Instituto Politécnico de Setúbal
Escola Superior de Ciências Empresariais
A importância da Informação para
Análise de Projeto de Investimento
Relatório de Estágio
Josivânia Carvalho e Silva
Relatório de estágio apresentado para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do
grau de
MESTRE EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ORGANIZACIONAIS
Orientadora: Professora Maria Leonilde dos Reis
Setúbal, 2017
Relatório de Estágio | Josivânia Silva ii
“O saber a gente aprende com os mestres e os livros. A sabedoria se aprende é com
a vida e com os humildes. Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina. Há
mais esperança nos meus passos, do que tristeza nos meus ombros. Antes acreditar do que
duvidar. Coração é terra que ninguém vê”.
Cora Coralina
Relatório de Estágio | Josivânia Silva iii
Agradecimentos
É com sentimento de dever cumprido e de grande orgulho que chego a esta fase do
meu percurso académico, dizer que foi fácil esse percurso, com certeza que não foi fácil,
mas foi emocionante ultrapassar todas as dificuldades e chegar aqui. Mas este percurso não
foi feito sozinho e por isso não posso deixar passar essa oportunidade de agradecer às
pessoas, instituição e empresa que me acompanharam nesta caminhada.
Em primeiro lugar quero agradecer a minha família: mãe, pai e irmão, que sempre
acreditaram no meu potencial e em especial meu marido Bruno Caetano, por está sempre
presente em todos os momentos da minha vida, sempre me apoiando e principalmente
acreditando em mim.
A minha orientadora Professora Doutora Maria Leonilde Reis, pelo ensinamento,
disponibilidade, exigência e incentivo para concluir esse trabalho.
Aos professores e colegas de sala de aula com quem tiver o prazer de conhecer, que
sempre me transmitiram os seus conhecimentos e me ajudaram nesta caminhada difícil mas
muito recompensador, aos colegas da empresa de acolhimento do estágio curricular, sempre
mostraram à vontade de transmitir seus conhecimentos.
Meu agradecimento também vai aos gestores da empresa de acolhimento
Globalseven, Dr. Alexandre Jaleco e Dr. Joaquim Neves pela oportunidade de estagiar na
vossa empresa e pela disponibilidade de repassar o vosso conhecimento empresarial e aos
colegas dessa empresa que foram essenciais para minha readaptação ao mundo empresarial.
Agradeço ao IPS/ESCE ao dar-me a possibilidade de estudar nesta instituição.
A todos que de uma forma ou de outra me ajudaram a concluir mais esta etapa da
minha vida.
Relatório de Estágio | Josivânia Silva iv
Índice Geral
1 Introdução................................................................................................................. 1
1.1 Apresentação e Justificação do Tema .............................................................. 2
1.2 Problemática ...................................................................................................... 5
1.3 Âmbito e Objetivos ........................................................................................... 5
1.4 Metodologia ....................................................................................................... 6
1.5 Estrutura do Relatório de Estágio..................................................................... 7
2 Enquadramento Teórico......................................................................................... 9
2.1 Informação e o seu Valor .................................................................................. 9
2.2 Gestão da Informação nas Organizações ....................................................... 11
2.3 Projeto de Investimento .................................................................................. 12
2.3.1 Plano de Negócios e Estudo de Viabilidade Económico-Financeira... 13
2.3.2 Etapas na Preparação do Plano de Negócios......................................... 15 2.3.3 Análise Viabilidade Económica e Financeira ....................................... 29
2.4 A importância da Informação na Análise da Viabilidade Económico-
financeira 31
3 Caracterização da Organização .......................................................................... 33
3.1 Objetivos Estratégico ...................................................................................... 33
3.2 Morada ............................................................................................................. 34
3.3 Missão .............................................................................................................. 34
3.4 Visão ................................................................................................................ 34
3.5 Valores ............................................................................................................. 34
3.6 Compromisso ................................................................................................... 35
3.7 Recursos Humanos .......................................................................................... 35
3.8 Caracterização dos Ativos SI/TI..................................................................... 37
4 Descrição das Atividades Desenvolvidas ............................................................ 38
4.1 Introdução das Atividades Desenvolvidas ..................................................... 38 4.1.1 Metodologia ............................................................................................ 38 4.1.2 Recursos Humanos ................................................................................. 39
4.2 Plano de Negócio da Empresa JCS ................................................................ 39
4.2.1 Sumário Executivo .................................................................................. 39 4.2.2 Apresentação da empresa JCS ............................................................... 41
Relatório de Estágio | Josivânia Silva v
4.2.3 Objetivos Estratégicos ............................................................................ 42
4.3 Análise Externa ............................................................................................... 43
4.3.1 Meio Envolvente Contextual.................................................................. 43 4.3.2 Análise do Meio Envolvente Transacional ........................................... 46
4.4 Análise da Indústria......................................................................................... 48
4.5 Análise do Mercado ........................................................................................ 51
4.6 Análise Interna ................................................................................................ 52
4.6.1 Análise de Recursos Internos ................................................................. 52
4.6.2 Competências .......................................................................................... 53 4.6.3 Estrutura dos Departamentos Decisores ................................................ 53 4.6.4 Estrutura de Recursos Humanos ............................................................ 54
4.6.5 Análise SWOT ........................................................................................ 56
4.7 Segmentação de Mercado ............................................................................... 59
4.8 Marketing-Mix ................................................................................................ 60
4.9 Formulação da Estratégia ............................................................................... 63
4.9.1 Matriz Ansoff .......................................................................................... 63 4.9.2 Ações Estratégicas .................................................................................. 64
5 Estudo da Viabilidade Económica e Financeira do Projeto ........................... 70
5.1.2 Plano de Investimento ............................................................................ 71 5.1.3 Plano de Tesouraria ................................................................................ 72
5.1.4 Plano de Exploração ............................................................................... 73 5.1.5 Fornecimento e Serviços Externos - FSE .............................................. 74 5.1.6 Gastos com o Pessoal ............................................................................. 75
5.1.7 Mapa de Amortizações e Depreciações ................................................. 76 5.1.8 Demostração dos Resultados Previsional .............................................. 76 5.1.9 Plano de Financiamento ......................................................................... 78 5.1.10 Balanço Previsional ................................................................................ 79
5.1.11 Indicadores Económicos e Financeiros ................................................. 80 5.1.12 Avaliação Financeira do Projeto ............................................................ 82
5.2 Análise de Sensibilidade ................................................................................. 85
6 Conclusões e Perspetivas Futura ......................................................................... 88
6.1 Conclusões ....................................................................................................... 88
6.2 Perspetivas Futuras.......................................................................................... 90
Referências .................................................................................................................... 91
ANEXOS ........................................................................................................................ 94
Relatório de Estágio | Josivânia Silva vi
Índice de Figuras
Figura 1- Forças que governam a competição num setor ............................................ 21
Figura 2- Fases do Ciclo de Vida da Indústria ............................................................. 22
Figura 3- Evolução da Estrutura da Indústria ............................................................... 23
Figura 4- Modelo de Análise SWOT ............................................................................ 28
Figura 5- Localização da Empresa Globalseven .......................................................... 34
Figura 6- Organograma Hierárquico da Globalseven .................................................. 36
Figura 7- Estrutura da direção da JCS .......................................................................... 53
Figura 8- Matriz Ansoff/Adaptada ................................................................................ 63
Figura 9- Aprovação do Projeto .................................................................................... 89
Relatório de Estágio | Josivânia Silva vii
Índice de Quadros
Quadro 1- Recursos humanos do projeto ..................................................................... 39
Quadro 2- Composição Societária................................................................................. 41
Quadro 3- Análise das 5 Forças Competitivas de Porter para Empresa JCS.............. 51
Quadro 4- Estrutura de Recursos Humanos.................................................................. 54
Quadro 5- Quadro resumo da análise SWOT ............................................................... 58
Quadro 6- Matriz Estratégica SWOT da JCS ............................................................... 59
Quadro 7- Segmentação de Mercado ............................................................................ 59
Relatório de Estágio | Josivânia Silva viii
Índice de Tabelas
Tabela 1- Pressupostos Económicos e Financeiros ...................................................... 70
Tabela 2- Plano de Investimento ................................................................................... 71
Tabela 3- Plano de Tesouraria ....................................................................................... 73
Tabela 4- Plano de Exploração ...................................................................................... 73
Tabela 5- Fornecimentos de Serviços Externos (euros) .............................................. 74
Tabela 6- Custo com Pessoal ......................................................................................... 75
Tabela 7- Amortizações e Depreciações do Período (euros) ....................................... 76
Tabela 8- Demonstração dos Resultados Previsional .................................................. 77
Tabela 9- Cobertura Financeira do Projeto ................................................................... 78
Tabela 10- Balanço Previsional ..................................................................................... 80
Tabela 11- Indicadores Económicos e Financeiros ...................................................... 81
Tabela 12- Meios Libertos do Projeto........................................................................... 83
Tabela 13- Avaliação financeira do projeto.................................................................. 83
Tabela 14- TIR, VAL, Payback ..................................................................................... 84
Tabela 15- Análise de Sensibilidade/ Cenário I ........................................................... 86
Tabela 16- Análise de Sensibilidade/ Cenário II .......................................................... 86
Tabela 17- Análise de Sensibilidade/ Cenário III ........................................................ 87
Relatório de Estágio | Josivânia Silva ix
Lista de Siglas e Acrónimos
BCG Boston Consulting Group
CAE Classificação da Atividade Económica
CEO Chief Executive Officer
CFE Cash-flow Exploração
CFG Cash-flow Global
CI Custo do Investimento
DGSS Direção Geral da Segurança Social
ERP Enterprise Resource Planning
FCS Fatores Críticos de Sucesso
FSE Fornecimentos e Serviços Externos
FEDER Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional
IAPMEI Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação
IEFP Instituto do Emprego e Formação Profissional
INE Instituto Nacional de Estatística
ISSO International Organization for Standardization
IRC Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas
IRS Imposto Sobre o Rendimento
KPMG Klynved Peat Marwick Goerdeler
NFM Necessidades de Fundo de Maneio
OTOC Ordem dos Contabilistas Certificados
NUTS Nomenclatura de Unidades Territoriais para Fins Estatísticos
PALOP Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa
Payback Período de Recuperação do Capital Investido
PESTEL Análise contextual - Política; Económica; Social; Tecnológica;
Ambiental e Legal
PIB Produto Interno Bruto
PME Micro, Pequena ou Média empresa
PWC Price Waterhouse Coopers
RH Recursos Humanos
SGQ Sistema de Gestão de Qualidade
SI Sistema de Informação
SNC Sistema de Normalização Contabilístico
SWOT Strenghts; Weaknesses; Opportunities; Threats
TIC Tecnologia da Informação e da Comunicação
TIR Taxa Interna de Rendimento
TOC Técnico Oficial de Contabilidade
VAB Valor Acrescentado Bruto
VAL Valor Atualizado Líquido
VBP Valor Produto de Produção
VR Valor Residual
WACC Weighted Average Cost of Capital (Custo Médio Ponderado do Capital)
WEB World Wide Web
Relatório de Estágio | Josivânia Silva x
Resumo
No mundo empresarial atual cada vez mais competitivo e global, onde a concorrência é
cada vez mais forte, as empresas são obrigadas a criar e desenvolver estratégias de modo a
garantirem a sua sobrevivência. Este trabalho centra-se na importância da informação para
análise do projeto de investimento, sua viabilidade, para a tomada de decisão de uma empresa
em fase de expansão.
Os agentes económicos e as instituições financeiras requisitam estudos que lhes possam
servir de suporte para a tomada de decisões e, consequentemente, uma possível intensão de
negócio, onde o resultado corresponde ao produto da Análise Financeira. Este fornece-nos os
elementos para uma decisão de investimento, onde nos permite analisar e identificar os
benefícios e custos. Para auxiliar na tomada de decisão, recorre-se a algumas métricas/critérios
de modo a fornecer uma previsão macroscópica do valor do investimento para a empresa,
verificando assim o melhor critério a ser utilizado. Este relatório de estágio tem por base um
caso prático de uma empresa, onde serão calculados os critérios com a finalidade de procurar a
viabilidade de um projeto financeiro e, com a análise desses critérios através de uma análise
financeira, serão identificados os elementos fulcrais para a decisão de viabilidade do projeto.
O presente trabalho apresenta-se como relatório de estágio do Mestrado em Sistemas
de Informação Organizacional do Instituto Politécnico de Setúbal desenvolvido na empresa
Globalseven, Lda. O referido estágio realizou-se no período de 19 de Outubro de 2015 a 18
de Julho de 2016.
Palavras-chave: A importância da informação, plano de negócios, análise de
viabilidade.
Relatório de Estágio | Josivânia Silva xi
Abstract
In today's increasingly competitive and global business world, where competition is
growing, companies are forced to create and develop strategies to ensure their survival. This
work focuses on the importance of the information for the investment project analysis, its
feasibility, for the decision making of a company in expansion stage.
Economic agents and financial institutions require studies that can support them in
making their decisions and consequently a possible business intension, where the result
corresponds to the product of the Financial Analysis. This provides us with the elements for an
investment decision, where it allows us to analyse and identify the benefits and costs. To assist
on decision making, some metrics/criteria are used in order to provide a macroscopic forecast of
the investment value for the company, thus verifying the best criteria to be used. This traineeship
report is based on a practical case of a company, where the criteria will be calculated in order to
look for the viability of a financial project and the analysis of these criteria through a financial
analysis will identify the key elements for the decision of project’s Feasibility.
The present essay is presented as an internship report of the Masters in Organizational
Information Systems of the Polytechnic Institute of Setubal developed at the company
Globalseven, Lda. This internship was held from 19 October 2015 to 18 July 2016.
Keywords: The importance of information, business plan, feasibility analysis.
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 1
1 Introdução
O presente relatório encontra-se enquadrado no plano curricular do Mestrado em
Sistema de Informação Organizacionais da Escola Superior de Ciências Empresariais do
Instituto Politécnico de Setúbal, no seguimento do estágio curricular realizado em uma
empresa de acolhimento.
O estágio teve início no dia 19 de Outubro de 2015 na empresa Globalseven -
consultora de inovação, empreendedorismo, internacionalização e tecnologia, tendo
terminado no dia 18 de Julho de 2016. Estava enquadrado no Departamento de Gestão e na
área de inovação e na seção de elaboração de estudos de viabilidade económico-financeira
de projetos de investimentos. Na Globalseven estes estudos podem ser requeridos pelo
cliente, estar enquadrados na elaboração de um plano de negócios, ou ainda numa potencial
candidatura a um dos diversos incentivos comunitários existentes.
Qualquer decisão estratégica de investimento por parte das empresas dará azo a
projetos e estudos de viabilidade económica de modo a dar resposta às alterações que
provocarão na empresa e logo no mercado concorrencial. Partindo do ponto de vista da
maximização do lucro, como é comum o olhar da maioria dos investidores, os estudos de
viabilidade económico-financeira permitem validar, analisar e estimar a capacidade de um
projeto em gerar valor para os seus promotores com base na análise da competitividade da
empresa. Um projeto é viável para uma empresa se acrescentar mais valor do que aquele que
lhe vai custar para o implementar.
Podemos também olhar para a análise do investimento de um projeto como sendo o
conjunto de informações, sistematicamente ordenadas, que nos permite estimar os custos e
benefícios sociais desse mesmo projeto, o que implica dizer, as vantagens e desvantagens de
utilizar os recursos da empresa na realização de determinados bens e serviços. Ou ainda, de
forma resumida, que é a racionalização do processo decisório, na escolha entre alternativas
de investimento.
Como projeto de investimento, entendemos um conjunto de gastos em itens de
investimento como, máquinas e equipamentos, obras civis destinadas a construções
reformas, instalação, aquisição e desenvolvimento tecnológico, expansão dos serviços para
mercado internacional, entre outros.
Outra parte fundamental na análise do projeto de investimento económico-financeira
é a informação. Sendo imprescindível na avaliação do projeto, obriga a uma análise da
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 2
situação atual do negócio: evolução da faturação, curva de crescimento, nível de tecnologia
adotado, capacidade de produção, quando for o caso, diferenciais, mix de produtos/serviços,
propaganda, estrutura organizacional e processos, análise do mercado e da concorrência.
Analisa-se o estado da empresa em relação aos concorrentes, quanto à inovação, imagem da
marca no mercado, público-alvo, canais de distribuição que utiliza e como estão estes canais
em relação a performance de vendas e resultados. Estamos a definir estratégia e futuro da
empresa porque se trata de um projeto futuro, a utilização da análise SWOT foi a forma
encontrada para a avaliação das oportunidades, ameaças, pontos fortes e desafios do projeto.
O conjunto das informações e a análise de projeto de investimento dar-nos-ão a
informação necessária acerca das condições para a projeção de um plano de expansão
consistente. Se os fatores de mercado forem favoráveis e a empresa está em um estágio de
desenvolvimento também favorável, com processos bem definidos, informatizada e com
uma boa performance financeira.
A análise da informação acima descrita foi a considerada necessária para a realização
do estudo de viabilidade económico-financeira da empresa “JCS”. Trata-se de um nome
fictício encontrado para a empresa que foi objeto do trabalho académico que este relatório
documenta, protegendo assim a verdadeira identidade da empresa em causa.
1.1 Apresentação e Justificação do Tema
Este trabalho aborda a importância da informação para análise de projeto de
investimento, tema esse que arroga uma abrangência cada vez maior nos meios empresariais
e, em particular, na decisão de expandir serviços/produtos para novos mercados externo. A
informação toma hoje em dia uma relevância crescente, tornando-se imprescindível na
descoberta e introdução de novas tecnologias, na análise da oportunidade de investimento,
no levantamento da análise interna e externa, na análise da concorrência, assim como no
planeamento e estratégia a ser seguidos.
A Informação e a sua introdução na estratégia empresarial é um fator fulcral na
criação de valor adicionado e das vantagens competitivas para a empresa. Se, por um lado,
ajudam a identificar novas oportunidades e criar vantagens competitivas, por outro, ajudam
a defendê-la de ameaças oriundas da concorrência.
Devido as constantes alterações que ocorrem no território empresarial, as empresas
vêm sendo cada vez desafiadas a adaptar as suas práticas de gestão a uma nova realidade do
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 3
mercado. Alterações que ocorrem nas áreas governamentais, culturais, políticas,
tecnológicas, cientificas, sociais, ambientais, económicas, financeiras, entre as demais, onde
exigem cada vez mais às empresas meios para obter informações que lhe são necessária para
o seu sucesso a médio e a longo prazo. Informação que têm de ser útil para ajudá-las no
processo da tomada de decisão.
A justificação pela escolha do tema “A importância da informação para análise de
um projeto de investimento” sucede do facto de essa ter uma grande relevância, tanto para o
indivíduo em si “empresário” e para a empresa. Quanto às empresas, é profícuo visto que
ajudará no desenvolvimento financeiro da mesma, no futuro, no que toca ao investimento
(um sacrifício no presente com o intuito de se alcançar benefícios no futuro). E para assessora
na tomada de decisão é imprescindível ter como auxilio um plano de negócio onde consiste
um estudo sobre aspetos essenciais que precedem o investimento.
Assim, na medida em que o futuro de cada organização está estreitamente ligado ao
resultado da soma dos impactos de cada uma das decisões, também os instrumentos que
permitem uma tomada de decisão informada são crescentemente estimados, mas é sobretudo
necessário criar conhecimento pertinente para suportar os mais processos de decisão (Cody
et al., 2002).
O ambiente de sistemas de informação nas organizações compreende atualmente
vários sistemas que assentam as mais diversas informações e atividades, criando e guardando
uma crescente qualidade de dados oriundos de fontes internas e externas à organização.
Torna-se substancial organizar e trabalhar estes dados para que se transformem em
informação importante, gerando valor para a organização através do suporte à tomada de
decisão, por exemplo: quais os países a internacionalizar os serviços/produtos, qual é a
melhor estratégia a ser seguida, qual o público-alvo (Cody et al., 2002)
Por conseguinte, todas as decisões são fundamentadas num conjunto de informação
que está disponível no processo de tomada de decisão, algo que faz depender a decisão final
das peculiaridades da informação que lhe serviu de input. Informação com insuficiente
qualidade não produzirá uma decisão adequada que, quando aplicada, produza os resultados
expectáveis.
Para Braga (2000) a empresa que quiser operar em um mundo global está em estado
de "necessidade de informação" perpétuo, a vários níveis, pelo que a informação constitui o
apoio de uma organização e é um elemento fundamental e imprescindível à sua existência.
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 4
A concordância deste papel, pelos diretores de uma organização, pode ser um facto decisivo
para se atingir uma situação de excelência: quem dispõe de informação de boa qualidade,
fidedigna, em quantidade adequada e no momento certo, adquire vantagens competitivas
mas a falta de informação dá azo a erros e á perda de oportunidades.
A informação tornou-se tão importante que Drucker (1993 a,b) defende o primado
da informação como a base e a razão para um novo tipo de gestão, em que a curto prazo se
perspetiva a troca do binómio capital/trabalho pelo binómio informação/conhecimento como
fatores determinantes no sucesso empresarial. Caminha-se para a sociedade do saber onde o
valor da informação tende a suplantar a importância do capital. A informação e o
conhecimento são a chave da produtividade e da competitividade.
A qualidade da informação é tão necessária e impreenchível na tomada de decisões
pelos gestores, como na elaboração de um plano de negócio que irá pressupor uma
investigação e apresentação de aspetos importantes, como análise do mercado, análise
externa tendo em consideração o meio envolvente contextual, transacional e análise
concorrencial, e uma análise interna onde se destacam os recursos, as competências, o
marketing e a análise SWOT (Strenghts: força ou pontos forte; Weaknesses: franquezas ou
pontos fracos; Opportunities: oportunidades; Threats: ameaças), análise de qual estratégia é
mais adequado ao tipo de negócio da empresa.
O estudo desta análise é relevante porque demonstra a capacidade do negócio perante
a realidade e as complexidades que terá que superar, logrando, desde modo, planear com
antecedência uma resposta célere às adversidades do mercado. Além desses aspetos
importantes a ser analisadas, é importante que seja feita uma análise de sensibilidade.
Para complementar o projeto de investimento, será necessário realizar um plano de
negócio, de forma mais exequível possível, pois qualquer tomada de decisão baseada nesse
diagnóstico, irá refletir em todo o processo de desenvolvimento e implementação da
estratégia definida por esse estudo (Oliveira, 2007). A incerteza das mudanças do meio
envolvente ao longo tempo, torna o diagnóstico estratégico um documento orientador,
concernindo ao gestor seguir o plano ou perfilhar estratégias alternativas, mais adequadas às
novas oportunidades.
O objetivo deste trabalho é realizar um projeto de investimento que integra um plano
de negócio para a empresa cliente da empresa de acolhimento a Globalseven, para que a
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 5
mesma possa concorrer ao fundo perdido comunitário, designado de sistema de incentivos à
qualificação e internacionalização, pelo programa Portugal2020.
1.2 Problemática
Para muitas pequenas e médias empresas (PME), as fronteiras nacionais ainda
representam uma barreira significativa à expansão das suas atividades e ainda dependem em
grande parte, ou exclusivamente, dos respetivos mercados nacionais. As estimativas atuais
indicam que são mais de um milhão de PME no território português (INE, 2014), das quais,
poucas apostam na internacionalização. Assim, essas empresas recorrem a serviços de
consultoria, que possam projetar um caminho menos turbulento e realizam um plano de
negócio baseado em informações fidedignas, por forma a corresponder as espectativas e
definir uma estratégia a fim de apurar a sua viabilidade.
Para que o plano de negócio e o estudo de viabilidade do projeto possam ter os riscos
analisados e mitigados são necessários responder as seguintes perguntas:
Qual segmentação e posicionamento do mercado?
Quais ferramentas estratégicas utilizadas na elaboração do plano de negócio?
Para quais mercados internacionalizar seus serviços e/ou produtos?
Quais são seus concorrentes?
É viável o projeto?
Acredita-se que no final desde relatório de estágio se possa mostrar a elaboração de
um plano de investimento e um plano de negócio, para que seja retrata a viabilidade
económico-financeiro, aos projetos de internacionalização e qualificação para empresa
cliente da empresa de acolhimento Globalseven.
1.3 Âmbito e Objetivos
No âmbito do protocolo de estágio realizado entre o IPS (Instituto Politécnico de
Setúbal), através da Escola Superior de Ciências Empresariais, e a empresa de acolhimento
Globalseven, relativo à unidade curricular de dissertação, projetos ou relatório de estágio foi
redigido o presente relatório de estágio que tem como objetivo geral descrever a importância
da informação na realização de um projeto de investimento empresarial e na análise da sua
viabilidade económico-financeira. Como ficou dito na introdução trata-se da empresa “JCS”.
