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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ – UNIVALI FELIPE COUTO REISER
TRABALHO DE ESTÁGIO
ANÁLISE DE CUSTOS E RECEITAS POR COOPERADO NA COOPERATIVA DE
CRÉDITO UNICRED LITORAL E NORTE CATARINENSE
ITAJAÍ – SC, 2011
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FELIPE COUTO REISER
TRABALHO DE ESTÁGIO
ANÁLISE DE CUSTOS E RECEITAS POR COOPERADO NA COOPERATIVA DE
CRÉDITO UNICRED LITORAL E NORTE CATARINENSE
Trabalho de Estágio desenvolvido para o Estágio Supervisionado do Curso de Administração do Centro de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade do Vale do Itajaí.
Prof. Orientador: André Graf de Almeida
ITAJAÍ – SC, 2011
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Agradeço primeiramente a Deus por me dar saúde e fé na conclusão de mais uma etapa da vida. A todos os professores pelo conhecimento transmitido. Ao meu Professor Orientador pelo apoio, conselhos e empenho em me auxiliar na elaboração deste trabalho. Aos amigos que estiveram presentes em todos os momentos. A Unicred Litoral e Norte Catarinense, em nome do seu Gerente Ingo Régis pelo incentivo e oportunidade concedidos. Por fim e mais importante, a toda minha família, especialmente meus pais e avós que me proporcionaram todas as condições necessárias, pelo apoio e carinho durante toda minha vida.
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“Eu errei mais de 9000 arremessos na minha carreira. Perdi quase 300 jogos. Em 26 vezes, confiaram em mim pra fazer a cesta da vitória, e eu errei. Eu falhei uma vez, de novo, e outra vez na minha vida. E é por isso que eu obtive sucesso“
(Michael Jordan)
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EQUIPE TÉCNICA
a) Nome do Estagiário
Felipe Couto Reiser
b) Área de estágio
Financeira
c) Supervisor de campo
Ingo Régis
d) Orientador de estágio
Prof. André Graf de Almeida
e) Professor responsável pelo estágio
Prof. Eduardo Krieger da Silva
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DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA
a) Razão Social
Cooperativa de Crédito dos Médicos, Profissionais da Área da Saúde,
Contabilistas, Professores e Empresários do Litoral e Norte Catarinense Ltda.
b) Endereço
Rua Camboriú, 519 – Centro – Itajaí – SC
c) Setor de desenvolvimento do estágio
Financeiro
d) Duração do estágio
240 horas
e) Nome e cargo do orientador de campo
Ingo Régis – Gerente Administrativo Financeiro
f) Carimbo e visto da empresa
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RESUMO
Dentro das instituições financeiras há uma preocupação em ter uma ferramenta de análise de cada cliente, para isto é necessário que sejam consideradas todas as movimentações e despesas através dos serviços fornecidos a eles. Neste sentido que este trabalho conseguiu atingir seu objetivo de analisar os custos e receitas obtidas com cada cooperado e, além disto, conseguiu criar uma ferramenta não só de análise individual, como de gestão estratégica da organização. A abordagem metodológica adotada neste trabalho foi quantitativa com aporte qualitativo, e como tipologia do trabalho foi utilizada a Pesquisa Diagnóstico. A pesquisa foi realizada mediante coleta de dados retirados diretamente do sistema, observações e de informações obtidas em conversas informais junto ao gestor da organização. Os métodos de análise dos dados foram efetuados por meio de análises diretamente dos quadros, figuras, tabelas e principalmente dos gráficos. Os resultados obtidos foram considerados de muita importância para a organização, pois demonstraram a que a empresa deve investir mais no serviço de cobrança, no fornecimento de novos serviços aos Condomínios e prospectar novos clientes através do perfil traçado por área de atuação, assim como investir na criação de uma nova ferramenta que permita efetuar uma análise mais detalhada de cada cooperado, agência e área de atuação nos mesmos moldes das análises feitas neste trabalho, de uma maneira mais rápida e com tudo automatizado por meio de sistemas, que permita ter mais eficiência e que possa apresentar os pontos a serem melhorados assim como neste estudo. Desta maneira, este trabalho foi de grande valia para a organização e para o acadêmico, que viu nele, uma oportunidade para propor uma mudança na organização e demonstrar o interesse em crescer no ambiente organizacional. Palavras-chave: Custo. Receitas. Resultado.
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LISTAS DE TABELAS
Tabela 1 - Agências, Funcionários, Estagiários e Cooperados............................ 39
Tabela 2 - Resultado da Singular........................................................................... 50
Tabela 3 - Resultado da Agência de Itapema...................................................... 51
Tabela 4 - Resultado agência Itapema no mês de Março.................................... 55
Tabela 5 - Resultado agência Itapema no mês de Abril....................................... 56
Tabela 6 - Resultado agência Itapema no mês de Maio...................................... 56
Tabela 7 - Resultado agência Itapema no mês de Junho.................................... 57
Tabela 8 - Resultado Médicos agência Itapema.................................................. 62
Tabela 9: Resultado Dentistas agência Itapema................................................ 63
Tabela 10: Resultado Pessoa Jurídica (Sem Condomínios) agência Itapema.... 64
Tabela 11 - Resultado Contadores agência Itapema........................................... 65
Tabela 12 - Resultado Condomínios agência Itapema......................................... 66
Tabela 13 - Resultado dos demais cooperados da agência Itapema................... 67
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LISTAS DE FIGURAS
Quadro 1 – Técnicas de análise e coleta de dados................................................ 17
Quadro 2 – Diferenças entre bancos e cooperativas.............................................. 35
Figura 1 – Sistema Unicred..................................................................................... 38
Figura 2 - Área de abrangência............................................................................... 39
Figura 3 - Regionalização....................................................................................... 40
Figura 4 - Organograma da organização................................................................ 43
Quadro 3 - Principais produtos e serviços.............................................................. 44
Quadro 4 – Fatores analisados............................................................................... 47
Gráfico 1 - Comparação entre as receitas obtidas.................................................. 52
Gráfico 2 - Comparação entre as despesas............................................................ 53
Gráfico 3: Comparação entre as receitas obtidas com Rendas de Empréstimos... 54
Gráfico 4 - Comparação entre despesas com Aplicações...................................... 54
Gráfico 5 - Comparação entre as receitas obtidas nos meses estudados.............. 58
Gráfico 6 - Comparação entre as despesas nos meses estudados........................ 59
Gráfico 7: Comparação entre as rendas de empréstimos nos meses estudados... 59
Gráfico 8 - Comparação entre as despesas com aplicação nos meses estudados 60
Gráfico 9 - Comparação entre os resultados nos meses estudados...................... 61
Gráfico 10 - Resultados das receitas por área de atuação..................................... 68
Gráfico 11 - Resultados das receitas com rendas de empréstimos por área de
atuação....................................................................................................................
68
Gráfico 12 - Resultados das despesas por área de atuação.................................. 69
Gráfico 13 - Resultados das despesas com aplicação por área de atuação.......... 69
Gráfico 14 - Resultados por área de atuação......................................................... 70
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LISTAS DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABC – Activity Based Costing (Custo Baseado em Atividades)
BB – Banco do Brasil
CCF – Cadastro de Cheque sem Fundo
COBAN – Correspondente Bancário
CVL – Custo / Volume / Lucro
DOC – Documento de Crédito
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IOF – Imposto sobre Operação Financeira
PAC – Pontos de Atendimento ao Cooperado
RKW – Reichskuratorium für Wirtschaftlichtkeit (Sigla alemâ)
TED – Transferência Eletrônica Disponível
TI – Tecnologia da Informação
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................... 12
1.1 Objetivo Geral........................................................................................... 13
1.2 Objetivos Específicos.............................................................................. 14
1.3 Justificativa............................................................................................... 14
1.4 Aspectos Metodológicos......................................................................... 15
1.5 Técnicas de Análise e Coleta dos Dados............................................... 17
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.......................................................................... 18
2.1 Conceitos e funções da Administração................................................. 18
.1.1 Administração Financeira........................................................................... 19
2.2 Custos........................................................................................................ 20
2.2.1 Termos Utilizados....................................................................................... 21
2.2.1.1 Custos......................................................................................................... 21
2.2.1.2 Despesas.................................................................................................... 21
2.2.1.3 Investimento............................................................................................... 22
2.2.1.4 Perdas........................................................................................................ 23
.2.1.5 Desperdício................................................................................................. 23
2.3 Classificação dos Custos........................................................................ 24
2.3.1 Fixos........................................................................................................... 24
2.3.2 Variáveis..................................................................................................... 24
2.3.3 Diretos........................................................................................................ 25
2.3.4 Indiretos...................................................................................................... 25
2.4 Métodos de Custeio.................................................................................. 25
2.4.1 Custeio por Absorção................................................................................. 26
2.4.2 Custeio Variável.......................................................................................... 26
2.4.3 Custeio Padrão........................................................................................... 27
2.4.4 RKW........................................................................................................... 27
2.4.5 ABC............................................................................................................ 28
2.5 Análise custo/volume/lucro..................................................................... 29
2.5.1 Margem de Contribuição............................................................................ 29
11 2.5.2 Ponto de Equilíbrio..................................................................................... 30
2.6 Custo da mão de obra.............................................................................. 31
2.7 Depreciação.............................................................................................. 32
2.8 Instituições Financeiras........................................................................... 33
2.9 Cooperativas............................................................................................. 33
2.9.1 Cooperativas de Crédito............................................................................. 34
2.9.2 Cooperativas de Crédito X Bancos............................................................. 34
2.10 Custo por Cliente...................................................................................... 36
3. CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO........................................................ 37
4. RESULTADOS DA PESQUISA.......................................................................... 47
4.1 Fatores Analisados..................................................................................... 47
4.2 Comparação Singular X Agência Itapema.................................................. 50
4.3 Resultado por Mês...................................................................................... 55
4.4 Resultado por área de atuação.................................................................. 61
5. SUGESTÕES PARA A ORGANIZAÇÃO........................................................... 72
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................ 74
REFERÊNCIAS....................................................................................................... 78
ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS................................................................... 82
12 1. INTRODUÇÃO
O mercado global encontra-se numa era na qual a concorrência e a disputa
por cada novo negócio ou cliente é cada vez mais acirrada. As organizações vêm se
especializando cada vez mais no atendimento e melhorando a qualidade de seus
produtos e serviços, pois é constante a cobrança dos seus clientes por essa
evolução. Quem não se adapta a esta nova tendência para no tempo e perde
rapidamente o seu espaço no mercado. Em razão dessas tendências, torna-se
necessária uma avaliação de cada cliente a fim de melhorar continuamente a
imagem da organização e de se prevenir quanto aos prováveis problemas no
ambiente macroeconômico da instituição. Neste ponto entra a Administração como
ferramenta de análise da situação sistêmica da organização buscando reconhecer
no mercado maneiras eficientes de atingir a satisfação dos stakeholders. A
Administração Financeira torna-se, assim, uma técnica de controle eficaz.
Neste ponto, entra a Administração como ferramenta de análise da situação
sistêmica da organização e busca reconhecer no mercado maneiras eficientes de
atingir a satisfação dos stakeholders. Neste caso a Administração Financeira entra
como uma técnica utilizada para controlar da forma mais eficaz possível.
Dessa forma, o presente trabalho procurou apresentar, por meio de
pesquisas e análises, o custo de um associado para a organização e o que pode ser
feito para melhorar o atendimento e os lucros mediante uma amostra previamente
selecionada.
A empresa na qual foi desenvolvido o trabalho, é a Cooperativa de Crédito,
Unicred Litoral e Norte Catarinense, uma instituição financeira voltada a atender
profissionais da área da saúde, contabilistas, professores e empresários nas
seguintes cidades catarinenses: Itajaí, Balneário Camboriú, Itapema, Joinville,
Jaraguá do Sul, São Bento do Sul, Canoinhas, Mafra e Porto União, abrangendo
uma distância aproximada de 400 km. A empresa oferece os mesmos serviços que
os bancos comerciais, adotando um estilo diferente no tratamento e importância aos
seus clientes.
Num ambiente moderno e muito exigente como o atual, uma instituição
financeira que tenha como base o cooperativismo, no qual todos têm os mesmos
direitos e os lucros são divididos entre seus cooperados conforme suas
13 movimentações e utilizações de produtos destaca-se dos bancos comerciais que
ainda são muito mais utilizados pela população. Os consumidores gostam de ser
abordados com um atendimento diferenciado e personalizado, que é um dos
principais objetivos das Cooperativas de crédito e deixa o Sistema Unicred muito
esperançoso para o futuro.
A questão central deste estudo relaciona-se com a medição das despesas e
receitas individuais de cada cooperado pertencente a uma determinada agência
localizada na cidade de Itapema. Tal medição é tida como uma ferramenta que pode
ser muito válida para a organização em futuras mudanças.
A análise recaiu sobre os custos diretos e receitas obtidas com as
movimentações de cada cooperado, que servirá como ferramenta às operações por
ele feitas, considerando vários fatores que podem ser melhorados, com o intuito de,
ao final do exercício, proporcionar sobras mais elevadas para a organização. Isso
implica, em se tratando de uma Cooperativa, que não visa lucros, distribuir cada vez
mais as sobras a seus clientes, além de beneficiar os funcionários que terão uma
parcela maior a receber referente à participação nos lucros. É com esse intuito que o
Acadêmico espera ter auxiliado a organização a iniciar esta ferramenta de gestão
estratégica, inexistente na organização.
1.1 Objetivo Geral
De acordo com Roesch (2006, p. 96) “o objetivo geral define o propósito do
trabalho”. Portanto este trabalho teve como objetivo geral analisar os custos diretos
e receitas por cooperado da agência da cidade de Itapema da Unicred Litoral e
Norte Catarinense, no período de Março a Junho do ano de 2011.
14 1.2 Objetivos específicos
Após apresentar o objetivo geral do trabalho, são demonstrados objetivos
específicos. Segundo Roesch (2006, p. 97), “os objetivos específicos
operacionalizam – especificam o modo como se pretendem atingir um objetivo
geral”.
São determinados objetivos específicos:
1- apurar os custos por cada serviço no período;
2- apurar as receitas por cliente;
3- apurar os custos por cliente;
4- calcular os resultados por cliente obtidos de acordo com a amostra de
clientes;
5- apresentar os resultados por grupo de clientes;
6- analisar os resultados obtidos;
1.3 Justificativa
As análises, aplicações e desenvolvimento deste trabalho são considerados
de grande importância para a organização por diversos fatores. A observação de
cada cliente individualmente permite idealizar novos investimentos para aprimorar a
qualidade do atendimento e o gerenciamento da carteira de clientes, além de focar
em metas para melhorar estratégias da organização e suprir as necessidades de
seus clientes, de forma que possam enxergar a instituição como uma parceira tanto
nos momentos de necessidade como no crescimento pessoal e profissional.
