se encontre inconsciente do problema; a habilidade afetuosa de que se deve revestir, jamais esquecendo do agente desencadeador do distrbio, que , igualmente, enfermo, vtima desditosa, que procura tomar a justia nas mos; o contributo das suas foras mentais, dirigidas a ambos litigantes da pugna infeliz; a aplicao correta das energias e vibraes defluentes da orao ungida de f e amor; o preparo emocional para entender e amar tanto o hspede estranho e invisvel quanto o hospedeiro impertinente e desgastante no vaivm das recidivas e desmandos (...) A cura das obsesses, conforme ocorre no caso da loucura, de difcil curso e nem sempre rpida, estando a depender de mltiplos fatores, especialmente, da renovao, para melhor, do paciente, que deve envidar esforos mximos para granjear a simpatia daquele que o persegue (...) (Manoel Philomeno de Miranda in Loucura e Obsesso, cap 14) O labor fraternal, o culto domstico do Evangelho, o pensamento de otimismo freqente e o recolhimento da orao, a par do uso da gua magnetizada e do passe, produzem expressiva teraputica valiosa e de imediatos resultados para a aquisio da sade e da renovao, combatendo o mdo. (Joanna de ngelis in Floraes Evanglicas, cap 21) Nos casos de obsesso grave, o obsidiado se acha como que envolvido e impregnado de um fluido pernicioso, que neutraliza a ao dos fluidos salutares e os repele. desse fluido que importa desembaralo. Ora, um fluido mau no pode ser eliminado por outro fluido mau. Mediante ao idntica do mdium curador nos casos de enfermidade, cumpre se elimine o fluido mau com o auxlio de um fluido melhor, que produz, de certo modo, o efeito de um reativo. Esta a ao mecnica, mas que no basta; necessrio, sobretudo, que se atue sobre o ser inteligente, ao qual importa se possa falar com autoridade, que s existe onde h superioridade moral. Quanto maior for esta, tanto maior ser igualmente a autoridade. (Allan Kardec in ESE, cap 28 item 81) Por vezes acontece que a subjugao avulta at ao ponto de paralisar a vontade do obsidiado, do qual nenhum concurso srio se pode esperar. A, principalmente, que a interveno de terceiros se torna necessria, quer por meio da prece, quer pela ao magntica. Mas, tambm a fora dessa interveno depende do ascendente moral que os interventores possam ter sobre os Espritos; se no valerem mais do que estes, improfcua ser a ao que desenvolvam. A ao magntica, no caso, tem por efeito introduzir no fluido do obsidiado um fluido melhor e eliminar o do mau Esprito. Ao operar, deve o magnetizador objetivar duplo fim: o de opor a uma fora moral outra fora moral e produzir sobre o paciente uma espcie de reao qumica, para nos servirmos de uma comparao material, expelindo um fluido com o auxlio de outro fluido. Dessa forma, no s opera um desprendimento salutar, como igualmente fortalece os rgos enfraquecidos por longa e vigorosa constrio. Compreende-se, em suma, que o poder da ao fludica est na razo direta no somente da energia da vontade, mas, sobretudo, da qualidade do fluido introduzido e, segundo o que deixamos dito, que essa qualidade depende da instruo e das qualidades morais do magnetizador. Da se segue que um magnetizador ordinrio, que atuasse maquinalmente, apenas por magnetizar, fraco ou nenhum efeito produziria. de toda a necessidade um magnetizador esprita, que atue com conhecimento de causa, com a inteno de obter, no o sonambulismo ou uma cura orgnica, porm, os resultados que vimos de descrever. , alm disso, evidente que uma ao magntica dirigida neste 23

sentido no pode deixar de ser muito proveitosa nos casos de obsesso ordinria, porque, ento, se o magnetizador tem a auxili-lo a vontade do obsidiado, o Esprito se v combatido por dois adversrios em lugar de um. (Allan Kardec in OP, Manifestao dos espritos, item 58) Em geral, a prece poderoso meio auxiliar da libertao dos obsidiados; nunca, porm, a prece s de palavras, dita com indiferena e como uma frmula banal, ser eficaz em semelhante caso. Faz-se mister uma prece ardente, que seja ao mesmo tempo uma como magnetizao mental. Pelo pensamento, pode-se encaminhar para o paciente uma corrente fludica salutar, cuja potncia guarda relao com a