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Curso de Auxiliar de FinançasProfessor Weslley Lindbergh

Administração e contabilidade Financeira

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Atribuições dos profissionais nas áreas: administrativa financeira e contábil

Atribuições dos profissionais nas áreas: administrativa financeira e contábil

Administrativa:

- Manter organizado e arquivado os documentos;

- Controle das rotinas administrativas;

- Auxiliar no controle da gestão financeira;

- Cuidar do contas a pagar;

Financeira:

- Organizam documentos e efetuam sua classificação contábil;

- Geram lançamentos contábeis;

- Auxiliam na apuração de Impostos;

- Conciliam contas;

- Emitem notas fiscais de venda, transferência e ou devolução;

Contabilidade:

- Preparam documentos e efetuam sua classificação contábil;

- Apuram Impostos; Federais, estaduais, municipais;

- Conciliam contas contábeis e contas bancárias;

- lançamento de notas fiscais de entrada e saída;

- Gerar e enviar declarações acessórias;

- Organizações de notas de Despesas, serviços, contas de água, luz e telefone;

- trabalha juntamente com o contador auxiliando nas suas funções contábeis;

Auxilio : Folha de pagamento, FGTS, CAGED, rescisão trabalhista, admissão e demissão;

A Importância da Administração Financeira da Empresa

Conceito Gestão financeira

É um conjunto de ações e procedimentos administrativos que envolvem o planejamento, a análise e o controle

das atividades financeiras da empresa.

Objetivos – Melhorar os resultados apresentados pela empresa e aumentar o valor do Patrimônio por meio da

geração de lucro líquido.

Problemas causados com a falta de administração financeira adequada podem causar os seguintes problemas:

- Não ter as informações corretas sobre o saldo de caixa, valor dos estoques, valor das mercadorias, valor das

contas a receber e das contas a pagar, volume das despesas fixas e financeiras;

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- Não saber se a empresa está tendo lucro ou prejuízo em suas atividades operacionais, não podendo elaborar

os demonstrativos;

- Não calcular corretamente o preço de venda, porque não são conhecidos seus custos e despesas;

- Não conhecer corretamente o volume e a origem dos recebimentos, bem como o volume e o destino dos

pagamentos porque não é elaborado um fluxo de caixa, um controle do movimento diário do Caixa;

- Não saber o valor patrimonial da empresa, porque não é elaborado o balanço patrimonial;

- Falta de planejamento financeiro:

Principais funções da administração Financeira:

- Análise e planejamento financeiro: analisar os resultados financeiros e planejar ações necessárias para obter

melhorias;

- A boa utilização dos recursos financeiros: analisar e negociar a captação dos recursos financeiros

necessários, bem como a aplicação dos recursos financeiros disponíveis;

- Crédito e cobrança: analisar a concessão de crédito aos clientes e administrar o recebimento dos créditos

concedidos;

- Caixa: Efetuar recebimentos e os pagamentos controlando saldo de caixa;

- Contas a receber e a pagar: Controlar as contas a receber relativo ás vendas a prazos e contas a pagar

relativas às compras a prazo, impostos e despesas operacionais;

As providências que a empresa deve tomar em relação às finanças são:

- Organizar os registros e conferir se todos os documentos estão devidamente controlados.

- Acompanhar as contas a pagar e a receber, montando um fluxo de pagamentos e recebimentos;

- Controla o movimento de caixa e os controles bancários;

- Classificar custos e despesa em fixos e variáveis;

- Definir a retirada dos sócios;

- Fazer previsão de vendas e de fluxo de caixa;

- Acompanhar a evolução do patrimônio da empresa, conhecer a lucratividade e rentabilidade.

Lucratividade – É quando sua empresa lucra por cada para cada real vendido ou faturado.

Rentabilidade – É quando sua empresa lucra para cada real investido no negócio.

Vamos a um exemplo:

Vamos considerar que você vai abrir uma franquia de “frozen yogurt” e precisará investir R$ 400 mil para abrir

uma unidade que lhe proporcionará um faturamento de R$ 600 mil no ano com uma lucratividade de 30%, ou seja,

oferecendo um lucro anual de R$ 180 mil. Com esse resultado, sua rentabilidade ficará em 45% no ano, o que por sinal

é um número fantástico.

Fórmulas:

Lucratividade = Lucro / Faturamento (normalmente se utiliza o líquido)

Rentabilidade = Lucro / Patrimônio Líquido

Principais índices socioeconômicos

Inflação

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Definição

Inflação é um conceito econômico que representa o aumento de preços dos produtos num determinado país ou região,

durante um período. Num processo inflacionário o poder de compra da moeda cai.

Exemplo: num país com inflação de 10% ao mês, um trabalhador compra cinco quilos de arroz num mês e paga

R$ 10,00. No mês seguinte, para comprar a mesma quantidade de arroz, ele necessitará de R$ 11,00. Como o salário

deste trabalhador não é reajustado mensalmente, o poder de compra vai diminuindo. Após um ano, o salário deste

trabalhador perdeu 120% do valor de compra.

A inflação é muito ruim para a economia de um país. Quem geralmente perde mais são os trabalhadores mais

pobres que não conseguem investir o dinheiro em aplicações que lhe garantam a correção inflacionária.

Podemos citar as seguintes causas da inflação:

- Emissão exagerada e descontrolada de dinheiro por parte do governo;

- Demanda por produto (aumento no consumo) maior do que a capacidade de produção do país;

- Aumento nos custos de produção (máquinas, matéria-prima, mão-de-obra) dos produtos.

No Brasil, existem vários índices que medem a inflação. Os principais são: IGP ou Índice Geral de Preços

(calculado pela Fundação Getúlio Vargas), IPC ou Índice de Preços Ao Consumidor (medido pela FIPE - Fundação

Instituto de Pesquisas Econômicas), INPC ou Índice Nacional de Preços ao Consumidor (medido pelo IBGE) e IPCA ou

Índice de Preços ao Consumidor Amplo (também calculado pelo IBGE).

Você sabia?

No ano de 2011, a inflação brasileira foi de 6,5% (IPCA - Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).

Índices de Inflação

Os índices de inflação medem a variação de preços, com diferentes finalidades. A seguir, apresentaremos

alguns dos índices mais importantes na economia brasileira:

IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo)

O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), medido mensalmente pelo IBGE (Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística), foi criado com o objetivo de oferecer a variação dos preços no comércio para o público final. O

IPCA é considerado o índice oficial de inflação do país.

Como é calculado o IPCA?

O período de coleta do IPCA vai do dia 1º ao dia 30 ou 31, dependendo do mês. A pesquisa é realizada em

estabelecimentos comerciais, prestadores de serviços, domicílios (para verificar valores de aluguel) e concessionárias

de serviços públicos.

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Os preços obtidos são os efetivamente cobrados ao consumidor, para pagamento à vista. São considerados

nove grupos de produtos e serviços: alimentação e bebidas; artigos de residência; comunicação; despesas pessoais;

educação; habitação; saúde e cuidados pessoais; transportes e vestuário.

Eles são subdivididos em outros itens. Ao todo, são consideradas as variações de preços de 465 subitens.

O IPCA mede a inflação para que parcela da população?

O indicador reflete o custo de vida de famílias com renda mensal de 1 a 40 salários mínimos, residentes nas

regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Recife, Fortaleza

e Belém, além do Distrito Federal e do município de Goiânia.

Para que é usado o IPCA?

É utilizado pelo Banco Central como medidor oficial da inflação do país. O governo usa o IPCA como referência

para verificar se a meta estabelecida para a inflação está sendo cumprida.

INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor)

O INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) é medido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística) desde setembro de 1979. Ele é obtido a partir dos Índices de Preços ao Consumidor

regionais e tem como objetivo oferecer a variação dos preços no mercado varejista, mostrando, assim, o

aumento do custo de vida da população.

Como o INPC mede uma faixa salarial mais baixa que o IPCA (até 6 salários mínimos, diante dos 40 salários

mínimos do IPCA), a alteração de preços de serviços e produtos mais básicos é mais sentida neste índice. O peso do

grupo alimentos (arroz, feijão, leite, frutas, refeições feitas em restaurantes, lanchonetes) é maior no INPC que no

IPCA. Logo, uma variação nesse grupo tem um impacto maior no INPC.

Por exemplo, se a cesta básica passar de R$ 100,00 para R$ 150,00, uma família que tenha renda de um

salário mínimo sentirá muito mais esse aumento que uma com renda de nove salários mínimos. 

Além disso, o gás de cozinha (dentro do grupo habitação) e o preço das passagens de ônibus (dentro do

grupo transporte) também têm maior peso no INPC. Já os aumentos ou quedas nos preços de automóveis e da

gasolina têm maior peso no IPCA porque não são itens de consumo tão importante nas faixas de menor renda.

Como é calculado o INPC

O período de coleta do INPC vai do dia 1º ao dia 30 ou 31, dependendo do mês. A pesquisa é realizada em

estabelecimentos comerciais, prestadores de serviços, domicílios (para verificar valores de aluguel) e concessionárias

de serviços públicos. Os preços obtidos são os efetivamente cobrados ao consumidor, para pagamento à vista. 

São considerados nove grupos de produtos e serviços: alimentação e bebidas; artigos de residência;

comunicação; despesas pessoais; educação; habitação; saúde e cuidados pessoais; transportes e vestuário. Eles são

subdivididos em outros itens. Ao todo, são consideradas as variações de preços de 465 subitens.

O INPC mede a inflação para que parcela da população

Abrange famílias com rendimentos mensais entre 1 e 6 salários mínimos, residentes nas regiões

metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Recife, Fortaleza e

Belém, além do Distrito Federal e do município de Goiânia. 

Para que é usado o INPC

O índice é utilizado para negociação de reajustes salariais. 

IGP (Índice Geral De Preços – Disponibilidade Interna)

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O IGP-DI (Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna) é uma das versões do Índice Geral de Preços (IGP).

É medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e registra a inflação de preços desde matérias-primas agrícolas e

industriais até bens e serviços finais.

Como é calculado o IGP-DI?

O IGP-DI (Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna) faz medições no mês cheio, de 1 a 30 ou 31 de

cada mês. Ele é formado pelo IPA-DI (Índice de Preços por Atacado - Disponibilidade Interna), IPC-DI (Índice de Preços

ao Consumidor - Disponibilidade Interna) e INCC-DI (Índice Nacional do Custo da Construção - Disponibilidade Interna),

com pesos de 60%, 30% e 10%, respectivamente.

O período de coleta dos três é o mesmo do IGP-DI. Esses indicadores medem itens como bens de consumo

(um exemplo é alimentação) e bens de produção (matérias-primas, materiais de construção, entre outros).

Entram, além de outros componentes, os preços de legumes e frutas, bebidas e fumo, remédios, embalagens,

aluguel, condomínio, empregada doméstica, transportes, educação, leitura e recreação, vestuário e despesas diversas

(cartório, loteria, correio, mensalidade de Internet e cigarro, entre outros).

O IGP-DI mede a inflação para que parcela da população?

Abrange toda a população, sem restrição de nível de renda.

Para que é usado o IGP-DI?

Reajustes de tarifas públicas, contratos de aluguel e planos e seguros de saúde (nos contratos mais antigos).

IGP (Índice Geral de Preços do Mercado)

O que compõe o IGP-M:

O IGP-M/FGV é calculado mensalmente pela FGV e é divulgado no final de cada mês de referência.

O IGP-M quando foi concebido teve como princípio ser um indicador para balizar as correções de alguns títulos

emitidos pelo Tesouro Nacional e Depósitos Bancários com renda pós-fixadas acima de um ano. Posteriormente passou

a ser o índice utilizado para a correção de contratos de aluguel e como indexador de algumas tarifas como energia

elétrica.

O IGP-M/FGV analisa as mesmas variações de preços consideradas no IGP-DI/FGV, ou seja, o Índice de

Preços por Atacado (IPA), que tem peso de 60% do índice, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem peso de

30% e o Índice Nacional de Custo de Construção (INCC), representando 10% do IGP-M.

O que difere o IGP-M/FGV e o IGP-DI/FGV é que as variações de preços consideradas pelo IGP-M/FGV

referem ao período do dia vinte e um do mês anterior ao dia vinte do mês de referência e o IGP-DI/FGV refere-se

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a período do dia um ao dia trinta do mês em referência. A cada dez dias a FGV divulga as variações prévias que

comporão o índice referente ao período completo analisado.

Taxa de Juros Selic

Conceito de Taxa Selic

A Selic é a taxa básica utilizada como referência pela política monetária SELIC - (Sistema Ezpecial

de Liquidação e de Custódia).

A taxa SELIC, segundo conceitos da Wikipédia é um índice pelo qual as taxas de juros cobradas pelo

mercado se balizam no Brasil. É a taxa básica utilizada como referência pela política monetária. A

taxa overnight do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (SELIC), expressa na forma anual, é a taxa média

ponderada pelo volume das operações de financiamento por um dia, lastreadas em títulos públicos federais e realizadas

no SELIC, na forma de operações compromissadas. A meta para a taxa SELIC é estabelecida pelo Comitê de Política

Monetária(Copom).

Conforme o Banco Central do Brasil conceito de taxa Selic é:

É a taxa apurada no Selic, obtida mediante o cálculo da taxa média ponderada e ajustada das operações de

financiamento por um dia, lastreadas em títulos públicos federais e cursadas no referido sistema ou em câmaras de

compensação e liquidação de ativos, na forma de operações compromissadas. Esclarecemos que, neste caso, as

operações compromissadas são operações de venda de títulos com compromisso de recompra assumido pelo

vendedor, concomitante com compromisso de revenda assumido pelo comprador, para liquidação no dia útil seguinte.

Ressaltamos, ainda, que estão aptas a realizar operações compromissadas, por um dia útil, fundamentalmente as

instituições financeiras habilitadas, tais como bancos, caixas econômicas, sociedades corretoras de títulos e valores

mobiliários e sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários.

Aplicação de Taxa Selic

A SELIC é, no Brasil, a taxa de financiamento no mercado interbancário para operações de um dia, ou

overnigth, que possuem lastro em títulos públicos Federais, títulos estes que são listados e negociados no Sistema

Especial de Liquidação e de Custódia, ou Selic. Também é conhecida como taxa média do over que regula diariamente

as operações interbancárias. A taxa Selic reflete o custo do dinheiro para empréstimos bancários, com base na

remuneração dos títulos públicos.

Em outras palavras, esta taxa é usada para operações de curtíssimo prazo entre os bancos, que, quando

querem tomar recursos emprestados de outros bancos por um dia, oferecem títulos públicos como lastro (garantia),

visando reduzir o risco, e, consequentemente, a remuneração da transação (juros). Esta taxa é expressa na forma anual

para 252 dias úteis.

Assim, como o risco final da transação acaba sendo efetivamente o do governo pois seus títulos servem de

lastro para a operação e o prazo é o mais curto possível, ou apenas um dia, esta taxa acaba servindo de referência para

todas as demais taxas de juros da economia.

Esta taxa não é fixa e varia praticamente todos os dias, mas dentro de um intervalo muito pequeno, já que, na

grande maioria das vezes, ela tende a se aproximar da meta da Selic, que é determinada oito vezes por ano, consoante

regulamentação datada de 2006.

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Todas as negociações interbancárias realizadas no Brasil, com prazo de um dia útil (overnight), envolvendo

títulos públicos federais, são registradas nos computadores do DEMAB, cuja sede fica no Rio de Janeiro, e que faz

parte do Banco Central do Brasil. Depois do fechamento do mercado, o DEMAB calcula a taxa média ponderada pelo

volume dos negócios realizados naquele dia. Esta será a taxa média Selic daquele dia, que normalmente é publicada

por volta das 20h00 do próprio dia. Também é chamada simplesmente de "taxa básica".

Sistemas de Capitalização

Juros Simples e Compostos

Juros Simples

O juro de cada intervalo de tempo sempre é calculado sobre o capital inicial emprestado ou aplicado.

Raramente encontramos uso para o regime de juros simples: é o caso das operações de curtíssimo prazo, e do

processo de desconto simples de duplicatas.

O regime de juros será simples quando o percentual de juros incidir apenas sobre o valor principal. Sobre os

juros gerados a cada período não incidirão novos juros. Valor Principal ou simplesmente principal é o valor inicial

emprestado ou aplicado, antes de somarmos os juros.

Transformando em fórmula temos:

J = (C. i. t)

[Obs: O C (capital), também é conhecido por P(principal), e o t (tempo), também é conhecido por n]

Onde:

J = juros

C = Capital

i = taxa de juros

t = tempo

A soma, capital+juros, resulta no montante. Então temos que:

M = C + J

Exemplo 1: Temos uma dívida de R$ 1 000,00 que deve ser paga com juros de 8% a.m. pelo regime de juros

simples e devemos pagá-la em 2 meses. Quanto pagaremos de juros, e quanto pagaremos no total (montante)?

Usamos a fórmula J=(cit): 100, e obtemos:

J = (1 000 x 8 x 2): 100 J = 160

Usamos a fórmula M=C+J, e obtemos:

M = 1 000 + 160 M = 1 160

resp: Pagaremos R$ 160,00 de juros ( R$ 80,00 para cada mês ), e no total, o montante, será de R$ 1 160,00.

Exemplo 2: Calcule o montante resultante da aplicação de R$70 000,00 à taxa de 10,5% a.a. durante 145 dias.

Repare que a taxa está ao ano, e o tempo em dias, então vamos passar o tempo para ano.

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Um ano = 360 dias

Se temos 145 dias, então:

145 : 360 = aproximadamente 0,4027

Observe que expressamos a taxa, i, e o tempo, t, na mesma unidade de tempo, ou seja, anos. Daí ter dividido

145 dias por 360, para obter o valor equivalente em anos, já que um ano comercial possui 360 dias.

Vamos raciocinar devagar:

M = C + J

C = 70 000

J = ?

Então, descobrimos J através da fórmula:

J = (70 000 x 10,5 x 0,4027): 100

J = aproximadamente 2959,85

Portanto, temos o montante de:

M = 70 000 + 2959,85 = aprox. 72 959,85

resp: O montante será de aproximadamente R$ 72 959,85

1) Calcular os juros simples produzidos por R$40.000,00, aplicados à taxa de 36% a.a., durante 125 dias.

Temos: J = C.(i:100).t

A taxa de 36% a.a. equivale a 0,36/360 dias = 0,001 a.d.

Agora, como a taxa e o período estão referidos à mesma unidade de tempo, ou seja, dias, poderemos calcular

diretamente:

J = 40000.0,001.125 = R$5000,00

2) Qual o capital que aplicado a juros simples de 1,2% a.m. rende R$3.500,00 de juros em 75 dias?

Temos imediatamente: J = C.(i:100).t, ou seja, 3500 = C.(1,2/100).(75/30)

Observe que expressamos a taxa, i, e o tempo, t, em relação à mesma unidade de tempo, ou seja, meses.

Logo,

3500 = C. 0,012 . 2,5 = C . 0,030;

Daí, vem:

C = 3500 / 0,030 = R$116.666,67

EXERCÍCIOS PARA VENCEDORES.

01. (UEPA) O condomínio de um edifício é de R$

200,00 mensais. A conta apresentada diz: “Após

vencimento cobrar multa de 3% mais juros simples de

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0,5% ao dia”. O inquilino que atrasar 8 dias, pagará ao

todo:

a) R$ 256,00.

b) R$ 242,00.

c) R$ 228,00.

d) R$ 221,00.

e) R$ 214,00.

