7/26/2019 Anlise Do Ciclo de Vida de leos Bsicos de Lubrificantes
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Universidade Federal do Rio de JaneiroEscola Politcnica & Escola de Qumica
Programa de Engenharia Ambiental
Geraldo Janio de Oliveira Figueiredo
ANLISE DO CICLO DE VIDA DE LEOS BSICOS DE LUBRIFICANTES
AUTOMOTIVOS
Rio de Janeiro2014
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UFRJ
Geraldo Janio de Oliveira Figueiredo
ANLISE DO CICLO DE VIDA DE LEOS BSICOS DE LUBRIFICANTES
AUTOMOTIVOS
Dissertao de Mestrado apresentada ao Programa de
Engenharia Ambiental, Escola Politcnica & Escola deQumica, da Universidade Federal do Rio de Janeiro,como parte dos requisitos necessrios obteno dottulo de Mestre em Engenharia Ambiental.
Orientador: Prof. Assed Naked Haddad, D.Sc.
Rio de Janeiro2014
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FIGUEIREDO, Geraldo Janio de OliveiraAnlise do ciclo de vida de leos bsicos de lubrificantes
automotivos. / Geraldo Janio de O. Figueiredo2014.
97 f.: il.
Dissertao (mestrado) Universidade Federal do Rio deJaneiro, Escola Politcnica e Escola de Qumica, Programa deEngenharia Ambiental, Rio de Janeiro, 2014.
Orientador: Assed Naked Haddad
1.Anlise do ciclo de vida. 2. leos bsicos 3. Impactosambientais 4. Lubrificantes. I. Haddad, Assed Naked. II.Universidade Federal do Rio de Janeiro. Escola Politcnica eEscola de Qumica. III. Mestrado.
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UFRJ
ANLISE DO CICLO DE VIDA DE LEOS BSICOS DE LUBRIFICANTES
AUTOMOTIVOS
Geraldo Janio de Oliveira Figueiredo
Dissertao de Mestrado apresentada ao Programa deEngenharia Ambiental, Escola Politcnica & Escola deQumica, da Universidade Federal do Rio de Janeiro,como parte dos requisitos necessrios obteno dottulo de Mestre em Engenharia Ambiental.
Orientador: Prof. Assed Naked Haddad, D.Sc.
Aprovada pela Banca:
_______________________________________________
Presidente, Prof. Assed Naked Haddad, D.Sc, UFRJ
_______________________________________________
Prof. Kelly Alonso Costa D.Sc. UFF
_______________________________________________
Prof. Eduardo Linhares Qualharini D.Sc. UFRJ
_______________________________________________
Prof. Carlos Alberto Pereira Soares D.sc. UFF
Rio de Janeiro2014
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DEDICATRIA
Dedico esse trabalho a minha esposa Sandra e meus filhos Tadeu e Raita, tudo que
tenho na vida, no como dono, mas sobre os quais tenho a responsabilidade de cuidar e
amar at o fim dos meus dias nesta grande escola. E pela eternidade quando voltar para
casa.
Geraldo Figueiredo
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AGRADECIMENTOS
Agradeo a Deus pela sade e por me amparar nesta jornada terrena. Agradeo aminha famlia por entender os momentos de dedicao ao trabalho acadmico. Ao
meu orientador, Professor Assed Naked Haddad, pela seriedade e profissionalismo
na forma de tornar valoroso o trabalho acadmico, agradeo tambm ao professor
Antonio Petrus pela vasta ajuda referente aos processos qumicos e operacionais e
a Professora Kelly Alonso Costa pela extrema ajuda na correo e avaliao de todo
o trabalho e de forma geral, a todos aqueles que contriburam com o meu trabalho.
Muito obrigado.
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O QUE EXISTE DE MAIS BSICO NA VIDA,
QUE TODOS NS HABITAMOS ESSE BELO
E PEQUENO PLANETA, RESPIRAMOS O
MESMO AR, COMPARTILHAMOS A MESMA GUA,
QUEREMOS PROVER O FUTURO DE NOSSOSFILHOS E SOMOS TODOS MORTAIS
JFK
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RESUMO
Esse trabalho visa estudar uma pequena parte do ciclo de vida de leos bsicos
para fabricao de lubrificantes automotivos usando como tcnica de pesquisa a
anlise quantitativa e entrevistas aos profissionais da rea tcnica de refino de
petrleo e visitas tcnicas a unidades de refino. Para o desenvolvimento desse
estudo foi feita uma avaliao de parte do ciclo de vida de leos lubrificantes
automotivos estabelecendo fronteiras na entrada de leo bruto para destilao e
sada de leo bsico pronto, observando as entradas de insumos e materiais, e
sadas referentes a emisses e efluentes usando como parmetro o eco indicador
99, para verificar os impactos nessa fase de produo dos leos bsicos. Essa
avaliao resultou na comparao do leo lubrificante virgem (OLV) ou de primeirorefino com o leo lubrificante usado (OLUC) em seus processos de fabricao para
mostrar qual processo gera o menor impacto. A avaliao do ciclo de vida, de
produtos ou servios, uma ferramenta da gesto ambiental que tambm funciona
de forma preventiva, o inventrio do ciclo de vida visa definir o objetivo e o escopo
de um estudo fornecendo o plano inicial para realizar uma anlise do ciclo de vida. A
anlise do ciclo de vida em lubrificantes automotivos extensa se for considerado
todo o processo, do poo ao posto. Verificou-se que o processo para obter obsico de primeiro refino caro podendo ser minimizado com a reciclagem de leos
usados, que so transformados em bsicos com a mesma qualidade daqueles
gerados a partir do primeiro refino. O processo de reciclagem pode reduzir muito a
poluio por descarte inadequado de leos usados.
Palavras-chave: 1. Avaliao do ciclo de vida. 2. Sustentabilidade. 3. leo
lubrificante . 4. Gesto ambiental.
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ABSTRACT
This work aims to study a small part of the life cycle of base oils used for the
manufacture of automotive lubricants as a research technique, using quantitativeanalysis, technical visits and interviews with technical professionals in petroleum
refining units. For the developmentof this studya review in part of the life cycleof
automotive lubricants toestablish boundariesininputcrudeoildistillation andoutput
base oil ready cycle was made by observing the inputs and material inputs and
outputs on emissionsand effluents using theEcoindicator 99 to verify the impacts
that stageproductionofbase oils. This evaluation resultedin the comparison ofvirgin
lubricating oilorthefirstrefiningused lubricating oilintheir manufacturing processesto showwhat processgeneratesthe least impact. The assessment of thelife cycleof
products or services, is an environmental management tool that also works
preventively, inventory lifecycle aims to define the purpose and scope of a study
providingthe initial plan toconduct ananalysis oflifecycle. Analysisof the life cycle
in automotivelubricantsisconsideredextensive.One verifies that the process offirst
refining is expensive and can be minimized by recycling used oils, which are
transformed into basic oil with the same quality of those generated from the first
refining. The recycling processcan greatly reduce thepollution caused byimproper
disposalof waste oils.
Kew-words: 1 Life cycle assessment. 2. Sustainability. 3. Lubricating oil. 4.Environmental management
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LISTA DE ILUSTRAES
Figura1- Variao da temperatura global ...............................................................21
Figura2Navio de pesquisa obtendo dados ssmicos........................................................29Figura 3- Sonda de perfurao simplificada ............................................................30
Figura 4- Torre de destilao ............................... ..................................................31
Figura 5- Esquema da torre de destilao ..............................................................32
Figura 6- Trena de medio ....................... ............................................................33
Figura 7- Termmetro..............................................................................................38
Figura 8- Proveta para amostra...............................................................................38
Figura 9- Densimetro.............................................................................................. 39
Figura10- Porcentagem consumo de lubrificantes................................................. 40
Figura 11- Acidente transporte.............................................................................. .40
Figura 12- Derrame no mar......................................................................................41
Figura 13- Lanamento de barreira........................................................................ 47
Figura 14- Acidente com o transporte.................................................................... 49
Figura 15- Cerco a mancha de leo....................................................................... 50
Figura 16- Lanamento de dispersante.............................. .................................. 51
Figura 17- Barreira fixa.......................................................................................... 51Figura 18- Praia contaminada............................................................... ............... 52
Figura 19- Fluxograma de tratamento OLUC......................................................... 53
Figura 20- Fluxograma de rerrefino de lubrificantes............................................... 54
Figura 21- Descarte de resduo.............................................................................. 54
Figura 22- Fluxograma ICV................................................................................... 57
Figura 23- Esquema de ACV............................................................................... . 61
Figura 24- Escopo de ACV................................................................................... 63
Figura 25- Processo de gerao de OLUC........................................................... 65
Figura 26- Fluxograma de desaromatizao......................................................... .66
Figura 27- Fluxograma de desparafinao.............................. ............................. .67
Figura 28- Cadeia do ciclo de vida.......................................................... .............. 69
Figura 29- Fronteira do sistema OLUC..................................... ........................... .71
Figura 30- Fronteira do sistema OLV.......................................................................72
Figura 31- Fronteira OLUC demarcada....................................................................74
Figura 32- Fronteira OLV demarcada.......................................................................77Figura 33- Modelo entrada e sada OLV..................................................................78
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Figura 34- Modelo entrada e sada OLUC............................................................ ...79
Figura 35-Fronteira do sistema de OLV.....................................................................80
Figura 36- Modelo de entradas e sadas / primeiro refino.........................................81
Figura 37-Modelo de entradas e sadas OLUC.........................................................81
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LISTA DE TABELAS
Tabela1- Numerao indicativa de risco....................................................................... .42
Tabela 2-Arqueao de tanque....................................................................................... 43
Tabela 3- Converso de densidade..........................................................................44Tabela 4- Converso de volume...............................................................................46
Tabela 5- Mercado de lubrificante automotivo..........................................................48
Tabela 6- Efeito de contaminantes.......................................................................... 82
Tabela 7- Inventrio de leos usados..................................................................... .83
Tabela 8- Inventrio de leos virgens sem ecoindicadores.......................................84
Tabela 9- Inventrio para leos virgens com ecoindicadores....................................85
LISTA DE ABREVIATURAS
ACV
API
Avaliao do ciclo de vida
Instituto americano do petrleo
AGR
ABNT
AC
CONAMA
CT
CETESB
DC
EPA
ECO92
FECOMBUSTVEL
IBAMAISO
I.V.
