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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEAR
CENTRO DE TECNOLOGIADEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ESTRUTURAL E CONSTRUO CIVIL
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
NELSON DE OLIVEIRA QUESADO FILHO
ANLISE DOS NDICES DE PRODUTIVIDADE PRATICADOS PELAS
EMPRESAS DE CONSTRUO CIVIL NA REGIO METROPOLITANA DE
FORTALEZA
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NELSON DE OLIEIRA QUESADO FILHO
ANLISE DOS NDICES DE PRODUTIVIDADE PRATICADOS PELAS
EMPRESAS DE CONSTRUO CIVIL NA REGIO METROPOLITANA DE
FORTALEZA
Monografia submetida Coordenao do
Curso de Engenharia Civil da Universidade
Federal do Cear, como requisito parcial
para obteno do grau de Engenheiro Civil.
Orientador: Prof. Luiz F. M. Heineck
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NELSON DE OLIVEIRA QUESADO FILHO
ANLISE DOS NDICES DE PRODUTIVIDADE PRATICADOS PELAS
EMPRESAS DE CONSTRUO CIVIL NA REGIO METROPOLITANA DE
FORTALEZA
Monografia submetida Coordenao do curso de Engenharia Civil como
requisito parcial para a obteno do grau de Egenheiro Civil.
Aprovada em 02/12/2009
BANCA EXAMINADORA
_______________________________________________________
Prof. Ph.D. Luiz Fernando Mhlmann Heineck (Orientador)
Universidade Federal do Cear - UFC
_______________________________________________________
Engenheiro Civil Andr Quinder Carneiro
Construtora Castelo Branco
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AGRADECIMENTOS
Ao professor Heineck pela orientao brilhante e paciente na realizao deste
trabalho, que sem sua fundamental ajuda no teria sido concretizado.
Aos professores Silvrano Dantas, Felipe Loureiro, Thais Alves, Thereza Denyse,
John Kenedy de Arajo e Francisco de Assis pelo indiscutvel dom da docncia que
tornou o aprendizado extremamente prazeroso.
Aos colegas Filipe Jorge, Adson Pontes, Daniel Chastinet, Bruno Maia, Michell
Ribeiro, Rafael Fernandes, Igor Araripe, Andr Studart, Gabriel Duarte, Joo Leal, Elias
Bach, Ravel Holanda, Victor Ventorini, Ivna Baquit e Ernesto Molinas que se
tornaram verdadeiros amigos nesta jornada.
s construtoras Trade e Cameron que sempre me acolheram com
responsabilidade, seriedade e respeito.
Selimar Marques e Leo Albuquerque que no mediram esforos para tornar
minha caminhada mais tranqila.
Ao Francisco Buarque de Hollanda pelo acalanto de seus versos.
E aos que no lembro neste momento, mas que de alguma forma me ajudaram a
conquistar o que tenho.
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RESUMO
A competitividade na indstria da construo civil tem demandado preocupaesgerenciais em se identificar as causas da variabilidade dos seus indicadores dedesempenho. A anlise dos ndices de produtividade aparece como um primeiro passona investigao das deficincias em um sistema produtivo. Este trabalho apresenta umbanco de dados de ndices de produtividade praticados pelas empresas de construocivil na regio metropolitana de Fortaleza que foram coletados atravs de pesquisa decampo e visitas s construtoras locais. Tambm apresenta as dificuldades encontradaspara a sua obteno. Esses dados so padronizados em relao suas abrangncias ereunidos em grupos onde se identificam os ndices com maior variao entre si. tambm aplica um questionrio para se qualificar a aderncia das empresas ao modelode produo Lean. O resultado do questionrio relacionado com os ndices deprodutividade de cada empresa para que se possa verificar a dependncia entre estes.Portanto, aps a anlise dos dados possvel observar a existncia de servios cujosndices de produtividade apresentam uma variabilidade muito grande entre as empresas
entrevistadas o que indica uma forte dependncia entre suas produtividades, ascaractersticas peculiares de cada obra e a aderncia ao modelo de gesto enxuta.
Palavras-chave: ndices de Produtividade, Variabilidade, Gesto da Produo.
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ABSTRACT
The competitiveness in the construction industry have defendant managerialconcerns about identifying the causes of the variability of its performance indicators.The analysis of productivity indicators shows up as one first step on the investigation ofthe deficiency in a productive system. This paper presents a database of productivityindicators used by some constructions companies on the metropolitan area of Fortalezathat were collected through field research and visit to local companies. Also it presentsthe difficulties found on the obtaining of those. These data are standardized in relationto their ranges and grouped in series where there can identify the indicators with majorvariations. Therefore, after the data analysis its possible to observe the existence ofservices whose productivities indicators presents a very large variation among thevisited companies indicating a strong dependency between their productivity and theirpeculiars characteristics.
Keywords: Productivity Indicators, Dependence, Production Management.