inteno. A prece, pois, no tem apenas por efeito invocar um auxlio estranho, mas exercer uma ao fludica. O que uma pessoa, s, no pode fazer, podem-no, quase sempre, muitas pessoas unidas pela inteno numa prece coletiva e reiterada, visto que o nmero aumenta a potencialidade da ao. (Allan Kardec in OP, Manifestao dos espritos, item 58) CMARA DE PASSE A princpio, no h nenhuma necessidade essencial, da diminuio da luminosidade, para a aplicao dos recursos dos passes. Poderemos oper-los tanto noite, quanto com o dia claro. A providncia de diminuir-se a claridade tem por objetivo evitar a disperso da ateno das pessoas, alm de facilitar a concentrao, ao mesmo tempo em que temos que levar em conta que certos elementos constitutivos dos ectoplasmas, que costumam ser liberados pelos mdiuns em quantidades as mais diversas, sofrem um processo de desagregao com a incidncia da luz branca. (Raul Teixeira in Diretrizes de Segurana, cap 72) Nos Templos do Espiritismo-cristo, contudo, bastante oportuno destacar ou erigir um pequeno cmodo, isolado da visitao e da permanncia alongada do pblico Por til a cmara de passes, o passista no deve, porm, a ela escravizar-se, No deve, tambm, tomar-se de inconcebvel purismo, policiando ou proibindo a entrada de pacientes cmara de passes, chegando a torn-la apenas o seu oratrio e reflexrio particular (...) (Roque Jacinto in Passe e passista, cap X) O Centro Esprita deve ter uma cabine de passes, mesmo que seja apenas uma diviso por biombo, cortina, plstico ou o que seja; ainda que num espao onde s caiba um passista e um paciente, mesmo que em p. importante que tenha uma cabine. Fisicamente ela deve ser clara, sem com isso querer se entenda atingida diretamente pelos raios solares ou submetida a fortes refletores; seu ambiente deve ser calmo e arejado (em nosso clima quente) ou aquecido (para climas frios), podendo (e no devendo) ter uma luz vermelha que ser acionada precipuamente para os trabalhos de passes com fluidos de origem magnticos (j que, em tese, os passes espirituais dispensam tal cuidado). E quando dizemos luz vermelha fazemos nossa sugesto apoiada em confirmaes experimentais as quais existem desde os primeiros magnetizadores -, que indicam seja tal espectro o que menos afeta certas caractersticas dos fluidos das curas, ou seja: o fluido magntico, o ectoplasma. (Jacob Melo in O Passe, cap VII, item 2.4) Atravessamos a porta e fomos defrontados por ambiente balsmico e luminoso. (...) Como compreender a atmosfera radiante em que nos banhamos? aventurou Hilrio, curioso. - Nesta sala - explicou ulus, amigavelmente - se renem sublimadas emanaes mentais da maioria de quantos se valem do socorro magntico, tomados de amor e confiana. Aqui possumos uma espcie de altar interior, formado pelos pensamentos, preces e aspiraes de quantos nos procuram (os bons espritos) trazendo o melhor de si mesmos. (Andr Luiz in Nos Domnios da Mediunidade, cap 17) LOCAL O magnetizador dever, antes de tudo, certificar-se do ambiente em que vai operar, de maneira que possa 24

agir com calma, ateno, recolhimento, sem receio de que possa ser perturbado. (...) No deve permitir aglomerao de pessoas no recinto e aconselhar o maior silncio. Todavia, til a presena de uma, duas ou trs pessoas, preferentemente das que mais desejam a cura do paciente. (Michaelus in Magnetismo Espiritual, cap 9) Se houver imperiosa necessidade de se socorrer o paciente em seu lar, por exemplo, atravs do passe, imprescindvel que compaream, no mnimo, dois integrantes da equipe. O mdium passista nunca devera ir s, para quaisquer atividades do seu setor, mormente em casos dessa natureza (Suely Caldas Schubert in Obsesso/ Desobsesso, cap 8) Somente se devem aplicar passes a domiclio, quando o paciente, de maneira nenhuma, pode ir ao local reservado para o mister, que so o hospital esprita, ou a escola esprita, ou o prprio Centro Esprita. (Divaldo P Franco in Diretrizes de Segurana, cap 81) Onde estiverem dois ou trs reunidos em meu nome, ali estarei no meio deles. (Jesus) Uma reunio um ser coletivo, cujas qualidades e propriedades so a resultante das de seus membros. As condies do meio sero tanto melhores, quanto