INMETRO
IPI
NBR
NT
gua de refrigerao.
Associao Brasileira de Normas Tecnicas
Antes de cristo (Referncia de tempo)
Conselho Nacional do Meio Ambiente
Carro Tanque
Companhia de tecnologia de saneamento ambiental
Depois de cristo (Referncia de tempo)
Environmental Protection Agency ( EUA )
Conferncia sobre ecologia e meio ambiente, RJ- 1992
Federao Nacional do Comrcio de Combustveis eLubrificantes
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e recursos naturaisrenovveis
International organization for standardization
ndice de viscosidade
Instituto nacional de metrologia
Imposto sobre produtos industrializados
Norma Brasileira
Navio tanqueOLV leo Lubrificante Virgem.
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OLUC
OCDE
PEBG
PCB
leo Lubrificante Usado e/ou Contaminado.
Organizao para cooperao e desenvolvimento econmico
Plano de emergncia da baia da Guanabara
Bifelinas policloradasSETAC Society of environmental toxicology and chemistry
USA
USEPA
United States of America
United States Environmental Protection Agency
Glossrio
ANP:Agncia Nacional de Petrleo, Gs natural e Biocombustveis.
Desaromatizao: Fase do processo de refino onde retirado o extrato aromtico,
uma operao tipicamente realizada no processo de produo de lubrificantes, em
que se emprega o furfural como solvente de extrao de compostos aromticos
polinucleados de alto peso molecular.
Desparafinao: E o processo de remoo de parafina. Normalmente utilizando um
solvente.
Dispersantes: Produtos qumicos usados para reduzir as manchas de petrleo
resultantes do derramamento.
Eutrofizao: Em ecologia, chama-se eutrofizao ou eutroficao ao fenmeno
causado pelo excesso de nutrientes numa massa de gua, provocando um aumento
excessivo de algas.
Furfural: Furfural um composto orgnico heterocclico aromtico, tem seu nome
derivado do latim furfur, farelo de cereais, de onde at hoje produzido. Tem cheiro
semelhante a amndoas. menos txico que o furano, mas ainda assim perigoso.
Gs natural: Todo hidro carboneto ou mistura de hidrocarbonetos que permanea
no estado gasoso ou dissolvido no leo nas condies originais do reservatrio eque se mantenha no estado gasoso nas condies atmosfricas normais.
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IBAMA: Instituto Brasileiro do Meio ambiente e Recursos Naturais Renovveis.
MIBK: methyl isobutyl ketone usado como intermedirio de sntese de produtos
para borracha e na separao da parafina em refinarias.
leo lubrificante acabado:Produto formulado a partir do leo lubrificante bsico,
ao qual adicionado o pacote de aditivos de cada empresa, sendo ento envasado
e vendido no mercado consumidor final.
leo lubrificante bsico:Principal constituinte do leo lubrificante acabado. Podeser de origem mineral , vegetal, semi sinttico ou sinttico.
PEBG:Plano de Emergncia da Baia da Guanabara, criado para atender situaes
de acidente com derramamento de petrleo e seus derivados no permetro da Baia
da Guanabara. Fazem parte do plano:
As empresas de petrleo com interface com a baia, o rgo ambiental estadual de
meio ambiente (INEA) e o rgo ambiental federal de meio ambiente (IBAMA).
PEI:Plano de emergncia Individual, criado pela resoluo do Conselho Nacional do
Meio Ambiente 398 (Antiga 293), para que as empresas com interface com a Baia
da Guanabara mantenham um plano para dar resposta a possveis situaes de
vazamentos acidentais.
Skimmer: So recolhedores de leo projetados para remover com eficincia eeficcia manchas de petrleo e derivados bem como, lquidos imiscveis em gua
em locais tais como portos, lagoas, rios, tanques de aerao, canais, piers, entre
outros.
Terra fuller: uma argila de clcio monte-morilonita de ocorrncia natural e alta
pureza utilizada como agente adsorvente no tratamento de intoxicao.
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SUMRIO
1 INTRODUO......................................................................................................16
1.1 Apresentao....................................................................................................16
1.2 Justificativa........................................................................................................17
1.3 Objetivo.............................................................................................................17
1.4 Limitaes..........................................................................................................18
1.5 Hipteses e questes........................................................................................18
1.5.1 O presente trabalho est dividido da seguinte forma.....................................19
2 REFERNCIA BIBLIOGRFICA..........................................................................20
2.1- A sustentabilidade ambiental...........................................................................20
2.2-Histrico da produo de lubrificantes..............................................................23
2.3- A lubrificao na atualidade.............................................................................26
2.3.1- A necessidade de lubrificante.........................................................................26
2.4- Processo de produo de lubrificantes..............................................................28
2.4.1- A tecnologia de monitoramento para minimizar danos ambientais.................33
2.5 -Matrias primas na fabricao de leos lubrificantes........................................33
2.6- A logstica de lubrificantes automotivos.............................................................34
2.7- Consumo de lubrificante......................................................................................46
2.8- Resduos oleosos................................................................................................48
2.8.1- Plano de emergncias (PEBG)........................................................................54
2.8.2- O ps uso de lubrificante automotivo e a logstica reversa..............................56
2.8.3- O processo industrial de reciclagem................................................................57
2.8.4- Desperdcio e descrte indevido.....................................................................62
2.9- leos lubrificantes bsicos e o ciclo de vida.......................................................632.9.1- Avaliao do ciclo de vida............................................................................ .63
2.9.2- Histrico do ciclo de vida..................................................................................64
2.9.3- Inventrio do ciclo de vida................................................................................65
3 METODOLOGIA.......................................................`............................................69
3.1-Origem dos dados para anlise do inventrio do ciclo de vida de lubrificantesautomotivos................................................................................................................69
3.2- Processo de desaromatizao............................................................................70
3.3-Desparafinao e hidroacabamento.............................................................. .....71
3.4- Descrio do estudo de caso................................................................... ..........72
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4- Desenvolvimento....................................................................................................74
4.1- Apresentao......................................................................................................74
4.2- Metodologia da ACV.........................................................................................75
4.3- Fronteiras do sistema.......................................................................................75
4.4- Fronteira do sistema para leos lubrificantes de primeiro refino........................76
4.5- Fronteira do sistema para leos lubrificantes a partir de leos usados.............76
4.6- Eco indicadores..................................................................................................76
4.7- Sistema para leos lubrificantes usados............................................................77
4.8- Sistema para leos lubrificantes de primeiro refino...........................................78
4.9- Fronteiras do sistema para leos usados e de primeiro refino....................... ..78
4.9.1- Fronteira do sistema para bsicos a partir de leos usados......................... 79
4.9.2- Fronteira do sistema para bsicos de primeiro refino................................... .79
4.9.3- Modelos de entradas e sadas....................................................................... 80
4.9.4- Inventrio para leos a partir de lubrificantes usados.................................. .81
4.9.5- Inventrio para leos a partir de lubrificantes de primeiro refino................. .82
4.9.6- Inventrio para leos a partir de lubrificantes usados com indicadores....... 84
4.9.7- Inventrio para leos a partir de lubrificantes de primeiro refino................. .85
4.9.8- Impactos ambientais de leos lubrificantes.....................................................86
5- Concluso......................................................................................................... ....87
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS...........................................................................88Anexo 1......................................................................................................................92
Anexo 2......................................................................................................................93
Anexo 3......................................................................................................................97
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CAPTULO 1 - INTRODUO
1.1 Apresentao
A forma como as geraes passadas se comportaram diante da dinmica da
biosfera, nos trouxe a situao atual de degradao da atmosfera, da hidrosfera e da
litosfera. Os trs grandes ambientes que proporcionam a estrutura bsica que
possibilita a vida no planeta. A forma como o ser humano desenvolveu suas
atividades de produo, no considerou matria e energia que sobram durante um
processo de fabricao, o homem achava que no fazia parte das complexas redes
de interaes que ocorrem em todos os ecossistemas do planeta. Os ecossistemas
apresentam um paradigma, o qual a indstria pode estudar para entender e copiar.
Um ecossistema apresenta um ciclo biolgico de matria e energia que mantido
por trs grupos: Os produtores, os consumidores e os decompositores, cada um com
seu papel e, em especial, os decompositores que atuam como recicladores da
natureza.