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1.1 Ilustrao da transformao do esforo humano em servio ............. 02
Figura 2.1 Planilha utilizada para medio de produtividade ............................ 06
Figura 2.2 Planilha modificada utilizada para medio de produtividade ......... 06
Figura 3.1 Fluxograma do planejamento de custos no processo construtivo ... 12
Figura 4.1 Fachada do empreendimento estudado ............................................. 15
Figura 4.2 Fotografia da rua principal do empreendimento estudado ................ 16
Figura 4.3 Planilha utilizada para o controle do servio de revestimento
de fachada ......................................................................................... 18
Figura 4.4 Planilha utilizada para o controle do servio de revestimento
cermico interno ............................................................................... 18
Figura 4.5 Tabela exemplo do resumo das produtividades do servio de
lanamento de concreto ................................................................... 20
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LISTA DE TABELAS
Tabela 2.1 Relao dos Servios Estudados ....................................................... 05
Tabela 4.1 Banco de dados referente ao servio de alvenaria de baldrame
da casa 01 ......................................................................................... 19
Tabela 4.2 ndices de produtividade medidos in loco durante o estudo de
caso ................................................................................................... 21
Tabela 5.1 Mdias, limites e intervalos dos servios estudados ........................ 24
Tabela 5.2 Comparativo entre a mdia dos ndices cedidos pelas empresas
e os levantados in loco ..................................................................... 25
Tabela 5.3 Relao entre respostas positivas ao pensamento enxuto e a
mdia dos ndices estudados ............................................................ 26
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LISTA DE ANEXOS
ANEXO A Resumo da produtividade dos servios aferidos in loco................ 32
ANEXO B Questionrio respondido pelas construtoras visitadas .................... 39
ANEXO C Planilha preenchida pelas construtoras visitadas ............................ 40
ANEXO D ndices de produtividade das empresas visitadas ............................ 41
ANEXO E Questionrio preenchido pelas construtoras visitadas ..................... 43
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SUMRIO
1. INTRODUO ...................................................................................................... 01
1.1 Justificativa ...................................................................................................... 01
1.2
Contextualizao .............................................................................................. 01
1.3 Conceito de Produtividade ............................................................................... 02
1.4 Uniformizao dos Dados ................................................................................ 03
1.5 Objetivos .......................................................................................................... 04
2. METODOLOGIA ................................................................................................... 05
3.
REVISO BIBLIOGRFICA ............................................................................... 08
3.1 Fatores de Dependncia ................................................................................... 08
3.2 Planejamento e Controle .................................................................................. 12
3.3 Oramento ........................................................................................................ 13
3.4 Programao .................................................................................................... 13
3.5
Clula de Produo .......................................................................................... 14
4. DESENVOLVIMENTO ......................................................................................... 15
4.1 Estudo de Caso ................................................................................................. 15
4.2 Visitas Tcnicas ............................................................................................... 21
4.3 Dificuldades encontradas ................................................................................. 22
4.3.1 Estudo de Caso ............................................................................................. 22
4.3.2 Visitas Tcnicas............................................................................................ 23
5. RESULTADOS ALCANADOS .......................................................................... 24
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1. INTRODUO
1.1 Justificativa
O crescente aumento da competitividade no subsetor edificaes tem
estimulado as empresas a investigar a origem das deficincias do processo produtivo e a
determinar indicadores de desempenho. (SANTOS, 1994).
Este trabalho visa conhecer melhor um dos principais indicadores de
desempenho utilizados na indstria da construo civil: o ndice de produtividade de
mo de obra e de que forma este est sendo empregado pelas empresas construtoras na
regio metropolitana de Fortaleza.
A importncia desse ndice indiscutvel, pois funciona como base essencial no
planejamento e na execuo de obras de engenharia civil quando se trata do
planejamento e controle da produo, do gerenciamento de projetos e da concepo de
oramentos. a partir destes ndices que se pode obter o tempo de ciclo dos pacotes de
trabalho, o dimensionamento das equipes para cada servio e, em alguns casos, usado
como alicerce para a formao de preos e empreitadas junto aos funcionrios
estimulando-os a chegar ao nvel mximo de produtividade possvel, alm de nortear os
custos de mo-de-obra em um oramento e o cronograma de uma obra.
1.2 Contextualizao
Alves et al(2008) defendem que o planejamento dos sistemas produtivos uma
das tarefas fundamentais a serem realizadas antes do incio da execuo de um
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que esto relacionados variabilidade e ao desempenho da produtividade no ambiente
construtivo.
Para SANTOS (2003), as limitaes mais freqentemente encontradas esto
ligadas produtividade de mo de obra e, assim, se faz necessrio entender como esse
processo se d ao longo dos inmeros fatores que podem influenciar a velocidade da
produo dentro de um canteiro de obras. Como passo inicial para esse entendimento,
julga-se necessrio identificar quais servios sofrem maior variao produtiva e, a partir
da, congregar esses servios definindo intervalos de confiana que podem orientar a
utilizao dos ndices de produtividade na concepo de oramentos e no planejamento
de sistemas produtivos (HEINECK, 2003).
1.3 Conceito de Produtividade
De acordo com ANDRADE et al (2001) a produtividade da mo-de-obra pode ser
definida da seguinte forma:
Define-se produtividade da mo-de-obra como sendo a eficincia em
transformar o esforo humano (homens-hora, Hh) em quantidade de
servio (QS).
A figura a seguir (Figura 1.1) ilustra essa transformao.