02. (MAA G-IDR) Um capital de R$ 100.000,00 foi

aplicado à taxa de juros simples de 40% a.m. Após um

semestre, qual o valor do montante obtido?

a) 240.000.

b) 280.000.

c) 340.000.

d) 360.000.

e) 460.000.

03. Calcular os juros simples que um capital de R$

10.000,00 rende em 1 ano e meio aplicado à taxa de

6% ao ano. Os juros são de:

a) R$ 700,00.

b) R$ 1000,00.

c) R$ 1600,00.

d) R$ 600,00.

e) R$ 900,00.

04. Qual o capital inicial necessário para se ter um

montante de R$ 14800,00 daqui a 18 meses, a uma

taxa de 4% ao mês, no regime de juros simples?

a) R$ 8605,00.

b) R$ 9605,00.

c) R$ 10605,00.

d) R$ 11605,00.

e) R$ 12605,00.

05. Para comprar um tênis de R$ 70,00, Paulo

Henrique deu um cheque pré-datado de 30 dias no

valor de R$ 74,20 à taxa de juros simples cobrada foi

de:

a) 0,6% a. m.

b) 4,2% a. m.

c) 6% a. m.

d) 42% a. m.

e) 60% a. m.

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06. Se uma pessoa deseja obter um rendimento R$

27.000,00, dispondo de R$ 90.000,00 de capital, a que

taxa de juros simples mensal o dinheiro deverá ser

aplicado no prazo de 5 meses?

a) 10%.

b) 5%.

c) 6%.

d) 8% .

e) 5,5%.

07. De quanto será o juro produzido por um capital de

R$ 2.300,00, aplicado durante 3 meses e 10 dias, à

taxa de 12% ao mês?

a) R$ 900.

b) R$ 910.

c) R$ 920.

d) R$ 930.

e) R$ 940.

08. Um capital de R$ 120.000,00 foi aplicado à taxa de

juros simples de 20% a.m. Após 2 anos, qual o valor do

montante obtido?

a) R$ 640.000.

b) R$ 680.000.

c) R$ 540.000.

d) R$ 696.000.

e) R$ 660.000.

Juros Compostos

Conforme estudado no tópico juros simples, vimos que o valor dos juros apurado a cada período não é

acrescentado ao valor principal, por isto, na prática tal modalidade de juros não é utilizada pelas instituições financeiras.

Vejamos a seguinte situação:

Alguém toma R$ 100.000,00 emprestados, a uma taxa de juros de 1% a.m., qual é o valor total que deverá ser

pago após 100 meses?

Os dados para o cálculo dos juros são:

Na modalidade de juros simples teríamos:

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Para o cálculo do montante utilizaremos a fórmula:

Substituindo j pela fórmula do juro acima:

Substituindo o valor dos termos:

Ou seja, tomaríamos cem mil e pagaríamos duzentos mil. Cem mil de juros e mais cem mil referentes ao valor

principal.

Você acha muito? Veja então o cálculo na modalidade de juro composto:

Os dados para o cálculo seriam os mesmos:

Abaixo temos a fórmula para o cálculo na modalidade de juro composto:

Substituindo as variáveis:

Isto é, pagaríamos um montante de R$ 270.481,38. A diferença de R$ 70.481,38 entre o cálculo realizado na

modalidade juros simples e o cálculo na modalidade de juros compostos se refere aos juros que foram cobrados sobre

os próprios juros apurados no período.

Na modalidade de juros compostos pagaríamos R$ 170.481,38 de juros, bem mais que os R$ 100.000,00 da

modalidade de juros simples. Esta diferença será percentualmente maior, quanto maior forem a taxa de juros e o

período da operação.

Apenas a título de exemplo, os mesmos R$ 100.000,00 emprestados, a uma taxa de juros de 5% a.m.,

após 240 meses produzirão um juros total de R$ 1.200.000,00 na modalidade simples e de R$ 12.173.857.374,22 na

modalidade composta.

Percebeu porque não é interessante se manter uma dívida de cartão de crédito ou de cheque especial por um

longo período de tempo?

EXERCÍCIOS

1) Aplicando-se R$ 15.000,00 a uma taxa de juro composto de 1,7% a.m., quanto receberei de volta após

um ano de aplicação? Qual o juro obtido neste período? Dado: 1,017 12= 1,224197

2) Paguei de juros um total R$ 2.447,22 por um empréstimo de 8 meses a uma taxa de juro composto de

1,4% a.m. Qual foi o capital tomado emprestado? Dado: 1,014 8= 1,117644

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3)Calcule o montante de uma aplicação de R$ 8.000 à taxa de 3% ao mês, pelo prazo de 14 meses.

Dado- 1,0314=1,512589

4)Determine o juro de uma aplicação de R$ 20.000 a 4,5% a.m., capitalizados mensalmente durante 8

meses. Dado – 1,0458=1,422100

5)Qual o montante produzido pelo capital de R$ 6.800, em regime de juro composto, aplicado durante 4

meses, à taxa de 3,8% ao mês? Dado – 1,0384=1,160885

6)Calcule o montante de R$ 8.500, a juros compostos de 2,5% ao mês, durante 40 meses.

Descontos Simples e Compostos

Desconto Simples

Existem dois tipos básicos de descontos simples nas operações financeiras: o desconto comercial e o desconto

racional. Considerando-se que no regime de capitalização simples, na prática, usa-se sempre o desconto comercial,

este será o tipo de desconto a ser abordado a seguir.

Vamos considerar a seguinte simbologia:

N = valor nominal de um título.

V = valor líquido, após o desconto.

Dc = desconto comercial.

i = taxa de descontos simples.

n = número de períodos.

Teremos:

V = N - Dc

No desconto comercial, a taxa de desconto incide sobre o valor nominal N do título. Logo:

Dc = Nin

Substituindo, vem:

V = N(1 - in)

Exemplo: Considere um título cujo valor nominal seja $10.000,00. Calcule o desconto comercial a ser

concedido para um resgate do título 3 meses antes da data de vencimento, a uma taxa de desconto de 5% a.m.

Solução:

V = 10000 . (1 - 0,05 . 3) = 8500

Dc = 10000 - 8500 = 1500

Resp: valor descontado = $8.500,00; desconto = $1.500,00

Desconto bancário

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Nos bancos, as operações de desconto comercial são realizadas de forma a contemplar as despesas

administrativas (um percentual cobrado sobre o valor nominal do título) e o IOF - imposto sobre operações financeiras.

É óbvio que o desconto concedido pelo banco, para o resgate de um título antes do vencimento, através desta

técnica, faz com que o valor descontado seja maior, resultando num resgate de menor valor para o proprietário do título.

Exemplo:

Um título de $100.000,00 é descontado em um banco, seis meses antes do vencimento, à taxa de desconto comercial

de 5% a.m. O banco cobra uma taxa de 2% sobre o valor nominal do título como despesas administrativas e 1,5% a.a.

de IOF. Calcule o valor líquido a ser recebido pelo proprietário do título e a taxa de juros efetiva da operação.

Solução:Desconto comercial: Dc = 100000 . 0,,05 . 6 = 30000Despesas administrativas: da = 100000 . 0,02 = 2000IOF = 100000 . (0,015/360) . 180 = 750Desconto total = 30000 + 2000 + 750 = 32750Daí, o valor líquido do título será: 100000 - 32750 = 67250Logo, V = $67250,00A taxa efetiva de juros da operação será: i = [(100000/67250) - 1].100 = 8,12% a. m.

Observe que a taxa de juros efetiva da operação, é muito superior à taxa de desconto, o que é amplamente

favorável ao banco.

Duplicatas

Recorrendo a um dicionário encontramos a seguinte definição de duplicata:

Título de crédito formal, nominativo, emitido por negociante com a mesma data, valor global e vencimento da fatura, e

representativo e comprobatório de crédito preexistente (venda de mercadoria a prazo), destinado a aceite e pagamento

por parte do comprador, circulável por meio de endosso, e sujeito à disciplina do direito cambiário.

Obs:

a) A duplicata deve ser emitida em impressos padronizados aprovados por Resolução do Banco Central.

b) Uma só duplicata não pode corresponder a mais de uma fatura.

Considere que uma empresa disponha de faturas a receber e que, para gerar capital de giro, ela dirija-se a um

banco para troca-las por dinheiro vivo, antecipando as receitas. Entende-se como duplicatas, essas faturas a receber

negociadas a uma determinada taxa de descontos com as instituições bancárias.

Exemplo:

Uma empresa oferece uma duplicata de $50000,00 com vencimento para 90 dias, a um determinado banco. Supondo

que a taxa de desconto acertada seja de 4% a. m. e que o banco, além do IOF de 1,5% a.a. , cobra 2% relativo às

despesas administrativas, determine o valor líquido a ser resgatado pela empresa e o valor da taxa efetiva da operação.

SOLUÇÃO:Desconto comercial = Dc = 50000 . 0,04 . 3 = 6000Despesas administrativas = Da = 0,02 . 50000 = 1000IOF = 50000(0,015/360).90] = 187,50

Teremos então:Valor líquido = V = 50000 - (6000 + 1000 + 187,50) = 42812,50Taxa efetiva de juros = i = [(50000/42812,50) - 1].100 = 16,79 % a.t. = 5,60 % a.m.Resp: V = $42812,50 e i = 5,60 % a.m.

Exercícios propostos :

1 - Um título de $5000,00 vai ser descontado 60 dias antes do vencimento. Sabendo-se que a taxa de juros é de

3% a.m. , pede-se calcular o desconto comercial e o valor descontado.

Page 15: apostila curso auxiliar de finan+ºas

Resp: desconto = $300,00 e valor descontado = $4700,00

2 - Um banco realiza operações de desconto de duplicatas a uma taxa de desconto comercial de 12% a . a.,

mais IOF de 1,5% a . a. e 2% de taxa relativa a despesas administrativas. Além disto, a título de reciprocidade, o banco

exige um saldo médio de 10% do valor da operação. Nestas condições, para uma duplicata de valor nominal $50000,00

que vai ser descontada 3 meses antes do vencimento, pede-se calcular a taxa efetiva de juros da operação.