Na indstria no acontece mesma reciclagem de matria e energia que ocorre nos
sistemas naturais. Os sistemas naturais so cclicos e os sistemas industriais so
lineares. Uma metfora, atribuda ao trabalho de Robert U. Ayres, 1989, denominadametabolismo industrial, trata dos fluxos de matria e energia no sistema industrial
visando o entendimento da circulao de matria e energia. O metabolismo industrial
segue os fluxos de matria e energia, desde sua fonte, atravs do sistema industrial,
ao consumidor e ao descarte final.Metabolismo industrial e a avaliao do ciclo de
vida tm o mesmo propsito. A avaliao do ciclo de vida, sendo uma ferramenta
recente, pouco conhecida pela gesto ambiental industrial, segundo a SETAC
(Society of environmental toxicology and chemistry) , a avaliao do ciclo de vida deum produto, processo ou atividade uma avaliao sistemtica que quantifica os
fluxos de energia e de matria no ciclo de vida do produto, contribuindo para
solucionar problemas que, ao longo do tempo, montaram a crise ambiental. O
inventrio do ciclo de vida uma fase extremamente importante da avaliao, pois
nela que os fluxos sero identificados e quantificados fazendo um balano entre os
materiais que entram e os resduos e energia que saem. O papel de ferramentas
como a ACV fornecer informaes sobre os impactos ambientais dos produtos,
processos ou atividades avaliadas, para a tomada de deciso no processo de gesto
ambiental, junto a outras ferramentas a ACV ser a forma de menor custo referente
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a danos ambientais, pois trabalha com a previso e com o propsito de mitigar ou
impedir acontecimentos adversos.
1.2 Justificativa:
Este trabalho justifica-se pelo fato que lubrificantes podem ter uma aplicao por
tempo maior que a sua primeira utilizao, reduzindo muito o descarte do produto
que apresenta um grau elevado para causar danos ambientais. Os fabricantes de
lubrificantes automotivos no demonstram a incluso do princpio de preveno de
poluio, como preconizado na ISO14001 2004. Este princpio aperfeioa a
fabricao de forma a produzir com o menor desperdcio e melhor dimensionamento
das quantidades (produzir mais com menos). leos bsicos para fabricao de
lubrificantes automotivos, derivados de petrleo, podem ser provenientes de primeiro
refino, denominados leos lubrificantes virgens (OLV) ou provenientes de reciclagem
do leo lubrificante usado e/ou contaminado (OLUC). A reciclagem do OLUC, apesar
do aparecimento de empresas de reciclagem, ainda muito pequeno. O OLUC vem
sendo descartado de forma criminosa gerando danos principalmente a mananciais
de gua prpria para o consumo humano, ao meio marinho e ao solo, de formageral, comprometendo a micro fauna tornando o solo improdutivo prejudicando a
vida vegetal. A percolao de leo no solo pode comprometer o lenol fretico
agravando o dano.
1.3 Objetivo
A dinmica do presente trabalho est vinculada a realizao da anlise do inventrio
do ciclo de vida de leos lubrificantes, bsicos, derivados de petrleo com proposta
de identificar, a maior parte dos impactos ambientais causados pelo produto que
apresenta uma capacidade para danos ambientais e a sade de diversas formas de
vida, inclusive a humana de forma incontestvel, visto que o produto precisa ser
deslocado por distncias continentais em volumes gigantescos, o que exige uma
logstica arrojada, muito bem planejada e uma estrutura modal de transporte,
extremamente forte. A histria do petrleo nos mostrou que o transporte de petrleo
e seus derivados tm causado danos irreparveis em curto prazo em vriosecossistemas do planeta, levando alguns desses ecossistemas a perdas
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permanentes. O objetivo deste trabalho est pautado na anlise do inventrio do
ciclo de vida de bsicos com origem em OLV e OLUC, para fabricao de
lubrificantes automotivos.
1.4- Limitaes do trabalho:
Foram varias as limitaes, tornando o trabalho cansativo e difcil no
desenvolvimento. Vale salientar a obteno de dados em oposio ao sigilo
industrial e a disponibilidade de informaes sobre bsicos para fabricao de
lubrificantes ou sobre lubrificantes prontos no eco indicador 99 (Goedkoop 1999).
Ao sigilo industrial devido o respeito, quando este atribudo a uma descoberta,
da empresa, que torna o seu produto competitivo no mercado. A maior limitao dopresente trabalho a informao sobre o processo para obteno do leo bsico
virgem, para fabricao de lubrificantes automotivos nas empresas que fabricam o
produto. Os produtos citados no trabalho so verdicos, apenas as quantidades so
estimadas. Os dados foram fornecidos por profissionais que no trabalham mais na
rea de petrleo e aposentados que fizeram o pedido de no divulgao de seus
nomes, mesmo para agradecimentos. Outra limitao est ligada aos indicadores de
impacto do eco indicador 99 (Goedkoop 1999), que ainda no contempla umproduto com grande potencial de impacto ambiental como o leo lubrificante em
qualquer fase da sua produo, este no possui os produtos especficos usados
durante a destilao do petrleo para apurao dos leos bsicos virgens.
A procedncia do leo referente ao estudo internacional, a refinaria que serviu de
base para os dados que foram fornecidos no refina leo como os produzidos na
bacia de Campos.
1.5- Hipteses, questes e estrutura do trabalho:
O presente trabalho tem o propsito de esclarecer questes e eliminar falsas
hipteses e dvidas sobre lubrificantes no estado do Rio de Janeiro, leos
lubrificantes automotivos foram, durante muito tempo, desconsiderados como
produto perigoso devido ao seu ponto de fulgor alto. A preocupao com o meio
ambiente e os potenciais impactos que os produtos, derivados de petrleo poderiam
causar trouxe uma nova viso sobre a forma de tratar resduos oleosos. A
reciclagem de lubrificantes de forma geral e principalmente os automotivos ainda
no est totalmente absorvida pela indstria e pela populao, o fato de poder
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transformar os leos usados em bsicos para novamente transformar em lubrificante
pronto para venda uma prtica rentvel para a economia e para o meio ambiente .
A prtica de reciclagem de leos lubrificantes depende de forma direta do processo
de educao ambiental, a populao ainda no conseguiu entender a importncia e
o ganho econmico e ambiental do processo. S atravs da educao e que esse
processo vai se tornar uma prtica bem sucedida.
1.5.1-O presente trabalho est dividido da seguinte forma:
1. Introduo.
2. Referncias bibliogrficas.
3. Metodologia.4. Desenvolvimento.
5. Concluso
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CAPTULO 2REFERNCIA BIBLIOGRFICA.
2.1- A sustentabilidade ambiental:
O termo sustentabilidade comum na gesto administrativa de negcios, porm, na
gesto do meio ambiente algo relativamente novo. Pode-se dizer que a
sustentabilidade ambiental a conservao geogrfica e geolgica dos
ecossistemas aliada ao equilbrio ecolgico, erradicao da pobreza e da
excluso, aos direitos humanos e integrao social. Sustentabilidade o termo que
rene todos os aspectos que promovem a qualidade de sistemas no planeta, dos
mais complexos aos mais simples promovendo a qualidade de interaes e,
consequentemente, a qualidade de vida para os humanos. Manter o ambiente
sustentvel garantir que os recursos que mantm a qualidade nas interaes e na
vida, de forma geral, sejam preservados. complexo garantir o fornecimento de
alimento, gua e agasalho de forma que toda a populao do planeta tenha acesso.
Os humanos precisam entender e se acostumar com a verdade que todos esto
interligados a tudo que existe no planeta. O qu e acontec er a terra, acontec er
aos filhos da terra(Carta do ndio Seatle ao Presidente Franklin Pierce USA).Asustentabilidade ambiental na indstria do petrleo mais necessria do que para
qualquer outra atividade industrial. A movimentao de petrleo e derivados atravs
dos modais de transporte (Rodovirio, Ferrovirio, Martimo e duto virio), torna o
petrleo e seus derivados muito impactantes. Uma gesto ambiental sustentvel
necessita de projetos de educao ambiental para os trabalhadores e pessoas na
rea de influncia das unidades de petrleo e derivados, alm de estudos de
impacto e formas de compensar danos devido a implantao e operao deunidades de negcios. As empresas de petrleo so as que mais investem em meio
ambiente devido potencialidade de danos ambientais contnuos pela emisso de
carbono e metano, assim como os danos acidentais pela perda de conteno
ocasionando derrames e gerando danos a ecossistemas terrestres e aquticos. O
aumento do carbono atmosfrico tem grande contribuio de combustveis e outros
derivados de petrleo, o que deixa o leo lubrificante usado que queimado em
fornos como um grande contribuinte do efeito estufa. Essa forma de uso do leo
usado inadequada e criminosa. A figura 1 mostra a variao de temperatura em
funo do aumento do carbono atmosfrico.
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Fig. 1 Variao da temperatura do planeta em funo do aumento do carbono, com o passar
dos anos. Fonte:www.google.com/imagens/ Arthur.bio.br
As conferncias das Naes Unidas para o Meio Ambiente trouxeram os debates
ambientais para a mesa, destacando o grande marco que foi a ECO-92, realizada no
Rio de Janeiro em 1992, onde o documento denominado agenda 21 relacionou
focos importantes para ateno da sociedade, governos e pessoas visando uma
conscientizao no sentido de se economizar o meio ambiente. Pode-se observar
que os focos tem a premissa de mudar o comportamento.
Dentre alguns dos focos discriminados na Agenda 21, pode-se destacar:
1. Cooperao internacional
2. Combate pobreza
3. Mudana dos padres de consumo
4. Habitao adequada
5. Integrao entre meio ambiente e desenvolvimento na tomada de decises
6. Proteo da atmosfera
7. Abordagem integrada do planejamento e do gerenciamento dos recursos
terrestres
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8. Combate ao desflorestamento
9. Manejo de ecossistemas frgeis: a luta contra a desertificao e a seca
10. Promoo do desenvolvimento rural e agrcola sustentvel11. Conservao da diversidade biolgica
12. Manejo ambientalmente saudvel dos resduos slidos e questes
relacionadas com os esgotos
13. Fortalecimento do papel das organizaes no governamentais: parceiros
para um desenvolvimento sustentvel.