SERVIO
EXECUTADO
(QS)
ESFORO
HUMANO
(Hh)
PROCESSO
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mdios de tempo consumido por um profissional ou uma equipe para realizar uma
determinada quantidade de servio. Esse conceito expresso geralmente em Homem x
Hora / Quantidade de Servio.
Outras empresas (Cameron Construtora e Construtora Castelo Branco, por
exemplo) ou autores como Aalves (2008) utilizam os ndices de produtividade de mo
de obra como valores mdios de quantidade de servio que pode ser realizado por um
profissional ou equipe em um determinado intervalo de tempo. Esse conceito expresso
geralmente em Quantidade de Servio / Tempo.
importante compreender que a diferena entre esses dois conceitos existe
apenas em sua representao de unidade eno deve ser encarada como limitao para o
entendimento deste trabalho. Ambos se referem a valores mdios da relao quantidade
de servio e tempo de mo de obra consumido e podem ser manipulados para que se
expressem na mesma unidade.
Esses valores so utilizados na composio de custos de servios para o item de
mo de obra, no dimensionamento das equipes de trabalho e no cronograma de
execuo da obra.
1.4 Uniformizao dos Dados
Os dados levantados e empregados na anlise deste trabalho foram cedidos por
empresas do setor que os utilizam na concepo de oramentos e no controle da
produo de suas obras. importante perceber que esses dados no devem ser confrontados na sua forma
bruta. Deve-se levar em considerao uma srie de informaes que possam orientar a
fixao do intervalo de variao de cada servio, esclarecendo a abrangncia desses
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Quantidade de Servio / Tempo.
1.5 Objetivos
Como objetivo geral, este trabalho se prope a analisar dados referentes aos
ndices de produtividade de mo de obra praticados pelas empresas locais do setor da
construo civil com o intuito de identificar e determinar os intervalos de variao
destes ndices, entender como esta variao ocorre e listar as principais dificuldades
encontradas at a concluso do mesmo.
Para tal, divide-se o objetivo geral, como descrito abaixo, de forma a facilitar a
compreenso da metodologia aplicada:
Apresentar fontes bibliogrficas revisadas que fundamentem os conceitos
utilizados neste trabalho e que direcionem a utilizao dos ndices de
produtividade;
Apresentar os ndices utilizados pelas empresas do setor da construo civil para
o dimensionamento de pacotes de servios empregados no planejamento e
controle da produo em obras e na concepo de oramentos de seus
empreendimentos;
Obter ndices de produtividade levantados in situem uma empresa de pequeno
porte que no possui fluxo produtivo sistemtico, compar-los aos utilizados
pela empresas visitadas e mostrar a defasagem no desempenho daquela empresa
em relao a estas;
Determinar quais servios apresentam maiores variabilidades quanto aos ndices
de produtividade;
Identificar e listar as principais dificuldades encontradas ao longo da produo
deste trabalho acadmico
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2. METODOLOGIA
Para se obter dados suficientemente confiveis e com abordagem prtica, este
trabalho utilizou as duas principais fontes de conhecimento: reviso bibliogrfica e
pesquisa de campo.
A reviso bibliogrfica empregada durante todas as etapas de desenvolvimento
e so utilizados textos, trabalhos acadmicos e publicaes cientficas pertinentes s
principais ferramentas gerenciais e com nfase no pensamento enxuto (lean thinking) e
no planejamento e controle da produo na construo civil. Esta primeira parte
indispensvel, pois todo o embasamento terico para o entendimento sobre a utilizao
dos dados e sua padronizao se origina desta.
A pesquisa de campo realizada em duas etapas: estudo de caso e visita s
empresas locais.
Em um primeiro momento, o estudo de caso foi realizado com a obteno de
ndices de produtividade em uma obra de construo civil que contempla 20 casas
duplex com 160,00 m de rea construda (cada casa) e 700 m de rea total de lazer.
Esta pesquisa durou 04 meses (janeiro a abril de 2008). Foram levantados in locodados
acerca de 20 servios executados ao longo deste perodo. Essa quantidade de servios
foi definida a partir dos servios que estavam sendo executados com possibilidade de
controle e esto descritos na Tabela 2.1 que se segue.
Tabela 2.1 Relao dos servios estudados.
01 Alvenaria
02 Alvenaria de Baldrame
03 Alvenaria de Empenas
04 Alvenaria de Pedra
05 Aplicao Frio Asfalto
06 Assentamento de Cermica
07 A t t d P d N t l F h d
Ref. Servio
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Para a medio de produtividade em campo, foi instrudo um funcionrio da
construtora que ficou responsvel pelo acompanhamento dos servios e pelo
preenchimento das planilhas (Figura 2.2 e Figura 2.3). Estes dados foram repassados
para o graduando atravs de reunies dirias junto ao responsvel pelo preenchimento
das planilhas ao fim de cada dia. Estes dados foram utilizados para se obter ndices de
produtividade e compar-los aos ndices usados pelas demais empresas integrantes da
amostra.
Figura 2.1 Planilha utilizada para medio de produtividade
Casa: Trmino:
Servio:
Data Hora Data Hora
SadaFuncionrio
Entrada
Incio:
CASA:
SERVIO:
Seg Ter Qua Qui Sex Sb Dom Seg Ter Qua Qui Sex Sb Dom
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encarregado de produo e sempre com o objetivo de facilitar o seu preenchimento e
acompanhamento.