Resp: 6,06% a.m.

Desconto Composto

Desconto composto é aquele obtido em função de cálculos exponenciais. São conhecidos dois tipos de

descontos: o desconto composto “por fora” e o desconto composto “por dentro”, ou racional . O desconto

composto “por fora”, não possui, pelo menos no Brasil, nenhuma utilização prática conhecida. Quanto ao

desconto “por dentro” ou racional, ele nada mais é do que a diferença entre o valor futuro de um título e o seu

valor atual, determinado com base no regime de capitalização composta; portanto de aplicação generalizada.

Desconto Composto "Por Fora"

No caso do desconto simples “por fora”, a taxa de desconto incide somente sobre o valor futuro dos

títulos, tantas vezes, quantos forem os períodos unitários, ou seja, D = S x d x n. Como P = S - D, deduz-se

que P =  S.(1 - d x n).

Já no caso do desconto composto, para n períodos unitários, a taxa de desconto incide, no primeiro

período, sobre o valor do título; no segundo período, sobre o valor futuro do título menos o valor de desconto

correspondente ao primeiro período; no terceiro período sobre o valor futuro do título menos os valores dos

descontos referentes ao primeiro e ao segundo período, e assim sucessivamente até o enésimo período, de

forma que:

P1 = S - D   ou  P = S(1 - d)P2 = S(1-d)(1-d) = S(1-d)2

P3 = S(1-d)(1-d)(1-d)= S(1-d)3

.     .

.     .Pn = S (1-d)n

Assim o valor líquido de um título, de prazo igual a n períodos unitários que sofre um desconto composto “por fora”, é dado pela expressão:

P = S(1-d)n

Exemplos:

1 - Uma taxa de 2,5% ao mês, de acordo com o conceito de desconto composto “por fora”. Calcular o valor do desconto.

Dados: S = 28.800,00n = 120 dias = 4 meses

Page 16: apostila curso auxiliar de finan+ºas

d = 2,5% ao mêsD = ?

Solução:

P = S(1-d)n 

P = 28.800,00(1-0,025)4 = 28.800,00 x 0,903688 = 26.026,21D = S - P = 28.800,00 - 26.026,21 = 2.773,79HP12C  = 28.800,00 E 2,5 E 100 : 1 – 4 YX X 28.800,00 - = 2,773,79

2 - Um título, com 90 dias a vencer, foi descontado à taxa de 3% ao mês, produzindo um desconto no valor de R$ 1.379,77. Calcular o valor nominal do título.

Dados: D = 1.379,77d = 3% ao mêsn = 90 dias ou 3 mesesS = ?

Solução:D = S - P = S - S(1-d)n = S [1-(1-d)n]D = S [1-(1-d)n]1.379,77 = S [ 1 - (1 - 0,03)3]1.379,77 = S [ 1 - 0,912673]1.379,77 = S x  0,087327S = 1.379,77/0,087327 =  15.800,00

HP12C = 1E 0,03-3 YX 1- CHS 1/x 1.379,77 X = 15.800,00

Desconto  “Por Dentro ” ou Racional

Desconto “por dentro” ou racional, é dado pela diferença entre o valor futuro de um título e o seu valor atual, calculado com base no regime de capitalização composta, como segue:

A = N.(1+i)-n

FLUXO DE CAIXA

O fluxo de caixa serve para demonstrar graficamente as transações financeiras em um período de tempo. O

tempo é representado na horizontal dividido pelo número de períodos relevantes para análise.

As entradas ourecebimentos são representados por setas verticais apontadas para cima e

as saídas ou pagamentos são representados por setas verticais apontadas para baixo. Observe o gráfico abaixo:

Page 17: apostila curso auxiliar de finan+ºas

Estes valores não podem ser simplesmente somados ou subtraídos (a não ser com juros nulos), pois estão

em tempos distintos e R$ 450 no 3º período não significam os mesmos R$450 em outros períodos; ele significa menos

nos períodos anteriores e mais nos períodos seguintes,

Por exemplo, com uma taxa de juros de 2% ao período, receber os R$450 no 3º período é equivalente a

receber R$450x1,02 = R$459 no 4º período, ou R$459x1,02 = R$468 no 5º período ou R$450/1,02 = R$441 no 2º

período.

VALOR PRESENTE e VALOR FUTURO

Chamamos de VP o Valor Presente, que significa o valor necessário na data 0 para que, considerando os

juros ocorridos, represente o mesmo Capital que todas as entradas e saídas do Fluxo completo,

Analogamente, VF é o Valor Futuro, que será igual ao valor que terei no final do fluxo, após juros, entradas e

saídas.

Na fórmula M = P . (1 + i)n , o principal P é também conhecido como Valor Presente (PV = presentvalue) e o

montante M é também conhecido como Valor Futuro (FV =future value).

Então essa fórmula pode ser escrita como FV = PV (1 + i) n,ou simplesmente:

F = P (1 + i) n

Isolando PV na fórmula temos PV = FV / (1+i)n,ou simplesmente:

P = F / (1+i)n

Na HP-12C, o valor presente é representado pela tecla PV.

Com esta mesma fórmula podemos calcular o valor futuro a partir do valor presente, para cada entrada ou

saída do fluxo.

    Exemplo:

Quanto representará, daqui a 12 meses, uma aplicação de R$1.500,00 a 2% ao mês?

Solução:

FV = 1500.(1 + 0,02)12 = R$ 1.902,36

Entenda alguns termos

Saldo Inicial: é o valor constante no caixa no início do período considerado para a elaboração do

Fluxo. É composto pelo dinheiro

na “gaveta” mais os saldos bancários disponíveis para saque.

Entradas de Caixa: correspondem às vendas realizadas à vista, bem como a outros recebimentos, tais

como duplicatas, cheques

pré-datados, faturas de cartão de crédito etc., disponíveis como “dinheiro” na respectiva data.

Saídas de Caixa: correspondem a pagamentos de fornecedores, pró-labore (retiradas dos sócios),

aluguéis, impostos, folha de pagamento, água, luz, telefone e outros, entre eles alguns descritos em nosso

modelo.

Saldo Operacional: representa o valor obtido de entradas menos as saídas de caixa na respectiva

data. Possibilita avaliar como se comportam seus recebimentos e gastos periodicamente, sem a influência dos

saldos de caixa anteriores.

Page 18: apostila curso auxiliar de finan+ºas

Saldo Final de Caixa: representa o valor obtido da soma do Saldo Inicial com o Saldo Operacional.

Permite constatar a real sobra ou falta de dinheiro em seu negócio no período considerado e passa a ser o

Saldo Inicial do próximo período.

FLUXO DE CAIXA PREVISTO – DIÁRIO

Empresa  

Mês   Período Resumo do Mês

Item Discriminação

Semanas

1ª Semana

2ª Semana

3ª Semana

4ª Semana

5ª Semana

6ª Semana

Total do Mês

1. ENTRADAS DE CAIXA -

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1.1 Recebimento de Vendas à Vista -

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1.2Rectos de Cobrança (Dep. Ch. Doc. Créd. Cta)

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1.3Empréstimos e Descontos Bancários

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1.4 Venda de Imobilizado -

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1.5   -

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2. SAÍDAS DE CAIXA -

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2.1 Impostos sobre vendas -

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2.1.1 Impostos Federais -

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2.1.2. Imposto Estadual (ICMS) -

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2.1.3 Imposto Municipal ( ISSQN) -

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2.1.4   -

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2.2Gastos com Compra de Materiais

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2.2.1. Fornecedores -

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2.2.2. Fretes sobre Compras -

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2.2.3   -

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2.3 Gastos Com Vendas -

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2.3.1. Comissões sobre Vendas -

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2.3.2. Fretes sobre Vendas -

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Page 19: apostila curso auxiliar de finan+ºas

2.3.3. Propaganda e Merchadise -

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2.3.4. Embalagens -

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2.3.5   -

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2.4. Gastos com Pessoal -

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2.4.1 Salários -

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2.4.2 Previdência Social (INSS) -

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2.4.3 FGTS -

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2.4.4 13º Salário -

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2.4.5 Férias -

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2.4.6 Rescisões Contratuais -

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2.4.7 Vale Transporte -

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2.4.8 Assistência Médica -

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2.4.9 Auxilio Refeições -

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2.4.10 Prêmios e Outros Benefícios

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2.4.11 Horas Extras

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2.4.12  

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2.5 Pró - Labore -

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2.6 Despesas Administrativas -

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2.6.1 Aluguel, Taxas e Condomínio -

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2.6.2 Água -

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2.6.3 Luz -

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2.6.4 Telefone / Internet -

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2.6.5 Material de Expediente -

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2.6.6Honorários de Terceiros (Contador/Adv./Consultor)

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2.6.7 Seguros -

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2.6.8 Impostos e Taxas -

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2.6.9 Despesas Diversas -

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Page 20: apostila curso auxiliar de finan+ºas

2.6.10  

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2.7Despesas Bancárias e Financeiras

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2.7.1Despesas com Cobrança de Títulos

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2.7.2 Despesas com CPMF -

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2.7.3Juros sobre Emprést. Limites de Crédito (Ch. Esp.)

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2.7.4 Outras Despesas Bancárias -

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2.7.5   -

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2.8Despesas Com Manutenção e Conservação

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2.8.1Manutenção e Conservação de Prédios

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2.8.2 Manut. e Cons. de Máq. e Equip. -

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2.8.4Manut. e Cons. de Móveis, Utensílios e Equip. Infor.

