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ÍNDICE

Assunto Página

TEORIA DO FOGO 02

TRIANGULO DO FOGO 03

MÉTODOS DE PROPAGAÇÃO 06

PROCESSOS DE EXTINÇÃO 06

CLASSES DE INCÊNDIOS 07

EFEITOS DA FUMAÇA 07

SISTEMAS DE SEGURANÇA 09

CONTROLE DE PÂNICO 09

LEIS E DECRETOS 09

EQUIPAMENTOS DE PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS 10

RESERVATÓRIOS DE COMBATE A INCÊNDIOS 12

EXTINTORES DE INCÊNDIO 14

HIDRANTES 19

ALARMES 20

SPRINKLERS 20

MEIOS DE ESCAPE 21

ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA 21

BRIGADAS DE INCÊNDIOS 22

MEMORIAL DESCRITIVO 30

PLANO DE FUGA 31

NOÇÕES DE ENFERMAGEM 32

PRIORIDADES NO ATENDIMENTO 33

ANÁLISE DO PACIENTE 33

EXAME SUBJETIVO 33

ANÁLISE PRIMÁRIA OBJETIVA 34

ANÁLISE SECUNDÁRIA OBJETIVA 35

OBSTRUÇÃO RESPIRATÓRIA (ADULTO CONSCIENTE) 37

OBSTRUÇÃO RESPIRATÓRIA (ADULTO INCONSCIENTE) 38

PARADA RESPIRATÓRIA 40

PARADA CARDIO RESPIRATÓRIA (ADULTO) 41

ESTADO DE CHOQUE 44

QUEIMADURAS 45

EMERGÊNCIAS CLINICAS 48

HEMORRAGIAS 51

FERIMENTOS ESPECIAIS 52

FRATURAS 53

CHOQUE ELÉTRICO 56

ANIMAIS PEÇONHENTOS 57

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HISTÓRICO DO FOGO

TEORIA PRIMITIVA

Na pré-história, o fogo servia apenas para iluminação e meio de aquecimento para o homem primitivo.

Surgia ele das descargas elétricas produzidas por relâmpagos.

SEGUNDA TEORIA

Por volta do século XVII, STHALL, lançou a teoria que o fogo possuía um elemento extremamente leve, o FLUOGÍSTICO, sendo o fogo a perda ou liberação desse elemento.

TERCEIRA TEORIA

Na idade média, os ALQUIMISTAS asseguravam que o fogo era um elemento básico, juntamente com a terra, a água e o ar.

QUARTA TEORIA

Século XVII, segundo LAVOISIER, o fogo é o resultado de um combustível reagindo com o oxigênio, submetido à ação de um agente ígneo.

GENERALIDADES DA COMBUSTÃO

A) O fogo:

É lógico que para iniciarmos um estudo sobre incêndio, indiscutivelmente, precisamos conhecer determinados princípios básicos sobre fogo. O fogo é uma necessidade à vida moderna, como sempre foi aos nossos antepassados, desde a Idade da Pedra, quando era usado exclusivamente para aquecimento dos homens das cavernas.

Na vida moderna, o fogo, ou, melhor dizendo, a combustão é usada para a indústria, para os transportes, para a produção de energia e inúmeras outras necessidades indispensáveis; é usado intensamente tanto no mais humilde lar como na mais complexa indústria. O fogo, quando sob controle é sempre de extrema utilidade, entretanto quando foge ao controle do homem transforma-se num agente de grande poder destruidor:: O INCÊNDIO

Na Idade Média os alquimistas definiam o fogo como elemento básico, considerando-o indivisível, mas modernamente, principalmente após os estudos de Lavoisier foi que descobriu-se que tratava-se de um fenômeno químico, denominado Combustão , caracterizado pela presença de luz e calor.

Embora a combustão em alguns casos muito particulares ocorra sem a presença de Oxigênio, como por exemplo a queima do Antimônio em Atmosfera de Cloro, comumente ela não pode ocorrer sem a presença daquele elemento. Portanto , trata-se de um fenômeno de Oxidação.

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A COMBUSTÃO.

OXIDAÇÃO – A combinação química do Oxigênio com o combustível é conhecida como oxidação. O produto resultante é o óxido . Na oxidação, uma parte da energia química é transformada em energia térmica. Nas grandes velocidades de oxidação o calor desprendido é tal que há surgimento de luz na forma de fogo.

FORMAS DE COMBUSTÃOA combustão classifica-se quanto a velocidade, em:

ATIVALENTAINSTANTÂNEAESPONTÂNEA

ELEMENTOS ESSENCIAIS DO FOGO

Sendo o fogo uma reação química segundo as experiências de Lavoisier, torna-se necessária a existência de três elementos para viabilizar o fenômeno. Todos os trabalhos neste sentido são fundamentados na natureza, quantidade, intensidade e dosagem desses elementos que passaremos a denominá-los ELEMENTOS ESSENCIAIS DO FOGO, formando o triângulo da combustão.

1 – COMBUSTÍVEL:

É o elemento que serve de campo de propagação do fogo, é a matéria sujeita a transformações e se divide em quatro grandes grupos:

• Carbono• Hidrogênio• Enxofre• Fósforo

Os combustíveis podem apresentar-se nos estados físicos da matéria , sólido, líquidos e gasosos; entretanto poucos são os corpos que queimam, ou melhor dizendo, reagem com o Oxigênio nos estados sólidos ou líquidos.

Normalmente, o combustível para reagir com o Oxigênio precisa ser transformado em vapor.

O fato de alguns combustíveis reagirem com o oxigênio no estado sólido , como é o caso do enxofre e materiais alcalinos (potássio, sódio, magnésio etc) constitui exceção à regra.

A combustibilidade de um material depende de sua maior ou menor capacidade de reagir com o oxigênio sob ação do calor.

Os materiais que para queimarem-se necessitam de temperaturas acima de 1000º C são considerados incombustíveis para efeito de seguro-incêndio.

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2 – COMBURENTE:

É outro elemento essencial do a combustão e é representado pelo oxigênio. Este elemento possibilita vida às chamas e intensifica a combustão. Assim é que em ambientes pobres de oxigênio o fogo não tem chamas e nos locais ricos elas são brilhantes e com elevada temperatura como no caso de maçaricos de oxi-acetileno, utilizado para corte e soldagem de materiais.

Existem corpos que possuem oxigênio na sua composição, liberando-o durante a queima ou em outras reações, portanto podendo manter a combustão em ambiente confinado, é o caso da pólvora dos cartuchos de armas de fogo.

Normalmente o que atua como comburente no incêndio é oxigênio existente no ar atmosférico, cuja composição é a seguinte:

- 78% de Nitrogênio, elemento neutro que não entra na combustão.- 21% de Oxigênio, absolutamente necessário ao processo.- 01 % de outros gases da natureza, incluindo-se os gases nobres.

3 – AGENTE ÍGNEO:

Os principais agentes ígneos são:• O próprio calor• Fogo (chama)• Energia mecânica (atrito, choque e compressão)• Energia elétrica (centelha)• Energia Radiante (raio laser)

É também um dos elementos essenciais à combustão, constituindo um dos lados do triângulo do fogo. Já nos referimos a ele quando estudamos os combustíveis. Segundo o que vimos anteriormente, os combustíveis em geral precisam ser transformados em gases para queimaram-se e a quantidade necessária de calor para vaporizá-los varia de corpo para corpo. Assim a gasolina vaporiza a temperaturas abaixo de 0 graus e a madeira e o carvão exigem mais calor e assim sucessivamente.

4 - REAÇÃO EM CADEIA

Ou transformação em cadeia constitui um assunto bastante complexo e cujos estudos são muito recentes. Por essa razão vamos estudá-la sob duas formas, uma mais simples e uma segunda, o fogo técnico:

Como já é do seu conhecimento os materiais precisam primeiramente serem aquecidos até gerarem gases ou vapores que combinados com o oxigênio do ar, formam uma mistura inflamável, essa mistura na presença de uma fonte de calor irá se inflamar, gerando maior quantidade de calor, que vai aquecendo novas partículas do combustível e inflamando-os de uma forma contínua e progressiva, vai sempre gerando maior quantidade de calor. Em resumo, a reação em cadeia é o produto de uma transformação gerando outra transformação e que vem se explicar a propagação do fogo ao longo dos combustíveis.

O fenômeno químico da combustão é uma reação que se processa em cadeia que após a partida inicial é mantida pelo calor produzido durante o processamento da reação. A cadeia de reações formada durante a combustão propicia a formação de produtos intermediários instáveis, principalmente radicais livres, prontos para se combinarem com outros elementos, dando origem a novos radicais ou a corpos estáveis. Assim, nas áreas de combustão sempre teremos a presença de radicais livres. A esses radicais livres cabe a

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responsabilidade da transferência de energia necessária para a transformação da energia química em energia calorífica, decompondo as moléculas intactas e dessa maneira uma verdadeira cadeia em reação.

A reação em cadeia é considerada, pelos estudiosos, o quarto elemento essencial da combustão.

Um combustível, antes de queimar passará por determinados estágios, denominados temperaturas importantes:

• PONTO DE FULGOR

É a temperatura mínima na qual os corpos combustíveis começam a desprender vapores que se incendeiam em contato com uma fonte externa de calor. Entretanto, retirando-se esta fonte externa de calor, a chama não se mantém devido à insuficiência na quantidade de vapores.

• PONTO DE COMBUSTÃO:

É a temperatura mínima, na qual os gases desprendidos dos corpos combustíveis, ao entrarem em contato com uma fonte externa de calor entram em combustão e continuam a queimar-se mesmo com a retirada desta fonte externa de calor. Também denominado Ponto de Inflamação.

• PONTO DE IGNIÇÃO

É a temperatura mínima na qual os gases desprendidos dos combustíveis entram em combustão apenas pelo contato com o oxigênio do ar, independentemente de qualquer fonte de calor.

Inúmeros fatores são envolvidos para determinar o ponto de ignição, como tamanho, forma da partícula, local onde ocorreu a queima, porcentagem e concentração dos gases ou vapores (misturam com o ar, intensidade e duração do aquecimento, catalisadores, efeitos dos materiais estranhos etc).