Aps a apresentao do projeto de pesquisa e do relatrio parcial, a visitao s
empresas teve incio. O projeto de pesquisa foi fundamental ao dar maior veracidade e
seriedade ao trabalho j que algumas empresas demonstraram desconfiana e se
posicionaram de forma defensiva quanto disponibilizao dos seus dados. Essas
visitas se deram nos escritrios centrais de cada empresa e foram, geralmente, encontros
com gerentes de produo (engenheiros civis, tcnicos em edificaes ou estagirios em
engenharia).
A anlise dos dados seguiu duas etapas. A primeira delas foi responsvel pela
caracterizao das peculiaridades de cada empresa. A segunda etapa consistiu na anlise
dos dados segundo a linha de estudo explicitada por Heineck et al (2003) onde os
intervalos de variao de ndices de produtividade so determinados com o intuito de se
identificar quais servios possuem maior ou menor grau de dependncia de outros
fatores.
Segundo Santos et al(2003, p. 05)
Observa-se que os servios com menor grau de dificuldade ou
atualmente com maior grau de industrializao e menor dependncia
de caractersticas particulares da obra [...] apresentam intervalos mais
estreitos [...]. J os servios como [...] Revestimento Interno e Externo
de Paredes com Argamassa Reboco, apresentam intervalos mais
dilatados, o que esperado uma vez que so servios cuja
produtividade bastante dependente das condies particulares tais
como espessuras mdias de revestimentos, [...].
Portanto, a segunda etapa tenta identificar os ndices que so mais dependentes
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3. REVISO BIBLIOGRFICA
3.1 Fatores de Dependncia
A construo civil possui peculiaridades que fogem aos moldes da produo
seriada. A imobilidade do produto faz com que os operrios e equipamentos sejam
forados a se deslocarem ao longo do processo. A planta industrial algo inconstante j
que cada obra possui caractersticas inerentes ao seu projeto. Pode-se dizer tambm que
a defasagem entre a Indstria da Construo Civil e a Indstria Seriada proveniente do
carter artesanal de execuo dos servios apresentado pela primeira (BRUNA, 1976).
Esses fatores, por si s, contribuem para uma grande variabilidade da produtividade da
mo-de-obra na construo civil e se torna interesse de estudo.
Segundo ARAJO (1999 (1)), a indstria da construo civil tem estado
desmotivada quanto ao estudo da produtividade em obras nos ltimos anos.
Acrescentando isso falta de indicadores de desempenho que permitam mensurar a
atual situao setorial em termos de produtividade tm-se um quadro que torna difcil a
avaliao da performance no processo produtivo. Dessa forma, o mesmo autor(ARAJO, 2000) apresenta a eficincia na gesto dos recursos fsicos como uma das
necessidades bsicas do setor da construo civil brasileira.
A mo-de-obra o recurso que se deve mais ateno na execuo de obras de
construo civil, no somente porque representa alta porcentagem do custo total, mas
principalmente, em funo de se estar lidando com seres humanos, que tm uma srie denecessidades que devem ser supridas. O Planejamento e Controle da Produo pode ser
um instrumento importante para a gesto da mo-de-obra, podendo subsidiar polticas
para reduo de custos e aumento da motivao no trabalho. No entanto, quando se
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gerar diferentes ndices de produtividade se for medido de forma diferente (SOUSA,
2000).
Segundo DOREA et al (1999), importante que haja uma metodologia para a
mensurao desses indicadores e sugere na seguinte ordem cronolgica:
Definir o tipo de avaliao pretendida;
Identificar os aspectos que permitem tal avaliao;
Definir os indicadores levando-se em conta aspectos como:
Relevncia;
Simplicidade;
Custos;
Rastreabilidade;
Estabilidade e; Perodo de experimentao.
Definir mtodo de coleta de dados;
Definir mtodo de processamento de dados e;
Definir a forma de avaliao dos resultados.
Como consenso na literatura (ARAJO, 2008; ARAJO et al, 1999 (2), 1999(3), 2001, 2006; PVOAS et al, 1999; SOUSA, 2001; citados em ordem alfabtica),
existem vrios fatores bsicos que devem ser levados em considerao na comparao
de ndices:
Planejamento e Controle da Produo A existncia de um sistema produtivo
pode gerar subsdios para a eliminao de desperdcios. O planejamentoseqencial dos servios e a utilizao de pacotes de trabalho influenciam
diretamente nos ndices de produtividade.
Composio da equipe A equipe produtiva pode se dividir em trs grupos. O
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ndices de produtividade podem englobar todos os grupos ou apenas parte deles,
o que influencia os ndices de produtividade.
Poltica de incentivo A forma como a produtividade recompensada implica
diretamente no esforo empregado pelo funcionrio durante a execuo do
servio.
Servios auxiliares Alguns servios (o ao para armao pode ser fornecido
em barras ou previamente cortado e dobrado, por exemplo) podem estar
includos ou excludos nos planos de trabalho ocasionando perda ou ganho de
produtividade.