É também importante analisar a qualidade da informação de forma a perceber os impactos
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 6
que terá na tomada de decisão. Sendo assim são os seguintes objetivos específicos do
trabalho:
Apontar a importância da informação como recurso chave para a tomada de decisões;
Analisar o contexto interno da empresa, para que esta possa conhecer as suas
vantagens e desvantagens em relação aos concorrentes;
No final deste relatório de estágio, espera-se culminar com a execução dos objetivos
gerais e específicos acima expostos.
1.4 Metodologia
Identificar a melhor estratégia metodológica para qualquer trabalho de pesquisa que se
tenciona fazer é um passo introdutório de grande relevância no sentido de assegurar o êxito
dos objetivos pretendido.
Sendo assim, nas pesquisas exploratórias, de acordo com Gil (2002, p. 41) estas
“pesquisa tem como finalidade proporcionar maior familiaridade com o problema, com vista
a torná-lo mais explícito”. Por ser uma pesquisa bastante singular, pode afirmar-se que adota
uma forma de um estudo de caso, sempre de acordo com outras fontes que permitirá ter uma
base do assunto abordado, como é o caso da investigação bibliográfico, entrevistas com
pessoas que estão dentro do assunto abordado, Gil (2002).
De acordo com Mattar (1993), a pesquisa exploratória, os métodos que são usados, são
extensos e versáteis. Os métodos adotados abrangem: pesquisas em fontes secundárias,
pesquisas de experiências, análise informal e os estudos de casos escolhidos.
Para Lakatos & Marconi (2003) coletas de dado é uma técnica que engloba um
conjunto de normas ou procedimentos utilizados por uma ciência, sendo que essa, refere-se
na verdade a prática da coleta de dados.
No que diz respeito ao método para realizar do estudo de casos, Gil (2002, p. 54),
explica como as suas principais características, “consiste no estudo profundo e exaustivo de
um ou poucos objetos, de maneira que permita o seu amplo e detalhado conhecimento”.
Acerca da utilidade do estudo de caso, esse mesmo autor, assegura que, devido exatamente
à sua flexibilidade, ele é muito indicado nos casos de pesquisa exploratória a fim de se
permitir a construção de hipóteses ou a reformulação do problema, mas também tem intensa
aplicação nos casos onde o objeto de estudo já por demais conhecido e descrito, de forma
que pode ser enquadrado num determinado ideal.
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 7
Segundo Marconi & Lakatos (2003, p. 183), a pesquisa bibliográfica pertinente
“oferece meios para definir, resolver, não somente problemas já conhecidos, como também
explorar novas áreas onde os problemas não se cristalizaram suficiente”, assim permite ao
pesquisar abranger uma série de aspetos muito mais abrangente do que se escolhesse por não
a fazer.
Para a elaboração desse trabalho académico, foram realizadas entrevistas informais
com o sócio-gerente da empresa cliente, além da recolha de informações e pesquisa
documental. De acordo com Yin (2010), o estudo de caso é uma investigação empírica, que
engloba um método que inclui uma abordagem específicas de coletas e análise de dados,
contestando as questões de “como” ou “por quê”, a que outras metodologias de investigação
quantitativas não poderiam dar resposta e sua abordagem é no âmbito das ciências sociais.
1.5 Estrutura do Relatório de Estágio
O presente documento está estruturado em cinco capítulos. No primeiro capítulo,
Introdução, pretende apresentar-se o trabalho nas suas vertentes de composição e conteúdo,
problemática, bem como âmbito e objetivos do relatório de estágio. E ainda é apresentado a
metodologia subjacente à realização do trabalho.
O capítulo 2 destina-se ao Enquadramento Teórico, relaciona o estado da arte com
o tema trabalhado. É objetivo abordar a temática, recorrendo à definição e opiniões de
autores reconhecidos, nomeadamente em análise de investimento de projeto, análise interna
e externa da empresa em estudo.
No terceiro capítulo, Caracterização da Organização, apresenta-se a empresa na qual
o trabalho de estágio curricular foi desenvolvido, Globalseven, mencionando basicamente
às atividades da empresa e uma breve caracterização dos ativos, SI/TIC.
O quarto capítulo refere-se à Descrição das Atividades Desenvolvidas, apresentando
uma introdução das atividades desenvolvidas, análise interna, análise concorrencial, análise
da segmentação, análise externa, formulação da estratégia, plano de investimento, e por fim,
um estudo de viabilidade económico-financeira.
As Conclusões e perspetivas de trabalho futuro, surge o capítulo 5, resulta-se de
uma ponderação sobre o tema apresentado, em forma de conclusão.
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 8
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 9
2 Enquadramento Teórico
Neste capítulo é feito o enquadramento teórico das temáticas consideradas no estudo,
nomeadamente, o valor da informação, estratégia e gestão estratégica, plano de negócios e
as etapas que o compõem e, por fim, projeto de investimento.
2.1 Informação e o seu Valor
O conceito de informação deriva do latim e significa um processo de comunicação ou
algo relacionado com comunicação (Zhang, 1988), mas na realidade existem muitas e
variadas definições de informação, cada uma complexa que outra.
Para Oliveira (2005, p. 36) a informação é “ o dado trabalhado que permite ao
executivo tomar decisões, podemos ainda considerar a informação como “um processo que
visa o conhecimento, ou, mais simplesmente, informação é tido o que reduz a incerteza…Um
instrumento de compreensão do mundo e da ação sobre ele” (Zorrinho, 1995).
A informação tornou-se uma necessidade crescente para qualquer setor da atividade
humana, e é-lhe imprescindível, mesmo que a sua procura não seja organizada ou
sistemática, mas resultante apenas de decisões pormenorizadas e/ou intuitivas.
No que diz respeito ao valor da informação, é imperativo elucidar critérios capazes de
quantifica-los, o que não é uma tarefa simples. Uma das maneiras é efetuada por meios dos
juízos de valor, que, apesar de serem indeterminados, consideram que o valor varia de acordo
com o tempo e entendimento. Podem, em certos casos, ser negativos, como acontece na
sobrecarga de informação. Sob esta perspetiva, o valor da informação pode ser classificado
nos seguintes tipos (Cronin, 1990 apud Moresi 2000):
Valor de uso: fundamenta-se na utilização final que se fará a informação;
Valor de troca: é aquele que o utilizador está preparado para pagar e mudará de
acordo com as leis de oferta e demanda, podendo também ser designado de valor de
mercado;
Valor de propriedade: que repercuti o custo substitutivo de um bem;
Valor de restrição: que surge no caso de informação confidencial ou de interesse
comercial, quando o uso fica restrito apenas a algumas pessoas.
Algumas vezes não é factível quantificar o valor da informação estabelecendo uma
equivalência a uma quantia em dinheiro. Por ser um bem abstrato e impalpável, o seu valor
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 10
estará ligado a uma conjuntura. Dessa maneira, os valores de uso e troca poderão ser úteis
na definição de uma provável importância monetária.
Sob a ótica de quantificar o valor da informação, para os autores Jonh, Bruch & Stater
(1974), esse valor variará conforme:
Acessível: disponibilidade e rapidez com que se pode obter;
Compreensível: refere-se ao conteúdo, à facilidade de interpretação e utilização;
Precisa: grau de fiabilidade;
Adequada: forma como a informação se adequa ao pedido do utilizador, quanto mais
a sua forma se aproximar dos requisitos do recetor, mais o seu valor aumenta;
Atual: atributo relacionado com a sua oportunidade temporal;
Clara: refere-se ao grau de inexistência de ambiguidade;
Flexível: diz respeito à adaptabilidade a diferentes situações e utilizadores;
Verificável: refere-se à possibilidade de diversos utilizadores examinarem a mesma
informação e chegarem à mesma conclusão;
Influenciável: está relacionado com a vulnerabilidade à intenção de alterar ou
modificar a informação, de modo a chegar a uma conclusão preconcebida;
Quantificável: refere-se ao seu aspeto formal, embora rumores e conjeturas, sejam
considerados informação, estão fora do limite da nossa preocupação;
Posse: o seu detentor afeta significativamente o seu valor, controlando a sua
disseminação.
A título de exemplo, uma empresa que atua no mercado financeiro terá grande
interesse em informações relativas a gestão de ativos e passivos de um determinado setor de
atividade. Esta empresa, possivelmente, irá disponibilizar recursos na busca metódica deste
tipo de informação, que será utilizada na determinação de indicadores que fundamentarão
decisões sobre o tipo de investimento a ser realizado, caracterizando a importância dos
valores de uso e de troca. Argumentando que, a partir delas, poderá obter algum tipo de
vantagem competitiva ou de diferencial de mercado, estas informações adotarão um valor
de restrição, para que possa preservar o sigilo do risco.
Sob outra perspetiva, uma instituição governamental ou não que realiza censos
demográficos, de estilo de vida ou algum outro tipo de pesquisa dessa categoria, deverá
manter, por razões legais, a guarda de dados e séries de históricos sem que haja expressa
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 11
intenção de exploração ou de uso do mesmo para outros fins. Neste caso, a informação terá
um valor de propriedade.
É primordial perceber a informação pertencendo a dois domínios (Van Wegen e De
Hoog, 1996 apud Moresi. 2000, p. 17). O primeiro domínio deve atender às necessidades de
uma pessoa ou de um grupo. Nesse caso, a informação tem que estar disponível à pessoa ou
grupos corretos, na hora certa e no local exato, na forma correta. O segundo domínio é o da
organização, que adiciona questões a respeito da determinação do valor da informação, onde
o valor da informação está relacionado ao seu papel no processo de tomada de decisão. É
importante considerar que o produto informacional como um todo também agrega valor a
outras atividades no processamento da informação.
Ainda, é importante salientar que poucas decisões são baseadas em informações
perfeitas sendo que, muitas vezes, estas são insuficientes, incompletas e não fidedignas. O
valor da informação é uma função do efeito que ela tem sobre o processo de tomada de
decisão, que resultará numa mais adequada e, por isso, melhor decisão, garantindo um
melhor desempenho para a conquista dos objetivos.
2.2 Gestão da Informação nas Organizações
É notório, na atualidade, que nada poderia operar sem uma quantidade significativa de
informação como elemento que move os fenómenos sociais e que é por eles impulsionada.
Pessoas e organizações públicas ou privadas – dependem da informação em seus processos
de tomada de decisão. Todavia, para ser aproveitada estrategicamente, é essencial que a
informação seja utilizada a favor da continuidade e competitividade organizacional.
A gestão da informação deve assentar no desenvolvimento de uma estratégia que
envolva toda a organização, tendo principalmente em atenção os utilizadores, os recursos de
informação e a tecnologia apropriada disponível (Wilson, 1985, p. 65).
A partir da década de 1980, a gestão da informação inicia uma trajetória de crescente
importância na vida das organizações, importância que a coloca no mesmo patamar dos
demais trabalhos e processos, como a gestão de recursos humanos, a gestão de processos e
a gestão de negócios / empresarial. Assim, a gestão da informação passou a ser considerada
mais uma atividade essencial, como qualquer outro tipo de trabalho desenvolvido nas
organizações, sendo normalmente elucidada com uma ampla capacidade organizacional de
criar, manter, recuperar e tornar no mesmo instante disponível a informação correta, no local
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 12
certo, na altura certa e nas mãos da pessoa certa, ao mais baixo custo, no melhor suporte,
para a utilização na tomada de decisões (Davenport, 1997; Choo, 2003). Segundo Hinton
(2006) traduz-se também numa coordenação económica eficiente e efetiva da produção,
controlo, armazenagem, recuperação e disseminação da informação de fontes internas e
externas.
Relativamente ao papel importante da gestão da informação e a sua inserção na
estratégia organizacional, este revela-se um fator chave na criação de valor adicionado para
a empresa, pois ajuda a identificar novas oportunidades e criar vantagens competitivas e
proporciona defendê-la de ameaças provenientes da concorrência.
A gestão da informação é, então, uma atividade que tenciona regular a informação, as
Tecnologias da Informação e Comunicação (hardware + software + comunicações) e seus
respetivos utilizadores, por meio de aplicação de técnicas de gestão, para processar e
propiciar informação atualizada e pertinente, por meios eletrónicos ou não, em função das
necessidades dos utilizadores.
Visto por esse ponto, é relevante referir que é imprescindível para o gestor da
informação, pessoa que deverá ter a seu cargo a definição da estratégia de informação a
realizar, saber quais são os fins da organização, quais os seus objetivos e plano estratégico
(Ward & Griffiths, 1996), ou por outras expressões, qual é a estratégia de negócio da
organização, quais as suas metas para o próximo ano que tipo de problemas enfrenta
hodiernamente (Cleveland, 1985).
2.3 Projeto de Investimento
Um investimento é uma aplicação de fundos escassos que geram rendimento, durante
um certo tempo, de forma a maximizar a riqueza da empresa.
Enquanto aplicação de fundos que gera rendimentos, o projeto é um negócio para a
empresa, a qual decide ou não pela sua implementação, conforme a avaliação que dele faz
relativamente às alternativas de investimento e ao seu retorno.
Um projeto de investimento é concomitantemente uma ideia de um plano de negócios
previsional que propõe afetar recursos escassos a uma aplicação particular, de entre as
diferentes aplicações alternativas, com o objetivo de obter um rendimento durante um certo
tempo, que remunere adequadamente a aplicação
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 13
Segundo Barros (2007), um projeto de investimento é uma proposta de aplicação de
recursos escassos que possuem aplicações alternativas a um negócio, que espera-se, gerará
rendimentos durante um certo tempo, capazes de remunerar a aplicação.
O projeto de investimento é um conceito compreendido em duas perspetivas: enquanto
plano (intenção) de investimento e enquanto estudo (processo escrito) da intenção de
investimento (negócio). Como o estudo é a explicação no papel da intenção de investimento,
as duas perspetivas são similares, sendo reunidas no portfólio do projeto de investimento.
Enquanto plano de investimento, o projeto é uma proposta de aplicação de recursos escassos
que possuem aplicações alternativas a um negócio, que espera-se, gerará rendimentos
futuros durante um tempo, capazes de remunerar a aplicação. Por outras palavras o plano de
investimento consiste num “conjunto de ações elementares ordenadas, revestindo um caráter
de transitoriedade e consumindo recursos relevantes e cuja realização deve originar uma
mudança para a situação qualitativa e quantitativamente superior” (Marques, 2006).
Para Moutinho & Mouta (2004) a definição da implementação de um projeto de
investimento irá se sujeitar se o valor gerado será superior ao investido, sendo tomada no
momento inicial. Segundo o Decreto-lei 132/83 projeto de investimento, ou só projeto, é a
proposta de aplicação de recursos em ativo fixo corpóreo adicional, que afete a produção em
quantidade ou custo, e o acréscimo em fundo de maneio associado àquela aplicação.
Para a elaboração de um projeto de investimento completo, fiável e objetivo, este deve
ser constituído por um plano de negócios e um estudo de viabilidade económico-financeiro.
A estrutura ideal de ambos irá variar consoante o setor onde a empresa está inserida, bem
com os principais objetivos, que o investimento a realizar contempla.
2.3.1 Plano de Negócios e Estudo de Viabilidade Económico-Financeira
O plano de negócios é um documento formal escrito e único que deve refletir a
realidade, as perspetivas e a estratégia da empresa, segundo Pavani, Deutscher & López
(2000). Para os autores, o plano de negócios faculta a conjuntura de raciocinar e corroborar
num único documento todas as questões que correspondem ao rumo da empresa.
O conceito do plano de negócios remete para um mapa de um empreendedor para o
sucesso da empresa Kuratko & Cirtin (1990, p. 24). O desenvolvimento da estrutura e
estratégia de um novo negócio, que tenha a capacidade de se desenvolver, tornar-se
competitivo e ser rendável, reside num processo extremamente complexo. O circundar de
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 14
uma ideia de negócio rendável está articulada a um processo criterioso de definição de
métodos e metodologias, planeamento estratégico, capacidade de gestão e perfil do
empreendedor. Toda essa diversidade está interligada entre si, procurando explorar uma
oportunidade rentável de negócio, em que o conhecimento profundo do mercado é
imprescindível, sendo o princípio base para o estabelecimento de um novo negócio. A
necessidade de uma interligação entre as diversidades, especialmente a associação entre o
planeamento estratégico e toda a envolvente da gestão da empresa, é o ponto de partida para
a sua criação.
Para Schilit, (1987) o plano de negócios deve ser bem estruturado, sem excessos de
otimismo e orientado para o futuro. Para preparar um plano de negócio é primordial ter em
consideração a análise estratégica e financeira do projeto. Segundo Williams et al., (2002) e
Mclaughlin (1995) o plano de negócio é um documento de grande relevância, fonte de
informação para a elaboração do planeamento estratégico.
A análise estratégica é estruturada através do planeamento estratégico, que apresenta
a análise externa (indústria) e interna (empresa). A análise externa apoia-se na análise do
meio envolvente contextual, da análise do meio transacional, na análise de mercado e na
análise da indústria. A análise interna aponta os recursos e elabora uma análise SWOT.
Relativamente à análise financeira, esta é elaborada com base no plano económico-
financeiro que, por sua vez, abrange o plano de investimento, o de financiamento, as
demonstrações financeiras ao nível da previsão, e a avaliação do projeto sustentado em
modelos financeiros de avaliação de projetos. Contudo, a avaliação de projetos não deve ser
apenas suportada por questões financeiras, uma vez que deverá ter em consideração outras
dimensões para a realização dessa avaliação, nomeadamente a dimensão estratégica,
comercial, política, social e ambiental, entre outras. Conforme Moutinho & Mouta (2004) a
abordagem tradicional na avaliação de projetos de investimento apenas abrange questões
financeiras, subestimando quaisquer outros que possam influenciar a sua viabilidade.
Contudo, a tomada da decisão de investimento baseada apenas em critérios de âmbito
financeiro pode fomentar decisões inadequadas. Segundo Banker et al. (2002) a utilização
de indicadores não financeiros pode permitir a previsão de uma melhor performance
financeira a longo prazo, com mais relevância do que os atuais indicadores financeiros,
porque podem auxiliar os gestores na tomada de decisões de longo prazo e na sua visão de
negócio. As conjunturas utilizadas nos critérios de avaliação são otimistas, pelo que é
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 15
relevante fazer uma análise externa para entender melhor os fatores não financeiros que
podem influenciar diretamente na tomada de decisão, segundo Pruitt e Gitman (1987).
Após uma análise conjunta das dimensões de caráter financeiro e não-financeiro
poderão ser tomadas decisões com menor índice de incerteza de risco. Os fatores não
financeiros são de enorme importância neste contexto. Para Ho e Pike (1992) os gestores
devem atribuir uma importância idêntica aos métodos quantitativos e aos aspetos não
qualitativos. Segundo Meredith & Mantel (2000) recomendam que a informação
diversificada é indispensável para que a tomada de decisão seja apoiada numa análise ampla
e apontam uma lista de fatores de marketing, financeiros, produção, administrativos e
recursos humanos que devem ser ponderados no seu todo.
2.3.2 Etapas na Preparação do Plano de Negócios
A preparação de um Plano de Negócios contempla as seguintes etapas:
Análise Externa (Meio Envolvente Contextual e Transacional);
Análise do Setor / Indústria;
Análise Interna (Empresa);
Análise Estratégica (SWOT; Adequação estratégica; Estratégia Corporativa;
Estratégia de Negócio).
Desta forma, neste plano será desenvolvida a análise externa, que identifica elementos
como o meio envolvente contextual e transacional, indústria e do mercado e análise interna
pretende integrar os elementos como os recursos humanos, identificam-se as competências
e elabora-se a análise SWOT e para complementar o plano de negócio elabora o Marketing
Mix e a Formulação Estratégica. Como complemento é apresentado um plano de
investimento e um estudo de viabilidade económico-financeiro.
1.4 Estratégia
Reis (2000) defende que a estratégia reside na construção de uma base de raciocínios
capaz de absorver, transformar e adequar-se nas mudanças que vão surgindo. Para o autor
mencionado anteriormente, a estratégia compreende um conjunto de decisões que visam
orientar a empresa em alcançar os seus fins. Para o autor Freire (1997), o planeamento
estratégico divide-se em três momentos: a análise estratégica, a formulação da estratégia e a
organização e implementação da estratégia. Na análise estratégica, introduz-se o pensamento
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 16
estratégico, que compara e analisa o meio envolvente e a empresa, a formulação da estratégia
identifica a missão, os objetivos e estratégias. A organização e implementação da estratégia
devem ter em consideração a estrutura organizacional e a política de gestão da empresa.
Suscitar atitudes e comportamentos positivos ajuda a empresa a alcançar os seus objetivos e
metas. Segundo Reis (2000), a estratégia aponta as seguintes vantagens:
A formulação estratégica auxilia na definição da cultura e objetivos corporativos e
no alinhamento estratégico;
As decisões estratégicas decididas em grupo são, possivelmente, as mais sensatas
entre as alternativas possíveis;
A participação dos colaboradores, na formulação da estratégia, aperfeiçoa e melhora
a sua perceção da relação produtividade/salário, em cada plano estratégico,
aumentando assim a sua motivação;
A Formulação estratégica clarifica a delimitação de tarefas.
Reis (2000) aponta três tipos de consequências negativas para as quais os gestores
devem estar preparados. Um dos apontamentos remete ao facto de que os gestores se
envolvem demasiadamente nos assuntos operacionais, reservando pouco tempo para as
atividades estratégicas. Além disso, se os que formulam a estratégia não estão
completamente envolvidos na sua implementação, não podem contestar qualquer
responsabilidade na execução das decisões tomadas. Por último, os gestores devem estar
preparados para antecipar e responder à deceção dos colaboradores quando as expectativas
não são atingidas.
O pensamento estratégico deve sempre preceder a idealização do planeamento
estratégico que, de início, possibilitará que a empresa alcance o êxito, antecedendo e
cooperando para a formulação da estratégia.
Para Reis (2000), após a definição da formulação estratégica é necessário recorrer ao
planeamento estratégico, onde são definidos os objetivos estratégicos da empresa. Faz-se
então, a identificação das oportunidades e ameaças do ambiente externo, tal como, a
constatação dos pontos fortes e fracos da empresa para que, das várias alternativas
estratégicas possíveis, se escolha a que parece ter mais probabilidade de conduzir a empresa
ao êxito – tal orienta à criação do plano estratégico. Após a formulação estratégica, é
necessário que a mesma seja implementada na empresa. Para o autor, o plano estratégico
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 17
deve constituir um documento esclarecedor, simples, sintetizado, onde fica expresso e
estruturado o pensamento estratégico. O pensamento e o planeamento estratégico têm que
estar interligados, já que o pensamento estratégico sem planeamento estratégico origina
gestão por intuição, o que conduz ao risco de focalizar excessivamente a solução num único
aspeto do problema. No que lhe concerne, o planeamento estratégico sem pensamento
estratégico pode levar à inaptidão de análise, à inflexibilidade do processo de planeamento,
à falta de visão e criatividade e à restrição de empenho.
As ferramentas do planeamento estratégico segundo Freire (2003, p. 30) “são usadas
com frequência para eliminar a subjetividade e a intuição da formulação da estratégia”.
Tendo os fundamentos da estratégia definidos torna-se indispensável determinar qual a
melhor metodologia para nortear a sua formulação. Para essa análise, as empresas perfilham
algumas ferramentas de planeamento estratégico, como a análise SWOT, que proporciona
uma análise dos pontos fortes (Strenghts) e fracos (Weaknesses) e as oportunidades
(Opportunities) e ameaças (Threats) de um negócio; as 5 forças de Porter, onde se realiza
uma análise mais abrangente da concorrência; assim como a matriz Boston Consulting
Group (BCG) – Cash- Cows, Stars, Question Marks e Dogs, um método eficaz de se analisar
o ciclo de vida de um produto ou serviço, desempenhar a gestão de marcas, montar planos
estratégicos, ou até mesmo uma estratégia de vendas. Para o autor, o objetivo do
planeamento estratégico é orientar a empresa ao sucesso, integrando-a no meio envolvente.
Todo este processo passa pela seleção dos objetivos, determinação das políticas,
identificação das oportunidades e ameaças do meio envolvente, identificação dos pontos
fortes e fracos da empresa, o que aglutina forças e mobiliza a empresa como um todo, em
direção ao sucesso ao selecionar as melhores alternativas para as operacionalidades da
estratégia.