14. Iniciativas das autoridades locais em apoio agenda 2115.A comunidade cientfica e tecnolgica
16. Fortalecimento do papel dos agricultores
17. Transferncia de tecnologia ambientalmente saudvel, cooperao e
fortalecimento institucional.
18.A cincia para o desenvolvimento sustentvel
19. Promoo do ensino, da conscientizao e do treinamento.
Sachs (1993) traz estas reflexes sobre as cinco dimenses da Sustentabilidade:
social, econmica, ecolgica, geogrfica (ou espacial) e cultural. A sustentabilidade
social preconiza uma civilizao com maior equidade na distribuio de rendas e
bens, reduzindo as diferenas sociais; Quanto sustentabilidade econmica, este
autor afirma que a eficincia econmica deveria ser medida em termos
macrossociais, e no somente atravs de critrios macroeconmicos de
rentabilidade empresarial (SACHS, 1993 apud MILES, 2008).
Para Gibberd (2003), a "Sustentabilidade viver dentro da capacidade de suporte
do planeta e desenvolvimento sustentvel aquele desenvolvimento que conduz
sustentabilidade" (GIBBERD, 2003).
Sustentabilidade cultural associada valorizao das especificidades locais do
ecossistema, de forma que as transformaes estejam em sintonia com um contexto
que permita a continuidade cultural (SACHS, 1993 apud MILES, 2008).
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A questo da sustentabilidade sempre foi o propsito das conferncias das naes
unidas, desde a primeira conferncia em Estocolmo (1972), passando pela famosa
ECO 92 no Rio de Janeiro, a que foi mais produtiva. A conferncia das naes
unidas realizada na frica do Sul (Joanesburgo) no teve boa repercuso, sendo
menos produtiva que a ECO 92. Em todas as conferncias a questo da
sustentabilidade foi o centro das discuses. Um ponto, dentro do caminho
sustentvel da humanidade onde a polmica se instalou o carbono atmosfrico
como causador no aumento da temperatura do planeta. Existem aqueles que
afirmam que o ser humano o grande causador do aquecimento global, como o ex
senador americano All Gore em seu documentrio Uma verdade inconveniente.
Por outro lado, exitem aqueles que afirmam o contrrio, como Luiz Carlos Molion,professor de climatologia da Universidade Federal de Alagoas que afirma que o ser
humano no capaz de causar impactos globais, segundo ele os impactos
causados pelo ser humano so locais. Enfim, a questo que a Sustentabilidade
est ligada a diversas reas e aspectos e a humanidade tem que mudar a forma de
vida. A sustentabilidade na indstria do petrleo polmica devido ao grande
potencial de impacto. impossivel no ter impactos na perfurao e produo de
petrleo e seus derivados, porm, pode-se produzir com menor impacto e medidascompensatria visando realmente a produ sustentvel da matriz energtica
global, para que isso acontea deve existir um processo de educao ambiental em
todos os nveis de formao do ser humano.
2.2- Histrico da produo de lubrificantes:
Ao longo da histria evolutiva dos humanos houve a descoberta do fogo. A partir
desse momento, os humanos comeam a ter ideias para tornar a vida maisconfortvel e segura, ao dominar o fogo os humanos comeam, tambm, a
manipular o metal, a criar utenslios, at que em determinado momento da evoluo
a humanidade comea a criar e utilizar mquinas, estas possuem partes onde ocorre
atrito, das mais simples as mais complexas a reduo do atrito melhora o
funcionamento e aumenta a vida til. nesse contexto, que o lubrificante se insere
de uma fechadura de porta a um jato a lubrificao est presente. Existem
lubrificantes no oleosos como o grafite e existem aqueles que fazem parte do
contexto deste trabalho, que so os lubrificantes derivados de petrleo, aqueles que
esto em maior quantidade no mundo. A importncia do atrito e a resistncia ao
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movimento tm sido muito reconhecidas atravs da nossa civilizao. Abaixo
descrito de onde surgiu a necessidade e a importncia da lubrificao. No antigo
Egito, com a necessidade de transportar colossos e blocos para a construo de
Esfinges e Pirmides. Como a lubrificao era desconhecida, os escravos egpcios
usavam galhos de arvores para arrastar e puxar os trens comaproximadamente 60
toneladas de blocos. A funo dos galhos de rvore (roletes) era reduzir o atrito de
deslizamento entre o tren e o solo, transformando-os em atrito de rolamento.
EM 2.600 AC:
Foi encontrado o 1 vestgio de lubrificao nas rodas do tren que pertenceu a Ra
Em KA (Rei do Egito), comprovado por anlise que o lubrificante era sebo de boi ou
de carneiro.
Aps esta descoberta, concluiu-se que no Antigo Egito utilizou-se este sebo como
lubrificante em baixo dos trens, para facilitar o deslizamento.
De 776 AC at 393 DC:
Nesta poca a Grcia celebrou os primeiros Jogos Olmpicos, uma tradio queseguiu de quatro em quatro anos. Uma das modalidades desta Olimpada era a
corrida de Bigas, que tambm tinham os eixos lubrificados por gordura animal.
EM 200 DC
Nesta poca, os romanos tambm utilizaram as Bigas como meio de transporte, que
por sua vez tambm eram lubrificadas por gordura animal.
DO SCULO V AO X:
Na Idade Mdia a gordura animal era usada para lubrificar o mecanismo de abertura
dos portes dos castelos que rangiam e nas rodas das carruagens que
transportavam reis e rainhas.
NO SCULO VIII:
No final deste sculo, na Noruega, ano de 780, os Vikings Guerreiros e Aventureiros
Martimos eram expertsna construo de barcos. Construram os primeiros e
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aperfeioados Drakkarscompridos barcos vela. Por um bom tempo, foi usado o
leo de baleia para lubrificar o suporte de articulao das velas e o eixo do leme.
NO SCULO XV:
No incio das grandes navegaes comerciais, o leo de baleia tambm foi usado
para lubrificar os moites e times dos navios.
O Petrleo, mineral existente a cerca de 300 milhes de anos, proporcionou na
Antiguidade fins medicinais e posteriormente passou a ser empregado na
Lubrificao. Era conhecido como leo de pedra, leo mineral e leo de nafta.
NO SCULO XVI:
Com a inveno de engenhocas, surgiu a necessidade da lubrificao vinda do
petrleo, para o seu perfeito funcionamento.
NOS SCULOS XVII E XVIII:
Com o desenvolvimento da civilizao e invenes ainda mais revolucionrias,
destaca-se um dos grandes inventores, Leonardo da Vinci, que elaborou grandesprojetos que tambm contriburam para o progresso da lubrificao, como a Besta
de disparo potencializado (catapultas), mquina escavadora, entre muitos outros.
NO SCULO XVIII:
O fenmeno da Revoluo Industrial provocou a mecanizao da indstria e dostransportes. Com o crescimento das mquinas txteis foi utilizado lubrificante para o
bom funcionamento das mquinas.
NO SCULO XIX:
Neste sculo, na Pensilvnia (EUA), ocorreram trs fatos marcantes: 1) Em 1859,
um ex-maquinista de trem americano, Edwin Drake, perfurou o 1 poo de petrleo
com 21 metros de profundidade. Com isso, era extrados, aproximadamente 3.200
litros de Petrleo por dia: 2) Surgiu necessidade de lubrificar os mancais dos
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trens, a cada 160 Km rodados: 3) Com as inovaes das mquinas, a lubrificao
passou de espordica necessria. Aps cinco anos da descoberta de Edwin
Drake, 543 companhias, de diferentes nacionalidades, dedicaram-se extrao do
petrleo.
NO SCULO XX:
Nesta poca, com a 2 Guerra Mundial e a necessidade de mquinas mais potentes
e canhes, o lubrificante foi usado em quantidades espantosas. Com a revoluo
foram surgindo diversos equipamentos que necessitavam de uma
lubrificao. Assim como os equipamentos, novos lubrificantes surgem com o
objetivo de reduzir ao mximo o atrito e prolongar a vida til dos equipamentos.
2.3- A lubrificao na atualidade:
Assim como as mquinas, os lubrificantes sofreram alteraes tecnolgicas para
atender as necessidades extremas em processos industriais.
Hoje, existem vrias empresas no mercado que fabricam vrios tipos de
lubrificantes, de origem mineral, sinttica e especiais. Alm de ter uma grande
utilizao, o lubrificante tem formas de aplicaes corretas. Para isso, existem
equipamentos para lubrificao, disponveis no Brasil desde 1950, que so de uso
fundamental e tambm minimizam o risco da contaminao dos lubrificantes.
Com a preocupao mundial ao meio ambiente, foram feitos vrios estudos e
pesquisas para que os lubrificantes pudessem ser usados sem agredir a natureza.
Para isso, existe a rerrefinao do lubrificante usado e o leo verde que vegetal
biodegradvel e uma opo aos usurios para que evitem mais agresses ao meio
ambiente.
Atualmente, a lubrificao fator decisivo no poder de competitividade sendo uma
fonte de ganhos, proporcionando melhorias no desempenho dos equipamentos e,
principalmente, na reduo nos custos de manuteno..
2.3.1- A necessidade de lubrificantes:
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Lubrificar aplicar uma substncia (lubrificante) entre duas superfcies em
movimento relativo, formando uma pelcula que evita o contato direto entre as
superfcies, promovendo diminuio do atrito e, consequentemente, do desgaste e
da gerao de calor.