Na tabela abaixo damos os pontos de fulgor e de ignição de alguns principais materiais existentes em indústrias e na vida doméstica:

COMBUSTÍVEL PONTO DE FULGOR PONTO DE IGNIÇÃOGás Natural gás 483 Gasolina -42 208 Hidrogênio gás 400 Metano gás 540 Óleo lubrificante Mineral 149/232 260/371 Óleo de Soja 282 445Parafina 199 245Querosene 38 210

Obs: Temperaturas em Graus Celsius.

Os combustíveis gasosos queimam imediatamente e formam com o ar misturas explosivas.

O calor provoca efeitos físicos e químicos nos corpos e fisiológicos quando atua nos seres vivos e vegetais.

A teoria moderna do calor explica que devido ao seu efeito as partículas que compõem os átomos dos corpos entram em movimento sob sua ação, intensificando-o de acordo com a elevação da temperatura. Portanto o calor é a energia cinética dos átomos.

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MÉTODOS DE PROPAGAÇÃO DE CALOR

1 - CONDUÇÃO:

Processo pelo qual o calor é transmitido diretamente de matéria para matéria e de molécula para molécula, isto é, sem intervalos entre os corpos. Por exemplo, a transmissão de calor em barras de objetos metálicos.

2 – CONVECÇÃO:

É o processo pelo qual o calor é transmitido através de circulação do meio transmissor: gás ou líquido. É o caso de transmissão de calor de ás vezes até de incêndio, por intermédio de massas de ar ou de gases quentes que se deslocam do local do fogo para outros às vezes bem distantes, levando calor suficiente para incendiar corpos combustíveis com que entre em contato,

Os líquidos e os gases se expandem quando aquecidos tornando-se mais leves; tendem a subir, deixando espaços para que outra camada entre em contato com a fonte de calor e, assim, sucessivamente. A convecção é responsável por 90% da propagação do calor em um incêndio.

3 – RADIAÇÃO:

Radiação ou irradiação é a forma de transmissão de calor por meio de ondas de energia calorífica que se deslocam através do espaço. A energia é transmitida na velocidade da luz e ao encontrar um corpo as ondas são absorvidas, refletidas ou transmitidas. O calor do sol é transmitido através das massas de ar até alcançar a Terra, quando é absorvido.

PROCESSOS DE EXTINÇÃO

RESFRIAMENTOO método consiste em se retirar o calor da combustão. Os principais agentes

extintores são a água e a espuma.

ABAFAMENTOConsiste em retirar o comburente ( oxigênio) reduzindo-o para uma taxa inferior

a 13%.De um modo em geral os agentes que age por abafamento são a espuma, pó

químico e CO2.

ISOLAMENTOEste método também é conhecido como retirada do combustível ou retirada do

material e consiste em se retirar o combustível que está queimando e/ou que não queimou.O próprio ataque ao incêndio, em princípio, procedido com rapidez, adequação

e suficiência de meios constitui uma iniciativa isoladora, uma vez que restringe a produção e propagação de calor.

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EXTINÇÃO QUÍMICAÉ o método que consiste em interromper a reação em cadeia, como sabemos o

combustível sobre a ação do calor gera gases ou vapores, que ao se combinarem com o comburente formam uma mistura.

Quando lançamos determinados agentes extintores ao fogo, suas moléculas se desassociam pela ação do calor e combinam com a mistura inflamável, formando outra mistura não inflamável. Os principais agentes extintores que agem por extinção química são pó químico seco e CO2.

RESCALDOÈ o conjunto de operações finais destinadas a evitar a reignição do fogo. As

ações de rescaldo exigem a completa remoção e resfriamento do braseiro e outros produtos da combustão.

SALVATAGEMConsiste na proteção dos bens contra a propagação do incêndio, retirando os

materiais que possam se inflamar.

CLASSIFICAÇÃO DOS INCÊNDIOS

INCÊNDIO DE CLASSE A – o fogo queima à razão da superfície e profundidade. Ao queimarem deixam resíduos. Ex: papel, madeira, pano, etc.

INCÊNDIO DE CLASSE B – são incêndios em líquidos inflamáveis, tais como: gasolina, óleo, álcool, etc, esta classe de incêndio é caracterizada pelo fato de o fogo queimar unicamente à razão da superfície e não deixar resíduos. Alguns líquidos inflamáveis têm o ponto de fulgor abaixo da temperatura ambiental conforme tabela da página 05.

INCÊNDIO DE CLASSE C - são incêndios em equipamentos elétricos energizados, tais como condutores e motores elétricos, transformadores de voltagem, disjuntores e outros aparelhos elétricos. Caracteriza-se pelos riscos que oferecem aos operadores. Em materiais elétricos energizados, ao se cortar a energia este passa a ser incêndio em classe A.

INCÊNDIO DE CLASSE D – são incêndios em combustíveis pirofóricos e em metais alcalinos tais como: magnésio, selênio, potássio, etc, que constitui exceção aos métodos convencionais de extinção. Esses combustíveis têm o comportamento diferente dos combustíveis comuns; por esta razão são considerados combustíveis especiais. Exigem para sua extinção , agentes extintores que se fundem em contato com o metal combustível, interferindo na reação em cadeia.

EFEITOS DA FUMAÇA

GÁS CARBÔNICO (MONÓXIDO DE CARBONO)

Em uma combustão normal a combinação entre o carbono e o oxigênio forma o composto estável, GÁS CARBONICO.

Quando há insuficiência de O2 , teremos uma combustão incompleta e a combinação O2/ CO formará o CO, que é produzido até a extinção do incêndio devido a falta de O2.

A combustão incompleta é reconhecida pela intensa formação de fumaça.

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O gás Carbônico é um gás incolor, inodoro e incípto. Queima com chama azulada ao ar livre. Forma mistura explosiva com o oxigênio do ar. A mistura esta na proporção de 12,5% à 74% (limite de explosividade max – min = 61,5%

É venenosissimo, forma com o sangue um composto estável, denominado CARMOXIHEMOGLOBINA, que impede a chegada do O2 aos órgãos ed impede a expulsão do CO2 do organismo.

Normalmente a fumaça contém menos de 0,5% deste gás, entretanto bastam 0,5% por mml sob ação prolongada para produzir danos à saúde. Tais como:

0,5 % produz inconsciência;1,0 % causa dificuldades de locomoção;2,0 % mata em uma hora10 % mata imediatamente

sintomas – dor de cabeça, deficiências motoras, perda do senso de orientação e inconsciência.

Ilustração dos gases mais comuns existentes na queima de materiais

CO – Monóxido de Carbono CO 2 - Dióxido de Carbono

Efeitos: Asfixia Efeitos: Respiração ofeganteDilatação dos pulmões

Dose letal: 0,4% / 01 hora

Dose letal: 10% / poucos minutos1,3% / 01 hora

Produzido por: Todos os materiais orgânicos Produzido por: Todos os materiais orgânicos

NO 2 – Dióxido de Nitrogênio NH 2 - Amônia

Efeitos: Anestésico e ataque ao sistema respiratório

Efeitos: Irritação

Dose letal: 0,2% a 0,7% poucos minutos Dose letal: 0,25% a 0,65% / 01 hora

Produzido por: Nitratos celular inorgânicos. Produzido por: Material nitrogenado e por sistemas de refrigeração.

HCN – Gás Cianídrico H 2 S- Sulfídrico

Efeitos: Cianose Efeitos: Danifica o sistema nervoso e paralisa o respiratório.

Dose letal: 0,3% pouquíssimo tempo Dose letal: Acima de 0,07% em 01 hora

Produzido por: Lã, seda e alguns plásticos.. Produzido por: Madeiras, alimentos e materiais orgânicos que contenham enxofre.

Fonte: Manual Técnico-Profissional para Bombeiro, Brasília – DF/ 1991

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SISTEMAS DE SEGURANÇA

1. CONCEITO Sistema de prevenção compreende um conjunto de instalações destinado à

proteção contra incêndio em uma determinada área que, acionado, funciona com auto-suficiência.

Projetados por profissionais competentes, tais sistemas ou meios de prevenção podem variar de acordo com a área a proteger e o risco de ocupação.

2. DIVISÃO

Os sistemas ou meios de segurança dividem-se em:

Convencionais:- Extintores;- Hidrantes;- Canalizações hidráulicas para o combate a incêndios;- Reservatório de água para o combate a incêndios.

Especiais:- Sistema manual de alarme de Incêndio;- Sistema automático de alarme de incêndio;- Sistema de Sprinklers;- Instalação própria para o uso de Dióxido de Carbono;- Instalação própria para o uso de Pó Químico Seco;- Outros dispositivos e equipamentos aprovados.

CONTROLE DE PÂNICOA liderança torna-se o único elemento isolado importante à ameaça de pânico,

mas aquele que assumir tal liderança precisa ser rápido.Fatores que dão origem ao pânico:

a) falta de esclarecimento quanto a como se comportar diante de uma situação real de perigo;

b) extremo nervosismo DOS AGRUPADOS ocasionais cujos membros se desconhecem uns aos outros;

c) a rapidez com que se declara o fogo.A liderança tem que ser oportuna, destemida e enérgica. Havendo temor este

deverá ser disfarçado; as ações devem ser objetivas e as ordens devem ser dadas de modo claro e autoritário para que todos ouçam e cada um compreenda que precisa obedecer.

LEIS E DECRETOS- Lei Estadual 14.130 de 19dez01;- Lei Municipal 2060 de 27abr72, de Belo Horizonte;- Decreto Municipal 2912 de 03ago76, de Belo Horizonte;- Normas Brasileiras de Regulamentação:

- 9077/93 – Saídas de Emergência;- 13523/95 – Parâmetros para autuação do CBMMG em Centrais de GLP;- E demais normas pertinentes.

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EQUIPAMENTOS DE PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS

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EXTINTORES:

AGUA AGUA PRESSÃO IN JETÁVEL

DIÓXIDO DE CARBONO ESPUMA

AGENTE EXTINTORES

São denominados agentes extintores, todas as substâncias capazes de interromper uma combustão.

Os agentes extintores são normalmente utilizados através de equipamentos especializados ou instalações adequadas, a fim de prevenir e combater incêndios. Os agentes extintores na prática são utilizados por equipamentos e instalações de combate a incêndios, ou seja.Extintores portáteis ou de carretasviaturas;instalações fixas automáticas ou sob comando.