A criação de uma estratégia deve ser um ato formal e consciente. Porém, essa criação
deve ser completa e nítida. A construção do plano de estratégico deverá ser realizado pelos
gestores de topo, sendo muito importante a sua participação no processo de criação e
supervisão do plano estratégico. O pensamento estratégico não termina na criação da
estratégia, na adaptação ao meio envolvente, mas exige sim, uma atitude estratégica
moldável por parte de todos os membros da empresa, com vista à identificação constante de
novas oportunidades de empreendimento. O plano estratégico deve apoiar-se nas
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 18
ponderações dinâmicas dos seus membros para definir, de uma forma clara e concisa, uma
orientação estratégica consensual para o futuro da empresa.
2.3.2.1 Análise Externa
De acordo com Freire (1997), a análise externa emerge da necessidade da empresa
identificar elementos oriundos do mercado e do meio envolvente, averiguando as principais
perspetivas de evolução do mercado em que a empresa opera. A identificação das
oportunidades externas que podem constituir ameaças à empresa é um processo
fundamental, de modo a mitigar todos e quaisquer riscos que estão fora do seu controlo. Esta
identificação permite, por outro lado, avaliar as reais oportunidades para a empresa, e
delinear estratégias que se possam transformar em oportunidades de negócio.
O autor Freire (1997) entende que o meio envolvente abrange o ambiente externo em
que a empresa está inserida e no qual realiza as suas atividades, persuadindo deste modo os
seus comportamentos. A vida da empresa é influenciada pela multiplicidade de aspetos que
o meio envolvente exibe, sejam eles políticos, económicos, sociocultural, tecnológico,
ambiental e legal.
Para uma melhor compreensão do meio envolvente, segundo Freire (1997), deve ser
feita uma análise do meio contextual, comum a todas as organizações, e o meio envolvente
transacional. O meio envolvente contextual mostra uma análise mais ampla, que se aplica se
de uma forma transversal a todas as empresas, enquanto o meio envolvente transacional
incide sobre a indústria.
2.3.2.2 Análise do Meio Envolvente Contextual
Esta análise possibilita identificar fatores que condicionam as atividades da empresa
num cenário macro ambiental. Para a caracterização do meio envolvente contextual foi
utilizada a análise adotada por Scholes & Johnson (1997), de modo a analisar o contexto
externo da empresa. Através dessa técnica de análise é possível estudar as variáveis do meio
envolvente contextual a nível económico, sociocultural, político-legal, tecnológico e
ambiental, possibilitando ter uma análise global. De acordo com autor Scholes e Johson
(1997):
Contexto Económico: análise de indicadores económicos que possam afetar a perspetiva
do negócio e a rentabilidade da empresa. A taxa de inflação e a taxa de juros são
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 19
igualmente variáveis do contexto económico que influenciam as decisões empresariais. O
contexto económico de qualquer empresa inclui ainda variáveis adicionais como a taxa de
câmbio, a taxa de desemprego, a balança comercial, os custos energéticos e a taxa de
poupança;
Contexto Sociocultural: retrata estilos de vida, em Portugal ou em outros países
desenvolvidos. Refere-se também aos padrões de consumo ou mesmo à inserção
das mulheres no mercado de trabalho. Os valores sociais constituem uma fonte de
novas oportunidades, em especial, a crescente preocupação com a proteção do meio
ambiente. Fatores demográficos como a taxa de natalidade ou a estrutura etária da
população constituem variáveis adicionais do contexto sociocultural que as
empresas devem ter em consideração. A Taxa de analfabetismos, a distribuição
geográfica da população, o nível educacional e a composição ética da população,
todos esses fatores podem influenciar o desempenho das empresas;
Contexto Político-legal: designa um grupo de variáveis que intervém no
desempenho da atividade, através dos princípios legais políticos, ajustando a
alocação de poder. A estabilidade política é um dos principais fatores do contexto
político-legal, porque condiciona o investimento pelos agentes empresariais. A
adoção de políticas económicas liberais tende a contribuir para a conceção a longo
prazo de novas empresas e de mais empregos. O enquadramento legal é um fator
adicional a ter em consideração na análise do contexto político-legal. Legislação
laboral, restrições ao comércio, legislação anti monopólio e a prática de lobbying
são algumas variáveis adicionais do contexto Político-legal;
Contexto tecnológico: incorpora em um grupo de variáveis que influenciam no
funcionamento e na atividade de uma empresa, traduzindo o progresso tecnológico
da sociedade, condicionando a novas tecnologias, novos procedimentos, avanços
na ciência, políticas de qualidade, certificação, influenciando o desempenho e
atividade da empresa;
Contexto Ambiental: composto por variáveis do contexto ambiental caracterizadas
por proteções ambientais e políticas e fomentos governamentais. Os fomentos
governamentais têm o objetivo de equipar as empresas com novas tecnologias para
que as mesmas apostem na certificação ambiental.
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 20
2.3.2.3 Análise do Meio Envolvente Transacional
Em oposição à análise macro ambiental anteriormente, a análise do meio envolvente
transacional abrange a nível micro ambiental, mostrando os elementos que se correlacionam
na indústria onde a empresa atua. Os principais elementos que compõem o meio ambiente
transacional das empresas são os clientes, os concorrentes, os fornecedores e a comunidade
(Freire, 1997)
Clientes: Considera Freire (1997) que os clientes apresentam geralmente
características distintas, conforme os seus objetivos, necessidades e padrões de
consumo, sendo primordial identificar com exatidão a natureza e comportamento
dinâmico dos vários segmentos do mercado. Constata ainda que a segmentação de
mercado pode-se recorrer aos critérios genéricos: quem compra o quê, para quem,
quando, onde, porquê e como.
Concorrentes: são concorrentes atuais e potenciais dos produtos/serviços aqueles
que satisfaçam as mesmas necessidades do mercado. Para Freire (1997) a recolha e
tratamento de informação sobre os concorrentes diretos de uma empresa tem dois
objetivos: possibilitar a curto prazo, a comparação sistemática dos indicadores
comuns de desempenho económico; a médio prazo remete para a fiabilidade das
previsões sobre o comportamento futuro dos competidores, consentindo, desse
modo, a celeridade da resposta às alterações do mercado e dos concorrentes.
Fornecedores: Segundo Freire (1997), os fornecedores são todos os agentes
económicos que prestam serviços ou fornecem bens indispensáveis ao exercício da
atividade numa determinada indústria. Por conseguinte, deve-se analisar todo o tipo
de fornecedores de produtos e serviços requeridos por uma indústria, mantendo uma
perspetiva alargada dos inputs requeridos pelas empresas, por forma a identificar
com rigor as tendências nos diversos mercados a montante da indústria.
Comunidade: organizações não devem ser analisadas fora do contexto da
comunidade em que se insere. Nesta interpretação e citando Freire (1997, p. 77) “a
análise da comunidade deve ainda incidir sobre a atuação de outros agentes e grupos
de interesse de carácter nacional ou internacional, como o governo, as associações
sindicais e patronais, as organizações ambientais e de defesa do consumidor ou as
associações industriais, na medida em que possam influenciar, direta ou
indiretamente, a evolução dos mercados e das indústrias em que a empresa atua”.
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 21
2.3.2.4 Análise da Indústria
A análise da indústria permite compreender a potencialidade de uma empresa em
relação à sua entrada no novo mercado. Através de uma análise particular do setor é possível
avaliar as suas condicionantes e atratividade permitindo à empresa a sua ambientação e
consolidação no setor. Um método de análise da atratividade de uma indústria compreende
o modelo das cinco forças idealizada por Porter (1996), possibilitando numa avaliação
qualitativa dessas forças, comportando num recurso fundamental para a análise do setor.
2.3.2.4.1 Modelo de cinco forças competitivas de Porter
Porter (1999) explica que o nível de rivalidade e de oportunidade de indústria
dependem de um conjunto de fatores. O autor propõe um modelo de análise de cinco forças
capazes de influenciar o comportamento de uma empresa. De acordo com esta ferramenta, a
atratividade é o modelo das cinco forças competitivas de Michael Porter, em que da sua
análise e corelação, permitirá a empresa encontrar uma posição dentro da indústria que a
permite defender-se melhor dessas mesmas forças ou influenciá-las a seu favor (Porter, 1999.
P.28). Este modelo avalia a natureza e a intensidade das forças competitivas, conforme a
Figura 1.
Figura 1- Forças que governam a competição num setor
Fonte: “Competição: Estratégias competitivas essenciais”, Porter 1999:28
Esta análise estratégica consiste em avaliar as decisões estratégicas conduzidas pela
empresa para alcançar o seu objetivo, ser competitiva por via do aumento da sua
rentabilidade, sendo que, ao nível das cinco forças de Porter. A empresa é mais bem-sucedida
quanto mais competitiva for.
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 22
2.3.2.5 Análise do ciclo de vida da Indústria
Segundo Freire (1997, p. 89) “ao longo do ciclo de vida de uma indústria, as vendas
totais dos concorrentes costumam atravessar quatro fases distintas: introdução,
crescimento, maturidade e declínio”. A Figura 2 retrata esse ciclo.
Figura 2- Fases do Ciclo de Vida da Indústria
Fonte: Adaptado “Estratégia: Sucesso em Portugal”, Freire 1997:89
Para Freire (1997, p.89) “a fase da introdução assinala-se por poucas empresas a
atuarem no mercado, a maioria dos consumidores ainda desconhece as características e
benefícios dos produtos e as vendas crescem vagarosamente.”
Na fase crescimento o “número de concorrentes e de consumidores aumenta bastante,
existem instabilidade crónicas entre a oferta e a procura e, por esse motivo, as vendem
crescem rápida, mas oscilante”, (Freire 1997, p. 89).
Em relação a fase da maturidade, “o ritmo de crescimento das vendas atenua, a
intensidade competitiva aumenta e os concorrentes procuram consolidar as suas quotas de
mercado”, (Freire 1997, p. 90).
Na última fase do ciclo de vida da indústria, o declínio regista uma diminuição das
“vendas globais do setor, existe excesso de capacidade e vários competidores começam a
abandonar a indústria”, (Freire 1997, p. 90). Freire (1997, p. 90) refere que “nas fases de
introdução e declínio, a estrutura da indústria é muito variável, dependendo dos fluxos
irregulares da procura e da oferta. Nas fases de crescimento e maturidade a generalidade dos
setores apresenta uma natureza concentrada ou fragmentada por longos períodos de tempo,
assim, de acordo com a evolução no ciclo de vida, cada negócio tende a assumir as
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 23
características de quatro estruturas de indústrias”. De acordo com o autor anteriormente
citado, existem quatro estruturas indústrias específicas, demostrado na Figura 3.
Figura 3- Evolução da Estrutura da Indústria
Fonte: Adaptado de: Estratégia: Sucesso em Portugal”, Freire 1997:90
Indústria Emergente: “O setor começa a desenvolver-se a atrair novas empresas,
podem originar de inovações tecnológicas, mudanças na estrutura de custos, alterações
sociais ou económicas do meio envolvente” (Freire, 1997, p.90).
Indústria Fragmentada: “O setor está estabelecido, poucas empresas detêm uma
quota de mercado significativa e nenhuma pode influenciar a evolução da indústria. As
Indústrias fragmentadas podem ter origem em barreiras à entrada, economia de escala, custos
de transporte, entre outros” (Freire, 1990, p. 90).
Indústria Concentrada: “O setor está estabelecido, um reduzido número de empresas
detém uma quota significativa do mercado e pode influenciar a evolução da indústria. Para
as empresas que competem ou poderão vir a competir numa indústria concentrada, é
conveniente adotar alternativas estratégicas” (Freire, 1997, p. 90).
Indústria em Declínio: “O setor encontra-se em recessão e muitas empresas decidem
abandoná-la. O declínio da indústria pode ter origem na substituição tecnológica, em efeitos
demográficos, nas mudanças nos gostos e valores sociais “, (Freire, 1997, p. 90).
Dessa forma, antes de tomar decisões estratégicas, a empresa deve fazer uma análise
pormenorizada do ambiente e das suas capacidades internas para selecionar estratégias que
se adequem ao tipo de indústria e com a evolução que esta poderá sofrer.
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 24
2.3.2.6 Análise do Mercado
No planeamento estratégico, para além das análises do meio envolvente, a estrutura da
indústria e da sua atratividade, é essencial distinguir as principais conjunturas que necessitam
de ser satisfeitas para garantir o sucesso da empresa – os Fatores Críticos de Sucesso (FCS),
ou seja, as variáveis que oferecem mais valor aos clientes e que possibilitam uma distinção
face à concorrência.
Na análise de mercado umas das abordagens mais relevantes do plano de negócios,
mas também a mais difícil de compor pela sua complexidade e variedade, segundo Salim, et
al. (2005).
Conforme Freire (1997, p. 96) “os fatores críticos de sucesso têm origem a combinação
de características dos clientes com a natureza da concorrência”, para determinar os requisitos
para o sucesso num negócio, é conveniente começar por identificar os fatores-chave de
compra e de concorrência. Os fatores-chave de compra resultam da análise dos clientes
enquanto os fatores-chave da concorrência resultam da análise dos competidores. Através
do cruzamento destes dois fatores, resultam os denominados FCS.
Os FCS são aqueles fatores necessários para que a empresa cumpra com os seus
objetivos de longo prazo, para não ceder às forças do setor onde está inserida, indo também
de encontro à descrição das cinco forças de Porter. De acordo com este contexto, as empresas
mantêm a sua competitividade no setor onde se insere, diminuindo a concorrência ou, caso
seja inevitável, perspetivando uma possível alteração de setor, sendo ao FCS ponderados,
neste contexto, como barreiras que conferem à empresa uma vantagem competitiva ou um
elevado nível de performance que, não dando uma vantagem distinta, consentem que a
empresa possa apresentar uma oferta mais genérica de resultados de acordo com os seus
objetivos. Todavia, a diminuição no nível de performance ou degradação da manutenção dos
mencionados fatores, pode prejudicar a posição da empresa no mercado.
Para que o projeto tenha sucesso este depende da identificação e desempenho dos FCS,
sendo importante proceder à determinação desses fatores, o que pressupõe os seguintes
procedimentos: a recolha de informação, a identificação dos FCS do mercado, e a adequação
dos mesmos à realidade da empresa.
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 25
2.3.2.7 Análise Interna
A análise interna de uma empresa visa determinar e avaliar a capacidades, deficiências,
qualidades, forças ou fraquezas da mesma. A análise aos recursos da empresa é fundamental
pois permite realizar um diagnóstico da empresa, nomeadamente:
Nos recursos humanos deve-se analisar o número de colaboradores, perfil dos
colaboradores, as capacidades técnicas e científicas, capacidade de trabalho
individual ou em grupo, a qualificação dos colaboradores, entre outros.
Os Recursos financeiros permitem analisar a situação económico-financeira, no que
diz respeito às receitas, gastos e o nível de endividamento, o grau de liquidez e
solvabilidade. Freire (1997) considera que, para além disso, é necessário sondar a
situação financeira das organizações que se relacionam com esta, com os
fornecedores, clientes, parceiros de negócios e outros.
Os Recursos Organizacionais são recursos intangíveis que retratam o valor que a
empresa tem no mercado através da sua notoriedade, confiança dos parceiros
comercias e visibilidade.
Para Freire (1997) é conveniente que as empresas colaborem com outras empresas
no sentido de ampliar a capacidade dos recursos humanos, financeiros e organizacionais,
de modo, a fortalecer as suas posições competitivas com benefícios recíprocos.
2.3.2.8 Competências Centrais
As competências centrais são as capacidades mais relevantes que caracterizam a
empresa e que integram os fatores críticos de sucesso visando a satisfação das necessidades
dos clientes do setor.
Segundo Freire (1997), as organizações precisam de intensificar constantemente as
suas competências centrais de forma a assegurar a sua vantagem competitiva sobre a
concorrência, seguindo as evoluções do mercado e da concorrência, certificando assim um
progresso sustentável da empresa.
Nas competências centrais são identificados os recursos, onde a empresa é melhor ou
pior que os seus concorrentes, assim, a empresa pode distinguir e reforçar as áreas onde
possui uma desvantagem competitiva no mercado. A empresa precisa fazer uma comparação
constante com a concorrência para identificar os seus pontos fracos e fortes. Para o mercado,
um ponto forte é satisfazer melhor as carências dos clientes do que a concorrência, sendo
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 26
que, ao contrário, quando uma atividade não satisfaça as necessidades dos clientes, constitui-
se como sendo um ponto fraco da empresa. Os pontos fortes e fracos não provêm apenas da
qualidade e quantidade, sendo que, dois concorrentes com os recursos iguais podem ter
resultados distintos. Para que isso aconteça basta que um dos concorrentes tire melhor
aproveito das sinergias dos seus recursos o que poderá conduzir a um aumento de receitas e
uma diminuição de custos. A apreciação dos pontos fortes e fracos de uma empresa também
deve ter em ponderação a evolução das condições de atratividade, do ciclo de vida e da
estrutura da indústria.
2.3.2.9 Marketing
Para uma melhor implementação da estratégia deve-se elaborar um plano de marketing
que servirá como base para análise financeira, portanto, será a partir dos valores previsionais
expostos que será elaborada a análise financeira do projeto.
Marketing não é apenas comunicação, o marketing são ações previstas ontem, postas
em prática hoje, que provocarão resultados mais tarde, resultados esses que sujeitam da
capacidade da execução da empresa (Nunes et al., 2008).
Para Westwood (2006) planear é dos papéis mais importantes da gestão. O plano de
marketing é a fonte chave de informação do plano de negócios de uma empresa. Para o
mesmo autor o plano de marketing identifica as oportunidades mais promitentes para a
empresa e faz o estudo de como entrar e manter uma posição forte em determinados
mercados. No fundo, o plano é uma ferramenta de comunicação que combina todos os
elementos do marketing mix em um plano de ação coordenado. Para Alegre (2008), o plano
de marketing constitui uma das ferramentas mais relevante no processo de gestão,
direcionando e norteando os esforços de marketing da empresa.
Conforme Dolabela (1999), a pesquisa do marketing para o plano de marketing é
fragmentada na área de análise de mercado, o qual analisa o mercado, clientes, concorrentes,
oportunidades, fornecedores, entre outros, e na estratégia de marketing, onde se distingui o
produto ou serviço a oferecer ao mercado tendo em consideração os 4p´s definidos por Kotler
& Keller (2006), Product, Price, Placement e Promotion.
A análise de mercado segmenta-se em análise de clientes, análise da concorrência,
análise de fornecedores e análise ambiental, segundo Campagnolo (2007). No plano de
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 27
marketing menciona-se a venda, preços, promoção e publicidade. Para esse autor, os
princípios basilares da estratégia devem alterar-se em práticas.
O plano de marketing deverá mencionar as potencialidades e desafios do mercado em
que a empresa está inserida, para conseguir uma vantagem competitiva sustentável que os
concorrentes não podem alcançar.
Dornelas (2001) defende que é necessário posicionar o produto, a atingir o público-
alvo identificado no segmento e mercado, deste modo, a empresa criará uma imagem do
produto tentando diferenciá-lo da concorrência. Atributos como estilo, embalagem, marca,
garantia, qualidade e assistência técnica entre outros serviços, são atributos que devem ser
considerados na produção do produto ou serviço, na ótica de Kotler & Keller (2006). No
final, pretende-se que o plano estratégico e de Marketing tenha a capacidade de mudar
mentalidades e que em última análise, permita ao Cliente escolher a empresa em detrimento
de todas as restantes porque esta é diferenciadora (positivamente).
Segundo Ambrózio (1999, p. 15) “o plano de marketing é o espelho, a parte escrita do
processo de planeamento de marketing, é preciso que o documento contenha todos os
detalhes necessários à ação que será implementada. É preciso que seja flexível, permitindo
alterações, e que seja adaptável às mudanças de rota que geralmente ocorrem”. Em relação
a estrutura do plano de marketing, não deve ser fixa, podendo mudar de autor para autor,
sendo que quase todos irão efetuar uma análise pormenorizada do contexto da empresa. Para
Kotler & Keller (2006) a estrutura do plano de marketing é suportada pela na análise
ambiental, objetivos de marketing, estratégia de marketing, planos de ação e demostração de
resultados e controlos.
Seguido da análise do meio envolvente e do plano de marketing, o plano de negócios
deve incluir um plano financeiro para que a avaliação do projeto seja completa e realista e
que a decisão seja determinada na base em critérios diferenciados, tanto de caráter subjetivo
e objetivo.
2.3.2.10 Análise SWOT
A análise SWOT é uma sigla inglesa para Pontos Fortes (Strengths), Fraquezas ou
Pontos Francos (Weaknesses), Oportunidades (Opportunities) e Ameaças (Threats), foi
desenvolvida nos anos 60, por Kenneth e Roland, ambos professores da Harvard Business
School.
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 28
A análise SWOT é uma sigla inglesa para Pontos Fortes (Strengths), Fraquezas ou
Pontos Francos (Weaknesses), Oportunidades (Opportunities) e Ameaças (Threats), foi
desenvolvida nos anos 60, por Kenneth e Roland, ambos professores da Harvard Business
School.
Para justificar a necessidade da aferição da posição da empresa no setor em que atua,
devem ser analisados os pontos fracos e fortes, as ameaças e oportunidades, que surgem
como ferramentas de estratégia, originando a Matriz SWOT (Serra et al., 2010). Quando os
pontos fortes de uma empresa estão alinhados com os fatores críticos de sucesso para atender
as oportunidades de mercado, a organização será certamente competitiva a longo prazo.
(Serra et al., 2010).
Figura 4- Modelo de Análise SWOT
Fonte: “ Modelo de Porter e Análise SWOT: Estratégias de Negócio”, Moreno, 2012:15
A verificação das forças e fraquezas assim como das oportunidades e ameaças na
análise SWOT deriva dos efeitos de uma investigação onde se combina as circunstâncias
internas com o meio envolvente da organização. O intuito da análise SWOT é assimilar
elementos influenciadores e demonstrar como eles conseguem afetar as atividades
organizacionais, tendo em atenção as quatros variáveis (forças, fraquezas, ameaças e
oportunidade), com o suporte das informações obtidas da empresa poderá traçar novas
estratégias.
No ambiente Interno (forças e fraquezas) compreende-se que uma empresa é
constituída por variáveis controláveis, sendo que sua adequação pode ser um instrumento
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 29
apropriado ou adverso ao seu desenvolvimento. Adaptabilidade para crescer, competências
da marca e as habilitações em P&D (pesquisa e desenvolvimento) são paradigmas de pontos
fortes que devem fazer parte de uma empresa.
Além de analisar o ambiente interno, é necessário ter uma pesquisa das forças macro
ambientais (oportunidade e ameaças), que inclui a demografia, a economia, mudanças
técnicas e as alterações de estratégias governamentais que influenciam nos processos
organizacionais, (Serra, et al., 2010).
A empresa precisa estar preparada para investigar tendências e desenvolvimentos
importantes, devendo ser uma das suas principais preocupações, e para cada tendência ou
desenvolvimento, a gestão precisa identificar as oportunidades e ameaças associadas.
2.3.3 Análise Viabilidade Económica e Financeira
O estudo de viabilidade económica e financeira é necessário para avaliar a constituição
de uma nova empresa ou para a realização de projetos para empresas em atividade. Este
elemento é importante no processo de tomada de decisão, permitindo analisar
quantitativamente a potencialidade do negócio, estimando o seu impacto pela ótica
económico-financeiro. A análise da conjuntura da empresa, do seu planeamento estratégico
traduzido em ações e respetivos custos e receitas, consente em elaborar uma série de
conjeturas quantificáveis permitindo ao promotor verificar a viabilidade do negócio
apresentado.
Para a análise da viabilidade do negócio, são consideradas três critérios de rendibilidade.
VAL, TIR e Payback, como suporte de decisão à criação do negócio.
A VAL é um indicador de rendibilidade que aglomera os fluxos líquidos atualizados
gerados pelo projeto. Esta conceção pode ser entendida como a quantificação do efeito do
investimento na riqueza de uma empresa, na visão de maximização da riqueza. Segundo Soares
et al., (2008), o VAL é o modelo de avaliação mais utilizado e que menos objeção levanta,
isto porque tem em ponderação as principais variáveis ao longo dos anos de vida do
projeto. A fórmula para o cálculo do VAL, é dada pela expressão:
(Equação 1)
t, é o número do período;
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 30
n, é o número total de períodos da vida útil do projeto ou do horizonte temporal da
análise;
CFt, é o valor do Cash-Flow, positivo ou negativo, gerando pelo projeto no período t;
K, é a taxa atualização.
