APRESENTAÇÃO
Este trabalho é resultado de uma série de pesquisas realizadas numa gama de livros
textos voltados para o estudo da economia.
Tem como objetivo, servir de complemento à disciplina Teoria Econômica para os
cursos de Administração, Economia, Ciências Contábeis, Marketing, Comércio Exterior e
cursos de especialização na área gerencial. Sendo assim, este trabalho é um valioso guia
para aqueles estudantes e pesquisadores interessados em assimilar noções básicas de
economia.
O trabalho é subdividido em três partes: A economia como uma ciência social,
noções de microeconomia e noções de macroeconomia.
Prof. Leandro Maia Fernandes
É PROIBIDA A DUPLICAÇÃO OU REPRODUÇÃO DESTE TRABALHO SOB
QUALQUER FORMA OU MEIO SEM A PRÉVIA AUTORIZAÇÃO DO AUTOR
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A ECONOMIA COMO UMA CIÊNCIA SOCIAL
Definição de economia
A definição de economia tem origem na palavra grega oikos, que significa casa,
fortuna e riqueza, e na palavra nomos que quer dizer lei, regra ou administrar. Assim
podemos dizer que a economia é a ciência que preocupa-se em administrar a casa ou lugar
onde vivemos que é em outras palavras o mercado.Estudar economia é o processo de
tomada de decisão em um ambiente de escassez.
O objetivo da economia
Podemos afirmar que a economia tem por objetivo estudar alguns aspectos do
comportamento humano. A economia tem como finalidade estudar os problemas que
envolvem o homem e o mercado. Podemos afirmar que o objetivo da economia é melhorar
a qualidade de vida do ser humano utilizando da melhor maneira possível os recursos, uma
vez que os recursos presentes no mundo são de características escassa e as necessidades
humanas ilimitadas ou infinitas.
Como as necessidades são ilimitadas e os recursos ou fatores de produção são
escassos o homem se defronta com uma situação conflitante, pois ele precisa satisfazer suas
necessidades porém os recursos não são ilimitados, dessa situação há uma divergência de
conceitos e essa divergência é chamada de problema econômico ou paradoxo econômico.
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A escassez é o grande problema econômico, a economia existe por causa da escassez, sem
a escassez dos recursos não haveria necessidade de administramos da melhor maneira
possível nossos recursos.
Os recursos ou fatores de produção
Os recursos ou fatores de produção são os elementos fundamentais no processo
produtivo, sem a presença dos fatores de produção é impossível a produção de bens ou
serviços.
O produto é resultado da utilização dos fatores de produção. Os fatores de produção
são:
TERRA: Todo recurso ou insumo proveniente da natureza ( solo, água, ar)
TECNOLOGIA: Conjunto de conhecimentos técnicos utilizados no processo de
produção
TRABALHO: Mão de obra
CAPITAL: Montante financeiro necessário para iniciar e manter o processo de
produção. Também pode ser considerado como o conjunto de máquinas e equipamentos ou
capital fixo.
TERRA, TECNOLOGIA, TRABALHO,
CAPITAL
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Texto para discussão
Fonte: http://veja.abril.com.br/051108/p_096.shtml
A exploração dos recursos naturais da Terra permite à humanidade atingir
patamares de conforto cada vez maiores. Diante da abundância de riquezas proporcionada
pela natureza, sempre se aproveitou como se o dote fosse inesgotável. Essa visão foi
reformulada. Hoje se sabe que a maioria dos recursos naturais dos quais o homem depende
para manter seu padrão de vida pode desaparecer num prazo relativamente curto – e que é
urgente evitar o desperdício. Um relatório publicado na semana passada pela ONG World
Wildlife Fund dá a dimensão de como a exploração dos recursos da Terra saiu do controle e
das conseqüências que isso pode ter no futuro. O estudo mostra que o atual padrão de
consumo de recursos naturais pela humanidade supera em 30% a capacidade do planeta de
recuperá-los. Ou seja, a natureza não mais dá conta de repor tudo o que o bicho-homem tira
dela. A conta da ONG foi feita da seguinte forma. Primeiro, estimou-se a quantidade de
terra, água e ar necessária para produzir os bens e serviços utilizados pelas populações e
para absorver o lixo que elas geram durante um ano. A seguir, esses valores foram
transformados em hectares e o resultado dividido pelo número de habitantes do planeta.
Chegou-se à conclusão de que cada habitante usa 2,7 hectares do planeta por ano.
Nesta conta, o brasileiro utiliza 2,4 hectares. De acordo com a análise, para usar os recursos
sem provocar danos irreversíveis à natureza, seria preciso que cada habitante utilizasse, no
máximo, 2,1 hectares. Se o homem continuar a explorar a natureza sem dar tempo para que
ela se restabeleça, em 2030 serão necessários recursos equivalentes a dois planetas Terra
para atender ao padrão de consumo. Essa perspectiva, conclui o relatório, é uma ameaça à
prosperidade futura da humanidade, com impacto no preço dos alimentos e da energia.
Nos últimos 45 anos, a demanda pelos recursos naturais do planeta dobrou. Esse
aumento se deve, principalmente, à elevação do padrão de vida das nações ricas e
emergentes e ao crescimento demográfico dos países pobres. A população africana triplicou
nas últimas quatro décadas. O crescimento econômico dos países em desenvolvimento,
como a China e a Índia, vem aumentando em ritmo frenético a necessidade de matérias-
primas para as indústrias. China e Estados Unidos, juntos, consomem quase metade das
riquezas naturais da Terra. O impacto ambiental da China se explica pela demanda de sua
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imensa população e, nos Estados Unidos, pelo elevado nível de consumo. Nas contas da
World Wildlife Fund, enquanto o chinês usa 2,1 hectares do planeta, o americano chega a
utilizar 9,4 hectares. Se todos os habitantes do planeta tivessem o mesmo padrão de vida
dos americanos, seriam necessárias quatro Terras e meia para suprir suas necessidades.
A exploração abusiva do planeta já tem conseqüências visíveis. A cada ano, uma
área de floresta equivalente a duas vezes o território da Holanda desaparece. Metade dos
rios do mundo está contaminada por esgoto, agrotóxicos e lixo industrial. A degradação e a
pesca predatória ameaçam reduzir em 90% a oferta de peixes utilizados para a alimentação.
As emissões de CO2 cresceram em ritmo geométrico nas últimas décadas, provocando o
aumento da temperatura do globo.
Evitar uma catástrofe planetária é possível. O grande desafio é conciliar o
desenvolvimento dos países com a preservação dos recursos naturais. Para isso, segundo os
especialistas, são necessárias soluções tecnológicas e políticas. "Os governos precisam criar
medidas que assegurem a adoção de hábitos sustentáveis, em vez de apenas esperar que as
pessoas o façam voluntariamente", disse a VEJA o antropólogo americano Richard Walker,
especialista em desenvolvimento sustentável da Universidade Indiana, nos Estados Unidos.
O engenheiro agrônomo uruguaio Juan Izquierdo, do Programa das Nações Unidas
para Agricultura e Alimentação, propõe que se concedam incentivos e subsídios a
agricultores que produzam de forma sustentável. Diz ele: "Hoje, a produtividade de uma
lavoura é calculada com base nos quilos de alimento produzidos por hectare. No futuro,
deverá ser baseada na capacidade de economizar recursos escassos, como a água". Como
mostra o relatório da World Wildlife Fund, é preciso evitar a todo custo que se usem mais
recursos do que a natureza é capaz de repor.
Água doce
Apenas 1% de toda a água do planeta é apropriada para beber ou ser usada na
agricultura. O restante corresponde à água salgada dos mares e ao gelo dos pólos e
montanhas. Hoje, a humanidade utiliza metade das fontes de água doce do planeta.
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Em quarenta anos, utilizará 80%. A situação fica mais grave quando se considera
que 50% dos rios do mundo estão poluídos
Terras cultiváveis
O planeta é formado por 15 bilhões de hectares de terras, mas só 12% delas
servem para o cultivo. As demais correspondem a cidades, pastos, desertos, zonas
montanhosas e geleiras. Nas últimas três décadas, o total de terras atingidas por
secas severas dobrou por causa do aquecimento global. Na China, todos os anos uma
área equivalente à metade de Sergipe se transforma em deserto
Cardumes
Das 200 espécies de peixe com maior interesse comercial, 120 são exploradas
além do nível
sustentável.
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Nesse ritmo, o volume de pescado disponível terá diminuído em mais de 90% por
volta de 2050
Oceanos
Estima-se que 40% da área dos oceanos esteja gravemente degradada pela
ação do homem. Nas últimas cinco décadas, o número de zonas mortas nos oceanos
cresceu de três para 150. Das 1 400 espécies de coral conhecidas, treze estavam
ameaçadas de extinção há dez anos. Hoje, são 231
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Atmosfera
Desde 1961, a quantidade de dióxido de carbono (CO2) despejada pela humanidade na atmosfera com a queima de combustíveis fósseis cresceu dez vezes. Essa descarga poluente provoca o aquecimento do planeta, o que causa secas, inundações, acidificação dos oceanos e extinção de espécies
Fotos AFP, Mark A. Johnson/Corbis/Latinstock,Fred Bavendam/Minden Pictures/Latinstock, Case/divulgação e divulgação
O FLUXO CIRCULAR DA ECONOMIA
As economias tem seu funcionamento feito por meio do relacionamento de
elementos também chamados de agentes econômicos. Da interação dos agentes
econômicos é derivada a produção nacional dos países, eles são responsáveis pelo
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consumo, pelas exportações e importações, investimentos agregados e gastos
governamentais.
Os agentes econômicos são:
a) Governo
b) Famílias
c) Firmas
d) Setor Externo
e)Setor financeiro
Fluxo Circular Básico
╔ ═► Pagamento dos bens e serviços ═ ╗
Famílias Empresas
╚ ═ Remuneração dos Fatores de Produção ◄═ ╝
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OS SISTEMAS ECONÔMICOS
A forma mais comum de resolver os problemas econômicos neste sistema é feita
pelo governo e não pelo mercado. As propriedades produtivas, as máquinas, equipamentos
e prédios públicos pertencem ao governo, não existe iniciativa privada.
Os sistemas econômicos podem ser caracterizados como sendo a forma que os
países organizam-se para resolver seus problemas econômicos: de como produzir, para
quem produzir, quanto produzir e onde produzir.
De acordo Passos e Nogami (2003), a sociedade pode se organizar sua
economicamente de três formas, a fim de resolver os problemas de o que, como e para
quem produzir. As quais são: economia de mercado, economia planificada centralmente e
economia mista.
Economia de mercado
Na economia de mercado ou economia livre, o Estado participa da vida econômica
com ações reguladoras. Em uma economia baseada na propriedade privada e na livre
iniciativa, os agentes econômicos preocupam-se em resolver isoladamente seus próprios
problemas, tentando sobreviver na concorrência imposta pelos mercados.
Os consumidores podem escolher o que compram, dentro de suas possibilidades de
renda. Suponhamos que os consumidores procuram maximizar suas rendas de forma que
lhes tragam maior satisfação pessoal. Pessoas podem comprar ou alugar os fatores de
produção e, desta forma, converter-se em produtores, e oferecer bens e serviços
demandados pelo mercado.
Economia planificada centralmente
Esse tipo de organização econômica é característico dos países socialistas, em que
prevalece a propriedade estatal dos meios de produção. Nesse tipo de sistema as questões
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de o que, como e para quem produzir não são resolvidas de maneira descentralizada, por
meio de mercados e preços, mas pelo planejamento central, em que a maior parte das
decisões de natureza econômica é tomada pelo Estado.
Economia mista
Nos sistemas de economia mista, uma parte dos meios de produção pertence ao
Estado e outra parte pertence ao setor privado.
Decisões econômicas
Considerando a questão da escassez dos recursos e o problema econômico a
sociedade se depara com o dilema de tomar certas decisões. Decisões estas relativas à
produção e ao consumo de bens e serviços. Estas escolhas referem-se a:
a)“O que produzir”
O produtor deve escolher o produto com base nas necessidade da sociedade e
levando-se em conta a disponibilidade dos recursos. Uma vez que os recursos são escassos,
nenhuma economia pode produzir todas as quantidades de todos os produtos desejados por
todos os membros da sociedade.
b)“Como produzir”
Como produzir está relacionado com a escolha das técnicas de produção, como
utilizar o fator trabalho, o fator capital a tecnologia são escolhas fundamentais para a
produção.
c) Quanto produzir
Esta decisão refere-se ao nível produtivo que a firma deve adotar, esta decisão
também envolve os níveis de preços dos produtos e a os custos de produção. O empresário
vai adotar o nível de produção que maximize seu lucro.
d)“Para quem produzir”
A escolha do público consumidor é uma questão que diz respeito ao perfil da
população e envolve gostos, preferência e nível de renda.
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Exercícios
QUESTÕES PROPOSTAS
1. O problema fundamental com o qual a Economia se preocupa é:a) A pobreza.b) O controle dos bens produzidos.c) A escassez.d) A taxação daqueles que recebem toda e qualquer espécie derenda.e) A estrutura de mercado de uma economia.
2. Os três problemas econômicos relativos a “o quê”, “como”, e“para quem” produzir existem:a) Apenas nas sociedades de planejamento centralizado.b) Apenas nas sociedades de “livre empresa” ou capitalistas, nasquais o problema da escolha é mais agudo.c) Em todas as sociedades, não importando seu grau dedesenvolvimento ou sua forma de organização política.d) Apenas nas sociedades “subdesenvolvidas”, uma vez quedesenvolvimento é, em grande parte, enfrentar esses trêsproblemas.
e) Todas as respostas anteriores estão corretas.
3. Em um sistema de livre iniciativa privada, o sistema de preçosrestabelece a posição de equilíbrio:a) Por meio da concorrência entre compradores, quando houverexcesso de demanda.b) Por meio da concorrência entre vendedores, quando houverexcesso de demanda.c) Por pressões para baixo e para cima nos preços, tais queacabem, respectivamente, com o excesso de demanda e com oexcesso de oferta.d) Por meio de pressões sobre os preços que aumentam aquantidade demandada e diminuem a quantidade ofertada ediminuem a demanda, quando há excesso de demanda.
e) Todas as alternativas anteriores são falsas.
Em uma economia de mercado, os problemas do “o quê”,“quanto”, “como” e “para quem” deve ser produzido sãoresolvidos:a) Pelos representantes do povo, eleitos por meio do voto.
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b) Pelos preços dos serviços econômicos.c) Pelo mecanismo de preços.d) Pelos preços dos recursos econômicos.e) Pela quantidade dos fatores produtivos.
3. Numa economia do tipo centralizado, os problemas econômicos fundamentais são resolvidos:a) Pela produção em grande escala de bens de consumo.b) Pelo sistema de preços.c) Pelo controle da curva de possibilidades de produção.d) Pelo planejamento da atividade econômica.
As Externalidades como Ação Econômica
Fonte: http://www.eps.ufsc.br/disserta98/moreira/cap6.html
A ação econômica de produtores e consumidores promovem efeitos sobre outros
produtores e consumidores que escapam ao mecanismo de preços, ainda que estes sejam
determinados em regime de mercados perfeitamente competitivos. Esses efeitos não
refletidos nos preços são chamados externalidades.
Uma externalidade tanto pode ser positiva como negativa. Filellini (1994) descreve
o exemplo de duas propriedades agrícolas vizinhas, onde uma produz laranjas e a outra mel,
as quais se beneficiam mutuamente de economias externas na medida em que as abelhas ao
se abastecerem de pólen nos laranjais, contribuem para o aumento da produção de laranjas,
pelo processo de polinização que proporcionam. Como não existe uma cobrança por esses
serviços, os custos de produção das duas unidades caem, trazendo reflexos sobre os níveis
de preço e absorção de mercado.
Se os benefícios sociais de um produto excedem os benefícios privados, ocorre uma
externalidade positiva. Nesta situação, a firma produtora irá produzir menos que o
necessário, porque os benefícios que concede à sociedade são maiores que aqueles a que
fará jus via mecanismos de mercado. A medida alocativa neste caso é fazer a correção da
oferta pela concessão de um subsídio à firma para incentivar maior produção e consumo.
Em situação oposta, quando os custos sociais excedem os custos privados, obtém-se
uma deseconomia externa, quando haverá a tendência a uma superoferta, porquanto os
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custos de produção estarão sendo absorvidos por outros agentes que não o inicial. A melhor
medida alocativa é a imposição de um tributo sobre a produção, de modo a que seja inibida.
Uma fábrica de cimento que esteja gerando poluição do ar pela emissão de partículas
através de suas chaminés, pode ser obrigada por atos regulatórios a instalar equipamentos
de controle da poluição, de forma a evitar efeitos negativos (custos) para outros produtores
e moradores próximos.
Também se demonstra que este componente externo faz parte do ato de consumir.
Por exemplo, quando um consumidor decide comprar um perfume, ele considera suas
próprias preferências, mas também leva em conta a opinião de terceiros (preferências),
porque sabe que a satisfação que deriva de seu consumo depende da apreciação deles. O
perfume é um bem típico de mercado - divisível, sujeito ao princípio da exclusão e rival no
consumo - mas gera externalidades positivas caso seja do agrado dos outros, como também
pode trazer externalidades negativas, caso seja considerado desagradável. Um fumante
transfere custos à sociedade porque causa problemas à qualidade do ar e à saúde pública e
também porque ao descartar as pontas de cigarro obriga a coletividade ao esforço de sua
coleta. Uma família que consome água tratada estará obtendo mais qualidade de vida e
conforto. Os benefícios para a sociedade se refletem na redução de doenças nesta família
com menor utilização dos serviços de saúde, melhoria da produtividade no trabalho, melhor
rendimento das crianças na escola, efeitos estes que afetam positivamente o bem-estar
social, criando uma externalidade positiva. Ao avaliar estes exemplos, observa-se que os
benefícios e custos privados são diferentes dos benefícios e custos sociais.
Como o sistema de mercados não tem como ajustar essas contribuições de
pagamento porque as externalidades não são captadas nos sistemas de preços, o Governo
recebe a responsabilidade por praticar esses ajustes. A interferência alocativa do Governo
nesse processo não é motivada pelas externalidades em si, mas pelo interesse público em
sua correção. (FILELLINI, 1994).
A ECONOMIA E O DIREITO
Sabe - se que a economia é dedicada a satisfazer necessidades administrando
recursos escassos, ou seja, a atividade econômica é aquela aplicada na escolha de recursos
para o atendimento destas necessidades humanas.
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Muitas vezes o fenômeno econômico dita o surgimento de uma instituição jurídica
ou vice-versa. Se ao Direito está dada à incumbência de organizar a ordem social e se
dentro da ordem social inclui-se também a economia, podemos relacionar as relações entre
Economia e o Direito, para que haja uma sociedade mais igualitária, harmoniosa e em
desenvolvimento.
A relação entre economia e direito existe desde que o homem passou a viver em
sociedade. Porém essa relação passou a ser estudada de forma sistemática, a partir do
século XVIII com Adam Smith. Hoje, diversos centros de estudos e universidades se
dedicam a estudar as relações entre economia e direito.
Uma boa regulamentação de mercado e uma legislação clara, objetiva e simples são
fundamentais para o desenvolvimento de uma economia de mercado. Sem direitos de
propriedade bem-definidos, é muito difícil a realização de trocas e, portanto, o
desenvolvimento econômico.
Pela tão estreita ligação entre economia e direito e o fato de ao direito estar dada a
incumbência de organizar o ordem social e se dentro da ordem social inclui-se também, a
economia.
Sendo o trabalho um dos fatores de produção econômico, e que é o principal fator
de produção econômico, assim relaciona-se economia e direito implantando normas
jurídicas que protegem este que é de a fonte de produção de bens e serviços indispensáveis
à economia.
Existem alguns temas que estabelecem pontos de contato entre Economia e o
Direito, são eles:
Remuneração e salário, que, na economia, representam a
contraprestação paga a quem exerce o trabalho;
Participação do trabalho nos resultados da empresa;
Intervenção da justiça do trabalho nos reajustes salariais;
Garantia constitucional de boas condições de trabalho.
Algumas transações dão origem a benefícios ou custos sociais que não são
computados no mecanismo de preços do mercado. Esses custos e benefícios são ditos serem
externos ao mercado.
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Estas Externalidades ocorrem quando o consumo e / ou a produção de um
determinado bem afetam os consumidores e / ou produtores, em outros mercados, e esses
impactos não são considerados no preço de mercado do bem em questão. Importante
destacar que essas externalidades podem ser positivas (benefícios externos) ou negativas
(custos externos).
O direito, as externalidades Econômicas, a informação imperfeita e o poder de
monopólio, as externalidades econômicas são observadas quando a produção ou o consumo
de bens por um agente econômico acarreta efeitos que oneram outros agentes. Assim a
poluição produzida por empresas impõe os custos da fumaça, de rios insalubres, de ruído,
etc. a uma parcela expressiva da sociedade. Por isso, as externalidades dão base à criação
de leis antipoluição, de restrições quanto ao uso da terra, de proteção ambiental, etc.
Assim, por exemplo, uma empresa de fundição de cobre, ao provocar chuvas ácidas,
prejudica a colheita dos agricultores da vizinhança. Esse tipo de poluição representa um
custo externo porque é a agricultura, e não a indústria poluidora, que sofre os danos
causados pelas chuvas ácidas. Estes danos não são considerados no cálculo dos custos
industriais, que inclui itens como matéria-prima, salários e juros. Portanto, os custos
privados, nesse caso, são inferiores aos custos impostos à coletividade e, por conseqüência,
o nível de produção da indústria é maior do que aquele que seria socialmente desejável.
Já a educação gera externalidades positivas porque os membros de uma sociedade e,
não somente os estudantes, auferem os diversos benefícios gerados pela existência de uma
população mais educada e que não são contabilizados pelo mercado. Assim, por exemplo,
vários estudos, baseados em diferentes metodologias mostram que a educação contribui
para melhorar os níveis de saúde de uma determinada população. Em particular, níveis mais
elevados de escolaridade materna reduzem as taxas de mortalidade infantil. Outros
trabalhos mostram também que a educação concorre para reduzir a criminalidade. Todos
esses benefícios indiretos da educação por não serem apreçados não são computados nos
benefícios privados. Portanto, os benefícios sociais são superiores aos benefícios privados,
que incluem apenas as vantagens pessoais da educação, como por exemplo, os salários
obtidos em função do nível de escolaridade. Podemos destacar ainda, que os produtores
podem causar externalidades sobre consumidores e vice-versa. Assim, por exemplo, a
poluição provocada pela indústria de cobre aumenta a incidência de tuberculose entre a
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população. Também, os fumantes contribuem para a disseminação de doenças entre os não
fumantes (fumantes passivos) e, nesse caso, temos a geração de externalidades de
consumidores para consumidores. Por fim, o uso de automóveis privados congestiona o
tráfego e contribui para reduzir a velocidade do transporte de mercadorias e, portanto,
representa um exemplo de custos externos para os produtores gerados pelos consumidores.
Os Subsídios na Economia
Fonte: http://www.eps.ufsc.br/disserta98/moreira/cap6.html
O instrumento da política econômica utilizado para ajustar as restrições
orçamentárias dos consumidores é o subsídio. Um subsídio é o oposto do imposto. O
governo dá ao consumidor uma certa quantidade de dinheiro dependendo da quantia da
compra do bem ou pode reduzir ou devolver o valor do bem que se quer subsidiar.