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2.8.5   -

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2.9 Despesas com Veículos -

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2.9.1Despesas com Licenciamento e Seguro de Veículos

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2.9.2Desp. com Cons. Revisões (Mão-de-Obra e Peças)

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2.9.3 Despesas com Combustíveis -

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2.9.4Despesas com Pneus, Óleo e Lavagem

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2.9.5   -

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1.10Amort. de Emprést. e Dividas de L.Prazo

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1.10.1 Amortização de Empréstimos

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1.10.2

Pagamento de Parcelamento de Impostos

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1.10.3  

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1.11 Compra de Imobilizado -

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1.11.1 Máquinas

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1.11.2 Veículos/Consórcios

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Page 21: apostila curso auxiliar de finan+ºas

1.11.3 Outros Bens

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1.11.4  

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1.12Movimento entre o Caixa e os Bancos

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1.11.1

Saídas de Caixa - Entrada em Banco

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1.11.2

Saída de Banco - Entrada em Caixa

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1.11.3

Saída de Banco - Entrada em Banco - Transf. Bancária

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1.11.4  

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  Saldo Inicial de Caixa -

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  Saldo Final de Caixa -

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Page 22: apostila curso auxiliar de finan+ºas

Contabilidade

A Importância da Contabilidade. - Contabilidade?

Page 23: apostila curso auxiliar de finan+ºas

- Fala sério !!!! Você deve ser louco !!!! Só vê matemática não é? A parábola acima é dita 7 vezes em cada 10 comentários quando alguém fica sabendo que você entrou na

faculdade para estudar contabilidade. A realidade diz justamente ao contrario, ao entrar numa faculdade de contabilidade você não passará 4 anos de

sua vida estudando somente matemática. Poucos sabem que um dos objetivos da contabilidade é simplesmente o de preparar relatórios para os gestores

(administradores) afim de ajudar na analise e nas decisões da empresa. Objetivo este atualmente totalmente distorcido pelo fisco (atualmente um contador passa mais de 70% do seu

tempo cumprindo obrigações impostas pelos governos, tais como preenchimento de declarações). Portanto não saia pensando que o seu contador não faz alguns tipos de relatórios por que não quer, às vezes não sobra tempo, para ajudar no gerenciamento.

Um contador de uma empresa média pode chegar a ter que fazer mais ou menos 47 declarações durante um

ano, algumas simples outras mais complexas, algumas até com mais de 100 folhas, dependendo do tipo de atividade da empresa.

Abaixo vou colocar um exemplo simplificado de como a contabilidade/contador pode ajudar na gestão de uma

empresa, mais antes se faz necessário chamar sua atenção para o seguinte: Se o objetivo da contabilidade é o de ajudar na administração da empresa através de relatórios porque quase

que a maioria dos empresários não a utiliza? A resposta? Porque não possuem pouquinho de conhecimento de contabilidade. Você talvez tenha ou conhece alguém que tenha uma empresa, pergunte a ele se ele entende aquele monte de

números chamado balanço patrimonial que o contador manda para ele assinar no final do ano. O que esse empresário faz com esse balanço? Assina, afinal não foi isso que o contador pediu? O Sebrae divulga constantemente que a maioria das empresas que “quebram” é devido a uma má gestão. Agora vamos ao conveniente, você tem uma empresa, faz dela o seu ganha pão, assim como o sustento da

sua família. Você paga todo mês os honorários do seu contador e ele tem condições de fazer todos os relatórios. Porque não usar esses relatórios para melhorar o gerenciamento da sua empresa ????

No decorrer desses tutoriais vamos adquirir alguns conhecimentos básicos para permitir que você possa

entender e analisar um balanço patrimonial de uma empresa assim como dos demais relatórios contábeis, para isso necessitaremos adquirir esses conhecimentos básicos e iremos discuti-los um a um, no final tenho certeza de que você, quando ver um balanço patrimonial de uma empresa vai encara-lo com outros olhos.

Acima eu disse que colocaria um exemplo de auxilio contábil para a gestão, vamos exemplificar o que mais

preocupa os empresários a carga tributária, o valor dos impostos. Vale ressaltar que se trata de um exemplo hipotético !!! Suponhamos que você descobriu como se faz um telefone especial, um telefone que lhe avisa 5 minutos antes

de tocar quem vai te ligar. Esse aparelho é a febre do momento, todo mundo quer comprar um. O custo para você produzir esse aparelho é de R$ 60,00. Você tem um amigo que montou uma loja de produtos eletrônicos, e ficou sabendo que ele paga por um

aparelho igual à quantia de R$ 100,00.

Page 24: apostila curso auxiliar de finan+ºas

A primeira coisa que você pensaria seria: “bom se eu gasto R$ 60,00 para produzir o telefone especial, e as lojas estão comprando ele por R$ 100,00. Eu poderia vender por R$ 85,00 e ganhar muito dinheiro, assim eu vou viajar, trocar de carro e principalmente largar meu emprego”.

Ai você começa a produzir e fecha um grande contrato com uma rede de lojas, ela quer comprar de você

10.000 aparelhos desses. Contrato fechado. No primeiro mês a loja quer 1.000 aparelhos. Qual o seu primeiro procedimento? Calcular quanto você vai ganhar com esses 1.000 aparelhos no primeiro mês. Bom se você gasta R$ 65,00 por produto e você produziu 1.000, você gastou R$ 65.000,00 para produzi-los.

Certo? Você vendeu a R$ 85,00, então você ganhou R$ 85.000,00. Diminuindo os seus gasto de R$ 65.000,00 sobra para você R$ 20.000,00. Mesmo antes de receber você já começou a gastar, largou seu emprego, trocou de carro, viajou com a família e

etc. Você se esqueceu de perguntar ao seu contador quanto você pagaria de imposto com a venda desses produtos

e como era o calculo deles. Passa-se um mês, você produziu e entregou os 1.000 aparelhos prometidos e recebeu a quantia combinada. Lá esta você na sua fabrica, quando chega o boy do seu contador com os impostos para você pagar. Quando

você vê os valores você quase cai para trás, sua primeira reação é ligar para o contador e dizer que ele errou nos cálculos e que tem que ter alguma coisa errada com esses valores.

Então começa o contador a te explicar como ele chegou aos valores, ele começa:

Olha o imposto X é 8% do seu faturamento, o imposto Y é 3% do seu faturamento e o imposto Z é 15% do seu lucro.

Então você faz os seus cálculos: 8 + 3 + 15 = 2626% de R$ 20.000,00 (que foi o que você ganhou) = R$ 5.200,00 Ai você confere com os cálculos do contador cujo total dos impostos foi de R$ 12.350,00. Nessa hora você já esta com raiva do contador, e pergunta:

Como você chegou a esses valores? Não disse que estava errado? Você está maluco? Se eu pago esses R$ 12.350,00 como eu iria pagar o aluguel

da fábrica, meus funcionários, a conta de luz, a conta de telefone, o IPTU, o seguro e outras despesas e ainda sobrar algum dinheiro para mim?

O contador começa a te explicar:

O imposto X é 8% do seu faturamento: seu faturamento foi de R$ 85.000,00, então 8% de 85.000,00 é igual a R$ 6.800,00.

O imposto Y é 3% do seu faturamento: seu faturamento foi de R$ 85.000,00, então 3% de 85.000,00 é igual a R$ 2.550,00.

O imposto X é 15% do seu lucro: seu lucro foi de R$ 20.000,00, então 15% de 20.000,00 é igual a R$ 3.000,00. Totalizando: 6.800,00 + 2.550,00 + 3.000,00 = 12.350,00 Entendeu? Está certo os meus cálculos.

Você mais uma vez achando que seu contador esta errado:

Page 25: apostila curso auxiliar de finan+ºas

Meu querido contador (com ar nervoso), você esta fazendo os cálculos errados, meu faturamento não foi de R$ 85.000,00, meu faturamento foi de R$ 20.000,00, eu faturei somente R$ 20.000,00 que é a diferença de R$ 85.000,00 – R$ 65.000,00.

Nesse momento o contador entende seu equivoco e diz:

Ah !!!!! Você esta confundindo faturamento com lucro, a faturamento a lei diz que é tudo o que você recebeu, independente de quanto você gastou. O Lucro sim é quanto você ganhou ou seja, a diferença do seu Faturamento menos os seus custos.

Você então bate o telefone na cara do contador e lembra que o tio da prima do filho do seu amigo é contador também, e pede para ele refazer o calculo do seu imposto, e para sua surpresa o valor total é: R$ 12.350,00.

E agora, você ainda tem que pagar aluguel da fabrica, os funcionários, a conta de luz, a conta de telefone, o

IPTU, o seguro e as outras despesas. Lembrando que você já gastou dinheiro trocando de carro, viajando com a família e até mesmo investindo em

sua fabrica. Será que se você tivesse conversado com o seu contador antes, essa situação poderia ter sido evitada? Lógico que estamos partindo de um exemplo hipotético, que a realidade pode ser diferente desses valores,

mais vale lembrar que certos tipos de produtos tais como o cigarro, a carga tributaria chega a mais de 80% do preço de venda.

O exemplo é de carga tributária, mais poderíamos fazer a seguinte pergunta, por quanto eu deveria ter vendido

os 1.000 aparelhos para que me sobre R$ 20.000,00, depois de eu ter pago todos os meus impostos? A contabilidade também pode ajudar nessa questão chamada de FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA. Lembrando que o exemplo acima é um pouco mais complexo pois envolve carga tributaria, o que não será o

foco nesse tutorial. Vamos no principio aprender o que é um Balanço Patrimonial, o que é Ativo e Passivo, como funciona o mecanismo de débito e crédito na contabilidade, como se contabiliza compras, vendas e pagamentos, como é dividido o Balanço Patrimonial, vamos conhecer e entender as outras demonstrações contábeis tudo isso aos poucos.