Regras de decisão
VAL> 0, o projeto é aceite (investir)
VAL <0, o projeto não tem interesse (não investir)
VAL = 0, o projeto continua a ser interessante (Indiferença)
Se o VAL for positivo simboliza que o investimento deve ser aceite, pois ajudará
aumentar a riqueza dos titulares do capital. Os fluxos pela atividade são suficientes para
pagar os investidores e ainda gerar reservas. Caso o VAL seja negativo o investimento deve
ser, em princípio, recusado, porque não é viável seguir com o projeto, porque põe em causa
a saúde financeira da empresa. Se o VAL for igual a zero, o investimento é imparcial em
termos de efeitos sobre a riqueza, e a decisão de arriscar fica nas mão do promotor, sendo
que, existe uma grande probabilidade do projeto se tornar inviável.
A Taxa Interna de Rendibilidade representa a taxa máxima de rendibilidade do projeto.
Traduz a taxa que o investidor obtém em média em cada ano sobre os capitais que se mantêm
investidos no projeto, enquanto o investimento inicial é recuperado progressivamente, ou seja, a
taxa de rendibilidade periódica do capital investido. O seu cálculo pode ser efetuado, igualando
a expressão do VAL a zero:
(Equação 2)
Fonte: Silva (2015)
Este indicador de rendibilidade complementa-se com o indicador do VAL,
principalmente em decisões entre projetos simples e convencionais:
VAL ≥ 0 quando TIR ≥ taxa de custo do capital (k), indica que o projeto é viável;
VAL < 0 quando TIR < taxa de custo do capital (k), indica que o projeto não é viável
pois a taxa de retorno exigida pelos investidores é superior à taxa máxima que o
projeto pode apresentar.
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 31
Em relação ao período de recuperação do investimento (payback), este permite aferir
o período de tempo necessário para que os fluxos gerados pelo projeto cubram na totalidade
o investimento que foi realizado para os obter. Este indicador de liquidez do projeto, indica
a rapidez com que o capital investido é recuperado, representando uma variável significativa
para os promotores do negócio, em decisões de investimento. Este indicador não faz
qualquer referência à rendibilidade do investimento, sendo calculado através da expressão:
(Equação 3)
Fonte: Silva (2015)
2.4 A importância da Informação na Análise da Viabilidade Económico-
financeira
Com a globalização, aumento da velocidade da tecnologia e a internacionalização
económica, as empresas precisam reorganizar a gestão empresarial a fim de se compatibilizar
com os padrões internacionais de qualidade e produtividade exigidos pelo mercado mundial.
Na alta competitividade, estratégias e informações são importantes para analisar a
consistência e rentabilidade de um projeto ou de sobrevivência de uma empresa. Uma
importante ferramenta é o estudo de viabilidade económico-financeira e a informação que
nele consta, um planeamento detalhado da realidade de um negócio.
Analisar a viabilidade de qualquer projeto pode ser a grande diferença entre o sucesso
e o fracasso desse projeto independentemente do canal de distribuição que o empresário
pretenda utilizar. As variáveis de mercado e a postura dos concorrentes tornam cada vez
mais arriscado implementar qualquer plano sem um embasamento técnico, obtido por meio
de um estudo de viabilidade económico-financeira.
Para se elaborar um projeto de investimento e analisar sua viabilidade económico-
financeira é necessário ter todas as informações relevantes para a sua implementação, tais
como matérias necessários, custo de produção, entre outros. De acordo com Woiler &
Mathias (2008, p. 15) “O projeto de investimento é um conjunto de informações internas
e/ou externas à empresa, coletadas e processadas com o objetivo de analisar-se (e,
eventualmente, implantar-se) uma decisão de investimento. Nestas condições, o projeto não
se confunde com as informações, pois ele é entendido como sendo um modelo que,
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 32
incorporando informações qualitativas e quantitativas, procura simular a decisão de investir
e suas implicações”
A ferramenta “viabilidade económico-financeira” permite analisar produtos e
serviços, a rentabilidade real, avalia o mercado e potencialidades do negócio. Um dos focos
principais é a gestão de custo, requisito essencial para a manutenção de uma empresa, pois,
o lucro real nem sempre está presente na realidade das organizações. Neste estudo constam
as características técnicas, natureza e destino dos serviços, delimitações do mercado-alvo,
análise de demanda e da oferta, consumo e tendências, nível de utilização, disponibilidade
de crédito, concorrência, vantagens competitivas, estratégicas de implantação e
desenvolvimento, rentabilidade, necessidades de capital de giro, cronograma físico-
financeiro, taxa interna de retorno, análise de riscos, análise de cenários e sensibilidade,
aspetos sócio ambientais, taxa de inflação, entre outros. Portanto, a informação para fazer
uma análise precisa e com exatidão é de fundamental, sendo necessário que essas
informações descritas acima sejam o mais realistas, atuais e fidedignas possível, para que a
tomada da decisão pelo gestor, seja uma decisão acertada para a expansão do seu
empreendimento.
Para ressaltar a importância da informação na construção na análise da viabilidade
económico-financeira, Rascão (2008) considera “A informação para apoio à tomada de
decisão, é um recurso valioso nas organizações, tão importante como o capital ou o pessoal,
visto que sem informação não podemos sobreviver, pelo que este recurso terá que ser gerido
e forma a tirar o maior proveito possível).
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 33
3 Caracterização da Organização
A empresa Globalseven foi constituída em 23 de dezembro de 2013, sob forma de uma
PME, sendo que na sua génese suas atividades iniciais da empresa relacionaram-se com às
áreas da Contabilidade e apoio Fiscal do nível de Consultoria. Hoje é uma empresa no ramo
de consultora de gestão empresarial, inovação, empreendedorismo, internacionalização,
tecnologia e realiza projetos qualificados que vão desde a elaboração e implementação de
soluções até à supervisão e coordenação de trabalhos, passando por estudos e diagnósticos
diversos.
A empresa dispõe de uma equipa multidisciplinar com vasta experiência académica e
empresarial em financias, empreendedorismo, economia, branding, engenharia renováveis e
gestão de PME, cooperando proactivamente a sustentabilidade e competitividade dos seus
clientes. Tem uma vasta experiência no âmbito da consultoria dirigida maioritariamente a
pequenas e médias empresas que permitem alcançar objetivos empresariais, no âmbito da
modernização tecnológica e internacionalização, imprescindíveis à manutenção de níveis de
competitividade e produtividade adequados ao aumento da concorrência emergente dos
diferentes mercados. Dirigindo, assim, a capacidade de intervenção nos domínios da
consultoria especializada em organização e gestão, estudos e projetos de investimento
(Globalseven,2016).
3.1 Objetivos Estratégico
Os objetivos estratégicos desde 2016 até 2020 refletem no planeamento feito pela
direção geral da empresa, que integra uma estratégia formulada a medio longo prazo. A
empresa com intuito de reduzir a dependência em relação ao mercado nacional e,
consequentemente, o risco do negócio, a empresa tem com objetivo fundamenta a sua
expansão geográfica para mercados internacionais. Para tal, irá encetar um ambicioso
processo de internacionalização para mercados emergentes (Turquia, Moçambique, Brasil e
Espanha) países com elevada procura por soluções tecnológicas ligadas às tecnologias de
informação e exportar seus serviços de consultoria fiscal, contabilidade e finanças
(GlobaSeven, 2016).
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 34
3.2 Morada
Sede da empresa localiza na Avenida Bento Gonçalves n.º 24 – 1º D, 2910-431,
Distrito de Setúbal, Portugal. Na Figura 1 pode ser vista a parte exterior da empresa
Globalseven.
Figura 5- Localização da Empresa Globalseven
Fonte: Mapas do Google, (Google, 2016)
3.3 Missão
A missão da Globalseven é “orientar e apoiar o crescimento sustentado das empresas
clientes, através da aposta em processo de inovação, investigação e desenvolvimento
tecnológico, inovadores e de atuação ao mercado global”. (Globalseven, 2015).
3.4 Visão
Sua visão é “ser reconhecida como uma empresa de referência nas áreas da consultoria
tecnológica, informática e IT, inovação e empreendedorismo e fornecedora de soluções
criativas e inovadoras para aumento das forças de vendas”. (Globalseven, 2015).
3.5 Valores
Para Globalseven os “princípios de atuação assentam num reconhecimento know-how
técnico e humano e num serviço personalizado e de acompanhamento constante do cliente e
de elevada qualidade. (Globalseven, 2015).
Inovação;
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 35
Criatividade;
Ética;
Simplicidade;
Atitude de Excelência;
Valorização das Pessoas;
Compromissos com Resultados;
Responsabilidade Social”.
3.6 Compromisso
Globalseven assume os compromissos perante cada cliente:
Implementar projetos de excelência;
Criar valor acrescentado nas PME através da obtenção de resultados sustentáveis;
Reforçar a competitividade nas empresas;
Impulsionar o Empreendedorismo e a Inovação nacionais. (Globalseven, 2015).
3.7 Recursos Humanos
A empresa apresenta uma estrutura organizacional simples de modo a garantir um
planeamento, execução e acompanhamento das funções nucleares da atividade da empresa.
Com o crescimento da sua atividade, a empresa está constituída de acordo com os
departamentos funcionais, representado no organograma da Figura 6.
Na função desempenha pelo Diretor Financeiro, o mesmo realiza o acompanhamento
de processos de gestão (faturação e finanças), responsável pela gestão de contas bancárias,
pagamentos, investimentos, análise de risco financeiro e análise económica dos mercados
globais; e atividades de apoio à direção e da relação com serviços de apoio externos. Os
Recursos deste Departamento prestarão ainda auxílio à direção na prestação de serviços de
consultoria fiscal e em atividades de contabilidade.
Diretor de Projetos é responsável pelas atividades de planeamento, estruturação e
definição de objetivos e metas inerentes aos projetos de consultoria de negócios,
empreendedorismo, inovação, investigação e desenvolvimento tecnológico que a
Globalseven irá conduzir para os seus clientes, incluindo o estudo de viabilidade económico-
financeira.
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 36
Figura 6- Organograma Hierárquico da Globalseven
Fonte: Manual de Acolhimento (Globalseven, 2015)
Direção do Departamento de Marketing/Comercial realiza assistência e vendas aos
clientes da empresa, é da sua responsabilidade fazer a prospeção, divulgação e promoção no
mercado nacional e internacional. Tem sob sua alçada o projeto de internacionalização,
valida as propostas junto ao departamento administrativo/financeiro, realizar relatórios de
mercado e de novos contatos a clientes, atualizar a base de dados do cliente e coordenar a
atividade comercial, angaria novos clientes, além do que foi descrito no contexto, também é
responsável pela promoção, comunicação e relações públicas; planeia e coordena as
atividades da Política de Promoção e Divulgação da empresa.
A Direção do departamento de Recursos Humanos e Qualidade é desempenha pelo
mesmo colaborador, sendo que este colabora na implementação, na manutenção e na
otimização do Sistemas de Gestão da Qualidade, Ambiente, Segurança da Informação,
Responsabilidade Social e Investigação, Desenvolvimento e Inovação, e garantirá a gestão
departamental e dos recursos humanos da empresa, ao nível do recrutamento, gestão e
renovação contratual, definição e implementação de planos de formação dos RH, objetivos
e metas de produção.
Administração
Direção Financeira
TOC
TOC/Acompanha-mento
Dir. Dep. Projetos
Inovação
Consultor Inovação/Tec-
nologia
Consultor Inovação/ tecnologia
Consultor Inovação/ Tecnologia
Consultor Inovação/ Tecnologia
Gestão
Consultor/ Gestor
Consultor/ Gestor
Dir. Dep. Marketing/Comercial
Consultor Marketing/ Comercial
Consultor Marketing/ Comercial
Dir. Dep. RH/Qualidade
Técnico de RH/ Qualidade
Técnico de RH/ Qualidade
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 37
3.8 Caracterização dos Ativos SI/TI
As empresas modernas requerem ampla variedade de equipamentos computacionais,
software e recursos de comunicação para desempenhar suas atividades e resolver problemas
organizacionais básicos e complexos.
Para entender melhor o que é sistema de informação, o autor O'Brien (2004, p. 6)
define sistema de informação como “um conjunto organizado de pessoas, hardware,
software, rede de comunicação e recursos de dados que coleta, transforma e dissemina
informações em uma organização”.
Todas as questões relacionadas com Sistemas e Tecnologia de Informação são
administradas pelo departamento de Tecnologia de Informação da empresa Globalseven e a
mesma conta com vinte e um funcionário e um estagiário no departamento de gestão. Todos
os funcionários tem portáteis, uma impressora para uso de todos e o estagiário leva seu
portátil para desenvolver suas atividades definidas pela empresa.
As principais ferramentas colaborativas são:
Onedrive, Skype for business, Primavera 5; Office 365;Ferramenta customizado para
análise e estudo de viabilidade.
No presente momento a empresa não dispõem de um Data Center, a comunicação da
empresa é feita através da infraestrutura de rede local: Local Área Network, por cabo e sem
fios.
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 38
4 Descrição das Atividades Desenvolvidas
Este estágio foi realizado no âmbito do trabalho final do Mestrado em Sistema de
Informação Organizacional e teve a duração de 9 meses, tendo decorrido nas instalações da
empresa Globalseven.
4.1 Introdução das Atividades Desenvolvidas
O estágio consistiu na realização da análise de projeto de investimento para empresa JCS a
concorrer ao fundo perdido FEDER, pelo “Portugal 2020” e compreender processos e fatores
que contribuem para a maximização do valor da informação.
A empresa JCS é uma PME que atua no ramo da contabilidade no Distrito de Évora, e
pretende concorrer aos Sistemas de Incentivos à Internacionalização e Qualificação de PME
do programa Portugal 2020ao fundo perdido comunitário pelo programa Portugal 2020, nas
tipologias de Internacionalização e Qualificação das PME. A tipologia de
Internacionalização tem como objetivo a concessão de apoios financeiros a projetos que
reforcem a capacitação empresarial das PME para a internacionalização, com vista a
promover o aumento das exportações através do desenvolvimento e aplicação de novos
modelos empresariais e processos de qualificação das PME para a internacionalização.
Com a tipologia de Qualificação pretende-se promover a competitividade,
flexibilidade e capacidade de resposta ao mercado global das PME, em domínios imateriais.
4.1.1 Metodologia
Os projetos nem sempre atravessam uma sequência organizada de planeamento,
aprovação e execução. De acordo com a metodologia, a elaboração deste projeto, seguiu
alguns dos passos já aprovados pela empresa de acolhimento. Entre esses passos destaca-se
a reunião com o cliente, necessária para conhecer qual tipologia dos fundos perdidos o
projeto de investimento do cliente se enquadra; num segundo momento, a recolha de
informação e documentação que é encaminhada para ser analisada pela equipa que irá
elaborar o projeto. Após análise da documentação e o feedback positivo da equipa de projeto,
o departamento de Marketing/Comercial elabora uma proposta comercial, em power point,
a qual é enviada para ser analisada pelo cliente. Após a adjudicação da proposta é autorizada
a elaboração do projeto de investimento e plano de negócios. No âmbito da metodologia a
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 39
estagiária esteve enquadrada nas reuniões comerciais, na verificação dos documentos e na
execução dos projetos.
4.1.2 Recursos Humanos
A empresa de acolhimento Globalseven numa primeira abordagem alocou a estagiária
no departamento de Investigação e Desenvolvimento Tecnológico; após uma semana nesse
departamento foi encaminhada a desenvolver as suas atividades no departamento de Gestão
e Inovação sob a orientação da colaboradora Maria Luísa Mendes Coelho.
Recursos Função
Alexandre Jaleco Gestor do Projeto
Joaquim Neves TOC
Luísa Coelho Consultora de Gestão e Inovação/Tutora
Ricardo Rocha Consultor de Gestão e Inovação
Josivânia Silva Estagiária
Quadro 1- Recursos humanos do projeto
A estagiária foi responsável na elaboração de todas as fases do projeto em estudo, mas
sob a colaboração de todos os recursos acima mencionado.
4.2 Plano de Negócio da Empresa JCS
O Plano de Negócios é um documento inerentemente estratégico. A subjetividade
associada à criação de um plano com sucesso está relacionado com a identificação,
estruturação, análise interna e organização de elementos-chave, que após a sua interligação
permitem criar um documento formal que reúne toda a informação essencial ao processo de
investimento.
4.2.1 Sumário Executivo
A JCS é uma PME, constituída em junho de 2000, no Distrito de Évora e possui o CAE
(Rev.3) 69200- Atividades de Contabilidade e Auditoria; Consultoria Fiscal. Quando a
empresa foi constituída, pensou-se na qualidade e confiança que iriam passar aos seus
clientes, pois é um fator primordial nessa área, tanto a confiança como a confidencialidade
das informações.
Dispõe de um capital social de 5.000,00€ que foi necessário para o início das
atividades.
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 40
A empresa oferece serviços de contabilidade, consultoria fiscal, aconselhamento
fiscal/fiscalidade e gestão de recursos humanos.
Por meio do segmento de mercado das Atividades Jurídicas, de Contabilidade,
Auditoria, Estudos de Mercados e Afins e identificação de necessidades e oportunidades de
mercado, foram identificadas para empresa JCS seu segmento alvo:
Micro, pequenas e médias empresas com necessidades específicas de serviços
contabilidade, consultoria fiscal e aconselhamento fiscal e fiscalidade;
Grandes empresas com necessidades de serviços de contabilidade, e consultoria
fiscal e aconselhamento fiscal e fiscalidade;
Todas as empresas e entidades públicas e privadas com necessidades de serviços de
contabilidade, e consultoria fiscal e aconselhamento fiscal e fiscalidade.
A empresa JCS pretende internacionalizar seus serviços para os mercados espanhóis
e cabo-verdiano, sendo que nesses países já tem contatos empresariais. A sua vantagem
competitiva foca-se no acesso privilegiado a mercados de língua oficial portuguesa com
elevado crescimento projetado; para além da língua, Portugal apresenta ainda outras
vantagens que lhe proporcionam vantagens competitivas perante empresas concorrentes de
outros países: i) fortes ligações históricas e culturais com Cabo Verde; ii) fortes ligações a
nível governamental; e iii) grande comunidade de cidadãos Cabo-Verdiano em Portugal e
vice-versa.
O mercado espanhol foi selecionado por apresentar uma proximidade geográfica em
relação aos outros países da União Europeia (UE), e pelo facto de a JCS já possuir contatos
de possíveis futuros clientes nesse país.
Em consideração do posicionamento estratégico onde se encontra a empresa JCS, os
principais investimentos para o projeto foram:
Inovação Organizacional e Gestão;
Economia Digital e Tecnologia de Informação e Comunicação;
Criação de Marcas e Design;
Proteção de Propriedade Industrial;
Qualidade (ISO 9001);
Presença na Web, através da Economia Digital;
Desenvolvimento e Promoção Internacional de Marcas;
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 41
Prospeção e Presença em Mercados Internacionais;
Ações de Marketing Internacional;
Introdução de Novo Método de Organização nas Práticas Comerciais ou nas
Relações Externas.
O projeto de investimento totaliza num valor de 133.410,66 € de investimento com
uma TIR de 91,5%, um VAL de 104.116,00 € e um Payback de 1,7 anos.
4.2.2 Apresentação da empresa JCS
A JCS é uma microempresa (PME), constituída a 01 de Junho de 2000, sob a forma
jurídica de Sociedade por Quotas, com um capital social de 5.000,00€ distribuído de forma
equitativa pelos sócios indicados no Quadro 2.
Participantes no Capital Promotor Participação (%)
Josefina Silva 50%
Pretúcio Carvalho 50%
Quadro 2- Composição Societária
A sede da empresa localiza- se no Distrito de Évora, na região NUTS II do Alentejo,
Rua XYZ, 12 R/C, Concelho de Évora.
A empresa tem por objeto social a “Prestação de serviços de contabilidade,
fiscalidade e acessória”, correspondente ao CAE 69200 - Atividades de Contabilidade;
Consultoria Fiscal.
A contabilidade no início da década de 90 deixou de ser considerada uma técnica ou
uma arte, passando a ser considerada como uma ciência.
Em Portugal, a contabilidade registou uma evolução ao longo do tempo, em virtude de
se ter de adaptar às novas realidades económicas e financeiras, fazendo com que as
demostrações financeiras traduzam com maior rigor a posição e desempenho financeiro e
económico das empresas.
A empresa foi constituída para responder às necessidades de um mercado concorrido,
acirrado e de modo a consolidar competências que garantam uma vantagem competitiva,
assumindo-se como um projeto empresarial que aposta na excelência do seu desempenho e
vocacionado para a prestação de serviços de contabilidade, auditoria e consultoria fiscal.
Fruto da experiência de mais 45 anos, a empresa conta com a competência e know-
how de uma equipa capacitada para cada projeto e responsável por todos os controlos
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 42
necessários à garantia da execução do empreendimento, desde a coordenação à
compatibilização dos projetos.
4.2.2.1 Missão, Visão e Valores
O modelo de gestão da empresa é baseado na sua visão, missão e valores e representa uma
perspetiva clara do posicionamento futuro da empresa, demonstrando o modo como se propõe
fazê-lo, sendo esse processo orientando pelo respeito de um conjunto de valores conhecidos. A
definição encontra-se no manual interno da empresa.
Missão
“A missão da JCS consiste na prestação de um serviço, de elevada qualidade e com
o máximo de profissionalismo e rigor, em proximidade com os nossos clientes, apoiando-
os nas tomadas de decisão”.
Visão
“Mais do que um simples fornecedor, pretende ser o parceiro de referência na criação,
administração e desenvolvimento de empresas, apoiando-as para que possam atingir os seus
objetivos”.
Valores
“Os valores pela JCS pautam na sua atividade:
Focalização no sucesso dos nossos clientes;
Melhoria contínua;
Equipa dedicada e focada no cliente;
Qualificação e atualização permanente;
Elevado sentido ético, de independência e de confidencialidade;
Utilização da tecnologia e inovação ao serviço da competitividade
organizacional”.
4.2.3 Objetivos Estratégicos
Os objetivos são os resultados que a organização pretende atingir. Algumas empresas
utilizam os objetivos como base de seu planeamento estratégico, para depois pensar nas
estratégias específicas.
Para tal, os objetivos estratégicos a seguir apresentados foram definidos de modo a
reforçar as competências centrais da JCS:
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 43
Volume de Negócios – a empresa deseja alcançar um volume de negócios superior
a 276.478,00€ no final de 2019. Deste modo, é vital apostar na renovação e na
constante melhoria das soluções oferecidas, dada a rápida progressão do processo
formativo, pois a competição que não acompanha a curva da inovação e da mudança
perderá clientes para concorrentes com melhores soluções.
Internacionalização - a empresa ambiciona crescer contínua e progressivamente nas
suas vendas, estimando para 2019, um peso de 38,76% das exportações no total do
seu Volume de Negócios. Desse modo, é imperativo o desenvolvimento de soluções
otimizadas para colmatar as necessidades do mercado internacional.
Aposta em novas áreas de negócio: a empresa almeja, até 2019, encontrar-se
estabilizada nos mercados internacionais e expandir a sua área de negócio, partindo
da rede de parceiros e clientes desenvolvida durante a execução do projeto.
Certificações – implementar a certificação do Sistema de Gestão da Qualidade –
ISO 9001 até ao final do primeiro semestre de 2018.
4.3 Análise Externa
A análise PESTEL avalia as componentes do Contexto Político, Económico, Social,
Tecnológico, Ambiental/Ecológico e Legal.
4.3.1 Meio Envolvente Contextual
A envolvente contextual de uma empresa é constituída por entidades e variáveis
externas e dinâmicas, sobre as quais a empresa não pode realizar qualquer influência direta.
As informações recolhidas do meio envolvente contextual irão fornecer ao gestor a
possibilidade de formular novas estratégicas, de modo a diminuir as ameaças e prezar pelas
oportunidades.
4.3.1.1 Análise PESTEL
A influência e a relação da empresa com o meio envolvente são pormenores a ter em conta
quando se trata de fazer uma análise estratégica. A Análise PESTEL aborda diferentes
contextos - político, económico, sociocultural, tecnológico, ambiental e legal, buscando
identificar sinais de mudança que possam constituir ameaças e oportunidade para a empresa.