(VARIAN, 1994). Como o imposto, o benefício de um subsídio é compartilhado por
compradores e vendedores, dependendo das elasticidades relativas à oferta e demanda.
(PINDYCK, 1994).
A utilização de subsídios também é encontrada nas empresas privadas. Porter
(1980) assinala em sua obra "Estratégia Competitiva" que as empresas em seus processos
de fixação de preços podem adotar os subsídios cruzados dentro de sua linha de produtos,
visando através da fixação dos preços pelo custo médio encobrir custos de produtos cujos
mercados não conseguem suportar seus custos reais e ceder lucros em situações em que os
compradores são sensíveis ao preço.
A utilização de subsídios no setor de "public utilities" tem sido relacionada com o
financiamento da infra-estrutura como política de desenvolvimento, onde a provisão destes
serviços, dado seu caráter de bem público, conduz à externalidades positivas tanto em taxas
de crescimento da produtividade como em melhorias na qualidade de vida e bem-estar
social da população.
Em uma recente discussão sobre o financiamento à infra-estrutura, Garcia (1995)
em seu artigo defende que "mesmo com o setor privado assumindo a execução de projetos
em alguns setores de infra-estrutura - notadamente energia, telecomunicações e transporte -
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o setor público não pode deixar de exercer algumas funções, como a regulação e o
provimento de subsídios em alguns setores como em estradas vicinais, água e esgoto,
transporte urbano".
Também, levando-se em conta os aspectos sociais do setor de saneamento, e tendo-se como princípio
o fato de que toda a população deve ter acesso aos serviços de saneamento (universalização dos serviços)
dado o caráter de essencialidade destes serviços, deve-se garantir o suprimento de uma demanda essencial aos
que não podem pagar seus custos. Neste caso, os subsídios cruzados são uma maneira de se resolver o
problema da demanda essencial pelos serviços. (IPEA/PMSS, 1996).
A Crise de 1929
Fonte: revista veja
Um alvoroço incomum nos arredores da Bolsa de Valores de Nova York chamou a
atenção do comissário de polícia da cidade, Grover Whalen, na última quinta-feira, dia 24.
Por volta das 11 horas, um rugido cavernoso começou a escapar do edifício. Alguns
minutos depois, já não era possível identificar se o bramido vinha de dentro ou de fora da
Bolsa; uma multidão estrepitosa tomara as cercanias de Wall Street e Broad Street, como
formigas rodeando um torrão de açúcar esquecido na pia da cozinha. Alarmado, o
comissário logo enviou um destacamento especial para a região. A turba, contudo, não
representava uma ameaça à ordem pública, como o oficial perceberia mais tarde. Com
olhares horrorizados e incrédulos, os nova-iorquinos, espremidos uns aos outros, estavam
inertes. Eles apenas esperavam, não se sabe ao certo quem ou o quê. Era o pânico.
Dentro do prédio, a consternação era semelhante, e estava ainda mais evidente na
agitada face de corretores e operadores, protagonistas e testemunhas do acontecimento que
pode mudar os rumos da economia mundial. Símbolo maior da pujança econômica dos
Estados Unidos, o mercado de ações, que se tornou verdadeira mania nacional nesta década
gloriosa para os americanos, via seu baluarte, a rica e poderosa Bolsa de Nova York,
despedaçar-se em poucos minutos naquela que já entrou para os anais como a "quinta-feira
negra". Uma onda súbita e sem precedentes de vendas tomou de assalto o pregão nova-
iorquino. Ações outrora valorizadas simplesmente não encontravam novos compradores,
nem mesmo por verdadeiras ninharias. Os preços dos papéis, fossem eles da United States
Steel ou da American Telephone and Telegraph, caíam vertiginosamente, arrastando com
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eles as economias, esperanças e sonhos de milhares de americanos levados à bancarrota
instantânea.
Desde então, Wall Street
presenciou outras duas
jornadas calamitosas –
em 28 e 29 de outubro,
"segunda-feira negra" e
"terça-feira negra", este
último o dia mais
nefasto de toda a história
do mercado mundial em
volume de vendas e
queda de preços –, que fornecem a incômoda impressão de que a incerteza e o temor
vieram para ficar. As palavras otimistas dos políticos, banqueiros e magnatas, que deram
um alento aos investidores após o crash do dia 24, já não surtem mais tanto efeito, ainda
que insistam em anunciar uma suposta solidez da economia. Especialistas concordam que
os últimos dias de outubro criarão seqüelas não só no mercado financeiro e na economia
americana, mas também, por conseqüência direta, em todo o mundo. A real extensão do
estrago, porém, só será dimensionada quando a poeira baixar. Ninguém, por enquanto, ousa
dizer quando isso poderá acontecer.
Nos últimos anos, o fenomenal desempenho das ações parecia desafiar o adágio de
que tudo que sobe deve descer. Há pouco mais de um mês, em 3 de setembro, o índice de
ações industriais publicados pelo diário The New York Times atingia seu ápice histórico,
com 452 pontos. Em 1925, o mesmo indicador registrava 159 tentos. A facilidade da
compra de ações seduziu milhares de investidores, que colocavam todo o dinheiro que
tinham, e especialmente o que não tinham, em pedaços de papéis certificados. Comprar
ações "na margem" – pagando uma pequeníssima parcela do valor e tomando o restante
emprestado do corretor ou do banco – era, até dias atrás, prática absolutamente comum e
aparentemente segura. Afinal, como as ações não paravam de se valorizar, bastava vendê-
las, quitar o débito com o credor e embolsar o lucro. A euforia era infinita.
Vendendo a qualquer preço: operadores tentam se livrar dos
papéis por ninharias
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Por trás dela, entretanto, escondia-se uma realidade para a qual os otimistas faziam vista
grossa. Enquanto os preços das ações subiam, disparavam também os empréstimos dos
corretores – no final do verão americano, o montante chegara a sete bilhões de dólares –,
tornando a especulação a grande alavanca desse crescimento. Não havia, assim, segurança
ou liquidez nessa enxurrada de capital que desembarcava em Nova York. Mas a aparência
firme do mercado fazia dissipar qualquer preocupação com os empréstimos, e a
especulação encontrava campo aberto e convidativo para se alastrar e aumentar ainda mais
o valor das ações.
Algumas vozes já vinham predizendo, nos últimos meses, um estouro da bolha
especulativa que alimentava os estratosféricos índices da Bolsa de Nova York. E não havia
nesses oráculos nenhum tom sobrenatural – apenas o escrutínio dos fatos e as lições de
quebras passadas. Contudo, alertar para essa situação significava ser tachado de
destrutivista ou anti-patriota. O teórico Roger Babson, que, no início de setembro, cunhou
seu agora célebre vaticínio – "mais cedo ou mais tarde, o crash virá, e poderá ser tremendo"
–, foi ironizado, desacreditado e assacado pelos guardiões de Wall Street. Entretanto, uma
análise minuciosa mostra que, desde então, no restante dos meses de setembro e outubro, o
mercado já vinha se mostrando demasiado irregular, com ligeira curva decrescente, apesar
de o entusiasmo com o bull market (o mercado altista) ainda caracterizar a Bolsa de Nova
York.
A situação ganhava contornos mais alarmantes e dramáticos quando se notava que
também outros indicadores econômicos nos Estados Unidos vinham apresentando declínio
acentuado neste ano. Os índices da produção industrial e fabril estavam em queda desde
junho, bem como a produção de aço. A construção de casas seguia o ritmo decadente dos
últimos anos. Ainda assim, o banqueiro Charles E. Mitchell, presidente da diretoria do
National City Bank, garantiu numa visita à Alemanha, no último dia 15, que nada seria
capaz de deter o vigoroso movimento ascendente. "Os mercados em geral estão em uma
condição salutar. Os valores têm uma base sólida na prosperidade geral do país", festejava.
Já o professor Irving Fisher, catedrático da Universidade de Yale e respeitadíssimo
economista, foi mais direto. "O preço das ações alcançou o que parece ser um nível
permanentemente elevado. Espero ver, dentro de poucos meses, o mercado de valores bem
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mais alto do que está hoje." Como se constataria em poucos dias, não apenas o provérbio
sobre subir e descer se fez valer, ainda que de forma tardia. Outro ditado também mostrou
sua força: quanto maior a altura, maior a queda.
O ENFOQUE MICROECONOMICO
Microeconomia é o ramo da ciência econômica voltado ao estudo do
comportamento das unidades de consumo (indivíduos e famílias); ao estudo das empresas e
ao estudo da produção de preços dos diversos bens, serviços e fatores produtivos.
É a parte da economia que considera as unidades econômicas específicas, ou seja,
ela preocupa-se com a análise de segmentos “microscópicos” do mercado. Na
microeconomia analisa-se uma indústria individual. Na microeconomia estuda-se o
comportamento do consumidor e o comportamento das firmas, por meio da demanda e da
oferta, cabe ressaltar que o lado da demanda representa basicamente os consumidores e o
lado da oferta representa o setor produtivo. O segundo tópico estudado abrange a
microeconomia, refere-se à demanda e posteriormente o lado da oferta.
A Demanda
Costuma-se definir a procura, ou demanda individual, como a quantidade de um
determinado bem ou serviço que o consumidor estaria disposto a consumir em determinado
período de tempo. É importante notar, nesse ponto, que a demanda é um desejo de
consumir, e não sua realização. Demanda é o desejo de comprar.
A Teoria da Demanda é derivada da hipótese sobre a escolha do consumidor entre
diversos bens que seu orçamento permite adquirir.
Essa procura individual seria determinada pelo preço do bem; o preço de outros
bens; a renda do consumidor e seu gosto ou preferência.
A Demanda é uma relação que demonstra a quantidade de um bem ou serviço que
os compradores estariam dispostos a adquirir a diferentes preços de mercado. Assim, a
Função Procura representa a relação entre o preço de um bem e a quantidade procurada,
mantendo-se todos os outros fatores constantes.
22
Quantidade demandada é igual à quantidade de um bem ou serviço consumido num
determinado período de tempo.
A quantidade demandada é afetada pelos seguintes fatores:
a) Preço do bem ( P )
A quantidade demandada possui uma relação contrária com o preço, ou seja, a
quantidade demandada tende a cair quando o preço do bem aumenta, coeteris paribus.
O termo em latim coeteris paribus quer dizer que a quantidade demandada é
explicada pelo preço mantendo-se as demais variáveis constantes.Levando-se em conta
apenas o preço do bem observa-se quando a demanda aumenta ocorreu uma diminuição no
preço; quando ele diminui é um resultado de um aumento do preço.
b) Renda ( R)
Relação entre a procura de um bem e a renda do consumidor:
Bem Normal: São aqueles cuja quantidade demandada aumenta quando aumenta-se a
renda;
Bem de luxo: Ao se aumentar a renda a quantidade demandada aumenta em maior
Proporção;
Bem de primeira necessidade: Ao se aumentar a renda a quantidade demanda se Mantém
inalterada pois, ao se tratar de algo de primeira necessidade já fazia parte das antigas
aquisições do indivíduo;
Bem inferior: São aqueles cuja quantidade demandada diminui quando a renda aumenta.
Geralmente são vens para os quais há alternativas de melhor qualidade.
c) Preço dos bens relacionados ( Pr)
23
Aumento no preço do bem Y acarreta em aumento na demanda do bem X: isso
significa que os bens X e Y são substitutos ou concorrentes. Um exemplo é a relação
entre o chá e o café;
Aumento do bem Y ocasiona a queda da demanda do bem X: os bens em questão,
nesse caso, são complementares. São bens consumidos conjuntamente, como o café e o
açúcar.
d) Gostos e preferências ( G)
e) Juros ( J )
Juros e consumo posuem uma relação contrário. À medida que os juros sobem tem-se a
tendência de queda na demanda
f) Incerteza com relação ao futuro ( F)
Pode-se afirmar que a demanda é função de todos os fatores acima citados, isso quer
dizer que a demanda depende de cada uma desses fatores e esse comportamento é
representado pela seguinte fórmula:
Qd = f ( P, R, Pr, G, J,F)
Quase todas as mercadorias obedecem à lei da procura decrescente, segundo a qual
a quantidade procurada diminui quando o preço aumenta. Isto se deve ao fato de os
indivíduos estarem, geralmente, mais dispostos a comprar quando os preços estão mais
baixos.
Lei da Demanda: A quantidade demandada de bem ou serviço possui uma relação inversa ao preço do bem ou serviço, coeteris
paribus
24
Curva da Demanda
012345678910
1 2 3 4 5 6 7 8 9Qd
P
Qd = f (p)
Onde : Qd = quantidade demandada
a e b constantes
P = Preço do produto
Os Deslocamentos da curva de demanda
Caso haja um aumento na renda, nos gostos e preferências e no preço do bem
substituto a curva de demanda sofrerá um deslocamento para a direita, o que refletirá num
aumento da demanda do mercado.
Qd = a - bP
25
Curva da Demanda
012345
678910
1 2 3 4 5 6 7 8 9Qd
P
Caso haja uma queda na renda, nos gostos e preferências e queda no preço do bem
substituto a curva de demanda sofrerá um deslocamento para a esquerda, o que refletirá
numa queda da demanda do mercado.
A oferta
Enquanto a relação da demanda descreve o comportamento dos compradores, a
relação da oferta descreve o comportamento dos vendedores, evidenciando o quanto
estariam dispostos a vender, a um determinado preço.
Os vendedores possuem uma atitude diferente dos compradores, frente aos preços
altos. Se estes desalentam os consumidores, estimulam os vendedores a produzirem e
venderem mais. Portanto quanto maior o preço maior a quantidade ofertada.
26
A Função Oferta nos dá a relação entre a quantidade de um bem que os produtores
desejam vender e o preço desse bem, mantendo-se o restante constante, ou seja, coeteris
paribus.A principal atividade das firmas é ofertar, ou seja, produzir bens e serviços.
A oferta é determinada pelos seguintes fatores:
a) Preço do produto
b) Preço dos fatores de produção ( TERRA, TECNOLOGIA, TRABALHO E CAPITAL)
c) Condições da natureza ( CLIMA)
d) Incerteza com relação ao futuro
Tudo isso pode ser resumido numa única equação:
Qo= quantidade ofertada
P = Preço do produto
Pf = Preço dos fatores de produção
N = Natureza
F = Incerteza quanto ao futuro
Oferta é quantidade produzida de um bem ou serviço num determinado período de tempo
Qo = f ( P, Pf, N,F)
27
Curva da Oferta
0
2
4
6
8
10
1 2 3 4 5 6 7 8 9
Qd
P
Qo = a + bP
Isso quer dizer que a oferta, ao contrário da demanda, possui uma relação direta com
o preço do bem ou serviço e que a oferta é explicada pelo preço do bem, mantendo-se os
demais fatores fixos.
Os Deslocamentos da curva de oferta
Caso haja uma queda no preço dos fatores de produção, o clima e a natureza sejam
favoráveis e a expectativa com relação ao futuro sejam boas, a curva de oferta sofrerá um
deslocamento para a direita.
A lei da oferta diz o seguinte: A quantidade ofertada de um bem
ou serviço varia diretamente com o preço desse bem ou serviço,
coeteris paribus.
28
Curva da Oferta
0
2
4
6
8
10
1 2 3 4 5 6 7 8 9
Qd
P
2.3-O equilíbrio de mercado
Situação onde a quantidade ofertada se iguala à quantidade demandada, ou seja, é o
ponto onde observa-se que o consumo esta igual à oferta.
29
Qo = Qd
a – bP = c + dP
Exercícios
1) Assinale a alternativa correta:a) A macroeconomia analisa mercados específicos, enquanto amicroeconomia analisa os grandes agregados.b) A hipótese coeteris paribus é fundamental para o entendimentoda macroeconomia.c) No mercado de bens e serviços, são determinados os preços dosfatores de produção.d) A questão de “como produzir’’ é decidida no mercado de fatoresde produção.
e) Todas as alternativas estão erradas.
1) Conceitue
Q
P
EQUILIBRIO DE MERCADO
30
Demanda
Lei da demanda
2) Qual é a relação existente entre a quantidade demanda e o preço do bem?
Assinale a alternativa correta:a) A curva de procura mostra como variam as compras dosconsumidoresquando variam os preços.b) Quando varia o preço de um bem, coeteris paribus, varia ademanda.c) A demanda depende basicamente do preço de mercado. Asoutras variáveis são menos importantes e supostas constantes.d) A quantidade demandada varia inversamente ao preço do bem,coeterisparibus.3) e) N.r.a.Citar e explicar os fatores que determinam a demanda
5) O preço de equilíbrio para uma mercadoria é determinado:a) Pela demanda de mercado dessa mercadoria.b) Pela oferta de mercado dessa mercadoria.c) Pelo balanceamento das forças de demanda e oferta damercadoria.d) Pelos custos de produção.e) N.r.a.
4) Mostre a equação da demanda
5) Mostre o gráfico da demanda
6) O que significa o termo: Coeteris Paribus?
7) Citar e explicar os fatores que afetam o equilíbrio de mercado
O equilíbrio de mercado de um bem é determinado:a) Pelos preços dos fatores utilizados na produção do bem.b) Pela demanda de mercado do produto.c) Pela oferta de mercado do produto.d) Pelas quantidades de fatores utilizados na produção do bem.e) Pelo ponto de intersecção das curvas de demanda e da oferta8) do produto.
9) Caso haja um aumento significativo nos preços do insumos e do salário mínimo
explique o que pode acontecer com a oferta de mercado, mostre graficamente.
10) Se os países produtores de petróleo OPEP determinarem uma redução da produção de
petróleo, explique e mostre graficamente o que pode acontecer com o preço
internacional do petróleo
11) Se a produção de veículos no Brasil for explicada pela seguinte equação:
31
Qo = 100 + 1,5 P
A) determinar a produção de veículos quando o preço for 15.000,00 reais
B) A produção de veículos sempre terá uma função com inclinação negativa? Explique
12) Caso o equilíbrio de mercado da produção de soja no Brasil seja dado pelo seguinte
comportamento
Qo = 120 + 0,6 P e Qd = 180 – P
a) Determine o preço e a quantidade de equilíbrio
b) Mostre o gráfico do equilíbrio
Num dado mercado, a oferta e a procura de um produto sãodadas, respectivamente, pelas seguintes equações:Qs = 48 + 10PQd = 300 – 8Ponde Qs, Qd e P representam, na ordem, a quantidade ofertada, aquantidade procurada e o preço do produto. A quantidadetransacionada nesse mercado, quando ele estiver em equilíbrio, será:a) 2 unidades.ECONOMIA MICRO E MACRO32b) 188 unidades.c) 252 unidades.d) 14 unidades.e) 100 unidades.
As Elasticidades
Elasticidade preço da Demanda
Para se medir a variação na quantidade demandada devido à variação no preço dos
bens e serviços, utiliza-se o conceito de elasticidade preço da demanda. Em linhas gerais
elasticidade preço da demanda mostra a mudança percentual no consumo devido a uma
mudança percentual no preço do produto.
Ep = ∆Qd/∆P . P/Qd
32
Onde Ep = Elasticidade preço da demanda
∆Q d= Variação na quantidade demandada
∆P = Variação no preço do bem ou serviço
Classificação das elasticidade preço da demanda
Quando:
2.4.1.1-A Elasticidade preço da demanda e a receita total
A receita total das empresas pode ser considerada como despesa ou gasto dos
consumidores e resulta da multiplicação da quantidade vendida (Q) pelo preço da venda
(P). Portanto:
RT = P . Q
Tendo em vista que a receita é uma função do preço e da quantidade, e que a
elasticidade-preço da procura mede a relação entre a variação relativa na quantidade e no
preço, há consequentemente, uma nítida relação entre elasticidade e preço.
Se a de demanda é inelástica, uma queda relativamente grande no preço está
associado a apenas um pequeno aumento na quantidade procurada. Em conseqüência, a
Ep = 0 Elasticidade nula
Ep = 1 Elasticidade unitária
0< Ep < 1 Demanda inelástica
Ep > 1 Demanda elástica
33
receita total se reduz com um decréscimo no preço. Do mesmo modo, se a procura é
elástica, para uma pequena diminuição de preço, a porcentagem de aumento na quantidade
vendida é maior do que a porcentagem de redução no preço, e, portanto, a receita aumenta.
2.4.2-Elasticidade-Renda
A elasticidade-renda (Ey) da demanda é expressa como a percentagem de mudança
na quantidade demandada dividida pela variação percentual na renda.
Exemplo: admita que ao nível de renda mensal de R$ 1.000,00 o consumidor
adquiria 2 quilos de carne por mês. Quando sua renda aumentar para R$ 1.500,00, ele
passou a comprar 2,5 quilos por mês, ao mesmo preço anterior. Neste caso, a elasticidade-
renda é de 0,55.A interpretação do resultado é a seguinte: Se houver um aumento de 1 % na
renda haverá aumento de 0,55 % na quantidade adquirida de carne.Se a elasticidade-renda é
menor que a unidade e maior que zero, diz-se que o bem é normal. Se é maior que a
unidade, diz-se que é superior, e se for menor que zero (relação inversa), diz-se que bem é
um produto inferior.
O conhecimento das elasticidades-rendas da demanda para os produtos agrícolas é
importante para estimar o impacto de mudanças de renda sobre as compras de alimentos. A
Tabela a seguir lista alguns produtos e seus coeficientes de elasticidade-renda para o Brasil
e os Estados Unidos. A maioria dos produtos agrícolas apresentam um valor de
elasticidade-renda relativamente baixo, variando entre 0,2 e 0,5, ou seja, são bens normais.
Os produtos de origem animal têm elasticidade-renda, via de regra, mais elevada,
significando que aumentos de renda tendem a estimular mais intensamente o consumo de
produtos pecuários do que os de origem vegetal. No Brasil, os alimentos têm uma
elasticidade-renda em torno de 0,4; enquanto nos EUA é de 0,15.
34
Tabela -1 Estimativas de Elasticidades-renda (Ey) para Alguns Produtos, Brasil e
Estados Unidos.
PRODUTO
Ey ou Efeito da variação de 1 % de na renda dos consumidores sobre o consumo (variação em %)-------------------------------------------------------------------------- BRASIL EUA
Açúcar 0,13 0,01Adoçante n.d 0,42Arroz 0,10 0,15Banana 0,10 0,10Batata-inglesa 0,61 0,10Café 0,25 0,30Carne de boi 0,94 0,47Carne de frango 1,10 0,50Carne de porco 0,80 0,18Farinha de mandioca - 0,03 n.dFarinha de milho - 0,14 n.dFarinha de trigo 0,32 0,35Feijão - 0,11 - 0,49Frutas e verduras n.d 0,44Fumo 0,60 1,02Laranja 0,56 0,26Leite 0,60 0,16Manteiga 0,65 0,53Margarina 0,15 - 0,25Óleos vegetais 0,42 0,49Ovos 0,62 0,16Peixe 0,40 0,30Queijo 0,85 0,45Restaurante (refeições fora de casa)
n.d 1,48
Roupa n.d 2,01Bens de consumo durável 1,20 2,20ALIMENTOS EM GERAL 0,40 0,15NÃO-ALIMENTOS n.d 1,20 (*)Fonte: Várias
Muitos produtos e serviços não-agrícolas têm demanda sensível ou elástica à renda,
ou seja, são bens superiores ou de luxo. Como exemplo, a demanda eletrodomésticos,
roupa, consumo em restaurantes, jóias.