Quanto à empresa, após passar por uma regionalização, ainda está num
período de estruturação dos processos, cargos e no atendimento aos cooperados, o
que também justifica a necessidade deste estudo para que, por intermédio das
análises de cada cliente, possam ser aplicadas algumas alterações nos serviços,
priorizando o atendimento personalizado e os resultados da organização. Abre-se,
pois, uma oportunidade ao Acadêmico, que atua no departamento financeiro da
empresa, de apresentar, ao final, uma ferramenta de análise do cliente e da
15 organização, capaz de proporcionar à instituição um crescimento na qualidade de
seu atendimento e também no seu resultado. Para a Universidade a pesquisa é
importante para estreitar os laços com a organização, bem como promover o
desenvolvimento do Acadêmico com base nos conteúdos abordados em sala de
aula.
Este tipo de análise é inédito e a idéia partiu da organização, que com bons
olhos considera a presente pesquisa como um importante fator para medir a gestão
estratégica a ser seguida perante os clientes, o que demonstra a originalidade do
tema. A aplicação do trabalho foi totalmente viável para a organização, uma vez que
o Acadêmico foi orientado durante todo o processo, recebendo, sem restrições,
apoio técnico dos gestores quando necessitou. Por fim, não houve custo algum, uma
vez que os dados foram retirados do sistema da empresa.
1.4 Aspectos Metodológicos
A metodologia serve para descrever como se pretende atingir os objetivos
específicos (ROESCH, 2006). Nesta etapa estão destacados os aspectos
metodológicos como: caracterização do trabalho, contexto e participantes da
pesquisa, procedimentos e instrumentos de coleta, tratamento e análise dos dados.
Ou seja, como a pesquisa foi realizada para alcançar seus objetivos.
A tipologia deste trabalho de estágio caracteriza-se numa Pesquisa
Diagnóstico, que de acordo com Roesch (2006, p.66), “propõe-se levantar e definir
problemas ou oportunidades para explorar o ambiente organizacional e de
mercado”. Neste caso, o trabalho se enquadra na visão de analisar os resultados
conforme a utilização dos serviços por parte dos cooperados e propor melhorias nos
processos operacionais e estratégias organizacionais. O acadêmico apurou as
receitas e despesas diretas obtidas pela cooperativa com cada cooperado e através
destes dados, fez uma análise de cada fator, o que possibilitou sugerir à
organização alterações em seus produtos e operações e investimentos para
acompanhar o crescimento do mercado, atingindo assim o objetivo como descreve
Roesch (2006, p.66), “Como decorrência do diagnóstico, espera-se que no projeto
sejam apresentadas soluções à empresa para resolver os problemas levantados”.
16 A metodologia de pesquisa utilizada foi predominantemente de abordagem
qualitativa no qual o acadêmico analisou os resultados obtidos por meio de dados
do próprio sistema e junto aos gestores através do conhecimento, idéias e opiniões
com relação à seleção de cada serviço oferecido. Segundo Richardson (1999, p.
79), “a abordagem qualitativa de um problema, além de ser uma opção do
investigador, justifica-se, sobretudo, por ser uma forma adequada para entender a
natureza de um fenômeno social”.
Roesch (2006, p.130) diz que,
Se o propósito do projeto implica medir relações entre variáveis (associação ou causa-efeito), ou avaliar o resultado de algum sistema ou projeto, recomenda-se utilizar preferencialmente o enfoque da pesquisa quantitativa e utilizar a melhor estratégia de controlar o delineamento da pesquisa para garantir uma boa interpretação dos resultados.
A pesquisa teve aporte quantitativo, no qual foi feito um levantamento das
receitas e despesas que determinados cooperados proporcionam à organização em
virtude da utilização dos serviços financeiros. Na visão de Richardson (1999), o
método quantitativo representa, em princípio, o propósito de garantir a precisão dos
resultados, evitar distorções de análise e interpretação, possibilitando, logicamente,
uma margem de segurança quanto às inferências.
A estratégia de pesquisa utilizada foi mediante um levantamento descritivo.
A pesquisa descritiva, como explica Vergara (2005, p.54), “expõe as características
de determinado fenômeno e estabelece correlações entre variáveis definindo sua
natureza”.
17 1.5 Técnicas de coleta e análise dos dados
Quadro 1: Técnicas de coleta e análise de dados
Fonte: Elaborado pelo acadêmico
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
TIPO DE DADOS FONTE
INSTRUMENTO DE COLETA DE
DADOS
PROCEDIMENTO DE APLICAÇÃO ANÁLISE
1 SECUNDÁRIO SISTEMA E
GESTORES DA EMPRESA
RELATÓRIOS E CONVERSAS
COM GESTORES
ENTREVISTA E ANÁLISE DE RELATÓRIOS
ESTATÍSTICA
2 SECUNDÁRIO SISTEMA DA EMPRESA
RELATÓRIOS GERADOS
RETIRADO DIRETAMENTE DO
SISTEMA ESTATÍSTICA
3 SECUNDÁRIO SISTEMA DA EMPRESA
RELATÓRIOS GERADOS
RETIRADO DIRETAMENTE DO
SISTEMA ESTATÍSTICA
4 SECUNDÁRIO ACADÊMICO RELATÓRIOS GERADOS
CÁLCULOS DE ACORDO COM RELATÓRIOS
ESTATÍSTICA
5 SECUNDÁRIO ACADÊMICO RELATÓRIOS GERADOS
CÁLCULOS DE ACORDO COM RELATÓRIOS
ESTATÍSTICA
6 SECUNDÁRIO ACADÊMICO TABELAS E GRÁFICOS
ANÁLISES DOS RESULTADOS
ANÁLISE DE CONTEÚDO
18 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Conceito e funções da Administração
A alta competitividade e o mercado cada vez mais instável fazem com que
as organizações busquem formas de fidelizar os clientes, atendendo as suas
exigências com menor custo e maior profissionalismo. Para isto, a administração se
torna a chave para o sucesso de qualquer organização, seja com fins lucrativos ou
não, pois e ela que mobiliza as pessoas a realizarem tarefas visando um objetivo
comum. Todas as instituições seja familiar, governamental ou empresarial são
organizações, que por sua vez necessitam ser administradas.
Uma organização conforme Hampton (1992, p.8), "é uma combinação
intencional de pessoas e de tecnologia para atingir um determinado objetivo". As
organizações existem dentro de um meio ambiente e possuem três partes básicas,
sendo, pessoas, tarefas e administração. De acordo Maximiano (1995), a
organização é uma combinação de esforços individuais com o intuito de alcançar
propósitos coletivos e utilizam recursos como pessoas, máquinas e equipamentos,
dinheiro, tempo e conhecimentos.
Para conseguir êxito nesta combinação de pessoas a fim de alcançar
determinado objetivo, e necessário uma interação e utilização eficiente de recursos e
pessoas, para isto entra a administração. Maximiano (1995, p. 60), enfatiza que "se
a organização e um sistema de recursos que procura atingir objetivos, o processo de
tomar decisões sobre os objetivos e a utilização de recursos e a administração". O
autor define administração como o "processo que tem como finalidade garantir a
eficiência e a eficácia de um sistema". Atendendo assim, os objetivos comuns aos
integrantes da organização.
A administração segundo Hampton (1992), diz respeito ao trabalho que
envolve combinação e direção da utilização de recursos necessários ao alcance dos
objetivos específicos da organização. A administração é considerada universal e
busca alcançar as metas de forma eficiente e eficaz por meio de planejamento,
organização, liderança e controle. Sendo estas as quatro funções administrativas.
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Assim, percebe-se que as organizações devem ser compostas por pessoas
que tenham a capacidade de trabalhar em grupo e que sejam comprometidas com
seu desenvolvimento. Sem administração não tem como uma organização
sobreviver, é imprescindível que toda organização planeje, organize, lidere a
controle seus recursos de forma eficiente. No qual, o líder possui papel fundamental
nas funções administrativas. A administração é uma área muito complexa e
desafiadora que envolve diversas outras especializações ou áreas, as quais serão
abordadas no próximo item.
A administração é dividida em cinco áreas: Marketing, Materiais, Produção,
Recursos Humanos e Financeira. A seguir serão apresentados os conceitos e
funções da área financeira, com ênfase na análise de custos, em razão de este ser o
foco do estudo.
2.1.1 Administração Financeira
Uma das questões que desperta demasiada preocupação por parte das
organizações são as finanças, pois sem capital uma empresa não tem como suprir
suas necessidades. Para isto, é imprescindível que as mesmas controlem seus
custos, verifiquem a melhor forma de financiamento e decidam sobre os
investimentos que trarão maior retorno à organização e aos acionistas. Diante disto,
a administração financeira possui um papel indispensável dentro das organizações.
A administração financeira segundo Gitman (1987, p. 44), diz respeito à
análise e planejamento financeiro, e decisões de investimento e financiamento. Os
administradores financeiros desempenham tarefas “como orçamentos, previsões
financeiras, administração do caixa, administração do crédito, análise de
investimentos e captação de fundos”, auxiliando assim na tomada de decisão.
De acordo com Ross, Westerfield e Jordan (2002), a administração
financeira diz respeito às maneiras de responder questões sobre quais investimentos
em longo prazo realizar, onde obter financiamento para custear os investimentos e
como gerir suas operações do dia-a-dia. Sendo o objetivo da administração
financeira identificar bens e serviços que criam valor para a empresa, de forma a
maximizar seu lucro.
20 A administração financeira tem estreita relação com a economia e
contabilidade, assim como as áreas de recursos humanos, marketing, produção
entre outras, pois é ela que disponibiliza subsídios para estas áreas funcionarem
(GITMAN, 1987). Assim, é necessária uma forte integração entre todas as áreas da
empresa com a de finanças, pois esta tem uma visão geral da organização.
A função financeira tem como duas tarefas básicas, a obtenção de recursos
nas condições mais favoráveis possíveis e a alocação eficiente destes recursos na
empresa. De acordo com Braga (1995, p. 23), esta função diz respeito a “um
conjunto de atividades relacionadas com a gestão dos fundos movimentados por
todas as áreas da empresa”, sendo responsável pela obtenção dos recursos e pela
formulação de estratégias voltadas a otimização de seu uso. Ou seja, cabe a
mesma, obter fundos para financiar suas operações e também para realizar
investimentos que venham a demandar longo prazo de realização. Assim como
alocar de forma eficiente seus recursos, fazendo com que a empresa alcance a
rentabilidade desejada e consiga arcar com seus compromissos.
O papel da administração financeira é justamente o de dar subsídios a
decisões estratégicas que envolvem todo o ambiente organizacional, sendo
necessário que se criem cenários e simulações para prever problemas e solucioná-
los, buscando assim, a eficiência na utilização dos recursos da empresa. Assim,
para alcançar os objetivos da organização em maximizar seus lucros é
imprescindível analisar e controlar de forma mais apurada seus custos e despesas,
bem como sua margem de contribuição, razão pela qual a contabilidade de custos
exerce papel fundamental.
2.2 Custos
Como toda organização, com exceção das filantrópicas, tem por objetivo
principal obter lucro, é imprescindível a análise, identificação e interpretação das
informações financeiras, para planejamento, avaliação e controle do uso apropriado
de seus recursos. O que faz da análise de custos uma atividade muito importante
para o alcance dos objetivos da organização.
21 2.2.1 Termos Utilizados
Existem várias terminologias que vislumbram o ambiente de custos e são
costumeiramente utilizadas. A seguir serão apresentados estes termos e suas
definições.
2.2.1.1 Custos
Na definição de Leone (2000, p. 54), custo “é o consumo de um fator de
produção, medido em termos monetários para a obtenção de um produto, de um
serviço ou de uma atividade que poderá ou não gerar renda”. Ou seja, o sacrifício
feito para obtenção destes produtos ou serviços. Martins (2003) ratifica que custo
refere-se ao sacrifício na produção, sendo reconhecido como tal no momento da
utilização dos fatores de produção. O termo custos é sintetizado por Passarelli e
Bomfim (2004), como gastos relacionados de forma direta com a produção tanto de
bens como de serviços, voltados à comercialização. Os quais são levados somente
a débito de resultados, desta forma, entende-se como custo, o gasto direto com a
produção de um bem ou serviço.
2.2.1.2 Despesas
Despesa é todo o gasto necessário para obter receita, como por exemplo,
impostos, comissões de vendas. Segundo com Martins (2003, p.26), “as despesas
são itens que reduzem o patrimônio líquido e que têm essa característica de
representar sacrifícios no processo de obtenção de receitas”.
Contabilmente despesa não é sinônimo de custo, sendo que custo está
relacionado com o processo produtivo de bens ou serviços, enquanto que despesa
de uma forma geral são os gastos com a manutenção das atividades da
organização. Perez Junior, Oliveira e Costa (2005), afirmam que todas as
22 despesas estão direta ou indiretamente para a efetivação de receitas, as empresas
possuem despesas para gerar receitas e não para produzir seus bens e serviços. As
despesas podem ser constituídas pelos grupos de despesas com vendas,
administrativas e financeiras. Despesas com vendas são aquelas que oferecem
apoio às vendas, como por exemplo, comissões sobre vendas, propaganda,
marketing etc. Para Iudícibus, Martins e Gelbcke (2008), as despesas de vendas são
os gastos relativos à promoção, posicionamento e distribuição dos produtos da
empresa, juntamente com os riscos assumidos pela venda.
Despesas administrativas são necessárias para dirigir a empresa, como
material de escritório, salários e encargos do pessoal do administrativo. Iudícibus,
Martins e Gelbcke (2008) destacam que, as despesas administrativas representam
os gastos efetuados para dirigir ou gerir a empresa, compõem-se de várias
atividades gerais que beneficiam todas as fases do negócio e objetivo da empresa.
As despesas financeiras são gastos referentes aos juros pagos pela
empresa, em consequência de empréstimos bancários, descontos de cheques e
duplicatas. Iudícibus, Martins e Gelbcke (2008) salientam que as despesas
financeiras englobam descontos de títulos, juros pagos sobre contratação de
empréstimos, financiamentos, desconto de títulos entre outras operações passíveis a
despesas de juros.
2.2.1.3 Investimento
São gastos ocorridos em ativo ou despesas e custos que serão imobilizados
ou diferidos, e que de acordo com Padoveze (2006), são registrados no ativo da
empresa em razão da sua vida útil ou benefícios futuros. Na definição de Bornia
(2002), investimento é o valor da compra de insumos que poderão ser utilizados em
períodos futuros.
