ANGIOGÊNESE
A busca por uma solução molecular
Introdução
O sistema cardiovascular é um dos primeiros sistemas do corpo humano a se formar durante o período embrionário.
A formação dos vasos sanguíneos ocorre em resposta a fatores de crescimento ou sinais específicos.
As células endoteliais têm grande longevidade
Em adultos, apenas um percentual mínimo ( 0,01%) das células endoteliais está em processo de divisão a cada momento.
No período embrionário humano (entre quatro e oito semanas) essas células não mostram um percentual de proliferação tão reduzido.
Vascularização
Vasculogênese
Precursores das células endoteliais surgem na camada de células mesodérmicas.
Os angioblastos organizam-se em agregados celulares denominados ilhotas sanguíneas.
Eles se diferenciam e formam uma rede vascular primordial.
Angiogênese Vasos sanguíneos
menores são criados a partir daqueles preexistentes.
Com isso, estrutura-se uma rede vascular mais estável e bastante complexa.
Envolve tanto o crescimento quanto a regressão de vasos sanguíneos.
O sistema vascular mantém um equilíbrio dinâmico e criterioso entre sinais angiogênicos e
angiostáticos da formação de vasos sanguíneos.
•No organismo adulto, a vascularização é normalmente reduzida e estável.
•Ela pode ser reativada por inúmeros fatores endógenos e exógenos,desencadeando a formação de novos vasos sanguíneos.
•Perturbações no delicado equilíbrio entre o crescimento e a regressão dos vasos existentes em um adulto podem contribuir para o desenvolvimento de diversas doenças.
•Entre elas podemos citar: processos tumorais, inflamação, endometriose, retinopatias em quadros de diabetes, artrite reumatóide, psoríase.
• Até há pouco tempo, o fator de crescimento vascular endotelial (VEGF) era considerado o único sinal específico para a formação dos vasos sanguíneos.
•Descobertas recentes vêm revelando novos fatores de crescimento.
Receptor tipo 2 e a angiogênese
Faz parte de uma família de receptores que mediam as respostas fisiológicas do estresse.
Está expresso tanto nas células endoteliais quanto nas células da musculatura lisa dos vasos.
É um receptor do fator liberador da corticotropina (CRF).
•Os urucortinas peptídeos relacionados (I, II, III) também são ligantes endógenos para esse receptor.
Urucortinas:
•São ativadores mais potentes do que o CRF.
•Os tipos II e III são agonistas específicos do receptor.
•O tipo I causa vasodilatação e diminuição da pressão sanguínea.
CRF :
•Causa os mesmos efeitos da urucortina tipo I.
O experimento de Wylie Vale O papel do receptor tipo 2 de CRF na
angiogênese. Investigação em ratos deficientes desse receptor. Até o 21º dia após o nascimento: não houve
alterações vasculares. Após o 21º dia: ocorreu aumento do número e do
tamanho dos vasos sanguíneos. Conclusão: o receptor tipo 2 de CRF tem um
importante papel na inibição tônica da neovascularização em adultos.
Esse experimento sugere que a manipulação do receptor tipo 2 de CRF pode ser uma ferramenta terapêutica
poderosa para modular a angiogênese em câncer e em doenças
cardiovasculares isquêmicas.
A Pesquisa de novos medicamentos
Modelo usado para aplicação de polissacarídeos extraídos da parede celular da alga marinha Sargassum sp. em ovos de galinha.
Níveis de erros na morfogênese e na vascularização
Nível 0: padrão normal de morfogênese e de vascularização;
Nível 1: presença de assimetrias e anormalidades nas flexuras do tubo neural e desenvolvimento moderadamente defasado dos capilares;
Nível 2: alteração morfológica localizada na região anterior ou na posterior e desenvolvimento defasado de capilares;
Nível 3: alteração morfológica generalizada e redução grave no comprimento e áreas de descontinuidade no plexo vascular;
Nível 4: indefinição dos eixos de polaridade do organismo (teratomas) e ausência de angiogênese.
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