35
2.4.3-A Elasticidade preço da oferta
A elasticidade da oferta mostra a variação em termos percentuais na quantidade
ofertada de um bem ou serviço em razão da variação percentual no preço desse bem ou
serviço. Em outras palavras pode-se afirmar que a elasticidade da oferta mostra a divisão
entre as variações percentuais na oferta e variações percentuais nos preços. Também pode-
se dizer que a ela mostra a sensibilidade da produção em função do preço, ou seja, a
resposta da produção às oscilações do preço de mercado do produto.
Eo = Variação % da oferta Eo = Elasticidade preço da oferta
Variação % do preço
A equação final da Eo é a seguinte:
Eo= ∆Qo / ∆P . P/Qo
Classificação da elasticidade preço da oferta
Se
36
2.4.3.1-Casos especiais de elasticidades da oferta
Quando a Eo for igual a zero a curva de oferta será vertical pois não haverá
variação na oferta quando o preço aumentar ou diminuir, ou seja, a oferta é insensível ao
preço. Quando a Eo for infinita, isto quer dizer que existe uma sensibilidade tão grande da
oferta em relação aos preços que mesmo sem variar o preço a oferta apresenta grandes
variações.
Mona Lisa, de da Vinci, é um exemplo de produto com Demanda Perfeitamente Inelástica
Uma demanda é uma perfeitamente elástica quando mesmo sem qualquer variação no
preço, há uma variação constante da quantidade demandada, ou seja, independentemente da
quantidade de mercado o preço se mantém constante.
No extremo oposto, uma demanda é uma perfeitamente inelástica, ou
perfeitamente rígida, quando uma variação qualquer no preço resulta numa variação zero
Eo = 1 elasticidade da oferta é unitária
Eo > 1 oferta elástica
0 < Eo < 1 oferta inelástica
Eo = 0 oferta perfeitamente inelásticaEo = ∞ oferta perfeitamente elástica
37
da quantidade demandada, ou seja, independentemente do preço de mercado a quantidade
se mantem constante. É o caso, por exemplo, do mercado de obras raras.
Os casos gerais de elasticidade são usados frequentemente em discussões que
caracterizam circunstâncias para as quais informação detalhada não está disponível e/ou é
irrelevante. Existem então cinco casos de elasticidade.
• E = 0 Perfeitamente rígida. Este caso especial de elasticidade está representado na
figura em cima à direita. Qualquer variação de P não terá qualquer efeito em Q.
• E < 1 Rígida. A variação proporcional em Q é menor do que a variação
proporcional em P.
• E = 1 Elasticidade unitária. A variação proporcional de uma variável é igual à
variação proporcional de outra variável.
• E > 1 Elástica. A variação proporcional em Q é maior do que a variação
proporcional em P.
• E = infinito. Perfeitamente elástica. Este caso especial de elasticidade está representado na figura em cima à esquerda. A variação em P é zero, portanto a elasticidade é infinita.
Exercícios
1. Se o produto A é um bem normal e o produto B é um beminferior, um aumento da renda do consumidor provavelmente:a) Aumentará a quantidade demandada de A, enquanto a de B
38
permanecerá constante.b) Aumentarão simultaneamente os preços de A e B.c) O consumo de B diminuirá e o de A crescerá.d) Os consumos dos dois bens aumentarão.3. Assinale os fatores mais importantes, que afetam asquantidades procuradas:a) Preço e durabilidade do bem.b) Preço do bem, renda do consumidor, custos de produção.c) Preço do bem, preços dos bens substitutos e complementares,renda epreferência do consumidor.d) Renda do consumidor, custos de produção.
O leite torna-se mais barato e seu consumo aumenta.Paralelamente, o consumidor diminui sua demanda de chá.Leite e chá são bens:a) Complementares.b) Substitutos.c) Independentes.
d) Inferiores.
6. Dada a função demanda de x:Dx = 30 – 0,3 px + 0,7 py + 1,3Rsendo px e py os preços dos bens x e y, e R a renda dos consumidores,assinale a alternativa correta:a) O bem x é um bem inferior, e x e y são bens complementares.b) O bem y é um bem normal, e x e y são bens substitutos.c) Os bens x e y são complementares, e x é um bem normal.d) Os bens x e y são substitutos, e x é um bem normal.
e) Os bens x e y são substitutos, e x é um bem inferior.
Para fazer distinção entre oferta e quantidade ofertada, sabemosque:a) A oferta refere-se a alterações no preço do bem; e a quantidadeofertada, a alterações nas demais variáveis que afetam aoferta.b) A oferta refere-se a variações a longo prazo; e a quantidadeofertada, amudança de curto prazo.c) A quantidade ofertada só varia em função de mudanças nopreço do próprio bem, enquanto a oferta varia quandoocorrerem mudanças nas demais variáveis que afetam a ofertado bem.d) Não há diferença entre alterações na oferta e na quantidadeofertada.
e) N.r.a
39
Assinale a alternativa correta, coeteris paribus:a) Um aumento da oferta diminui o preço e aumenta a quantidadedemandada do bem.b) Uma diminuição da demanda aumenta o preço e diminui a
quantidade ofertada e demandada do bem.
c) Um aumento da demanda aumenta o preço e diminui a ofertado bem.d) Um aumento da demanda aumenta o preço, a quantidadedemandada e a oferta do bem.
e) Todas as respostas anteriores estão erradas.
Aponte a alternativa correta:a) Se o preço variar em $ 2, e a quantidade demandada em 10unidades, concluímos que a demanda é elástica.b) A elasticidade-preço cruzada entre dois bens é sempre positiva.
c) A elasticidade-preço da demanda de sal é relativamente baixa.d) A elasticidade-preço da demanda de alimentos é, em geral,bastante elevada.e) A elasticidade-renda da demanda de manufaturados é
relativamente baixa.
A elasticidade-renda da demanda é o quociente das variaçõespercentuais entre:a) Renda e preço.b) Renda e quantidade demandada.c) Quantidade e preço.d) Quantidade e renda.
e) Quantidade e preço de um bem complementar.
Se uma empresa quer aumentar seu faturamento e a demandado produto é elástica, ela deve:a) Aumentar o preço.b) Diminuir o preço.c) Deixar o preço inalterado.d) Depende do preço do bem complementar.
e) Depende do preço do bem substituto.
40
1) Conceitue elasticidade
2) Conceitue Elasticidade Preço da demanda
3) Conceitue:
Demanda inelástica
Demanda elástica
Demanda perfeitamente inelástica
4) Comente a seguinte frase:
Para os bens que possuem elasticidade preço da demanda maior que é recomendável
o aumento de seus preços pois haverá um aumento significativo na receita total.
5) Conceituar: a) Elasticidade preço da demanda b) bem de luxo c)Eficiência econômica
6) Interpretar
a) Er = 5b) Er = - 3c) Ep = 1
7) Classificar os bens
a) Er = 5b) Er= -3c) Er= 1
8) Dada a tabela abaixo
P Qd10 1020 5
a) Calcular a Epb) Interpretar a Ep
41
9) Dê 3 exemplos de bens com as seguintes Er
a) Er>1
b) Er<0
Se a curva de procura for de um tipo em que a redução de 10%no preço provoca um aumento de 5% na quantidade demercadoria que o público adquire, nessa região da curva, aprocura em relação ao preço será:a) Elástica.b) Unitariamente elástica.c) Infinitamente elástica.d) Inelástica, embora não perfeitamente.e) Totalmente inelástica ou anelástica.
A teoria da produção
Pode-se afirmar que a produção é a principal atividade da firma. A produção é o
processo pelo qual uma firma transforma os fatores de produção (insumos, tecnologia,
equipamentos e capital) em serviços e produtos.
O principal objetivo de uma firma capitalista é obter um resultado positivo entre a
receita e custos de produção. Os custos de produção são os gastos necessários para iniciar e
manter o processo produtivo, os custos de produção são provenientes dos dispêndios com
os fatores de produção.
Conceitos básicos da teoria da produção
TerraTecnologiaTrabalhoCapital
Processo produtivo Produto ( bem ou
serviço)
42
Firma = Unidade técnica onde é realizado o processo produtivo
Processo Produtivo = é a produção de bens e serviços, é a interação dos fatores de
produção.
Fatores de Produção = São os elementos fundamentais para o processo produtivo,
são os recursos naturais, a mão de obra, a tecnologia e o capital.
Produto = Resultado do processo produtivo, o produto pode ser um bem ou serviço.
A Eficiência Técnica e Eficiência Econômica na produção
Como já foi discutido anteriormente, os fatores de produção são elementos
imprescindíveis para a elaboração dos produtos, assim o melhor emprego no uso dos fatores
de produção irá refletir num melhor desempenho da produção e o melhor desempenho
produtivo consequentemente refletirá num melhor resultado econômico.
Pode-se afirmar que um processo produtivo é tecnicamente eficiente quando ele
permite a obtenção da mesma quantidade de produto que os outros processos com a menor
utilização de fatores de produção.
Quando um processo produtivo consegue produzir uma mesma quantidade de um
determinado produto com custos menores que outro processo produtivo similar, esse
processo está sendo mais eficiente economicamente, ou seja, está apresentando eficiência
econômica em relação ao outro sistema de produção. Ser eficiente economicamente é
produzir a mesma quantidade que era produzida antes porém com custos menores.
Economia de Escala: Existe economia de escala quando a expansão da capacidade
de produção de uma firma ou indústria causa um aumento dos custos totais de produção
menor que, proporcionalmente, os do produto. Como resultado, os custos médios de
produção caem, a longo prazo". (Bannock et alii, 1977). (18)
43
Aquela firma que organiza o processo produtivo de maneira que se alcance, através
da busca do tamanho ótimo, a máxima utilização dos fatores que intervêm em tal processo.
Como resultado, baixam-se os custos de produção e incrementam-se os bens e serviços
TEXTOS PARA DISCUSSÃO
Brasil é um dos países que mais dificultam os negócios, diz estudo
Valor Econômico27/07/2006 12:00
O Brasil poderá ter ganhos de produtividade, com efeitos positivos no crescimento
econômico e no emprego, se pegar as melhores práticas de fazer negócios, encontradas em
algumas cidades do país, e transferi-las para outros Estados. Hoje as diversas regiões
apresentam grandes diferenças nos indicadores que medem a facilidade em se fazer
negócios no país, em ranking que é liderado pelo Distrito Federal.
Quando a comparação é com o exterior, os dados também são preocupantes. " Há
uma grande distância entre o melhor do Brasil em facilidade para se fazer negócios e
Bancoc ou Johanesburgo " , diz o estudo Doing Business no Brasil, do Grupo Banco
Mundial em parceria com o Movimento Brasil Competitivo (MBC), com co-financiamento
da USAID.
Feito pela primeira vez no Brasil, a pedido do Ministério da Fazenda, o estudo foi
apresentado ontem, no Rio. O relatório incluiu indicadores quantitativos, que permitem
comparações entre 12 Estados do país e São Paulo, que representa o Brasil em um estudo
semelhante de caráter transnacional. O trabalho também possibilita paralelos com o
ambiente de negócios em cidades do México, onde foi feito outro estudo, e com mais de
150 países em todo o mundo.
O relatório tem cinco tópicos - abertura de empresas, registro de propriedades,
obtenção de crédito, pagamento de impostos e cumprimento de contratos - e diz que são
precisas reformas: " Os Estados devem buscar as melhores práticas dentro do Brasil,
informatizando os arquivos de registro de propriedades, como o Maranhão, e procurar
acompanhar o ritmo das reformas em países como Chile, Vietnã ou Eslováquia " .
44
Na comparação internacional, o Brasil, representado por São Paulo como maior
centro de negócios do país, está em 119º lugar entre 155 países pesquisados. O alto custo
para se fazer negócios no Brasil favorece a informalidade. O estudo estima que a
informalidade respondeu por 42% da produção do país em 2002-2003 em comparação com
33% no México, 16% na China e 26% na Índia.
Penelope Brook, do Banco Mundial, disse que, se um país ocupa as últimas
posições do ranking e faz as reformas que lhe permitem alcançar os primeiros lugares, pode
adicionar, em média, 2,2% ao ano em termos de crescimento econômico e pode haver
redução no desemprego de 3,7% ao ano.
No quesito abertura de empresas, Penelope mostrou que São Paulo ficou em último
lugar entre os Estados pesquisados, com prazo de cinco meses para abrir uma empresa. Em
Minas, o prazo é de 19 dias. No item registro de propriedades, o melhor Estado foi o
Maranhão (27 dias) e o pior, a Bahia (88 dias). Minas também ganha quando a questão é o
prazo para registro de garantias na obtenção de crédito. Gasta-se dois dias para fazer essa
operação em Minas, enquanto no Distrito Federal o prazo é de 45 dias. Já a Bahia é o lugar
mais fácil para pagar impostos, enquanto Minas o mais difícil.
" A pesquisa é estimulante porque mostra os nossos defeitos. Se em 2007 tivermos
percorrido metade das soluções apresentadas, e uma delas é pegar as melhores práticas de
um Estado e transplantá-las nos outros, já teremos produção mais competitiva " , avaliou o
ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, presente ao evento.
A produtividade
Fonte: Sebrae
“Produtividade é minimizar cientificamente o uso de recursos materiais, mão-de-obra,
máquinas, equipamentos etc., para reduzir custos de produção, expandir mercados,
aumentar o número de empregados, lutar por aumentos reais de salários e pela melhoria do
padrão de vida, no interesse comum do capital, do trabalho e dos consumidores”. (Japan
Productivity Center for Social – Economics Development).
Quando estudamos produtividade, buscamos identificar, analisar e minimizar a
influência de fatores que, de uma forma direta ou indireta, interferem para que algo
45
indesejado distorça os resultados esperados. Por exemplo:
É impossível medir a produtividade numa área de vendas sem considerar as
condições de entrega, os prazos de pagamento e a margem de lucro da operação.
No setor de compras, é importante avaliar o número de pedidos emitidos pela
quantidade de produtos acabados obtidos, mas há que se levar em conta o número de
pessoas envolvidas neste processo, o percentual de pedidos recebidos no prazo combinado
e a freqüência de faltas de estoque, bem como os custos pagos pelos produtos adquiridos
(preço, fretes, transportes etc.).
É imprescindível determinar a quantidade de peças produzidas por homem x hora,
mas devemos analisar o índice de desperdício, de refugo, o retrabalho e a qualidade obtida
em cada posto de trabalho, bem como o custo social (afastamentos e acidentes de trabalho)
aferido.
Quando se vai tomar decisões com base em produtividade é importante que se
considere o índice ao longo de um determinado tempo. Quase todas as empresas têm sua
fase de sazonalidade, razão pela qual o período de tempo é uma questão fundamental.
Sendo assim, torna-se aconselhável para análise o estudo por meio de gráficos ou
tabelas em que uma das bases seja o tempo, a fim de se identificar tendências.
Devemos sempre avaliar como uma ação isolada para aumento de produtividade
interfere em outro indicador e como eles, juntos, afetam o desempenho do
negócio.Aumentar a produtividade pura em uma fábrica (fazer mais em menos tempo) pode
gerar um significativo estoque de produtos acabados, consumos de matérias primas e deve
ser coerente com a produtividade de vendas. Caso contrário. só resulta em encalhe.
Fundamental também é comparar a produtividade alcançada pela empresa com
outras do mesmo segmento e que apresentem meios e processos equivalentes. Nunca
poderíamos comparar, por exemplo, caso estabelecêssemos como medida de produtividade
um indicador de rentabilidade por cliente, um restaurante a quilo com uma franquia de fast-
food.
Lembramos que uma empresa não consegue ser melhor que as pessoas que nela
atuam. Portanto o clima organizacional atua ora como causa , ora como efeito nos
resultados de produtividade.
46
Os Custos de produção
O custo de produção é o gasto financeiro necessário para aquisição e utilização dos
fatores de produção. Os fatores de produção, por sua vez, são os elementos fundamentais
para o processo produtivo, são eles: os insumos, a mão de obra, a tecnologia, os
equipamentos ou bens de capital e o capital financeiro. A ausência de qualquer um desses
fatores torna impossível a realização da produção de qualquer bem ou serviço.
Assim, o custo de produção ou o custo total é dado pela soma de dois outros tipos
de custo, que são os custos fixos e custos variáveis.
CT = CFT + CVT
Onde: CT = Custo total
CFT = Custo Fixo Total
CVT = Custo Variável Total
O custo com os fatores de produção que não aumentam ou diminuem a intensidade
de sua utilização durante a produção, ou seja, a parcela do custo que se mantém fixa,
quando a produção varia é chamado de Custo fixo total.
Os aluguéis, condomínios, os tributos, os gastos com depreciação, a mão de obra
( quando não há comissão por produtividade) e taxas de juros são casos clássicos de custo
fixos.
Graficamente o custo fixo total é dado por uma linha horizontal paralela ao eixo da
produção, à medida que a produção aumenta ou diminui o custo permanece no mesmo
nível.
47
Custo Fixo
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
1 2 3 4 5 6 7 8 9
Q
CT
O custo variável total é gasto com aquisição de fatores que variam com a produção,
o custo variável como o próprio nome diz varia de acordo com a produção. São exemplos
de custo variável : salário com comissão por rendimento, energia, matéria prima, insumos
(sementes, tecidos, combustíveis), aquisição de novas máquinas.
Custo Variavel
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
1 2 3 4 5 6 7 8 9
Q
CV
48
Outros dois tipos de custos existentes no processo produtivo e de grande
importância para análise do comportamento da firma são os custos médios e os custos fixos
médios.
O custo médio mostra a relação entre custo total e a quantidade produzida o custo
fixo médio mostra a relação entre custo fixo total e quantidade produzida.
Cme = CT / Q
Onde: Cme = custo médio
CT = custo total
Q = quantidade produzida
O custo fixo médio é a relação existente entre o custo fixo e a quantidade produzida
de um bem ou serviço, este, por sua vez, depende da quantidade produzida, à medida que
aumenta-se a produção sua tendência é diminuir.
CFme = CFT / Q
Onde: CFme = Custo Fixo médio
CFT = Custo fixo total
Q = Quantidade produzida
Custo marginalOrigem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Em economia e finanças, custo marginal é a mudança no custo total de produção
advinda da variação em uma unidade da quantidade produzida.
Matematicamente, a função de custo marginal (Cmg) é expressa como a derivada da
função de custo total (CT) sobre a quantidade total produzida (Q), como segue:
49
Em um gráfico, a curva que represente a evolução do custo marginal é de uma
parábola concava, devido a Lei dos rendimentos decrescentes. No ponto mínimo de curva,
se encontra o número de bens que devem ser produzidos para que os custos sejam mínimos.
Resumo dos Custos
ConceitoCT É a soma, para cada nível de produção, dos custos fixos e variáveis da empresa.
CFT Não se altera em função das quantidades produzidas, independe do nível de produção. É representado por uma reta paralela ao eixo das quantidades.
CVT Aumenta em função do aumento das quantidades produzidas, mas não na mesma proporção. Inicialmente, os aumentos são menos que proporcionais, possibilitando retribuições crescentes. A partir de certo nível, seus aumentos passam a ser mais
que proporcionais, conduzindo a retribuições decrescentes.CFMe Resulta da divisão do custo fixo total pelas quantidades produzidas. Inicialmente
declina acentuadamente. Mas a intensidade do declínio se amortece à medida que aumentam as quantidades produzidas.
CVMe Resulta da divisão do custo variável total pelas quantidades produzidas. Mostra um pequeno declínio inicial e, a partir de certo nível, uma ligeira tendência à expansão.
CMe Resulta da divisão do custo total pelas quantidades produzidas. Decresce acentuadamente no início, mas passa a aumentar a partir do ponto em que os
aumentos do custo variável médio se tornam maiores do que as reduções do custo fixo médio.
CMg É o custo em que a empresa incorre para produzir uma unidade adicional. Situa-se abaixo do custo variável médio até o ponto em que este alcança seu nível mínimo.
A partir daí revela uma tendência à expansão particularmente acentuada.
Custos de longo prazo
No longo prazo todos os fatores de produção são variáveis, não havendo custo fixo.
Ferguson (1992) defende que um agente econômico opera no curto prazo e planeja no
longo prazo. Conforme Pindyck (1994), uma linha de isocusto inclui todas as possíveis
combinações de mão-de-obra e de capital que possam ser adquiridas a um determinado
custo total, onde cada diferente nível deste descreve uma linha de isocusto diferente.
Para Varian (1994), "a função de custo c(w1, w2, y) mede o custo mínimo de
produzir y unidades do produto quando os preços dos fatores são (w1, w2). Quando
50
aumenta a quantidade do insumo mão-de-obra utilizada, é preciso diminuir a quantidade de
capital, com a finalidade de manter o produto constante. As escolhas de insumos que geram
custos mínimos para a firma dependerão dos preços dos insumos e do nível de produto que
a firma deseja produzir, chamadas de demandas de fatores condicionais. Estas demandas
resultam nas escolhas que minimizam custo para um dado nível do produto".
De acordo com Pindyck (1994, p. 280), "no longo prazo, a capacidade de variar a
quantidade do capital permite que a empresa reduza seus custos. O mais importante
determinante do formato das curvas de custo médio e de custo marginal são os rendimentos
crescentes, constantes e decrescentes de escala".
A curva de custo marginal a longo prazo CMgLP é determinada a partir da curva de
custo médio a longo prazo; ela mede a variação ocorrida a longo prazo nos custos totais, à
medida que a produção seja incrementalmente elevada" (Pindyck, 1994, p. 281).
Custo de oportunidadeOrigem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O custo de oportunidade é um termo usado na economia para indicar o custo de
algo em termos de uma oportunidade renunciada, ou seja, o custo , até mesmo social,
causado pela renúncia do ente econômico, bem como os benefícios que poderiam ser
obtidos a partir desta oportunidade renunciada ou, ainda, a mais alta renda gerada em
alguma aplicação alternativa.
Em outras palavras: O custo de oportunidade representa o valor associado a melhor
alternativa não escolhida. Ao se tomar determinada escolha, deixa-se de lado as demais
possibilidade, pois excludentes. À alternativa escolhida, associa-se como "custo de
oportunidade" o maior benefício NÃO obtido das possibilidades NÃO escolhidas, isto é, "a
escolha de determinada opção impede o usufruto dos benefícios que as outras opções
poderiam proporcionar". O mais alto valor associado aos benefícios não escolhidos, pode
ser entendido como um custo da opção escolhida, custo chamado "de oportunidade".
Um exemplo clássico da literatura económica: imagine uma fábrica de cadeiras que
produzia 10 cadeiras por mês num mercado que absorvia totalmente esta produção. Diante
de uma oportunidade de negócios, esta fábrica resolveu iniciar uma produção de um novo
51
produto: mesas. Porém, ao alocar recursos para tal, descobriu que terá de deixar de produzir
2 cadeiras para alimentar a demanda de 2 mesas. O custo de oportunidade está no valor
perdido da venda das 2 cadeiras que deixaram de ser fabricadas.