Os principais agentes extintores utilizados são os seguintes:

ÁguaEspumaDióxido de carbonoPó químicoAgentes extintores para mentais combustíveis

ÁGUAA água é considerada como agente extintor universal, uma vez que é

substância mais defendida na natureza. Além de ser mais facilmente notada, como agente extintor, a água age principalmente por resfriamento e por abafamento.

Segundo a maneira como é empregada, ou o seu estado físico, a água pode ser utilizada das seguintes formas:

Estado líquido pulverizado (chuveiro) gotas - compacta (sólido)Água Estado gasoso neblina, vapor

Na forma de jato a água age por resfriamentoNa forma de neblina age por abafamento e resfriamento conjugadamente.Já na forma de vapor a água age unicamente por abafamento.

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Se considerarmos que a água quando utilizada no estado líquido precisa se transformar em vapor e este age por abafamento, concluímos que a água sempre conjuga as ações de resfriamento e abafamento.

ESPUMAA rigor a espuma seria mais uma das formas de aplicação, pois ela é

constituída por um aglomerado de bolhas de ar ou CO2, formadas de películas de água.Para que sejam formadas essas películas torna-se necessária a mistura de um

agente espumante. O objetivo de formação de espuma é tornar a água mais leve, mulseficando-a para que possa flutuar sobre os líquidos em chamas. A espuma tem uma ação principalmente de abafamento, entretanto devido a presença da água que a forma, possui uma ação secundária de resfriamento.

ESPUMA MECÂNICAA espuma mecânica é obtida por um processo de batimento de uma mistura de

água com um agente espumante (extrato de LGE) e a respiração simultânea de ar atmosférico em um esguicho próprio. Resumindo-se um sistema de produção da espuma mecânica, temos o seguinte diagrama:

ÁGUA + LGE + AR = ESPUMA MECÂNICAExistem vários tipos de espuma mecânica, de acordo com o extrato ou LGE

(líquido gerador de espuma) utilizado, e os tipos principais são:Espuma protérmica ou protéica.Espuma fluorpoteinica.Espuma formadora de película aquosa.Espuma sintética.Espuma para álcool.

ESPUMA QUÍMICAA espuma química é obtida pela reação química entre as soluções aquosas de

um sal alcalino, normalmente o bicarbonato de sódio e um sal ácido, normalmente o sulfato de alumínio.A solução de bicarbonato de sódio contém um agente estabilizador de espuma, normalmente sendo utilizado o Açacuz ou Saporina.

A espuma química é utilizada nos extintores portáteis e de carretas. A composição dos extintores de espuma química são as seguintes:Câmara interna = água + sulfato de alumínioCâmara externa = água + bicarbonato de sódio + agente estabilizador

A espuma é condutora de corrente elétrica, razão pela qual não pode ser utilizada nos incêndios de classe C.

DIÓXIDO DE CARBONO CO2

O dióxido de carbono vem sendo utilizado há muitos anos para a extinção de princípios de incêndios em líquidos inflamáveis e em equipamentos elétricos energizados. Conforme já foi visto anteriormente, o CO2 pode ser utilizado num combate a incêndios de classe A, porém deverá haver sua complementação com o uso da água, devido ao seu poder de penetração nesses materiais.

O agente extintor dióxido de carbono também é conhecido pelos nomes de dióxido de carbono, anidrito carbônico ou gás carbônico e tem como fórmula química o CO2.

É um gás inerte, mais pesado que o ar e não é condutor de eletricidade. O CO2

deve ser utilizado para a extinção de incêndios em que é exigido um agente extintor não condutor de eletricidade e não tem ação prejudicial sobre o equipamento.

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O CO2 não é um gás venenoso, mas pode ser considerado ligeiramente tóxico, pois pode causar inconsciência quando presente em grandes concentrações.

O CO2 age principalmente por abafamento, possuindo uma ação secundária de resfriamento.

PÓS QUÍMICOSPara fins de combate a incêndios, pós químicos é o pó composto de finíssimas

partículas, normalmente de bicarbonato de sódio, também podem ser utilizados o bicarbonato de potássio, monosfosfato de amônia o cloreto de potássio. Os pós químicos usados como agentes extintores podem ser utilizados por meios de extintores portáteis, extintores tipo carreta, viaturas especiais e instalações fixas. Os pós químicos é um agente extintor conhecido por sua alta eficiência na extinção de princípios de incêndios em líquidos inflamáveis, podendo ser usado na maioria dos incêndios em equipamentos elétricos energizados. Existe uma restrição quanto ao uso do pó químico e equipamentos elétricos sensíveis, a exemplo de computadores e centrais telefônicas, pois o pó acumula-se nesses locais tornando-se inoperantes e de limpeza difícil.

O pó químico seco possui limitações quanto ao seu emprego nos princípios de incêndios de classe A, uma vez que sua utilização deve ser complementada com água, pelo seu poder de penetração.

O pó químico seco age por abafamento e extinção química.O bicarbonato de sódio e o agente mais importante.

AGENTES EXTINTORES DE METAIS COMBUSTÍVEISVários metais como o magnésio, sódio, potássio, urânio e outros estão sujeitos

à combustão e são denominados metais combustíveis ou metais pirofóricos. Durante o transporte desses materiais, podem ocorrer incêndios acidentais devido a sua utilização em muitas indústrias, torna-se importante conhecer os riscos dos incêndios em metais pirofóricos, que são:temperaturas externamente altas;explosão de vapor de água;produtos tóxicos de combustão;reações explosivas com alguns agentes extintores;

Um determinado agente extintor não precisa extinguir todos os incêndios em metais, sendo que alguns são utilizados em vários metais ou mesmo em um único tipo de metal.

Citamos alguns agentes extintores para combate de incêndios em metais combustíveis, como:Pó G-1 - Pó MET-L-X - Pó Na-XPó LIGHT-X - Pó PYROMET - Pó TECLíquido TMB - Outros

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AGENTES EXTINTORESCLASSES DE INCÊNDIO H2O ESP PQS CO2

SIM SIM SIM(*) SIM(*)

NÃO SIM SIM SIM

NÃO NÃO SIM SIM

LEGENDA: H20=água ; ESP=espuma ; PQS=pó químico ; CO2=gás carbônico.(*) Com restrição, pois há risco de reignição (se possível, utilizar outro agente).

EXTINTORES DE INCÊNDIOS

CONCEITO: São aparelhos destinados à extinção imediata de princípios de incêndios, quando ainda em sua fase inicial.

Equipamentos de Prevenção

Extintores de ÁguaA água é o agente extintor de uso mais comum e tem sido utilizada há séculos, por suas propriedades de resfriamento, abafamento, diluição e emulsionamento.A água, contudo, não deve ser empregada em incêndios que envolvam equipamentos elétricos energizados e materiais como: carbonatos, peróxidos, sódio metálico, pó de magnésio, etc., os quais reagem violentamente quando umidecidos.

Para usar o extintor:

a) retire a trava ou o pino de segurança; b) empunhe firmemente a mangueira; c) ataque o fogo, dirigindo o jato para a sua base.

Extintores de Espuma

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Indicado para incêndios Classes A e B.

Para usá-lo, inverter (colocar de "cabeça para baixo") o cilindro: o jato de espuma disparará automaticamente e só cessará quando a carga estiver esgotada.

Não usar em equipamentos elétricos.

Extintores de Pó Químico Seco

Atacar o fogo, procurando formar uma núvem de pó, a fim de cobrir a área atingida.

Pode ser usado em qualquer tipo de incêndio.

Extintores de Gás Carbônico (CO2)

Procurar abafar toda a área atingida pelo fogo.

Pode ser usado em qualquer tipo de incêndio.

Ao usar um extintor, lembre-se de:

1. agir com firmeza e decisão, sem se arriscar demais

2. manter a calma e afastar as pessoas

3. desligar os circúitos elétricos envolvidos

4. constatar não haver risco de explosão

5. usar o agente extintor correto

6. observar para que não haja reincidência dos focos

Num ambiente tomado pela fumaça, use um lenço molhado para cobrir o nariz e a boca e saia rastejando, respirando junto ao piso.

Molhe bastante suas roupas e mantenha-se vestido para se proteger.

Vendo uma pessoa com as roupas em chamas, obrigue-a a jogar-se no chão, envolva-a com um cobertor, cortina, etc.

HIDRANTES:

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O hidrante compreende uma ou duas tomadas de água equipadas com dispositivos de manobra e conexões para possibilitar o emprego das mangueiras.

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ALARMES:

Sistema de detecção e alarme de incêndioOs sistemas de detecção e alarme de incêndio destinam-se a alertar as

pessoas que estejam em uma edificação, da ocorrência de um princípio de incêndio, podendo ter acionamento manual e/ou automático.

O sistema de alarme com acionamento somente manual, deverá ser ligado a uma central de sinalização com funcionamento automático, e que indicam os locais protegidos e defeitos no sistema.

A central deverá ter a possibilidade de acionamento de todos os alarmes por si ou em conjunto.

A central deve ser instalada em local de permanente vigilância e de fácil visualização, devendo ser protegida contra eventuais danos por agentes químicos, elétricos ou mecânicos.

SPRINKLERS

O objetivo de um sistema de chuveiros automáticos, é extinguir um incêndio no seu início, rápida e automaticamente, antes que se alastre e cause quaisquer estragos. O sistema, portanto, é desenhado para proteger cada parte de um prédio onde exista a possibilidade de incêndio.

O edifício protegido é provido de numerosos chuveiros montados próximos ao teto, em intervalos determinados e alimentados por uma rede hidráulica.

A função do sistema é, pois, reduzir ao mínimo os danos causados pelo fogo e pela água usada no seu combate, isto, porque somente funcionam os chuveiros colocados sobre o local do incêndio e, assim, a quantidade de água empregada é a estritamente necessária.

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NOÇÕES DE MEIOS DE ESCAPE

ESCADAS E ACESSOSEscadas

As escadas constituem a parte mais importante das saídas de emergência dos edifícios; deverão ser projetadas e construídas de acordo com a NBR 9077 da ABNT.

SINALIZAÇÃO DE SAÍDA

SinalizaçãoSão consideradas como sinalização, as placas, símbolos, letreiros e faixas que

indiquem as rotas de saídas e a localização de equipamentos de proteção contra incêndio e salvamento, bem como outros dispositivos destinados a facilitar o abandono de locais de sinistros.