Os primeiros lubrificantes eram de origem animal. Com o passar do tempo o homem
foi aperfeioando e criando novos inventos e, por necessidade, os lubrificantes
evoluram e passaram a ter bases de origem vegetal, mineral e sinttica.
Os modernos lubrificantes automotivos so uma composio de leos bsicos - que
podem ser minerais ou sintticos, com aditivos. Grande parte dos lubrificantes
automotivos utilizados atualmente so obtidos a partir do Petrleo (mineral), ou
produzidos em Usinas de Qumica Fina (sinttico). s matrias-primas com
caractersticas lubrificantes obtidas atravs do refinamento do Petrleo ou das
Usinas Qumicas, tem o nome de Bases Lubrificantes.
As Bases Lubrificantes so selecionadas de acordo com sua capacidade de: formar
um filme deslizante protetor das partes mveis; resistir s constantes tentativas do
calor e do oxignio de alterarem suas propriedades; resistir a choques e cargasmecnicas sem alterar seu poder lubrificante; remover calor dos componentes
internos do equipamento. Para oferecer outras caractersticas de desempenho e
proteo, so adicionados s bases lubrificantes alguns componentes qumicos que
so chamados de Aditivos.
Base Lubrificante Mineral: obtida atravs do refinamento do petrleo.
Base Lubrificante Sinttica: obtida atravs de reaes qumicas realizadas emLaboratrios.
Lubrificar: a funo primria do lubrificante formar uma pelcula delgada entre duas
superfcies mveis, reduzindo o atrito e suas consequncias, que podem levar
quebra dos componentes.
Refrigerar: o leo lubrificante representa um meio de transferncia de calor,
"roubando" calor gerado por contato entre superfcies em movimento relativo. Nos
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motores de combusto interna, o calor transferido para o leo atravs de contatos
com vrios componentes e, em seguida, para o sistema de arrefecimento de leo.
Limpar e manter limpo: em motores de combusto interna uma das principaisfunes do lubrificante retirar as partculas resultantes do processo de combusto
e manter estas partculas em suspenso no leo, evitando que se depositem no
fundo do crter e provoquem incrustaes.
Proteger contra a corroso: a corroso e o desgaste podem resultar na remoo de
metais do motor, por isso a importncia dos aditivos anticorrosivo e antidesgaste.
Vedao da cmara de combusto: o lubrificante lubrifica e refrigera,alm de agircomo agente de vedao, impedindo a sada de lubrificante e a entrada de
contaminantes externos ao compartimento.
2.4- Processo de produo de lubrificantes:
O Processo de produo de lubrificantes, numa viso geral, comea na produo a
poo quando tem incio a retirada de petrleo da rocha sedimentar. O lubrificante
sinttico produzido em laboratrio e apresenta uma vida til bem maior que os
leos de base mineral e com caractersticas recalcitrantes. O leo lubrificante
semissinttico produzido pela mistura de dois ou mais tipos de leos sendo
denominados tambm de leos compostos. A produo de petrleo, elemento
bsico para fabricao de inumerveis produtos, depende hoje de uma tecnologia
desenvolvida ao logo do tempo cronolgico e da necessidade desse leo que se
tornou a matriz energtica do planeta. A explorao de petrleo tem incio com o a
verificao de presena de leo na rocha sedimentar. A ssmica o estudo que fazessa verificao. No Brasil, as maiores partes dos reservatrios esto, no assoalho
do oceano, para realizao do estudo ssmico necessrio embarcaes
apropriadas, conforme a figura 2, que emitem um sinal sonoro e captam a resposta,
verificando a presena de petrleo.
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Fig.: 2 Navio de pesquisa coletando dados ssmicos.Fonte:clickmaca.com.br
Os hidrofones so arrastados na superfcie para receber o retorno, com a leitura das
ondas de choque ocasionadas pelo disparo do canho de ar comprimido que fica no
navio de pesquisa. Aps obter os dados ssmicos, proporcionados pelas ondas de
choque, usa-se sondas que perfuram a rocha obtendo o leo procurado. Comea,
ento, a explorao de petrleo, a alta tecnologia se faz necessria a medida que aprofundidade de explorao aumenta junto com o risco patrimonial, de investimento
e da integridade fsica dos trabalhadores. Durante a perfurao existe a
possibilidade da presso, existente no poo, subir pela coluna de perfurao e
causar danos na superfcie. A sonda de perfurao (Figura 3), realiza o trabalho de
corte da rocha atravs de brocas, hastes e muita tecnologia para depois de atingir a
rocha reservatrio ter condies de enviar o leo para superfcie em segurana.
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Fig: 3- Sonda de perfurao Equipamento composto, principalmente por torre, haste e
bomba para escoamento de lama, fundamental para perfurao de poos.
Fonte: clickmaca.com.br
O primeiro processo para extrair bsico para fabricao de lubrificante (Bruto) do
petrleo a destilao. O petrleo, em seu estado primitivo (como retirado do
poo ), armazenado em tanques, desses tanques vo ocorrer bombeios para uma
fornalha onde o petrleo ser aquecido a altas temperaturas e, dessa forma, vai
ocorrer primeira destilao, denominada destilao atmosfrica onde acontece a
separao conforme o peso de cada produto, os mais leves para cima, conforme o
gs e a gasolina e os mais pesados para baixo, conforme os leos lubrificantes,
parafina e asfalto. Torre de destilao atmosfrica, mostrando fases de separao,
de forma geral. Pode-se observar, na figura 4, que leo bsico bruto, marcado na
figura com o nmero 2, est em nvel de destilao baixo por ser um produto
pesado. A foto 1 mostra o complexo de torres de destilao.
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Fig: 4 Torre de destilao. Figura da foto e esquema ilustrando o incio do processamentodo petrleo e onde se obtm o leo bsico de primeiro refino para fabricao de lubrificantes
automotivos.Fonte: www.clickmaca.com.br
A figura 5 mostra o complexo de torres de destilao atmosfrica e a vcuo com
dutos de transporte de produto entre as torres. So processos contnuos,
interligados e fundamentais para obteno de derivados de petrleo.
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Fig. 5 rea composta. Destilao Atmosfrica e a vcuo
Fonte:www.google.com.br/imagens+torres de destilao
A Fig. 6 mostra um esquema referente destilao atmosfrica e a vcuo onde se
podem observar os principais derivados produzidos em cada fase. Pode-se observar
que o leo lubrificante bsico separado na fase que corresponde ao mesmo
intervalo onde so separados o extrato aromtico e a parafina.
TORRE DE DESTILAOATMOSFRICA
TORRE DE DESTILAOA VCUO
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Fig: 6 Esquema demonstrativo para destilao atmosfrica e a vcuo
Fonte:
www.petrotechsociety.org/Presentations/8th_Summer_School/Session%208%20Dr.%20Manoj%20Srivastava.pdf
2.4.1- A tecnologia de monitoramento para minimizar danos ambientais.
As questes ambientais esto ligadas ao processo de explorao e produo de
petrleo e seus derivados devido necessidade que a indstria petrolfera tem de
manter uma reputao de empresa que respeita o meio ambiente tendo uma
atividade com grande potencial de dano ambiental. A legislao ambiental rgida eas empresas sabem que so responsveis por todo e qualquer dano que a sua
atividade possa vir a causar. Mesmo as empresas de petrleo se preparando para
possveis eventos danosos, eles acontecem e do prejuzos, muitas vezes
incalculveis. Os rgos de defesa ambiental devem estar atentos, e para isso cada
vez mais se conta com a tecnologia, exemplo da possibilidade de uso tecnolgico
como o texto da reportagem (Ver anexo 3) uma forma eficaz dessa utilizao.
2.5 - Matrias primas na fabricao de leos lubrificantes:
http://www.petrotechsociety.org/Presentations/8th_Summer_School/Session%208%20Dr.%20Manoj%20Srivastava.pdfhttp://www.petrotechsociety.org/Presentations/8th_Summer_School/Session%208%20Dr.%20Manoj%20Srivastava.pdfhttp://www.petrotechsociety.org/Presentations/8th_Summer_School/Session%208%20Dr.%20Manoj%20Srivastava.pdfhttp://www.petrotechsociety.org/Presentations/8th_Summer_School/Session%208%20Dr.%20Manoj%20Srivastava.pdfhttp://www.petrotechsociety.org/Presentations/8th_Summer_School/Session%208%20Dr.%20Manoj%20Srivastava.pdf7/26/2019 Anlise Do Ciclo de Vida de leos Bsicos de Lubrificantes
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As matrias primas utilizadas na fabricao de leos lubrificantes de base mineral
(Derivados de petrleo) so, em primeiro escalo, os leos bsicos classificados de
Spindle, Neutro leve, Neutro mdio, Neutro pesado e Bright stock. Em seguida esto
os aditivos que tm funes variadas conforme o tipo de leo e sua classificao API
/ SAE. Uma das principais caractersticas dos aditivos que entram na fabricao de
lubrificantes e a de controlar a dilatao do produto. O leo lubrificante composto
por bsicos que dilatam em funo da temperatura, no seu estado original, outros
aditivos atuam na limpeza das parte com as quais mantm contato, enfim, aditivos
apresentam funes especficas para que a boa lubrificao e consequentemente o
bom funcionamento do motor seja verificado.