Se uma cidade decide construir um hospital num terreno vazio de propriedade
estatal ou pública, o custo de oportunidade é representado pela renúncia a erguer outras
construções naquele terreno e com o capital investido. Rejeita-se por exemplo a
possibilidade de construir um centro desportivo, ou um estacionamento, ou ainda a venda
do terreno para amortizar parte das dívidas da cidade, e assim por diante.
As punições previstas para as autoridades que desrespeitem a Lei autorizativa, no
que se refere a aplicabilidade do custo de oportunidade, varia de país para país.
Diferenças entre custo económico e custo contábil
A diferença fundamental entre ambos, está no facto do custo económico ser mais
usado entre os entes públicos e o contábil de um modo geral para as Pessoas Físicas ou
Jurídicas.
Avaliar o custo de oportunidade é fundamental em qualquer operação económica,
ainda mais quando não estão explícitos valores financeiros (como os preços), o que pode
levar a uma ilusão de que se obtiveram benefícios sem qualquer custo.
A Receita Total da firma
A receita total de uma firma é considerada como sendo o resultado da quantidade de
produtos e serviços vendidos pela firma levando em consideração o seu preço. Em outras
palavras pode-se afirmar que a receita é obtida pela multiplicação da quantidade vendida e
o preço do produto.
RT = P .Qd
52
Onde: RT = Receita Total
P = Preço do Produto
Qd = Quantidade demandada
Por essa fórmula conclui-se que a receita total será tanto maior quanto maior for o
preço do produto, também pode-se inferir que quanto maior for a demanda mantendo-se os
preços constantes a receita aumentará.
Lei dos rendimentos decrescentes: A Lei dos Rendimentos Decrescentes está ligada ao
conceito de produto marginal. Essa lei descreve o comportamento da variação da produção,
quando se varia um dos inputs de cada vez, mantendo constante os demais.
Segundo a Lei dos Rendimentos Decrescentes aumentando-se a quantidade de um
insumo e permanecendo a quantidade dos demais fatores fixa, a produção crescerá
inicialmente a taxas crescentes (produto marginal positivo); a seguir, num certo ponto
ocorrerão taxas decrescentes (produto marginal negativo). Finalmente, ao incrementar o
input, a produção decrescerá (GLAHE,1981). Nesta lei admite-se que a tecnologia
permaneça fixa, e que haja pelo menos um insumo cuja quantidade permanece constante.
Como exemplo, supõe-se que numa industria o input fixo é representado pelo
número de máquinas. O fator variável é representado pelo número de operários. Se várias
combinações de máquinas e mão-de-obra forem utilizadas para produzir um certo produto e
se a quantidade de máquinas for constante, o aumento da produção dependerá do aumento
da mão-de-obra utilizada. Quando isso ocorrer, alterar-se-ão as proporções de combinações
entre fatores fixos e variáveis. Nesse caso a produção aumentará até certo ponto e depois
decrescerá. Isto quer dizer que de inicio poderão ocorrer rendimentos crescentes, enquanto
os acréscimos de utilização do fator variável provocarem incrementos na produção.
Todavia, essa fase, quando ocorre, é passageira, passando a existir logo em seguida
rendimentos decrescentes.
Exercícios
53
1) O que é Teoria da firma?
2) Qual é a principal atividade da Firma?
Quando o Produto Total cai:a) A produtividade média do trabalho é nula.b) A produtividade marginal do trabalho é nula.c) A produtividade média do trabalho é negativa.d) A produtividade marginal do trabalho é negativa.e) A produtividade marginal é maior que a produtividade marginaldo trabalho.
A lei dos rendimentos decrescentes:a) Descreve o sentido geral e a taxa de mudança na produção dafirma quando é fixada a quantidade de recursos.b) Refere-se a produtos extras sucessivamente mais abundantes,obtidos pela adição de medidas iguais de um fator variável auma quantidade constante de um fator fixo.c) Refere-se a produtos extras sucessivamente mais reduzidos,obtidos pela adição de medidas iguais de um fator variável auma quantidade constante de um fator fixo.d) É constante, com a observação de que há limites à produçãoatingível, quando quantidades crescentes de um só fator sãoaplicadas a quantidades de outros.e) Explica o formato da curva de custo médio de longo prazo.
A função de produção relaciona:a) Custos com fatores de produção.b) Salários com lucros.c) Insumos com produção.d) Custos com produção.e) Preço com quantidade ofertada.
Custos
Se conhecemos a função produção, o que mais precisamossaber a fim de conhecer a função custos:a) A relação entre a quantidade produzida e a quantidade defatores necessária para obtê-la.b) O custo dos fatores, e como se pode esperar que esses custosvariem.c) Que fatores são variáveis.
54
Um aumento da produção a curto prazo sempre diminuirá:a) O custo variável médio.b) O custo total médio.c) O custo fixo médio.
4)Uma firma de camisas produziu e vendeu 140.000 peças num determinado período de
tempo a um preço de R$12,00 cada peça. Qual foi a receita da firma nesse período? Pode-se
afirmar que a receita foi igual ao lucro?
5) Suponha que uma determinada firma tenha um lucro de R$50.000,00, um custo total de
R$ 30.000,00 e tenha vendido 1.000 unidades de uma determinado produto. Qual foi o
preço do produto vendido?
5) Suponha que uma fábrica de camisas tenha uma receita de R$10.000,00 e um gasto com
recursos fixos e variáveis de R$19.000,00. Determine o Lucro desta empresa. Dê exemplos
de custos fixos e custos variáveis desta firma. Pode-se afirmar que a receita total é igual ao
Lucro, nesta firma?
6) Caso uma firma tenha o Lucro igual à R$ 150.000,00, uma receita de R$200.000,00, um
custo fixo de R$ 40.000,00, qual será o valor dos custos variáveis desta firma?
7) Explique a lei dos rendimentos decrescentes
Tipos de Lucro
O lucro é obtido pela diferença entre a receita total e os custos advindos do processo
produtivo.
55
L = RT – CT
RT > CT
RT < CT
Ponto de Equilíbrio
RT
CT
RT=CT Q
CT
Quando a receita total é maior que os custo de produção temos o
lucro puro
Quando a receita é menor que os custo de produção temos o
lucro negativo ou prejuízo.
56
Estruturas de Mercado
Concorrência perfeita
O conceito de concorrência perfeita é o marco a partir do qual os mercados ou as
estruturas de mercado que se afastam daquele ideal, como o monopólio e o oligopólio, são
considerados como produzindo distorções na alocação de recursos, sendo fonte, então, de
ineficiências e, por isso, sujeitas à regulamentação estatal.
O mercado dito de competição pura ou perfeita é caracterizado pela existência de
um grande número de pequenos compradores e vendedores; o produto transacionado é
homogêneo; não há barreiras à entrada de empresas no mercado ; perfeita transparência
para os vendedores e para os compradores de tudo que ocorre no mercado; perfeita
mobilidade dos insumos produtivos. O preço de mercado é definido, em equilíbrio
concorrencial, pela intersecção entre as curvas de oferta e da procura, sendo que a oferta de
mercado é constituída pelo conjunto de todas as ofertas individuais.
Monopólio
Em economia, monopólio (do grego monos, um + polein, vender) é como se
denomina uma situação de concorrência imperfeita, em que uma empresa detêm o mercado
de um determinado produto ou serviço, impondo preços aos que comercializam.
Monopólios podem surgir devido a características particulares de mercado, ou devido a
regulamentação governamental, o monopólio coercivo, e criam uma particularidade
economica, em que a curva de demanda do bem fica negativamente inclinada, na medida
em que a demanda da firma e a demanda do mercado são as mesmas.
Monopolio é a situação em que um setor do mercado com múltiplos compradores é
controlado por um único vendedor de mercadoria ou serviço, tendo capacidade de afetar o
preço pelo domínio da oferta. Nesse cenário, os preços tendem a se fixar no nível mais alto
para aumentar a margem de lucro. Alguns monopólios são instituídos com apoio legal para
estimular um determinado setor da empresa nacional, ou para protegê-la da concorrência
estrangeira, supostamente desleal por usar métodos de produção mais eficientes e que
58
barateiam o preço ao consumidor. Outros monopólios são criados pelo Estado sob a
justificativa de aumentar a oferta do produto e baratear seu custo. A empresa estatal
Petrobrás era a única com permissão para prospecção, pesquisa e refino do petróleo até
1995, quando o Congresso autoriza a entrada de empresas privadas no setor.
Monopólio Natural
O monopólio natural é uma situação de mercado em que os investimentos
necessários são muitos elevados e os custos marginais são muito baixos. Caracterizados
também por serem bens exclusivos e com muito pouca ou nenhuma rivalidade.
Esses mercados são geralmente regulamentados pelos governos e possuem prazos
de retorno muito grandes, por isso funcionam melhor quando bem protegidos.
TV a cabo, distribuição de energia elétrica ou sistema de telefonia são exemplos
caracteristicos de monopólios naturais.
Oligopólio
É a prática de mercado em que a oferta de um produto ou serviço, que tem vários
compradores, é controlada por pequeno grupo de vendedores. Neste caso, as empresas
tornam-se interdependentes e guiam suas políticas de produção de acordo com a política
das demais empresas por saberem que, em setores de pouca concorrência, a alteração de
preço ou qualidade de um afeta diretamente os demais. O oligopólio força uma batalha
diplomática ou uma competição em estratégia. O objetivo é antecipar-se ao movimento do
adversário para combatê-lo de forma mais eficaz. O preço tende a variar no nível mais alto.
Podem ser citados como exemplos de setores oligopolizados no Brasil o automobilístico e o
de fumo.
Cartel
Associação entre empresas do mesmo ramo de produção com objetivo de dominar o
mercado e disciplinar a concorrência. As partes entram em acordo sobre o preço, que é
59
uniformizado geralmente em nível alto, e quotas de produção são fixadas para as empresas
membro. Os cartéis começaram na Alemanha no século XIX e tiveram seu apogeu no
período entre as guerras mundiais. Os cartéis prejudicam a economia por impedir o acesso
do consumidor à livre-concorrência e beneficiar empresas não-rentáveis.
O objetivo do cartel é, por meio da ação coordenada entre concorrentes, eliminar a
concorrência, com conseqüente aumento de preços, aumento do lucro de seus membros e
redução de bem-estar para o consumidor.
Cartéis são considerados a mais grave lesão à concorrência e prejudicam consumidores ao
aumentar preços e restringir oferta, tornando os bens e serviços mais caros ou
indisponíveis.
Ao artificialmente limitar a concorrência, os membros de um cartel também
prejudicam a inovação, impedindo que novos produtos e processo produtivos surjam no
mercado. Cartéis resultam em perdas de bem-estar do consumidor e, em longo prazo, perda
de competitividade da economia com o um todo.
A formação de cartéis é considerada crime em quase todos os países desenvolvidos
por suas leis antitruste. Esse é o caso do Brasil.
A política brasileira de defesa da concorrência é disciplinada pela Lei nº 8.884, de
11 de junho de 1994[2]. O Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência (SBDC) é
composto por três órgãos: a Secretaria de Acompanhamento Econômico (SEAE) do
Ministério da Fazenda, a Secretaria de Direito Econômico (SDE) do Ministério da Justiça e
o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), autarquia federal vinculada ao
Ministério da Justiça.
De acordo com a legislação brasileira, no âmbito administrativo, uma empresa
condenada por prática de cartel poderá pagar multa de 1 a 30% de seu faturamento bruto no
ano anterior ao início do processo administrativo que apurou a prática. Por sua vez, os
administradores da empresa direta ou indiretamente envolvidos com o ilícito podem ser
condenados a pagar uma multa de 10 a 50% daquela aplicada à empresa. Outras penas
acessórias podem ser impostas como, por exemplo, a proibição de contratar com
instituições financeiras oficiais e de parcelar débitos fiscais, bem como de participar de
60
licitações promovidas pela Administração Pública Federal, Estadual e Municipal por prazo
não inferior a cinco anos.
Além de infração administrativa, a prática de cartel também configura crime no Brasil,
punível com multa ou prisão de 2 a 5 anos em regime de reclusão. De acordo com a Lei de
Crimes Contra a Ordem Econômica (Lei nº 8.137, de 27 de dezembro de 1990[3]), essa
sanção pode ser aumentada em até 50% se o crime causar grave dano à coletividade, for
cometido por um servidor público ou se relacionar a bens ou serviços essenciais para a vida
ou para a saúde.
O dia 8 de outubro foi instituído por Decreto Presidencial como sendo o Dia Nacional do Combate a Cartéis.
TEXTOS PARA DISCUSSÃO
CADE julga operações que geram fusão entre Sky e DirectTV
Fonte: CADE
Na sessão ordinária de julgamento do CADE nº 373, que iniciou em 24/05/2006 e
finalizou no dia seguinte, o CADE concluiu o julgamento dos Atos de Concentração nºs.
53500.002423/2003 e 53500.029160/2004, que une as operadoras de televisão por
assinatura Sky e DirecTV. O CADE aprovou as operações, impondo restrições necessárias
para mitigar os prováveis impactos causados na concorrência.
Com relação a primeira operação, que envolvia as empresas News Corporation
Limited e Hughes Electronics Corporation, o plenário proibiu, pelo prazo de 5 anos, a
atuação das empresas de forma discriminatória com relação aos concorrentes e a
exclusividade, pelas empresas do Grupo News, no fornecimento de conteúdo audiovisual,
bem como a exclusividade na transmissão dos principais campeonatos de futebol
Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil, Libertadores das Américas e Campeonatos
Estaduais de São Paulo e Rio de Janeiro.
O CADE, na análise da segunda operação, realizada entre News Corporation
Limited, DirecTV Group, Inc. e Globo Comunicações e Participações S/A., determinou,
61
pelo período de 5 anos, que a Sky pratique preços iguais em todo país para os pacotes de
canais, permitindo promoções locais pelo prazo máximo de 90 dias; que os referidos
pacotes sejam oferecidos em todo território nacional e que tal determinação se torne pública
por meio de jornais de grande circulação nacional. O CADE obrigou, também, que a Sky,
pelo prazo de 3 anos, continue transmitindo canais de conteúdo brasileiro hoje disponíveis
na DirecTV para os atuais assinantes que venham a migrar para a Sky; que garanta às
programadoras de conteúdo nacional, a mesma receita hoje auferida com a comercialização
deste conteúdo, decorrentes de contratos que tenha com a DirecTV; e ainda, que a Sky, no
prazo de 180 dias, aumente em 20% a base de assinantes que recebam canais de conteúdo
brasileiro, mantendo-a pelos 30 meses subsequentes.
Por fim, o Conselho obrigou o Grupo Globo de se abster de vetar ou determinar
unilateralmente as condições de transmissão de programas ou conteúdo audiovisual
nacional de empresa brasileira, nas operações da Sky e determinou que sejam alterados
contratos de forma que a Sky possa contratar programa ou conteúdo audiovisual nacional
de empresa brasileira, novo ou já existente, por maioria simples de seus sócios ou
acionistas.
Cade autoriza aquisição da Reebok pela Adidas
Fonte: Valor Online
BRASÍLIA - O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou nesta tarde
a compra da marca esportiva Reebok pela concorrente Adidas. A aquisição foi feita em
agosto do ano passado. A análise do Cade considerou os efeitos do negócio no mercado
brasileiro.
Segundo a assessoria de imprensa do Cade, a aprovação ocorreu sem restrições e
por unanimidade. Resta agora aguardar a publicação da decisão no Diário Oficial, nos
próximos dias. A companhia alemã comprou a Reebok por US$ 3,8 bilhões e obteve
autorização dos órgãos reguladores da União Européia em janeiro deste ano. Quando
anunciou a transação, a Adidas informou que tinha expectativa de elevar o lucro líquido em
10% no médio prazo.
62
No dia 9 de maio a Adidas reportou aumento de 37% de seu lucro líquido no
primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. Em conjunto
com a Reebok, o lucro atingiu 144 milhões de euros, contra os 105 milhões registrados em
2005. Mesmo assim, a companhia registrou uma queda de 10% no comércio das marcas da
Reebok em comparação com o primeiro trimestre do ano passado.
SDE vê cartel na distribuição de veículosFonte: Valor Online
A Justiça Federal gaúcha condenou, em primeira instância, no fim de junho, três
pessoas por considerá-las responsáveis por práticas de cartel no transporte de veículos
novos. Essa decisão dá início a nova etapa de uma disputa que se arrasta há anos e que
levou o Ministério Público Federal (MPF) do Rio Grande do Sul a apresentar denúncia à
Justiça federal. A Polícia Federal também investiga o caso e, durante meses, quebrou o
sigilo telefônico de vários envolvidos.
Foram condenados o presidente do Sindican (Sindicato Nacional dos Cegonheiros ),
Aliberto Alves; o ex-presidente da Associação Nacional dos Transportadores de Veículos
(ANTV), Paulo Guedes; e o diretor de assuntos institucionais da General Motors, Luiz
Moan Yabiku Júnior.
Eles são acusados pelo MPF de impedir que empresas não associadas à ANTV e
cegonheiros não filiados ao Sindican participem do mercado de transporte de automóveis
novos das fábricas para as concessionárias e portos. Testemunhas disseram, nos dois
processos que correm na Justiça Federal gaúcha, ter recebido ameaças de pessoas ligadas às
entidades caso não seguissem as regras que regem esse mercado. Por meio da assessoria de
imprensa, a General Motors do Brasil informa que, como o caso está na Justiça, se reserva
o direito de não fazer comentários. Paulo Guedes não foi encontrado.
A ANTV representa uma dezena de transportadoras de veículos novos. Elas são
remanescentes da chegada da indústria automobilística em São Paulo, há cinco décadas.
Com a construção de novas fábricas de carros no país, parte da produção de veículos se
deslocou do Sudeste no final da década de 90. Mas o transporte continua quase todo sob
comando do mesmo grupo.
63
Há quatro anos, o MPF do Rio Grande do Sul encaminhou uma denúncia à Secretaria de
Direito Econômico (SDE). Segundo o Ministério Público, a ANTV concentra todo o
transporte de automóveis no país e o preço do frete cobrado pelas transportadoras seria
maior do que o praticado por transportadoras independentes.
Em janeiro deste ano, a SDE recomendou ao Conselho Administrativo de Defesa
Econômica (Cade) multar a ANTV e o Sindican por infração à ordem econômica, mas não
viu "qualquer evidência" de que a General Motors tivesse praticado alguma infração à
ordem econômica. A SDE instaurou um processo administrativo incluindo outras
montadoras. O processo foi enviado ao Cade em janeiro, mas ainda não chegou às mãos do
relator designado, Luis Fernando Schuartz. Não há prazo definido para o julgamento.
O parecer da SDE atesta a existência do cartel: "Trata-se de um mercado em que
certos atores privados apresentam-se, notoriamente, como verdadeiros agentes reguladores
de mercado, como se tivessem prerrogativas de controlar preços, oferta, entrada e saída do
mercado. Porém, a ausência de qualquer autorização legal ou constitucional para tanto não
deixa dúvidas de que os representados (ANTV e Sindican) prejudicam a coletividade ao
violar a lei e os princípios constitucionais da livre iniciativa, livre concorrência, função
social da propriedade, defesa dos consumidores e repressão ao abuso do poder econômico."
Uma das denúncias é a existência de um esquema de venda de vagas para novos
caminhoneiros. Quem quiser participar do negócio tem que pagar um tipo de pedágio que
varia de R$ 300 mil a R$ 1 milhão. Antônio Luiz Neto, ex-consultor técnico da Catlog, que
prestava serviços de logística para a Renault, disse à SDE que o Sindicam e ANTV
cobravam "pedágio" dos caminhoneiros.
Segundo a SDE, "a forte atuação dos cartéis que dominam há anos esses elos da cadeia
vertical, liderados pelos representados (ANTV e Sindicam), que atuam gerando prejuízos às
montadoras sempre que estas tentam escolher empresas que não participam desses cartéis,
tem desestimulado uma atuação mais incisiva para a abertura do mercado de transportes por
iniciativa das montadoras."
No centro da disputa está o empresário e deputado federal Vittorio Medioli (PV-
MG). Segundo fontes citadas nos processos e ouvidas pelo Valor, Medioli, proprietário da
transportadora Sada, foi aos poucos ampliando seu grupo ao comprar boa parte das demais
empresas que formam a ANTV. Ele teve o cuidado de manter a identidade jurídica de cada
64
empresa para não chamar atenção. O diretor jurídico do grupo Sada, Luis Tito, negou a
informação e disse que o grupo é composto por duas empresas, Sada e DaCunha.
Nas montadoras, fontes informam que a centralização de comando é um "assunto
engasgado", mas ninguém quer falar. Os concessionários sentem certo alívio por não serem
mais os responsáveis pela contratação do serviço de transporte. Um executivo que não quer
ser identificado relata a vez em que recebeu telefonema anônimo ameaçador. A pessoa que
ligou aconselhou-o a tomar cuidado nas suas atitudes para preservar a integridade da esposa
e filhos.
HISTÓRIA DO PENSAMENTO ECONOMICO
As questões econômicas têm preocupado muitos intelectuais ao longo dos séculos.
Na antiga Grécia, Aristóteles e Platão dissertaram sobre os problemas relativos à riqueza, à
propriedade e ao comércio. Durante a Idade Média, predominaram as idéias da Igreja
Católica Apostólica Romana e foi imposto o direito canônico, que condenava a usura
(contrato de empréstimo com pagamento de juros) e considerava o comércio uma atividade
inferior à agricultura.
De modo geral a historia do pensamento econômico pode ser dividida em:
• Mercantilismo
• Fisiocracia
• Economia Clássica
• Teoria Marxista
• Teoria Keynesiana
O Mercantilismo
Conseqüência da ampliação de horizontes econômicos propiciada pelos
descobrimentos marítimos do século XVI, o mercantilismo, apesar de apresentar variantes
de país para país, esteve sempre associado ao projeto de um estado monárquico poderoso,
capaz de se impor entre as nações européias.
65
Mercantilismo é a teoria e prática econômica que defendiam, do século XVI a
meados do XVII, o fortalecimento do estado por meio da posse de metais preciosos, do
controle governamental da economia e da expansão comercial. Os principais promotores do
mercantilismo, como Thomas Mun na Grã-Bretanha, Jean-Baptiste Colbert na França e
Antonio Serra na Itália, nunca empregaram esse termo. Sua divulgação coube ao maior
crítico do sistema, o escocês Adam Smith, em The Wealth of Nations (1776; A riqueza das
nações).
Para a consecução dos objetivos mercantilistas, todos os outros interesses deviam
ser relegados a segundo plano: a economia local tinha que se transformar em nacional e o
lucro individual desaparecer quando assim conviesse ao fortalecimento do poder nacional.
A teoria foi exposta de maneira dispersa em numerosos folhetos, meio de comunicação
então preferido pelos preconizadores de uma doutrina.
Programa da política mercantilista. Alcançar a abundância de moeda era,
efetivamente, um dos objetivos básicos dos mercantilistas, já que, segundo estes, a força do
estado dependia de suas reservas monetárias. Se uma nação não dispunha de minas, tinha
de buscar o ouro necessário em suas colônias ou, caso não as tivesse, adquiri-lo por meio
do comércio, o que exigia um saldo favorável da balança comercial -- ou seja, que o valor
das exportações fosse superior ao das importações.