Investimento conforme Santos (2005, p. 25), “são todos os bens e direitos,
registrados no ativo das empresas para baixa em função de venda, amortização,
consumo, desaparecimento, perecimento ou desvalorização”.
23
Assim, investimento é compreendido como o valor utilizado para aquisição
de recursos que entrarão para o imobilizado e estarão disponíveis para a
organização no futuro, com o intuito de melhorar a qualidade do serviço fornecido.
2.2.1.4 Perdas
São ocorrências em situações excepcionais e que fogem da normalidade
das operações da empresa (PADOVEZE, 2006). Martins (2003) concorda com
Padoveze e ratifica que além do consumo anormal do bem ou serviço, também é
feito de forma involuntária.
Ainda neste fator, Bornia (2002) afirma que perda diz respeito ao valor de
insumos consumidos de forma anormal, sendo separada dos custos e não
incorporada ao estoque.
Desta forma, perda diz respeito à utilização de recursos não necessários,
que não agregam valor à empresa nem ao cliente, e que não acontecem
habitualmente, mas que devem sempre ser levados em conta os problemas
ocorridos, para que não ocorram novamente e estes recursos sejam utilizados com
frequência. Diante disto, é de grande importância que os gestores conheçam estes
termos, para analisar de forma correta a utilização dos recursos nas organizações.
2.2.1.5 Desperdício
Bornia (2002) destaca que o desperdício é definido como um esforço que
além de não agregar valor ao produto, também não serve para suportar diretamente
o trabalho efetivo. Este conceito é mais abrangente por reunir as ineficiências
normais do processo ao consumo anormal de recursos. Já na visão de Passarelli e
Bomfim (2004) pode-se concluir que é um gasto desnecessário ou excessivo de
qualquer natureza.
24 2.3 Classificação dos Custos
Existem diversos tipos de custos, neste tópico será apresentada a
classificação dos custos costumeiramente utilizados nas organizações e suas
definições.
2.3.1 Fixos
São custos nos quais seu total não varia na proporção do volume produzido
(CREPALDI, 2004). Padoveze (2006) classifica custo fixo como os que se mantêm
constante na alteração das atividades operacionais. De acordo com Bornia (2002),
os custos fixos independem do nível de atividade da empresa, não variam de acordo
com alterações no volume de produção.
Assim, entende-se por custo fixo, como o custo que sem mantém estável,
independente das alterações operacionais e administrativas ocorridas na empresa.
2.3.2 Variáveis
São custos proporcionais ao nível de atividade da empresa e de acordo com
Leone (2000, p. 73), “somente aparecem quando a atividade ou a produção é
realizada”. Bornia (2002), afirma que estes custos estão intimamente ligados com a
produção, crescem com o aumento no nível de atividade. Conforme Crepaldi (2004),
são custos que variam na proporção do volume produzido.
Portanto, são custos que variam juntamente com as alterações nos níveis de
produção.
25 2.3.3 Diretos
“São facilmente relacionados com as unidades de alocação de custos”
(BORNIA, 2002, p. 44). Maher (2001) define custo direto como qualquer custo que
pode ser diretamente relacionado com o objeto de custo. Custos diretos de acordo
com Leone (2000) são aqueles que conseguem se identificar de forma mais
econômica e lógica com as obras. Ou Seja, são os custos fáceis de mensurar e
estão diretamente ligados a uma determinada atividade.
2.3.4 Indiretos
São custos que de acordo com Maher (2001) e Padoveze (2006), precisam
de critérios de alocação, pois não podem ser relacionados de forma direta e/ou
objetiva ao objeto de custo. Leone (2000), afirma ser todo custo que depende de
taxas de rateio para débito às obras. Em outras palavras Bornia (2002, p.44), define
custo indireto como os que “não podem ser facilmente atribuídos às unidades”.
Assim, são custos que não estão diretamente ligados a uma atividade ou
objetivo, são custos que necessitam de critérios de rateio.
2.4 Métodos de custeio
Custeio significa método de apropriação de custos, os mais conhecidos são:
custeio por absorção, custeio variável, custeio padrão, RKW e ABC.
26 2.4.1 Custeio por absorção
Neste método, são considerados tanto os custos fixos quanto os variáveis. E
conforme Padoveze (2006) é o mais utilizado, pois é um critério fiscal e legal em
quase todo o mundo, já que incorpora os custos fixos e indiretos aos produtos.
Existindo mais de um produto, é necessário adotar critérios de rateio aos custos
indiretos.
Esse método de custeio é classificado por Bornia (2002), em integral e ideal.
No qual, no integral são alocados os custos totais aos produtos e relaciona-se com a
avaliação de estoques. Ou seja, atende às exigências da contabilidade financeira
para avaliação de estoques. No custeio ideal, todos os custos também são
computados como custo do produto, no entanto, os desperdícios não são alocados.
Desta forma, auxilia o controle de custo e o processo de melhoria contínua da
empresa.
O custeio por absorção afirma Maher (2001, p. 360), é um sistema “no qual
tanto os custos fixos como os variáveis de produção são considerados custo do
produto”. Crepaldi (2004) enfatiza que neste método os custos de produção podem
ser apropriados diretamente como a mão-de-obra, ou indiretamente como custos
indiretos de fabricação, e os gastos que não fazem parte do processo produtivo
como as despesas, são excluídos.
Assim, observa-se que o critério de custeio por absorção considera tanto os
custos variáveis quanto os fixos somente de produção, como composto do custo do
produto.
2.4.2 Custeio variável
Esta forma de custeio leva em consideração somente os custos variáveis de
produção. Bornia (2002, p. 56), afirma que “pode-se dizer que o custeio variável está
relacionado com a utilização de custos para apoio as decisões de curto prazo, em
que os custos variáveis tornam-se relevantes e os custos fixos não”.
27 No critério de custeio variável conforme afirmam Maher (2001) e Martins
(2003), apenas os custos variáveis, tanto diretos quanto indiretos, são atribuídos às
unidades produzidas. Sendo os custos fixos considerados como despesas do
período.
Este critério explica Leone (2000), envolve também conceitos de custo
direto, por isso à denominação de custeio direto é mais utilizada. O autor também
enfatiza que o critério é seletivo quanto aos custos que deverão ser debitados como
custo do produto, processo ou serviço, e que para o custo chegar a esta
classificação é preciso atender a duas qualificações ao mesmo tempo: ser
diretamente relacionado ao objeto de custo e ser variável quanto a um parâmetro
operacional significativo. Sendo seu objetivo principal determinar a contribuição
marginal.
Com isto, nota-se que o critério de custo variável/direto, considera somente
os custos variáveis, tanto diretos quanto indiretos, como custo do produto.
2.4.3 Custeio padrão
O moderno conceito de custo-padrão (ou custo standard) predetermina o
custo do produto ou linha de produto com base em análises e estudos de
engenharia dos processos de fabricação em condições normais de operação.
Condições normais de operação pressupõem um cenário de bom desempenho
operacional, considerando eventuais deficiências, mas com metas possíveis de
serem alcançadas (HOJI, 2010).
2.4.4 RKW
O Custeio RKW ou Reichskuratorium für Wirtschaftlichtkeit, que representa
uma sigla alemã que segundo Vartanian (2000), representava um antigo conselho
governamental alemão para assuntos econômicos e consiste no rateio dos custos de
28 produção e também de todas as despesas (administrativas, financeiras e de vendas)
aos produtos.
2.4.5 ABC
Este método diz respeito à alocação dos custos indiretos às atividades da
empresa e depois aos produtos ou serviços. No qual é uma sigla em inglês, Activity
Based Costing ou em português, Custo Baseado em Atividades. Martins (2003, p.
87), afirma que este método “procura reduzir sensivelmente as distorções
provocadas pelo rateio arbitrário dos custos indiretos”, sendo uma importante
ferramenta utilizada na gestão de custos.
De acordo com Maher (2001), Passarelli e Bomfim (2004), Bornia (2002) e
Padoveze (2006), nesta forma de custeio primeiramente são atribuídos os custos
das várias atividades significantes da empresa e depois alocados aos produtos.
O custeio por atividades baseia-se no conceito de que os produtos
consomem atividades e estas consomem recursos.
Este método fornece medidas detalhadas de custos e conforme Maher
(2001), por fornecer mais informações sobre os custos dos produtos, exige maior
trabalho em registro dos dados. Sua idéia básica de acordo com Bornia (2002, p.
121), “é tomar os custos das várias atividades da empresa e entender seu
comportamento, encontrando bases que representem as relações entre os produtos
e estas atividades”, agindo assim como direcionador do custo.
O objetivo deste método é atribuir o custeamento dos produtos mediante
medidas corretas e criteriosas dos custos indiretos dos produtos ou serviços. Sendo
suas fases, alocar os custos nas várias atividades da empresa e atribuir os custos
aos produtos (PASSARELLI; BOMFIM, 2004; PADOVEZE, 2006).
Assim, nota-se que o método de custeio por atividades permite apurar os
custos de forma mais precisa, auxiliando o controle dos custos das atividades mais
relevantes.
29 2.5 Análise custo/volume/lucro
Os administradores precisam entender a relação dos custos e volumes
produzidos e vendidos juntamente com o seu lucro, de forma a tomar decisão e
prever a utilização deste lucro. Diante disto, têm-se como instrumento a análise
custo/volume/lucro (CVL).
Esta análise é um conjunto de procedimentos que de acordo com Bornia
(2002, p. 71), “determina a influência no lucro provocado por alterações nas
quantidades vendidas e nos custos”. Através desta análise é possível projetar o lucro
a ser obtido em vários níveis possíveis de produção e venda, assim como o impacto
sobre o lucro na modificação de preço de venda. Conforme constata Crepaldi (2004),
a análise CVL tem por base o custeio variável, podendo assim determinar a
quantidade mínima de produção e vendas para que a empresa não tenha prejuízos.
A análise CVL, destaca Maher (2001, p. 432), “é o estudo das inter-relações
entre custos e volume, e da forma como eles impactam o lucro”. Ou seja, é
destinada a entender como se relacionam os custos, volume e lucro, auxiliando
também na elaboração de orçamentos e a expandir as facilidades de produção.
2.5.1 Margem de contribuição
Para uma tomada de decisão mais eficiente, as empresas devem saber o
quanto é necessário vender para cobrir todos os seus custos e despesas e ainda
obter lucro, o que faz da margem de contribuição uma importante ferramenta
gerencial.
Segundo Santos (2005, p. 48), margem de contribuição diz respeito à
“contribuição para cobrir o custo fixo e proporcionar lucro”. A margem de
contribuição de acordo com Bornia (2002, p. 72), “é o montante de vendas
diminuídas dos custos variáveis”, unitariamente, “é o preço de venda menos os
custos variáveis do produto”. Padoveze (2006), afirma que margem de contribuição é
a diferença entre as receitas e os custos e despesas variáveis tanto de forma total
quanto unitária, sendo um instrumento fundamental para decisões de curto prazo.
30
A parcela do preço de venda que ultrapassa os custos e despesas variáveis
e contribui para absorção dos custos fixos e formação do lucro, é denominada como
margem de contribuição afirma Crepaldi (2004).
Assim, entende-se por margem de contribuição como a parcela do preço que
irá contribuir para a absorção dos custos e despesas fixas e gerar lucro.
2.5.2 Ponto de equilíbrio
As empresas devem conhecer sua capacidade mínima de operação para
não ter prejuízo, o que faz o cálculo do ponto de equilíbrio uma importante
ferramenta gerencial. De acordo com Santos (2005), para a empresa verificar a
quantidade mínima de vendas necessária para obter determinado lucro, é preciso
calcular o ponto de equilíbrio.
O ponto de equilíbrio conforme Maher (2001) e Bornia (2002) é o nível de
venda onde o lucro é zero. Crepaldi (2004), afirma que a empresa está em ponto de
equilíbrio quando ela não tem lucro nem prejuízo, ou seja, as receitas totais são
iguais aos custos e despesas totais. O lucro da empresa se dará a partir de volumes
adicionais de vendas.
Para Bornia (2002), existem três pontos de equilíbrio, que são: contábil,
econômico e financeiro. O ponto de equilíbrio contábil leva em conta todos os custos
e despesas contábeis vinculados ao funcionamento da empresa. No econômico, são
incluídos aos custos e despesas fixos, os custos de oportunidade referente ao
capital próprio. E no financeiro, os custos são considerados desembolsos, ou seja,
ônus para a organização.
Portanto, entende-se por ponto de equilíbrio como o nível mínimo em que a
empresa pode operar de forma a cobrir seus custos e despesas com lucro nulo, ou
seja, sem ganhar nem perder dinheiro.
31 2.6 Custo da mão de obra
Os gestores devem ter pleno conhecimento da proporção dos custos com
mão-de-obra no produto/serviço e no resultado da empresa. Desta forma, Martins
(2003), destaca a diferença entre mão-de-obra direta e indireta. Em que, a direta diz
respeito ao pessoal que trabalha diretamente no produto em elaboração, de fácil
identificação de tempo e de quem executou o trabalho. Caso necessite de critérios
de rateio, ou alguma estimativa de alocação, a mão-de-obra é tida como indireta.
De acordo com Crepaldi (2004), o custo de mão-de-obra direta, é todo custo
envolvendo salário, encargos sociais, férias, 13º salário dos empregados que
trabalham diretamente na transformação do material direto em produto acabado. Se
não for possível identificar de forma direta o custo, precisando ratear a mão-de-obra
aos produtos, a mesma é denominada indireta, como no caso da ociosidade normal.
Existem muitos outros empregados que conforme Passarelli e Bomfim
(2004, p. 81), representam custos indiretos ao produto acabado, como “o pessoal de
manutenção, controle e planejamento da produção, movimentação de materiais,
relações industriais, entre outros”. Os mesmos afirmam ainda, que o fator que
determinará como deve ser distribuído o salário do pessoal da fábrica não é a
classificação dos empregados, mas um relatório ou apontamento com as atividades
executadas. Sendo, o salário do pessoal da administração e vendas, considerado
como despesa operacional e não custo.
As análises do custo de mão-de-obra direta no Brasil, afirma Bruni (2006),
devem considerar os gastos com encargos trabalhistas sociais que incidem na folha
de pagamento, os quais devem ser incorporados de forma variável. Os encargos
sociais de acordo com Crepaldi (2004, p. 57), “são os gastos da empresa incidentes
sobre a folha de pagamento que não correspondem a um trabalho efetivo do
funcionário”, e dividem-se em: sem contraprestação de serviço (férias, 13º salário,
descanso remunerado semanal, feriados) e contribuições sociais (fundos para
desenvolvimento de atividades sociais).