A sinalização de saída deverá atender aos requisitos técnicos das normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas, que versam sobre as saídas de emergência.

Iluminação de emergênciaAs edificações de uso coletivo, além da iluminação natural e artificial,

normalmente exigidas pelas normas técnicas e legais, deverão ser dotadas de dispositivos de iluminação de emergência destinados a facilitar o abandono do local em caso de sinistros.

Todas as saídas de emergência, bem como os corredores de acesso a elas, deverão possuir iluminação com fonte alimentadora própria, que assegure o funcionamento mínimo por uma hora, quando ocorrer falta de energia elétrica na rede pública.

EPI

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BRIGADA DE INCÊNDIOORGANIZAÇÃO DA BRIGADA DE INCÊNDIO:

CONCEITUAÇÃO

A brigada de Incêndio é o conjunto de pessoas previamente preparadas, pertencentes a uma organização, que atuam na prevenção e extinção de incêndios no seu interior.

Seu objetivo será de acordo com o porte da empresa e suas características físicas.

ESTRUTURA DE EQUIPES

As brigadas devem ser compostas de três equipes:• Equipe de combate;• Equipe de Abandono;• Equipe de Apoio.Cada uma delas com missão específica a saber:

a) Equipes de combate:

1) Efetuar o salvamento de pessoas e também de materiais que estejam ameaçados pelo incêndio;

2) Combater o incêndio;3) Controlar as avarias mediante a proteção de equipamentos, mercadorias,

etc.

b) Equipe de Abandono:1) Planejar a evacuação do pessoal dos setores ou áreas, em

separado ou em conjunto;2) Seu efetivo dependerá do número de setores da empresa, sendo no

mínimo duas por setor ou pavimento;3) A disciplina dos componentes, aliada a um treinamento constante de

evacuação. É que vai ditar o sucesso ou o fracasso de sua missão.

c) Equipe de Apoio:1) Manter o abastecimento de água e de energia elátrica necessárias

ao trabalho das equipes;2) Controlar as comunicações entre as pessoas, bem como o seu

trabalho;3) Receber e conduzir os bombeiros até o local sinistrado, quando

solicitado;4) Transportaras vítimas para os hospitais completando o trabalho da

equipe de evacuação;5) Os integrantes da brigada podem ser de ambos os sexos. Devem

compor esta equipe : Bombeiro hidráulico, eletricista, telefonista, operadores de máquinas ou equipamentos, guardas de segurança e enfermeiros.

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FUNÇÕES DOS COMPONENTES

1. Particular

1) COORDENADOR- Programar os treinamentos práticos e teóricos da brigada, envolvendo todo

o pessoal;- Assumir o comando dos trabalhos ou exercícios;- Entrizar-se com os Bombeiros da cidade;- Selecionar novos elementos para fazerem parte da brigada;- Implantar medidas eficientes de prevenção de incêndio;- Confeccionar ou providenciar a confecção de um plano de ação de brigada,

cartazes educativos, avisos e boletins para difundir os procedimentos entre todos da empresa;

- Zelar pela manutenção, do material de uso da brigada, bem como solicitar a aquisição de novo equipamentos necessários;

- Reunir periodicamente os chefes e líderes para revisão das medidas e entrosamento.

2) SUPERVISOR DE PAVIMENTO OU SETOR- Informar ao Coordenador falhas na manutenção dos equipamentos e propor

a obtenção de materiais de combate;- Supervisionar os exercícios ou o trabalho real de extinção e evacuação na

sua área;- Impedir o uso de elevadores em caso de incêndio;- Providenciar o fechamento de portas e janelas, que só devem ser abertas

caso se faça necessário retirar fumaça do ambiente;- Determinar o tipo de combate a ser dado no momento do acidente;- Determinar a evacuação de sua área, auxiliando, se necessário, a conter o

tumulto e o pânico.

3) CHEFES OU LÍDERES DE EQUIPES- Coordenar o trabalho dos ajudantes dentro de sua área de atuação;- Determinar que o pessoal auxilie a outras equipes;- Conferir os danos e/ou contar os feridos para efeito de relatórios;- Substituir o Coordenador, em sua falta, nos exercícios ou trabalho real.

4) AJUDANTE DA EQUIPE DE APOIO- Ter conhecimento de sua correta atuação por ocasião do alarme de

incêndio;- Estar atento ao alarme durante os exercícios;- Manter os equipamentos de emergência em condições de emprego

imediato.

5) ARMADORES DA EQUIPE DE COMBATE- Estar apto a usar corretamente todo equipamento de combate a incêndio;- Ter correto conhecimento de transporte de feridos e atendimento de

primeiros socorros;- Conhecer os locais onde ficam os equipamentos de emergência;- Participar seu chefe qualquer alteração nos equipamentos.

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Page 24: Apostila Brigada de Incendio 16 24 HA Comb Inc e 1 Socoros

6) LÍDER DE ABANDONO DO LOCAL DE SINISTRO- Procurar, com calma e energia, evitar o pânico ou tumulto entre as pessoas

do setor ou pavimento e encaminhá-las ao local onde formarão filas, para serem movimentadas pelo chefe de fila;

- Verificar se ainda há alguém no local evacuado;- Desligar os equipamentos elétricos , bicos de gás, fechar portas e janelas e

grupar as cortinas;- Colaborar com os companheiros em outras tarefas se necessário.

2. Geral

1) Todo componente de brigada deverá saber:- Localizar imediatamente os equipamentos de combate ao fogo e de

salvamento;- Utilizar-se bem de um extintor;- Engatar as mangueiras e usar corretamente o esguicho;- Fechar e abrir a rede de sprinklers, caso houver, bem como trocar bicos do

sistema;- Prestar os primeiros socorros;- Transportar feridos;- Conhecer o sinal de alarme;- Conhecer o telefone dos bombeiros.É importante que:- O abandono se faça em ordem;- Seja evitado o pânico;- Sejam dadas as tarefas específicas aos funcionários através de boletins ou

manual.

2) Equipamentos indispensáveis à identificação e ao trabalho da brigada:- capacete com emblema, caso de grandes brigadas;- jaquetas de algodão;- luvas de raspa;- luvas de borracha;- máscaras contra fumaça;- cordas;- cintos de segurança, etc.

3) Material necessário aos primeiros socorros:- Algodão;- Água oxigenada;- Tesoura;- Analgésicos;- Ataduras;- Gazes;- Anti-sépticos;- Bicarbonato de sódio;- Esparadrapo;- Álcool;- Talas para imobilização de fraturas; etc.

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Page 25: Apostila Brigada de Incendio 16 24 HA Comb Inc e 1 Socoros

EMPREGO/ AÇÃO DA EQUIPE DE COMBATEa. Chefe de Equipe- Comandar e estabelecer a linha de ataque;- Definir e estabelecer ordens de combate ao fogo aos membros da equipe

de combate,tais como: mudanças de posição, controle da vazão da água, corte de energia se necessário nas áreas de combate.

b. Ajudante de linha- Transportar a mangueira até o local de incêndio;- Engatar o esguicho na mangueira;- Auxiliar o chefe da equipe na sustentação da mangueira, posicionando-se à

sua retaguarda.c. Ajudante de guarnição:- Engatar a mangueira no hodrante;- Auxiliar o ajudante de linha a engatar a mangueira que vem do hidrante, à

mangueira seguinte;- Controlar a vazão de água do hidrante;- Remover todo o material que esteja dificultando ou impedindo o combate.

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Page 26: Apostila Brigada de Incendio 16 24 HA Comb Inc e 1 Socoros

ATENDIMENTO PELA BRIGADA DE INCÊNDIO

necessidadede socorro?

necessidadede cortar a

energia

elétrica?

necessidadede abandono

de área?

necessidadede isolamento

de área?

necessidadede

confinamento

da área?

necessidadede combate?

Há vítimas? Há incêndio?

Procedimentos

necessários.

emergência?

Análise da situação.

ALERTA

Início

necessidadede remoção?

Socorro especializado

INVESTIGAÇÃO

Elaboração de relatório

Cópia para os setores

responsáveis

Cópia para arquivo Fim

O sinistro foi

controlado?

PRIMEIROS

SOCORROS

CORTE DE

ENERGIA

ABANDONO DE

ÁREA

ISOLAMENTO DE

ÁREA

CONFINAMENTO DA

ÁREA

COMBATE AO

INCÊNDIO

não

sim

nãonão

sim

não não não nãonãonão

sim

sim sim sim sim sim sim

não

sim

sim

não

Acionamento doCorpo de Bombeiros

e apoio externo

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PROCEDIMENTOS PADRÃO .

AlertaIdentificada uma situação de emergência, qualquer pessoa pode alertar, por meio de meios de comunicação disponíveis, os ocupantes e os brigadistas.

Análise da situaçãoApós o alerta, a brigada deve analisar a situação, desde o início até o final do sinistro. Havendo necessidade, acionar o Corpo de Bombeiros e apoio externo, e desencadear os procedimentos necessários, que podem ser priorizados ou realizados simultaneamente, de acordo com o número de brigadistas e os recursos disponíveis no local.

Primeiros socorrosPrestar primeiros socorros às possíveis vítimas, mantendo ou restabelecendo suas funções vitais com SBV (Suporte Básico da Vida) e RCP (Reanimação Cardio-Pulmonar) até que se obtenha o socorro especializado.

Corte de energiaCortar, quando possível ou necessário, a energia elétrica dos equipamentos, da área ou geral.

Abandono de áreaProceder ao abandono da área parcial ou total, quando necessário, conforme comunicação preestabelecida, removendo para local seguro, a uma distância mínima de 100 m do local do sinistro, permanecendo até a definição final.

Confinamento do sinistroEvitar a propagação do sinistro e suas conseqüências.Isolamento da áreaIsolar fisicamente a área sinistrada, de modo a garantir os trabalhos de emergência e evitar que pessoas não autorizadas adentrem ao local.

ExtinçãoEliminar o sinistro, restabelecendo a normalidade.

InvestigaçãoLevantar as possíveis causas do sinistro e suas conseqüências e emitir relatório para discussão nas reuniões extraordinárias, com o objetivo de propor medidas corretivas para evitar a repetição da ocorrência.

Com a chegada do Corpo de Bombeiros, a brigada deve ficar a sua disposição.

Para a elaboração dos procedimentos básicos de emergência deve-se consultar o fluxograma constante no exemplo 4.