Para obter uma produção suficiente, deviam ser utilizados hábil e eficazmente todos
os recursos produtivos do país, em especial o fator trabalho. Toda nação forte precisava
possuir uma grande população que fornecesse trabalhadores e soldados, e ao mesmo tempo
o mercado correspondente. As possessões coloniais deveriam fornecer metais preciosos e
matérias-primas para alimentar a manufatura nacional, ao mesmo tempo em que
constituíssem mercados consumidores dos produtos manufaturados da metrópole.
Proibiam-se as atividades manufatureiras nas colônias, e o comércio, em regime de
monopólio, era reservado à metrópole.
Em território nacional, o mercantilismo preconizou o desaparecimento das
alfândegas interiores, a supressão ou redução dos entraves à produção forçados pelas
corporações de ofício, o emprego de sistemas de contabilidade e acompanhamento das
66
contas de receitas e despesas do estado, a troca de funcionários corruptos ou negligentes
por outros honestos e competentes, a criação de uma fiscalização centralizada e a adoção de
leis que desestimulassem a importação de bens improdutivos e de grande valor.
Avaliação do mercantilismo. A crítica mais abrangente do mercantilismo foi movida
por Adam Smith, que denunciou a falsa identificação, feita por muitos teóricos dessa
corrente econômica, entre dinheiro e riqueza. Com efeito, o forte protecionismo
alfandegário e comercial, e a subordinação da economia das colônias à da metrópole, não
tinham como fim último o desenvolvimento da manufatura nacional mas, como foi
assinalado, a maior acumulação possível de metais nobres.
A economia clássica posterior, cujo principal representante foi Smith, preconizou,
ao contrário, a livre atividade comercial e manufatureira em qualquer território -- colônia
ou metrópole --, já que, segundo seus princípios, a riqueza não se identificava com o
simples acúmulo de reservas monetárias, mas com a própria produção de bens. No século
XX, porém, o economista britânico John Maynard Keynes retomou formulações do
mercantilismo e afirmou a existência de similitudes entre sua própria teoria do processo
econômico e a teoria mercantilista.
Independentemente das diversas análises econômicas a que foi submetido, o
mercantilismo foi o instrumento que assegurou as condições econômicas e financeiras
necessárias a garantir a expansão dos estados absolutistas europeus. Entre os representantes
do mercantilismo distinguiu-se o francês Jean-Baptiste Colbert, ministro da Fazenda de
Luís XIV, de tal importância que seu nome serviu para se cunhar o termo por que é
conhecida a variante francesa do mercantilismo, o colbertismo.
Na Grã-Bretanha, além de Thomas Mun, sustentaram a mesma orientação James
Steuart e Josiah Child, assim como na França Jean Bodin e Antoine de Montchrestien. Em
Portugal, as primeiras reformas do marquês de Pombal revelam sua filiação à teoria
mercantilista.
Fonte: http://www.economiabr.net/economia/1_hpe2.html
67
Fisiocratas
A escola fisiocrática surgiu no século XVIII e é considerada a primeira escola de
economia científica. Surgiu como uma reação iluminista ao mercantilismo, um subproduto
do absolutismo que dava ênfase à indústria e ao comércio voltados para a exportação. Ao
contrário, os fisiocratas consideravam a agricultura como fonte original de toda riqueza,
porque somente ela permitia larga margem de lucros sobre um investimento pequeno. A
terra era a única verdadeira fonte das riquezas. As outras formas de produção estavam
meramente transformando produtos da terra, com menor margem de lucro. Os produtos da
agricultura deveriam ser valorizados e vendidos a alto preço e os proprietários de terras
reconhecidos com os verdadeiros promotores da riqueza do país e respeitados como tal.
A palavra "fisiocracia" indica a idéia fundamental de governo da natureza e
liberdade de ação (de onde a famosa frase laissez faire, laissez passer) em oposição às
complexas regulamentações governamentais que regiam o mercantilismo. O promotor
dessa revolução contra o mercantilismo foi François Quesnay, médico da corte de Luís XV.
Sua teoria apareceu em seu livro Tableau Economique ("Quadro Econômico"), de 1758,
que mostrava esquematicamente as relações entre as diferentes classes econômicas e
setores da sociedade, e o "fluxo de pagamentos" entre elas. Com o Tableau, Quesnay criou
o conceito de equilíbrio econômico, uma concepção tomada como ponto de partida nas
análises econômicas desde então. A poupança era potencialmente prejudicial porque, não
aplicadas, podia perturbar o equilíbrio do fluxo de pagamentos.
Segundo Quesnay, existe uma ordem natural e essencial das sociedades humanas,
que é inútil contrariar com leis, regulamentos ou sistemas. Seu primeiro discípulo
importante foi Victor Riqueti, Marquês de Mirabeau, que escreveu Explication du "Tableau
économique" ("Explicação do 'Quadro Econômico' ") de 1759, Théorie de l'impôt ("Teoria
do Imposto"), de 1760; e Philosophie rurale ("Filosofia rural"), de 1763, todos girando em
torno ao pensamento do mestre. Em 1763 outro jovem discípulo juntou-se à corrente, Pierre
Samuel du Pont de Nemours, que em 1767 publicou uma coleção dos escritos de Quesnay
sob o título La Physiocratie; ou, constitution naturelle du gouvernement le plus avantageux
68
au genre humain ("A Fisiocracia ou, a constituição natural do governo a mais vantajosa
para o gênero humano") do qual a escola tirou o seu nome.
Fonte: http://www.cobra.pages.nom.br/ft-fisiocracia.html
O liberalismo econômico de Adam Smith
Adam Smith era filho de um controlador alfandegário em Kirkcaldy, na Escócia. A
data exata do seu nascimento é desconhecida, mas ele foi batizado em Kirkcaldy em 5 de
junho de 1723.
Adam Smith foi um economista e filósofo escocês. Teve como cenário para a sua
vida o atribulado século das Luzes, o século XVIII. É pai da economia moderna e é
considerado o mais importante teórico do liberalismo econômico.
"Ao buscar seu próprio interesse, o indivíduo freqüentemente promove o interesse da
sociedade de maneira mais eficiente do que quando realmente tem a intenção de promovê-
lo." Defendendo o valor do interesse individual para garantir o interesse público, Adam
Smith criou, neste trecho de sua "A Riqueza das Nações", o conceito de "mão invisível do
mercado", fundamental para a doutrina do liberalismo.
Filho de um fiscal da alfândega, Adam Smith fez seus primeiros estudos em Kirkcaldy, sua
cidade natal. Aos 14 anos, ingressou na Universidade de Glasgow, onde se graduou em
1740 e conseguiu uma bolsa de estudos para a Universidade de Oxford, onde estudou
filosofia.
Seis anos depois, retornou à Escócia e tornou-se conferencista público em
Edimburgo. Adquiriu reconhecimento como filósofo, o que lhe proporcionou ser professor
69
de lógica na Universidade de Glasgow, em 1751. No ano seguinte, passou a lecionar
filosofia moral, cadeira pleiteada alguns anos antes, sem sucesso, pelo filósofo David
Hume.
Nessa época, travou relações com nobres e altos funcionários, freqüentando a
sociedade de Glasgow e, em 1758, foi eleito reitor da Universidade. Seu primeiro trabalho,
"A Teoria dos Sentimentos Morais", foi publicado no ano seguinte.
Por intermédio do político Charles Townshend, foi convidado para o cargo de tutor
do duque de Buccleuch. Em 1763, Adam Smith renunciou ao seu posto na Universidade de
Glasgow e mudou-se para a França. Passou quase um ano na cidade de Toulouse e depois
foi para Genebra, onde se encontrou com o filósofo Voltaire.
Já em Paris, Adam Smith pode freqüentar os salões literários e travou contato com
os filósofos iluministas. Um incidente com um irmão de seu pupilo, no entanto, obrigou
Adam Smith a ir para Londres, onde passou a residir.
Em 1767, Smith retornou a Kirkcaldy, onde iniciou a elaboração e revisão de sua
célebre teoria econômica. Passou mais três anos em Londres, onde seu livro foi concluído.
"Uma Investigação sobre a Natureza e as Causas da Riqueza das Nações" foi publicado em
1776, tornando-se um dos mais influentes livros de teoria moral e econômica do mundo. As
teorias formuladas em "A Riqueza das Nações" lançaram as bases do liberalismo, como a
teoria da livre concorrência e o conceito de livre mercado.
Depois da publicação do livro, tornou-se comissário da alfândega na Escócia, o que
lhe garantiu bons proventos. Reconhecido e considerado por seus contemporâneos, Adam
Smith morreu em 1790, aos 67 anos.
Fonte: http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u337.jhtm
Karl Marx
Karl Heinrich Marx (Tréveris, 5 de maio de 1818 — Londres, 14 de março de 1883) foi
fundador da concepção materialista da História, que influenciou todos os séculos
posteriores, intelectual alemão, economista, filósofo, historiador, cientista e jornalista,
sendo considerado um dos fundadores da Sociologia e fundador da Primeira e militante da
Segunda Internacional.
70
O pensamento de Marx tem influência em várias áreas, tais como: Filosofia,
História, Psicologia, Economia Política, Comunicação, Arquitetura, entre outras disciplinas.
Teve participação como elaborador teórico e como militante revolucionário no movimento
operário, escrevendo junto com Friedrich Engels, a pedido da Liga dos Comunistas, em
1848, o Manifesto Comunista.
Atualmente é bastante difícil analisar a sociedade humana sem se referenciar, em
maior ou menor grau, à produção de Karl Marx, apesar da polêmica causada por suas
afirmações.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Teoria Keynesiana
Até a publicação, em 1936, de The General Theory of Employment, Interest and
Money (1936; Teoria geral do emprego, do juro e da moeda), de John Maynard Keynes, a
explicação clássica das causas do desemprego dizia que elas eram determinadas pelas
estruturas rígidas do mercado de trabalho, que impediam que os salários baixassem até o
nível do ‘equilíbrio’.Keynes afirmou que o desemprego pode estar relacionado a uma
insuficiente demanda agregada ao mercado de bens, e não a um desequilíbrio no mercado
de trabalho. Essa insuficiência tem relação com o investimento planejado menor que a
reserva disponível. Também ressalta a importância das variações do nível de produção e
emprego, como movimentos equilibradores que permitiriam igualar o investimento e a
71
reserva, determinando-se assim o nível de equilíbrio da renda nacional total e da produção
nacional.
As teorias de Keynes influenciaram o capitalismo
do século 20
Considerado um dos mais importantes economistas de toda a história, John
Maynard Keynes nasceu numa família de intelectuais. Estudou no famoso Colégio Eton, da
aristocracia inglesa, onde obteve medalhas por mérito em matemática.
Em 1902 Keynes recebeu uma bolsa de estudos para estudar no King's College, da
Universidade de Cambridge. Conta-se que, ao entrar na universidade, já possuía 329 livros
antigos, frutos de uma bibliofilia despertada ainda na adolescência. Em Cambridge, Keynes
foi aluno do famoso economista Alfred Marshall.
Em 1906 John M. Keynes tornou-se funcionário do Ministério dos Negócios das
Índias e passou dois anos na Ásia. Em 1908 passou a ocupar o cargo de professor de
economia em Cambridge, onde lecionou até 1915. Keynes ingressou no Tesouro Britânico
em 1916, exercendo diversos cargos importantes.
Após a Primeira Guerra Mundial, Keynes foi conselheiro da delegação britânica nas
negociações de paz, mas em 1919 renunciou ao cargo, sob o argumento de que as
compensações econômicas impostas à Alemanha pelo Tratado de Versalhes não eram
factíveis.
Em 1919 publicou seu ponto de vista no livro "As Conseqüências Econômicas da
Paz". Seu trabalho teve grande impacto político em praticamente todas as nações
capitalistas. Durante os anos 1920, as suas teorias econômicas analisaram a necessidade da
interferência do Estado nos mercados instáveis do pós-guerra. Em 1932 Keynes redigiu seu
72
"Tratado Sobre a Reforma Econômica". Sua última obra, talvez a mais importante, foi
publicada em 1936, a "Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda".
Durante a Segunda Guerra Mundial, John Keynes se reincorporou ao Tesouro
Britânico. Em 1944 chefiou a delegação britânica na Conferência de Bretton Woods, que
deu origem ao Banco Mundial e ao Fundo Monetário Internacional.
John M. Keynes teve também uma vida social muito ativa. Pertenceu ao famoso
grupo de Bloomsburry, formado por intelectuais e aristocratas. Em 1942 recebeu o título de
barão de Tilton. Keynes teve vários relacionamentos homossexuais, o mais importante com
o artista plástico Duncan Grant, a quem assistiu financeiramente até o fim da vida. Apesar
da homossexualidade, Keynes casou-se com Lydia Lopokova, bailarina da famosa
companhia Diaghilev.
Fonte: http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u337.jhtm
Keynes e política econômica
J. M. Keynes discordou da lei de Say (que Keynes resumiu como : "a oferta cria sua
própria demanda"). Assim como Thomas Malthus, não acreditava que a produção de
mercadorias gerariam, sempre e obrigatoriamente, demanda suficiente para outras
mercadorias. Poderiam ocorrer crises de super-produção, como ocorreu na década de 1930.
Para ele o livre mercado pode, durante os períodos recessivos, não gerar demanda bastante
para garantir o pleno emprego dos fatores de produção devido ao "entesouramento" das
poupanças. Nessa ocasião seria aconselhável que o Estado criasse déficits fiscais para
aumentar a demanda efetiva e instituir uma situação de pleno emprego.
A teoria dos ciclos comerciais, seja ela monetária ou não em sua maneira de
apreciar a questão, interessa-se primordialmente pelos problemas das rendas e empregos
flutuantes; esses problemas preocuparam os economistas por muitos anos. Os estudos
primitivos sobre os ciclos comerciais raramente empregaram muita evidência empírica, mas
pelo menos nos Estados Unidos da América a macroanálise existiu durante meio século.
Keynes fez a ênfase recair inteiramente sobre os níveis de renda, que segundo ele, afetavam
os níveis de emprego, o que constitui, naturalmente, uma ênfase diferente da encontrada
nos estudos anteriores. É provavelmente verídico que toda a economia keynesiana tenha-se
destinado a encontrar as causas e curas para o desemprego periódico. Keynes não encontrou
73
solução alguma para o problema em quaisquer trabalhos sobre Economia Política então
existentes, sendo os seus esforços, portanto, grandemente exploratórios. Desviou-se
claramente da maioria das teorias econômicas anteriores, até mesmo da de seu professor,
Alfred Marshall, a qual era considerada pela maior parte dos eruditos quase
sacrossanta. É verdade que muitas de suas idéias combinaram com as dos economistas
anteriores, como Lauderdale, Malthus, Rae, Sismondi, Say, Quesnay e outros. Keynes
combinou suas próprias teorias e os desenvolvimentos anteriores em uma análise que
ocasionou transformações na Economia aceita em grau que raiou pela revolução.
O objetivo de Keynes, ao defender a intervenção do Estado na economia não é, de
modo algum, destruir o sistema capitalista de produção. Muito pelo contrário, segundo o
autor, o capitalismo é o sistema mais eficiente que a humanidade já conheceu (incluindo aí
o socialismo). O objetivo é o aperfeiçoamento do sistema, de modo que se una o altruísmo
social (através do Estado) com os instintos do ganho individual (através da livre iniciativa
privada). Segundo o autor, a intervenção estatal na economia é necessária porque essa
união não ocorre por vias naturais, graças a problemas do livre mercado
(desproporcionalidade entre a poupança e o investimento e o "Estado de Ânimo" ou, como
se diz no Brasil, o "Espírito Animal", dos empresários).
Investimento e expectativas
Para Keynes, o investimento depende da interação entre a eficiência marginal do
capital e da taxa de juros, deve-se analisar alguns pontos fundamentais de sua teoria.
Keynes não considera, como muitos dos autores neoclássicos, a taxa de juros como um
custo de empréstimo ou de financiamento, nem mesmo um custo de oportunidade
correspondente ao retorno proporcionado pelos ativos aplicados no mercado financeiro, em
relação ao investimento em bens de capital produtivo e nem a diferença de preço entre bens
de capital e bens de consumo. A taxa de juros, segundo o próprio autor, é “uma medida da
relutância daqueles que possuem dinheiro em desfazer-se do seu controle líquido sobre
ele”. Ou seja, é o prêmio que um agente econômico recebe ao privar-se de sua liquidez.
Essa preferência pela liquidez de seus ativos por parte dos agentes econômicos se
justifica por causa de incerteza quanto ao futuro dos eventos econômicos e do resultado
74
futuro dos investimentos passados e presentes. Por essa razão, os indivíduos preferem
manter sua riqueza na forma de dinheiro.
Por isso, segundo Keynes, a taxa de juros representa um limite ao investimento
produtivo, apenas por ser um trade-off do investidor, quando aplica seu capital em uma
ampla carteira de ativos, entre o investimento (capital produtivo) e a liquidez (capital
monetário).
É bastante discutível as razões pelas quais a eficiência marginal do capital deve ser
necessariamente decrescente conforme o volume de investimento. O que ocorre, segundo
Keynes, são expectativas de retornos declinantes com o nível de investimento para, de um
lado, um dado tamanho (ou crescimento) do mercado, e do outro um crescente risco
financeiro associado ao endividamento e à perda de liquidez.
O declínio da eficiência marginal do capital decorre de sua escassez decrescente
com o volume demandado, como ocorre com qualquer ativo de capital. Para ativos de
capital produtivo, o limite para o investimento é dado pelo mercado dos bens produzidos
com esse capital. O declínio do seu rendimento marginal se dá devido aos crescentes custos
financeiros decorrentes de amortizações e dívidas contraídas pela empresa investidora, ou
ainda o fluxo de desembolsos para o pagamento desses mesmos bens de capital, o que
reduz a condição de liquidez da empresa. Esses fatores aumentam os riscos financeiros
assumidos pelos investidores, o que faz com que as suas expectativas de retorno sejam cada
vez menores.
Em resumo, Keynes percebe o investimento produtivo como um fenômeno
monetário, ao invés de autores clássicos que desvinculavam poupança de investimento.A
conotação monetária do investimento para Keynes envolve também em reconhecer que as
próprias definições do investimento produtivo e de preferência pela liquidez encontram-se
interligados pela mútua dependência de expectativas referentes à incerteza frente a
acontecimentos futuros.
A peculiaridade das expectativas de longo prazo associadas ao investimento
produtivo está principalmente na maior duração do período de comprometimento do
investidor com ativos produtivos duráveis, isto é, de baixa liquidez, o que acarreta a
75
dificuldade ou impossibilidade dos erros de correção, por baixos custos, dos erros de
previsão quanto aos futuros da economia e dos mercados. Torna-se, portanto, essencial para
que os agentes econômicos tomem decisões seguras, buscando minimizar a incerteza.
Porém, como Keynes considera a incerteza uma força endógena ao sistema
capitalista, a solução adotada pelos agentes econômicos que possuem ativos é, ao invés de
eliminar, contornar as incertezas de suas expectativas pelo recurso da adoção de normas de
comportamento convencionais. Essas normas de comportamento convencionais, segundo
Keynes, consistem em “supor que o presente estado de coisas continuará indefinidamente a
menos que haja razões específicas para esperar mudanças”.
As expectativas de longo prazo não estão sujeitas à revisão repentina, e por isso não
podem ser afetadas pelos resultados futuros, e nem eliminadas. Não podem haver, portanto,
comportamentos cautelosos, na forma de expectativas adaptativas (e muito menos
expectativas racionais), que amenizem as incertezas e estabilizem os investimentos. Pois, a
incerteza é uma característica intrínseca do sistema capitalista. Ou seja, em suma, a reação
natural dos indivíduos às incertezas quanto aos acontecimentos econômicos futuros é se
guiar por um comportamento convencional, que aplaina o caminho do investimento por
intermédio de um não desprezível componente inercial das expectativas.
MonetarismoOrigem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Monetarismo é uma teoria econômica que defende que é possível manter a
estabilidade de uma economia capitalista através de instrumentos monetários, pelo controle
do volume de moeda disponível e de outros meios de pagamento.
Foi a principal teoria de oposição ao keynesianismo. Até o século XX, foi
respaldado pela "teoria quantitativa do dinheiro" de Irwin Fisher, formalizando-se na
equação onde o nível geral de preços equivalia à quantidade de dinheiro multiplicada por
sua "velocidade de circulação" dividida pelo volume de transações.
Os principais defensores do monetarismo, em épocas recentes, foram os
economistas da Escola de Chicago, liderados por George Stigler e Milton Friedman, ambos
76
laureados com o Prémio Nobel da Economia. Suas idéias são associadas à teoria
neoclássica da formação de preços e ao liberalismo econômico. Adotam o fundamentalismo
de livre mercado como sua ideologia e refutam e rejeitam o Keynesianismo em favor do
monetarismo; abominam qualquer regulamentação da economia em favor de um laissez-
faire quase absoluto.
Vários outros economistas, tais como o professor James Tobin da Universidade de
Yale, Prêmio de Ciência Econômicas em 1981, faziam severas críticas às teorias de
Friedman e do monetarismo e defendiam a intervenção governamental nas economias
nacionais [1]
Alegam os críticos do monetarismo e das teorias econômicas defendidas pela Escola
de Chicago que Friedman considerava que as teorias do ciclo econômico da escola
austríaca não teriam passado pelo teste estatístico, e seriam portanto, falsas. Mas na
realidade era Friedman que estava errado, diziam eles. Nos modelos matemáticos de
Friedman a produção e o consumo são "instantâneos", por hipótese. Seu erro residiu em
utilizar dados do PNB que omitiam os gastos intermediários entre os vários estágios da
produção. Em outras palavras, a postura de Friedman desconsiderava, em sua análise, um
dos mais importantes elementos do ciclo de produção, conforme demonstrou a escola
austríaca
MACROECONOMIA
A Macroeconomia é a parte da economia que estuda os fenômenos econômicos que
afetam a economia como um todo. Estuda as variáveis que afetam a vida de todas as
pessoas todos os dias, variáveis como a inflação, aos juros, a taxa de câmbio, o PIB, o PNB
e desemprego entre outras. Pode-se dizer que a macroeconomia estuda a economia de
forma agregada, de forma ampla. Também pode-se afirmar que a macro é o somatório da
microeconomia.
John Maynard Keynes foi um economista britânico. Suas idéias inovadoras
chocaram-se com as doutrinas econômicas vigentes em sua época, além de ter enorme
77
impacto sobre a teoria política e a política fiscal de muitos governos. Foi um dos mais
influentes economistas do século XX.
Keynes defendeu o papel regulatório do Estado na economia, através de
medidas de política monetária e fiscal, para mitigar os efeitos adversos dos ciclos
econômicos - recessão, depressão e booms econômicos. Keynes é considerado um dos pais
da moderna teoria macroeconômica.
Uma das principais variáveis macroeconômicas é o PIB, ou produto interno bruto.O
tamanho do crescimento de uma economia é contabilizado por meio das variações no PIB.
O gráfico abaixo mostra o comportamento do PIB brasileiro nos últimos anos. Observa-se
que o produto interno bruto sofreu muitas variações durante o período mostrado, isso quer
dizer que a economia brasileira passou por períodos de crescimentos e queda do PIB. Os
períodos de quedas acentuadas do PIB são chamados de recessão, a recessão é muito ruim
para o país porque gera aumentos no nível de desemprego.