Quanto à classificação do custo com mão-de-obra direta em fixo ou variável,
Martins (2003), afirma que, pela legislação trabalhista brasileira definir
contratualmente um mínimo de 220 horas/mês de trabalho, a folha de pagamento de
acordo com este contrato é fixa. No entanto se o funcionário ficar algum tempo
32 ocioso ou fizer outras atividades não relacionadas diretamente ao produto, o custo
direto é tido como variável.
2.7 Depreciação
É importante que a empresa leve em consideração ao avaliar seu resultado
o resíduo ocasionado pela depreciação de seus imobilizados. De acordo com Bornia
(2002), depreciação representa a perda de valor do bem no período considerado, no
qual o tempo considerado é cronológico, fazendo com que a depreciação seja
constante, um custo fixo. O autor afirma ainda, que existem vários métodos para
chegar ao resultado da depreciação, mas o mais usado é o linear, em que a
depreciação é o valor de bem dividido pela vida útil.
A depreciação conforme Santos (2005, p. 123), representa a remuneração
pelo trabalho prestado do imobilizado, resultando em perda de eficiência pela vida
útil média esperada. Assim, “o bem é depreciado em função do uso e da ação de
elementos da natureza que poderá torná-lo inadequado e também obsoleto”.
O subsistema que auxilia o cálculo da depreciação afirma Padoveze (2006),
é denominado controle patrimonial, sendo importante alocar e orçar estes gastos por
centro de custos, devido à necessidade de atribuir responsabilidades pelo uso dos
bens.
Os custos e despesas patrimoniais são denominados de depreciação, “que
não é um custo ou despesa desembolsável financeiramente”. É considerada um tipo
de fundo de poupança que tem por fim a reposição dos bens patrimoniais do ativo
permanente no término de sua vida útil, e dependendo de seu uso, a depreciação
pode ser mais acelerada. Sendo constituídos “grupos de bens patrimoniais imóveis,
móveis e utensílios, máquinas e equipamentos, instalações, ferramentas, veículos,
etc.” (BEULKE E BERTÓ, 2006, p. 71).
A quota de depreciação expõe Santos (2005), é determinada mediante
aplicação da taxa anual sobre o custo de aquisição do bem depreciável, a qual será
fixada em função do prazo de utilização do mesmo. Os encargos de depreciação
devem ser contabilizados mensalmente e conforme o autor, não há imobilização de
33 bens com vida útil inferior a um ano e/ou com valor inferior a R$ 326,61 (trezentos e
vinte e seis reais e sessenta e um centavos).
Diante disto, nota-se a importância de a empresa contabilizar e analisar
mensalmente os custos e despesas com depreciação para planejamento de seu
imobilizado e apuração de resultado.
2.8 Instituições Financeiras
De acordo com FONSECA (1970), cada país deve ter um sistema financeiro
que guarde proporção com seu grau de desenvolvimento e sua força econômica,
nem maior, nem menor.
Neste sentido, as Instituições financeiras exercem papéis importantes do
panorama do mercado financeiro brasileiro a atividade de intermediação financeira
deve, entre outros, minimizar a incerteza e os riscos a níveis compatíveis com as
exigências de maximização dos ganhos, tendo que proporcionar cada vez mais
segurança e agilidade no julgamento e previsão de melhores retornos.
Neste sentido que entram as cooperativas de crédito, a fim de proporcionar
aos seus cooperados serviços melhores e mais rentáveis que os bancos comerciais.
2.9 Cooperativas
De acordo com a Aliança Cooperativa Internacional (ACI) em seu Congresso
Centenário em 1995, citado em Meinen e Loredo de Souza (2010, p.33),
“Cooperativa é uma associação autônoma de pessoas que se unem,
voluntariamente, para satisfazer aspirações e necessidades econômicas, sociais e
culturais comuns, por meio de uma empresa de propriedade coletiva e
democraticamente gerida”. Outra definição elaborada desta vez por Meinen e Loredo
de Souza (2010, p33),
“O método de atividade na sociedade cooperativa consiste na prática de
atos que diminuam o custo da produção, de jeito a haver vantagem para os
34
sócios, que são os consumidores, ou que levem à obtenção de melhor
preço para os produtores, pois os produtores são os sócios, ou a
conclusões de empréstimos com menores interesses.”
Por fim pode-se ser citada mais uma definição de Meinen e Loredo de Souza
(2010, p. 37):
“O cooperativismo, por definição, reúne valores e práticas que o vinculam a
uma existência sustentável. Como movimento socioeconômico que visa ao
bem estar social, cultiva, em essência, a democracia, a solidariedade, a
independência e a autonomia. Trata-se, por assim dizer, de uma verdadeira
filosofia vida.”
2.9.1 Cooperativas de Crédito
Para definir uma Cooperativa de Crédito Meinen e Loredo de Souza (2010),
enumeram vários fatores característicos, portanto pode-se definir uma Cooperativa
de Crédito como uma sociedade de pessoas, que possuem os mesmos direitos
perante as decisões, distribuições e política, no qual o preço das operações e
serviços visa somente à cobertura dos custos, o relacionamento é personalizado /
individual, com o apoio da tecnologia da informação, está comprometida com as
comunidades e usuários, as sobras são distribuídas entre os cooperados,
considerando a proporção das operações individuais, reduzindo ainda mais o preço
final pago pelos cooperados e por fim, o lucro está fora de seu objetivo.
2.9.2 Cooperativas de crédito X Bancos
De acordo com Meinen e Loredo de Souza (2010, p.38),
“A cooperativa de crédito nasce da vontade e da necessidade de um grupo
de pessoas, que se congregam (elegem uma sociedade ou fórum comum)
para a troca (exercício da mutualidade) de soluções. Já a instituição
financeira surge da vontade do dono do capital (ou do negócio) – sem
qualquer consulta ao usuário – com o único objetivo de ampliar (rentabilizar)
o capital investido.”
35 Assim pode-se concluir que nas cooperativas prevalece o interesse dos
associados, já nos Bancos, prevalece o interesse dos acionistas. Abaixo podemos
perceber mais algumas diferenças entre eles:
Quadro 2: Diferenças entre Bancos e Cooperativas
BANCOS COOPERATIVAS DE CRÉDITO
São sociedades de capital São sociedades de pessoas
O poder é exercido na proporção do número de O voto tem peso igual para todos (uma pessoa,
Ações um voto)
As deliberações são concentradas As decisões são partilhadas entre muitos
O administrador é um 3º (homem do mercado) O administrador é do meio (cooperativado)
O usuário das operações é mero cliente O usuário é o próprio dono
O usuário não exerce qualquer influência na definição do
preço dos produtos
Toda política operacional é decidida pelos próprios
usuários/donos
Podem tratar distintamente cada cliente Não podem distinguir: o que vale para um, vale
para todos
Preferem o poupador e a grandes corporações Não discriminam, voltando-se mais para os menos
abastados
Priorizam os grandes centros (embora não tenham Não restringem, tendo forte atuação nas
limitação geográfica) comunidades
Têm propósitos mercantilistas A mercancia não é cogitada
A remuneração das operações e dos serviços não O preço das operações e dos serviços visa à
tem parâmetro/limite cobertura de custos
Atendem em massa, priorizando, ademais, o Autoserviço
O relacionamento é personalizado/ individual, com o
apoio da informática
Não têm vínculo com a comunidade e o
Estão comprometidas com as comunidades e os usuários
público-alvo Avançam pela competição Desenvolvem-se pela cooperação
Visam ao lucro por excelência O lucro está fora de seu objeto
O resultado é de poucos donos (nada é dividido As sobras são distribuídas entre os associados de
com clientes) acordo com as movimentações
No plano societário, são regulados pela Lei das São reguladas pela Lei Cooperativista
Sociedades Anônimas
Fonte: Meinen e Loredo de Souza (2010, p.39)
36 2.10 Custo por cliente
Segundo Kriger (2002), um sistema de custos por cliente, permite uma
visualização dos fornecedores mais lucrativos para a empresa, direcionando os
esforços na construção de parcerias no outro extremo da cadeia. Junto disso, há a
possibilidade de se localizar Informações complementares em um sistema ABC, que
mostra outro comportamento diferenciado dos clientes, separando aqueles com os
quais o relacionamento da empresa era lucrativo daqueles com os quais isso não
acontece.
Na versão de ISAIA (1995) custos para o cliente são custos com que o
cliente arca por atrasos na entrega ou no atendimento, ou ainda por problemas de
má qualidade do produto, entre eles estão os custos relativos a atrasos na entrega
do produto, gastos com horas extras porque as programações não foram
obedecidas, custos que incorrem devido à parada dos equipamentos e custos de
reparos após a garantia.
37 3. CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO
Neste item será descrito a caracterização da empresa pesquisada
abordando sua fundação, histórico, objetivos, missão, visão, valores, natureza,
organograma, fluxograma, clientes, funcionários, equipamentos utilizados e seus
principais serviços, fornecedores e concorrentes, considerando informações obtidas
mediante um histórico que a organização preserva e de entrevistas informais com o
gerente administrativo financeiro.
A UNICRED caracteriza-se como uma instituição financeira, formada por
uma sociedade de pessoas, com forma e natureza jurídica próprias, de natureza
civil, sem fins lucrativos e não sujeita a falência, normalizada pela legislação
cooperativista, ou seja, o Sistema Unicred abrange um conjunto de cooperativas
localizadas em diferentes regiões do país, sendo que cada uma é administrada por
seus diretores e tem autonomia própria.
O objetivo é propiciar crédito e prestar serviços de modo mais simples e
vantajoso para seus associados como, por exemplo: conceder empréstimos com
juros bem menores e com menos exigências do que o mercado.
O Sistema Unicred conta hoje com 109 Singulares em 24 estados da
Federação com seus 466 Pontos de Atendimento ao Cooperado (PAC), 09 Centrais
ou Regionais e a Confederação Nacional, com sede em São Paulo, atendendo mais
de 240.000 (duzentos e quarenta mil) associados em todo o Brasil, como mostra a
figura n° 1:
38 Figura 1: Sistema Unicred.
Fonte: www.unicred.com.br
A Unicred Litoral e Norte Catarinense é uma singular da região do Litoral e
Norte Catarinense, que responde à Unicred Central de Santa Catarina e tem sua
sede localizada na Rua Camboriú, nº. 519, no Centro de Itajaí, com 12 funcionários
e 5 estagiários e suas agências distribuídas de acordo com o quadro abaixo:
39 Tabela 1: Agências, Funcionários, Estagiários e Cooperados.
AGÊNCIA Nº DE FUNCIONÁRIOS Nº DE ESTAGIÁRIOS Nº DE COOPERADOS
ITAJAÍ 13 3 1821
BALN. CAMBORIÚ 8 1 990
ITAPEMA 3 1 353 JOINVILLE 12 3 2371
JOINVILLE / CHU* 5 0 803
JARAGUÁ DO SUL 5 1 520
SÃO BENTO DO SUL 4 1 435
CANOINHAS 2 0 259
MAFRA 4 1 438
PORTO UNIÃO 3 1 342 Fonte: Elaborado pelo acadêmico.
* CHU: Agência localizada dentro do Hospital da Unimed na cidade de Joinville.
A área de abrangência da Unicred Litoral e Norte Catarinense é a maior do
estado de Santa Catarina, com uma distância aproximada de 400 km entre Itapema
e Porto União, como ilustra a figura abaixo:
Figura 2: Área de abrangência.
Fonte: Arquivos da empresa.
40 A organização é o resultado da Regionalização de duas Singulares, que
anteriormente eram a Unicred Litoral, que abrangia as cidades de Itajaí, Balneário
Camboriú e Itapema e a Unicred Norte Catarinense, que também era o resultado de
uma regionalização de duas Singulares, a Unicred Norte Catarinense e a Unicred
Planalto Norte, no qual atendiam as cidades de Joinville, Jaraguá do Sul, São Bento
do Sul, Canoinhas, Mafra e Porto União. A Unicred Litoral foi fundada em 12 de
agosto de 1993 e a Unicred Norte Catarinense foi fundada em 05 de Junho de 1996.
Em 16 de Abril de 2009 ocorreu a regionalização das duas, tornando assim a
Unicred Litoral e Norte Catarinense, conforme ilustra a figura nº 2:
Figura 3: Regionalização.
Fonte: Elaborado pelo acadêmico.
A iniciativa em Santa Catarina surgiu em Itajaí, por parte dos Doutores
Oswaldo Roberto de Oliveira, Luiz Antonio Silveira Flores e Eduardo Marques
Brandão com a intenção de criar uma cooperativa de crédito na região. Após
conhecerem a primeira Unicred do Brasil na cidade de Cascas (RS), decidiram
convidar alguns colegas para implantar a Cooperativa na cidade de Itajaí (SC).
41 Cabe destacar que a Unicred Litoral e Norte é uma cooperativa de crédito
“mútuo” e que, portanto, precisa estar vinculada a um grupo fechado de profissionais
de acordo com o seu Estatuto Social. No primeiro momento, foi criada uma
Cooperativa exclusiva para médicos, com a ajuda da Unimed Litoral em Itajaí.
Em abril de 2001, surgiu a possibilidade de ampliação do quadro social e em
Assembléia Geral foi modificado o Estatuto Social, permitindo assim a entrada de
outras categorias de profissionais da saúde.
No final de 2006, houve uma nova abertura do quadro social, possibilitando
a entrada de contabilistas.
E por fim, no início do ano de 2010 ocorreu a última abertura do quadro
social, aprovada pelo Banco Central do Brasil, abrindo um leque ainda maior
referente à abrangência de clientes que passaram a poder se associar a empresa,
sendo autorizada a entrada de Professores e Empresários, o que acarretou na
alteração da razão social para Cooperativa de Crédito dos Médicos, Profissionais da
Saúde, Contabilistas, Professores e Empresários do Litoral e Norte Catarinense.
A sede da organização foi inaugurada em julho de 2007, muito mais ampla
que as anteriores, com 1.288 m2, divididos em 4 andares, nos quais 2 deles são
ocupados pela agência de Itajaí e 2 pela própria Sede, visando ainda mais o
crescimento da cooperativa.
A Unicred, que iniciou suas atividades com 23 cooperados conta hoje com
mais de 7.500 cooperados entre pessoas físicas e jurídicas. Seu quadro atual é
composto de 71 funcionários e 16 estagiários. Possui estrutura própria de
informática, e tem como diferencial o atendimento personalizado, proporcionando
aos cooperados maior segurança em suas transações financeiras.