Comunicação interna e externa

a) Nas plantas em que houver mais de um pavimento, setor, bloco ou edificação, deve ser estabelecido previamente um sistema de comunicação entre os brigadistas, a fim de facilitar as operações durante a ocorrência de uma situação real ou simulado de emergência.

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b) Essa comunicação pode ser feita por meio de telefones, quadros sinópticos, interfones, sistemas de alarme, rádios, alto-falantes, sistemas de som interno, etc.

c) Caso seja necessária a comunicação com meios externos (Corpo de Bombeiros ou Plano de Auxílio Mútuo) a telefonista ou o rádio-operador é a(o) responsável por ela. Para tanto faz-se necessário que essa pessoa seja devidamente treinada e que esteja instalada em local seguro e estratégico para o abandono.

Ordem de abandonoO responsável máximo da brigada de incêndio (Coordenador geral, Chefe da brigada ou Líder, conforme o caso) determina o início do abandono, devendo priorizar o(s) local(is) sinistrado(s), o(s) pavimento(s) superior(es) a este(s), o(s) setor(es) próximo(s) e o(s) local(is) de maior risco.

Ponto de encontroDevem ser previstos um ou mais pontos de encontro dos brigadistas, para distribuição das tarefas conforme 4.5.

Grupo de apoioO grupo de apoio é formado com a participação da Segurança Patrimonial, (de eletricistas, encanadores, telefonistas e técnicos especializados na natureza da ocupação).

Recomendações gerais

Em caso de simulado ou incêndio adotar os seguintes procedimentos:

a) manter a calma;

b) caminhar em ordem sem atropelos;

c) não correr e não empurrar;

d) não gritar e não fazer algazarras;

e) não ficar na frente de pessoas em pânico, se não puder acalmá-las, evite-as. Se possível avisar um brigadista;

f) todos os empregados, independente do cargo que ocupar na empresa, devem seguir rigorosamente as instruções do brigadista;g) nunca voltar para apanhar objetos; Ao sair de um lugar, fechar as portas e janelas sem trancá-las;

h) não se afastar dos outros e não parar nos andares;

i) levar consigo os visitantes que estiverem em seu local de trabalho;

j) sapatos de salto alto, devem ser retirados;

l) não acender ou apagar luzes, principalmente se sentir cheiro de gás;

m) deixar a rua e as entradas livres para a ação dos bombeiros e do pessoal de socorro médico;

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n) ver como seguro, local pré-determinado pela brigada e aguardar novas instruções;

Em locais com mais de um pavimento:

o) nunca utilizar o elevador;

p) não subir, procurar sempre descer;

q) ao utilizar as escadas de emergência, descer sempre utilizando o lado direito da escada;

Em situações extremas:

r) nunca retirar as roupas, procurar molhá-las a fim de proteger a pele da temperatura elevada (exceto em simulados);s) se houver necessidade de atravessar uma barreira de fogo, molhar todo o corpo, roupas, sapatos e cabelo. Proteger a respiração com um lenço molhado junto à boca e o nariz; manter-se sempre o mais próximo do chão; já que é o local com menor concentração de fumaça;

t) sempre que precisar abrir uma porta, verificar se ela não está quente, e mesmo assim só abrir vagarosamente;

u) se ficar preso em algum ambiente, procurar inundar o local com água, sempre se mantendo molhado;

v) não saltar mesmo que esteja com queimaduras ou intoxicações.Exemplo 4:

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MODELO DE MEMORIAL COMPLEMENTAR PARA EXECUÇÃODO PROGRAMA DE BRIGADA DE INCÊNDIO

1 VIZINHANÇA

B C

A

A - PLANTA ONDE SERÁ IMPLANTADO O PROGRAMA;B - DEPÓSITO DE MADEIRAC – INDÚSTRIA METALÚRGICA

RISCOS EM POTENCIALDEPÓSITOS,POPULAÇÃOFIXOSFLUTUANTESMEIOS DE ESCAPEESCADAS, ELEVADORES DE EMERGÊNCIAMEIOS DE AJUDABRIGADAS DE INDUSTRIAS VIZINHASDISTÂNCIA DO CORPO DE BOMBEIROS

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Page 31: Apostila Brigada de Incendio 16 24 HA Comb Inc e 1 Socoros

COMO ESCAPAR DE UM EDIFÍCIO EM CHAMASSe um incêndio ocorrer em seu escritório ou apartamento, saia imediatamente. Muitas pessoas morrem por não acreditarem que um incêndio pode se alastrar com rapidez.Se você ficar preso em meio à fumaça, respire pelo nariz, em rápidas inalações. Se possível, molhe um lenço e utilize-o como máscara improvisada. Procure rastejar para a saída, pois o ar é sempre melhor junto ao chãoUse as escadas - nunca o elevador. Um incêndio razoável pode determinar o corte de energia para os elevadores. Feche todas as portas que ficarem atrás de você, assim retardará a propagação do fogo.Se você ficar preso em uma sala cheia de fumaça, fique junto ao piso, onde o ar é sempre melhor. Se possível, fique perto de uma janela, de onde poderá chamar por socorro.Toque a porta com sua mão. Se estiver quente, não abra. Se estiver fria, faça este teste: abra vagarosamente e fique atrás da porta. Se sentir calor ou pressão vindo através da abertura, mantenha-a fechada.Se você não puder sair, mantenha-se atrás de uma porta fechada. Qualquer porta serve como couraça. Procure um lugar perto de janelas, e abra-as em cima e embaixo. Calor e fumaça devem sair por cima. Você poderá respirar pela abertura inferior.

Procure conhecer o equipamento de combate à incêndio para utilizá-lo com eficiência em caso de emergência.

Um prédio pode lhe dar várias opções de salvamento. Conheça-as previamente. NÂO salte do prédio. Muitas pessoas morrem sem imaginar que o socorro pode chegar em poucos minutos.Se houver pânico na saída principal, mantenha-se afastado da multidão. Procure outra saída. Uma vez que você tenha conseguido escapar, NÃO RETORNE. Chame o Corpo de Bombeiros imediatamente.

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NOÇÕES DE ENFERMAGEM

SINAIS VITAISPulso, Respiração, Temperatura e Pressão Arterial

Pulso:Adulto 60 a 100 BpmCriança 100 a 120 BpmLactente 120 a 140 Bpm

Respiração:Adulto 10 a 20 Mrpm

Criança 20 a 30 MrpmLactente 30 a 40 Mrpm

Temperatura

Normal Bucal 36,2 a 37,0 °CRetal 36,4 a 37,2 °CAxilar 36,0 a 37,0 °CAbaixo do NormalSub normal 35,0 a 36,0 °CHipotermia 34,0 a 34,9 °C

Acima do NormalEstado febril 37,5 a 37,9 °CFebre 38,0 a 38,9 °CPirexia 39,0 °CHiperpirexia 39,1 a 41,0 °C

Pressão Arterial:É pressão que o sangue exerce nas paredes das artériasPressão Sistólica É a pressão máxima e varia de 110 a 140 mmHgPressão Diastólica É pressão mínima e varia de 60 a 90 mmHg

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Artéria carotídea

Artéria radial

Artéria Braquial

Artéria Femural Artéria Tibial Posterior e Pedial

Page 33: Apostila Brigada de Incendio 16 24 HA Comb Inc e 1 Socoros

Prioridade no Atendimento

Prioridades Primárias

Parada cardiorrespiratória;Parada Respiratória;Obstrução Respiratória;Traumatismo Crânio Encefálico;Traumatismo de Tórax;Traumatismo de Abdome;Grandes Hemorragias (mais de um litro de sangue perdido, interna ou externamente).

Prioridades Secundárias

Trauma de Coluna;Trauma de Bacia;Grandes Queimados;Fratura de Fêmur.

Prioridades Terciárias

Ferimentos;Fraturas de Extremidades;Queimaduras Leves.

Análise do Paciente

Exame Subjetivo (anterior ao atendimento)

Relacionar a vítima ao acidente; Relato de testemunhas; Histórico médico da vítima;

Sinais e SintomasAlergiasMedicamentos que faz usoProblemas médicos anterioresÚltima alimentação oralMecanismo da lesão

Verificar se o local oferece algum perigo para o socorrista e/ou para a vítima; Verificar se é necessário apoio de pessoal e/ou de material.

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Page 34: Apostila Brigada de Incendio 16 24 HA Comb Inc e 1 Socoros

Análise Primária Objetiva

Verifique o Nível de Consciência.Ei, tudo bem!Ei, tudo bem!Ei, tudo bem!

Verifique as vias aéreas, abrir com o controle da coluna (em caso de trauma, se a vítima estiver inconsciente, ou se não se conhece o mecanismo da lesão).

Verifique a Respiração: Ajoelhe junto à vítima,se for adulto se for adulto verificar a presença de respiração normal, aproximando a parte lateral do rosto da boca e nariz, para ver, ouvir e sentir se a mesma transmite algum movimento na caixa torácica. se não o socorrista deve aplicar 02 ventilações de resgate; se a vítima for lactente ou criança (exceto recém nascidos) o socorrista deve verificar a presença ou ausência de respiração, aproximando a parte lateral do rosto da boca e nariz, para ver, ouvir e sentir se a mesma transmite algum movimento na caixa torácica, antes de aplicar 02 ventilações de resgate.

Verifique e avalie grandes hemorragias.

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Page 35: Apostila Brigada de Incendio 16 24 HA Comb Inc e 1 Socoros

Análise Secundária Objetiva

Exame da "cabeça aos pés"Consiste no exame completo da vítima, comparando um lado com outro, procurando possíveis deformidades, ou outro sinal anormal. A imobilização da cabeça deverá ser feita manualmente.

Verifique a saída de Liquor e/ou sangue pelo nariz e/ou ouvidos;

Verifique a presença de objetos estranhos e/ou secreções na boca;

Apalpe a cabeça da vítima, procurando por hematomas, deformidades e ferimentos;

Examine o pescoço, verificando o alinhamento da traquéia e da coluna, além de possíveis ferimentos;

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Page 36: Apostila Brigada de Incendio 16 24 HA Comb Inc e 1 Socoros

Após o exame da região do pescoço, deverá ser colocado o colar cervical;

Examine o tórax da vítima, observe a respiração (movimentos e expansão do tórax);

Examine o tórax e o abdome, procurando ferimentos, segmentos soltos, deformidades ou qualquer anormalidade;

Examine a bacia, verificando se existe dor, crepitação ou rangido;

Examine os membros inferiores procurando por ferimentos, deformidades e por fraturas.