O produto interno bruto é a soma de tudo aquilo que é produzido na economia de um
país. É a produção das empresas nacionais ou multinacionais, é o consumo das famílias e
governos num determinado período de tempo e as exportações líquidas que é a diferença
entre as exportações e as importações. O PIB é toda a produção feita por agentes nacionais
e estrangeiros num determinado período de tempo dentro do país. Para determinar o PIB
não é necessário que a produção seja feita apenas por agentes brasileiros, o PIB também é
contabilizado com a produção de agentes não brasileiros, o importante é que a produção
seja feita dentro do país.
Qual a diferença entre PIB e PNB?
O PIB é o toda a produção feita internamente por agentes nacionais e estrangeiros, o
PNB é o produto nacional bruto, é toda a produção feita exclusivamente por agentes
nacionais dentro e fora do país.
PRODUTO INTERNO BRUTO – PIB - Volume, medido monetariamente, dos
bens e serviços não consumidos no processo produtivo e produzidos durante um
determinado período de tempo, num determinado espaço geográfico
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PRODUTO NACIONAL BRUTO (PNB) - Valor total de mercado dos bens e
serviços produzidos pela economia de um país, em geral durante um ano, computado antes
que se desconte a depreciação do capital usado no processo de produção. Usado como um
dos indicadores do nível econômico do país
O que determina o crescimento econômico de um país?
Como explicitado anteriormente, a variação do PIB é a medida do crescimento
econômico. Assim, é necessário determinar quais são os componentes do PIB para saber o
que realmente determina o crescimento econômico de um país.
A seguinte equação representa os condicionantes do crescimento econômico:
Y = C + G + I + EX
Y = Consumo das Famílias + Gasto do Governo + Investimento das Empresas +
Exportação Líquida
Consumo das Famílias (C) : As famílias são responsáveis por grande parte do consumo
nacional. Quanto maior for consumo das famílias, maior será a produção de bens e serviços
e maior será nível de emprego do país e conseqüentemente maior será a renda, e maior será
o crescimento do PIB. Assim cabe ressaltar a importância da renda para o consumo, pois a
renda é uma das principais variáveis que afetam o consumo. Outra variável que afeta o
consumo são as taxas de juros, quanto maior a taxa de juros menor será o consumo.
Investimento das Empresas (I) : O investimento das empresas é uma das mais
importantes variáveis para o crescimento de um país. Ao investirem, as firmas elevam o
nível de emprego, produto e renda. Os investimentos dependem muito das taxas de juros,
quanto maior é a taxa de juros imposta pelo mercado menores serão os investimentos por
que fica mais caro obter financiamentos para iniciar ou ampliar a produção.
79
Gasto público (G) : ao fazer obras, construir, operar suas estatais, o governo está
empregando mais pessoas, expandindo o nível de emprego e, ao mesmo tempo, dando
condições para que as empresas produzam mais. Assim, ao comprar e produzir mais o
governo causa uma elevação da produção e do nível de emprego e aumenta o nível de renda
da economia.
Exportação líquida (EX) : É a diferença entre tudo que foi exportado e tudo que foi
importado pelo país num determinado período de tempo. As exportações líquidas são de
fundamental importância para a economia do país pois quanto maiores forem as
exportações líquidas maior será o crescimento do PIB. Quanto maior o saldo, maior o nível
de emprego, já que a produção deve aumentar; e quanto menor o saldo, menor o nível de
emprego, pois produtos que eram produzidos aqui passam a ser comprados do exterior,
afetando de forma negativa a produção nacional.
Exercícios
1) Qual é a importância da análise macroeconômica?
2) O que você entende por renda per capita?
3) O que você entende por crescimento econômico?
4) Qual é a importância do consumo para a produção nacional?
5) O que são exportações líquidas?
6) Qual é a diferença entre PIB e PNB
7) Qual a importância dos gastos governamentais para o crescimento da economia?
80
As políticas macroeconômicas
A Política Fiscal
O termo Política Fiscal refere-se à administração das receitas e despesas do setor
público. As despesas do Governo derivam da prestação de serviços e/ou da produção de
bens pelo setor público, tais como o pagamento de salários de funcionários públicos, obras,
aposentadorias, além do pagamento de juros, que atualmente é o mais pesado, e que
corresponde a gastos improdutivos, ou seja, gastos que não trazem nenhum bem estar para a
sociedade.
As receitas resultam, basicamente, da arrecadação de impostos e contribuições, cuja
finalidade principal é financiar as despesas governamentais.
Quando o governo apresenta despesas maiores que as receitas, ou seja, quando o
governo gasta mais que arrecada ele apresenta um déficit fiscal. O déficit fiscal não é bem
visto pelo fato de gerar aumentos da dívida pública do país e esta dívida é atrelada à taxas
de juros que um dia deverão ser pagas. Entretanto o déficit nem sempre é o vilão da
economia, pois quando o governo gasta ele está estimulando o crescimento econômico. Se
puder ser facilmente financiado e tiver sido provocado, visando incentivar um aumento do
nível de produção e emprego na economia, passa a ser um bom resultado.
O superávit fiscal é a situação onde as receitas do governo superam as despesas
governamentais. Superávit fiscal apesar de ser considerado um bom resultado, nem sempre
o é, vai depender do contexto macroeconômico em que ocorre os fatores que o geraram.
Conceito Primário: seja ele déficit ou superávit, quando nos referimos ao conceito
primário estamos levando em conta as contas do governo sem incluir pagamentos de juros
da dívida (externa ou interna) e sem incluir ajustes financeiros. Então:
Resultado Primário: receitas – despesas (sem incluir pagamentos de juros)
Conceito Nominal: seja ele déficit ou superávit, inclui pagamento de juros da dívida
(interna ou externa); correção monetária e correção cambial. Então:
Resultado Nominal: receitas – despesas (inclui pagamentos de juros)
81
O superávit primário, mencionado acima, mostra que o governo arrecadou mais do
que gastou. O conceito primário indica não pagamento de juros da dívida, como já visto
anteriormente. O que significa que o governo gastando apenas com educação, saúde,
segurança, transporte, saneamento básico, alcançou um resultado superavitário. Por que
então o déficit nominal indicado na frase? Devido ao pagamento de juros da dívida. Dessa
forma, observa-se que, somando todas as receitas e descontando os gastos com saúde,
educação, foi alcançado um resultado positivo. Ao se pagar juros da dívida verifica-se
déficit nas contas públicas.
Tipos de política fiscal
A POLÍTICA FISCAL EXPANSIVA: Quando o governo adota uma política fiscal
expansiva o objetivo é estimular o crescimento econômico com a diminuição da carga
tributária, assim há crescimento da renda porém a arrecadação poderá diminuir.
↑ gastos públicos ↓ impostos ⇒ ↑ produção e emprego
POLÍTICA FISCAL RESTRITIVA: Quando o governo determina uma política fiscal
restritiva o seu objetivo é aumentar a arrecadação e a conseqüência é a queda da atividade
econômica, pois o aumento dos impostos desestimula a produção. Com a produção mais
cara por causa dos impostos o nível de empregos diminui, gerando uma queda da renda que
causa uma queda do consumo, assim a economia fica desaquecida
↓ gastos públicos ↑ impostos ⇒ ↓ produção e emprego
Para atender a essas necessidades dos gastos públicos, pode-se contar com três
procedimentos:
Impostos;
Emissão de moeda;
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Os impostos podem ser:
DIRETOS: incidem sobre os indivíduos (contribuintes), e não sobre os bens.
Ex.: Imposto de Renda.
INDIRETOS: incidem sobre bens e serviços adquiridos pelas pessoas.
Ex.: ICMS.
PROGRESSIVOS: é o caso do imposto direto, ou seja, quanto maior a renda mais se paga
de imposto.
REGRESSIVOS: é o caso do imposto indireto, ou seja, independentemente da renda,
todos pagam o mesmo imposto para adquirir os bens e serviços. Dessa forma, há uma
incidência maior do imposto sobre às pessoas que têm menor renda.
Dívida - total - setor público - líquida - (% PIB) -
0
10
20
30
40
50
60
70
1991
01
1991
09
199
2 05
1993
01
1993
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1994
05
1995
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09
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8 05
1999
01
1999
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2000
05
2001
01
2001
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2002
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2003
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2003
09
200
4 05
2005
01
2005
09
2006
05
Fonte: Bacen
83
O financiamento dos déficits públicos
Ao longo deste século, na maioria dos países, o setor público aumentou sua
participação na atividade econômica, o que o fez incorrer em custosos déficits
(particularmente com o pagamento de juros). Isso implica em necessidades crescentes de
financiamento. Para atender a essas necessidades, pode-se contar com três procedimentos:
1) Impostos
Ainda que os impostos apareçam como uma forma natural de se financiar os gastos
públicos, eles apresentam uma série de limitações, já que, quando existe déficit, eles são
insuficientes para atender os gastos. Além disso, seria uma medida impopular aumentar os
impostos, e, em período de recessão, o aumento de impostos iria agravar ainda mais a
situação (pois inibiria a produção privada, por exemplo).
2) Emissão de moeda;
Outro procedimento para tentar enfrentar o déficit público consiste na emissão de moeda
(criação de dinheiro). Isso porque o setor público, por meio do Banco Central, é o
responsável pela emissão do dinheiro, e com isso poder-se-ia pensar que basta recorrer a
emissão monetária que atenderíamos às necessidades de financiamento do déficit. Este
procedimento implicaria em aumentar a pressão inflacionária e a perda do valor dinheiro.
Emissão da Dívida Pública.
A terceira possibilidade para financiar os gastos públicos consiste em emissão da
dívida pública, ou seja, o estado pôr a venda títulos públicos. Essa iniciativa também tem
implicações monetárias, dado que os fundos financeiros não são ilimitados e que a emissão
da dívida pública pode reduzir as possibilidades de financiamento da iniciativa privada,
assim como contribuir para aumentar a taxa de juros.
Política Monetária
84
A política monetária é um instrumento de atuação do governo, que diz respeito ao
controle da quantidade de moeda na economia e às operações de crédito. Dentre os
objetivos da política monetária, um dos principais é atuar sobre a taxa de juros , esta é uma
variável chave na economia.
O órgão governamental responsável pelo política monetária nos países é o Banco
Central, é ele que controla o comportamento da taxa de juros e da inflação na economia por
meio de intervenções no mercado. Mas como o Banco Central intervêm no mercado?
O Banco Central possui alguns mecanismos capazes de influenciar as taxas de juros,
são eles:
Mecanismos de Política Monetária
a) taxa de redesconto
b) Depósitos compulsórios
c) Venda de títulos do governo
De forma geral, a Política Montaria representa a atuação das autoridades
monetárias, por meio de instrumentos de efeito direto ou induzido, com o propósito de se
controlar a liquidez global do sistema econômico.
3.3.1. Política Monetária Restritiva: engloba um conjunto de medidas que tendem a reduzir
o crescimento da quantidade de moeda, e a encarecer os empréstimos. Instrumentos:
• Recolhimento compulsório: consiste na custódia, pelo Banco Central, de parcela dos
depósitos recebidos do público pelos bancos comerciais. Esse instrumento é ativo,
pois atua diretamente sobre o nível de reservas bancárias, reduzindo o efeito
multiplicador e, consequentemente, a liquidez da economia.
• Assistência Financeira de liquidez: o Banco Central empresta dinheiro aos bancos
comerciais, sob determinado prazo e taxa de pagamento. Quando esse prazo é
reduzido e a taxa de juros do empréstimo é aumentada, a taxa de juros da própria
economia aumenta, causando uma diminuição na liquidez.
85
• Venda de Títulos públicos: quando o Banco Central vende títulos públicos ele retira
moeda da economia, que é trocada pelos títulos. Desta forma há uma contração dos
meios de pagamento e da liquidez da economia.
3.3.2. Política Monetária Expansiva: é formada por medidas que tendem a acelerar
a quantidade de moeda e a baratear os empréstimos (baixar as taxas de juros).
Incidirá positivamente sobre a demanda agregada. Instrumentos:
• Diminuição do recolhimento compulsório: o Banco Central diminui os valores que
toma em custódia dos bancos comerciais, possibilitando um aumento do efeito
multiplicador, e da liquidez da economia como um todo.
• Assistência Financeira de Liquidez: o Banco Central, ao emprestar dinheiro aos
bancos comerciais, aumenta o prazo do pagamento e diminui a taxa de juros. Essas
medidas ajudam a diminuir a taxa de juros da economia, e a aumentar a liquidez.
• Compra de títulos públicos: quando o Banco Central compra títulos públicos há uma
expansão dos meios de pagamento, que é a moeda dada em troca dos títulos. Com
isso, ocorre uma redução na taxa de juros e um aumento da liquidez.
Os títulos públicos
Os títulos públicos são ativos de renda fixa que se constituem em boa opção de
investimento para a sociedade. Os títulos públicos possuem a finalidade primordial de
captar recursos para o financiamento da dívida pública, bem como para financiar atividades
do Governo Federal, como educação, saúde e infra-estrutura.Anteriormente, sem muitos
recursos, você só podia comprar títulos públicos indiretamente pela aquisição de cotas de
fundos de investimento. Neste tipo de investimento, as instituições financeiras funcionam
como intermediários ao adquirirem os títulos públicos, que compõem as carteiras dos
fundos, com os recursos oriundos de suas aplicações.
No caso do Tesouro Direto, você pode comprar diretamente os títulos que desejar,
com redução do custo de intermediação.Isso ocorre porque você monta a sua própria
carteira de investimentos, ao escolher os prazos e os indexadores dos títulos conforme seu
interesse. Esse programa permite que o pequeno investidor administre diretamente suas
aplicações.Se preferir também, poderá autorizar uma das instituições financeiras habilitadas
86
a operar o Tesouro Direto (Agentes de Custódia) em seu nome, realizando as compras e as
vendas de seus títulos públicos.
Essa nova alternativa de aplicação dos recursos permite investimentos a partir de R$
100,00, com rentabilidade e segurança. Uma vez comprados os seus títulos, você pode
aguardar o vencimento do papel (data predeterminada para resgate do título), quando os
recursos são depositados em sua conta. Ou, caso seja do seu interesse, você também poderá
vendê-los antecipadamente ao Tesouro Nacional nas recompras semanais, às quartas-feiras,
pelo preço vigente no mercado.
Comprar e vender títulos é muito simples: é só acessar a área exclusiva do Tesouro
Direto e efetuar as compras. Para isso, você precisa ser cadastrado no Programa. As
transações são feitas por você mesmo ou por meio de algum dos bancos ou corretoras
habilitados no Tesouro Direto (Agente de Custódia), com a sua devida autorização.
Você pode efetuar suas compras por três formas distintas: Diretamente no site do
Tesouro Direto. Com a sua senha individual, você acessa uma tela específica na área
restrita do site e negocia seus títulos públicos;~
Por meio de um Agente de Custódia. Você autoriza o Agente de Custódia a negociar
títulos públicos em seu nome, no site do Tesouro Direto. Essa opção é ideal para quem não
tem acesso à Internet ou, por algum motivo, não deseja comprar pessoalmente;
Por meio de um Agente de Custódia. Você autoriza o Agente de Custódia a negociar
títulos públicos em seu nome, no site do Tesouro Direto. Essa opção é ideal para quem não
tem acesso à Internet ou, por algum motivo, não deseja comprar pessoalmente;
TÍTULOS QUE PODEM SER COMPRADOS
A princípio, poderão ser comprados os seguintes títulos públicos pela Internet:
• LTN - Letra do Tesouro Nacional: título com rentabilidade definida (taxa fixa)
no momento da compra. Forma de pagamento: no vencimento;
• LFT - Letra Financeira do Tesouro: título com rentabilidade diária vinculada à
taxa de juros básica da economia (taxa média das operações diárias com títulos
públicos registrados no sistema SELIC, ou, simplesmente, taxa Selic). Forma
de pagamento: no vencimento;
87
• NTN-B – Nota do Tesouro Nacional – série B: título com rentabilidade
vinculada à variação do IPCA, acrescida de juros definidos no momento da
compra. Forma de Pagamento: semestralmente (juros) e no vencimento
(principal);
• NTN-C – Nota do Tesouro Nacional – série C: título com rentabilidade vinculada à variação do IGP-M, acrescida de juros definidos no momento da compra. Forma de Pagamento: semestralmente (juros) e no vencimento (principal);
• NTN-F – Nota do Tesouro Nacional – série F: título com rentabilidade prefixada, acrescida de juros definidos no momento da compra. Forma de Pagamento: semestralmente (juros) e no vencimento (principal).
QUESTÕES
1) Qual a importância dos títulos públicos para o governo?
2) Os títulos públicos não podem ser comprados por pessoa física?
3) Como os títulos podem ser comprados?
4) O títulos do governo são considerados renda fixa?
5) O é um agente de custódia?
6) Quais são os títulos do governo disponíveis para compra?
Política Cambial
Chama-se política cambial o conjunto de ações do Governo que influem no
comportamento do mercado de câmbio e da taxa de câmbio.
Câmbio é toda operação em que há troca de moeda nacional por moeda estrangeira ou vice-
versa.
Chama-se mercado de câmbio o ambiente abstrato onde se realizam as operações de
câmbio entre os agentes autorizados pelo Banco Central do Brasil (bancos, corretoras,
distribuidoras, agências de turismo e meios de hospedagem) e entre estes e seus clientes.
No Brasil, o mercado de câmbio é dividido em dois segmentos, livre e flutuante, que são
88
regulamentados e fiscalizados pelo Banco Central. O mercado livre é também conhecido
como "comercial" e o mercado flutuante, como "turismo". À margem da lei, funciona um
segmento denominado mercado paralelo, mercado negro, ou câmbio negro. Todos os
negócios realizados no mercado paralelo, bem como a posse de moeda estrangeira, sem
origem justificada, são ilegais e sujeitam o cidadão ou a empresa às penas da lei.
Podem operar no mercado de câmbio apenas as instituições autorizadas pelo Banco
Central. O segmento livre é restrito aos bancos e ao Banco Central. No segmento flutuante,
além desses dois, podem ter permissão para operar as agências de turismo, os meios de
hospedagem de turismo e as corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários. A
Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - ECT, também é autorizada pelo Banco
Central a realizar operações com vales postais internacionais, limitados a US$ 3.000,00 por
operação.
O Banco Central executa a política cambial definida pelo Conselho Monetário
Nacional. Para tanto, regulamenta o mercado de câmbio e autoriza as instituições que nele
operam. Também compete ao Banco Central fiscalizar o referido mercado, podendo punir
dirigentes e instituições, mediante multas, suspensões e outras sanções previstas em lei.
Além disso, o Banco Central pode atuar diretamente no mercado, comprando e vendendo
moeda estrangeira de forma ocasional e limitada, com o objetivo de conter movimentos
desordenados da taxa de câmbio.
Tipos de taxas de câmbio
• taxa de cambio é o preço em moeda nacional de uma moeda estrangeira.
A) única e fixa : a moeda nacional tem uma única taxa de troca com o dólar e com
cada uma das moedas vinculadas ao dólar. Os países mantém o mesmo poder de
paridade sendo a taxa determinada pelo governo (que também pode efetuar
reajustes). Uma vantagem dessa taxa é permitir a integração dos mercados
internacionais em uma rede de mercados e uma desvantagem é o artificialismo do
sistema para economias inflacionárias com desequilibrio no balanço de pagamentos.
O Banco Central-BC é obrigado a honrar o valor da moeda: um aumento na compra
89
de dólares, pressão para queda no valor da moeda local, o BC usa as reservas de
US$, vendendo a moeda e reduzindo a pressão.
B) única e flutuante: há um único valor em relação ao dólar, mas a taxa flutua
conforme a oferta e procura no mercado de divisas. Se ocorre muita procura por
dólar, sua cotação aumenta e a moeda local se desvaloriza. Se o movimento é no
sentido de venda de dólares, sua cotação cai e a moeda nacional se valoriza. Sua
principal vantagem é que o valor de todas as moedas é estabelecido a um preço que
busca o equilibrio do mercado de divisas. O BC só intervém se considerar as
oscilações exageradas.
Outras taxas praticadas no passado e atualmente em desuso:
C) múltipla e fixa : quando variam conforme o tipo de transação ou conforme o produto que está sendo importado ou exportado;
D) múltipla e flutuante : a taxa flutua, como em C, mas também varia de acordo com o tipo de transação ou produto, como em B;
UFPR- política e planejamento econômico-PPE / Prof. VAMBERTO SANTANA /
CRISES CAMBIAIS ENFRENTADAS PELA ECONOMIA BRASILEIRA - Governo FHC
No período 1995-2002, que corresponde aos oito anos do governo do presidente
Fernando Henrique Cardoso, a economia brasileira passou por crises cambiais sérias, em
decorrência , principalmente, de crises financeiras verificadas no contexto internacional
que acabaram por se refletir internamente. Pode-se dizer que nem todas essas crises se
esgotaram nos anos em que ocorreram; elas acabaram gerando uma série de efeitos
colaterais que se estenderam para os períodos seguintes, afetando, de forma direta e
indireta, diversos setores e atividades econômicas do País.
As crises cambiais que afetaram a economia brasileira tiveram sua origem,
principalmente, nos desequilíbrios ocorridos em outras economias e menos no que se
90
poderia denominar de desajustes internos. A realidade da intensificação das inter-relações
econômicas e o processo de globalização também contribuíram para isso.
Podem ser citadas as seguintes crises cambiais internas, a maioria na esteira de
crises financeiras no resto do mundo:
CRISES CAMBIAIS NO BRASIL
PERIODO CAUSA
1)1994-95 crise do México;
2) 1997 crise no leste da Ásia (tigres asiáticos: Coréia, Singapura Taiwan, etc.);
3) 1998 moratória da Rússia, com grande impacto sobre a economia brasileira no início de 1999;
4) 1999 após alteração da banda cambial utilizada no Plano Real–período 1995-98, para o novo
padrão, em janeiro de 1999;
5) 2001 na seqüência da crise na economia da Argentina, das bolsas americanas e do ataque
terrorista de 11 de setembro nos EUA; (também contribuiu o racionamento de energia
adotado em grande parte do território brasileiro);
6) 2002 depois da onda de escândalos corporativos nos EUA, do aumento generalizado da aversão
ao risco nos mercados financeiros e de capital, das expectativas a respeito das eleições
presidenciais no Brasil, das datas limites de vencimento de dívidas em dólares da
economia brasileira(governo e setor privado) e, também, da elevada dose de especulação
que permeou o comportamento dos intermediários financeiros no período; mais o receio
de um Governo do PT
7) 1994-
2002
ao longo desse período, como pano de fundo, continuou a inércia na economia japonesa e
na Europa, onde a Alemanha era o de maior perda de velocidade no crescimento
econômico e maior desemprego, com a carga da união das duas “alemanhas” : a Ocidental:
desenvolvida e consolidada e a Oriental: pobre e defasada
Os efeitos produzidos por essas dificuldades cambiais tiveram maior impacto em termos de prejuízo para as finanças públicas, contenção do processo de crescimento produtivo e maior
desemprego.