A missão representa a razão de ser de uma empresa, é sua orientação
central. Conforme afirma Tachizawa e Rezende (2000.p.39), “Define a razão de ser
da organização, para que ela serve qual a justificativa de sua existência para a
sociedade [...].”
Sendo assim a missão da Unicred Litoral é: “Oferecer soluções econômicas
e financeiras, com produtos e serviços competitivos e de qualidade, fortalecendo o
relacionamento com os cooperados do sistema Unicred em Santa Catarina por meio
dos princípios cooperativistas.”
42 Visão significa como a empresa espera ser no futuro, como afirmam
Tachizawa e Rezende (2000, p.39), “pode ser definida como um macro objetivo, não
quantificável, de longo prazo. Onde e como a organização espera estar no futuro.”
A Visão da Unicred Litoral é: “Ser a principal instituição financeira para o
cooperado, consolidando sua marca no mercado.”
Os valores são os aspectos definidos pela empresa, considerados pontos de
maior importância para seu relacionamento com o mercado. Como enfatiza
Tachizawa e Rezende (2000, p. 39), “conjunto de doutrinas, credos, padrões éticos e
princípios que orientam as ações da organização ao longo do tempo e independe
das metas, dos objetivos e das estratégias por ela adotados”.
Os valores definidos da Unicred Litoral são:
· Atendimento personalizado: conhecer seus associados na sua capacidade
e suas necessidades,
· Segurança: garantir que as operações estejam amparadas nas leis e
regulamentos, com vistas à liquidez e sigilo das informações,
· Transparência: facilitar o acesso dos associados, colaboradores e
comunidade as informações referentes às ações e resultados da Cooperativa,
· Qualidade: Excelência e agilidade nos produtos, serviços e no atendimento,
· Recursos Humanos: valorizar e desenvolver o patrimônio humano,
· Cooperativismo: difundir, junto aos associados, e preservar os princípios
cooperativistas,
· Preservar a liquidez econômica da Cooperativa.
A estrutura organizacional é representada pelo organograma, podendo ser
uma representação gráfica ou das áreas que compõe unidades distribuídas em
hierarquias.
O conceito de organograma é apresentado pelos autores Lacombe (2007,
p.104) como uma “representação gráfica simplificada da estrutura organizacional de
uma instituição, especificando os seus órgãos, seus níveis hierárquicos e as
principais relações formais entre eles”.
43 Figura 4: Organograma da organização.
Fonte: Arquivo da empresa.
Por se tratar de uma cooperativa, no topo de seu organograma está a
Assembléia Geral composta por seus cooperados e em seguida o Conselho Fiscal e
de Administração, posteriormente a Diretoria, composta por três membros (Diretor
Administrativo, Financeiro e Presidente), na sequência estão os colaboradores,
representados pela Assistente de diretoria e controladoria, Gerente geral, TI,
Gerentes de Negócio e Administrativo, Supervisores de PAC e de área, escriturários
e caixas.
44 O organograma da empresa tem uma representação dos colegiados, como
sustenta Lacombe (2007), os colegiados devem ser representados graficamente,
mediante duas formas: soltos, nos níveis superiores do organograma, ou em linhas
ou assessoria, conforme sua função, ligados ao órgão ao qual se vinculam.
A seguir evidenciam-se os principais produtos e serviços que a Unicred
Litoral oferece aos seus cooperados:
Quadro 3: Principais produtos e serviços
PRINCIPAIS PRODUTOS E SERVIÇOS
Previdência privada
Débito automático
Agendamento de boletos via internet
Custódia de cheques
Assessoria financeira
Aplicações financeiras
Financiamentos
Empréstimos
Taxas menores que as praticadas no mercado
Seguros
Internet Banking (Unicred Net)
Atendimento personalizado
Talão de Cheque
Cartão de Crédito e Débito
Transferências (DOC, TED e Entre contas)
Extratos
Pagamento de títulos e convênios
Simulações
Distribuição das sobras Fonte: Elaborado pelo acadêmico.
45 A Unicred destaca-se de seus concorrentes, porque presta seus serviços
com vantagens personalizadas para cada tipo de necessidade. Oferecendo
melhores taxas em seus produtos, qualidade no atendimento e assessoria
financeira.
Entre seus fornecedores ou parceiros estão algumas instituições financeiras
como: Banco do Brasil e Bradesco Cartões, possibilitando ao Sistema Unicred o seu
funcionamento como instituição financeira e proporcionando serviços como: cartões
de crédito, talões de cheque, sistema para pagamentos (COBAN) e débitos
automáticos.
Seus principais concorrentes são os bancos e as demais instituições
financeiras da região. A diferença é que os bancos visam o lucro e dessa forma
podem investir muito mais em marketing e tecnologia. Em contrapartida a Unicred
Litoral e Norte Catarinense tem como diferencial competitivo suas taxas e tarifas, as
mais baixas do mercado, além de ser menos burocrática na liberação de crédito e da
qualidade do seu atendimento.
Quando a pessoa se associa à Unicred, torna-se “dona do negócio”, tendo o
direito às sobras (lucro) no final do exercício divididas entre todos de acordo com
suas movimentações. Além disso, a Unicred Litoral e Norte Catarinense não cobra
por talão de cheques, extratos, renovação cadastral, contrato de cheque especial,
taxa de manutenção de conta, entre outros serviços.
Após a regionalização, Unicred Litoral e Norte Catarinense traçou um
objetivo muito ousado, mas que com muito trabalho pode ser alcançado, que é ser
um dia a Singular número 1 no Brasil no ranking feito pela Unicred do Brasil. Antes
de haver a regionalização as singulares ocupavam na faixa da 17ª a 23ª colocação
no ranking nacional e do 3º ao 5º no ranking estadual, após a regionalização, a
organização já conseguiu estar em 4º lugar no ranking nacional e em 2º no ranking
estadual. Atualmente ela está em 9º lugar no ranking nacional e em 3º no ranking
estadual, mas a equipe de colaboradores já demonstrou uma grande capacidade de
crescimento e a prospecção para o ano de 2012 é que ela volte a ocupar o 4º lugar e
possivelmente estar entre as 3 maiores do Brasil e ser a 1ª no estado. Isto
demonstra que essa união das duas organizações, foi feita para se tornar uma muito
mais forte e com melhores resultados.
46 A agência na qual foi realizada a análise é a agência da cidade de Itapema,
uma das menores agências da singular e que possui um número pequeno de
funcionários.
A cidade de Itapema, segundo o censo feito pelo IBGE em 2010, possui
aproximadamente 45.000 habitantes e tem como principal atração o turismo,
principalmente no verão, pois é uma cidade com várias atrações e uma bela praia,
além de estar a menos de 15 minutos de Balneário Camboriú, uma das principais
cidades turísticas no Brasil.
47 4. RESULTADOS DA PESQUISA
4.1 Fatores Analisados
Este capítulo é considerado um dos pontos mais importantes, pois
representa o desenvolvimento do trabalho e no qual são apresentados os resultados
obtidos através da coleta de dados.
Os dados obtidos estão demonstrados por tabelas e gráficos que
representam o resultado final das receitas e despesas abordando uma visão geral
da organização e mais especificamente da agência de Itapema que é o centro do
trabalho.
A seguir são apresentados os fatores que foram levantados para estudo.
Quadro 4: Fatores analisados
FATORES
DESPESAS COM APLICAÇÃO
FOLHA DE CHEQUE
INTEGRALIZAÇÃO DE CAPITAL
IOF
JUROS ADIANTAMENTO A DEPOSITANTE
JUROS CHEQUE ESPECIAL
RENDAS COBAN - CONVÊNIOS
RENDAS COM VENDAS DE SEGURO
RENDAS EMPRÉSTIMOS
RENDAS PAGAMENTOS NOVA COMPE
TARIFA ADIANTAMENTO A DEPOSITANTE
TARIFA CHEQUE MAIOR
TARIFA COBRANÇA
TARIFA DE CÓPIA DE CHEQUE
TARIFA DE DOC / TED
TARIFA DE EXCLUSÃO DO CCF
TARIFA DE MANUTENÇÃO DE CONTA NO BB
TARIFA DEVOLUÇÃO DE CHEQUE
Fonte: Elaborado pelo acadêmico.
48 Tais fatores determinam o resultado por cada cooperado e,
consequentemente, o resultado gerado para a organização. Sendo assim, não foram
consideradas despesas e receitas gerais da organização, eis que precisaria ser feito
um rateio por cada serviço utilizado por cada um dos cooperados, o que se tornaria
inviável.
Cada fator deste é específico e representa serviços diferentes fornecidos
pela organização, conforme a seguir detalhado.
As despesas com aplicações foram retiradas diretamente do sistema por
meio de relatórios e representam o valor que a Cooperativa paga a seus clientes por
suas aplicações em fundos de investimentos. Já em relação às folhas de cheque, o
cálculo foi feito por cada folha de cheque que foi compensada no período, não sendo
cobrada nenhuma tarifa do cooperado, custando, para a singular, R$0,07 (sete
centavos) a confecção de cada folha.
As Receitas obtidas com a integralização de capital foram calculadas de
acordo com o valor que o cooperado já havia integralizado até o final do período
estudado. Sobre este valor não há nenhuma despesa nem custo, a Cooperativa o
aplica em fundos de investimentos no mercado financeiro obtendo uma taxa média
de retorno de 0,80% sobre o valor aplicado.
O IOF – Imposto sobre Operação Financeira - foi considerado tanto nas
receitas como nas despesas pelo fato de ser um imposto cobrado pelo governo que
representa 0,38% do valor de cada operação financeira, portanto este valor é
somente repassado para o governo e não representa nenhuma receita ou despesa
para a empresa.
Os juros cobrados dos clientes são a principal fonte de renda das
instituições financeiras, entre eles temos os Juros de Adiantamento a Depositante,
que é cobrado do cooperado quando ele excede o limite de cheque especial e fica
com a conta negativa. Junto destes juros, é cobrada uma Tarifa de Adiantamento a
Depositante, na qual é debitado R$ 15,00 (quinze reais) cada vez que o cliente fique
com a conta nesta situação. Ainda em relação aos juros, existem os Juros de
Cheque Especial, que é um serviço oferecido pelas instituições financeiras que
fornecem um limite para seus clientes usarem além do seu saldo. A taxa de juros de
Cheque Especial aplicada na Unicred Litoral e Norte atualmente é 5% sobre o valor
que for utilizado do limite.
49 Toda instituição financeira recebe por cada pagamento feito em suas
agências, neste ponto foram levantados dois fatores, as Rendas do COBAN –
Correspondente Bancário, neste caso especificamente o Correspondente Bancário
do Banco do Brasil - referente ao pagamento de Convênios (Água, Luz, Telefone e
Impostos), que é recebido R$ 0,30 (trinta centavos) por cada convênio pago, tanto
na agência quanto via Internet Banking e Terminais de Auto-Atendimento. O mesmo
procedimento ocorre no pagamento de Títulos, especialmente no fator Rendas
Pagamentos Nova Compe no Quadro 4. Neste fator é recebido R$ 0,98 (noventa e
oito centavos) por cada título pago também tanto nas agências quanto via Internet
Banking e Terminais de Auto-Atendimento. A liquidação dos títulos é feita
diretamente pelo próprio Sistema de Compensação da Unicred Central SC.
Outro tipo de renda que aparece no Quadro 4 são as Rendas com Vendas
de Seguro, que se encontra em processo de iniciação na Unicred, dados estes que
foram retirados pelo sistema da Corretora própria da Cooperativa.
O fator que dá mais retorno singular são as Rendas com Empréstimos, que
são o grande trunfo das instituições financeiras para obter lucros enormes no mundo
inteiro. Os valores foram retirados mediante relatórios diretamente do sistema e são
os juros pagos pelos cooperados pelos empréstimos que efetuam perante a Unicred.
Também existem as Tarifas cobradas pelos serviços fornecidos.
Primeiramente, de acordo coma Tabela 2, é a Tarifa de Cheque Maior, que é uma
tarifa cobrada dos cooperados que emitem cheques acima de R$ 5.000,00 (cinco mil
reais) e seu valor varia de acordo com o valor do cheque. A Tarifa de Cobrança é
cobrada de cooperados que emitem boletos para seus clientes, o que ocorre com
grande frequência com os Condomínios, público que representa cerca de 30% dos
cooperados da agência de Itapema. A tarifa cobrada referente ao serviço de
Cobrança na época do estudo era de R$ 1, 56 (um real e cinquenta e seis centavos)
e que mudou desde Agosto de 2011 para R$ 1, 66 (um real e sessenta e seis
centavos) por título. Assim como o IOF, trata-se de uma tarifa que é repassada,
nesse caso, ao Banco do Brasil.
Ainda referente às tarifas, há a Tarifa de Cópia de Cheque, cobrada quando
o cooperado solicita a cópia de um cheque já compensado e seu valor é de R$ 6,00
(seis reais). A Tarifa de DOC (Documento de Crédito) e TED (Transferência
Eletrônica Disponível) que é R$ 6,00 (seis reais) na singular, cobrada quando o
cliente faz uma transferência entre contas de bancos diferentes, sendo DOC até o
50 valor de R$ 2.999,99 (dois mil novecentos e noventa e nove reais e noventa e nove
centavos) e TED a partir de R$ 3.000,00 (três mil reais).
Há a Tarifa de Exclusão do Cadastro de Cheque sem Fundo- CCF, Tarifa de
Manutenção de Conta no BB e Tarifa de Devolução de Cheque. A primeira refere-se
à exclusão do cooperado do CCF quando ele regulariza sua situação, cujo valor é de
R$ 37,00 (trinta e sete reais), sendo pago pela Unicred para o Banco do Brasil. A
segunda é uma tarifa paga pela Cooperativa ao Banco do Brasil pela manutenção da
conta, que não é cobrada dos cooperados e custa R$ 3,50 (três reais e cinquenta
centavos). Por último, a Tarifa de Devolução de Cheque que é cobrada por cada
cheque devolvido emitido pelo cliente, no valor de R$ 27,85 (vinte e sete reais e
oitenta e cinco centavos).
4.2 Comparação Singular X Agência Itapema
A seguir as tabelas referentes aos resultados obtidos na Agência de Itapema
e no geral da Singular.