Verifique pulso distal e perfusão capilar;

Se a vítima estiver, consciente, verifique sensibilidade e resposta motora, além do pulso distal e perfusão capilar.

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Page 37: Apostila Brigada de Incendio 16 24 HA Comb Inc e 1 Socoros

Examine os membros superiores procurando por ferimentos, deformidades e por fraturas;Verifique pulso distal e perfusão capilar.

Se a vítima estiver consciente, verifique sensibilidade e resposta motora, além do pulso distal e perfusão capilar; Verifique possíveis deformidades e hematomas na coluna quando for fazer o rolamento para transportar a vítima na prancha longa;

Monitore sinais vitais (respiração, pulso, pressão arterial, temperatura).

Obstrução Respiratória (Adulto)

Vítima Consciente Engasgada

Pergunte para a vítima: “Você está engasgado”?

Se movimentar a cabeça afirmativamente ou não puder falar ou estiver com tosse silenciosa, se coloque atrás da vítima e posicione as mãos para as Manobras de Heimlich.

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Page 38: Apostila Brigada de Incendio 16 24 HA Comb Inc e 1 Socoros

Efetue repetidas compressões no abdome, se adulto ou criança, até a desobstrução ou até a chegada de socorro adequado.

Obs.: A mão deverá ser em punho, devendo a outra mão firmar a primeira.

Em gestante ou obesos, efetue as compressões no osso Esterno. Repita os passos anteriores até a desobstrução ou até a chegada de socorro adequado.

Obstrução Respiratória (Adulto)

Vítima inconsciente Engasgada

Verifique inconsciência (Oi tudo bem? Oi tudo bem? Oi tudo bem).

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Page 39: Apostila Brigada de Incendio 16 24 HA Comb Inc e 1 Socoros

Se a vítima estiver inconsciente, abra as Vias aéreas e verifique a Respiração.

Verifique a Respiração: Ajoelhe junto à vítima,se for adulto se for adulto verificar a presença de respiração normal, aproximando a parte lateral do rosto da boca e nariz, para ver, ouvir e sentir se a mesma transmite algum movimento na caixa torácica. se não o socorrista deve aplicar 02 ventilações de resgate; se a vítima for lactente ou criança (exceto recém nascidos) o socorrista deve verificar a presença ou ausência de respiração, aproximando a parte lateral do rosto da boca e nariz, para ver, ouvir e sentir se a mesma transmite algum movimento na caixa torácica, antes de aplicar 02 ventilações de resgate.

Se na primeira insuflação o ar não passa repita a inclinação da cabeça-elevação do queixo e tente nova ventilação se o ar passar ou não inicie as compressões torácicas na relação 30:2, por 2 minutos ou 5 ciclos quando fará nova checagem de respiração, até a desobstrução ou até a chegada do socorro adequado.As ventilações de resgate devem ser de aproximadamente 1 segundo e o tórax deve se elevar de maneira que o socorrista tenha condições de notar.

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Page 40: Apostila Brigada de Incendio 16 24 HA Comb Inc e 1 Socoros

Após cada ciclo das manobras, tente visualizar e remover o objeto estranho. Se não reinicie os ciclos de 30:2 por 2 minutos ou 5 ciclos.

Parada Respiratória

Verifique inconsciência (Oi tudo bem? Oi tudo bem? Oi tudo bem).

Verifique a Respiração: Ajoelhe junto à vítima,se for adulto se for adulto verificar a presença de respiração normal, aproximando a parte lateral do rosto da boca e nariz, para ver, ouvir e sentir se a mesma transmite algum movimento na caixa torácica. se não o socorrista deve aplicar 02 ventilações de resgate; se a vítima for lactente ou criança (exceto recém nascidos) o socorrista deve verificar a presença ou ausência de respiração, aproximando a parte lateral do rosto da boca e nariz, para ver, ouvir e sentir se a mesma transmite algum movimento na caixa torácica, antes de aplicar 02 ventilações de resgate.

Se na primeira insuflação o ar não passa repita a inclinação da cabeça-elevação do queixo e tente nova ventilação se o ar passar ou não inicie as compressões torácicas na relação 30:2, por 2 minutos ou 5 ciclos quando fará nova checagem de respiração, até a desobstrução ou até a chegada do socorro adequado.

As ventilações de resgate devem ser de aproximadamente 1 segundo e o tórax deve se elevar de maneira que o socorrista tenha condições de notar.

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Page 41: Apostila Brigada de Incendio 16 24 HA Comb Inc e 1 Socoros

Parada Cardiorespiratória (Adulto)

Verifique o nível de consciência.Oi, tudo bem?Oi, tudo bem?Oi, tudo bem?

Faça a liberação das vias aéreas

Verifique a Respiração: Ajoelhe junto à vítima,se for adulto se for adulto verificar a presença de respiração normal, aproximando a parte lateral do rosto da boca e nariz, para ver, ouvir e sentir se a mesma transmite algum movimento na caixa torácica. se não o socorrista deve aplicar 02 ventilações de resgate; se a vítima for lactente ou criança (exceto recém nascidos) o socorrista deve verificar a presença ou ausência de respiração, aproximando a parte lateral do rosto da boca e nariz, para ver, ouvir e sentir se a mesma transmite algum movimento na caixa torácica, antes de aplicar 02 ventilações de resgate.

Se na primeira insuflação o ar não passa repita a inclinação da cabeça-elevação do queixo e tente nova ventilação se o ar passar ou não inicie as compressões torácicas na relação 30:2, por 2 minutos ou 5 ciclos quando fará nova checagem de respiração, até a desobstrução ou até a chegada do socorro adequado.

As ventilações de resgate devem ser de aproximadamente 1 segundo e o tórax deve se elevar de maneira que o socorrista tenha condições de notar.

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Page 42: Apostila Brigada de Incendio 16 24 HA Comb Inc e 1 Socoros

Adulto ou criança ,boca a boca ou boca a máscara

Ache o local da massagem cardíaca externa. O local da massagem cardíaco externa é achado colocando a mão no meio do peito na linha dos mamilos.

As mãos devem ser sobrepostas, dedos entrelaçados e somente uma das mãos em contato com o osso Externo. As compressões fazem com que o sangue circule, substituindo assim o trabalho que seria feito pelo coração.

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Page 43: Apostila Brigada de Incendio 16 24 HA Comb Inc e 1 Socoros

Vítima adulta atendida por 01ou 02 socorristas:

O sincronismo será de 02 insuflações e 30 massagens cardíacas externas (02 x 30), checando a cada 2 minutos ou 5 ciclos.

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Estado de Choque

DefiniçãoFalência do sistema Hemodinâmico (Sistema Circulatório).

Sensibilidade dos órgãos à isquemia (diminuição do fluxo sangüíneo):

4 a 6 minutosCoraçãoCérebroPulmão

45 a90 minutos

FígadoBaçoRinsTrato gastrointestinal

120 a 180 minutosPeleMúsculoOsso

Após os tempos referidos, com pouco ou sem sangue oxigenado começa a haver risco de sofrimento e morte celular.

Classificação

a) HIPOVOLÊMICO:Hemorragias;Queimaduras graves;Diarréia, vômitos...

b) CARDIOGÊNICOInfarto Agudo do Miocárdio;Arritmia cardíaca;Insuficiência cardíaca Congestiva

c) SÉPTICOInfecções graves

d) ANAFILÁTICOReação de hipersensibilidade a medicamentos, alimentos, etc.

e) NEUROGÊNICOLesões na medula espinhal;Dores intensas.

As causas são diferentes:Perda de volume;Defeito no órgão responsável pelo bombeamento;Toxina do agente infeccioso;HistaminaAdrenalina.Porém o efeito é o mesmo, um distúrbio da circulação periférica que pode evoluir para o óbito.

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Como reconhecer o estado de choque

Pele pálida úmida e fria; Pulso fraco e rápido (maior que 100 BPM); Pressão sistólica menor que 90 mm Hg; Perfusão capilar periférica lenta ou nula; Respiração curta e rápida; Tontura e desmaio; Sede tremor e agitação; Rosto e peito vermelho, coçando, queimando, edemaciado, dificuldades respiratórias,

edemas de face e lábios (anafilático).

Compensado Não compensado

Pulso Taquicardia Taquicardia, evoluindo para bradicardia.

Pele Pálida úmida e friaPálida, cor de cera, fria e sudorese intensa.

Pressão Normal ou baixando Vasos colabadosNível de consciência Inalterada Alterado, desorientado, coma.

IMPORTANTE:

Com três momentos, podemos fazer o diagnóstico do estado de choque:

OBSERVE - PALIDEZ E SUDORESE;SINTA - PULSO E PERFUSÃO CAPILAR;OUÇA - PRESSÃO ARTERIAL.

CONDUTA:

Posicione a vítima deitada com as pernas elevadas;Afrouxe as vestes;Mantenha a vítima aquecida;Ministre oxigênio;Transporte para o hospital.

QUEIMADURAS 1 - DEFINIÇÃO

Queimaduras são lesões da pele, provocadas pelo calor, radiação, produtos químicos ou certos animais e vegetais, que causam dores fortes e podem levar a infecções.

2 - CONCEITOS E INFORMAÇÕESO fogo é o principal agente das queimaduras, embora as produzidas pela eletricidade

sejam, de todas, as mais mutilantes, resultando com frequência na perda funcional e mesmo anatômica de segmentos do corpo, principalmente dos membros.

A dor na queimadura é resultante do contato dos filetes nervosos com o ar. Para aliviar a dor da queimadura, pode-se cobrir o local com vaselina esterilizada. Contudo, via de regra, não se cobre queimadura , a não ser com plástico estéril, principalmente se ocorrer no rosto, nas mãos e nos órgãos genitais, para evitar aderência..

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As manifestações locais mais importantes nas queimaduras são: • não eliminação de toxinas (não há suor) ;• formação de substâncias tóxicas ;• dor intensa que pode levar ao choque ;• perda de líquidos corporais ;• destruição de tecidos ;• infecção.