Fonte: UFPR- política e planejamento econômico-PPE / Prof. VAMBERTO SANTANA /
MOTIVOS PARA A QUEDA DO DÓLAR NO BRASIL
91
1. TAXA DE JUROSO nível elevado dos juros no Brasil atrai dólares ao país. Com maior oferta de dólares, a moeda
americana cai de cotação e se desvaloriza;
2. EXTERIOR A moeda dos EUA se desvalorizou diante de
outras divisas internacionais, portanto tam- bém perdeu diante do real(R$). Com a queda do US$ no exterior, estrangeiros buscaram refúgio em
outras moedas, como o real (R$);
3. EXPORTAÇÕESO saldo positivo da balança comercial
(exportações maiores que importações) traz dólares ao país. O acréscimo na entrada, permite maior volume de divisas: o dólar abundante tem
queda na cotação.
4. CAPTAÇÃO As empresas privadas voltaram a captar recursos
com investidores no exterior, desta vez em reais, o que sinaliza expectativa de que o dólar ainda perca
força contra as demais moedas, inclusive a brasileira.
5. RISCO-PAÍSCom a queda do risco-país e melhora nos fundamentos da economia, investidores alocaram mais recursos para o Brasil, o que aprecia (ou valoriza) o real(R$). O risco-país em baixa torna mais baratas as captações no exterior, tanto por parte do governo como das empresas, o que atrai mais dólares.
MOTIVOS PARA O GOVERNO COMPRAR (OU VENDER) DÓLARES
1. forçar alta na cotação
embora o BC negue que haja intenção de interferir no comportamento do mercado,
as compras de dólares favorecem uma elevação na cotação da moeda dos EUA, ou
contribuem para que não caia abaixo de um patamar desejado;
2. forçar queda na cotação
situação em que o BC entra no mercado de divisas vendendo dólares para, na
medida em que causa uma oferta adicional de dólares no mercado de cambio,
provocar uma queda na cotação da moeda americana no mercado interno;
3. reforço de reservas
desde 2003, o BC tem sinalizado a intenção de reforçar suas reservas em moeda
estrangeira, aumentando as compras.
ATUAÇÃO DO BANCO CENTRAL DO BRASIL NO MERCADO CAMBIAL
92
1. O Banco Central-BC compra ou vende dólares por meio de um grupo de 17 bancos
autorizados a fazer negócios no mercado em nome do BC. Esses bancos fazem um leilão
e fecham as transações com os investidores interessados.
2. Os dólares comprados pelo BC são depositados nas reservas internacionais do país. O BC
pode comprar dólares para evitar a valorização excessiva do Real(R$);
3. Ao fazer qualquer tipo de operação no mercado de câmbio, o BC é obrigado a informar
isso ao público, no mesmo dia, por meio de comunicado publicado no SISBACEN
(sistema de comunicação utilizado entre BC e demais bancos).
Fonte: UFPR- política e planejamento econômico-PPE / Prof. VAMBERTO SANTANA /
3.4-A teoria da inflação
A inflação é uma elevação generalizada e contínua do nível de preços numa
economia.
A inflação é considerada um imposto, chamado de imposto inflacionário, onde a
população mais pobre é quem financia este imposto, pois os mais ricos protegem sua renda
via correção monetária. Assim a inflação é um fenômeno que não deve existir de forma
elevada nos países. Num momento de hiperinflação os agentes passam a repudiar a moeda
interna, fazendo com que primeiramente ela perca uma de suas características que é reserva
de valor, depois a de unidade de conta, ou seja, os agentes começam a dolarizar os
produtos.
No Brasil existem vários índices que calculam o comportamento da inflação, a
tabela abaixo mostra um deles. O INPC, índice nacional de preços ao consumidor é dos
índices mais utilizados para o cálculo da inflação.
93
Indice Geral de Preços no Brasil
14,77
9,337,48
1,71
19,99
9,8 10,4
26,41
7,66
12,13
1,23
0
5
10
15
20
25
30
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
%
FONTE: IPEA
Indice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI). Compreende o período
entre o primeiro e o último dia do mês de referência. Reflete a evolução dos preços captada
pelo Índice de Preços por Atacado (IPA), Índice de Preços ao Consumidor (IPC-FGV) e
Índice Nacional de Preços da Construção Civil (INCC).
Em geral, a maioria dos economistas considera que para um bom funcionamento do
sistema econômico o ideal seria uma inflação de apenas um dígito, o índice que representa
a inflação deve variar entre 1 a 9% ao ano.
3.4.1-Os Tipos de Inflação:
1) Inflação de Demanda: A inflação de demanda é o aumento dos níveis de preços
causados pelo aumento da demanda agregada. A demanda agregada aumenta quando o
consumo global do país aumenta ou quando os gastos governamentais, os investimentos e
as exportações aumentam. A inflação aparece quando da demanda agregada for maior que a
capacidade de produção do país.
2) Inflação de Custos: Esse tipo de inflação é causado pelo aumento no custo de produção.
O aumento das despesas com os fatores de produção tais como o trabalho, os recursos
94
naturais e o capital ocasionam este tipo de inflação. Com relação ao trabalho, se houver um
aumento na sua remuneração (salário) haverá inflação pois esse aumento normalmente é
repassado para o preço final das mercadorias. No que se refere aos recursos naturais, que é
o caso das matérias-primas, um aumento nos seus custos ocasionará aumento no custo de
produção, que por sua vez será repassado para o preço final. Podendo ser decorrente de
aumento nos preços internacionais ou por problemas nas condições climáticas
(sazonalidade). Por último, com relação ao capital , caso haja uma elevação dos juros,
haverá uma restrição no acesso a financiamentos, pois com os juros elevados o dinheiro
torna-se mais caro e portanto esse alto custo será repassado para o preço das mercadorias.
1) Inflação de Lucros: Empresas que tem força de mercado podem elevar o preço de suas
mercadorias sem enfrentar maiores obstáculos, dado que estas empresas possuem o
poder de estabelecer preços. No caso de existirem um grande número de empresas com
estas características, há a possibilidade delas entrarem em acordo para elevação
conjunta dos preços, com o intuito deliberado de aumentar a taxa de lucro em relação a
seus custos de produção.
3.4.2 Deflação
Entende-se por deflação uma queda generalizada dos preços na economia durante
um determinado período. Quando ela está no início, seu impacto torna-se positivo sob a
ótica do consumidor final que gastará menos na compra de produtos e mercadorias.
Entretanto, na medida em que se aprofunda, seus efeitos negativos começam a abalando o
sistema econômico como um todo.
Caso a queda nos preços perdure por longa data, o lucro das indústrias e demais
atividades da economia começa a decair (redução do nível de atividade). Com isso a
produção fica comprometida, na medida em que torna-se pouco atrativa em função dos
menores ganhos. A partir daí, passam a existir situações onde as empresas começam a
paralisar periodicamente seu processo produtivo.
Para medir a inflação são utilizados vários índices. Seguem abaixo os mais
utilizados na análise conjuntural:
95
Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). É calculado pelo IBGE com o
objetivo de balizar os reajustes de salário. O universo de pesquisa é composto de pessoas
que ganham de 01 a 08 salários mínimos nas principais regiões metropolitanas. A
composição dos grupos de despesas para o cálculo do índice é o seguinte: Alimentação
(33,10%), Artigos de Residência (8,85%), Habitação, (12,53%) Transportes e Comunicação
(11,44%), Vestuário (13,16%), Saúde e Cuidados Pessoais(7,56%) e Despesas Pessoais
(13,36%).
Índice de Preços ao Consumidor Ampliado (IPCA). É calculado pelo IBGE com o
objetivo de corrigir os balanços e demonstrações financeiras trimestrais e semestrais das
companhias abertas. O universo de pesquisa é composto de pessoas que ganham de 01 a 40
salários mínimos nas principais regiões metropolitanas. A composição dos grupos de
despesas para o cálculo do índice é o seguinte: Alimentação (25,21%), Artigos de
Residência (8,09%), Habitação, (10,91%) Transportes e Comunicação (18,77%), Vestuário
(12,49%), Saúde e Cuidados Pessoais(8,85%) e Despesas Pessoais (15,68%).
Cesta Básica: este índice é calculado mensalmente pelo DIEESE, em dezesseis regiões
metropolitanas, nas quatro regiões geográficas brasileiras. Esta pesquisa estima o valor das
cestas de alimentos em diversas localidades do Brasil. Também estima o valor do salário
necessário de acordo com preceitos constitucionais levando em conta a ração mínima. Os
alimentos que compõem a cesta básica são treze, praticamente iguais para todas as regiões.
Inúmeros fatores influenciam na oscilação desses índices, tais como: valorização ou
desvalorização da moeda; safras ou entressafras; lançamentos ou promoções; épocas
festivas tais como o Natal, Dia das crianças, Páscoa, bem como as estações do ano.
96
Questões
1) Citar e explicar os tipos de inflação
2) Marque as opções corretas
( ) A inflação é uma variável macroeconômica( ) Imposto inflacionário é reflexo da inflação( ) A inflação de demanda é gerada pelo excesso de oferta( ) A inflação pode ser medida por apenas dois índices( ) O plano cruzado foi um plano ortodoxo( ) O CMN é um órgão executivo e normativo( ) O IPC é um índice que calcula a inflação( ) O IGP não pode ser utilizado como indexador( ) o plano Real eliminou a hiperinflação brasileira na década de 90
3) Comente a frase abaixo
Òrgão de cúpula do Sistema Financeiro Nacional, o CMN não desempenha função executiva, apenas tem funções normativas. Hoje em dia o CMN é composto por três membros:
• Ministro da Fazenda (Presidente);
• Ministro do Planejamento Orçamento e Gestão; e
• Presidente do Banco Central.
• Ministro do trabalho
4) Com relação ao BACEN Podemos afirmar:
( ) Fiscaliza os intermediários financeiros – Bancos principalmente( ) è responsável pela política monetária juntamente com o CMN( ) Não fiscaliza o mercado de títulos mobiliários( ) determina a taxa de juros básica do mercado( ) tem a função de zelar pelo poder de compra da moeda( ) o BACEN é o banco emissor de moedas( ) BC é o bancos dos bancos( ) O BACEN é responsável pela administração das reservas de moedas internacionais
A moeda
O que é moeda?
97
A moeda é todo e qualquer elemento que é aceito pela maioria da sociedade como
um meio de troca entre os bens e produtos.
As funções da moeda:
Meio de troca = A moeda é aceita como um meio de troca para a realização de transações.
As pessoas necessitam de consumir bens e serviços assim para adquirir um bem ou serviço
as pessoas trocam moeda pelo bem ou serviço.
Unidade de conta ou unidade de medida = Por meio da moeda calcula-se quanto valem os
bens e serviços
Reserva de valor = É uma maneira de manter e acumular riqueza. Durante os períodos de
inflação essa função de reserva de valor é perdida pois na inflação a moeda perde seu valor.
Origem e Evolução do Dinheiro
Fonte: http://www.bcb.gov.br/?ORIGEMOEDA
Escambo
A moeda, como hoje a conhecemos, é o resultado de uma longa evolução.
No início não havia moeda. Praticava-se o escambo, simples troca de mercadoria por
mercadoria, sem equivalência de valor.
• As mercadorias utilizadas para escambo geralmente se apresentam em
estado natural, variando conforme as condições de meio ambiente e as
atividades desenvolvidas pelo grupo, correspondendo a necessidades
fundamentais de seus membros. Nesta forma de troca, no entanto, ocorrem
dificuldades, por não haver uma medida comum de valor entre os elementos a
serem permutados.
• Moeda-Mercadoria
98
• Algumas mercadorias, pela sua utilidade, passaram a ser mais procuradas do que outras.
• Aceitas por todos, assumiram a função de moeda, circulando como elemento trocado por outros produtos e servindo para avaliar-lhes o valor. Eram as moedas–mercadorias.
• O gado, principalmente o bovino, foi dos mais utilizados; apresentava vantagens de locomoção própria, reprodução e prestação de serviços, embora ocorresse o risco de doenças e da morte
• O sal foi outra moeda–mercadoria; de difícil obtenção, principalmente no interior dos continentes, era muito utilizado na conservação de alimentos
Metal
Quando o homem descobriu o metal, logo passou a utilizá-lo para fabricar seus utensílios e
armas anteriormente feitos de pedra. Por apresentar vantagens como a possibilidade de
entesouramento, divisibilidade, raridade, facilidade de transporte e beleza, o metal se
elegeu como principal padrão de valor. Era trocado sob as formas mais diversas. A
princípio, em seu estado natural, depois sob a forma de barras e, ainda, sob a forma de
objetos, como anéis, braceletes
Moeda de Papel
Na Idade Média, surgiu o costume de se guardarem os valores com um ourives, pessoa que
negociava objetos de ouro e prata. Este, como garantia, entregava um recibo. Com o tempo,
esses recibos passaram a ser utilizados para efetuar pagamentos, circulando de mão em mão
e dando origem à moeda de papel.
No Brasil, os primeiros bilhetes de banco, precursores das cédulas atuais, foram lançados
pelo Banco do Brasil, em 1810. Tinham seu valor preenchido à mão, tal como, hoje,
fazemos com os cheques. Com o tempo, da mesma forma ocorrida com
as moedas, os governos passaram a conduzir
a emissão de cédulas, controlando as
falsificações e garantindo o poder de
pagamento.
Atualmente quase todos os países possuem
seus bancos centrais, encarregados das
emissões de cédulas e moedas.
99
A moeda de papel evoluiu quanto à técnica utilizada na sua impressão. Hoje a confecção de
cédulas utiliza papel especialmente preparado e diversos processos de impressão que se
complementam, dando ao produto final grande margem de segurança e condições de
durabilidade.
Formatos Diversos
O dinheiro variou muito, em seu aspecto físico, ao longo dos séculos. As moedas já se apresentaram em tamanhos
ínfimos, como o stater, que circulou em
Aradus, Fenícia, atingindo também grandes
dimensões como as do dáler, peça de cobre
na Suécia, no século XVII. Embora, hoje, a forma circular seja adotada em quase todo o mundo, já existiram moedas
ovais, quadradas, poligonais etc. Foram, também, cunhadas em materiais não metálicos
diversos, como madeira, couro e até porcelana. Moedas de porcelana circularam, neste
século, na Alemanha, quando, por causa da guerra, este país enfrentava grave crise
econômica.
As cédulas, geralmente, se apresentam no formato retangular e no sentido horizontal,
observando-se, no entanto, grande variedade de tamanhos. Existem, ainda, cédulas
quadradas e até as que têm suas inscrições no sentido vertical.
As cédulas retratam a cultura do país emissor e nelas podem-se observar motivos
característicos muito interessantes como paisagens, tipos humanos, fauna e flora,
monumentos de arquitetura antiga e contemporânea, líderes políticos, cenas históricas etc.
As cédulas apresentam, ainda, inscrições, geralmente na língua oficial do país, embora em
muitas delas se encontre, também, as mesmas inscrições em outros idiomas. Essas
inscrições, quase sempre em inglês, visam a dar à peça leitura para maior número de
pessoas.
100
O CRESCIMENTO ECONOMICO E O DESENVOLVIMENTO
Segundo VASCONCELOS (2002), há uma diferença entre crescimento econômico
e desenvolvimento econômico. Crescimento econômico, está relacionado ao crescimento da
renda nacional per capita, e um país só estará realmente melhorando seu nível de
desenvolvimento econômico e social se, juntamente com o aumento da renda per capita ,
estiver também melhorando os indicadores sociais.
Economia internacional
O estudo da Economia Internacional envolve todos os aspectos ligados a atividade
econômica entre as nações. Suas regras de funcionamento, aspectos legais, trocas
monetárias, fluxos de mercadorias e serviços, etc.
Com o fenômeno da globalização cada vez mais a interação e interdependência
entre as nações torna premente o perfeito funcionamento destas relações e, neste sentido, a
solução comumente adotada é a criação de organismos inter e supra nacionais que
intercedam no sentido de equilibrar estas relações e promover o desenvolvimento de todos
os participantes
Blocos econômicos
101
A globalização, acarreta, como tendência comercial natural, a formação de blocos
econômicos. Estes blocos são criados tendo como objetivo principal facilitar o comércio
entre os países membros, adotando medidas, dentre as quais podemos destacar:
• Redução ou isenção de impostos ou de tarifas alfandegárias;
• Facilitação de procedimentos burocráticos;
• Facilitação do tráfego de mercadorias e serviços;
Em tese, o comércio entre os países constituintes de um bloco econômico aumenta e
gera crescimento econômico para todos eles. Geralmente estes blocos são formados por
países vizinhos ou que possuam afinidades culturais ou comerciais. Esta é a nova tendência
mundial, pois cada vez mais o comércio entre blocos econômicos cresce. Economistas
afirmam que ficar de fora de um bloco econômico é viver isolado do mundo comercial.
Alguns exemplos de blocos econônimos são: União Européia, Nafta e Mercosul.
Fazem parte do NAFTA ( Acordo de Livre Comércio do Norte ) os seguintes
países : Estados Unidos da América, México e Canadá. Começou a funcionar no início de
1994 e oferece aos países membros vantagens no acesso aos mercados dos países.
Estabeleceu o fim das barreiras alfandegárias, regras comerciais em comum, proteção
comercial e padrões e leis financeiras. Não é uma zona de livre comércio, porém reduziu
tarifas de aproximadamente 20 mil produtos.
Mercosul
O Mercosul (Mercado Comum do Sul) foi oficialmente estabelecido em março de
1991. É formado pelos seguintes países da América do Sul: Brasil, Paraguai, Uruguai,
Argentina. Futuramente, estuda-se a entrada de novos membros, como o Chile e a Bolívia.
A adesão da Venezuela ao bloco ainda falta ser ratificada pelo parlamento do Paraguai e
pelo congresso nacional brasileiro. O objetivo principal do Mercosul é eliminar as barreiras
comerciais entre os países, aumentando o comércio entre eles. Outro objetivo é estabelecer
tarifa zero entre os países e num futuro próximo, uma moeda única.
102
Pacto Andino
Outro bloco econômico da América do Sul é formado por: Bolívia, Colômbia,
Equador e Peru . Foi criado no ano de 1969 para integrar economicamente os países
membros. As relações comerciais entre os países membros chegam a valores importantes,
embora os Estados Unidos da América ainda sejam o principal parceiro econômico do
bloco.
APEC
A APEC (Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico) foi criada em 1993 na
Conferência de Seattle. Integram este bloco econômico os seguintes países: Estados Unidos
da América, Japão, China, Formosa (Taiwan), Coréia do Sul, Hong Kong, Cingapura,
Malásia, Tailândia, Indonésia, Brunei, Filipinas, Austrália, Nova Zelândia, Papua-Nova
Guiné, Canadá, México e Chile. Somadas a produção industrial de todos os países, chega-
se a metade de toda produção mundial. Quando estiver em pleno funcionamento, será o
maior bloco econômico do mundo.
[União Européia
A União Européia (UE) foi oficializada no ano de 1992, através do Tratado de
Maastricht. Este bloco é formado pelos seguintes países : Alemanha, França, Reino Unido,
Irlanda, Holanda (Países Baixos), Bélgica, Dinamarca, Itália, Espanha, Portugal,
Luxemburgo, Grécia, Áustria, Finlândia e Suécia. Este bloco possui uma moeda única que
é o Euro, um sistema financeiro e bancário comum. Os cidadãos dos países membros são
também cidadãos da União Européia e, portanto, podem circular e estabelecer residência
livremente pelos países da União Européia. A União Européia também possui políticas
trabalhistas, de defesa, de combate ao crime e de imigração em comum. A UE possui os
seguintes órgãos : Comissão Européia, Parlamento Europeu e Conselho de Ministros.
Organização Mundial do Comércio (OMC)
É uma organização internacional que trata das regras sobre o comércio entre as
nações. Os membros da OMC negociam e assinam acordos que depois são ratificados pelo
parlamento de cada nação e passam a regular o comércio internacional. Em inglês é
denominada World Trade Organization” (WTO) e possui 153 membros [2] — em 23 de
103
Julho de 2008 Cabo Verde se tornou o mais novo membro da OMC[3]. A sede da OMC é
em Genebra na Suíça.
Funções da OMC
A OMC entrou em funcionamento em 1º. de Janeiro de 1995. Suas funções são:
gerenciar os acordos que compõem o sistema multilateral de comércio[4] , servir de fórum
para comércio internacional (firmar acordos internacionais), supervisionar a adoção dos
acordos e implementação destes acordos pelos membros da organização(verificar as
políticas comerciais nacionais).
Outra função muito importante na OMC é o Sistema de resolução de Controvérsias
da OMC, o que a destaca entre outras instituições internacionais. Este mecanismo foi criado
para solucionar os conflitos gerados pela aplicação dos acordos sobre o comércio
internacional entre os membros da OMC. As negociações na OMC são feitas em Rodadas,
hoje, ocorre a Rodada de Doha (Agenda de Desenvolvimento de Doha - Doha Development
Agenda) iniciada em 2001.
Além disso, a OMC realiza Conferências Ministeriais a cada dois anos. Existe um
Conselho Geral que implementa as decisões alcançadas na Conferência e é responsável pela
administração diária. A Conferência Ministerial escolhe um diretor geral com o mandato de
quatro anos, atualmente o Diretor geral é Pascal Lamy, que tomou posse em 1 de Setembro
de 2005.
Banco Mundial
O Banco Mundial é uma agência do sistema das Nações Unidas, fundada a 1 de
Julho de 1944 por uma conferência de representantes de 44 governos em Bretton Woods,
New Hampshire, EUA, e que tinha como missão inicial financiar a reconstrução dos países
devastados durante a Segunda Guerra Mundial.
104
Sede do Banco Mundial em Washington DC, Estados Unidos.
Atualmente, sua missão principal é a luta contra a pobreza através de financiamento
e empréstimos aos países em desenvolvimento. Seu funcionamento é garantido por
quotizações definidas e reguladas pelos países membros. É composto por 184 países
membros. Sede: Washington DC, EUA
Deve-se saber distinguir o Banco Mundial do Grupo Banco Mundial. O Banco
Mundial propriamente dito é composto pelo BIRD e pela AID, que são duas das cinco
instituições que compõem o Grupo Banco Mundial.
As cinco instituições estão estreitamente relacionadas e funcionam sob uma única
presidência. São elas:
• BIRD - Banco Internacional para a Reconstrução e o Desenvolvimento
O BIRD proporciona empréstimos e assistência para o desenvolvimento a países de
rendas médias com bons antecedentes de crédito. O poder de voto de cada país-membro
está vinculado às suas subscrições de capital, que por sua vez estão baseadas no poder
econômico relativo de cada país. O BIRD levanta grande parte dos seus fundos através da
venda de títulos nos mercados internacionais de capital. Juntos, o BIRD e a AID formam o
Banco Mundial.
• AID - Associação Internacional de Desenvolvimento
Desempenha um papel importante na missão do Banco que é a redução da pobreza. A
assistência da AID concentra-se nos países mais pobres, aos quais proporciona empréstimos
sem juros e outros serviços. A AID depende das contribuições dos seus países membros
105
mais ricos - inclusive alguns países em desenvolvimento - para levantar a maior parte dos
seus recursos financeiros.
• IFC- Corporação Financeira Internacional
A IFC promove o crescimento no mundo em desenvolvimento mediante o financiamento de
investimentos do setor privado e a prestação de assistência técnica e de assessoramento aos
governos e empresas. Em parceria com investidores privados, a IFC proporciona tanto
empréstimos quanto participação acionária em negócios nos países em desenvolvimento.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
APOIO AO EXPORTADOR
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior disponibiliza ferramentas modernas e de simples acesso para facilitar a difusão da cultura exportadora e a inserção das empresas brasileiras no mercado internacional.