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 44
a) Contexto Político
Portugal defronta-se atualmente com as consequências da crise política, económica
e social, que levou ao pedido de resgate ao Fundo Monetário Internacional em 2011. O
resultado desta decisão por parte dos políticos portugueses levou a um abrandamento na
economia, assim como, à perfilhação de políticas de austeridade. Consequentemente, o
acesso a financiamento das entidades bancárias ficou mais restrito, existindo igualmente
um corte nas políticas de recrutamento, por exemplo: as ajudas do Estado nos Estágios
Profissionais. No que respeita à JCS, a estratégia de recursos humanos assenta na
contratação de colaboradores especializados com base em contratos de estágios apoiados
pelo Instituto de Emprego e Formação - IEFP. Dessa maneira, a empresa contempla de um
apoio que se transpõe em redução de vencimento a pagar ao colaborador. Este apoio
financeiro consente à empresa avaliar as competências do novo colaborador e realizar uma
formação especializada com custos mais reduzidos. Ao findo do estágio profissional, a JCS
tem uma taxa de contratação de 70%.
b) Contexto Económico
As políticas de austeridade que o Estado foi obrigado a aceitar, fizeram que a taxa de
desemprego aumentasse e o número de insolvência das empresas aumentasse na mesma
proporção que o desemprego. Isto acarretou-se numa posição macroeconómica nefasta com
impacto negativo e desaceleração no crescimento económico. É previsível que Portugal
ainda demore a sair da crise económica financeira, contudo, o tecido empresarial é
constituído em grande parte por PME's que tem a ductilidade e capacidade de adaptação a
seu favor. As conjeturas apontam para que a situação económica portuguesa, pode demorar
a “entrar nos eixos” e cabe à JCS traçar uma estratégia e planos de ação para fazer face a
eventuais contingências.
c) Contexto Social
A população mundial segue em crescimento, diferente da população portuguesa, que
está cada dia mais envelhecida (INE, 2015), neste sentido, é relevante para a JCS apostar
em serviços que tenham em conta estas propensões populacionais. A forma como a
comunicação trabalha determina em grande parte nos medias sociais, a figura da “aldeia
global”1 tornou-se presente e todos fazem parte dela. É relevante para a JCS estar presente
1 O mundo atual considerado como uma comunidade única ligada por vasta rede de comunicações.
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 45
nestes media, nos quais se abrangem o linkedin, website e facebook, para que a
comunicação seja eficaz acerca das suas atividades.
d) Contexto Tecnológicos
Apesar de ser sabido um crescimento na exigência da qualidade por parte do mercado
a nível mundial, averigua-se que a nível tecnológico o progresso tem sido muito rápido de
modo a responder às exigências dos clientes. Cada vez mais o avanço tecnológico é um
fator de sucesso diante da concorrência. Para que as PME's possam integrar-se nesse mundo
tecnológico, Portugal tem alguns sistemas de incentivos à qualificação, que permitem às
empresas melhorar os seus serviços através da introdução de novos métodos
organizacionais. A JCS como uma empresa de contabilidade tem que está sempre atenta a
novos métodos organizacionais, para que a mesma possa oferecer aos clientes serviços de
qualidade e confiança.
e) Contexto Ambiental/Ecológico
A preocupação ambiental faz parte do cotidiano e enceta a estar envolvido nas
atividades. Através das suas atividades, a JCS pretende desenvolver uma pegada ecológica
e cabe à empresa reduzir essa pegada e perfilhar boas práticas ambientais, nas quais se
incluem a separação de resíduos (material reciclável, tipo papel, copos de plásticos, entre
outros). Em relação às atividades da empresa, será proveitoso apostar na racionalização dos
consumos energéticos e na compra de materiais recicláveis; estas duas ações poderá, num
contexto conjunto com a sociedade, diminuir os poluentes.
f) Contexto Legal
Os fatores legais dizem respeito à conjuntura legal, mas que estejam diretamente
enleados à atividade. É o caso, por exemplo, da legislação económica, da legislação laboral,
da legislação da concorrência, entre outros. Todos os empreendimentos deverão estar
enquadrados legalmente para realização das suas atividades. Os serviços da JCS são
regidos pela legislação SNC (Sistema de Normalização Contabilística).
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 46
4.3.2 Análise do Meio Envolvente Transacional
A análise ao meio envolvente transacional é constituído por todos os agentes e fatores
que interagem diretamente a empresa, existindo uma influência recíproca em diversos graus.
Nesta categoria insere-se os clientes, concorrentes, fornecedores e comunidade.
a) Clientes
Os clientes da empresa são todas empresas que necessitam dos serviços de Contabilidade,
Consultoria Fiscal, Aconselhamento Fiscal e Fiscalidade e Gestão de Recursos Humanos,
especificamente os clientes que se encontrem na região do Alentejo, nomeadamente as
PME's.
b) Concorrência
A luta concorrencial que existe atualmente pela procura constante por riqueza,
dinamiza o mercado global, incentivando a realização de esforços contínuos, no sentido de
prestar serviços diferenciadores, inovadores e de maior valor para os clientes. O
posicionamento da empresa no mercado dinamiza globalmente a empresa e só com esta
mentalidade de melhoria contínua, se pode garantir o crescimento sustentável da empresa.
O conhecimento do mercado e das empresas existentes permite criar uma estratégia
de penetração no mercado, de forma a analisar o seu potencial de crescimento. De seguida
apresenta-se os principais concorrentes que influenciam a atividade da JCS.
A Diaconta é “uma empresa de contabilidade e de consultoria fiscal, constituída há
25 anos, com sede na cidade de Évora, em instalações próprias, na Rua Intermédia,
55 no Parque Industrial e Tecnológico de Évora. Tem como finalidade
a Contabilidade e Consultoria Fiscal, seu quadro funcional conta com 13
colaboradores”. Informações da empresa encontram-se no site
http://www.dianaconta.pt.
A Progesfor é “uma empresa de prestação de serviços, preferencialmente a
empresas, com sede em Évora, atua no mercado regional do Alentejo e vocacionada
para o apoio à gestão empresarial, contabilidade e reporte fiscal, gestão de recursos
humanos e ativos empresariais. Constituída em 1996 a sua base de clientes são
micro e PME's com especial enfoque na distribuição grossista, comércio e indústria,
serviços e agricultura”. Informações da empresa encontram-se no site
http://www.progesfor.pt.
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 47
Gabinete Técnico Contabilidade - Luís Borrego. “Iniciou a sua atividade em 30 de
maio de 1997, com a finalidade de apoiar as empresas e os empresários, nas
seguintes áreas: contabilidade, fiscalidade, Gestão de Pessoal e Consultoria Fiscal.
No início do ano de 2005 a empresa ponderou na necessidade de mudança de
instalações, num novo espaço arquitetado de forma a melhorar substancialmente as
necessidades dos seus clientes, e simultaneamente oferecer aos seus funcionários
melhores condições de trabalho, e criar paralelamente novas áreas de serviços a
prestar aos nossos clientes”. Informações da empresa encontram-se no site
http://www.gabcontabilidadeluisborrego.pt/
Empresa António Melgro iniciou suas atividades em janeiro de 2000, no Distrito
de Évora. Tem como serviços a contabilidade, assessoria fiscal, processamento de
salários, elaboração de projetos de investimentos e mediação de seguros. A sua
equipa de trabalho possui larga experiência, competência e responsabilidade para
responder aos desafios que se deparam. Informações da empresa encontram-se no
site http://www.am-contabilidade.com/
A Empresa Audivouga foi “criada em 1997 e está situada no Conselho de Santa
Maria da Feira no Distrito de Aveiro. Presta serviços de contabilidade de qualidade
para as pequenas e médias empresas da região de entre Douro e Vouga (Santa Maria
da Feira, São João da Madeira, Oliveira de Azeméis, Arouca e Vale de Cambra),
executada por contabilistas altamente formados e tendo sempre presente as
melhores técnicas de auditoria ao serviço das pequenas e médias empresas”.
Informações da empresa encontram-se no site http://audivouga.com/
IN Account Consultores, Lda foi “constituída em 2007 na cidade de Lisboa e desde
então apresentando uma média de crescimento anual na ordem dos 70%, são uma
empresa que presta serviços na área da Contabilidade, oferece aos seus clientes um
apoio e acompanhamento permanente com garantia de qualidade, rigor e confiança.
Composta por uma equipa jovem e dinâmica de técnicos qualificados membros da
OTOC – Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas – e licenciados em Contabilidade
e Gestão. Após 5 anos de estratégia conjunta, no seguimento de um processo de
rebranding e de reestruturação organizacional, a Inaccount desde 2011 que passou
a evidenciar cada uma das suas áreas de core-business de modo distinto, mas ligadas
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 48
pela qualidade a que sempre habituámos os seus clientes”. Informações da empresa
encontram-se no site http://www.inaccount.pt/web/
c) Fornecedores
O fornecimento de material, serviços, entre outros, são essenciais para o
funcionamento normal de qualquer estrutura organizativa. Estrategicamente, e de modo a
promover uma gestão apropriada dos fornecedores, o processo consiste em criar uma
estratégia de parceria como forma de minimizar os riscos na fase inicial de crescimento. O
estabelecimento de relações entre clientes e fornecedores deve ser um processo colaborativo,
duradouro e com alcance estratégico, para que ambas as partes obtenham benefícios com a
parceria
Os fornecedores de serviços e materiais da JCS, são todas as empresas que se
encontram no Distrito de Évora, sendo que os materiais e serviços que a empresa utiliza
são fáceis de encontrar, e a JCS prioriza as empresas que prezam pela qualidade e pelo
preço praticado no mercado.
d) Comunidade
A política da JCS centra no presente momento no mercado nacional, na região
Alentejo, no Distrito de Évora, sendo que na aprovação deste projeto pelo programa
Portugal 2020 seu mercado também será o internacional. O objetivo é poder responder e
satisfazer todas as necessidades dos seus clientes.
4.4 Análise da Indústria
A análise da indústria é feita através do modelo de cinco forças de Porter, com esse
modelo de cinco forçar de Porter identificam-se as ameaças e as oportunidades que este
projeto vai enfrentar no mercado da prestação de serviços em contabilidade e consultoria
fiscal.
4.4.1.1 As 5 Forças de Porter
O modelo das 5 Forças de Porter é um instrumento que identifica as ameaças que
afetam a atividade de uma empresa, definindo, ainda, quais as poderão ser ajustadas pela
organização no sentido de se tornarem oportunidades.
a) Ameaça de Novos Concorrentes
A entrada de novas empresas concorrentes num setor conduz ao aumento da capacidade
instalada, ao desejo de ganhar quota de mercado e à aplicação de recursos, por vezes
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 49
substanciais, nesse setor. A ameaça de entrada num setor depende das chamadas “barreiras
à entrada” existentes e da reação dos concorrentes atuais. Se as barreiras forem elevadas e a
reação esperada das empresas existentes for vigorosa a ameaça de entrada é reduzida, no
caso contrário ela é elevada.
O investimento inicial necessário para prestar os serviços de contabilidade, não são
dificultados para entradas de novos concorrentes, pois um espaço físico, equipamentos e
software não são considerados barreiras para entradas de novos concorrentes. A dificuldade
pode centrar na experiência e prestígio que as empresas concorrentes possuem, pois, a
confiança que os clientes depositam ao fornecer os seus dados financeiros, ou mesmo do seu
negócio, requer confiança, mas é um setor onde existem várias empresas; pelos dados da
Associação Empresarial de Portugal, Câmara de Comércio e Indústria, em Évora existem
117 empresas com CAE 69200 (Atividades de contabilidade e auditoria; consultoria fiscal),
sendo que podem surgir novos concorrentes. Após esta análise verifica-se que a ameaça de
novos concorrentes é alta.
b) Poder Negocial dos Compradores
Os clientes influenciam a concorrência na indústria na medida em que podem provocar a
diminuição dos preços, pois exigem maior qualidade e nível de serviço, e jogam os
concorrentes uns contra os outros, à custa da rentabilidade da indústria/setor.
Este ponto permite averiguar em que medida o comportamento do consumidor pode ou não
influenciar a empresa. Nesse sentido, deve-se ter em atenção o volume de negócios por
cliente, uma vez que este é proporcional ao poder negocial do mesmo, o que pode criar
alguma dependência.
Quando existem produtos substitutos ou uma grande competição via preço, a dependência
de poucos clientes é igualmente uma situação perigosa.
Em paralelo, quanto maior a dependência de um cliente face aos serviços da JCS, maior é o
poder da empresa na negociação.
c) Ameaça de Produtos Substitutos
As empresas num determinado sector estão em concorrência com empresas de outros
setores que produzem produtos/serviços substitutos. Estes limitam a rentabilidade potencial
de um setor colocando um teto nos preços que as empresas podem praticar. A identificação
de produtos/serviços de substituição resulta da pesquisa de outros produtos/serviços que
podem desempenhar a mesma função. Os produtos/serviços substitutos que merecem
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 50
atenção especial são aquela cuja relação preço/rendimento tem tendência a ser superior à dos
produtos do sector, ou são produzidos em sectores altamente rentáveis.
No caso da empresa JCS, o seu principal serviço é a contabilidade e este serviço é
regido pelo Sistema de Normalização Contabilística. A ameaça de serviços substitutos é
baixa.
d) Poder Negocial dos Fornecedores
Este é um fator a ter ponderação pois a mesmo pode persuadir negativamente toda a
estrutura. Sendo assim, a JCS tem junto com seus fornecedores uma imagem de grande
notoriedade, tracejada por uma correção de relacionamento para com estes. Os maiores
fornecedores da JCS são fornecedores de material de escritório/consumo. A JCS olha o
fornecedor como parceiro de negócios. Os fornecedores são antepostos sob critérios de
qualidade e modo de garantir os padrões de qualidade exigidos no serviço final. A JCS
celebra contratos com seus fornecedores, de modo, a que ambas as partes estejam
salvaguardo quanto aos direitos e obrigações. O poder negocial dos fornecedores de material
de escritório/consumo é baixo, pois o tipo de serviços que a JCS presta, não utiliza serviços
e nem produtos especializados, com isso, simplifica a possibilidade de substituição a baixos
custos.
e) Rivalidade entre Concorrentes Atuais
A rivalidade entres os concorrentes atuais assume a forma corriqueira de disputa por posição
– com uso de táticas como, concorrência de preços, batalhas de publicidade, introdução de
produtos e aumento dos serviços ou das garantias ao cliente. A rivalidade ocorre porque um
ou mais concorrentes sentem-se pressionados ou percebem a oportunidade de melhorar sua
posição.
Os concorrentes diretos da JCS são empresas de contabilidade que ficam no Distrito de Évora
e oferecem os mesmos serviços e preços semelhantes aos que são oferecidos pela empresa.
A JCS para diferenciar dos seus concorrentes, está a apostar num projeto de qualificação e
internacionalização, no qual este tipo de projeto é financiado até 45% do valor total do
investimento. Com ajuda deste programa de incentivos a JCS poderá diferenciar-se dos seus
concorrentes na área comercial/marketing, onde o profissional a ser contrato para essa área,
irá focar na captação de novos clientes e estudar novas estratégias para manter os clientes
atuais.
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 51
No Distrito de Évora existem 117 empresas com o CAE 69200, informação divulgada pela
Associação Empresarial de Portugal, Câmara de Comércio e Indústria, sendo assim, a
concorrência atual da JCS é alta.
Para uma melhor visualização da análise das forças de competitivas de Porter, da empresa
JCS, o Quadro 3 mostra um resumo dessa análise.
Ameaça de
novos
concorrentes
Pode ser considerada alta, pois o setor apresenta um número considerável de empresas que
podem serem constituídas.
Poder de
negociação dos
clientes
É médio, apesar do preço ser tabelado, a concorrência nesta área é muita alta,
Ameaça de
produtos
substitutos
É baixa, isto devido a legislação (Sistema de Normalização Contabilística) que regem as atividades
de contabilidade e auditoria; consultoria fiscal, e considerando que esses serviços não existem
substitutos,
Poder negocial
dos
fornecedores
É reduzido pois cada vez existem mais fornecedores, mais marcas o que possibilita uma maior
escolha.
Rivalidade
entre
concorrentes
atuais
Alta devido um número significativo de concorrentes no Distrito de Évora que prestam os mesmo serviços, logo para diferenciar da concorrência a empresa irá apostar na qualidade dos serviços
com a implementação da ISO 9001.
Quadro 3- Análise das 5 Forças Competitivas de Porter para Empresa JCS
4.5 Análise do Mercado
Uma análise do mercado consiste num estudo da envolvente externa da empresa que
possibilite a identificação e conhecimento de um conjunto de variáveis que se encontram fora do
controlo direto da empresa, essas variáveis podem influenciar com maior ou menor intensidade.
Com a crise instalada em Portugal, a ideia de internacionalizar para novos mercados
torna-se numa grande vantagem competitiva embora também esteja a sujeita a um maior
risco.
Para fazer essa análise de mercado é necessário identificar os fatores críticos de
sucesso, que estes não são mais do que as características dos serviços que são
particularmente valorizadas pelos clientes e que, consequentemente, pressupõe que as
empresas sejam excelentes para terem um desempenho melhor que os seus concorrentes,
assim, para a JCS podemos apontar os seguintes fatores crítico de sucesso:
Know-how: os sócios aliados por conhecimento e formação na da sua formação,
ajudam no desenvolvimento do negócio e na assimilação sobre as necessidades das potências
clientes;
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 52
Qualidade dos serviços: para se diferenciar dos concorrentes, a qualidade dos
serviços terá que ser excecional, de forma, a satisfazer todas as expectativas dos clientes;
Custos: é relevante mencionar que a empresa irá praticar preços competitivos, para
obter melhor margem, nomeadamente conseguir acordos com seus fornecedores;
Relacionamento com o cliente: a empresa entende que cada cliente é único e possui
suas particularidades, satisfazer as necessidades dos clientes é ter seus clientes fidelizado,
por isso, que manter um bom relacionamento com seus clientes é primordial para o negócio;
Inovação de Marketing: a empresa aposta na inovação de marketing como elemento
diferenciador dos seus concorrentes e onde surge novas oportunidades de angariar clientes;
Internacionalização: a empresa tem um plano de expansão do seu negócio para o
mercado internacional, nomeadamente para os países da Europa e África; com este plano, a
empresa tem conhecimento dos mercados e isso torna um fator diferenciador dos seus
concorrentes.
4.6 Análise Interna
Para fazer a análise interna torna-se necessário breve descrição do projeto (sumário
executivo), missão, visão, valores e objetivos estratégicos, recursos humanos e sua estrutura.
4.6.1 Análise de Recursos Internos
Desde a sua origem, que a empresa possui um organograma direcionado basicamente
para resultados operacionais, ou seja, toda a organização está planificada para atender as
necessidades de mercado. Necessidades estas que têm vindo a ser atendidas, não perdendo
o foco na qualidade dos serviços prestados em todos os seus segmentos de mercado de
atuação. Neste momento, deparam-se a realizar candidaturas aos sistemas de incentivos de
Qualificação e Internacionalização. Este projeto associado a estas mesmas candidaturas
pressupõe o aumento da estrutura da empresa, tanto a nível de recursos humanos, como a
nível departamental.
No que toca à estrutura departamental, a organização da estrutura não está preparada
para responder a alguns desafios que o mercado lhe coloca, como por exemplo a necessidade
da criação de um departamento comercial. A necessidade da realização de multifunções por
parte dos colaboradores que a empresa possui, poderá por em causa a eficiência e eficácia
das medidas estratégicas e operacionais definidas.
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 53
Por conseguinte, com o crescimento da atividade da empresa, ir-se-á realizar uma
departamentalização e redistribuição de responsabilidades, com vista a uma maior
especialização por parte dos colaboradores, para que as solicitações do mercado sejam
atendidas da melhor maneira, recorrendo às melhores práticas.
Para isso, a empresa irá contar, até janeiro de 2017 com a contratação de um
colaborador (comercial internacional). Esta contratação irá ser submetida em sede de projeto
de Internacionalização.
O responsável da área comercial terá a função de coordenar as atividades de venda dos
serviços. E a partir dele que as empresas obtêm lucro e recursos financeiros para que possa
crescer e sobreviver economicamente. Esta contratação faz parte de uma estratégia de
inovação organizacional no que toca ao cargo de chefia e definição estratégica.
4.6.2 Competências
A competência central da JCS situa-se na área da contabilidade e consultoria fiscal. As
competências centrais da empresa, ou seja, os pontos fortes são prestação de serviço de
contabilidade e o acompanhamento comercial. Na área de contabilidade, a competência
resulta da capacidade que os gestores adquiriram ao longo dos anos. No acompanhamento
comercial pela proximidade do cliente, demostrando capacidade de resposta, a área
comercial será a competência central para o sucesso do projeto.
4.6.3 Estrutura dos Departamentos Decisores
Foi realizado uma análise para cada departamento da JCS, iniciou-se com uma análise
com a definição do organograma da direção da empresa:
Figura 7- Estrutura da direção da JCS
CE
O
Departamento Contabilidadade
Departamento Comercial
Departamento Financeiro/ Administrativo
Departamento de Consultoria Fiscal
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 54
Após a entrada de todos os recursos humanos na empresa, a direção ir-se-á organizar
de acordo com este organograma. Podemos perceber que, apesar dos departamentos serem
distintos, será necessário que todos eles trabalhem em conjunto para uma prossecução da
estratégia da empresa como um todo. Cada departamento estará focado nas suas tarefas e
responsabilidades, sem nunca perder o objetivo final da empresa, objetivo esse definido pelo
CEO. Sendo assim, todos os departamentos deverão reportar diretamente ao CEO da
empresa.
4.6.4 Estrutura de Recursos Humanos
A JCS abordava uma gestão mais centrada e rígida, onde todas as decisões eram
delineadas pelo sócio fundador, mas após o afastamento definido do mesmo, a empresa
abordou uma gestão mais descentralizada, participativa e democrática.
Para que essa abordagem de gestão fosse colocada em prática, a JCS tem uma estrutura
de recursos humanos delineadas para que o empreendimento pessoal e a criatividade sejam
a realidade no dia-a-dia, sendo assim, a empresa possui a seguinte estrutura, demostrada no
Quadro 4.
Função 2016 2019
Direção/Contabilidade 1 1
Departamento Comercial 0 1
Departamento Administrativo /Financeiro 2 2
Departamento de Consultoria Fiscal 1 1 Quadro 4- Estrutura de Recursos Humanos
Direção
Na direção da JCS encontrar-se um recurso humano que está na base do novo rumo da
empresa desde 2003. Este recurso humano é responsável por uma vertente da empresa, a
definição do rumo da empresa e a parte operacional, ou seja, é responsável pela gestão da
empresa e por desempenhar funções também no departamento de contabilidade.
Departamento de Contabilidade
O departamento de contabilidade tem por responsabilidade de gerir as atividades
desempenha por eles, dos quais:
Análise, preparação, classificação e registo informático dos documentos;
Contas correntes de clientes individualizadas;
Contas correntes de fornecedores individualizados;
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 55
Sistema de inventário permanente de existências;
Contabilização das contas correntes de Letras;
Manutenção dos Livros de Registo de Letras;
Contabilização e controlo de leasing operacional entre outros.
Departamento Comercial
O departamento comercial será constituído por um colaborador apenas, o
responsável/diretor comercial. A contratação deste colaborador está prevista no projeto de
internacionalização.
Este departamento será responsável pela definição e planeamento das vendas e
realizar, sempre que necessário, ajustes no decorrer de um período determinado.
Normalmente, no fecho do ano são realizadas grandes mudanças e durante o ano, pequenos
ajustes.
Algumas das funções da equipa comercial serão:
Definir e cumprir as metas da empresa no que toca às vendas, mantendo-as
sempre em crescimento;
Criar propostas comerciais por segmento de trabalho/mercado;
Desenvolver e realizar os planos de prospeção de mercado, identificando novas
áreas de atuação ou segmentos de mercado, visando aumentar o volume de
vendas e a participação de mercado;
Desenvolver e realizar os planos de promoção no mercado internacional, como
por exemplo a participação em feiras da especialidade;
Acompanhar e executar o processo de internacionalização da empresa no que
toca às vendas internacionais.
Departamento Administrativo Financeiro
Acompanham todos os processos de gestão das áreas não produtivas e presta serviços
de secretariado à Direção e é ainda coadjuvado do departamento de contabilidade.
Relativamente ao Departamento Administrativo, não são esperadas alterações no quadro de
recursos humanos, ficando a responsabilidade dessas funções ao membro atual dos quadros
da JCS.
Departamento de Consultoria Fiscal
As atividades de consultoria da JCS encontram-se, neste momento, a ser realizado pelo
sócio-gerente e por outro colaborador efetivo da empresa, e esses desempenham funções
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 56
relacionado com a assegurar o cumprimento das obrigações fiscais da empresa no âmbito do
Imposto Sobre o Rendimento (IRS e IRC), Imposto Sobre o Valor Acrescentado (IVA),
estratégia fiscal e gestão adequada a cada situação específica, alcançando o equilíbrio entre
riscos fiscais identificados, assim, no processo de tomada de decisões, analisa e identifica
problemas, acompanha as soluções, implementa e a avaliação dos resultados oportunidades
associadas.