Principais Usuários da Contabilidade

Não só os administradores se utilizam dos relatórios que a Contabilidade fornece, outras pessoas, órgãos e

empresas também a utilizam como ferramenta.Vamos entender o porque de outras pessoas terem interesse nos relatórios contábeis. O Balanço Patrimonial de uma empresa é como se fosse uma fotografia da empresa num determinado

momento. Imagine uma foto sua, através dela outras pessoas poderão saber como você esta, se o seu cabelo cresceu, se

sua aparência esta mais nova, ou mais velha e etc, até mesmo lhe conhecer. Com o balanço de uma empresa você também consegue extrair informações parecidas com essas, só que

como a empresa é uma pessoa jurídica (uma pessoa jurídica é aquela que foi formada através de um contrato, daí o termo jurídico, e que através desse contrato ela pode adquirir obrigações como comprar a prazo. A pessoa normal como nós é chamada de pessoa física). Baseado no conceito acima podemos afirma que você não consegue “enxergar” fisicamente uma empresa, porque ela não existe no sentido de se poder tocar com as mãos, ela não possui matéria.

Não podemos confundir o prédio onde uma empresa esta instalada como sendo a empresa em si, a natureza

de ambos é totalmente diferente, o prédio continuará existindo, independente de você ter uma empresa instalada dentro dele ou não.

Como você não consegue enxergar a aparência física da empresa, o balanço patrimonial (foto da empresa) nos

mostrará números, e através deles, podemos analisar como a empresa está, semelhante seria se você relacionasse

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num papel todo o dinheiro que você possui num determinado dia, seja ele depositado no banco, dentro da sua carteira, ou no cofre da sua casa, e comparássemos esses números com toda a divida que você possui, ora se você tem mais dinheiro do que divida podemos dizer que a sua saúde financeira é boa, mas ao contrario poderíamos dizer que sua saúde financeira não esta legal. Com uma empresa a situação é a mesma, pode estar com uma boa saúde financeira ou não.

Agora se imagine no outro lado da situação se um amigo seu lhe pede R$ 1.000,00 em dinheiro emprestado

para pagamento daqui a 3 meses, e você conseguiu uma foto da saúde financeira dele e viu que ele está devendo R$ 5.000,00 além disso, você ficou sabendo que ele ganha R$ 400,00 por mês, deixe a parte emocional de lado, você emprestaria esse dinheiro baseado nessas informações acima? Você acha que o seu amigo vai ter condições de no final dos 3 meses lhe pagar?

Mas e se você não tivesse visto a foto da sua financeira dele (o balanço patrimonial do seu amigo), como você

chegaria a essa analise? Lógico que o exemplo acima é hipotético mais uma vez, para fazer uma analise por completo você precisa além

desses dados, outros do tipo: Ele tem mais alguma coisa para receber além do salário nesses 3 meses? Essa divida dele de R$ 5.000,00 vence quando? Ora se vencer nos próximos 3 meses, e ele não tem mais

valores a receber se não o salário, tanto faz se essa divida vence integralmente ou parcialmente, provavelmente ele deixará de pagar alguém.

Acontece que analisando um balanço você tem condições tomar conhecimento de praticamente quase todas

essas informações. Baseado nessas e outras situações diversas pessoas tem interesses nos relatórios contábeis, tais como: Os donos da empresa que não participam de sua administração.Para que? Para poder saber quanto a empresa esta conseguindo lucrar. Os administradores da empresa.Para que? Para saber a sua saúde financeira e como melhora-la. Os Bancos e Financeiras.Para que? Para saber se concederem um empréstimo a uma empresa, ela terá condições de pagar. Os sindicatos.Para que? No caso de um sindicato dos empregados para saber se podem pedir um percentual de aumento

maior para os funcionários. O Governo em geral.Para que? Para saber se podem tributar mais, ou se devem reduzir a tributação. Até mesmo você.Para que? Imagine que você quer comprar ações de uma empresa, quer investir, objetivando obter um retorno

financeiro através de lucros, numa analise você poderá saber se essas empresas deram lucro nos anos passados e assim prever se dará lucro no futuro.

Podemos dizer que a maior parte dos interessados na contabilidade está incluída nessa lista, os objetivos de

cada um desses interessados podem diferenciar de varias maneiras. Por exemplo: O Ministério do Trabalho (Governo) exige que a empresa informe mensalmente através de uma declaração

chamada CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), quais e quantas foram às pessoas que as empresas admitiram e demitiram no mês passado.

É com base nessa declaração e que você escuta no Jornal Nacional que o emprego na industria ou no comercio cresceu tantos por cento, ou que diminuiu tantos por cento.

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A fim de terminar a maior parte teórica para que no próximo tutorial já comecemos a ver um pouco a parte

pratica vamos discutir rapidamente sobre mais dois assuntos importantes na contabilidade, a origem da contabilidade e a importância da constante atualização.

Origem da Contabilidade.

Existem vestígios da prática da contabilidade por volta de mais de 7.000 anos antes de Cristo, descobriram que

havia numa caverna um desenho de um animal parecido com um carneiro, e um monte de “pauzinhos” ao seu lado, havia um espaço na pedra e logo depois um outro desenho de um outro carneiro e mais alguns “pauzinhos” porem agora com uma quantidade de “pauzinhos” diferentes do primeiro desenho.

A prática desses tracinhos com certeza lhe lembrou a infância quando na escola você fazia 10 tracinhos e um

risco em cima deles para dizer que havia ali uma dezena não foi? Essa descoberta não parece uma contagem? Se coloque do outro lado da historia: Você cria carneiros um

monte deles, se você quiser fazer uma analise do crescimento da sua criação de carneiros com certeza você terá que fazer uma contagem e após algum tempo faze-la novamente não?

Se você tinha 200 carneiros e agora na segunda contagem tem 205, nasceram 5 carneiros não foi? Podemos aproveitar o embalo dessa situação e ressaltar mais uma vez a importância dos relatórios contábeis,

com a seguinte questão: Nasceram somente 5 carneiros? Não morreu nenhum? Olha a importância de termos ai um controle contábil eficiente, vamos supor que nasceram 200 carneiros e

morreram 195. Um número alarmante de mortes. Se você não tiver um controle para saber quantos nasceram e quantos morreram você com certeza não poderia fazer melhorias na criação, de posse desse relatório, você tomaria conhecimento do numero de mortes, e poderia investigar a causa delas e tentar inverter essa situação, a fim de controlar esses grandes números de mortes.

Voltando a era das pedras, o que nosso primo pré-histórico fez, foi anda mais nada menos do que uma

contagem física, atualmente no meio contábil chamado de inventário. (veremos mais sobre o conceito de inventario nos próximos tutoriais, o importante é você entender que foi feito uma contagem em um determinado período e após foi feito outra contagem).

Com base nessas e outras descobertas acredita-se que a contabilidade é uma das ciências mais antigas que

existem. Vamos um pouquinho mais adiante no tempo. Antigamente não existia o dinheiro como hoje ele é. Tudo

funcionava a base da troca, você SÓ tinha duas maçãs e trocava por uma galinha. Muito inconveniente isso não? Pois necessitava haver interesse mutuo de ambas as partes, ou seja, você teria que querer a galinha e a outra pessoa tinha que ter a galinha e querer por ela duas maçãs. Mais e se o dono da galinha quisesse 3 maçãs?

Um pouco mais adiante foi inventada a moeda, que funciona como um meio de troca, só que não precisa haver

o interesse de ambas as partes (maçãs x galinhas), pois se você tem a moeda, compra a galinha e a outra pessoa pode comprar pêras, por exemplo.

Com a invenção da moeda, mais uma vez foi necessário haver um controle (contábil), o saldo de moedas que

você possuía, pois nem sempre uma moeda correspondia aquilo que você necessitava. Vamos exemplificar para ficar mais fácil:

100 moedas = 1 galinha3 galinhas = 300 moedas Imagine você ficar contando 100 moedas para comprar uma galinha e depois conferir quantas moedas que

você tem para poder comprar 1 maçã. Após comer a maçã você ficou com vontade de comer pêras, lá vai você contar quantas moedas você tem para saber se pode comprar as pêras.

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Passou então a haver um controle de quantas moedas você tinha, quantas você usou e quantas você ganhou. Tipo um extrato bancário de hoje. Não é muito mais fácil você olhar o extrato bancário e saber quanto você tem de dinheiro do que ter que ficar contando sempre? Olha a facilidade que um controle bancário lhe proporciona.

Vamos piorar essa situação um pouquinho, imagine se você sofresse de perda de memória constantemente? Pois é, desde antigamente já podemos entender a importância dos controles contábeis.

A Importância da Constante Atualização. A constante atualização não é importante somente na Contabilidade, em todas as áreas ela se faz

imprescindível. Um engenheiro que esta em constante atualização tem condições de elaborar um projeto com o menor custo devido a novidades tecnológicas. Imagine a maravilha que é quando um médico descobre um novo método de operar um paciente, este método por se menos doloroso permite que o paciente volte para casa no mesmo dia, e ainda assim pode diminuir o custo da operação em virtude de que o cliente não precisará arcar com a despesa de internação no hospital.

Se fosse você que esta para operar, por qual optaria? Na contabilidade, assim como nas demais áreas, essa importância se dá de duas formas: 1 – Você como profissional é responsável pela elaboração de toda a parte burocrática de uma empresa,

imagine fazer algo errado que traga grandes prejuízos ao seu cliente? Imagine fornecer um relatório errado, ou fazer um cálculo de um imposto errado?

Friso também que o Brasil é um países que mais se elaboram leis, para se ter uma idéia são elaboradas mais de 3.000 atos normativos (leis, decretos, resoluções e outros).

2 – Você como usuário da contabilidade, não basta somente ter conhecimento, você precisa saber as

mudanças ocorridas, imagine que você sabe tudo sobre balanço patrimonial, e de repente o Balanço Patrimonial é trocado por outro relatório. Você só se da conta disso depois de muito tempo, até você conseguir adquirir todo o conhecimento necessário com certeza terá algum inconveniente. Imagine que o governo inventa que todo o dinheiro que esta na conta bancaria tem que ser colocado pelo triplo no balanço, o que aparecia antes como R$ 1.000,00 agora aparece como R$ 3.000,00. Você com certeza irá imaginar que a empresa tem R$ 3.000,00 reais no banco, mais na verdade ela só tem R$ 1.000,00.