2.6 - Logstica de lubrificantes automotivos:
Lubrificantes minerais so hidrocarbonetos e apresentam um enorme potencial para
causar danos ambientais, principalmente por acidentes por perda da conteno e
descarte inadequado por ignorar os danos ao ecossistema local e a outros distantes
do local do descarte. leos lubrificantes so utilizados para reduzir o atrito entre
peas mecnicas, facilitando o funcionamento e aumentando a vida til das
mquinas. As principais caractersticas dos leos lubrificantes, e tambm aquelas
que o classificam como perigoso para o meio ambiente, so a viscosidade e a
densidade. A viscosidade mede a resistncia de escorrncia do leo. Quanto mais
viscoso um lubrificante, mais lenta a sua escorrncia, isso aumenta a
capacidade, do leo, em se manter entre duas superfcies mveis, reduzindo o atrito
e prolongando a lubrificao das mesmas. A densidade a grandeza fsica que se
define como sendo a propriedade da matria que nos permite conhecer a
quantidade de massa existente num dado volume, sendo determinada atravs do
quociente entre massa e volume do objeto considerado (United States Department of
Energy, 2006). A densidade permite indicar o peso de certa quantidade de leo a
uma determinada temperatura, sendo importante para demonstrar se houve
contaminao ou deteriorao de um lubrificante. Para dotar um lubrificante de
certas propriedades especiais ou melhorar algumas j existentes, so adicionados
produtos qumicos, os chamados aditivos (United States Department of Energy,
2006), que vo atuar como antioxidantes, anticorrosivos, antiespumantes,
melhoradores do I.V. (GEIR, 2005). Esses aditivos apresentam, tambm, a funo
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de estabilizar a dilatao do produto em funo do calor. Os leos bsicos, que
ainda no foram manipulados, quando em exposio trmica dilatam ou reduzem
seu volume, existindo para efeito fiscal duas tabelas, uma de converso da
densidade da amostra para 20C e outra que, mediante a leitura da primeira tabela,
leva a um fator de correo que vai gerar um volume em litros a 20C, que ser
utilizado toda vez que terminar o deslocamento de um volume de produto. Essas
caractersticas presentes nos leos apresentam, junto com a estrutura qumica do
produto, efeitos desastrosos para os organismos vivos, pois os hidrocarbonetos do
petrleo so compostos altamente lipoflicos, capazes de atravessar facilmente as
membranas biolgicas dos organismos vivos, e atingir a corrente sangunea. Podem
ser prontamente distribudos e armazenados no tecido adiposo devido sua alta lipossolubilidade. A sua distribuio atravs dos diversos tecidos do organismo,
geralmente depende do tempo de exposio e proporcional ao contedo lipdico
dos rgos (ATSDR, 1999, BALLANTYNE & SULLIVAN, 1997). Tambm
apresentam, quando em ambiente aqutico a propriedade de impedir a penetrao
de a luz solar, dificultando ou impedindo a realizao da fotossntese ocasionando a
morte de organismos planctnicos, gerando um comprometimento na cadeia trfica.
Os leos lubrificantes apresentam ainda um potencial enorme para danosambientais significantes, principalmente por ser transportado e armazenado em
grandes volumes. Essa viso colocou o petrleo e seus derivados na condio de
produto com grande potencial poluidor. No passado, quando a questo ambiental
era tratada de forma romntica e a responsabilidade civil por danos ambientais no
era imposta a quem causava o dano devido inexistncia de uma legislao
ambiental, os danos gerados ficavam por conta da capacidade metablica do
ecossistema em relao ao volume derramado, muitas vezes gerando um passivopor dcadas. Hoje, a viso da gesto ambiental governamental sobre esses
acontecimentos extremamente austera e, dependendo da situao, pode levar
uma pessoa jurdica e as pessoas fsicas que exercem a funo de gestores, a
responder civil e criminalmente sobre a questo de danos causados pelas
atividades, produtos e servios de uma empresa ao meio ambiente.
Acidentes no deslocamento de leos bsicos para fabricao de lubrificantes,
lubrificantes prontos e de petrleo bruto, j mostraram o enorme potencial para
causar danos dos mais variados, desde a perda do recurso at a destruio de
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partes da estrutura do ecossistema atingido. Acidentes como os que ocorreram com
os NTs Amoco Cdiz, Torrey Canyon e Exxon Valdez entraram para a histria da
indstria do petrleo de maneira trgica. Pode-se dizer que a falta de um
pensamento integrador considerando humanos, tecnologia e meio ambiente, facilitou
a ocorrncia dos danos ambientais. Os conceitos utilizados na engenharia ambiental
devem tratar essas questes de forma a prever a possibilidade de ocorrer um evento
que provoque danos ambientais e, com essa premissa, criar estruturas,
procedimentos, processos, ferramentas e mtodos de resposta a situaes de
emergncias. A ISO14001, que versa sobre sistema de gesto ambiental em seu
requisito 4.4.7. Preparao e atendimento a emergncias, que trata de resposta a
situaes de emergncias, manda que as empresas que desejam manter umaconformidade com a norma, desenvolvam um sistema para tratar tais situaes.
Esse sistema deve manter processos e materiais disponibilizados de forma
estratgica para resposta a emergncias de forma eficaz. O impacto do leo bsico,
para fabricao de lubrificantes to danosos quanto o petrleo bruto, sendo um
pouco menos agressivo por ter alto ponto de fulgor, no emanando vapores
inflamveis a temperatura ambiente. Na logstica de leos lubrificantes, o transporte
fundamental a longas e a curtas distncias devido aos volumes utilizados ounegociados. Os modais de transporte de leos bsicos ou de lubrificantes, so
basicamente: O rodovirio, O martimo e o duto virio, a poltica de transporte
envolve numerao correspondente as classes de risco:
Os nmeros que indicam o tipo e a intensidade do risco so formados por dois ou
trs algarismos. A importncia do risco registrada da esquerda para a direita. Os
algarismos que compem os nmeros de risco tm o seguinte significado:
1 Explosividade
2 Emisso de gs devido presso ou a reao qumica;
3 Inflamabilidade de lquidos (vapores) e gases, ou lquido sujeito a auto-
aquecimento
4 Inflamabilidade de slidos, ou slidos sujeitos a auto-aquecimento;
5 Efeito oxidante (favorece incndio);
6 Toxicidade;7 Radioatividade;
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8 Corrosividade;
9 Risco de violenta reao espontnea.
A letra "X" antes dos algarismos, significa que a substncia reage perigosamente
com gua otimizando as caractersticas danosas do produto ou gerando uma nova
caracterstica. A repetio de um nmero indica, em geral, aumento da intensidade
daquele risco especfico. Quando o risco associado a uma substncia puder ser
adequadamente indicado por um nico nmero, este ser seguido por zero (0). As
combinaes de nmeros a seguir tm significado especial: 22, 323, 333, 362, X362,
382, X382, 423, 44, 462, 482, 539 e 90 (ver relao a seguir no anexo 2). Os leos
lubrificantes esto enquadrados na classe 9, como produtos diversos devido a sua
vocao para o dano ambiental. Normalmente, produtos diversos so aqueles que
antes no mereciam classificao como, por exemplo, leos residuais. Os leos
derivados de petrleo no apresentam inflamabilidade temperatura ambiente
devido ao seu alto ponto de fulgor. A forma de armazenar leos lubrificantes,
visando estocagem e no a transferncia o acondicionamento em tanques fixos,
em bases de armazenamento ou fbricas. Existem tanques de alta tecnologia, mas,
quanto mais tecnologia, mais caro o tanque, por isso, a maior parte das
instalaes de armazenagem e transferncia usam tanques de teto fixo, sem
medidor automtico. O controle do produto feito atravs de medies com o uso
de trena (Figura 7) e termmetro (Figura 8), sendo que o uso de termmetro no
controle de volume usado para leos bsicos, pois estes variam o volume em
funo da temperatura. Os lubrificantes prontos (produto final) esto estabilizados e
no dilatam, em funo da temperatura como os bsicos.
Algumas ferramentas so necessrias para controlar e monitorar os estoques de
produtos (leos bsicos e lubrificantes prontos). A primeira delas um conjunto
composto por trena e termmetro, que vo proporcionar a altura em milmetros que
posteriormente, em relao s temperaturas, sero convertidas em litros. Outras
ferramentas so o densmetro e a proveta que vo proporcionar a finalizao do
recebimento atestando a conformidade do produto com padres tcnicos de
qualidade. A trena industrial (Fig. 7), usada para medir altura de produtos lquidos
armazenados em tanques composta de uma fita metlica graduada em milmetros
com um pndulo na extremidade e um suporte para enrolar a fita metlica. Os
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termmetros para uso industrial (Fig. 8) medem a temperatura em graus Celsius.
So utilizados na amostra coletada no tanque logo aps o trmino do bombeio. A
amostra colocada na proveta (Fig. 9) e junto com o termmetro e o densmetro. A
utilizao dessas ferramentas permite o conhecimento do volume bombeado em
litros.
Fig: 7 Trena de medio de lquidos
Fonte:www.google.com.br/imagens+de+trenas
Fig. 8 TermmetroFonte:www.google.com.br/imagens+termmetros
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Fig: 9 proveta para amostra onde ser verificada. Temperatura e densidadeFonte: www.google.com.br/imagens proveta
O densmetro (Fig. 10) tem papel fundamental na converso de escala. A trena de
medio mede nvel em milmetros, porm, a contagem que deve ser expressa na
nota fiscal do produto tem que estar em litros. Aps o trmino do bombeio de leo
bsico existe um perodo de descanso do produto para que a medio seja feita,
esse tempo varia de 15 minutos 1 hora, dependendo da necessidade. Feita amedio, tomada temperatura e sacada a amostra ( O que tecnicamente
chamado de Final ), a amostra levada para uma sala, apropriada, onde o leo
amostrado colocado em uma proveta e submetido a um densmetro e um
termmetro. Essa exposio do leo ao densmetro e ao termmetro tem o tempo
mnimo de 15 minutos, aps esse tempo feita uma leitura e anotadas a densidade
e a temperatura em graus Celsius, essa temperatura e essa amostra ficam
registradas como temperatura e densidade da amostra.