Entretanto, a conseqüência mais grave das queimaduras é a porcentagem da área do corpo atingida . Quando esta é menos de 10%, diz-se que o acidentado é, simplesmente, portador de queimaduras . Entretanto, quando a percentagem da pele queimada ultrapassa os 10% (cerca de 10 palmos), pode-se considerá-lo como grande queimado . Ao atingir mais de 40% da superfície do corpo, pode provocar a morte . Acima de 70%, as chances de sobreviver são mínimas !

3 - CLASSIFICAÇÃO DAS QUEIMADURASAs queimaduras podem ser classificadas quanto ao:

• Agente causador • Profundidade ou grau • Extensão ou severidade • Localização e • Período evolutivo.

3.1 - AGENTES CAUSADORES (TIPOS) DE QUEIMADURAS • Físicos: • temperatura: vapor, objetos aquecidos, água quente, chama, etc.• eletricidade : corrente elétrica, raio, etc.• radiação : sol, aparelhos de raios X, raios ultra-violetas, nucleares, etc. • Químicos: • produtos químicos: ácidos, bases, álcool, gasolina, etc. e • Biológicos: • animais: lagarta-de-fogo, água-viva, medusa, etc. e • vegetais : o látex de certas plantas, urtiga, etc.

3.2 - PROFUNDIDADE OU GRAU DA QUEIMADURA • 1o. grau , da pele, ou superficial : só atinge a epiderme ou a

pele (causa vermelhidão). • 2o. grau , da derme, ou superficial : atinge toda a epiderme e

parte da derme (forma bolhas). • 3o. grau , da pele e da gordura, ou profunda : atinge toda a

epiderme, a derme e outros tecidos mais profundos, podendo chegar até os ossos. Surge a cor preta, devido a carbonização dos tecidos.

3.3 - EXTENSÃO OU SEVERIDADE DA QUEIMADURA O importante na queimadura não é o seu tipo e nem o seu grau , mas sim a extensão

da pele queimada , ou seja, a área corporal atingida. Uma regra prática para avaliar a extensão das queimaduras

pequenas ou localizadas, é compará-las com a superfície da palma da mão do acidentado, que corresponde, aproximadamente a 1% da superfície corporal.

Para queimaduras maiores e mais espalhadas, usa-se a REGRA DOS 9% (vide figura ao lado):

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3.4 - CUIDADOS DISPENSADOS AOS QUEIMADOS

Como proceder:

1 - Retirar a vítima do contato com a causa da queimadura:

a) lavando a área queimada com bastante água, no caso de agentes químicos; retirar a roupa do acidentado, se ela ainda contiver parte da substância que causou a queimadura; b) apagando o fogo, se for o caso, com extintor (apropriado), abafando-o com um cobertor ou simplesmente rolando o acidentado no chão;

2 - Verificar se a respiração, o batimento cardíaco e o nível de consciência do acidentado estão normais.

3 - Para aliviar a dor e prevenir infecção no local da queimadura:

a) mergulhar a área afetada em água limpa ou em água corrente, até aliviar a dor. Não romper as bolhas e nem retirar as roupas queimadas que estiverem aderidas à pele.Se as bolhas estiverem rompidas, não colocá-las em contato com a água. b) não aplicar pomadas, líquidos, cremes e outras substâncias sobre a queimadura. Elas podem complicar o tratamento e necessitam de indicação médica.

4 - Se a pessoa estiver consciente e sentir sede, deve ser-lhe dada toda água que deseja beber porém, lentamente e com cuidado.

5- Encaminhar logo que possível a vítima ao Posto de Saúde ou ao Hospital, para avaliação e tratamento.

Outros cuidados:

a) Não dê água a pacientes com mais de 20% do corpo queimado;b) Não coloque gelo sobre a queimadura;c) Não dê qualquer medicamento intramuscular, subcutânea ou pela boca sem consultar

um Médico, exceto em caso de emergência cardíaca;d) Não jogar água em queimaduras provocadas por pós químicos; recomenda-se cal e

escovação da pele e da roupa.e) Deve-se providenciar o transporte imediato do acidentado, quando a área do corpo

queimada for estimada entre 60 e 80%.f) Além da percentagem da área corporal atingida, a gravidade das queimaduras é maior

nos menores de 5 anos e maiores de 60.

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EMERGENCIAS CLÍNICASANGINA

Estreitamento da artéria do coração

Sinais sintomas:

Dor (esforço ou emoção);Esta dor é geralmente de curta duração;Melhora com o uso de vasodilatadores.

Conduta:

Manter a vítima em repouso;Monitorar os sinais vitais;Transportar para o hospital.

INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO

Decorre da obstrução de uma artéria do músculo cardíaco

Sinais e sintomas:

Dor súbita e de duração prolongada na região torácica;Não é aliviada com o uso de vaso dilatadores; (atalax, isordil...)Dor pode irradiar para as áreas adjacentes ao coração (braço esquerdo geralmente);Mal estar (náuseas, vômitos, palidez, sudorese, e choque);

Conduta:

Repouso;Monitoração dos sinais vitais;Afrouxar vestes;RCP se necessário;Transportar para o hospital na posição semi-sentado.

DESMAIO

Perda curta de consciência.

Sinais e sintomas:

Perda de consciência.

Conduta:

Afastar a vítima do local agressor;Monitorar sinais vitais;Colocar a cabeça mais baixo que o restante do corpo;Transporte para o hospital.

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DIABETES

Doença de caráter hereditário, caracterizada pela deficiência de insulina , hormônio produzido pelo pâncreas.

Sinais e sintomas:

Poliúria (urina abundante)Polidipsia (sede)Polifagia (fome)Emagrecimento .

Conduta:

Colocar a vítima em repouso;Tentar identificar se ela é diabética;Procurar o recurso hospitalar;

ASMA OU BRONQUITE

É a constrição da musculatura dos brônquios, dificultando a passagem de ar.

Sinais e sintomas:

Dificuldades respiratórias;Ruídos respiratórios audíveis;Ansiedade e agitação;Cianose nos lábios.

Conduta:

Afastar a vítima do local agressorRepouso na posição sentado;Observar os sinais vitaisTransportar para o hospital.

EDEMA AGUDO DE PULMÃO

Enchimento do pulmão por líquido , devido ao mau funcionamento do coração

Sinais sintomas:

Respiração difícil;Secreção pulmonar abundante;Saída de líquido rosa claro pela boca;Cianose, palidez, e choque;Taquicardia e agitação;Edema de membros e vasos do pescoço.

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Conduta:

Repouso com o tórax elevado;Fazer o garrote em três membros rodiziando entre eles a cada 10 minutos;Monitorar os sinais vitais;Encaminhar a recurso hospitalar.

ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL (DERRAME)

Lesão cerebral causada por interrupção do fluxo sangüíneo ou por uma hemorragia interna cerebral , em determinada área do sistema nervoso central.

Sinais e sintomas:

Tonturas;Dores de cabeça;Hemiplegia (paralisia unilateral);As vezes sangramentos.

Conduta:

Monitorar os sinais vitais;Transportar na posição de coma;Conduzir ao recurso hospitalar.

COMA

Alteração do nível de consciência.

Sinais vitais:

Qualquer reação que comprove mudança no nível de consciencia.

Conduta:

Monitorar os sinais vitais;RCP se necessario;Transportar na posição de coma;Transporte para o hospital na posição de coma;Afrouxar as vestes;Histórico médico (possível causa do coma).

CONVULSÃODefine-se por abalos musculares de parte ou de todo o corpo, decorrente do funcionamento anormal do Sistema Nervoso Central.

Conduta :

Proteger a vítima ;Proteger a língua da vítima com um pedaço de tecido;Colocar a cabeça da vítima lateralmente;Se dentre do intervalo de 05 minutos não passar a crise, transportar para o hospital.

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HEMORRAGIAS

Hemorragia é a perda de sangue devido ao rompimento de um vaso sangüíneo, veia ou artéria, alterando o fluxo normal da circulação. A hemorragia abundante e não controlada, pode causar a morte entre 3 e 5 minutos. Para estancar uma hemorragia é importante que se conheça a localização das principais artérias do corpo.

Artéria Temporal;Artéria Facial;Artéria Carotídea;Artéria Braquial;Artéria Radial;Artéria Femural;Artéria Pulplídeo;Artéria Pedial;Artéria Tibial posterior.

Na hemorragia externa deve-se: 1 comprimir o local com gaze esterilizada ou pano limpo; (pressão direta)2 elevar e manter assim o membro atingido;3 fazer a compressão em um ponto arterial entre o ferimento e o coração para estancar a hemorragia. (pressão indireta)

Na hemorragia interna, como nós não vemos o sangramento, temos que prestar atenção a alguns sinais externos, para podermos diagnosticar e encaminhar ao tratamento médico imediatamente e evitar o estado de choque. Deve-se verificar: a) pulsação - se o pulso está fraco e acelerado;b) pele - se está fria, pálida e se as mucosas dos olhos e da boca estão brancas;c) mãos e dedos (extremidades) - ficam arroxeadas pela diminuição da irrigação sangüínea.

As providências que devem ser tomadas são as mesmas utilizadas no tratamento do estado de choque.

HEMORRAGIA NASALDentre todas as hemorragias, a nasal, (botar sangue pelo nariz) é a mais comum. É causada por esforço físico, excesso de sol, altas temperaturas, etc. Atendimento recomendado:

1 - tranqüilizar a vítima;2 - afrouxar a roupa próxima ao pescoço;3 - sentar a vítima em local fresco, verificando o pulso;4 - comprimir a narina com os dedos (5 a 10 minutos);5 - colocar compressa de gelo mo nariz, testa e nuca;6 - se não cessar a hemorragia, encaminhar a vítima ao médico;

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7 - pedir à vítima para respirar pela boca; e8 - não deixar que assoe o nariz.

FERIMENTOS ESPECIAIS

Ferimento na cabeça

• Procedimento semelhante aos ferimentos em partes moles

• Não tente limpar o ferimento, pois há perigo de aumentar a hemorragia;

• Não faça compressão com os dedos;• Controle o sangramento, com um curativo limpo e

pouca pressão;• Procure socorro adequado.

Ferimento nos olhos

• Não tente remover objetos da córnea;• Não faça curativo compressivo;• Estabilize os objetos que estiverem empalados;• O curativo deverá ser frouxo e nos dois olhos;• Em queimaduras químicas, lave sempre partindo do nariz para as extremidades, com

água estéril(5’ a 15’).