Tipologia do produto Algumas edificaes possuem caractersticas
particulares que determinam ndices diferentes. A execuo da fachada de um
prdio pode gerar um ndice de produtividade diferente da execuo da fachada
de uma casa, por exemplo.
Acabamentos especficos Alguns servios podem demandar acabamentos
diferentes o que gera ndices distintos. O nvel de qualidade de um material
tambm influenciar no tempo consumido para se executar o servio. Cermicas
de alta qualidade so aplicadas com maior eficincia. As cermicas de baixa
qualidade possuem defeitos que dificultam o seu assentamento.
Condies de contorno As condies em que a equipe recebe o produto para
dar continuidade ao processo construtivo influenciam a produtividade. O local
pode ser entregue limpo e com todo o material distribudo no ambiente. Isso
aumentaria a produtividade dos funcionrios que consumiriam menos tempo
para dar incio ao processo seguinte. A existncia de um projeto especfico de
execuo (paginao de alvenaria ou detalhes de armao de armaduras, por
exemplo) e o grau de instruo do funcionrio sobre a utilizao deste projeto
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Regime de contratao A exigncia de experincia e o tipo de contrato de
trabalho (carteira assinada ou subempreitada, por exemplo) podem influenciar
no perfil do funcionrio, o que poder gerar um ndice de produtividade diferente
para algumas empresas.
Investimento intelectual Os programas de reciclagem profissional e os
programas oficiais de capacitao e formao influenciam na capacidade
gerencial do funcionrio que tem a oportunidade de se planejar de forma a
incrementar sua produtividade.
Condies ambientais Alguns servios, principalmente os executados ao ar
livre, possuem suas produtividades afetadas por fatores espaciais. A temperatura
local, a umidade, a iluminao e o espao livre podero alterar o grau de
dificuldade de um servio, modificando os ndices de produtividade.
Condies sociais Algumas empresas direcionam esforos para oferecer
condies sociais que possam incentivar a produtividade do funcionrio atravs
do bem estar. Uma alimentao de qualidade, apoio alfabetizao e tratamento
dentrio so alguns exemplos praticados com este intuito.
Entender os fatores que influenciam a produtividade em uma obra de construo
civil essencial por vrias razes. Um erro no oramento pode representar a perda de
uma licitao ou levar utilizao de um preo de venda de um imvel que seja
impraticvel ao mercado. Tal erro tambm pode alocar recursos demasiados ou
insuficientes para a sua realizao. O bom prognstico, com base em fatores que
influenciaro a produo, favorece a reduo de problemas gerenciais ao se deparar com
condies imprevistas (SOUSA et al, 2003).
Dando um segundo passo, a literatura estrangeira observa ndices de variao da
ordem de 7,5% a 20% para mo de obra experiente e de 15% a 40% para mo de obra
i i (GATES SCARPA 1997 d SANTOS l 2003) P
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3.2 Planejamento e Co
O planejamento d
desde o estudo de viabi
resultados aps a sua con
figura abaixo (Figura 3.
produtividade.
trole
custos participa em todas as fases do proc
idade de novos empreendimentos at as
cluso (GOLDMAN, 1999). Assim pode
1) quais etapas so mais dependentes
12
sso construtivo,
avaliaes dos
-se destacar na
dos ndices de
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Em ambos, essencial a utilizao dos ndices de produtividade, pois a relao
entre a mo-de-obra disponvel e a quantidade de servio a ser executado ir influenciar
o prazo da obra e o dimensionamento das equipes ir influenciar a forma como os
recursos sero aplicados.
Durante a fase de Planejamento destaca-se tambm o aspecto produtivo que
disponibiliza informaes especficas sobre prazo e custo de servios, dados ligados
diretamente aos ndices de produtividade.
Durante a fase de Produo e Controle destacam-se os aspectos de apropriao
de servios e custos, levantamento de prazos, reprogramaes fsico-financeiras,
oramento detalhado, cronograma e curva ABC. Esta fase est intimamente relacionada
fase de Planejamento que possui forte vinculao com os ndices de produtividade.
3.3 Oramento
Segundo ANDRADE et al(2001) o processo oramentrio adota o conceito de
custos unitrios:
CUSTO = QUANTIDADE NECESSRIA x (1 + PERDAS) x CUSTO UNITRIO
O custo unitrio, por sua vez, utiliza em suas composies, indicadores de
produtividade. Dessa forma, os ndices de produtividade surgem com um papel
fundamental nas planilhas oramentrias j que a quantidade de recursos humanos
demandado pelo empreendimento calculada a partir desses ndices. Contudo, asempresas brasileiras adotam usualmente ndices mdios de mercado ou de manuais
(ANDRADE, 2001). A utilizao desses ndices dessa forma tem se demonstrado
ineficiente, pois os dados variam diretamente com a forma do processo construtivo e
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trabalho de testar as diferentes estratgias de conduo da obra requer, no entanto, que
estejam disponveis dados sobre o consumo de mo-de-obra em cada uma das
atividades repetitivas do canteiro.
Entretanto, percebe-se que um modelo analtico para programao e controle de
cronogramas no funciona sem um indicador de aproveitamento de mo-de-obra que
norteie o clculo do consumo da mo-de-obra e a durao dos servios.