4.6.5 Análise SWOT
A análise SWOT possibilita ver claramente quais são os riscos a ter em conta e quais
os problemas a solucionar, assim como, as vantagens e as oportunidades a fomentar e
explorar. Após análise do meio envolvente da JCS, foi detetado suas forças, fraquezas,
oportunidades e ameaças.
Pontos fortes
1. Elevados conhecimentos tácitos, competências tácitas e experiência em relação
ao mercado das Atividades de contabilidade e auditoria; consultoria – as
competências tácitas baseiam-se em conhecimentos mais intuitivos, que não
podem ser totalmente expressos e replicados e são importantes para a vantagem
competitiva uma vez que se trata de know-how de mais de 15 anos de
experiência do sócio-gerente. Poucas empresas possuem os conhecimentos,
competências tácitas e know-how de negócio sobre os mercados alvos em que a
empresa atua, fruto da vasta experiência profissional e conhecimento das
necessidades dos mercados alvo;
2. Boa implementação no mercado nacional, com uma carteira de clientes sólida e
estável;
3. Conhecimentos sólidos das legislações financeiras e contabilísticas;
4. Forte orientação para o mercado, elevado conhecimento na área que prestam
serviços, o que permite que a empresa antecipe as necessidades dos clientes e
do mercado;
5. Melhoria constante do kow-how através de formação.
Pontos Fracos
1. Inexistência de departamento Comercial e Marketing, onde esses poderiam
captar novos clientes;
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 57
2. Quadro de Recursos Humanos limitado – dada a escassez de recursos humanos,
inevitavelmente, irão desempenhar multifunções, podendo comprometer o foco
em áreas críticas e estratégicas da empresa – abordagem ao mercado;
3. Inexistências de ferramentas de Marketing Internacional;
4. Falta de Política de certificações: Falta Sistema de Gestão da Qualidade (ISO
9001).
Oportunidades
1. Acesso privilegiado a mercados de língua oficial portuguesa com elevado
crescimento projetado;
2. Fazer com que o serviço seja igual no seu país de origem e em qualquer outro
mercado internacional permite potenciar as vantagens do efeito de experiência;
3. Obtenção de sinergias;
4. Possibilidade de expansão dos negócios para Espanha, aproveitando o
crescimento das economias no setor terciário (prestação de serviços). Penetrar
no mercado ibérico irá permitir explorar a proximidade geográfica com a
Espanha e ainda adentrar no mercado africano de Cabo, a vantagem competitiva
que apresentam perante o resto do mundo: a língua oficial comum – portuguesa;
5. Dotação orçamental elevada ao abrigo dos Sistema de Incentivo Comunitários,
por via do Programa Portugal 2020, acarretando um aumento significativo das
necessidades de serviços de aconselhamento, consultoria, diagnósticos
estratégicos de inovação, e estudos de viabilidade tecnológica, de forma a fazer
face à cada vez mais exigente estrutura de concursos;
6. Acesso privilegiado a mercados de língua oficial portuguesa e mercados de
língua oficial castelhana com elevado potencial de crescimento;
7. Adoção de um ERP- sistema de informação que integra todos os dados e
processos de uma organização em um único sistema;
8. Implementação de Política de certificações: implementação e certificação do
Sistema de Gestão da Qualidade (ISO 9001);
9. Oportunidades de crescimento, obtenção de vantagens competitivas e garantir a
sustentabilidade a empresas que operam no setor dos serviços.
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 58
Ameaças
1. Flutuações cambiais desfavoráveis – a crescente tendência da valorização das
moedas dos países emergentes, poderá influenciar negativamente a
competitividade dos serviços da JCS no mercado mundial;
2. Políticas comerciais agressivas por parte dos concorrentes e incertezas sobre a
crise internacional podem afetar os pagamentos às empresas (Cabo Verde);
3. A queda real dos salários e o aumento da carga fiscal, com isso, as empresas
podem diminuir na contração de serviços externos;
4. Intervenção central direta do Estado o que dificulta e atrasa a ação dos
investidores privados;
5. Obstáculos à eventual entrada de novos players.
Após fazer a análise de SWOT da JCS, elaborou-se o Quadro 5, por forma apresentar
uma síntese dessa análise.
Quadro 5- Quadro resumo da análise SWOT
Como é visível no quadro acima, a análise SWOT retrata em quais pontos a empresa
deve ter uma maior atenção. Ampliar suas forças, fortalecer suas fraquezas, aproveitar as
oportunidades e elaborar um plano de ação para as ameaças.
Forças
* Conhecimentos tácitosem contabilidade;
* Boa implementação nomercado, com uma carteirade cliente sólida;
* Conhecimentos sólidosdas legislações financeiras
e contabilísticas.
Fraquezas
* Inexistência dedepartamento Comercial;
* Escassez de recursoshumanos;
* Falta de Política decertificações;
* Serviços direcionadoapenas para o mercadointerno.
Oportunidades
* Fazer com que o serviçoseja igual no seu país deorigem e em qualqueroutro mercadointernacional;
* Acesso privilegiado amercados de língua oficialportuguesa
Portugal2020;
* Possibilidade deexpansão dos mercados.
Ameaças
* Existência de barreiras àentrada significativas nomercado nacional einternacional;
* Flutuações cambiais.
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 59
Efetuada a análise SWOT da empresa e resumindo todos os pontos fortes/fracos e as
oportunidades/ameaças, faz-se necessário cruzar estas informações para que se consiga
clarificar as medidas necessárias a serem tomadas. O Quadro 6 apresenta o resultado desse
cruzamento de informações:
Análise de Recursos Internos
Pontos Fortes Pontos Francos
An
ális
e d
as F
orç
as d
e M
erca
do
Op
ort
un
ida
des
Apostas
Apostar no mercado espanhol e cabo-
verdiano;
Prestação de serviços de contabilidade, consultoria fiscal,
gestão de recursos humanos e
aconselhamento fiscal e fiscalidade;
Dar importância à marca pela
experiência dos seus colaboradores.
Restrições
Implementação de políticas de
certificações (ISO9001);
Recurso ao sistema de incentivos do Portugal 2020;
Contratação de recurso humano (comercial internacional);
Diversificação geográfica;
Am
eaça
s Avisos
Estratégia de internacionalização
para os países: Espanha e Cabo
Verde.
Riscos
Resolução dos seguintes problemas:
Estrutura de recursos humanos;
Notoriedade da marca; Pouco recurso a novas tecnologias.
Quadro 6- Matriz Estratégica SWOT da JCS
Fonte: Adaptado de Piercy e Giles (1989) - Making SWOT Analysis Work, pp.5-7.
O cruzamento das informações no quadro acima, mostra em quais as apostas,
restrições, avisos a ser seguidos e quais as providências que a empresa precisa tomar para
evitar os riscos inerentes ao seu negócio.
4.7 Segmentação de Mercado
É fundamental para uma empresa ter conhecimento de qual é o seu público para que possa
adaptar a sua oferta de forma mais adequada ao mesmo. Os serviços prestados pela JCS são
direcionados para o mercado nacional e internacional.
A JCS pretende servir a área acima referida, mediante os conhecimentos adquiridos na
mesma ao longo dos tempos, numa área geográfica que se situa na Europa e na África. Para
melhor se compreender as características do cliente-alvo, no Quadro 7 apresenta-se a
segmentação do mercado pelas suas características.
Serviços Características do Cliente-Alvo
Contabilidade Grandes Empresas e PME's
Consultoria Fiscal Entidades Públicas, Grandes Empresas e PME's
Aconselhamento Fiscal e Fiscalidade PME's
Gestão de Recursos Humanos Grandes Empresas e PME's
Quadro 7- Segmentação de Mercado
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 60
Percebe-se que no quadro acima faz referência do segmento de mercado que a JCS
prática, onde o serviço de contabilidade é direcionado para os clientes das grandes empresas
e PME's, o serviço de consultoria fiscal são orientados para entidades públicas, grandes
empresas e PME's, o serviço de aconselhamento fiscal e fiscalidade tem com cliente alvo as
PME's e sendo que os serviços de gestão de recursos humanos são para grandes empresas e
PME's.
4.8 Marketing-Mix
a) Serviços
A JCS objetiva ser uma menção pela qualidade dos serviços prestados aos seus
clientes. A empresa tem como propósito satisfazer todas as necessidades dos seus clientes,
oferecendo, para isso, serviços de elevada qualidade, sendo que o negócio principal é a venda
dos serviços. Para que os serviços sejam enquadrado no quesito de qualidade, faz se menção
a importância de praticar as práticas da ISO 9001. No site da empresa JCS encontra a
descrição de cada serviço, como:
Consultoria Fiscal: consultoria é muito utilizada de maneira formal dentro
das empresas, entanto, não se limitando a elas. Os desafios empresariais estão
cada vez maiores e mais graves. A perda do controlo, a incessante busca pela
redução de custos, as alterações em leis e regulamentações das atividades são
alguns exemplos das atuais dificuldades que comprovam a urgência do
conhecimento dentro das organizações. Assim, a consultoria fiscal apoio na
definição de uma estratégia fiscal adequada a cada situação específica,
alcançando o equilíbrio entre riscos fiscais identificados e as oportunidades
associadas muitas empresas buscam no ambiente externo esse conhecimento,
para que possam receber uma visão mais crítica e imparcial para auxiliá-las. A
JCS com sua capacidade organizacional e com profissionais qualificados, coloca
no mercado serviços especializados de consultoria tais como:
Revisão de declarações fiscais;
Apoio no planeamento do fecho anual de contas de sociedades, incluindo a
preparação e revisão de estimativas de imposto;
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 61
Revisão dos procedimentos ao nível fiscal, com o objetivo de identificar
riscos e oportunidades, prestando apoio, numa fase posterior, na
implementação das recomendações;
Apoio no âmbito de processos fiscais administrativos em consequência de
procedimentos de inspeção fiscal, entre outros.
Contabilidade - Contabilidade é um trabalho minucioso de análise das áreas
fiscal, tributária e trabalhista de uma empresa, instituição ou entidade
governamental ou não governamental. Portanto, é uma atividade que exige
tempo para análise. Muitas empresas contratam firmas ou escritórios de
contabilidade para prestar esse serviço. Em muitos casos, não há vantagem
financeira em manter uma estrutura contábil. Até mesmo porque muitas
empresas são obrigadas a realizar auditorias periódicas. Sendo assim, a JCS
oferece para seus clientes serviços para duas grandes áreas da contabilidade geral
e analítica:
Análise, preparação, classificação e registo informático dos documentos;
Contas correntes de clientes individualizadas;
Contas correntes de fornecedores individualizados;
Sistema de inventário permanente de existências;
Contabilização das contas correntes de Letras;
Manutenção dos Livros de Registo de Letras.
Aconselhamento Fiscal e Fiscalidade - Para análise da evolução da atividade e
resultados da empresa, um conjunto de informação e gestão, que permite aos
responsáveis conhecerem a situação da sua empresa e anteciparem decisões.
Gestão de Recursos Humanos:
Inscrições na Segurança Social;
Processamento de salários e subsídios;
Entrega de documentação às entidades oficiais (Inspeção do Trabalho,
Segurança Social, Finanças, IEFP, entre outros).
b) Preços
A estratégia de preços a perfilhar pela JCS para a sua gama de serviços, apoia-se na
comparação de preços da concorrência. Está comparação tem o intento de se “nivelar” ao
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 62
mercado. A definição desta estratégia deve-se ao facto de existirem concorrentes fortes e
um dos principais objetivos da JCS é conquistar novos clientes.
Será elaborado pela empresa uma tabela de preços anualmente com todos os
serviços ofertados e essa tabela de preços será um dos principais meios de comunicação
da empresa.
c) Distribuição
A análise da distribuição, constitui em descrever de modo a empresa consegue
dispor os seus produtos e/ou serviços aos clientes, igualmente, de que forma aufere a
empresa os seus aprovisionamentos, ou seja, a relação com os fornecedores. Desse modo,
deve ser feita referência quer à forma como vai ser efetuada a distribuição física, quer à
escolha dos canais através dos quais se vai resultar à compra e à venda.
No caso da JCS, que atua no mercado de prestação de serviços de Contabilidade e
Consultoria, e uma vez que são os clientes que vão até a empresa do prestador de serviço,
não necessita de distribuição física. Em Portugal, a empresa utiliza o canal de Marketing
Direto, ou seja, é a única responsável pelo fornecimento dos seus serviços.
d) Promoção e Comunicação
A principal via de promoção e comunicação da JCS é a venda pessoal, com envio
direto de um conjunto de documentos digitais que contêm toda a informação necessária para
que o cliente conheça a empresa e os seus serviços. A empresa irá também contar com visitas
promocionais de serviços junto dos potenciais clientes. Nesta área, a confiança no serviço
da empresa é a chave para o sucesso da mesma, logo, uma das principais formas de promoção
e comunicação é recorrendo ao word of mouth decorrente das boas experiências que os
clientes vão retirando dos serviços prestados pela empresa.
Na vertente da exportação, a estratégia assentará, numa primeira fase, com visita de
contacto direto para prospeção de novos clientes, para em seguida se passar à consolidação
de parcerias com empresas locais e na definição de uma estratégia de pricing adequada a que
estas possam escalar o negócio nos mercados internacionais.
A promoção da atividade comercial da JCS será focada em contactos diretos que
possam refletir em notoriedade junto dos mercados alvo, nomeadamente:
Visita de Promoção dos Serviços e Soluções da Empresa (Cabo Verde e Espanha);
Criação de elementos físicos para marketing internacional (folhetos e brochuras em
Papel).
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 63
Como forma de complementar a promoção e comunicação da empresa e das suas
soluções, a empresa irá desenvolver o seu site institucional de acordo com os seus
mercados alvo (multi-conteúdos e multilingue) e espelhando os seus serviços e
soluções, objetivando:
A criação e disseminação de informações sobre as soluções;
A criação de consciência sobre as suas soluções;
A adaptabilidade da informação a cada língua nos mercados alvo;
A influência na compra dos clientes.
4.9 Formulação da Estratégia
É a trajetória de ação com vistas a garantir que a empresa alcance seus objetivos.
Formular estratégias é, então, planear e selecionar estratégias que levem à realização dos
objetivos organizacionais.
4.9.1 Matriz Ansoff
É a trajetória de ação com vistas a garantir que a empresa alcance seus objetivos.
Formular estratégias é, então, planear e selecionar estratégias que levem à realização dos
objetivos organizacionais.
Figura 8- Matriz Ansoff/Adaptada
Fonte: “Matriz Ansoff” Horácio, 2016
Após analisar a matriz Ansoff, recomenda-se para a JCS que seja utilizada a estratégia
de penetração de mercado, pois a mesma, pretende exportar os mesmos serviços praticados
no mercado nacional para o mercado internacional, nesse caso, para os países Espanha e
Cabo-Verde, sendo que esses países apresenta um crescimento económico na área no setor
terciário.
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 64
Essa decisão em expandir os seus serviços para o mercado externo, surgiu com alguns
contatos que a JCS estabeleceu nos países acima citados e por causa da oportunidade do
projeto de investimento ser financiado até 45% (incentivo não reembolsável) pelo Sistema
de Incentivos à Qualificação e Internalização das PME's do programa Portugal 2020.
4.9.2 Ações Estratégicas
A empresa JCS pretende concorrer aos fundos comunitários, através do programa
Portugal 2020, nas tipologias das ações de Qualificação e Internacionalização das PME’s.
Para esse projeto, foi necessário elaborar um plano de investimento que abrangesse as
despesas elegíveis, tais como:
a) Inovação Organizacional e Gestão- Qualificação
A empresa JCS objetiva concretizar um processo de expansão empresarial, apesar de
está alguns anos no mercado, não possui um software (ERP) atualizado que possa ampliar a
capacidade de gerir dados sobre seus clientes e mercado, aperfeiçoando a sua competência
de reação às mudanças observadas.
Outro investimento necessário é um parecer prévio sobre a viabilidade do projeto de
investimento de expansão empresarial da JCS e a razoabilidade da sua realização,
contemplando a componente e diagnóstico empresarial (o que é a empresa hoje, suas
fraquezas e pontos fortes), estratégia empresarial (para onde quer ir para o futuro, que
segmentos de mercado, que produtos, como chegar ao mercado), plano de ação
(investimentos a realizar nos próximos 3 anos) e estudo de viabilidade económico-financeiro
do projeto de investimento;
Investimentos a realizar
Software;
Estudos Estratégicos e Económico-financeiro.
b) Economia Digital e Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC)
A criação de um site institucional multi-idioma e multi-conteúdos está previsto no
projeto e o mesmo irá permitir divulgar, tanto a nível nacional como internacional, a marca,
produtos e serviços. Também, por forma a divulgar e garantir a efetividade do site
institucional, considera-se imperativo investir na sua divulgação. Para Economia Digital e
Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC) o Google Adwords é, de momento, a
melhor ferramenta para o efeito pois permite a criação de um conjunto de palavras-chave
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 65
que, após configurações, publicitarão no site em resultados de buscas definidas
estrategicamente.
Investimento a realizar
Google Adwords como otimização de motores de busca.
c) Criação de Marcas e Design
Hoje em dia, o tempo tornou-se um bem extremamente valioso, os clientes têm pressa
na realização das suas necessidades e carecem de se sentir seguros nas decisões que tomam,
o que envolve informá-los de maneira correta, célere e objetiva. Portanto, a Marca tem esta
atribuição de informar aos clientes de forma célere e visual, disseminando, através da
mensagem, das cores e do design, é algo sobre a notabilidade e benefícios dos serviços e da
empresa.
Em relevância dos fatores que foram descritos acima é de suma importância que a JCS
cria sua própria marca, com o intuito de formar uma identidade da empresa, uma vez que o
setor de contabilidade é extremamente concorrido, implicando a necessidade de se distinguir
dos seus concorrentes.
A imagem da marca (imagem corporativa) é o grande património da empesa, aliás é
onde assenta um diferencial na mente do consumidor, prevenindo que os serviços prestados
pela empresa sejam confundidos com outros dos seus concorrentes.
Investimento a realizar
Criação e Marca e Figurativo.
d) Proteção de Propriedade Industrial
Com o registo e a utilização da marca no mercado interno e internacionais, a JCS
conseguirá, de uma forma mais objetiva, promover o reconhecimento da sua identidade
perante os atuais e futuros clientes.
Para a JCS é importante que seja registada sua marca após sua criação, pois trará um
forte componente para o sucesso da sua internacionalização, com intuito de criar uma forte
identidade corporativa, tendo como segurança a proteção dos seus serviços.
Investimento a realizar
Registo da marca nacional e internacional
e) Qualidade
Com a evolução dos negócios e o aumento da concorrência obriga as empresas a um
acréscimo na preocupação na qualidade na prestação dos seus serviços. A qualidade dos
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 66
serviços possibilita praticar preços mais elevados do que os ofertados pela concorrência,
resultando assim, num aumento considerável das receitas. Esta é a forma mais eficaz de
aumentar a probabilidade de satisfação dos clientes, diminuindo desperdícios e custos, e
assim, tornarem-se mais competitivas no mercado.
Para que a JCS tenha seus processos normalizados, é de suma relevância que a mesma
adota o Sistema de Gestão de Qualidade - ISO 9001, sendo que essa adoção trará uma
notoriedade dos seus serviços prestados ao nível nacional e futuramente para o mercado
internacional.
Investimento a realizar
Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) - Consultoria de Implementação;
Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) - Auditorias de Concessão e
Instrução do Processo;
Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) - Pré-Auditoria de Concessão;
Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) - Auditorias de Concessão de 1ª e 2ª
fase.
f) Presença na WEB, através da Economia Digital
É sabido que internet pode gerar um grande impacto na competição entre as empresas
por vários motivos, porque pode possibilitar uma ligação entre fornecedores e compradores
de uma forma única, em todo o mundo, surgindo novas oportunidades de negócio e
permitindo uma melhoria na qualidade dos relacionamentos já existentes. Contundo, faz se
necessário, que a JCS invista na web através da economia digital, pois a mesma, além de
alargar sua notoriedade a nível nacional, o mercado internacional começa a conhecer seus
serviços prestados.
Investimento a realizar
Site Institucional, serviços para endereçar Portugal e Mercados internacionais
(Multi-Idioma e Multi -Conteúdos).
g) Desenvolvimento e Promoção Internacional de Marcas (Ações de Promoção)
O desenvolvimento e promoção internacional de marca tem como objetivo promover
a internacionalização do tecido empresarial regional, sendo assim, é necessário que a
empresa JCS invista nesse investimento, para que sua marca seja conhecida nos mercados
em que a mesma quer internacionalizar seus serviços, desde modo, o investimento centra
em fazer visitas de promoção dos serviços em Espanha e Cabo-Verde.
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 67
Investimento a realizar
Ações de promoção dos serviços da empresa junto da procura internacional e Visita
de Follow-Up de contatos comerciais obtidos durante a participação em Feiras e Eventos
Internacionais como Visitante.
1 Visita de Promoção dos Serviços e Soluções da Empresa em 2017: (1 em
Espanha e 1 em Cabo-Verde);
1 Visita Promocional de Produtos e Serviços junto dos potenciais Clientes em
2017: (1 em Espanha);
1 Visita de Promoção dos Serviços e Soluções da Empresa em 2018: (1 em
Cabo-Verde);
2 Visitas Promocionais de Produtos e Serviços junto dos potenciais clientes
Viagens em 2018 (2 em Espanha).
Para ter um melhor relacionamento com os contactos nos países acima retrato, a JCS
pretende realizar cinco viagens de promoção e follow up comercial para o acompanhamento
dos contactos comerciais obtidos anteriormente, através dos comerciais internacionais.
Todo este processo de presença contínua nos mercados internacionais deverá ter sempre o
acompanhamento de consultoria especializada de prospeção, presença em feira e
promoção, por forma a maximizar a eficiência e eficácia das ações internacionais a realizar.
O número de visitas de promoção dos serviços e soluções da empresa JCS foram
estabelecidos conforme a capacidade do corpo diretório da empresa em realizar as visitas
de follow-up, tendo em consideração que apenas há um recurso humano na direção da
empresa.
h) Prospeção e Presença em Mercados Internacionais- Prospeção de novos
Clientes
Tendo como propósito de minimizar os riscos implícitos à internacionalização, é
sempre necessária a busca de informações primárias, ou seja, ir ao campo e saber
diretamente do mercado potencial e os seus desejos sobre determinado produto ou serviço.
Em linhas gerais, o contato pessoal com o mercado serve para estudar o mesmo, observar
a concorrência, e, acima de tudo, prospetar potenciais clientes.
Essas visitas de contato direto (através visitas promocionais) irão resultar na
abordagem direta aos potenciais clientes dos serviços da empresa, visando dar a conhecer
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 68
a empresa e os seus serviços, bem como estabelecer as bases para uma atividade mais
permanente.
Para esse efeito, a empresa será primordial realizará diversas viagens de prospeção
de potenciais clientes e contato com a procura internacional, ao longo do período de
vigência do projeto.
Investimento a realizar
Viagens (uma em cada país, Espanha e Cabo-Verde) de prospeção que terá
como objetivo central encontrar mercados que se adequem o mais possível ao
tipo de negócio da JCS, para ser desenvolvido e que permitam à empresa
exportar seus serviços, por forma de: i) identificar o estado da arte e o nível de
serviços de consultoria fiscal e contabilidade para os mercado Africano (Cabo
Verde) e Europeu (Espanha) em especial enfoque às empresas de medio e
pequena dimensão, além de avaliar o potencial das possíveis marcas
concorrentes e dos seus e serviços; e ii) identificar potenciais clientes nos
mercados geográficos internacionais;
i) Marketing Internacional
É um método que visa aprimorar os recursos e nortear os objetivos de uma empresa
através das oportunidades de um mercado global. Para que a empresa tenha sucesso a nível
internacional, é necessário acompanhar as ações de abordagem aos clientes com elementos
de marketing adequados aos mercados (imagem, linguagem, entre outros). Para isso, será
necessário investir em:
Investimento a realizar
Conceber um Vídeo Promocional dos serviços da empresa, para mercados
internacionais;
Criar Material Promocional de Marketing Internacional, através de Folhetos
e Brochuras (bilingues- Português e Castelhano) com os serviços da empresa,
em papel e em formato digital, incluindo-se a conceção, produção e tradução
deste material;
j) Introdução e novo Método de Organização nas Práticas Comerciais ou nas
Relações Externas
A análise diagnóstica de projetos é uma preocupação constante dos atuais e futuros
empreendedores conscientes. Desse modo, todas as decisões no que tange à estratégia
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 69
precisam ser avaliadas criteriosamente. Novo método de organização é uma forma de
organizar um estudo com o intuito principal de analisar a sua viabilidade.