Portal do Exportador
O Portal do Exportador é um canal de informação que apresenta desde informações básicas sobre exportação, até as oportunidades de negócios existentes no mundo.
Vitrine do Exportador
Composta por mais de 20 mil empresas, a Vitrine do Exportador é o mais completo catálogo eletrônico de empresas brasileiras exportadoras.
Radar Comercial
O Sistema Radar Comercial é uma ferramenta de inteligência comercial que permite a identificação de produtos e países em potencial.
AliceWeb
O AliceWeb é um moderno sistema para pesquisa detalhada sobre dados das exportações e importações brasileiras.
106
Aprendendo a Exportar
A série Aprendendo a Exportar é composta por uma coleção de produtos multimídia, com abordagem de diversas áreas temáticas de interesse do exportador, incluindo uma central de atendimento e simuladores do Siscomex e do preço de exportação.
SISPROM
Com o SISPROM os exportadores brasileiros podem obter redução a zero da alíquota do Imposto de Renda para promover seus produtos no exterior.
Alerta Exportador!
O Alerta Exportador!, serviço oferecido pelo INMETRO, informa seus usuários sobre as propostas de regulamentos técnicos apresentadas à OMC. O Ponto Focal fornece informações sobre a regulamentação vigente em cada país, atendendo a consultas formuladas por exportadores brasileiros.
Além dessas ferramentas, o MDIC realiza encontros e treinamentos para difundir a cultura exportadora em todas as regiões do Brasil, como ENCOMEX, Redeagentes e Rede Cicex.
ENCOMEX
Encontros de Comércio Exterior realizados em diversas regiões do País, com o objetivo de despertar o interesse do empresariado no comércio exterior.
Redeagentes
Redeagentes é um programa que tem por objetivo promover a difusão da cultura exportadora e a capacitação de empresas de pequeno porte sobre como exportar.
Rede Cicex
Unidades de atendimento presentes em algumas cidades brasileiras, com o objetivo de disseminar informações especializadas de comércio exterior e orientar os exportadores e futuros exportadores no caminho da exportação.
APEX-Brasil
A APEX-Brasil, Serviço Social Autônomo ligado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, tem como missão promover as exportações de produtos e serviços brasileiros, consolidando a cultura exportadora.
107
Exercícios
1) Quais são as funções do governo? Explique cada uma delas.
2) O você entende por política fiscal?
3) Citar e explicar os tipos de política fiscal.
4) Como o governo financia suas despesas?
5) O déficit fiscal primário é diferente do déficit fiscal nominal?
6) O déficit fiscal pode ser bom para o crescimento econômico? Explique.
7) Mostrar e explicar os tipos de inflação.
8) O que é política monetária?
9) Como a política monetária pode controlar a inflação de um país.
10) Quando o governo tem a intenção de estimular a economia ele eleva as taxas de
juros? Explique.
11) O controle dos juros também é um dos objetivos da política monetária?
12) Qual órgão do governo federal é responsável pela política monetária e quais são os
mecanismos utilizados por esse órgão para estabelecer a política monetária.
13) Citar e explicar as funções da moeda?
ESTATISTICAS MACROECONOMICAS
BRASIL
Produto Interno Bruto
Período Preços Em milhões Variação População Per capita correntes de R$ percentual Em mil em R$ de 2007 real Preços Em R$ Preços correntes de 2007 correntes R$ em US$1/
1990 11 548 794,55 1 587 184,50 -4,3 146 593 0,08 10
827,18 3 201,51
108
1991 60 285 999,27 1 603 532,50 1,0 149 094 0,40 10
755,16 2 720,96
1992 640 958 767,64 1 594 816,02 -0,5 151 547 4,23 10
523,58 2 555,61
1993 14 097 114 181,82 1 673 356,98 4,9 153 986 91,55 10
866,97 2 790,43
1994 349 204 679 000,00 1 771 296,40 5,9 156 431 2.232,32 11
323,18 3 471,73
1995 705 640 892 091,87 1 846 112,30 4,2 158 875 4.441,49 11
619,91 4 848,78
1996 843 965 631 318,91 1 885 812,93 2,2 161 323 5.231,52 11
689,66 5 208,60
1997 939 146 616 911,84 1 949 464,73 3,4 163 780 5.734,20 11
902,96 5 319,79
1998 979 275 748 883,34 1 950 153,78 0,0 166 252 5.890,31 11
730,10 5 076,54
1999 1064 999 711 799,09 1 955 108,70 0,3 168 754 6.310,98 11
585,59 3 477,12
2000 1 179 482 000 000,00 2 039 299,33 4,3 171 280 6.886,28 11
906,24 3 765,67
2001 1 302 136 000 000,00 2 066 021,70 1,3 173 822 7.491,21 11
885,85 3 185,85
2002 1 477 822 000 000,00 2 120 943,31 2,7 176 391 8.378,10 12
024,10 2 859,32
2003 1 699 948 000 000,00 2 145 265,73 1,1 178 985 9.497,70 11
985,71 3 093,01
2004 1 941 498 000 000,00 2 267 893,22 5,7 181 586 10.691,89 12
489,36 3 655,47
2005 2 147 239 000 000,00 2 339 522,08 3,2 184 184 11.658,10 12
702,07 4 791,07
2006 ############## 2 427 370,90 3,8 186 771 12.490,89 12
996,51 5 739,51
2007 2 558 821 348 407,62 2 558 821,35 5,4 189 300 13.517,28 13
517,28 6 843,63
Fonte: IBGE
109
O Meio Circulante Nacional:
As cédulas e moedas metálicas (inclusive as comemorativas) do padrão monetário Real,
que estão em poder do público e da rede bancária, constituem o meio circulante nacional,
cuja composição é a seguinte:
CEDULA - EM PAPEL
Denominação Quantidade Valor
1,00 212.844.307 212.844.307,00
2,00 617.790.321 1.235.580.642,00
5,00 355.719.966 1.778.599.830,00
10,00 685.597.565 6.855.975.650,00
20,00 497.783.128 9.955.662.560,00
50,00 1.295.506.318 64.775.315.900,00
100,00 153.337.722 15.333.772.200,00
Total = 3.818.579.327R$
100.147.751.089,00
Fonte: BACEN 2008
1. Atividade Econômica
PIB per capita
Em mil dólares de 2007 (taxa de câmbio média de 2007)
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
6,10 6,09 6,16 6,14 6,40 6,51 6,67 6,94
PIB real
Variação percentual em relação ao mesmo período do ano anterior
2006 2007 2007 T2 2007 T3 2007 T4 2008 T1 2008 T2 2008 T3
110
3,97 5,67 5,85 5,38 6,14 6,13 6,20 6,81
PIB nominal
Em milhões de reais
2006 2007 2007 T2 2007 T3 2007 T4 2008 T1 2008 T2 2008 T3
2.369.797 2.597.611 647.434 655.292 686.742 665.643 729.586 747.337
Produção industrial
Variação percentual em relação ao mesmo período do ano anterior
2006 2007 2008 T1 2008 T2 2008 T3 2008 M08 2008 M09 2008 M10
2,82 6,02 6,42 6,19 6,69 1,95 9,65 0,77
Taxa de investimento nominal
Em percentagem do PIB
2006 2007 2007 T2 2007 T3 2007 T4 2008 T1 2008 T2 2008 T3
16,43 17,52 17,16 18,39 17,64 18,45 18,50 20,42
Investimento real
Variação percentual em relação ao mesmo período do ano anterior
2006 2007 2007 T2 2007 T3 2007 T4 2008 T1 2008 T2 2008 T3
9,77 13,49 13,41 15,16 16,02 15,37 16,64 19,69
Valor real das vendas no varejo
Variação percentual em relação ao mesmo período do ano anterior
111
2006 2007 2008 T1 2008 T2 2008 T3 2008 M08 2008 M09 2008 M10
6,18 9,68 11,85 9,34 10,14 9,93 9,26 10,13
2. Balanço de Pagamentos
Balança comercial (FOB)
Em milhões de dólares
2006 2007 2008 T1 2008 T2 2008 T3 2008 M09 2008 M10 2008 M11
46.457 40.027 2.766 8.525 8.347 2.754 1.207 1.613
Exportações (FOB)
Em milhões de dólares
2006 2007 2008 T1 2008 T2 2008 T3 2008 M09 2008 M10 2008 M11
137.807 160.649 38.690 51.955 60.215 20.017 18.512 14.753
Importações (FOB)
Em milhões de dólares
2006 2007 2008 T1 2008 T2 2008 T3 2008 M09 2008 M10 2008 M11
91.351 120.622 35.923 43.430 51.869 17.263 17.305 13.140
Saldo em transações correntes
Em milhões de dólares
2006 2007 2008 T1 2008 T2 2008 T3 2008 M09 2008 M10 2008 M11
13.643 1.712 -10.298 -6.853 -6.113 -2.769 -1.507 -1.030
Dívida externa total
112
Em bilhões de dólares
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
236,2 226,1 227,7 235,4 220,2 188,0 199,4 240,5
3. Emprego e Renda nas Áreas Metropolitanas
População ocupada
Em milhares
2006 2007 2008 T1 2008 T2 2008 T3 2008 M09 2008 M10 2008 M11
20.282 20.883 21.234 21.529 21.822 21.979 22.155 22.060
Taxa de desemprego
Em percentagem da PEA
2006 2007 2008 T1 2008 T2 2008 T3 2008 M09 2008 M10 2008 M11
9,98 9,29 8,43 8,07 7,77 7,60 7,50 7,60
Rendimento médio real
Em reais
2006 2007 2008 T1 2008 T2 2008 T3 2008 M08 2008 M09 2008 M10
1.195,47 1.238,07 1.233,66 1.234,20 1.259,95 1.268,02 1.254,38 1.264,28
4. Finanças Públicas
Necessidades de financiamento - conceito primário
Em percentagem do PIB (fluxo em 12 meses)
113
2006 2007 2008 T1 2008 T2 2008 T3 2008 M08 2008 M09 2008 M10
-3,86 -3,97 -4,47 -4,28 -4,60 -4,42 -4,60 -4,52
Necessidades de financiamento - conceito nominal
Em percentagem do PIB (fluxo em 12 meses)
2006 2007 2008 T1 2008 T2 2008 T3 2008 M08 2008 M09 2008 M10
2,90 2,17 1,57 1,86 1,33 1,82 1,33 1,17
Dívida pública total
Em percentagem do PIB
2006 2007 2008 T1 2008 T2 2008 T3 2008 M08 2008 M09 2008 M10
44,72 42,67 41,23 40,41 38,22 40,49 38,22 36,63
5. Preços, Juros e Câmbio
Índice Geral de Preços (IGP-DI)
Taxa de inflação anualizada
2006 2007 2008 T1 2008 T2 2008 T3 2008 M09 2008 M10 2008 M11
3,79 7,89 8,59 21,37 4,48 4,46 13,91 0,82
Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)
Taxa de inflação anualizada
2006 2007 2008 T1 2008 T2 2008 T3 2008 M09 2008 M10 2008 M11
3,14 4,46 6,21 8,64 4,36 3,16 5,54 4,41
114
Tendência prospectiva para 4 meses do IPCA
Taxa anualizada
2006 2007 2008 T1 2008 T2 2008 T3 2008 M09 2008 M10 2008 M11
5,50 6,13 6,59 7,78 8,00 7,83 7,57 7,96
Taxa de juros - Over/Selic
Taxa anualizada
2006 2007 2008 T1 2008 T2 2008 T3 2008 M09 2008 M10 2008 M11
15,08 11,88 10,81 11,50 13,54 14,07 15,12 12,95
Taxa de câmbio nominal
Em reais por dólares (média do período)
2006 2007 2008 T1 2008 T2 2008 T3 2008 M09 2008 M10 2008 M11
2,18 1,95 1,74 1,66 1,67 1,80 2,17 2,27
Taxa de câmbio efetiva real para as exportações INPC
índice(média 2000 = 100)
2006 2007 2008 T1 2008 T2 2008 T3 2008 M09 2008 M10 2008 M11
96,65 92,78 92,69 94,40 89,13 86,64 97,09 95,79
ECONOMIA INTERNACIONAL
Maiores PIBs do MundoEconomia: Total do PIB - 2006 (milhões de US$)País valor Localização
115
Estados Unidos 13.192.290 América do NorteJapão 4.434.993 ÁsiaAlemanha 2.888.699 EuropaChina 2.666.772 ÁsiaReino Unido 2.372.504 EuropaFrança 2.234.388 EuropaItália 1.848.001 EuropaCanadá 1.270.625 América do NorteEspanha 1.225.007 EuropaBrasil 1.067.803 América do SulRússia 984.927 Europa e ÁsiaÍndia 903.226 ÁsiaCoréia do Sul 872.789 ÁsiaMéxico 829.618 América do NorteAustrália 778.601 OceaniaHolanda 663.929 EuropaBélgica 392.706 Europa
Menores do Mundo - PIBComores 398 ÁfricaVanuatu 361 OceaniaGuiné-Bissau 322 África
Dominica 316América Central
Federação dos Estados da Micronésia 245 OceaniaTonga 232 OceaniaPalau 156 OceaniaIlhas Marshall 128 OceaniaKiribati 75 OceaniaSão Tomé e Príncipe 74 ÁfricaNauru 55 OceaniaTuvalu 26 Oceania
Emirados Árabes Unidos não disponívelOriente Médio
Timor Leste não disponívelSudeste Asiático
Vaticano não disponível Europa
116
Maiores do MundoEconomia: PIB per capita - 2006 (US$)País Valor LocalizaçãoLiechtenstein 102.605 EuropaLuxemburgo 87.829 EuropaNoruega 71.525 EuropaCatar 64.193 Oriente MédioIslândia 52.413 EuropaIrlanda 51.665 EuropaDinamarca 51.074 EuropaSuíça 50.247 EuropaSan Marino 46.083 EuropaAndorra 44.962 EuropaEstados Unidos 43.562 América do NorteSuécia 42.170 EuropaHolanda 40.535 EuropaFinlândia 39.853 EuropaReino Unido 39.207 EuropaCanadá 39.004 América do NorteÁustria 38.635 Europa
Menores do Mundo – PIB per capitaGuiné 311 ÁfricaGâmbia 307 ÁfricaNepal 290 ÁsiaMadagascar 287 ÁfricaSomália 283 ÁfricaMianmar 281 ÁsiaEritréia 249 ÁfricaNíger 247 ÁfricaRuanda 242 ÁfricaGuiné-Bissau 196 ÁfricaLibéria 192 ÁfricaEtiópia 164 ÁfricaMalawi 164 ÁfricaRepública Democrática do Congo 136 ÁfricaZimbábue 133 ÁfricaBurundi 114 ÁfricaEmirados Árabes Unidos não disponível Oriente MédioTimor Leste não disponível Sudeste AsiáticoVaticano não disponível Europa
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MUNDOEconomia: Total da importação - 2005 (milhões de US$)País valor LocalizaçãoEstados Unidos 1.732.350,00 América do NorteAlemanha 780.444,00 EuropaChina 659.953,00 ÁsiaJapão 514.922,00 ÁsiaFrança 485.535,00 EuropaReino Unido 483.017,00 EuropaItália 384.802,00 EuropaCanadá 331.565,00 América do NorteBélgica 318.738,00 EuropaHolanda 310.571,00 EuropaEspanha 287.584,00 EuropaCoréia do Sul 261.238,00 ÁsiaMéxico 232.485,00 América do NorteCingapura 200.047,00 Sudeste AsiáticoÍndia 138.840,00 ÁsiaRússia 137.833,00 Europa e ÁsiaAustrália 125.281,00 Oceania
Menores do MundoTotal da importação - 2005 (milhões de US$)Guiana 789,62 América do SulMaldivas 744,87 ÁsiaSeychelles 675,65 ÁfricaAntígua e Barbuda 610 América CentralBelize 592,94 América CentralTogo 592,68 ÁfricaSanta Lúcia 550 América CentralBotswana 462,81 ÁfricaCabo Verde 438,19 ÁfricaRuanda 430,24 ÁfricaSerra Leoa 344,69 ÁfricaSuriname 281,36 América do SulBurundi 267,17 ÁfricaSão Vincente e Granadinas 240,37 América CentralGâmbia 237 ÁfricaSamoa 187,19 OceaniaRepública Centro Africana 165 ÁfricaDominica 163,83 América CentralIlhas Salomão 143,84 OceaniaVanuatu 140 OceaniaGuiné-Bissau 120,01 África
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MUNDOEconomia: Total da exportação - 2005 (milhões de US$)País valor LocalizaçãoAlemanha 977.881,00 EuropaEstados Unidos 907.158,00 América do NorteChina 761.953,00 ÁsiaJapão 594.905,00 ÁsiaFrança 444.104,00 EuropaItália 372.928,00 EuropaReino Unido 371.370,00 EuropaCanadá 359.399,00 América do NorteHolanda 349.812,00 EuropaBélgica 335.837,00 EuropaCoréia do Sul 284.419,00 ÁsiaRússia 243.569,00 Europa e ÁsiaCingapura 229.649,00 Sudeste AsiáticoMéxico 213.891,00 América do NorteEspanha 191.004,00 EuropaArábia Saudita 180.711,00 Oriente MédioMalásia 140.870,00 Sudeste AsiáticoSuécia 130.152,00 EuropaSuíça 126.083,00 EuropaBrasil 118.308,00 América do Sul
Menores do MundoEconomia: Total da exportação - 2005 (milhões de US$)Barbados 359,45 América CentralTogo 358,9 ÁfricaBenin 288,23 ÁfricaSuriname 265,99 América do SulSeychelles 211,78 ÁfricaBelize 206,67 América CentralSerra Leoa 158,5 ÁfricaRepública Centro Africana 140 ÁfricaRuanda 124,91 ÁfricaMaldivas 103,49 ÁsiaIlhas Salomão 102,44 OceaniaBurundi 94,85 ÁfricaGuiné-Bissau 80,01 ÁfricaAntígua e Barbuda 57 América CentralDominica 40,95 América CentralSão Vincente e Granadinas 40 América CentralVanuatu 40 OceaniaCabo Verde 17,62 ÁfricaTonga 12,76 OceaniaSamoa 11,92 Oceania
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Gâmbia 9 ÁfricaFonte: United Nations Development Programme, 2006.
VI.16 – Indicadores econômicos
Países selecionados – PIB nominal
US$
bilhõesPaís 2001 2002 2003 2004 2005 2006 20071/ 20082/
África África do Sul 118,6 111,1 166,7 216,3 242,2 257,3 282,6 295,6 Ásia China 1 324,8 1 453,8 1 641,0 1 931,6 2 243,7 2 644,6 3 250,8 3 941,5 Coréia 482,0 547,9 608,3 681,2 791,6 888,4 957,1 999,4 Indonésia 160,7 195,6 234,8 257,0 285,9 364,4 432,9 488,1 Taiwan 291,9 297,7 305,4 331,1 356,2 365,5 383,3 409,0 Tailândia 115,5 126,9 142,6 161,3 176,4 206,7 245,7 272,5 Europa Polônia 190,4 198,2 216,8 253,0 304,0 341,7 420,3 450,6 Rússia 306,6 345,5 431,4 591,9 764,2 988,7 1 289,6 1 698,6 Turquia 192,7 231,0 304,1 392,9 482,8 528,7 663,4 748,3 América Argentina 268,7 97,7 127,6 152,0 181,5 212,7 260,0 323,8 Brasil 645,0 553,8 504,4 553,6 663,8 882,4 1 072,0 1 295,5 Chile 68,6 67,3 74,0 95,8 119,0 145,8 163,8 169,9 México 621,9 648,6 638,7 683,5 767,7 840,0 893,4 949,6 Venezuela 122,9 92,9 83,4 112,8 144,1 184,3 236,4 334,7 Fonte: World Economic Outlook Database (Abril 2008) - FMI e IBGEBacen2/ Estimativa.3/ Previsão.
120
Indicadores econômicos
Economia internacional
Variação percentul
anual, exceto se indicado
de outra forma
Indicadores 2003 2004 2005 2006 2007 20081/ 20091/
1. Total mundial PIB 3,6 4,9 4,4 5,1 5,0 4,1 3,9 Comércio Internacional Volume 5,4 10,7 7,6 9,2 6,8 5,6 5,8 Deflator de preços em US$ 10,4 9,8 5,4 4,8 7,0 2,4 2,4 Manufaturados 14,4 9,5 3,6 3,8 9,7 6,4 1,4 Petróleo 15,8 30,7 41,3 20,5 10,7 63,8 7,3 Produtos primários, exclusive petróleo
5,9 15,2 6,1 23,2 14,1 14,6 - 5,2
2. Economias avançadas PIB real 1,9 3,2 2,6 3,0 2,7 1,7 1,4 PIB per capita 1,2 2,5 1,9 2,4 2,1 0,8 0,8 Preços ao consumidor 1,8 2,0 2,3 2,4 2,2 3,4 2,3 Deflator do PIB 1,7 2,0 2,1 2,1 2,1 1,8 1,8 Taxa de Desemprego 6,3 6,5 6,3 5,7 5,4 5,6 5,9 Volume de exportações 3,3 9,0 6,0 8,2 5,8 4,5 4,2 Volume de importações 4,1 9,3 6,3 7,4 4,2 3,1 3,7 Termos de troca 1,0 - 0,1 - 1,5 - 1,1 - 1,0 0,1 Conta corrente (US$ bilhões)2/ - 207,0 - 224,2 - 438,7 - 525,2 - 463,3 - 464,2 - 460,1
3. Países em desenvolvimento PIB real 6,2 7,5 7,1 7,8 8,0 6,9 6,7 PIB per capita 4,9 6,2 5,8 6,5 6,6 5,4 5,4 Taxa de inflação-preços ao consumidor
6,6 5,9 5,7 5,4 6,4 9,1 7,4
Volume de exportações 10,5 14,1 11,1 10,9 8,9 7,1 8,7 Volume de importações 10,1 16,1 12,0 14,4 12,8 11,8 10,7 Termos de troca 1,1 3,0 5,6 4,7 1,4 4,5 - 0,5 Conta corrente (US$ bilhões)2/ 144,3 213,6 439,5 606,7 630,9 729,4 662,2
4. Países em desenvolvimento – América Latina3/
121
PIB real 2,1 6,2 4,6 5,5 5,6 4,5 3,6 PIB per capita 0,9 4,8 3,3 4,2 4,3 3,4 2,8 Taxa de inflação-preços ao consumidor
10,5 6,6 6,3 5,3 5,4 6,6 6,1
Volume de exportações 0,4 13,6 10,6 12,5 12,6 11,3 5,3 Volume de importações 2,3 7,8 7,6 5,2 4,8 2,8 4,0 Termos de troca 2,9 6,0 5,5 8,3 2,3 4,3 - 2,2 Conta corrente (US$ bilhões)2/ 7,7 20,8 35,0 45,4 16,4 - 14,1 - 0,4
Fonte: World Economic Outlook (WEO), FMI - Abril/2008; WEO Update, FMI - Julho/2008 e Cepal.
1/ Estimativa/previsão.2/ Inclui Tranferências Unilaterais. Estimativa/previsão.3/ Como América Latina considerou-se todos os países da América, exceto Estados Unidos, Canadá e Cuba.
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