3.5 Clula de Produo
Por fim, a definio de clula de produo neste trabalho tambm necessria,
j que a utilizao prtica desses ndices de produtividade est ligada diretamente com o
conceito de clula de produo. Hyer e Brown (1999, apud CARNEIRO, 2006) utilizama seguinte definio: a clula de produo um ambiente de produo que dedica
equipamentos e materiais para a produo de uma famlia de partes ou produtos com
requerimentos similares de processo. Na atual configurao gerencial da clula de
produo na construo civil, tem-se um conceito onde a clula a unidade bsica de
produo que se repete ao longo dos servios a serem executados.Aps a determinao da clula de produo e das atividades que iro compor a
obra, deve-se determinar a composio das equipes de trabalho. Como os vrios ciclos
so interligados, torna-se necessria a determinao de um ritmo de produo (takt
time) para as diversas clulas. Esse ritmo possibilitar organizar as equipes de forma
que no haja choque entre as atividades que as precedem e/ou as sucedem. De posse dosndices de produtividade de todos os servios a serem realizados em cada clula de
produo, possvel determinar quantos profissionais devem comp-la de acordo com a
velocidade de produo desejada (CARNEIRO, 2006). Este autor mostra a composio
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4. DESENVOLVIMEN
4.1 Estudo de Caso
O levantamento do
Trade entre janeiro e abril
A Construtora Traatuao no setor imobiliri
um padro de qualidade p
entregou 03 empreendimen
O empreendimento
casas duplex de 160,00Redonda. Pode-se observar
O
s ndices de produtividade in loco foi feit
de 2008.
de uma empresa familiar fundada em 20o residencial na regio metropolitana de Fo
ara as classes A e B. De 2005 a 2009, es
tos totalizando 71 unidades.
estudado chama-se Condomnio Spasso
cada. Localiza-se na Avenida Recreioa seguir a fachada do empreendimento (Fig
15
na Construtora
03 com foco detaleza, seguindo
a construtora j
ue engloba 20
n 180, Lagoara 4.1).
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equipamentos so distribu
tambm, que os servios e
completo.
Figura 4.2 F
A partir da, o enge
diretor tcnico, exigiu que
que estavam sendo execut
feita e que fossem registracom servios que no agre
O primeiro passo to
dados e a criao de uma p
dos sem padronizao. Durante o estgio p
ram iniciados e paralisados sem que esteja
tografia da rua principal do empreendimento estudad
nheiro responsvel pela obra, que tambm
se mensurasse o consumo de mo-de-obra
dos sem que nenhuma alterao no sistema
das situaes em que ocorresse desperdcioavam valor ao produto final e que fossem di
mado foi a escolha do funcionrio respons
anilha (Figura 2.1) que facilitasse a obten
16
ode-se perceber,
finalizados por
o.
cupa o cargo de
para os servios
produtivo fosse
de mo-de-obraspensveis.
el pela coleta de
destes. Um dos
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17
executar os servios que, na viso da diretoria da empresa, agregariam valor final ao
produto. Portanto, o nico funcionrio que teria tempo disponvel, estaria consciente de
todos os servios e ligado diretamente ao incio e fim dos ciclos seria o contra-mestre.
Em uma das reunies semanais impostas para aumentar o controle da qualidade
da obra definiu-se a primeira planilha de preenchimento (Figura 2.1). Essas reunies
contavam com o engenheiro, o estagirio, o almoxarife, o mestre-de-obras e o contra-
mestre.
Como se pode perceber, esta primeira planilha contempla informaes como
incio e trmino do ciclo, a descrio completa do servio e o que est includo nele, a
qual clula de produo esse ciclo se refere e a data/hora de entrada e sada de cada
funcionrio que participou do trabalho. Com esta ltima informao possvel ver que a
formao da equipe utilizada era totalmente varivel at mesmo durante o processo
causando grande confuso para o controle gerencial e contribuindo negativamente para
o conceito da transparncia. Este, de acordo com Carneiro (2006), pode ser definido
como a capacidade que um processo possui de se comunicar com seus gerentes e
operrios. Afirma ainda que o ambiente demasiado incerto na indstria da construo
civil demanda a transparncia como uma constante. As informaes de entrada e sada
de cada funcionrio tambm desperta o estudo do aumento do tempo de setupgasto com
essas entradas e sadas nos servios que podem causar desperdcio de mo-de-obra pela
descontinuidade do processo.
Aps o incio da medio da produtividade, o contra-mestre pediu durante uma
reunio a modificao da planilha de preenchimento (Figura 2.2) por iniciativa prpria.
Pode-se perceber duas modificaes pertinentes ao estudo. O novo layout da planilha
em forma de casa deixou o processo visualmente mais agradvel para o preenchimento
j que a obra estudada composta por 20 casas e a clula de produo foi definida como
uma unidade de casa A segunda modificao importante foi o acrscimo dos dias da
18
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Figura 4.3 Planilha utilizada para o controle do servio de revestimento de fachada.