Investimento a realizar
Contratação de um (1) Recurso Humano;
Estudo de Mercado Internacional - Parecer sobre a melhor forma de
internacionalização (Espanha e Cabo Verde).
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 70
5 Estudo da Viabilidade Económica e Financeira do Projeto
Para o estudo da viabilidade económica e financeira da empresa JCS foi utilizado como
recurso de apoio, a folha de cálculo da empresa Globalseven que demonstrou todas as
previsões necessárias para esse estudo. Este modelo visa estruturar a ideia do negócio, fazer
o apuramento das necessidades de financiamento, assim como verificar a viabilidade do
negócio em termos de performance nos seus primeiros anos de vida. No final deste capítulo
será feito uma análise crítica sobre a importância da informação na tomada de decisão no
projeto de investimento.
5.1 Pressupostos Económicos e Financeiros
Os pressupostos que serviram de base à elaboração da análise económica e financeira
do projeto apresentam na Tabela 1:
Unidade monetária Euros
1º Ano de investimento 2016
Prazo médio de Recebimento (dias) 60
Prazo médio de Pagamento (dias) 60
Taxa de IVA- Prestação Serviços 23%
Taxa de IVA-FSE 23%
Taxa de Segurança Social - entidade- órgãos sociais 20,30%
Taxa de Segurança Social - entidade- colaboradores 23,75%
Taxa de Segurança Social- pessoal- órgãos sociais 9,30%
Taxa de Segurança Social- pessoal- colaboradores 11,00%
Taxa média de IRS 15%
Taxa de IRC 26,50%
Taxa de juro de empréstimo ML Prazo 0%
Tabela 1- Pressupostos Económicos e Financeiros
O Prazo Médio de Recebimentos (PMR), reflete o prazo efetivo que a empresa demora
a receber dos seus clientes aquilo que lhes fatura. A definição deste valor em 60 dias teve
em conta com os prazos negociados com os clientes, a fim de definir um período não
prolongado de pagamento melhorando a eficiência da empresa nas suas cobranças.
O PMR é fundamental, na medida em que enquanto uma empresa vende e não recebe,
está a providenciar um crédito ao cliente, e esse crédito é, na ótica da empresa, algo que tem
que ser financiado.
Assim, quanto mais baixo o PMR, maior a eficiência da empresa nas suas cobranças,
e menor o dinheiro que tem que ter o ativo não corrente no seu fundo de maneio.
O aumento do PMR pode ser uma estratégia comercial da empresa, visto que a
concessão de crédito é uma forma de facilitar a venda, mas pode também constituir um alerta
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 71
vermelho, se indicar que a empresa está a encontrar dificuldades em vender e apenas o
consegue com um financiamento exagerado dos seus clientes. Um aumento do PMR também
expõe a empresa a um maior risco de crédito dos seus clientes.
O Prazo Médio de Pagamentos (PMP) reflete no prazo real que a empresa demora a
pagar aos seus fornecedores. Este valor foi definido num valor de 60 dias, permitindo uma
melhor gestão financeira nos pagamentos. Este prazo é bastante importante, pois enquanto a
entidade não paga aos fornecedores, estes é que financiam a sua atividade. Em suma, quanto
mais elevado o PMP for, maior é a parcela da atividade da entidade a ser financiada pelos
fornecedores, e menos dinheiro tem que ter os ativos não correntes no seu fundo de maneio.
O aumento do PMP pode ser uma estratégia da empresa até certo ponto, desde que não
interfira com as relações com os fornecedores, isto é, com as condições que estes
providenciam a nível de preço e disponibilidade. Pode também ter influencia na empresa os
possíveis descontos de pronto pagamento dos quais poderá estar a prescindir quando estica
ao máximo os seus prazos de pagamento.
As taxas de Segurança Social a empresa foram caracterizadas de acordo com o Código
dos Regimes Contributivos do Sistema Previdencial de Segurança Social, documento
oriundo Direção-Geral da Segurança Social (DGSS).
5.2 Plano de Investimento
A necessidade de investir em ativos que estruturem a empresa JCS com meios
necessários para o seu desenvolvimento constam na seguinte Tabela 2 de investimento.
Designação
Ano
2016 2017 2018
Projetos e Estudos 27 756 11 089 16 667 0
Certificação 18 360 0 18 360 0
Programa de Computador 22 247 22 247 0 0
Promoção e Publicidade 29 333 8 333 21 000 0
Outro Ativo Fixo Intangível 35 515 3 950 18 543 13 022
Total 133 211,00 € 45 619,00 € 74 570,00 € 13 022,00 €
Tabela 2- Plano de Investimento
A vida útil do investimento para este projeto foi baseada na área de negócio.
Especificamente o período de análise (2016 - 2020) foi delineado tendo em conta um período de
análise curto.
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 72
A empresa JCS, previu um custo total de 133.211,00€ em que para 2016 o valor atinge os
45.619,00€, para 2017 o valor de 74.570,00€ e para 2018 o valor de 13.022,00€. O aumento
verificado de 2016 para 2017, deve-se ao fato de ter previsto gastar mais verbas com publicidade
e promoção, entre outros ativos fixos intangíveis necessários para o avanço da empresa para bons
resultados. De 2017 para 2018, deu se uma diminuição significativa, devido ao fato de deixar de
ser contabilizado com despesa, as implementações de qualidade, de software, de aquisição de
folhetos e brochuras e a diminuição de viagem de prospeção.
5.3 Plano de Tesouraria
A análise aos créditos sobre clientes e outros devedores e dos débitos a fornecedores
possibilita antecipar o saldo de tesouraria ao longo dos vários meses, que resulta da diferença
entre os totais previsionais e recebimentos e de pagamentos de exploração. Como
pressupostos de tesoura encontra-se:
Prazo Médio de Recebimento 60 dias;
Prazo Médio de Pagamento 60 dias;
Custos com o Pessoal pagos no ano;
Imposto sobre o Rendimento pago no ano seguinte;
Retenções do Imposto sobre o rendimento dos colaboradores liquidadas
mensalmente;
Segurança Social liquidada mensalmente;
Imposto sobre o Valor Acrescentado Liquidado trimestralmente.
Conforme previsto na Tabela 3 Tabela 3, prevê-se para 2016, necessidades de tesouraria
de (30.660,00€), a empresa tem de programar um pedido de financiamento para esse período
de modo a suprimir essas necessidades (normalmente o empréstimo é acompanhado de
despesas adicionais para além da devolução do montante emprestado – ver serviço de dívida
de curto prazo).
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 73
2016 2017 2018 2019 2020
Necessidades
Existências 0 0 0 0 0
Matérias-primas e Subsidiárias 0 0 0 0 0
Produtos em Acabados e em Curso 0 0 0 0 0
Mercadorias 0 0 0 0 0
Outros 0 0 0 0 0
Provisões para Depreciação de Existências 0 0 0 0 0
Dívidas de Terceiros 92201 119810 142006 142747 131956
Clientes C/C 21048 33341 44607 51850 56957
Provisões p Cobrança duvidosa 0 0 0 0 0
Estado e Outros Entes Públicos 0 0 0 0 0
Outros 71154 86469 97399 90897 74999
Adiantamentos a Fornecedores (correntes) 0 0 0 0 0
Outros (Acréscimos e Diferimentos) 311 448 530 530 486
Total das Necessidades 92512 120259 142536 143277 132442
Recursos
Fornecedores 0 0 0 0 0
Fornecedores C/C 0 0 0 0 0
Fornecedores Imobilizado
Outros (Devedores e Credores) 0 0 0 0 0
Adiantamentos de Clientes (correntes)
Estado e outros Entes Públicos (correntes) 1361 1578 6755 8607 9423
Outros (Acréscimos e Diferimentos) 13686 29274 15122 1953 0
Total dos Recursos 15046 30851 21877 10560 9423
Fundo de Maneio Necessário 77466 89407 120659 132717 123019
Investimento em Fundo de Maneio Necessário -30660 11941 31252 12058 -9698
Tabela 3- Plano de Tesouraria
Para 2017, 2018 e 2019, prevê-se que existe um excesso de tesouraria, pois o saldo
acumulado 2017 é maior que o saldo mínimo de tesouraria de 2016. Tal como as
necessidades de tesouraria os excessos são calculados como a diferença entre o saldo mínimo
e o saldo acumulado
5.4 Plano de Exploração
A disponibilização de serviços está inserida no core-businesses da empresa. Estes
serviços é a principal e única fonte de recebimento da empresa.
2016 2017 2018 2019 2020
Prestação de
Serviço
108 213€ 175 341€ 237 005€ 276 479€ 304 162€
Taxa de crescimento
59,0%* 62,0% 35,2% 16,7% 10,0%
Tabela 4- Plano de Exploração
*prestação de serviços em 2015 foi de 68 064€
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 74
A taxa de crescimento dos serviços foi estruturada de acordo com as previsões do
promotor na capacidade da empresa e na relação entre a estratégia de penetração no mercado
e o respetivo impacto. Neste aspeto foi considerado como elemento fundamental, a criação
de um Estudo de Mercado Internacional como elemento de extrema importância no
levamento da concorrência, quais os preços praticam. Para os serviços (atividades de
consultoria, científicas, técnicas e similares) espera-se ao fim do primeiro ano um
crescimento exponencial. A fórmula do cálculo encontra se no anexo 1.
5.5 Fornecimento e Serviços Externos - FSE
A Tabela 5 de Fornecimentos e Serviços Externos indica-nos os gastos gerais
suportados pela empresa promotora no âmbito do projeto.
Foram considerados Custos Variáveis, ou seja, custos que variam em função do
volume de negócios, os referentes às seguintes rubricas:
Descrição 2016 2017 2018 2019 2020
Subcontratos 40,76 41,53 42,32 43,13 43,95
Eletricidade 1158,02 1180,02 1202,45 1225,29 1248,57
Combustíveis 0 0 0 0 0
Água e Outros Fluídos 0 0 0 0 0
Fer. e Utens. Desgaste Rápido 137,29 139,90 142,56 145,27 148,03
Livros e Doc. Técnica 144,95 147,71 150,51 153,37 156,29
Material de Escritório 1193,80 1216,48 1239,59 1263,15 1287,15
Artigos para Oferta 9,85 10,04 10,23 10,43 10,62
Rendas e Alugueres 0 0 0 0 0
Despesas de Representação 36,99 37,69 38,41 39,14 39,88
Comunicação 345,07 351,63 358,31 365,12 372,06
Seguros 42,09 42,89 43,71 44,54 45,39
Royalties 0 0 0 0 0
Transporte de Mercadorias 0 0 0 0 0
Transporte de Pessoal 0 0 0 0 0
Deslocações e Estadas 474,36 483,38 492,56 501,92 511,46
Comissões 0 0 0 0 0
Honorários 171,83 175,10 178,43 181,82 185,27
Contencioso e Notariado
98,33 100,20 102,11 104,05 106,02
Conservação e Reparação 0 0 0 0 0
Publicidade e Propaganda 99,86 101,76 103,69 105,66 107,67
Limpeza, Higiene e Conforto 10,39 10,59 10,79 11,00 11,21
Vigilância e Segurança 0 0 0 0 0
Trabalhos Especializados 12879,63 13124,34 13373,71 13627,81 13886,73
Outros Fornecimentos e
Serviços
604,28 615,76 627,46 639,38 651,53
Total 17447,53 17779,04 18116,84 18461,06 18811,82
Tabela 5- Fornecimentos de Serviços Externos (euros)
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 75
Os custos apreciados foram apoiados em 3 vertentes da empresa:
Definição estratégica da empresa: destacando os custos ligados à publicidade
e propaganda;
Aquisição de meios físicos: adquirindo bens materiais essenciais ao
funcionamento da empresa, como material de escritório e trabalhos
especializados;
Critérios de operacionalidade da empresa: representando custos mensais
básicos como a eletricidade, a água ou combustíveis.
5.6 Gastos com o Pessoal
A empresa JCS vai contratar dois recursos humanos, sendo que o RH comercial
internacional, a empresa pretende que custeado pela aprovação na candidatura ao Sistema
de Incentivo de Internacionalização. Já o outro RH, administrativo-financeiro, está previsto
que seja contratado pela evolução normal da empresa.
Custos com Pessoal
Técnico Salário Base Evolução 2,00% 2,00% 2,00% 2,00%
Ano 2016 2017 2018 2019 2020
TOTAL 34 663 35 356 36 063 36 785 37 520
Adm. Financeiro 900,00 € 16 815 17 151 17 494 17 844 18 201
Comercial Internacional 900,00 € 16 815 17 151 17 494 17 844 18 201
Tabela 6- Custo com Pessoal
Percebe que na tabela acima demonstram os custos com pessoal para os cargos de
Administrativo-financeiro e Comercial Internacional.
A necessidade da empresa em garantir condições aos colaboradores (principais
recursos da empresa) que promovam variáveis como a motivação e o empenho, essenciais
ao cumprimento das suas funções com a qualidade exigida pela empresa, permitiu a
definição de uma taxa de crescimento anual de 2% nos valores anuais totais das
remunerações.
Em relação aos gastos com pessoal, foram considerados:
Segurança Social dos Órgãos Sociais – 20,30%
Segurança Social do Pessoal – 23,75%;
Seguros Acidentes de Trabalho – 1,5%;
Subsídio de Alimentação – (4,27€ x 22 dias = 94,0€/mês).
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 76
5.7 Mapa de Amortizações e Depreciações
Nas amortizações e depreciações foram calculados com base no método das quotas
constantes e de acordo com a legislação vigente, tendo em consideração o ativo intangível
que a Empresa irá adquirir com este projeto.
Ativos intangíveis 2015 2016 2017 2018 2019
Estudos e Projetos
- 11.088,89 16.666,67 - -
Projetos de Arquitetura e Engenharia, Certificação - - 18.360,00 - -
Investigação e Desenvolvimento - - - - -
Propriedade Industrial e outros direitos - - - - -
Goodwill - - - - -
Assistência Técnica - - - - -
Programas de Computador - 22.246,67 - -
Promoção e Publicidade - 8.333,00 21.200 - -
Outros Ativo Intangível - 3.950 18.543,4 13.021,7 -
Tabela 7- Amortizações e Depreciações do Período (euros)
Aos investimentos realizados em ativos intangíveis está associada a taxa de
depreciação e amortização (33,33%) e calculada com base no Decreto Regulamentar
25/2009, de 14 de setembro.
De acordo, com a tabela acima apresentada, verifica-se que para 2016 o ativo com
maior valor de amortização é os programas de computadores com valor a atingir os
22.246,67€, de seguida os estudos e diagnósticos com valor de 11.088,89€, em relação a
2017 os projetos de arquitetura e engenharia, certificação atinge o ativo com o valor de
18.360,00€, o ativo com maior valor apresentado é a promoção e publicidade com
21.200,00€.
5.8 Demostração dos Resultados Previsional
A Demonstração dos Resultados Previsional permite obter a lista dos custos e
proveitos previsionais relativos às operações registadas no estudo de viabilidade económica
e financeira do negócio. Este mapa engloba os dados retratados nas tabelas anteriormente
apresentadas em conjunto com o plano de financiamento, descriminado no ponto seguinte
deste estudo.
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 77
2015 2016 2017 2018 2019 2020
Vendas e Serviços Prestados 68064,2 108212,8 175340,86 237004,63 276478,61 304161,82
Subsídios à Exploração 0 0 0 0 0 0
Ganhos / Perdas imputados de
subsidiárias, associadas e empreend. conj.
0 0 0 0 0 0
Variação nos inventários da
produção
0 0 0 0 0 0
Trabalhos para a própria entidade 0 0 0 0 0 0 Custo das mercadorias vendidas e
matérias consumidas
0 0 0 0 0 0
Fornecimentos e serviços externos (7122,21) (17447,532) (17779,035) (18116,837) (18461,057) (18811,817)
Gastos com pessoal (37252,56) (37997,611) (38757,563) (57026,874) (76011,454) (77531,684) Ajustamentos de inventários
(perdas / reversões)
0 0 0 0 0 0
Imparidade de dívidas a receber
(perdas / reversões)
Provisões (Aumentos/reduções) 0 0 0 0 0 0
Imparidades investimentos não
depreciáveis/amortizáveis
(perdas/reversões)
Aumentos / reduções de justo valor
Outros rendimentos e ganhos 3398,23 10241,063 21726,539 23863,204 17212,951 6199,6497
Outros gastos e perdas (837,95) (1175,1954) (1904,2089) (2573,88) (3002,569) (3303,2098)
Resultados antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos
16249,71 61833,525 138626,59 183150,24 196216,48 210714,75
Gastos / reversões de depreciação e
de amortização
0 (15206,296) (40129,653) (44470,22) (29263,924) (4340,5672)
Imparidade de ativos depreciáveis / amortizáveis (perdas / reversões)
Resultado operacional (antes de
gastos de financiamento e
impostos)
16249,71 46627,228 98496,94 138680,02 166952,56 206374,19
Juros e rendimentos similares
obtidos
0 0 0 0 0 0
Juros e gastos similares suportados (5981,19) (5981,19) (6456,353) (6779,1707) (7118,1292) (7474,0357)
Resultado antes de impostos 10268,52 40646,038 92040,587 131900,85 159834,43 198900,15 Imposto sobre o rendimento do
período
1874,83 10771,2 24390,755 34953,726 42356,123 52708,54
Resultado líquido do período 8393,69 29874,838 67649,831 96947,128 117478,3 146191,61
Tabela 8- Demonstração dos Resultados Previsional
O Mapa de Demonstração de Resultados Previsional permitir-lhe-á obter a lista dos
custos previsionais e proveitos previsionais relativos às operações registadas. Serão
consideradas tanto as operações já efetuadas como aquelas ainda não concluídas: o registo
dos custos e proveitos é efetuado quando do registo da tarefa/ato processual a que respeitam,
independentemente da sua data de conclusão ou da emissão da nota de honorários.
No mapa, surgirão também como proveitos previsionais, os juros financeiros obtidos,
resultantes de planos de pagamento acordados com clientes. Estes juros serão registados
assim que o plano de pagamentos é definido, ficando associados à data de vencimento de
cada prestação. Assim, serão projetados na demonstração de resultados previsional que
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 78
corresponder a esse período. O resultado líquido, no final do mapa, apresentará os proveitos
previsionais deduzidos dos custos previsionais.
5.9 Plano de Financiamento
O processo de financiamento é um processo muito específico que visa prover à
empresa os meios financeiros necessários, de forma a dar cobertura aos investimentos
realizados em ativos fixos tangíveis e ativos intangíveis. A seguinte Tabela 9 demostra a
estrutura de financiamento necessária para o presente projeto.
Total
2016 2017 2018
Capitais próprios 73375,86 25090,39 41123,54 7161,94
Capital Social 0 0 0 0
Prestações Suplementares de Capital 73375,86 25090,39 41123,54 7161,94
Autofinanciamento (1) 0 0 0 0
Outros 0 0 0 0
Subtotal 73375,86 25090,39 41123,54 7161,94
Capitais Alheios
Dívidas a Instituições de Crédito 0 0 0 0
Empréstimos Obrigacionistas 0 0 0 0
Suprimentos 0 0 0 0
Fornecedores Imobilizado 0 0 0 0
Locação Financeira 0 0 0 0
Outras 0 0 0 0
Subtotal 0 0 0 0
Subsídios
Fundo Perdido 60034,80 20528,50 33646,53 5859,77
Reembolsável 0 0 0 0
Subtotal 60034,80 20528,50 33646,53 5859,77
Financiamento Total 133410,66 45618,89 74770,07 13021,70
Tabela 9- Cobertura Financeira do Projeto
A empresa irá concorrer em duas candidaturas ao programa de incentivos
Portugal2020, no âmbito do Sistema de Incentivos à Qualificação e Internacionalização das
PME.
O valor do financiamento total, advém dos capitais próprios (Capital Social +
Prestações suplementares), de capitais alheios, tais como empréstimos bancários, e de
subsídios a fundo perdido/não reembolsáveis ou de reembolsáveis. Todavia, de acordo com
o sistema de incentivo, qualificação e internacionalização, a taxa máxima a aplicar é de 45%
sobre o valor total do investimento, os restantes 55% são subdivididos pelos capitais
próprios, autofinanciamento e capitais alheios.
Assim, o montante concedido pelo incentivo foi calculado aplicando uma taxa de 45%
(de acordo com a tipologia do investimento/sistema de incentivo) ao investimento elegível
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 79
total do projeto, com um montante de 133 410,66€, em que o valor do incentivo é
60 034,80€.
5.10 Balanço Previsional
O Balanco previsional indica os ativos, passivos e a situação patrimonial da empresa.
Análise e interpretação dos rácios, a compreensão da origem e aplicação de fundos e a análise
aos ativos indispensáveis à atividade e as obrigações relativas a esses ativos são os principais
elementos a verificar.
2016 2017 2018 2019 2020
Ativo
Ativo Não Corrente 30448,81 65089,23 33640,71 4376,787 36,22013
Ativos Fixos Tangíveis 36,22 36,22 36,22 36,22 36,22 Propriedades de Investimento 0 0 0 0 0
Trespasse (Goodwill) 0 0 0 0 0
Ativos Intangíveis 30412,59 65053,01 33604,49 4340,567 0,000133
Ativos Biológicos
Participações Financeiras - MEP 0 0 0 0 0
Participações Financeiras - Outros Métodos 0 0 0 0 0
Acionistas/Sócios 0 0 0 0 0
Outros Ativos Financeiros 0 0 0 0 0 Ativos por Impostos Diferidos
Ativo Corrente 150505,6 240443,7 367027,2 502451,9 651847,1
Inventários 0 0 0 0 0
Ativos Biológicos
Clientes 21047,56 33340,99 44606,91 51849,99 56957,45
Adiantamentos a Fornecedores 0 0 0 0 0
Estado e Outros Entes Públicos 0 0 0 0 0
Acionistas/Sócios 0 0 0 0 0 Outras Contas a Receber 71153,62 86469,47 97399,16 90897,08 74998,8
Diferimentos 311,13 448,1195 529,9996 529,9483 485,8424
Ativos Financeiros detidos para Negociação 10666,4 22105,01 41289,47 66061,14 95531,43
Outros Ativos Financeiros
Ativos não correntes detidos para venda
Caixa e Depósitos Bancários 47326,9 98080,09 183201,7 293113,7 423873,6
Total do Ativo 180954,4 305532,9 400667,9 506828,7 651883,3
Capital Próprio
Capital realizado 5000 5000 5000 5000 5000
Ações (quotas) próprias 0 0 0 0 0
Prestações Supl. e Outros Instrumentos de Cap. Próprio. 25090,39 66213,93 73375,86 73375,86 73375,86
Prémios de Emissão 0 0 0 0 0 Reservas Legais 2533,135 4026,876 7409,368 12256,72 18130,64
Outras Reservas 0 0 0 0 0
Resultados Transitados 21810,46 50191,55 114458,9 206558,7 318163,1
Ajustamentos em Ativos Financeiros
Excedentes de Revalorização 0 0 0 0 0
Outras Variações no Capital Próprio
Resultado Líquido do Período 29874,84 67649,83 96947,13 117478,3 146191,6
Interesses Minoritários
Total do Capital Próprio 84308,82 193082,2 297191,3 414669,6 560861,2
Passivo
Passivo Não Corrente 61324,2 61324,2 61324,2 61324,2 61324,2
Provisões 0 0 0 0 0
Financiamentos Obtidos 61324,2 61324,2 61324,2 61324,2 61324,2
Responsabilidades por Benefícios Pós-Emprego
Passivos por Impostos Diferidos
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 80
Outras Contas a Pagar 0 0 0 0 0
Passivo Corrente 35321,41 51126,51 42152,48 30834,94 29697,97
Fornecedores 0 0 0 0 0
Adiantamentos de Clientes
Estado e Outros Entes Públicos 1360,626 1577,54 6755,337 8606,564 9422,849
Acionistas / Sócios 0 0 0 0 0
Financiamentos Obtidos 20275,12 20275,12 20275,12 20275,12 20275,12
Outras Contas a Pagar 0 0 0 0 0
Diferimentos 13685,67 29273,85 15122,02 1953,255 0
Passivos Financeiros detidos para Negociação - - - - -
Outros Passivos Financeiros - - - - -
Passivos não correntes detidos para venda - - - - -
Total do Passivo 96645,61 112450,71 103476,68 92159,14 91022,17
Total do Passivo + Capital Próprio 180954,43 305532,90 400667,93 506828,69 651883,34 Tabela 10- Balanço Previsional
De forma a analisar as contas da empresa, com o máximo rigor é necessário
estabelecer um número elevado de pressupostos (evolução da taxa de juro, da inflação, dos
preços dos inputs, da progressão das vendas e do número de empregados.). São estes dados,
à partida, que vão permitir fazer uma previsão, pelo que, há a necessidade de se verificar o
realismo de todos os pressupostos económicos e financeiros. Sendo que, será justificável a
introdução de uma margem anual de segurança, sobretudo quando não se domina a realidade
económica da empresa, numa percentagem a definir caso a caso sobre todos os custos anuais,
excluindo as amortizações.