Parece estranho não? Mais na pratica isso ás vezes acontece. Não com o saldo bancário, mais com outros

tipos de contabilização. Quando falarmos sobre Avaliação de Investimentos pelo Método de Equivalência Patrimonial, mostrarei que

nem tudo o que parece é, mas pode ser. Mas isso é assunto para mais adiante.

Os demais objetivos da Contabilidade

No ultimo tutorial eu disse que UM DOS OBJETIVOS da Contabilidade era o de auxiliar os gestores e mostrei

um exemplo sobre isso, as outras funções da contabilidade são:

Função de Controle Função de Apurar o resultado

Nesse tutorial vamos falar um pouco sobre a função de controle e deixemos a função de apurar o resultado para mais tarde.

A função Controle

O a função controle tem extrema importância, vejamos:

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Se eu lhe perguntar hoje, qual seria o seu patrimônio você com certeza me diria que é tudo aquilo que você possui. Por exemplo: uma casa, um carro, uma ilha, um iate, etc ..., e um saldo de R$ 100.000,00 em sua conta bancária, suponhamos que a soma disso tudo totalize R$ 300.000,00.

Supondo que você não efetuou nenhum deposito e nem fez nenhum saque em sua conta bancaria, não

comprou mais nenhum bem. Se eu lhe perguntasse qual seria o seu patrimônio daqui a um mês, qual seria a sua resposta? Os mesmos R$ 300.000,00 certo? Será que é mesmo?

E se o banco lhe debitar uma tarifa de R$ 1.000,00? O que antes era R$ 100.000,00 (saldo do banco), agora passou a ser R$ 99.000,00, houve uma diminuição no

seu patrimônio não? Seu patrimônio passou a ser de R$ 299.000,00 agora. A função controle é assim parecida, só que na contabilidade o termo patrimônio compreende mais do que

somente os bens, ele é assim conceituado:

Definição de Patrimônio, Bens, Direitos e Obrigações. PATRIMÔNIO = conjunto de bens, direitos e obrigações. BENS = qualquer coisa palpável, tipo um computador, prédio, casa, carro, dinheiro em sua mão, maquinas e

etc ... DIREITOS = valores que é seu por natureza, mais que está de posse de outra pessoa, tipo: uma venda feita a

prazo (é direito seu receber esse dinheiro, como esse dinheiro ainda não esta contigo, ele não é um bem, e sim um direito, direito de recebe-lo), o dinheiro no banco (ele não esta com você) entre outros.

Podemos entender que o que diferencia BENS de DIREITO é a posse não? Pois na verdade tudo que esta nos

dois exemplos acima podem ser avaliados em dinheiro, o que diferencia é se esta ou não com você. E o que seria obrigações? OBRIGAÇÕES = é o inverso de DIREITOS, ou seja é algo avaliável em dinheiro que não lhe pertence mais

esta contigo, tipo: COMPRA A PRAZO – seu fornecedor lhe vendeu mercadorias a prazo, é um direito dele receber e uma

OBRIGAÇÃO sua pagar, em troca dessa OBRIGAÇÃO foi adquiriu mercadorias. UM EMPRESTIMO – é um direito do banco ou financeira por exemplo e uma OBRIGAÇÃO sua pagar. UM CARRO EMPRESTADO – é um bem de outra pessoa mais por algum motivo esta de sua posse. Então o patrimônio na contabilidade é o conjunto desses 3 itens (BENS, DIREITOS E OBRIGAÇÕES) Com base nessa teoria acima, vamos mais uma vez ao exemplo acima, no caso do saldo bancário vamos

supor que dos R$ 100.000,00, R$ 95.000,00 são de sua mãe que depositou esse valor na sua conta, ele (o dinheiro) passa então a não ser mais patrimônio seu, e sim de sua mãe, correto? Mais você tem a posse dele, afinal ele esta em sua conta, mais em contra-partida você também tem a obrigação de devolve-lo a sua mãe, logo você tem uma obrigação com ela.

Ora se você tem R$ 95.000,00 em sua conta e deve R$ 95.000,00 esses valores se anulam não? Por isso a contabilidade considera as obrigações como parte do conjunto que perfazem o PATRIMONIO, para

que você consiga apurar o seu PATRIMONIO LIQUIDO (veremos o conceito de PATRIMONIO LIQUIDO MAIS ADIANTE)

Parece até simples dizer que é isso que a Contabilidade faz não? Só que na contabilidade qualquer fato que

altere ou não o seu patrimônio ele é registrado, e por escrito para não haver possibilidade de esquecimento, imagine a quantidade de transações que uma entidade faz por dia? Compras, vendas, trocas, pagamentos e outros.

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Primeiras Noções de Balanço Patrimonial Se você ficar controlando o seu patrimônio somente de cabeça, com certeza você nunca o terá controlado

certinho. Para você pode até não fazer sentido ter tudo isso controlado Tim Tim por Tim Tim. Só que para uma empresa isso faz muito diferença, afinal tem muitas pessoas interessadas no seu

PATRIMONIO, se lembra da historio do amigo que lhe pediu dinheiro? É bem parecido. Só que nesse caso o interesse era seu.

Mais como a contabilidade faz esse controle patrimonial? Primeiro ela registra esses dados, depois processa os relatórios e demonstrações. Uma das principais

demonstrações é chamada de Balanço Patrimonial. O Balanço Patrimonial é uma demonstração que evidencia todo o patrimônio de uma entidade em um

determinado momento, ou seja ela vai mostrar todos os BENS, DIREITOS E OBRIGAÇÕES numa certa data. Mais para ficar mais apresentável, ao invés de misturar tudo, ela preocupou-se em deixar isso de uma maneira

mais fácil de se entender. O primeiro passo foi chamar de ATIVO o conjunto de BENS e DIREITOS e de PASSIVO suas obrigações ou

deveres. Mais para ficar mais bonito ainda ela resolveu que o ativo ficaria do lado ESQUERDO e o PASSIVO ficaria do

lado DIREITO da demonstração (em alguns casos, por falta de espaço ao lado, ele pode aparecer abaixo). Vamos exemplificar, para ficar mais fácil, imagine que você relacionou tudo o que você tem de direito e bens e

tudo o que você tem de obrigação e relacionou assim papel: DIVIDA COM CARTAO DE CREDITO – R$ 800,00CARRO – R$ 15.000,00COMPRAS COM CHEQUE PRE DATADO – R$ 550,00DIVIDA DE EMPRESTIMO COM O TIO – R$ 372,00DINHEIRO NO BANCO – R$ 15,00DINHEIRO NA CARTEIRA – R$ 7,00MEU COMPUTADOR – R$ 1.300,00FINANCIAMENTO DO MEU CARRO (SALDO A PAGAR) – R$ 13.500,00TELEVISAO DO QUARTO – R$ 350,00COLECAO DE REVISTAS – R$ 100,00DINHEIRO EMPRESTADO AO MELHOR AMIGO – R$ 80,00 E assim por diante. Você até entende porque a lista acima não é exaustiva, agora vamos fazer como a contabilidade e organizar

isso? Ficaria mais ou menos assim

Ativo (Bens e Direitos) Passivo (Obrigações ou Deveres)Coleção de Revistas 100,00Financiamento 13.500,00Televisão do Quarto 350,00Divida com o Tio 372,00Computador 1.300,00Cheques pré Datado 550,00Dinheiro na carteira 7,00Divida com Cartão 800,00Dinheiro no Banco 15,00 Carro 15.000,00

Não fica mais fácil de se entender? Claro que sim. Mais isso porque você agora sabe que Ativo são bens e

direitos e Passivo são obrigações e deveres. Mas porque o ativo fica do lado esquerdo e o passivo fica do lado direito?

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Porque ficou convencionado que seria assim, ou seja, um monte de gente se reuniu e disse a partir de hoje isso é assim e pronto.

Para que? Para ficar mais fácil assim você sabe que tudo o que estiver do lado esquerdo desse relatório pertence ao Ativo

e tudo que tiver do lado direito ao Passivo, assim passou a adotar esse método em vários paises, e não só no Brasil, até balanços internacionais são desta forma. Poucas são as exceções tais como a França (se eu não me engano).

Bom então o Balanço Patrimonial possui somente os grupos Ativo e o Passivo? Não !!! Ainda existe mais um grupo de Chamado de Patrimônio Liquido, que fica no lado do passivo, então a

demonstração acima ficaria assim:

Ativo Passivo + Patrimônio LiquidoColeção de Revistas 100,00Financiamento 13.500,00Televisão do Quarto 350,00Divida com o Tio 372,00Computador 1.300,00Cheques pré Datado 550,00Dinheiro na carteira 7,00Divida com Cartão 800,00Dinheiro no Banco 15,00 Carro 15.000,00

Falamos que o Ativo são bens e direito, e o Passivo são as obrigações ou deveres, e o que seria o Patrimônio

Liquido? Bom o Patrimônio Liquido de uma empresa entre outras possibilidades que veremos mais adiante, se faz pelo

seguinte: Quando se abre uma entidade/empresa ela precisa de dinheiro para as primeiras operações, esse dinheiro vem através dos sócios mediante a entrega de uma parcela de dinheiro para que a empresa possa começar a andar com as próprias pernas. Logo esse dinheiro não é da empresa e sim dos donos delas, logo ela tem um obrigação de devolver esse dinheiro aos sócios.

Mas se o que esta acima é verdade qual o sentido de se diferenciar Passivo do Patrimônio Liquido? Não é tudo

obrigação? Sim é tudo obrigação, mais tem um porém o que esta no Passivo vai ser exigido em alguma data tipo: o

FINANCIAMENTO todo mês tem o seu prazo de vencimento, que é quando se exige uma parte desse valor, A DIVIDA COM O TIO da mesma forma, ou seja no dia combinado que você pagaria o seu tio ele pode te cobrar, O CHEQUE PRE DATADO também no dia combinado ele vai “bater” na sua conta, assim como A DIVIDA COM O CARTAO DE CREDITO no dia do vencimento da sua fatura o cartão estará lhe cobrando.