mais homogeneidade houver para o bem, mais sentimentos puros e elevados (...) (Allan Kardec in LM, cap 29, item 331; e cap 21, item 233) APLICAO 28 - Perante O Passe Quando aplicar passes e demais mtodos da teraputica espiritual, fugir indagao sobre resultados e jamais temer a exausto das foras magnticas. O bem ajuda sem perguntar. Lembrar-se de que na aplicao de passes no se faz precisa a gesticulao violenta, a respirao ofegante ou o bocejo de contnuo, e de que nem sempre h necessidade do toque direto no paciente. A transmisso do passe dispensa qualquer recurso espetacular. Esclarecer os companheiros quanto inconvenincia da petio de passes todos os dias, sem necessidade real, para que esse gnero de auxlio no se transforme em mania. falta de caridade abusar da bondade alheia. Proibir rudos quaisquer, baforadas de fumo, vapores alcolicos, tanto quanto ajuntamento de gente ou a presena de pessoas irreverentes e sarcsticas nos recintos para assistncia e tratamento espiritual. De ambiente poludo, nada de bom se pode esperar. Interromper as manifestaes medinicas no horrio de transmisses do passe curativo. Disciplina alma da eficincia. Interditar, sempre que necessrio, a presena de enfermos portadores de molstias contagiosas nas sesses de assistncia em grupo, situando-os em regime de separao para o socorro previsto. A f no exclui a previdncia. Quando oportuno, adicionar o sopro curativo aos servios do passe magntico, bem como o uso da gua fluidificada, do autopasse, ou da emisso de fora socorrista, a distncia, atravs da orao. O Bem Eterno bno de Deus disposio de todos. "E rogava-lhe muito dizendo: - Minha filha est moribunda; rogo-te que venhas e lhe imponhas as mos para que sare e viva." (Marcos, 5:23.) (Andr Luiz in Conduta Esprita) O passe esprita simplesmente a imposio das mos, usada e ensinada por Jesus, como se v nos Evangelhos.(...) O passe esprita no comporta as encenaes e gesticulaes em que hoje o envolveram alguns tericos 25

improvisados, geralmente ligados a antigas correntes espiritualistas de origem mgica ou feiticista. (...) Toda a beleza espiritual do passe esprita, que provm da f racional no poder espiritual, desaparece ante as ginsticas pretensiosas e ridculas gesticulaes. As encenaes preparatrias: mo erguidas ao alto e abertas, para suposta captao de fluidos pelo passista, mos abertas sobre os joelhos, pelo paciente, para melhor assimilao fluidica, braos e pernas descruzados para no impedir a livre passagem dos fluidos, e assim por diante, s servem para ridicularizar o passe, o passista e o paciente. A formao das chamadas pilhas medinicas, com o ajuntamento de mdiuns em torno do paciente, as correntes de mo dadas ou de dedos se tocando sobre a mesa condenadas por Kardec nada mais so do que resduos do mesmerismo do sculo passado, inteis, supersticiosos, ridicularizantes.(...) O passe esprita prece, concentrao e doao. (Herculano Pires in Obsesso. O Passe. A Doutrinao. p 35-38) O passe poder obedecer frmula que fornea maior porcentagem de confiana, no s a quem o d, como a quem o recebe. Devemos esclarecer, todavia, que o passe a transmisso de uma fora psquica e espiritual, dispensando qualquer contacto fsico na sua aplicao. (Emmanuel in O Consolador, Q 99) Podemos considerar ainda como orientaes gerais para a aplicao do passe na Casa esprita: Utilizar, a rigor, a imposio de mos, evitando a gesticulao excessiva. A aplicao do passe deve ser feita de forma muito simples, sem ritual e cacoetes de qualquer natureza. Considerando que a palavra passe movimento rtmico, cada movimento impe um outro de complementao e equilbrio, entremeado de pausa para mudar a direo. Disperso, pausa, assimilao ou doao, eis o passe em trs etapas bem caracterizadas. (Terapia pelos passes, cap 7, 1996) Todos os passistas devem ser considerados mdiuns. A capacidade de absoro de energias espirituais somada de doao fludica, varia de pessoa para pessoa, em funo das condies individuais, prprias de cada pessoa, assim como do nvel de sintonia mental que o passista mantm com os benfeitores espirituais. O melhor local para o passe a Casa Esprita. Somente em casos excepcionais devem ser ministrado