Ferimento na orelha

• Nunca feche o canal auditivo em caso de hemorragia;• Saída de líquido rosa claro e/ou sangue significa TCE;• Procure socorro adequado.

Ferimento na face

• Corrigir problemas respiratórios;• Não descarte a possibilidade de lesão de coluna;• Use pressão suficiente para estancar o sangramento;• Retire corpos estranhos do ferimento na boca;• Retire objetos empalados na bochecha, se penetrar na cavidade oral;• Faça curativo;• Procure socorro adequado.

Ferimento na boca

• Remova objetos estranhos;• Procure socorro adequado.

Ferimento no pescoço

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• Mantenha o paciente calmo;• Peça-o para respirar devagar;• Não descarte a possibilidade de lesão de coluna;• Faça o curativo oclusivo com uma compressa, devendo esta ser coberta com plástico

estéril ou papel alumínio;• Não aplique pressão sobre as vias aéreas;• Não aplique pressão nos dois lados ao mesmo tempo;• Procure socorro adequado.

Ferimento no tórax

• Mantenha a vítima deitada sobre o lado da lesão;• Coloque um curativo oclusivo preso em tres lados;• Aspire secreções e/ou sangue caso seja necessário• Transporte sobre o lado ferido;• Procure socorro adequado.

Ferimento no abdome

Nas feridas extensas e profundas, como no caso de facadas, os intestinos e outros órgãos podem sair e ficar expostos. Neste caso deve-se:

1 - deitar a vítima imediatamente;2 - lavar as mãos antes do atendimento;3 - evitar tocar nos órgãos expostos e nemtentar recolocá-los no lugar;4 - cobrir com compressas, gaze ou pano limpo;5 - prender a compressa ou gaze com atadura e esparadrapo; apertar; e6 - conduzir a vítima, imediatamente, ao Hospital.

Ferimento na região genital

• Faça curativo compressivo e • Procure socorro adequado

Obs.: em caso de mutilação, o pedaço amputado deverá ser colocado dentro de um saco plástico, sem nada dentro(sal, água etc.), devendo este saco ser colocado no gelo.

FRATURAS

DEFINIÇÃO:

É uma ruptura total ou parcial da estrutura óssea (solução de continuidade no osso).Tipos:

completa - quando existe quebra óssea; incompleta - ocorre apenas uma fissura;

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aberta - provoca ferida na pele; fechada - não provoca ferida na pele;Reconhecimento:

deformação, angulação, encurtamento; inchaço, hematomas; ferida (pode ou não existir); palidez ou cianose nas extremidades; diferença de temperatura no membro afetado; crepitação ; incapacidade funcional (pode ou não existir).

Fraturas de extremidades

Reconhecimento:

♦ pesquise a dor;♦ incapacidade funcional;♦ alteração da cor da pele;♦ observe deformidade ou sangramento;

Conduta:

♦ nas fraturas alinhadas, imobilize com tala rígida ou moldável;♦ nas fraturas expostas, imobilize na posição encontrada. (nunca tente realinhar uma

fratura exposta);♦ a tentativa de alinhamento de fraturas fechadas deve ser uma única vez e suavemente;

se houver resistência, imobilize na posição encontrada com tala rígida;♦ após imobilização continue checando pulso e perfusão capilar;♦ nas fraturas ou luxações de úmero, clavícula e escápula, usem bandagens;♦ nas fraturas de fêmur, não tente realinhar, imobilize na posição encontrada com duas

talas rígidas ou moldáveis; até o nível do ilíaco (bacia), e transporte em prancha longa.

Fratura de crânio

Reconhecimento:

• ferimento extenso ou profundo na cabeça;• verifique a presença de hematomas nas pálpebras e saída de sangue e/ou Liquor pelo

nariz e ouvido; verifique o estado neurológico;• alterações da resposta pupilar;• sinal característico atrás da orelha;• monitore pulso e pressão arterial.

Conduta:

evite manobras que possam agravar possível lesão de coluna; imobilize coluna cervical; controle as condições e sinais vitais;

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não obstrua a saída de do sangue ou líquor dos ouvidos e nariz; monitore pulso e pressão arterial; procure socorro adequado.

Fratura de pelve

• associe a lesão com o acidente;• dor intensa na região quando esta é movimentada;• perda de mobilidade nos membros inferiores (não obrigatório);• hematoma localizado (não obrigatório).

Conduta:

com a vítima em decúbito dorsal, coloque um cobertor ou outro material entre as pernas da vítima para mantê-las afastadas proporcionando conforto para a vítima;

prenda as pernas em quatro pontos distintos com faixas ou bandagens; transporte em prancha longa; procure socorro adequado.

Fraturas expostas

Conduta:

Controle a hemorragia; Não tente realinhar; Não limpe nem coloque qualquer produto na extremidade do osso exposto; Proteja o ferimento com gaze e/ou bandagem limpa; Imobilize com tala rígida ou moldável, abrangendo uma articulação acima e outra abaixo

da fratura procure socorro adequado.

Tórax instável

Reconhecimento:

dor local; respiração difícil (dispnéia), dor ao respirar; tosse com sangue (não obrigatório); sangue borbulhandop da ferida no tórax, em caso de perfuração por fragmento ósseo; parte afetada não acompanha o restante do tórax.

Conduta:

estabilize a área com o braço da vítima , prendendo-o com ataduras ou prenda a parte fraturada com o restante do tórax, através de uma compressa volumosa presa por esparadrapo;

a estabilização não pode causar dor.

Trauma de coluna

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Reconhecimento:

♦ relação entre a vítima e o acidente (vítima de queda de altura, mergulho no raso, desabamentos...)

♦ dor intensa na região posterior do tronco;♦ presença de deformidade palpável ou visível na coluna;♦ presença de hematoma na região posterior do tronco;♦ perda de sensibilidade e ou mobilidade nos membros;♦ priapismo;♦ perda de controle de fezes e urina;

Se o paciente estiver inconsciente; se estiver consciente e for vítima de trauma , ou se não se conhece o mecanismo da lesão, adote as medidas para vítima portadora de lesão na

coluna.

Conduta:

♦ Mantenha as condições respiratórias;♦ Mantenha a cabeça alinhada com tração e aplique o colar cervical;♦ Se a vítimas estiver sentada , coloque prancha curta, antes de removê-la;♦ Se estiver deitada, coloque em prancha longa antes de removê-la;♦ Controle os sinais vitais;♦ Procure socorro adequado.

CHOQUES ELÉTRICOS Choque elétrico é uma descarga de corrente elétrica. Esta passa pelo corpo da pessoa e as

conseqüências podem ser mais ou menos graves, dependendo da corrente (intensidade, resistência e voltagem) e do trajeto percorrido, no corpo, pela corrente. As possíveis conseqüências do choque são: a) queimaduras locais, de limites bem definidos ou de grande extensão, geralmente atingindo os tecidos mais profundos; e b) paralisação da respiração por contrações dos músculos respiratórios. IMPORTANTE: O acidente com eletricidade oferece perigo de vida, também, para o socorrista. Como proceder: 1 - Antes de tocar a vítima, desligar a corrente elétrica na chave geral de força. Cada segundo de contato com a eletricidade diminúi a possibilidade de sobrevivência da vítima. 2 - Caso isso não seja possível, separar a vítima do contato (fio

elétrico energizado), utilizando um mau condutor de eletricidade (cabo de enxada, pedaço de tecido forte, cinto de couro, luvas, etc.). 3 - Se a vítima apresentar uma parada respiratória ou cárdio-respiratória, dar o atendimento adequado. 4 - Se a vítima estiver com pulso e respiração normais, proceder aos cuidados para queimaduras e prevenção de choque.

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RECONHECIMENTO DE ACIDENTES COM ANIMAIS PEÇONHENTOS

Procurar obter da vítima ou de outras pessoas, como o acidente aconteceu.Procurar identificar o animal agressor, lembrando que animais peçonhentos são aqueles com capacidade de inocular substância venenosa quando agridem através de picada, mordedura ou contato.Observar sinais e sintomas:

- imediatos: - dor local intensa.- marcas de picada, mordedura.- edema, vermelhidão, hematomas, bolhas.

- tardios: - dificuldade respiratória (edema de glote).- queda da pálpebra.- alteração do nível de consciência.- distúrbios visuais.- reação anafilática.- náuseas e vômitos.- convulsões.- relato de alteração da cor (escura) e quantidade (diminuída) da urina.

CONDUTA NA PESSOA FERIDA POR ANIMAL PEÇONHENTO

1. Manter a vítima em repouso absoluto, não deixá-la locomover-se.2. Remover anéis, pulseiras, braceletes, etc...3. Lavar o local da(s) picada(s) com água e sabão.4. Proteger o local da lesão com gaze seca e esparadrapo.5. Transportar a vítima para o hospital.6. Ministrar oxigênio se necessário.7. Se possível, desde que feito com segurança e não comprometa ou retarde o

transporte da vítima, capturar o animal e o transporte com segurança também ao hospital.

8. Se ocorrer parada cardiorrespiratória, iniciar manobras de reanimação cardiopulmonar pulmonar.

ADVERTÊNCIAS

Transporte a vítima diretamente a um serviço especializado em soroterapia (exemplo: Instituto Butantã) se houver orientação do médico.

Se não conseguir identificar o animal tratar como se fosse venenoso.Não perca tempo tentando identificar o animal agressor.Nunca garrotear ou fazer torniquete.Não perfurar em volta da picada, nem espremer ou sugar a ferida.Estar atento aos sinais e sintomas de choque anafilático.

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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

Apostila Primeira Resposta, Aidair Felipe Martins, Major BM.MABOM – SP/ Coordenadoria de Resgate;Manual Currents in Emergency Cardiovascular Care (American Heart Association)Manual Bombeiro Militar – MABOM MG;Manual de Prevenção e Combate a Incêndios, Walter Vasconcelos de Amorim/ 11ª edição;Manual Bombeiro Militar – MABOM DF;Norma Brasileira de Regulamentação 9077/93 – saídas de emergência em edificações;Norma Brasileira de Regulamentação 14276/99 – Programa de Brigada de Incêndio.

SEÇÃO OPERACIONAL – SOPE

10º BBM – DIVINÓPOLIS/ MG

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