Já com as Obrigações do Patrimônio Liquido não, ou seja, o sócio deu dinheiro para a empresa mais não pode

cobrar dela quando bem quiser, se não a empresa acabará. Pode até haver uma diminuição em seu valor, mais nunca será o dinheiro dado pelos sócios cobrando integralmente.

Então se fez necessário criar o Patrimônio Liquido para destacar que aquele valor não será cobrado ou exigido. Assim sendo temos então 3 grandes grupos num balanço patrimonial ATIVO, PASSIVO e PATRIMONIO

LIQUIDO. Arrumando melhor o Balanço Patrimonial acima ficaria assim:

Ativo PassivoColeção de Revistas 100,00Financiamento 13.500,00Televisão do Quarto 350,00Divida com o Tio 372,00Computador 1.300,00Cheques pré Datado 550,00Dinheiro na carteira 7,00Divida com Cartão 800,00Dinheiro no Banco 15,00Patrimônio Liquido

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Carro 15.000,00XXXXXXX XXX,XX Eu disse que o relatório acima se chama BALANÇO PATRIMONIAL, patrimônio nos já sabemos o que é, e o

que significaria o termo Balanço? Balanço na Contabilidade tem o sentido de masculino de balança. Bom balança traz logo uma idéia de medida de peso, ou se não tiver medindo a idéia de igualdade não? O termo balanço na Contabilidade se equipara a igualdade, assim pressupõem se que o Ativo é igual a soma

do Passivo mais o Patrimônio Liquido (A = P + PL). Complicado não? Mais como assim o A = P + PL? Na contabilidade nos trabalhamos com as chamadas partidas dobradas, o que seria isso? Quer dizer

registramos o mesmo valor duas vezes mais em contas diferentes, ora se efetuamos o mesmo valor sempre duas vezes e em contas diferentes, por exemplo teremos 1.000,00 numa conta e 1.000,00 na outra conta certo? E assim por diante, você sempre registrara 2 valores iguais mais em contas diferentes. SEMPRE SEMPRE SEMPRE !!!!

Vamos exemplificar para ficar melhor.Você montou uma empresa e para ela começar você entrou com a quantia de R$ 10.000,00 que foi depositada

na conta da empresa. Seu primeiro balanço após essa operação ficaria assim:

Ativo PassivoDeposito no Banco 10.000,00 Patrimônio Liquido Capital Social 10.000,00

Vamos analisar o que aconteceu: 1.º Você deu a empresa R$ 10.000,00 para que ela tenha dinheiro para

começar a trabalhar, esse primeiro dinheiro que o sócio coloca na empresa é chamado de CAPITAL SOCIAL. 2.º Em contra partida a esse registro houve um aumento de saldo no banco para R$ 10.000,00 (o mesmo valor em duas contas diferentes).

Lembre-se porque que o CAPITAL SOCIAL ficou no grupo do Patrimônio Liquido, porque ele não pode ser

exigido por você se não a empresa acaba, a não ser que seja seu interesse em fazer isso. Mas vamos supor que não é. Essa operação acima em termos técnicos é chamada de integralização de capital. Vamos a segunda operação.A empresa precisa de um carro para fazer as entregas, e compra um por R$ 2.000,00 e pagou com cheque

para o mesmo dia. O Balanço ficaria assim:

Ativo PassivoDeposito no Banco 8.000,00 Veiculo 2.000,00Patrimônio Liquido Capital Social 10.000,00

Você comprou um carro (um bem), então ele ficará em seu ativo, o valor dele foi de R$ 2.000,00, então você

registra os R$ 2.000,00 sob o nome de veículos, para que? Para que quando as pessoas olhem para o seu balanço saibam que você possui um veiculo que custou R$ 2.000,00.

Mas você pagou esse veiculo com um cheque a vista, então o saldo que era de R$ 10.000,00 depois de pago o

cheque ficou sendo R$ 8.000,00.

Page 33: apostila curso auxiliar de finan+ºas

Se você somar todos os itens do seu ativo, ou seja, depósitos no banco + veiculo você tem R$ 10.000,00 no seu ativo e se você somar o conjunto do Passivo mais o Patrimônio Liquido você também tem R$ 10.000,00? É uma balança, uma igualdade que não se altera não é?

Vamos a terceira operação: Para começar a vender você comprou mercadorias à vista pelo valor de R$ 2.000,00 também com cheque. Então você adquiriu um bem (mercadorias), pagou com o dinheiro que estava no banco, vê se você não

concorda comigo que ficaria assim:

Ativo PassivoDeposito no Banco 6.000,00 Veiculo 2.000,00Patrimônio LiquidoMercadorias 2.000,00Capital Social 10.000,00

Lembre-se que você tinha R$ 8.000,00 na banco, que era os R$ 10.000,00 menos os R$ 2.000,00 que você

pagou pelo carro. Vamos a quarta operação: Você viu que toda a hora que você quer comprar algo você precisa passar um cheque e resolve então deixar

um dinheiro na empresa (chamado de Caixa), para que não haja mais esse inconveniente. Então você tira do banco R$ 500,00 e deixa ele dentro da empresa.

Seu balanço fica assim:

Ativo PassivoDeposito no Banco 5.500,00 Veiculo 2.000,00Patrimônio LiquidoMercadorias 2.000,00Capital Social 10.000,00Caixa 500,00

Some o Ativo e depois compare com o total do Passivo e veja que os valores ainda continuam a totalizar R$

10.000,00 cada um. Bom, com exceção da primeira operação, até aqui só fizéssemos operações que alterassem o ativo não foi?

Isso foi para chamar a sua atenção de que o Deposito no Banco é um direito da empresa (o dinheiro esta lá mais na hora que você quiser pode saca-lo) e que o Veículo, as Mercadorias o dinheiro que esta dentro da empresa (Caixa) são bens que a empresa possui.

Vamos agora com mais cuidado a quinta e a sexta operação. Quinta operação: Você comprou mais R$ 2.000,00 de mercadorias só que dessa vez o seu fornecedor já olhou o seu balanço e

viu que você tem condições de pagar esses R$ 2.000,00, então esse fornecedor lhe vendeu essa mercadoria a prazo com 30 dias para pagar.

Seu balanço fica assim:

Ativo PassivoDeposito no Banco 5.500,00Fornecedores 2.000,00Veiculo 2.000,00Patrimônio LiquidoMercadorias 4.000,00Capital Social 10.000,00Caixa 500,00

Percebeu que houve um aumento de R$ 2.000,00 em mercadorias e que também houve um aumento de R$

2.000,00 em Fornecedores, este por ser uma obrigação ficou no passivo.

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E porque ficou no Passivo e não no Patrimônio Liquido? Porque com o passar dos 30 dias esse fornecedor vai te cobrar. E se ele vai cobrar não pode ficar no

Patrimônio Liquido. Quanto fica a soma do seu Ativo?Resposta: 5.500,00 + 2.000,00 + 4.000,00 + 500,00 = 12.000,00 E quanto fica a soma do seu Passivo e mais o Patrimônio Liquido?2.000,00 (Passivo) + R$ 10.000,00 (Patrimônio Liquido)Resposta: 2.000,00 + 10.000,00 = 12.000,00 Agora tanto o ativo como o passivo passaram a totalizar R$ 12.000,00 Sexta operação: Você se deu conta que sem informática não dá para trabalhar, então resolve comprar um computador

financiado, esse computador custou R$ 3.000,00. Como fica o seu Balanço Patrimonial?

Ativo PassivoDeposito no Banco 5.500,00Fornecedores 2.000,00Veiculo 2.000,00Financiamentos 3.000,00Mercadorias 4.000,00Patrimônio LiquidoCaixa 500,00Capital Social 10.000,00Computador 3.000,00 SOMA DO ATIVO 15.000,00SOMA DO PASSIVO 15.000,00

Analisemos juntos Você comprou um computador, logo é um bem seu então fica no ativo, só que você comprou ele financiado

então também adquiriu uma obrigação, a de pagar as prestações desse computador. OBS.: Já coloquei o total do ativo e do passivo, para uma melhor analise. Vamos a ultima operação: Você pagou R$ 200,00 com o dinheiro que estava no banco a 1.ª prestação da compra do computador. Veja o Balanço:

Ativo PassivoDeposito no Banco 5.300,00Fornecedores 2.000,00Veiculo 2.000,00Financiamentos 2.800,00Mercadorias 4.000,00Patrimônio LiquidoCaixa 500,00Capital Social 10.000,00Computador 3.000,00 SOMA DO ATIVO 14.800,00SOMA DO PASSIVO 14.800,00

Vejamos Você pagou R$ 200,00 pela 1.ª prestação então você ficou com R$ 200,00 a menos no banco, em contra

partida a sua divida do financiamento também diminuiu os mesmos R$ 200,00. Note que nessa operação houve uma diminuição no valor do ativo e do passivo

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Vamos parar por aqui, mais tente resolver as operações colocadas abaixo, faça como fizemos até agora a cada operação faça um balanço, no próximo tutorial colocarei as respostas. E continuaremos com mais conceitos, teorias e exercícios.

Operações

A. Pagamento de mais R$ 200,00 da parcela do computador, com o dinheiro do caixa.B. Pagamento com cheque de R$ 500,00 para o fornecedor.C. Compra de moveis para o escritório, com cheque no valor de R$ 1.000,00.D. Aumento do Capital Social da empresa em R$ 3.000,00 o dinheiro ficou no caixa.E. Deposito de R$ 2.500,00 no banco.F. Pagamento de mais uma parcela do financiamento, mediante débito em conta.G. Pagamento de mais R$ 300,00 para o fornecedor.