Tabela 2: Resultado da Singular
RECEITAS TOTAL DESPESAS TOTAL
RENDAS EMPRÉSTIMOS R$ 8.795.257,36 DESPESAS COM APLICAÇÃO R$ 6.114.514,88
IOF R$ 269.696,77 IOF R$ 269.696,77
TARIFA DE DOC / TED R$ 61.314,00 FOLHA DE CHEQUE R$ 6.528,05
JUROS CHEQUE ESPECIAL R$ 647.875,60 TARIFA DE DOC / TED R$ 12.978,13
RENDAS COBAN - CONVÊNIOS R$ 12.876,90 TARIFA COBRANÇA R$ 91.055,73
TARIFA COBRANÇA R$ 91.055,73 TAR DE MANUT DE CONTA NO BB R$ 98.672,00
INTEGRALIZAÇÃO DE CAPITAL R$ 186.604,16 TARIFA DE EXCLUSÃO DO CCF R$ 10.935,20
TARIFA CHEQUE MAIOR R$ 5.339,13 R$ 6.604.380,76
TARIFA DEVOLUÇÃO DE CHEQUE R$ 54.223,95
TARIFA DE EXCLUSÃO DO CCF R$ 10.935,20 RENDAS PAGAMENTOS NOVA COMPE R$ 79.859,22 RESULTADO R$ 3.799.492,57 JUROS ADIANTAMENTO A DEPOSITANTE R$ 167.732,30 MÉDIA MENSAL R$ 949.873,14 TARIFA ADIANTAMENTO A DEPOSITANTE R$ 21.103,00
R$ 10.403.873,32
Fonte: Elaborado pelo acadêmico.
51 Esta tabela demonstra o resultado de todas as 10 agências juntas que
englobam a Unicred Litoral e Norte SC e foi elaborada por meio de relatórios e
cálculos. Nele é possível perceber o equilíbrio entre as receitas e despesas, com
destaque para as Rendas com empréstimos e Despesas com Aplicação.
Tabela 3: Resultado da Agência de Itapema
RECEITAS TOTAL DESPESAS TOTAL
RENDAS EMPRÉSTIMOS R$ 172.310,59 DESPESAS COM APLICAÇÃO R$ 94.261,55
IOF R$ 8.266,44 IOF R$ 8.266,44
TARIFA DE DOC / TED R$ 2.832,00 FOLHA DE CHEQUE R$ 404,47
JUROS CHEQUE ESPECIAL R$ 24.232,06 TARIFA DE DOC / TED R$ 599,44
RENDAS COBAN - CONVÊNIOS R$ 556,50 TARIFA COBRANÇA R$ 14.615,71
TARIFA COBRANÇA R$ 14.615,71 TAR DE MANUT DE CONTA NO BB R$ 4.767,00
INTEGRALIZAÇÃO DE CAPITAL R$ 4.564,21 TARIFA DE EXCLUSÃO DO CCF R$ 814,00
TARIFA CHEQUE MAIOR R$ 97,42 R$ 123.728,61
TARIFA DEVOLUÇÃO DE CHEQUE R$ 2.927,25
TARIFA DE EXCLUSÃO DO CCF R$ 814,00
RENDAS PAGAMENTOS NOVA COMPE R$ 3.199,70 RESULTADO R$ 126.571,70 JUROS ADIANTAMENTO A DEPOSITANTE R$ 4.729,67 MÉDIA MENSAL R$ 31.642,92
RENDAS COM VENDAS DE SEGURO R$ 5.729,76 TARIFA ADIANTAMENTO A DEPOSITANTE R$ 5.425,00
R$ 250.300,31
Fonte: Elaborado pelo acadêmico.
Já esta tabela, apresenta os resultados exclusivamente da agência
analisada em cada fator selecionado, que foram obtidos mediante relatórios e
cálculos, em que se destacam as Rendas com Empréstimos, as Despesas com
aplicação e as Tarifas de Cobrança. Abaixo seguem os gráficos referentes às
Tabelas 2 e 3.
52 Gráfico 1: Comparação entre as receitas obtidas.
Fonte: Elaborado pelo acadêmico.
O ponto mais forte da agência de Itapema perante o resultado geral da
singular está no serviço de Cobrança, possuindo 16% do total da carteira. Isso em
razão do grande número de Condomínios que fazem parte da agência analisada e
que utilizam o serviço em grande escala e frequência. Apesar de ser o fator mais
forte, este serviço de Cobrança não rende lucro algum para a singular, pois o valor
cobrado dos cooperados é o mesmo pago ao Banco do Brasil.
53 Outros três fatores que apresentam um bom resultado são os Juros de
Cheque Especial, Juros de Adiantamento a Depositante e Rendas com venda de
Seguros, que juntos representam quase 14% das receitas da agência.
Gráfico 2: Comparação entre as despesas.
Fonte: Elaborado pelo acadêmico.
Com relação às despesas, o fator que influi sobre este resultado com quase
4% é a Tarifa de Manutenção de Conta no BB, uma vez que as despesas com
Folhas de Cheque tem um impacto insignificante e as demais são apenas cobradas
dos cooperados e repassadas ao Banco do Brasil.
54 Gráfico 3: Comparação entre as receitas obtidas com Rendas de Empréstimos.
Fonte: Elaborado pelo acadêmico.
Não há dúvida que o rendimento de empréstimos, por meio dos juros, é a
principal receita da Cooperativa, tanto que, neste caso, foi feito um gráfico em
separado para demonstração, representando 68% das receitas da agência Itapema.
Gráfico 4: Comparação entre despesas com Aplicações.
Fonte: Elaborado pelo acadêmico.
55 Assim como as receitas com rendas de empréstimos, as despesas com
aplicações, por meio dos juros sobre as aplicações financeiras, representam o maior
fator e correspondem a 74% das despesas da agência.
Analisando as tabelas e gráficos é nítido que o resultado da agência de
Itapema representa muito pouco perante o resultado geral da organização, isso se
explica por ela ser a segunda menor agência da Singular.
4.3 Resultado por Mês
A seguir as tabelas com os resultados da agência de Itapema separados
pelos meses de Março, Abril, Maio e Junho.
Tabela 4: Resultado agência Itapema no mês de Março.
RECEITAS TOTAL DESPESAS TOTAL
RENDAS EMPRÉSTIMOS R$ 38.313,10 DESPESAS COM APLICAÇÃO R$ 22.062,24
IOF R$ 1.692,72 IOF R$ 1.692,72
TARIFA DE DOC / TED R$ 810,00 FOLHA DE CHEQUE R$ 100,62
JUROS CHEQUE ESPECIAL R$ 5.783,30 TARIFA DE DOC / TED R$ 171,45
RENDAS COBAN - CONVÊNIOS R$ 153,30 TARIFA COBRANÇA R$ 3.935,80
TARIFA COBRANÇA R$ 3.935,80 TAR DE MANUT DE CONTA NO BB R$ 1.144,50
INTEGRALIZAÇÃO DE CAPITAL R$ 3.590,14 TARIFA DE EXCLUSÃO DO CCF R$ 74,00
TARIFA CHEQUE MAIOR R$ 6,12 R$ 29.181,33
TARIFA DEVOLUÇÃO DE CHEQUE R$ 949,90
TARIFA DE EXCLUSÃO DO CCF R$ 74,00
RENDAS PAGAMENTOS NOVA COMPE R$ 838,88 RESULTADO JUROS ADIANTAMENTO A
DEPOSITANTE R$ 1.440,35 R$ 30.402,44
RENDAS COM VENDAS DE SEGURO R$ 1.146,16 TARIFA ADIANTAMENTO A DEPOSITANTE R$ 850,00
R$ 59.583,77
Fonte: Elaborado pelo acadêmico.
A Tabela 4 apresenta o resultado do mês de Março na agência de Itapema
de R$ 30.402, 44 (trinta mil quatrocentos e dois reais e quarenta e quatro centavos),
de acordo com os fatores observados.
56 Tabela 5: Resultado agência Itapema no mês de Abril.
RECEITAS TOTAL DESPESAS TOTAL
RENDAS EMPRÉSTIMOS R$ 39.002,03 DESPESAS COM APLICAÇÃO R$ 22.074,20
IOF R$ 1.550,28 IOF R$ 1.550,28
TARIFA DE DOC / TED R$ 540,00 FOLHA DE CHEQUE R$ 96,58
JUROS CHEQUE ESPECIAL R$ 5.773,30 TARIFA DE DOC / TED R$ 114,30
RENDAS COBAN - CONVÊNIOS R$ 124,20 TARIFA COBRANÇA R$ 3.334,62
TARIFA COBRANÇA R$ 3.334,62 TAR DE MANUT DE CONTA NO BB R$ 1.172,50
INTEGRALIZAÇÃO DE CAPITAL R$ 3.683,36 TARIFA DE EXCLUSÃO DO CCF R$ 407,00
TARIFA CHEQUE MAIOR R$ 23,89 R$ 28.749,48
TARIFA DEVOLUÇÃO DE CHEQUE R$ 1.225,40
TARIFA DE EXCLUSÃO DO CCF R$ 407,00
RENDAS PAGAMENTOS NOVA COMPE R$ 779,10 RESULTADO JUROS ADIANTAMENTO A DEPOSITANTE R$ 1.552,35 R$ 31.454,75
RENDAS COM VENDAS DE SEGURO R$ 1.133,70 TARIFA ADIANTAMENTO A DEPOSITANTE R$ 1.075,00
R$ 60.204,23
Fonte: Elaborado pelo acadêmico.
Na Tabela 5 pode-se observar um pequeno crescimento do resultado no
mês de abril, subindo para R$ 31.454,75 (trinta e um mil quatrocentos e cinquenta e
quatro reais e setenta e cinco centavos) a soma dos fatores.
Tabela 6: Resultado agência Itapema no mês de Maio.
RECEITAS TOTAL DESPESAS TOTAL
RENDAS EMPRÉSTIMOS R$ 45.808,17 DESPESAS COM APLICAÇÃO R$ 24.587,95
IOF R$ 3.247,60 IOF R$ 3.247,60
TARIFA DE DOC / TED R$ 858,00 FOLHA DE CHEQUE R$ 104,52
JUROS CHEQUE ESPECIAL R$ 6.180,62 TARIFA DE DOC / TED R$ 181,61
RENDAS COBAN - CONVÊNIOS R$ 140,70 TARIFA COBRANÇA R$ 3.651,62
TARIFA COBRANÇA R$ 3.651,62 TAR DE MANUT DE CONTA NO BB R$ 1.214,50
INTEGRALIZAÇÃO DE CAPITAL R$ 3.851,28 TARIFA DE EXCLUSÃO DO CCF R$ 222,00
TARIFA CHEQUE MAIOR R$ 24,12 R$ 33.209,80
TARIFA DEVOLUÇÃO DE CHEQUE R$ 557,00
TARIFA DE EXCLUSÃO DO CCF R$ 222,00
RENDAS PAGAMENTOS NOVA COMPE R$ 813,40 RESULTADO JUROS ADIANTAMENTO A DEPOSITANTE R$ 865,96 R$ 35.861,97
RENDAS COM VENDAS DE SEGURO R$ 1.241,29 TARIFA ADIANTAMENTO A DEPOSITANTE R$ 1.610,00
R$ 69.071,76
Fonte: Elaborado pelo acadêmico.
57 A Tabela 6 demonstra o resultado da agência analisada no mês de Maio,
que obteve um salto maior no valor de R$ 35.861,97 (trinta e cinco mil oitocentos e
sessenta e um reais e noventa e sete centavos).
Tabela 7: Resultado agência Itapema no mês de Junho.
RECEITAS TOTAL DESPESAS TOTAL
RENDAS EMPRÉSTIMOS R$ 49.187,29 DESPESAS COM APLICAÇÃO R$ 25.537,16
IOF R$ 1.775,84 IOF R$ 1.775,84
TARIFA DE DOC / TED R$ 624,00 FOLHA DE CHEQUE R$ 102,75
JUROS CHEQUE ESPECIAL R$ 6.494,84 TARIFA DE DOC / TED R$ 132,08
RENDAS COBAN - CONVÊNIOS R$ 138,30 TARIFA COBRANÇA R$ 3.693,67
TARIFA COBRANÇA R$ 3.693,67 TAR DE MANUT DE CONTA NO BB R$ 1.235,50
INTEGRALIZAÇÃO DE CAPITAL R$ 4.564,21 TARIFA DE EXCLUSÃO DO CCF R$ 111,00
TARIFA CHEQUE MAIOR R$ 43,29 R$ 32.588,00
TARIFA DEVOLUÇÃO DE CHEQUE R$ 194,95
TARIFA DE EXCLUSÃO DO CCF R$ 111,00
RENDAS PAGAMENTOS NOVA COMPE R$ 768,32 RESULTADO JUROS ADIANTAMENTO A
DEPOSITANTE R$ 871,01 R$ 39.977,34
RENDAS COM VENDAS DE SEGURO R$ 2.208,62 TARIFA ADIANTAMENTO A DEPOSITANTE R$ 1.890,00
R$ 72.565,34
Fonte: Elaborado pelo acadêmico.
No final do mês de Junho foram obtidos valores maiores dos demais meses
estudados de acordo com a Tabela 7, apresentando um resultado final de R$
39.977,34 (trinta e nove mil novecentos e setenta e sete reais e trinta e quatro
centavos). A seguir os gráficos e análises dos resultados obtidos nos meses
estudados.
58 Gráfico 5: Comparação entre as receitas obtidas nos meses estudados.
Fonte: Elaborado pelo acadêmico.
O resultado de cada fator em geral se manteve numa constante, com pouca
diferença entre um mês e outro, destacando-se algumas exceções como a
disparidade do IOF no mês de Maio e o crescimento expressivo do fator
Integralização de Capital do mês de Maio para o mês de Junho, isso se deve ao fato
de as sobras da Cooperativa serem distribuídas no mês de Junho, o que explica
esse aumento.
59 Gráfico 6: Comparação entre as despesas nos meses estudados.
Fonte: Elaborado pelo acadêmico.
As despesas também se mantiveram em uma constante, não gerando uma
diferença considerável no resultado. Destaque especial para a alteração no IOF no
mês de Maio e as despesas com Tarifa de Cobrança.
Gráfico 7: Comparação entre as rendas de empréstimos nos meses estudados.
Fonte: Elaborado pelo acadêmico.
60 Assim como no resultado geral, foram feitos gráficos separados para as
Rendas com Empréstimos e Despesas com Aplicação, justamente para dar
destaque a estes fatores. As Rendas com Empréstimos tiveram um crescimento
constante, com um aumento de pouco mais de R$ 10.000,00 (dez mil reais) nas
receitas, chegando a R$ 49.187,29 (quarenta e nove mil cento e oitenta e sete reais
e vinte e nove centavos) no final de Junho.