Casa Incio Trmino
Servio
Casa Incio Trmino
Servio
Casa Incio Trmino
Servio
Funcionrio
Funcionrio
Funcionrio Entrada Sada
Entrada Sada
Entrada Sada
Casa Equpe
Garagem
Depsito
WC (Depsito)
Sala Estar/Jantar
Lavabo
Varanda
Cozinha
Gabinete
19
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Na planilha representada na Figura 4.3, foi diminudo o espao para descrio do
servio e as linhas para preenchimento das entradas e sadas dos funcionrios. Isso se
deu porque as 03 equipes de revestimento de fachada foram determinadas e fixadas e o
servio tambm foi definido com clareza. Assim, o acompanhamento das 03 equipes
pode ser feito em uma nica planilha diminuindo o trabalho de preenchimento.
No servio de revestimento interno cermico, as equipes e suas respectivas
clulas de produo tambm foram determinadas e fixadas. Porm, devido liberao
de frentes de servio, no era possvel a execuo completa da casa e assim as datas de
incio e fim foram registradas para cada ambiente. Assim formatou-se a quarta planilha
(Figura 4.4).
Ao fim de cada dia, as planilhas eram entregues e explicadas ao estagirio. A
digitao dos dados era feita prontamente para que qualquer dvida pudesse ser
dirimida imediatamente. Inicialmente o banco de dados foi separado para cada casa e
posteriormente foi feito uma aglomerao desses dados em um nico arquivo.
Observa-se abaixo (Tabela 4.1) uma das planilhas do banco de dados referente
ao servio de alvenaria de baldrame da casa 01.
Tabela 4.1 Banco de dados referente ao servio de alvenaria de baldrame da casa 01.Descrio: Alvenaria dobrada abaixo do nvel do solo para fundao em baldrame incluindo marcao.
Quanti dade Uni dade Durao (Hrs) Produ ti vi dade Equ ipe Preo da Ho ra Preo Un it ri o
36,34 m2 62,26 0,58 1P + 0,5S R$ 4,57 R$ 7,83
36,34 m2 62,26 0,58 1P + 0,75S R$ 5,12 R$ 8,77
Data Hora Data HoraFco. Costa Neto Pedreiro 10/01/08 07:00 14/01/08 17:00 25,17
Z Carlos Gomes Pedreiro 10/01/08 07:00 10/01/08 12:00 4,75
Fco. Carneiro Pedreiro 10/01/08 04:00 14/01/08 17:00 16,67
Z Carlos Gomes Pedreiro 11/01/08 07:00 14/01/08 17:00 15,67
62,26
Total HorasEntrada Sada
Total
Funcionrio Funo
20
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materiais como j estocados dentro da clula de trabalho. Entretanto, para a composio
dos custos dos servios, foi considerado o preo da hora da equipe por completo, mas
esses custos no sero discutidos neste trabalho devido atualizao anual dos salrios,
o que tornaria o trabalho obsoleto em pouco tempo.
A partir desta planilha (Tabela 4.1) uma primeira anlise pode ser feita. Nela a
quantidade total de servio dividida pela soma de todas as horas de cada funcionrio
baseado nas suas entradas e sadas. Cada servio de cada casa possui uma planilha
respectiva.
A segunda anlise utiliza o agrupamento dos dados. Segue abaixo o exemplo
para o servio de lanamento de concreto (Figura 4.5).
Figura 4.5 Tabela exemplo do resumo das produtividades do servio de lanamento de concreto.
Nesta planilha (Figura 4.5) renem-se a quantidade executada do servio e a
1 1,88 4,75 3,64% 0,40 R$ 14,47 R$ 36,561 2,53 6,5 4,98% 0,39 R$ 16,67 R$ 42,832 1,88 4,75 3,64% 0,40 R$ 14,47 R$ 36,562 2,53 30,75 23,58% 0,08 R$ 2,20 R$ 26,74
13 2,53 4,25 3,26% 0,60 R$ 16,67 R$ 28,00
14 2,53 5,16 3,96% 0,49 R$ 18,87 R$ 38,49
15 2,53 5,75 4,41% 0,44 R$ 16,67 R$ 37,8916 2,53 5,75 4,41% 0,44 R$ 14,47 R$ 32,8917 1,88 3,5 2,68% 0,54 R$ 16,67 R$ 31,03
17 2,53 19,5 14,95% 0,13 R$ 2,20 R$ 16,9618 1,88 6,5 4,98% 0,29 R$ 14,47 R$ 50,0318 2,53 6,5 4,98% 0,39 R$ 12,27 R$ 31,52
19 1,88 6,75 5,18% 0,28 R$ 12,27 R$ 44,0519 2,53 6 4,60% 0,42 R$ 12,27 R$ 29,10
20 1,88 5,75 4,41% 0,33 R$ 12,27 R$ 37,5320 2,53 8,25 6,33% 0,31 R$ 10,07 R$ 32,84
Total 36,58 130,41 100,00% 0,28 R$ 9,55 R$ 34,06
Lanamento de concreto em laje.
Local(Casa)
Quantidade(m3)
Durao(Horas)
Produtividade(m3 / Hora)
Preo dahora
Preo unitrio(R$ / m3)
Freq.(Durao)
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Segue a Tabela 4.2 com as produtividades aferidas durante o perodo de estudo
de caso.
Tabela 4.2 ndices de produtividade medidos in loco durante o estudo de caso.