Termmetro uma ferramenta fundamental para obter a quantidade recebida, a 20,
em tanque de armazenagem. A temperatura e a densidade apuradas na proveta,
tambm chamados de temperatura e densidade da amostra, so os parmetros para
obter os fatores de correo a 20.
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Figura 10. densmetro para derivados de petrleoFonte:www.google.com.br/imagens densmetro
Os tanques de armazenamento (Foto 3) so estruturas de estratgia logstica,permitem o estoque de grandes volumes visto que as refinarias no bombeiam todos
os produtos diariamente. O uso de tanques para armazenar bsico em grandes
volumes, permite mais versatilidade na fabricao.
Fig. 11Tanque fixo de armazenamento de bsicosFonte: www.google.com.br/imagens
Os tanques fixos para armazenamento de leo bsico apresentam capacidades
volumtricas variadas. Existem tanques com capacidade de 400m a 4000m,
normalmente os tanques de maior capacidade esto nas refinarias, aqueles de
menos capacidade esto em bases de armazenamento de distribuidoras que
compram da refinaria, quantidades para atender as demandas de fabricao durante
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um ms calendrio, podendo passar para o ms seguinte alguma quantidade
remanescente. A medio de tanques de armazenagem de derivados de petrleo
a forma mais comum e de menor custo para trabalhar com grandes volumes, os
quais dependem de estocagem. A medio feita utilizando uma trena conforme a
foto 4. A altura do produto identificada na trena observada na tabela de arqueao
do tanque feita pelo INMETRO.
Fig. 12 Detalhe da boca de medio tanque fixo de armazenamentoFonte:www.google.com.br/imagensmedio +de+tanque
A medio de tanques de armazenagem de derivados de petrleo a forma mais
comum e de menor custo para trabalhar com grandes volumes, os quais dependem
de estocagem. A medio feita utilizando uma trena conforme a figura 6. A altura
do produto identificada na trena observada na tabela de arqueao do tanque feita
pelo INMETRO (Tabela 1), a tabela de arqueao do tanque constituda a partir da
medio do espao interno do tanque e serve para converter a altura do produto em
milmetros para litros.
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Tabela 1. Arqueao de tanqueFonte: www.google.com.br/imagens+de+arqueao +de+tanques
A medio identificada no tanque, quando observada na tabela de arqueao, est
ligada a um volume, em litros, correspondente quela medio feita no tanque, com
uma trena.
No processo de estimar o volume em litros que um tanque de armazenagem
recebeu, atravs de medio feita com trena graduada em milmetros, utiliza-se
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como ferramenta de clculo, o densmetro, o termmetro e duas tabelas para
converso de densidade e volume a 20. A tabela de converso de densidade para
20 graus Celsius (Ver tabela 2) utilizada para converter a densidade observada na
amostra retirada do tanque aps o trmino do bombeio, para uma densidade que
servir de referncia para o volume no tanque de armazenamento. A leitura da
tabela feita cruzando a densidade com a temperatura observada no tanque.
Tabela 2: Converso de Densidade para 20 CFonte: Manual Petrobrs converso
A tabela de converso de volume para 20 graus Celsius (Ver tabela 3) utilizada
para converter, alm do volume bombeado para o tanque de armazenamento, os
volumes que sero transportados por carros tanque, vages tanque ou navios
tanque para 20 graus Celsius, mantendo um volume fixo que constar na nota fiscal
de transporte. Esse procedimento utilizado devido variao de volume do
produto em funo das temperaturas.
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Tabela 3: converso de volume para 20 CFonte: Manual Petrobrs converso
Por exemplo quando um tanque recebe leo para armazenar, e j possui produto
armazenado, o procedimento o seguinte: O tanque medido, para saber a altura
do produto remanescente, esse procedimento denominado de INICIAL. Aps a
INICIAL, conforme a disponibilidade e organizao da refinaria iniciam-se o bombeio.
Durante o bombeio vo ocorrer medies para controle de vazo. Aps o trmino do
bombeio, feita a FINAL, medio para saber a altura total do produto no tanque.Dessa altura total, observada na tabela de arqueao do tanque, obtido o volume
total, em litros de onde ser subtrado o volume correspondente a INICIAL, para se
obter o volume real que entrou no tanque.
Considerando um tanque com qualquer capacidade, retira-se uma amostra e
observa-se no densmetro 0,945 de densidade aps 15 minutos de repouso com o
densmetro no lquido e 32,0C no termmetro. Encontra-se a densidade a 20 de
0,9526. Esse dado ser fixo para o tanque at que ocorra outro bombeio. Essa
densidade convertida a 20, tambm chamada de densidade do tanque, usada a
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todo carregamento confrontada com a temperatura observada no tanque do modal
de transporte. A ttulo de exemplo, observe o seguinte:
Para carregar um carro tanque com capacidade de 30m necessrio utilizar umafator de correo, neste caso, usa-se a tabela de correo de volume para 20
Celsius, da seguinte forma: Quando o veculo comea a carregar o produto,
colocado no lquido dentro do tanque, um termmetro que retirado no final do
carregamento. A temperatura identificada no termmetro relacionada com a tabela
de correo de volume a 20 em referncia a densidade do tanque ( neste caso
0,9526). A nova densidade, ser chamada de fator de correo, multiplicada pelo
volume do tanque do veculo para obter o volume do produto a 20.
Se o carro tanque tem a capacidade de armazenar 30m = 30.000 litros, o calculo
o seguinte: Primeiro observar na tabela de converso de volume, o fator de
converso, neste caso ser estabelecida a temperatura do produto no carregamento
em 31, que relacionada com 952, conforme a tabela.
Seleciona-se um tanque de CT com capacidade de 30m, mede-se a temperatura e
encontra-se 32C. Procurar na segunda tabela (Converso de volume) a relao datemperatura com a densidade do tanque: 0,952 X 32 e encontra-se 0,9918, esse
o fator de correo para o volume do caminho 20C.
Capacidade do CT em litros = 30.000 Litros, multiplicada pelo fator de correo
0,9918 tem-se: 30.000 X 0,9918 = 29.754 litros, essa a quantidade que ser
colocada na nota fiscal de transporte do produto.
A armazenagem de derivados de petrleo, por depender de tanques, dependetambm de aferio por rgo competente, no caso o INMETRO. Alguns tanques
no admitem a converso direta da altura de nvel do produto para litros, em
determinadas faixas de altura muito baixas. Essa faixa indicada na tabela de
arqueao do tanque.
Exemplo comum: A faixa a ser interpolada est entre 0 e 4 centmetros(Tabela 4).
No caso de alguns tanques, essa altura do produto no permitiu uma aferio exata,
neste caso a tabela de arqueao do tanque apresenta uma pequena tabela onde
esse intervalo calculado da seguinte forma.
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Supondo que a faixa a ser interpolada est entre 0 e 4 cm. Supondo tambm, que a
medio feita pelo operador foi 35mm= 3cm + 5mm, visualiza-se que uma medio
compreendida entre 3 e 4cm. Deve ser observada na tabela, constante na
arqueao do tanque, e fazer o seguinte clculo: Subtraia o volume da maior altura
subsequente pelo menor volume; divida o resultado por 10; ao novo resultado,
multiplique pelo nmero de milmetros e some ao menor volume correspondente aos
centmetros.
Tabela 4: converso de volume para 20 CFonte: Manual Petrobrs converso
MODELO:
8.9547.432 = 1.522
1.522 / 10 = 152,2
152,2 X 5 = 761
761 + 7.432 = 8.193, OU SEJA, 35MM, NESTA TABELA CORRESPONDE AO
VOLUME DE 8.193.
2.7- Consumo de lubrificantes:
O consumo de lubrificantes (Fig.10) aumenta a cada ano sendo proporcional ao
nmero de veculos vendidos. Com as facilidades referentes iseno de IPI, o
aumento do nmero de parcelas em financiamentos, elevou o nmero de veculos
nas ruas proporcionando um aumento no consumo de combustveis e lubrificantes.
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ANUNCIE
Fig:13 Demonstrativo da porcentagem de consumo de lubrificantesFonte: Fecombustvel 2011
A correta troca do leo do motor um ponto muito importante na manuteno do
veculo. Existem basicamente trs tipos de leo com base mineral de petrleo
(multiviscoso), com base sinttica e a mistura dos dois tipos. O leo mineral obtido
da separao de componentes do petrleo sendo, portanto, uma mistura de vrios
compostos. O carro pode rodar com ele em torno de 5 mil quilmetros, ou seis
meses. o mais barato entre as opes de mercado. O leo semissinttico mistura
propores variadas de minerais e elementos sintticos, isto , qumicos. Sua
durabilidade recomendada est entre 6 mil e 8 mil quilmetros, ou 6 meses, o que
vier primeiro. J o leo sinttico obtido por reao qumica, permitindo a obteno
de um produto mais puro, devido reao das cadeias moleculares. So os mais
caros, mas duram entre 10 mil e 12 mil quilmetros, ou 1 ano. Caminhes e nibus
trocam leo em mdia a cada 40.000 km. O leo do motor tem a funo de lubrificare reduzir ao mnimo o atrito e o calor produzido, mantendo a temperatura das partes
mveis do motor dentro de limites tolerveis, evitando o desgaste prematuro destas
partes. Com o funcionamento do motor, o leo vai se contaminando e perde sua
eficincia, podendo comprometer a vida til do motor. Na escolha do tipo de leo a
ser usado o fator mais importante a viscosidade. Viscosidade a propriedade que
o leo tem de fluir por um orifcio calibrado a uma determinada temperatura. Um leo
com uma viscosidade 5 quase igual gua, ao passo que um leo com umaviscosidade 40 comporta-se como mel. leos multiviscosos usam polmeros para
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regular a viscosidade enquanto a temperatura do motor varia. Sendo assim, um leo
15W-50 varia sua viscosidade de 15 quando o motor est frio (porque as folgas so
menores) at 50 quando o motor est quente. O W (do ingls winter) significa sua
aplicabilidade para o inverno. A Audamec Marketing e Pesquisa Automotiva estudou
o mercado demandante de leo automotivo. O quadro apresentado na sequncia d
a ideia do volume comercializado do produto em nosso mercado. O sistema de
clculo da demanda da Audamec, que relaciona a frota circulante de veculos com
ciclo mdio de substituio, pode ser aplicado em qualquer linha de autopeas do
segmento da reposio automotiva.