Gráfico 8: Comparação entre as despesas com aplicação nos meses
estudados.
Fonte: Elaborado pelo acadêmico.
Já as Despesas com Aplicação se mantiveram praticamente iguais em
Março e Abril, mas aumentaram cerca de 12% no mês de Maio e crescendo mais
4% no mês de Junho, no qual chegou a R$ 25.537,16 (vinte e cinco mil quinhentos e
trinta e sete reais e dezesseis centavos).
61 Gráfico 9: Comparação entre os resultados nos meses estudados.
Fonte: Elaborado pelo acadêmico.
Por meio dos gráficos é possível perceber que o resultado final foi
melhorando gradativamente, conforme o passar dos meses, o que acompanha o
crescimento do resultado mensal da Singular neste período.
Esses resultados demonstram que a agência de Itapema prossegue em
constante crescimento e começa a representar cada vez mais para a organização,
mas é claro, dentro de suas limitações, por se tratar de uma agência pequena,
localizada numa cidade também pequena. Contudo, vem crescendo em diversos
aspectos.
4.4 Resultado por área de atuação
Para completar os resultados obtidos, seguem abaixo as tabelas com a
separação por áreas de atuação, que foram selecionadas de acordo com o número
de cooperados.
62 Tabela 8: Resultado Médicos agência Itapema.
RECEITAS TOTAL DESPESAS TOTAL
RENDAS EMPRÉSTIMOS R$ 42.315,52 DESPESAS COM APLICAÇÃO R$ 5.712,76
IOF R$ 2.234,32 IOF R$ 2.081,82
TARIFA DE DOC R$ 60,00 FOLHA DE CHEQUE R$ 18,15
JUROS CHEQUE ESPECIAL R$ 5.261,05 TARIFA DE DOC R$ 12,70
RENDAS COBAN - CONVÊNIOS R$ 17,10 TARIFA COBRANÇA R$ 32,97
TARIFA COBRANÇA R$ 32,97 TAR DE MANUT DE CONTA NO BB R$ 283,50
INTEGRALIZAÇÃO DE CAPITAL R$ 1.075,42 TARIFA DE EXCLUSÃO DO CCF -
TARIFA DE CÓPIA DE CHEQUE - R$ 8.141,90
TARIFA DE CHEQUE ADMINISTRATIVO -
TARIFA DE EXCLUSÃO DO CCF -
RENDAS PAGAMENTOS NOVA COMPE R$ 69,58 RESULTADO R$ 43.686,12 JUROS ADIANTAMENTO A DEPOSITANTE R$ 189,22 MÉDIA MENSAL R$ 10.921,53
TARIFA DE DEVOLUÇÃO DE CHEQUE R$ 27,85
TARIFA CHEQUE MAIOR PJ R$ 200,00 TARIFA ADIANTAMENTO A DEPOSITANTE R$ 345,00
R$ 51.828,03
Fonte: Elaborado pelo acadêmico.
A Tabela 8 mostra os resultados dos Médicos que compõem a agência de
Itapema, e que representam cerca de 6% dos cooperados, os quais contribuem com
R$ 43.686, 12 (quarenta e três mil seiscentos e oitenta e seis reais e doze centavos)
para o resultado final da agência.
63 Tabela 9: Resultado Dentistas agência Itapema.
RECEITAS TOTAL DESPESAS TOTAL
RENDAS EMPRÉSTIMOS R$ 40.807,29 DESPESAS COM APLICAÇÃO R$ 15.587,26
IOF R$ 1.842,50 IOF R$ 1.735,31
TARIFA DE DOC R$ 348,00 FOLHA DE CHEQUE R$ 58,65
JUROS CHEQUE ESPECIAL R$ 5.963,46 TARIFA DE DOC R$ 78,74
RENDAS COBAN - CONVÊNIOS R$ 56,70 TARIFA COBRANÇA R$ 180,55
TARIFA COBRANÇA R$ 188,40 TAR DE MANUT DE CONTA NO BB R$ 570,50
INTEGRALIZAÇÃO DE CAPITAL R$ 944,95 TARIFA DE EXCLUSÃO DO CCF -
TARIFA DE CÓPIA DE CHEQUE R$ 6,00 R$ 18.211,01
TARIFA DE CHEQUE ADMINISTRATIVO -
TARIFA DE EXCLUSÃO DO CCF -
RENDAS PAGAMENTOS NOVA COMPE R$ 539,00 RESULTADO R$ 33.770,84 JUROS ADIANTAMENTO A DEPOSITANTE R$ 179,15 MÉDIA MENSAL R$ 8.442,71
TARIFA DE DEVOLUÇÃO DE CHEQUE R$ 111,40
TARIFA CHEQUE MAIOR PJ - TARIFA ADIANTAMENTO A DEPOSITANTE R$ 995,00
R$ 51.981,85
Fonte: Elaborado pelo acadêmico.
Na Tabela 9 são destacados os Dentistas, que representam cerca de 13%
dos cooperados da agência e obtiveram um resultado de trinta e três mil setecentos
e setenta reais e oitenta e quatro centavos no período estudado.
64 Tabela 10: Resultado Pessoa Jurídica (Exceto Condomínios) agência Itapema.
RECEITAS TOTAL DESPESAS TOTAL
RENDAS EMPRÉSTIMOS R$ 11.550,12 DESPESAS COM APLICAÇÃO R$ 5.450,28
IOF R$ 1.479,87 IOF R$ 1.479,87
TARIFA DE DOC R$ 180,00 FOLHA DE CHEQUE R$ 39,76
JUROS CHEQUE ESPECIAL R$ 4.633,67 TARIFA DE DOC R$ 38,10
RENDAS COBAN - CONVÊNIOS R$ 92,40 TARIFA COBRANÇA R$ 932,58
TARIFA COBRANÇA R$ 990,39 TAR DE MANUT DE CONTA NO BB R$ 451,50
INTEGRALIZAÇÃO DE CAPITAL R$ 354,06 TARIFA DE EXCLUSÃO DO CCF -
TARIFA DE CÓPIA DE CHEQUE - R$ 8.392,09
TARIFA DE CHEQUE ADMINISTRATIVO -
TARIFA DE EXCLUSÃO DO CCF -
RENDAS PAGAMENTOS NOVA COMPE R$ 1.680,70 RESULTADO R$ 13.277,57 JUROS ADIANTAMENTO A DEPOSITANTE R$ 199,73 MÉDIA MENSAL R$ 3.319,39
TARIFA DE DEVOLUÇÃO DE CHEQUE -
TARIFA CHEQUE MAIOR PJ R$ 23,72 TARIFA ADIANTAMENTO A DEPOSITANTE R$ 485,00
R$ 21.669,66
Fonte: Elaborado pelo acadêmico.
Na Tabela 10 foram destacados as Pessoas Jurídicas com exceção dos
condomínios, que foram abordados exclusivamente em outra Tabela. Estes
cooperados representam cerca de 12% dos clientes da agência. Este grupo
apresentou um resultado nos quatro meses de R$ 13.277,57 (treze mil duzentos e
setenta e sete reais e cinquenta e sete centavos).
65 Tabela 11: Resultado Contadores agência Itapema.
RECEITAS TOTAL DESPESAS TOTAL
RENDAS EMPRÉSTIMOS R$ 28.521,77 DESPESAS COM APLICAÇÃO R$ 7.070,16
IOF R$ 1.189,24 IOF R$ 1.189,24
TARIFA DE DOC R$ 72,00 FOLHA DE CHEQUE R$ 23,37
JUROS CHEQUE ESPECIAL R$ 2.143,45 TARIFA DE DOC R$ 15,24
RENDAS COBAN - CONVÊNIOS R$ 67,50 TARIFA COBRANÇA R$ 1.026,78
TARIFA COBRANÇA R$ 1.029,71 TAR DE MANUT DE CONTA NO BB R$ 308,00
INTEGRALIZAÇÃO DE CAPITAL R$ 361,90 TARIFA DE EXCLUSÃO DO CCF R$ 148,00
TARIFA DE CÓPIA DE CHEQUE - R$ 9.780,79
TARIFA DE CHEQUE ADMINISTRATIVO -
TARIFA DE EXCLUSÃO DO CCF R$ 148,00
RENDAS PAGAMENTOS NOVA COMPE R$ 187,18 RESULTADO R$ 25.708,53 JUROS ADIANTAMENTO A DEPOSITANTE R$ 292,38 MÉDIA MENSAL R$ 6.427,13
TARIFA DE DEVOLUÇÃO DE CHEQUE R$ 835,50
TARIFA CHEQUE MAIOR PJ R$ 55,70 TARIFA ADIANTAMENTO A DEPOSITANTE R$ 585,00
R$ 35.489,33
Fonte: Elaborado pelo acadêmico.
Os Contadores são um dos grupos que apresentam o melhor resultado, eles
representam aproximadamente 7% dos cooperados de Itapema. O seu resultado foi
de R$ 25.708,53 (vinte e cinco mil setecentos e oito reais e cinquenta e três
centavos) dentro dos meses analisados.
66 Tabela 12: Resultado Condomínios agência Itapema.
RECEITAS TOTAL DESPESAS TOTAL
RENDAS EMPRÉSTIMOS - DESPESAS COM APLICAÇÃO R$ 34.500,19
IOF R$ 28,46 IOF R$ 28,46
TARIFA DE DOC R$ 1.620,00 FOLHA DE CHEQUE R$ 178,46
JUROS CHEQUE ESPECIAL - TARIFA DE DOC R$ 342,90
RENDAS COBAN - CONVÊNIOS R$ 250,20 TARIFA COBRANÇA R$ 12.074,87
TARIFA COBRANÇA R$ 2.074,87 TAR DE MANUT DE CONTA NO BB R$ 1.365,00
INTEGRALIZAÇÃO DE CAPITAL R$ 476,20 TARIFA DE EXCLUSÃO DO CCF R$ 74,00
TARIFA DE CÓPIA DE CHEQUE R$ 6,00 R$ 48.563,88
TARIFA DE CHEQUE ADMINISTRATIVO -
TARIFA DE EXCLUSÃO DO CCF R$ 74,00
RENDAS PAGAMENTOS NOVA COMPE R$ 807,52 RESULTADO -R 32.132,59 JUROS ADIANTAMENTO A DEPOSITANTE R$ 220,25 MÉDIA MENSAL -R$ 8.033,15
TARIFA DE DEVOLUÇÃO DE CHEQUE R$ 505,60
TARIFA CHEQUE MAIOR PJ R$ 48,19 TARIFA ADIANTAMENTO A DEPOSITANTE R$ 320,00
R$ 6.431,29
Fonte: Elaborado pelo acadêmico.
Na Tabela 12 aparecem o grupo mais populoso da agência, com cerca de
28% dos cooperados. Eles apresentam um resultado negativo de R$ 32.132,59
(trinta e dois mil cento e trinta e dois reais e cinquenta e nove centavos), que será
bem abordado posteriormente.
67 Tabela 13: Resultado dos demais cooperados da agência Itapema.
RECEITAS TOTAL DESPESAS TOTAL
RENDAS EMPRÉSTIMOS R$ 42.650,85 DESPESAS COM APLICAÇÃO R$ 23.630,63
IOF R$ 1.625,66 IOF R$ 1.609,59
TARIFA DE DOC R$ 498,00 FOLHA DE CHEQUE R$ 84,89
JUROS CHEQUE ESPECIAL R$ 5.652,22 TARIFA DE DOC R$ 105,41
RENDAS COBAN - CONVÊNIOS R$ 45,90 TARIFA COBRANÇA R$ 332,84
TARIFA COBRANÇA R$ 332,84 TAR DE MANUT DE CONTA NO BB R$ 1.683,50
INTEGRALIZAÇÃO DE CAPITAL R$ 1.748,34 TARIFA DE EXCLUSÃO DO CCF R$ 607,16
TARIFA DE CÓPIA DE CHEQUE R$ 6,00 R$ 28.054,02
TARIFA DE CHEQUE ADMINISTRATIVO -
TARIFA DE EXCLUSÃO DO CCF R$ 592,00
RENDAS PAGAMENTOS NOVA COMPE R$ 304,78 RESULTADO R$ 33.900,13 JUROS ADIANTAMENTO A DEPOSITANTE R$ 3.588,34 MÉDIA MENSAL R$ 8.475,03
TARIFA DE DEVOLUÇÃO DE CHEQUE R$ 1.519,23
TARIFA CHEQUE MAIOR PJ R$ 560,00 TARIFA ADIANTAMENTO A DEPOSITANTE R$ 2.830,00
R$ 61.954,16
Fonte: Elaborado pelo acadêmico.
A última Tabela engloba os demais cooperados da agência, no qual
representam 32% dos cooperados que isoladamente, não possuem um resultado
expressivo. Juntos eles resultaram em R$ 33.900,13 (trinta e três mil novecentos
reais e treze centavos) no período estudado. A seguir aparecem os gráficos
comparativos das áreas de atuação.
68 Gráfico 10: Resultados das receitas por área de atuação.
Fonte: Elaborado pelo acadêmico.
Neste gráfico estão apresentadas as comparações entre as receitas obtidas
em cada grupo selecionado, exceto as rendas com empréstimos que aparecem a
seguir.
Gráfico 11: Resultados das receitas com rendas de empréstimos por área de
atuação.
Fonte: Elaborado pelo acadêmico.
69 No Gráfico 11 estão comparadas isoladamente as receitas com empréstimos
de cada grupo de cooperados da agência.
Gráfico 12: Resultados das despesas por área de atuação.
Fonte: Elaborado pelo acadêmico.
Neste gráfico estão apresentadas as comparações entre as despesas em
cada grupo de clientes que foi selecionado, exceto as despesas com aplicações que
aparecem a seguir.
Gráfico 13: Resultados das despesas com aplicação por área de atuação.
Fonte: Elaborado pelo acadêmico.
70 Através do Gráfico 13 é possível analisar as despesas com aplicações por
cada grupo por área de atuação, pode-se ver que os Condomínios são os
cooperados que mais receberam juros de aplicações no período.
Gráfico 14: Resultados por área de atuação.
Fonte: Elaborado pelo acadêmico.
Os gráficos demonstram algumas curiosidades e servem para a
organização, como base para adotar estratégias para cada grupo de cooperados
que ela atende.
Através do Gráfico 14 é possível analisar cada uma das áreas de atuação
selecionada. Primeiramente aparecem os Médicos, que são os principais
responsáveis pelas receitas da organização, pois em geral, são eles os clientes que
possuem uma renda mais elevada e, portanto tem maior capacidade para conseguir
crédito junto à cooperativa, assim são os que mais proporcionam renda nos
empréstimos para a Unicred, mas curiosamente por terem a maior renda média
entre os grupos selecionados, seria esperado que tivessem um bom valor aplicado
perante os demais, o que não ocorre, talvez por a Unicred estar atrás da
concorrência neste aspecto. Eles são os responsáveis por 37% do resultado.