4.2 Visitas Tcnicas
De acordo com o cronograma programtico deste trabalho, as visitas ocorreramno perodo de julho a outubro de 2009. Como explicado no captulo 2. Metodologia,
essas visitas foram marcadas por telefone atravs de ligaes aos escritrios centrais ou
a alguma obra em que j existia um contato anterior. Foram visitadas 19 construtoras
01 Alvenaria 0,79 Hh/m 1,26 m/h
02 Alvenaria de baldrame 5,88 Hh/m 0,17 m/h
03 Alvenaria de empenas 1,00 Hh/m 1,00 m/h
04 Alvenaria de pedra 3,33 Hh/m 0,30 m/h
05 Aplicao de betume asfltico 0,09 Hh/m 10,62 m/h
06 Assentamento de cermica 0,44 Hh/m 2,27 m/h
07 Assentamento de pedra natural fachada 1,56 Hh/m 0,64 m/h
08 Assentamento de Perfil "U" 0,48 Hh/m 2,07 m/h
09 Chapisco externo 0,17 Hh/m 5,86 m/h
10 Chapisco interno 0,04 Hh/m 25,77 m/h
11 Cinta de baldrame 20,00 Hh/m 0,05 m/h
12 Escavao em valas 4,35 Hh/m 0,23 m/h
13 Execuo de piso Morto 0,20 Hh/m 4,96 m/h
14 Lanamento de concreto 3,57 Hh/m 0,28 m/h
15 Marcao de alvenaria 0,17 Hh/m 5,85 m/h
16 Montagem de laje volterrana 0,30 Hh/m 3,28 m/h
17 Reboco externo 0,49 Hh/m 2,03 m/h
18 Reboco interno 0,36 Hh/m 2,75 m/h19 Regularizao de piso 0,32 Hh/m 3,09 m/h
20 Rejuntamento de pedra natural 4,76 Hh/m 0,21 m/h
Und 1 Und 2Ref. Servio
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Poltica de incentivo;
Servios auxiliares;
Tipologia do produto;
Acabamentos especficos;
Condies de contorno;
Equipamentos e ferramentas;
Jornada de trabalho;
Regime de contratao;
Condies Ambientais;
Condies Sociais.
Essas perguntas foram escolhidas pelas freqentes citaes feitas pelos autores
consultados na reviso bibliogrfica. A abrangncia dos itens descritos acima est
discutida no captulo 03 e o modelo do questionrio seguem em anexo (Anexo B).
Alm do questionrio, foi preenchida uma planilha com os valores dos ndices
de produtividade utilizados em cada empresa (Anexo C). Foi tomado o cuidado de se
registrar as unidades utilizadas pelas construtoras.
4.3 Dificuldades encontradas
4.3.1 Estudo de Caso
Durante os 04 meses em que foram medidos os 20 ndices de produtividade na
Construtora Trade e apresentados neste trabalho pode-se observar que os profissionais
que executavam tais servios se mostraram desconfiados gerando um clima de tenso
dentro do canteiro de obras. Nos momentos em que as datas e horas de entrada e sada
dos funcionrios nos servios foram anotadas, os mesmos viam isto como um ato de
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problema fosse sanado, conversas informais com os funcionrios e a garantia da no-
punio destes foram utilizadas como ferramentas.
4.3.2 Visitas Tcnicas
O principal problema encontrado nesta etapa foi a posio defensiva
demonstrada pelas construtoras visitas. Algumas empresas desconfiaram da real
utilizao desses dados e julgaram o pedido como ato de m f. A apresentao de partedeste trabalho e a promessa da distribuio do mesmo quando concludo foi
fundamental para gerar confiana aos responsveis e garantir a cesso dos dados.
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5. RESULTADOS ALCANADOS
A Tabela 5.1 a seguir apresenta os limites superiores e inferiores, as mdias e os
intervalos dos dados cedidos pelas 19 empresas visitadas acerca dos 20 servios
analisados. Os valores esto agrupados em intervalos de variaes menores que 115%
(Grupo A), em torno de 115% (Grupo B) e maiores que 115% (Grupo C).
Tabela 5.1 Mdias, limites e intervalos dos servios estudados.
Assentamento de Cermica Hh/m 0,73 0,29 0,99 88%
Rejuntamento de Pedra Natural Hh/m2 0,35 0,06 0,57 90%
Alvenaria de Baldrame Hh/m 14,79 1,73 25,00 90%
Reboco Externo Hh/m 0,81 0,44 1,18 99%
Regularizao de Piso Hh/m 0,46 0,27 0,66 101%
Assentamento de Pedra Natural Fachada Hh/m 1,20 0,61 1,83 101%
Alvenaria de Pedra Hh/m 7,46 4,00 11,90 107%
Cinta de Baldrame Hh/m 8,75 3,85 14,95 107%
Chapisco Externo Hh/m 0,22 0,10 0,39 111%
Aplicao Frio Asfalto Hh/m 0,44 0,26 0,72 111%
Reboco Interno Hh/m 0,64 0,31 1,12 112%
Assentamento de Perfil U Hh/m 0,48 0,24 0,86 114%
Alvenaria de Empenas Hh/m 1,24 0,40 2,70 124%
MdiaLimite
InferiorLimite
Superior
Intervalode
Variao
Grupo
A(