De acordo com a ANP (Agncia Nacional do Petrleo), a estimativa de todo leolubrificante a ser consumido no Brasil em 2013 est em torno de 1,38 bilho de litros
(Tabela 5), incluindo-se, portanto, o consumo em vrios outros tipos de mquinas
industriais e motores estacionrios. Perto de 23% deste nmero ser de leo
rerrefinado..
TABELA 5 REVISTA MERCADO AUTOMOTIVO | EDIO 220Abril DE 2013, POR SRGIO
DUQUE.
2.8- Resduos oleosos.
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So varias as fontes geradoras de resduos oleosos, desde uma pequena emisso
fugitiva a um grande derramamento de leo bsico ou pronto devido a um acidente
com caminho tanque, navio tanque ou vago tanque. Acidentes rodovirios
envolvendo veculos transportadores de derivados de petrleo tm ocorrido de forma
rotineira. A formao de condutores de cargas perigosas no Brasil se resume a um
treinamento de 40 horas, ocorrendo reciclagens ao longo de perodos estipulados.
Os volumes de resduos gerados aps acidentes so significativos, dependendo do
modal de transporte. Os CTs normalmente apresentam capacidade de 30m, dos
modais utilizados, so os de menor capacidade de armazenamento, porm, seu
deslocamento acontece em vias onde circulam carros de passeio e outros veculos
de transporte com cargas secas inertes ou menos agressivas. Acidentes com
tombamento de carga lquida derivada de petrleo (Fig. 11) geram danos ambientais
por contaminao de solo, crregos, rios e lenol fretico.
Fig: 14 Acidente com o transporteFonte:www.google.com.br/imagens/acidentecomcarrotanque
Os acidentes com modal martimo (Fig. 12) apresentam impactos extremamente
complexos, dados natureza do ecossistema marinho. Existe uma srie deequipamentos e produtos fabricados ou importados por empresas que tm o objetivo
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de atender empresas de petrleo e treinar pessoas no uso dessas ferramentas e
materiais para conter, absorver e minimizar danos que possam ser causados por
leo bsico, petrleo cru ou qualquer derivado de petrleo. Em reas abertas a
conteno menos complexa, pois, petrleo hidrocarboneto, matria orgnica que
vai se decompor em meio aquoso, a questo referente sua conteno evitar que
a mar negra chegue ao litoral, onde o impacto ser desastroso devido a
manguezais, praias, costo rochosos e toda a estrutura litornea.
Fig: 15 derrame de leo no marFonte::www.alpinaambiental.com.br
No evento acidental no mar, a situao no diferente daquela que acontece em
terra. O dano significativo e na maioria das vezes danifica a reputao da
empresa.
O atendimento a situaes de emergncia por derrame de leo no mar conta com
um verdadeiro estoque de materiais e equipamentos para oil spill. Mesmo assim, o
dano inevitvel vida marinha causando perda na micro flora e consequentemente
nas cadeias trficas. Os descartes criminosos e o descuido so grandes aliados na
gerao de solos, guas e plantas contaminadas por derivados de petrleo. Muitas
vezes as autoridades encontram reas contaminadas com produtos que poderiam
ser aproveitados para queimas ou co-processamento, gerando lucro para quem
descartou de forma criminosa.
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Alguns equipamentos so antigos, j existiam antes do acidente do navio-tanque
Exxon Valdez no Alaska. Alguns desses equipamentos so:
Barreiras flutuantes mveis (Fig. 13 e 14) tem a finalidade de cercar a mancha deleo para retir-lo da gua atravs de bombeamento para a embarcao de resposta
a emergncia e reaproveit-lo no processo industrial de fabricao de lubrificantes,
aps tratamento de retirada de gua e dessalinizao.
Fig.: 16 Lanamento de barreira mvel
Fonte:www.alpinaambiental.com.br
Aps cercar a mancha de leo, uma bomba flutuante Skimmer (Fig. 13) lanado
no meio da mancha para bombear o produto.
Fig.: 17 barreira mvel e skimmer para coleta
Fonte:www.cimm.com.br
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A operao de combate poluio por leo no mar (oil spill) depende do cerco que
deve ser feito por embarcao apropriada (Fig. 15) estabelecido para impedir que o
leo atinja praias, costes rochosos ou qualquer estrutura litornea.
Fig. 18 Embarcao realizando cerco na mancha de leo
Fonte:www.mercur.com.br
Uso de dispersantes
Os dispersantes qumicos (Fig.:16) so, potencialmente, aplicveis em situaes de
derrames de leo, visando a proteo dos recursos naturais e socioeconmicos
sensveis, como os ecossistemas costeiros e marinhos. Porm, sua aplicabilidadedeve ser criteriosamente estabelecida e aceita somente se resultar em menor
prejuzo ambiental, quando comparada ao efeito causado por um derrame sem
qualquer tratamento, ou empregado como opo alternativa ou, ainda, adicional
conteno e recolhimento mecnico no caso de ineficcia desses procedimentos.
Os dispersantes so formulaes qumicas de natureza orgnica, constitudas de
surfactantes (ingredientes ativos) e solventes, utilizadas com a finalidade de reduzir
a tenso superficial entre leo e gua, auxiliando a disperso do leo em gotculas
no meio aquoso.
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A Resoluo CONAMA n 269, de 14 de setembro de 2000, determina a obteno
de registro junto ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renovveis - IBAMA, para fins de produo, importao, comercializao e uso de
dispersantes qumicos para as aes de combate aos derrames de petrleo e seus
derivados no mar. Anexo a esta Resoluo encontra-se o Regulamento para uso de
dispersantes qumicos em derrames de leo no mar, o qual apresenta os critrios
para tomada de deciso quanto ao uso desses produtos.
Os procedimentos necessrios para a obteno de registro de dispersantes
qumicos encontram-se nas Instrues Normativas IBAMA n 1, de 14 de julho de
2000, e n 7, de 6 de julho de 2001, alm de retificao da IN n 07/2001, publicadaem 25 de julho de 2001.A atuao do IBAMA, neste campo, vem sendo
desenvolvida com o objetivo de estabelecer procedimentos de registro e controle
dos produtos dispersantes qumicos destinados s aes de combate a derrames de
petrleo e seus derivados no mar, visando estruturao das atividades de controle
e fiscalizao voltadas s atividades de fabricao, importao, comercializao e
utilizao desses produtos.
Fig. 19 Lanamento de dispersante em duas modalidadesFonte: www.clickMaca.com.br
As barreiras fixas (Fig.:17) so equipamentos de preveno. So colocadas no
entorno de embarcaes durante a descarga de produto lquido ou durantemanuteno. So mais resistentes, a ao das mars e a salinidade, que as
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barreiras mveis que devem ser usadas para cercar o leo e depois da operao
devem ser retiradas da gua do mar e lavadas com gua doce.
Fig.20 barreira fixa para uso permanente.
Fonte:www.mercur.com.br
2.8.1- Plano de emergncia da Baia da GuanabaraPEBG:
Mais conhecido nos ltimos 21 anos, desde 16 de janeiro de 1991, pela sigla PEBG,
o Plano de Emergncia da Baa de Guanabara pioneiro no combate, na conteno
e no recolhimento por derramamento de leo (Fig.18) institudo no Brasil. O Planocongrega, hoje, ao menos 50 empresas e rgos pblicos, como a Marinha do Brasil
(Capitania dos Portos), o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), a Petrobras e
subsidirias como a Transpetro (dutos e navios), a Unio de Terminais, os estaleiros
e indstrias associadas Federao das Indstrias do Estado do Rio de Janeiro
(Firjan).
Fig.21praia contaminado com leowww.google.com/imagens/derramedeleo
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da essncia do PEBG: Atender a situaes de poluio acidental ocasionadas por
derramamento de petrleo, ou de seus derivados, na Baa de Guanabara. Como
estratgia, o Plano prev reunies mensais para estruturar a cooperao de todas
as empresas participantes e rgos pblicos que atuam no planejamento e na
execuo das operaes de combate a derramamentos, atravs de pessoal
capacitado e equipamentos especficos (barcos, barreiras de conteno),
minimizando-se, assim, eventuais danos populao, ao meio ambiente e
reduzindo-se custos operacionais.
O PEBG ser sempre acionado, diz o Sopea, quando a capacidade individual de
atendimento de cada empresa, ou rgo participante do Plano mostrar-seinadequada ao porte do derramamento a ser controlado, segundo a Resoluo n
398 (verso atualizada da resoluo CONAMA 293) do Conselho Nacional do Meio
Ambiente (Conama), de 11 de junho de 2008, que instituiu o Plano de Emergnc
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