71 Após os Médicos, são apresentados os Dentistas, que é o segundo grupo
que possui mais cooperados. Eles são responsáveis por 28% do resultado da
organização e assim como os Médicos, possuem uma boa renda e tem mais
facilidades para conseguir crédito. Em seguida aparecem os Contadores, que
representam 22% do resultado. Em geral, eles utilizam quase todos os serviços
oferecidos pela cooperativa, tendo como ponto mais forte os empréstimos e um
ponto negativo o baixo valor aplicado.
Outro grupo selecionado foi o de Pessoa Jurídica, com exceção dos
condomínios que virão em seguida. As Pessoas Jurídicas em geral, não utilizam
todos os serviços oferecidos em virtude de algumas limitações burocráticas, mas
mesmo assim tem uma grande importância para as instituições financeiras. Mas na
agência de Itapema, este grupo não representa muito nem em valores, nem em
números de cooperados e nem na participação sobre o resultado que é de 11%, isso
se deve a terem poucas clínicas e contabilidades, mas também graças ao quadro
social ter sido aberto para Empresas e Empresários há pouco tempo. Talvez no
futuro este grupo represente mais sobre o resultado da agência.
O resultado dos condomínios a primeira vista assusta, pois não se espera
numa instituição financeira, que seus clientes apresentem prejuízo. Porém estes
cooperados são uma exceção, pois o resultado numérico apresentado não pode ser
o único a ser levado em consideração, é preciso analisar os resultados numa visão
muito mais abrangente e merece um destaque especial.
Também é apresentado tanto nas tabelas como nos gráficos, o resultado
das demais áreas que separadas não tem tanta importância numérica, mas que
juntas se comparam ao resultado dos Dentistas com 29% do resultado total.
Portanto, todos os dados apresentados demonstram o crescimento
constante da agência de Itapema e da Unicred Litoral e Norte em geral.
72 5. SUGESTÕES PARA A ORGANIZAÇÃO
O presente trabalho proporcionou ao acadêmico propor diversas soluções
em diversos setores da organização. Tanto em mudanças na estratégia, quanto na
criação de uma nova ferramenta de apoio no atendimento ao cliente.
A pesquisa não serviu somente para analisar os custos por cooperado
individualmente, mas principalmente para ver a organização de uma maneira geral e
identificar os pontos a serem melhorados.
Analisando os dados obtidos, pode-se perceber que a organização tem
muitos diferenciais que proporcionam competir com os bancos comerciais em seus
serviços fornecidos, porém ainda precisa melhorar muito em alguns aspectos para
competir fortemente neste mercado.
Alguns pontos podem ser citados em virtude destas análises, entre eles
temos serviços básicos como o fornecimento de talões de cheques, não sendo
cobrada nenhuma tarifa, ao contrário do que geralmente ocorre nos bancos. Porém,
fazendo uma análise dos resultados obtidos, é perceptível que o custo de fornecer
este serviço para o cooperado é praticamente insignificante perante o resultado da
Cooperativa.
Existem alguns outros aspectos que podem sofrer pequenas mudanças para
um melhor resultado para a organização, como os juros cobrados com Cheque
Especial e o aumento nas tarifas de DOC e TED, pois os bancos comerciais, em
média, cobram de seus clientes, o dobro do que é cobrado atualmente na Unicred.
Outro serviço que pode ser melhorado e fornecer um rendimento mais
elevado é a alteração no valor da Tarifa de Cobrança, no qual atualmente depende
do Banco do Brasil, fornecedor deste serviço para a cooperativa, que por sua vez
fornece para seus cooperados, no qual não traz lucro nenhum, pois o mesmo valor
pago para o banco é o valor cobrado do cliente. Atualmente existe um projeto em
andamento, que visa à utilização da cobrança do Banco Bradesco, que fornecerá
melhores serviços, tanto para a cooperativa, quanto aos cooperados, além de ter um
menor custo. Com a implantação desta nova cobrança e a alteração do banco
conveniado, surgirá a oportunidade de ter um spread entre o valor pago e o valor
recebido, tendo em vista também que a atual tarifa cobrada, representa cerca de
73 metade das praticadas no mercado, o que viabilizaria um reajuste na tarifa para
alcançar um resultado ainda melhor.
Sugere-se, principalmente, o investimento no desenvolvimento e atualização
do Sistema de Compensação da Unicred no Estado de Santa Catarina, uma vez que
a Unicred Central de Santa Catarina possui sistema próprio, iniciado em Julho de
2010, mas, por ser novo, ainda se encontra em processo lento e com poucos
serviços a oferecer. Um investimento maior nessa área, que já vem obtendo sucesso
na visão das singulares do Estado, proporcionará à empresa mais lucros em longo
prazo e independência perante os demais bancos e, consequentemente, menos
custos com referidas instituições.
Através da separação por grupos, é possível sugerir a organização, a
criação de novas campanhas para prospecção de novos cooperados e para a
manutenção dos atuais, o que é muito importante. Com o perfil de cada grupo
traçado, pode-se criar campanhas que chamem a atenção dos profissionais de
acordo com os serviços mais utilizados pelos atuais cooperados, atraindo assim
mais clientes. Outra sugestão seria uma campanha de indicação por parte dos atuais
cooperados, no qual ao indicar um amigo ou familiar para abertura de conta, o
cooperado ganha um brinde ou concorre a um excelente premio. Ainda com foco
nestes grupos, é possível criar campanhas para estimular eles a utilizarem um
serviço que atualmente não é utilizado com frequência em troca de alguns
benefícios.
Por fim, outro ponto significativo a ser considerado e que não só as
instituições financeiras estão investindo, é a tecnologia, este certamente é o ponto
mais fraco da Unicred perante os seus maiores concorrentes. A organização deve
investir em melhorias na sua Internet Banking e nos terminais de auto-atendimento,
pois, em comparação com os bancos comerciais, os equipamentos e sistemas
existentes estão atrasados e muitos serviços ainda são feitos manualmente, o que
atrasa processos e aumenta a probabilidade de erros. Portanto, é um senso comum
que o investimento em tecnologia é cada vez mais necessário e deve ser feito
constantemente, pois os investimentos de hoje, serão colhidos no futuro.
74 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente estudo nunca havia sido realizado na empresa, portanto,
proporcionou tanto ao acadêmico quanto a organização, terem novas visões em
relação à de seus cooperados e serviços. Ele possibilitou idealizar o que pode ser
um novo instrumento de análise capaz de servir de apoio para o atendimento a
clientes, bem como para novas estratégias a serem seguidas pela organização
futuramente. Para tanto, necessária a aceitação e o investimento tecnológico por
parte da empresa.
Investir neste estudo e criar uma ferramenta de apoio significa investir na
melhoria do atendimento ao cliente, pois consultando o que o cooperado está
proporcionando de resultado e os serviços que ele utiliza na empresa, o atendente
tem a possibilidade de oferecer produtos com base no perfil traçado pelo sistema,
além de ser uma ferramenta de auxílio na análise de crédito.
Igualmente, para a estratégia da empresa tal ferramenta torna-se de grande
valia, uma vez que o resultado poderá ser consultado por cooperado, por agência ou
por área de atuação, no espaço de tempo que desejar. Assim, a empresa poderá
planejar um estudo e criar novos produtos e serviços, bem como adaptar os já
existentes, de acordo com a necessidade do seu público, levando em consideração
o resultado que ele proporciona à Cooperativa. A análise dos resultados dos
Condomínios, por exemplo, pode servir para a organização mudar sua estratégia
com esses clientes específicos, que hoje não proporcionam um retorno positivo, mas
oferecem à Cooperativa grande parte do capital que é emprestado, de modo a
melhorar os resultados e fazer este tipo de cliente utilizar cada vez mais a
cooperativa.
A opção pela agência de Itapema partiu de uma proposta feita pelo Gerente
Administrativo da organização, por se tratar de uma das menores agências da
Singular, com características diferenciadas das demais, já que quase metade dos
cooperados são pessoas jurídicas e, principalmente, Condomínios, os quais se
valem da Unicred principalmente para utilizar os serviços de cobrança de boletos,
além das aplicações financeiras. Escolheu-se uma agência pequena, também,
porque este estudo é primário na empresa e os dados foram todos coletados
manualmente, o que demandou muito tempo do Acadêmico. Caso a organização
75 invista na automatização desta ferramenta, no futuro será possível fazer esta análise
de forma mais rápida e eficiente.
Os custos e receitas por serviços, utilizados para a elaboração do trabalho,
foram levantados facilmente mediante relatórios, conversas informais com gerentes
e apoio da Central do Estado de Santa Catarina. Para calcular os custos e receitas
de cada cooperado elaborou-se uma planilha de Excel com uma pasta para cada
cooperado, o que facilitou o cálculo do resultado final. Já os custos e despesas da
agência e da singular não necessitaram de cálculos, em razão de o Acadêmico ter
retirado os dados necessários de relatórios do próprio sistema da organização. Em
relação à separação de grupos de clientes por área de atuação, foram selecionados
os tipos de profissionais que têm uma representação maior para a Singular, tanto em
número de cooperados quanto no resultado.
Por intermédio dos resultados obtidos com os dados coletados, o Acadêmico
pôde chegar a várias conclusões que permitiram fazer análises mais detalhadas e
propor sugestões à empresa. Caso houvesse automatização as análises seriam
mais precisas e proporcionariam ainda mais melhorias. Analisando os resultados
pode-se destacar alguns resultados importantes, como o crescimento do resultado
da agência de Itapema ao longo dos meses estudados de 31,5%, o grande campo a
ser explorado em relação às tarifas de cobrança que atualmente não apresentam
receita e principalmente a separação do resultado por área de atuação, que pode
auxiliar muito a empresa a traçar estratégicas direcionadas ao cooperado. Neste
aspecto podem ser destacados os Médicos e Dentistas com um resultado de R$
43.686,12 (quarenta e três mil seiscentos e oitenta e seis reais e doze centavos) e
R$ 33.770,84 (trinta e três mil setecentos e setenta reais e oitenta e quatro centavos)
respectivamente e os Condomínios que apresentam uma particularidade em seu
resultado, o fato de darem um prejuízo de R$ 32.132,59 (trinta e dois mil cento e
trinta e dois reais e cinquenta e nove centavos) não explica tudo sobre este grupo,
que através de suas aplicações financeiras permite que a Singular empreste o
capital para os grupos mais rentáveis.
Este estudo se assemelha à utilização da ferramenta Balanced Score Card,
que vem sendo muito utilizada nas organizações, apesar de que, neste caso, foram
levados em conta somente os Clientes, que representam apenas um dos pilares
desta ferramenta completa, a qual visa medir a qualidade de maneira estratégica nas
organizações. Assim como no BSC, esta ferramenta tem o intuito de medir a
76 qualidade de cada cliente de maneira que seja utilizada na gestão estratégica da
empresa.
Ponto que também ficou nítido durante todo o trabalho foi a dificuldade de
competir com os bancos comerciais na busca e no atendimento a clientes, haja vista
que o setor financeiro no país está se aperfeiçoando cada vez mais em todos os
sentidos e tem investido muito em tecnologia e sustentabilidade. Apesar do enorme
crescimento do mercado das Cooperativas de Crédito no Brasil nos últimos anos,
grande parte da população ainda tem receio em investir nestas instituições
financeiras, razão pela qual torna-se necessário o investimento constante e cada vez
maior em tecnologia na Unicred, a fim de a organização se equiparar aos seus
principais concorrentes e conquistar a confiança de toda a população em sua região.
Vale à pena ressaltar que instituições financeiras dependem muito da imagem e
credibilidade perante a sociedade, demonstrando segurança a seus clientes, os
quais, por sua vez, as indicam aos seus conhecidos.
Por fim no resultado final por área de atuação, aparecem os Condomínios,
no qual olhando os números num primeiro instante, assustam pelo resultado
apresentado, eles apresentam prejuízo para a cooperativa. Isso se deve pelo fato de
que Condomínios não precisam de crédito e em muitos casos possuem uma reserva
de capital para melhoramentos necessários ao longo do tempo, que são aplicados
nos fundos de investimento. Além disso, eles são os principais clientes na utilização
do serviço de Cobrança, que no caso da Unicred Litoral e Norte não resultam em
lucro nenhum. Apesar de apresentar um resultado negativo, não quer dizer que não
vale a pena tê-los como cooperados, pois além da possibilidade de obter lucro com o
serviço de cobrança, como eles possuem juntos, um alto valor aplicado, a
cooperativa usa este valor para emprestar aos demais grupos que buscam mais
crédito e aplicam pouco, como por exemplo, os Médicos e Contadores, além de que
parte do valor total aplicado pelos cooperados é reaplicado pela cooperativa em
fundos de investimentos no mercado, assim como o capital integralizado pelos
cooperados.
Em suma, deduz-se que a Unicred Litoral e Norte vem traçando o caminho
certo e crescendo e aparecendo cada vez mais no mercado financeiro. Entretanto,
deve fazer certos ajustes, a fim de proporcionar um crescimento maior e com mais
qualidade aos seus cooperados. Partindo deste pressuposto, realizou-se o presente
trabalho com o intuito de criar uma ferramenta, que ainda pode ser mais bem
77 elaborada, para ajudar a empresa a se firmar como uma das maiores Singulares do
Brasil e se tornar um referencial na região do Litoral Norte Catarinense.
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81
DECLARAÇÃO DO TRABALHO NA ORGANIZAÇÃO
ITAJAÍ, 28 de NOVEMBRO de 2011.
A empresa UNICRED LITORAL E NORTE CATARINENSE declara, para os
devidos fins, que o estagiário FELIPE COUTO REISER, aluno do Curso de
Administração do Centro de Educação de Ciências Sociais Aplicadas, da Universidade
do Vale do Itajaí - UNIVALI, cumpriu a carga horária de estágio prevista para o período
de 01/04/2011 a 28/11/2011, seguiu o cronograma de trabalho estipulado no Projeto de
Estágio e respeitou nossas normas internas.
__________________________________________
Ingo Régis – Gerente Administrativo Financeiro
82
ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS
Nome do estagiário Felipe Couto Reiser
Orientador de conteúdo André Graf de Almeida
Supervisor de campo Ingo Régis
Responsável pelo Estágio Prof. Eduardo Krieger da Silva
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