A importância do balanço previsional como documento analítico e de gestão, resulta
do facto de permitir uma avaliação do impacto das políticas de curto prazo sobre o risco
financeiro estrutural da empresa, o que pode ser quantificado através da autonomia
financeira (capitais próprios/ativo total líquido) ou da solvabilidade total (capitais
próprios/dívida total).
5.11 Indicadores Económicos e Financeiros
A viabilidade do projeto demonstrada pelos indicadores de rendibilidade assegura que
a estrutura financeira da empresa permite a sua criação com retornos bastante favoráveis. A
análise a outros fatores económicos e financeiros permite um conhecimento mais profundo
do negócio e a sua evolução financeira ao longo do período em análise. Os indicadores
financeiros, económicos e de liquidez definidos pelo promotor como os mais relevantes
encontram-se descritos na Tabela 11.
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 81
2016 2017 2018 2019 2020
Indicadores Económicos
Taxa de Crescimento do Negócio 59,00% 62,00% 35,20% 16,70% 10,00%
Indicadores Económico-Financeiros
Retur On Investment (ROI) 16% 18% 21% 22% 23%
Rendibilidade do Ativo 26% 32% 35% 33% 32%
Rendibilidade dos Capitais Próprios (ROE) 35,4% 35,0% 32,6% 28,3% 26,1%
Indicadores Financeiros
Autonomia Financeira 46,6% 63,2% 74,2% 81,8% 86,0%
Solvabilidade Total 87,2% 171,7% 287,2% 449,9% 616,2%
Indicadores de Liquidez
Liquidez Geral 67,76% 75,95% 21,02% 16,59% 14,00%
Liquidez Reduzida 0,55% 0,33% 0,63% 0,80% 0,00%
Liquidez Imediata 42,62 76,19 33,23 41,73 55,42
Tabela 11- Indicadores Económicos e Financeiros
A análise aos principais indicadores económicos, económico-financeiros e de
liquidez permite retirar as seguintes conclusões.
A Taxa de Crescimento do Negócio reflete o impacto das vendas projetadas em
serviços. Em 2016, verifica se uma taxa de crescimento de 59%, esta deve se ao aumento
registado de vendas em 2016 comparando com o volume de vendas de 2015. Referente a
2017 a situação de vendas é idêntica a anterior, já o mesmo não acontece em 2018 pois o
volume de vendas de 2017 e 2018 então equiparadas, até 2020 as taxas de crescimento tende
a diminuir devido ao volume de vendas previsíveis terem valores aproximados.
O Retorno do Investimento (Return on Investment- ROI) indica o retorno do
investimento realizado e contabilizado, para o período em estudo, começando a gerar lucros
após as amortizações. Os ROI’s apresentados são de 16% em 2016, 18% em 2017, 21% em
2018, 22% em 2019 e de 23% em 2020, o que significa que os ganhos serão 0,16 (2016),
0,18 (2017), 0, 21 (2018), 0,22 (2019) e 0,23 (2020) vezes maior que o seu investimento
neste projeto.
Em suma, os resultados variam de -100% ao infinito para o ROI, ou seja, um
resultado positivo já é bem visto porque já justifica o investimento.
A Rendibilidade do Ativo é um indicador de rendibilidade que não considera as
decisões financeiras, dado que é medida considerando o resultado antes de juros e impostos.
Apresenta-se uma taxa crescente positiva, mostrando ser um bom indicador da gestão
efetuada na empresa.
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 82
A Rendibilidade dos Capitais Próprios mede a capacidade dos capitais próprios em
gerar valor e autofinanciamento. Além de depender o retorno do ativo, também depende da
alavancagem financeira. A partir de 2016, a rendibilidade dos capitais próprios apresenta
valores crescentes, só no ano de 2019 decaí 1%, contudo contínua favorável. Deve ser
comparada com a taxa de juro em vigor no mercado. Caso seja inferior, então o investimento
no projeto é suficientemente rentável.
Relativamente à Autonomia Financeira, esta determina a parte do ativo que é
financiado por capitais próprios. Quanto maior a autonomia, maior a estabilidade financeira
da empresa. Atendendo ao presente projeto, a autonomia financeira apresenta valores
positivos, demostrando assim a crescente estabilidade financeira.
A Taxa de Solvabilidade do projeto apresenta valores elevados demonstrando a
capacidade da empresa em honrar os compromissos financeiros a longo prazo com os seus
credores.
Os Índices de Liquidez indicam a capacidade da empresa em honrar os seus
compromissos de curto prazo, nomeadamente no que concerne a dívidas decorrentes da
exploração (matéria-prima, fornecimento e serviços externos, salários, entre outros) e
também a obrigação perante o Estado e outros entes públicos. Em termos de liquidez a
empresa demostra sua liquidez reduzida <1, em todos os anos, com isso a empresa terá
problemas em pagar dívidas de curto prazo.
Perante as taxas de solvabilidade apresentadas na tabela acima, conclui-se que, os
valores são superiores a 1, logo, significa que a empresa tem património suficiente para
cobrir todas as suas dívidas, conseguindo apresentar capacidade de solver as suas dívidas.
Como por exemplo em 2016 a taxa de solvabilidade é de 87,2%, em 2017 de 171,07%, em
2018 de 287,20%, em 2019 de 449,9% e em 2020 de 616,2%.
5.12 Avaliação Financeira do Projeto
Para uma melhor avaliação financeiro do projeto, é importante analisarmos como são
produzidos os valores de entradas e saídas de divisas na empresa, isto é, o cash flow libertos
durante a duração do projeto. Conforme se apresenta na Tabela 12.
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 83
2016 2017 2018 2019 2020 Vendas + Prestações Serviços 40149 101869 159860 195476 219109
Outras Receitas Correntes 0 0 0 0 0
Custo das Existências Vendidas 0 0 0 0 0
Fornecimento e Serviço Externos 17448 17779 18117 18461 18812 Despesas c/ Pessoal 0 0 17494 35688 36402
Impostos diretos e indiretos 0 0 0 0 0
Outras despesas correntes 0 0 0 0 0
Despesas financeiras correntes 0 0 0 0 0 Meios Libertos Brutos Totais 22701 84090 124249 141327 163896
Amortizações+Provisões Exercício 0 15206 40130 44470 29264
Resultados antes juros e imp. 22701 68884 84119 96857 134632
Custos financeiros 0 0 0 0 0 Resultados Extraordinários 0 0 0 0 0
Resultado antes de impostos 22701 68884 84119 96857 134632
IRC do projeto 6016 18254 22292 25667 35677
Resultados Líquidos 16685 50630 61827 71190 98954 Meios Libertos do projeto 16685 65836 101957 115660 128218
Tabela 12- Meios Libertos do Projeto
Os resultados verificados dos meios libertos totais do projeto, advêm do valor das
vendas mais prestações de serviços, subtraindo os custos de fornecimentos e serviços
externos, em que no ano de 2016 é 22.701,00€, sendo que este valor sofre ainda uma
dedução de Imposto sobre o Rendimento de pessoas Coletivas (IRC), em que a taxa
aplicada é de 26,5% (25% IRC mais 1,5% de Derrama) chegando assim, aos valores dos
meios liberto do projeto, que em 2016 é de 16.685,00€.
Após essa análise, elabora-se a demonstração da viabilidade do ponto de vista
financeiro, conforme Tabela 13 e Tabela 14.
2016 2017 2018 2019 2020
1. Recursos Financeiros Meios Libertos do projeto 16685 65836 101957 115660 128218
Valor Residual do Imobilizado - - - - -
Valor Residual do fundo de maneio - - - - -
Total (Cash-In) 16685 65836 101957 115660 128218
2. Necessidades Financeiras Investimento em Capital Fixo 45619 74770,07 13022 - -
Investimento em Fundo de Maneio
Necessário
7809 11561 6769 4777 3662
Total (Cash-Out) 53428 86332 19791 4777 3662
3. Cash-Flow -36743 -20495 82166 110883 124557
4. Cash -flow Atualizado -36743 -18058 63782 75836 75056
5. Cash-flow Atualizado Acumulado -36743 -54800 8982 84818 159874
Taxa de Atualização 13,50% Taxa Real de Remuneração Desejada: 6%
Prémio de Risco: 2%
Taxa de Inflação: 1,9%
Tabela 13- Avaliação financeira do projeto
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 84
Taxa Interna de Rendibilidade: 91,50%
Valor Atual Líquido: 104116
Período Recup. Contab. (anos) 1,7 Anos
Tabela 14- TIR, VAL, Payback
A avaliação na ótica do projeto a análise demostra a sua viabilidade do ponto de vista
financeiro.
O investimento em capital fixo, corresponde as despesas, que a empresa tem de ter
com a compra de software, de forma a iniciar a sua atividade empresarial, ou seja, vai de
encontro com o ativo fixo da empresa, algo que constará permanentemente na empresa.
No ano de 2016, este investimento apresenta um valor de 45.619,00€, registando um
aumento significativo em 2017 onde o valor é 74.770,07€, já o contrário se verifica em
2018, onde o valor desceu significativamente para 13.022,00€, esta oscilação deve-se ao
facto de no ano de 2017 a empresa adquirir o programa de computador – ERP.
Para a empresa assegurar, a curto prazo, a capacidade de gerar liquidez (dinheiro) e
garantir que tem forma de pagar aos fornecedores com o recebimento antecipado por parte
dos clientes, sem qualquer dificuldade, significa que tem uma almofada financeira, a esta
chamamos de fundo de maneio.
Para chegarmos ao valores apresentado na Tabela 13, o fundo de maneio resulta da
diferença entre ativo circulante e passivo circulante, em que, o ativo circulante representa
o somatório das existências, clientes, contas bancárias e caixa, o passivo circulante é a soma
dos empréstimos a curto prazo, fornecedores, Estado e salários a pagar.
No cálculo do cash-flow, são utilizados os custos de exploração e os proveitos de
exploração. Em que, o resultado mede a capacidade da empresa gerar disponibilidades
através da sua atividade normal, ou seja, para além de apurar os conhecimentos
extraordinários, apura também os resultados das aplicações financeiras e de financiamento.
Pelo facto de proporcionar uma medida da capacidade da empresa em libertar meios
monetários, o cash-flow torna-se um excelente indicador da capacidade de
autofinanciamento da empresa, isto é, da sua capacidade para efetuar novos investimentos
sem necessidade de recorrer a fontes de financiamento externas.
O método do cash-flow atualizado ajuda a conhecer se o investimento é
financeiramente possível e determina de entre vários projetos alternativos qual o mais
aconselhável. Em 2017 o valor negativo de 18.058,00€ resulta do valor do cash-flow de 2017
atualizado de acordo com a taxa de atualização aplicada de 13,5%.
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 85
Em relação ao cash-flow atualizado acumulado de 2017 com valor negativo de
54.800,00€, é o resultado do valor do cash-flow atualizado de 2017 mais o cash-flow
atualizado acumulado de 2016, isto é, em 2017 o valor negativo de 18.058,00€ somados ao
valor também negativo de 2016 acumulado de 36.743,00€.
O VAL obtido indica que os benefícios gerados durante o período planeado, são, não
só, suficientes para recuperar os capitais aplicados na sua realização, como permitem ainda
obter um benefício líquido de €104.720,04€.
A TIR mede a taxa de juro anual efetivamente proporcionada, pelo conjunto de
capitais aplicados num investimento durante o seu período de vida útil. Também se pode
definir, como o rendimento anual produzido por unidade de capital aplicado durante o
período de vida útil do investimento, depois de recuperados os respetivos custos (de
investimento e de exploração).
O cálculo da TIR é efetuado por aproximações sucessivas, ensaiando diversas taxas
de atualização até se obter a que anula o VAL.
O processo consiste em calcular o VAL para taxas de atualização sucessivamente
superiores até se obter um VAL nulo, o que raramente acontece, ou um VAL negativo. Neste
caso, por interpolação linear entre o valor negativo do VAL e o último dos seus valores
positivos, tendo em conta as respetivas taxas de atualização para que são obtidos, é possível
determinar o valor aproximado da TIR.
Quando a taxa de atualização i é 13,5%, o VAL é €104.720,04€. Se aumentarmos o
valor de i, o VAL irá diminuir progressivamente até se anular ou se tornar negativo.
O facto de a TIR (91,5%) ser bastante superior à taxa de atualização (13,5%),
significa que o investimento no projeto consegue uma remuneração dos capitais superiores
ao custo médio desses capitais (13,5%).
A empresa JCS, apresenta um payback de 1 ano e 9 meses, significa que é a partir
deste momento, que o projeto passa a ser vantajoso do ponto de vista financeiro.
A fórmula utilizada para calcular a VAL, TIR e Payback se-encontra na página 31.
5.13 Análise de Sensibilidade
Partindo da análise efetuado e face aos resultados obtidos, o projeto foi desenvolvido
tendo em ponderação o cenário atual e as expectativas futuras, entretanto, há situações que
expõem uma tendência imprevisível e poderão alterar-se. Desta forma, com o propósito de
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 86
analisar a sensibilidade do projeto perante alterações adversas do planeamento do projeto,
foram elaborados 3 cenários possíveis. No primeiro será simulado um cenário de redução
15% no valor das vendas de serviços, no segundo cenário, redução 25% nas vendas dos
serviços. No terceiro cenário, considerou-se um atraso de 6 meses na contratação do Recurso
Humano previsto no projeto.
a) Cenário I
No sentido de estimar o plano de negócios e considerar a sensibilidade do projeto
numa possível redução das vendas dos serviços, elaborou-se um cenário onde as vendas
apresentam uma redução de 15% em relação ao esperado.
2016 2017 2018 2019 2020
Prestação de Serviços 102 190 € 160 778 € 214 151 € 248 534 €
282 838 €
Taxa Interna de Rendibilidade: 65,4%
Valor Atual Líquido: 56.083,00€
Período Recup. Contab. (anos) 2
Tabela 15- Análise de Sensibilidade/ Cenário I
Com a redução de vendas em 15% verifica-se que o resultado nas vendas tem uma
significativa quebra e a TIR de 91,5% passa a ser de 65,4%, Valor Atual Líquido era de
104.116,00€ agora é 56.083,00€ e o Período de Recuperação antes era de 1,7 anos e agora é
2 anos.
b) Cenário II
No sentido de valorizar o estudo de viabilidade e avaliar a sensibilidade do projeto a
uma possível quebra de vendas, elaborou-se um cenário onde as vendas em 25% nas
vendas, devido ao fato de a empresa não conseguir angariar clientes suficientes
internacionais.
2016 2017 2018 2019 2020
Prestação de Serviços 98 175 € 149 873 € 197 039 € 227 609 € 249 384 €
Taxa Interna de Rendibilidade: 47,4%
Valor Atual Líquido: 20 696 €
Período Recup. Contab. (anos) 2,3
Tabela 16- Análise de Sensibilidade/ Cenário II
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 87
Pela análise da Tabela 16 percebe-se que, apesar da redução de 25% nas vendas dos
serviços, o projeto apresenta resultado positivo no VAL que é 20 696,00€, a TIR de 47,4%
e o período de recuperação é de 2,3 anos.
c) Cenário III
Para complementar a análise de sensibilidade considerou-se um atraso de 6 meses
na contratação do Recurso humano, e a consequência desse atraso impactou nas vendas
do ano 2016 em 10%. Assim, este atraso poderá refletir-se como demostra na Tabela 17.
2016 2017 2018 2019 2020
Prestação de Serviços 104 198 € 175 341 € 237 004 € 276 448 € 304 162 €
Taxa Interna de Rendibilidade: 87,5%
Valor Actual Líquido: 99 408 €
Período Recup. Contab. (anos) 1,7
Tabela 17- Análise de Sensibilidade/ Cenário III
Após a simulação feita, apresenta um VAL positivo de 96.408,00€, um período de
recuperação de 1,7 anos e uma TIR positiva de 85,5%. Com esta avaliação conclui-se que
no caso de acontecer o simulado neste cenário o projeto apresenta visibilidade.
A análise aos tês cenários criados permite avaliar a viabilidade do projeto consoante
as alterações efetuadas em variáveis-chaves, que afetam os resultados líquidos do negócio.
Os cenários apresentados demostra que mesmo com uma redução nas vendas, o
projeto continua a demonstrar viabilidade económico-financeira, diminuindo a TIR de
97,5% do cenário real, para a TIR do cenário I, II e III de 65,4, 47,9% e 87,5%. Estes
cenários permite confirmar a potencialidade do negócio, derivado dos bons rácios
financeiros entre custos e receitas.
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 88
6 Conclusões e Perspetivas Futura
A informação em conjunto com recursos tecnológicos é uma necessidade para o
funcionamento tático, estratégico e operacional de qualquer empresa. Para vencer no mundo
dos negócios, é preciso saber obter a informação como ferramenta estratégica de
competitividade. Precisamos saber onde encontrar a informação, como apresentá-la e como
usá-la, assim como é fundamental conhecê-la.
Neste capítulo apresenta-se uma ponderação relativamente ao estudo desenvolvido e à
respetiva análise de resultados. Intenciona-se também deixar em aberto perspetivas de
trabalho.
6.1 Conclusões
Na sequência do estágio realizado na empresa Globalseven Lda, o presente relatório
permitiu o desenvolvimento do projeto de análise de investimento, que serviu para averiguar
que as informações da análise possa assegurar que o gestor no momento de decidir em
investir nesse projeto, terá tomada uma decisão certa no momento correto, para que consiga
atingir sua meta principal que é de expandir seus serviços para o mercado de Cabo-Verde e
Espanha.
As decisões de investimento ocupam um lugar de destaque na vida de qualquer
empresa, quer na sua fase de constituição, quer em fazes posteriores com vista ao
crescimento da sua atividade. O investimento permite criar valor para a empresa retirando,
aproveitando da sua capacidade competitiva. Quando uma empresa se depara com uma
opção de investimento (e aqui referimo-nos ao investimento em ativos reais, que implicam
a sua utilização com vista à produção de bens e serviços), a sua decisão advêm de uma série
de informações estruturada. Aqui pressupõe-se que previamente ao estudo da análise do
projeto, haja uma conclusão relativamente a importância da informação na tomada de
decisão em investir ou não no projeto.
Partindo da apreciação de todos os gastos e rendimentos, assim com despesas e
receitas, intrínsecos à implementação do projeto, a determinação da informação da
rendibilidade deve partir do valor dos cash-flows entre pré-projeto e os cash-flows pós-
projeto. Quer isto dizer, que o que importa para análise é unicamente o impacto que o projeto
terá nas contas da empresa, pelo que a conclusão deverá ter como base a comparação entre
a empresa antes do projeto e a empresa após a implementação do projeto.
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 89
Tal como mencionado antes, a decisão de investir não deve ser sustentável apenas
pelos critérios de avaliação geralmente propostos, como é o caso da TIR, VAL e o payback,
que permitem concluir sobre a viabilidade económico-financeira do projeto. A avaliação
deve ser complementada com a análise do risco, a taxa de inflação praticadas nos países para
onde querem expandir seus serviços, ter uma visão atual e não apenas otimista da capacidade
de vendas para os países onde pretender internacionalizar e levar em consideração à
concorrência.
Dessa forma, a decisão de investimento num determinado projeto, partindo apenas da
análise da sua rendibilidade, não é aconselhável, tendo em conta que esta se fundamenta em
valores unicamente previsionais, com demasiada dependência da ótica operacional e sem
que se considere a probabilidade de ocorrência dos mesmos. Portanto, deve haver recursos
técnicos (software), para que o levantamento das informações, seja mais atual, fidedigna de
forma a diminuir o nível de incerteza quando aos resultados futuros, permitindo avaliar e
estabelecer alternativas que possam aprimorar o aproveitamento e consequente sucesso do
projeto em causa.
Com uma análise da avaliação cuidada permitem ao promotor optar pela decisão que
melhor responde às suas necessidades, sem que incorram em riscos desnecessários, dada a
necessidade de aplicar recursos significativos aquando da implementação do projeto.
Sendo assim, para concretizar a análise do investimento de projeto da empresa JCS, o
promotor da empresa concorreu a um fundo perdido, Fundo Europeu de Desenvolvimento
Regional- FEDER do Programa Portugal 2020, o projeto concorreu a um fincamento para
seu projeto com base na análise feita para o projeto de investimento, após à análise da equipa
do IAPMEI e AICEP, o projeto foi aprovado com 45% das despesas elegíveis. A Figura 9
demostra à aprovação do projeto da empresa JCS.
Figura 9- Aprovação do Projeto
Fonte: https://balcao.portugal2020.pt/Balcao2020/Home/MasterPage
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 90
6.2 Perspetivas Futuras
Informação é um ativo valioso para pequenas e grandes empresas e a ISO/IEC 27001
traz benefícios equivalentes para organizações de todos os tamanhos. A gestão de segurança
da informação faz com que as PMEs tenham mais segurança para atender às expectativas -
de requisitos legais até novas oportunidades de negócios - proporcionando uma base sólida
e segura para crescimento. Assim, sugere-se como perspetivas futuras para empresa JCS,
que adote uma política de segurança no que se refere no tratamento da informação que recebe
dos seus clientes. No âmbito da preocupação da informação uma vez que a JCS quer atuar
no mercado internacional é de extrema importância que a mesma perfilha da norma ISO
27001, sendo que essa norma aborda as temáticas de proteção do meio físico, recursos
humanos e continuidade de negócio.
No que respeita a empresa Globaseven, onde empreguei de toda a minha capacidade,
dedicação e conhecimentos teóricos para corresponder da melhor forma todas as tarefas
solicitadas e considerando a importância da informação, sugere-se alguns trabalhos futuro:
Encriptação dos portáteis dos colaboradores de forma reduzir o risco de perda de
dados, seja por roubo ou cibercrime;
Adoção de ferramenta para gestão de projetos, por forma, a simplificar o
planeamento, controlo e organização de projetos;
Melhoria da ferramenta "Análise e Estudo de Viabilidade”, com o objetivo de obter
uma análise mais precisa;
Agilizar a implementação da certificação ISO 27001, com vista a colocar em prática
um sistema de gestão de segurança.
Sugere-se ainda que a Globalseven deveria apostar em ações de formação/
sensibilização, visto que estas constituem um meio para consciencializar e informar os
colaboradores, de modo a melhorar o know-how da empresa e assim aumentar a qualificação
do capital humano, melhorar a relação da empresa com os seus funcionários, motivar e
aumentar a autoconfiança dos funcionários e consequentemente aumentar a produtividade.
Todas estas vantagens da formação irão ser traduzidas para benefícios para os clientes.
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 91
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Relatório de Estágio | Josivânia Silva 94
ANEXOS
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 95
ANEXO 1- Fórmula de cálculo dos indicadores económicos e financeiros
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 96
Indicadores Económicos
Taxa de Crescimento do Volume de Negócios
Onde:
VN- Volume de negócios
n- Número do ano relativamente ao momento inicial
Fonte: Menezes (2010)
Indicadores Económico-financeiros
ROI- Retur non Investment
Onde:
RO- Resultado operacional
AL- Ativo Líquido
Fonte: Teixeira (2013)
Rendibilidade do Ativo
Onde:
RAIEF- Resultados antes de impostos e encargos financeiros
AT- Ativo total
Fonte: Neto (2008)
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 97
Rotação do Ativo
Onde:
VN- Volume de negócios
AT- Ativo Total
Fonte: Farinha (1994)
Rendibilidade dos capitais próprios
Onde:
RL- Resultado líquido
PT- Passivo Total
Fonte: Farinha (1994)
Indicadores Financeiros
Autonomia Financeira
Onde:
CP- Capital próprio
PT- Passivo Total
Fonte: Monteiro e Almeida (2010)
Relatório de Estágio | Josivânia Silva 98
Indicadores de Liquidez
Liquidez corrente
Onde:
AC- Ativo corrente= Disponibilidades + Aplicações financeiras de curto prazo +
Créditos de curto prazo + Existências
PC- Passivo corrente
Fonte: Farinha (1994)
Liquidez reduzida
Onde:
AM- Ativo maneável= Disponibilidades + Aplicações financeiras de curto prazo +
Créditos de curso prazo
PC- Passivo corrente