Anais do IX Congresso Brasileiro e VI Congresso Internacional de TCI – Porto Alegre / 2017
ANAIS DO
IX CONGRESSO BRASILEIRO E
VI CONGRESSO INTERNACIONAL DE TCI
Porto Alegre, setembro de 2017
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Anais do IX Congresso Brasileiro e VI Congresso Internacional de TCI – Porto Alegre / 2017
FICHA CATALOGRÁFICA
Congresso Brasileiro de Terapia Comunitária Integrativa
(1.:2017: Porto Alegre - RS).
Anais do IX Congresso Brasileiro e VI Congresso Internacional de Terapia
Comunitária Integrativa – Acolher diversidades, garimpar pérolas e acolher
desafios, de 13 a 16 de setembro de 2017.
PROMOÇÃO:
ABRATECOM - Associação Brasileira de Terapia Comunitária Integrativa
REALIZAÇÃO:
Polo Formador em Terapia Comunitária Integrativa – CAIFCOM e Suas Gerências:
Sul de Minas/MG
Santa Catarina
Paraná
Pará
Zona da Mata/MG
Santos/SP
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Anais do IX Congresso Brasileiro e VI Congresso Internacional de TCI – Porto Alegre / 2017
GRUPO GESTOR/ABRATECOM – 2015/2017
DIRETORIA EXECUTIVA
Marli Olina de Souza – Presidente (in memorian)
Maria da Graça Pedrazzi Martini – Presidente
Marlene Rodrigues Gomes da Silva – 1a. Secretária
Helenice Alves Pereira Bastos – 2a. Secretária
Maria del Pilar Ferrer Câmara – 1a. Tesoureira
Maria Goreti da Silva Cruz - 2a Tesoureira
Almir Miranda Silva – 1o. Diretor de Comunicação Social
Greice Mara Mendes - 2a. Diretora de Comunicação Social
CONSELHO FISCAL
Selma Cardoso e Silva Hinds – Titular
Maria Áurea Bittencourt Silva – Titular
Maurino Bertoldo Silva – Titular
Maria Lucia de Andrade Reis – Suplente
Marilene Grandesso – Suplente
Maria Lucia de Gusmão Pitta Frota – Suplente
COORDENAÇÕES DAS GERÊNCIAS DO CAIFCOM
Maria Lucia de Andrade Reis - Sul de Minas
Luciano Duarte Medeiros - Santa Catarina
Maria da Graça Pedrazzi Martini - Londrina/Paraná
Antônio Ronaldo Nobre do Nascimento - Pará
Almir Miranda - Zona da Mata/MG
Maria Del Pilar Câmara - São Vicente/SP
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Anais do IX Congresso Brasileiro e VI Congresso Internacional de TCI – Porto Alegre / 2017
PRESIDENTE DE HONRA
Dr. Adalberto de Paula Barreto - Brasil
PRESIDENTE DO IX CONGRESSO BRASILEIRO DE TCI
Dra. Marilene Grandesso - Brasil
PRESIDENTE DO VI CONGRESSO INTERNACIONAL DE TCI
Lic. Nora Jacquier - Argentina
COORDENADORA DO ENCONTRO DE PESQUISA
Dra. Ana Lucia Horta - Brasil
PATRONOS DO CONGRESSO
Dra. Maria da Graça Pedrazzi Martini e Dr. Airton Barreto - Brasil
COMISSÃO ORGANIZADORA
Comissão Executiva: Coordenação: Ms. Marli Olina de Souza (in memorian) e Dra. Maria
Lucia de Andrade Reis, Cláudia Buarque (Secretária) e Lóris Brissac (colaboradora); Luciano
Duarte Medeiros (1º. Tesoureiro) e Maria Del Pilar Ferrer Câmara (2ª. Tesoureira).
Comissão Científica: Josefa Emília Lopes Ruiz (Coordenação), Maria Djair Dias, Maria
Lucia de Andrade Reis, Maria Goretti Cruz, Morgana Múrcia, Mauro Elias Mendonça, Maria
José Mendonça, João Góis e Taísa Borges de Souza (Colaboradora).
Comissão de Infraestrutura, Cultura e Decoração: Maria Inês Souza (Coordenação) e
Cláudia Buarque.
Comissão de Divulgação e Comunicação: Sabrina Dutra dos Santos Medeiros
(Coordenação).
Comissão de Acolhimento: Clarice Leal Bottini (coordenação), Luciano Medeiros.
Comissão de Saúde e Bem Estar: Joel Teixeira (Coordenação), Jana Arsego, Ana Marques,
Niara Cabral, Viridiana
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Anais do IX Congresso Brasileiro e VI Congresso Internacional de TCI – Porto Alegre / 2017
Comissão de Secretaria e Recepção: Cláudia Buarque (Coordenação), Jeane Isabel Fogaça
Barbosa, Sabrina Dutra dos Santos Medeiros, Cleudis Tolotti, Jeferson Luis Schmitz, Dafne
Schafer , Clarice Leal Bottini, Rosana Drago Loureiro, Andréa Eliane Charão de Mattos,
Jacqueline da Silva Ferreira Trajano, Jeane Isabel Fogaça Barbosa, Ana Marques, Valdivia
Gonçalves Lucas, Rosane Castro Sacchi, Marcelo de Assis Sacchi Neli Maria Germano da
Rosa, Viridiana de Fátima Robaina Pacheco, Eronilnda Pinheiro Pereira, Rubiamara Nunes
Teixeira e Gladis Regina Machado.
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Anais do IX Congresso Brasileiro e VI Congresso Internacional de TCI – Porto Alegre / 2017
2017
1ª edição.
ISBN 978-85-69460-05-3
Copyright © 2017 by Caifcom - Copyright desta publicação © 2017 by Editorial CAIFC
Todos os direitos reservados
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Todos os direitos e responsabilidades dos autores.
Ressalva: Os resumos aqui exibidos foram publicados na íntegra e não passaram por
revisão, já que os textos são de inteira responsabilidade de seus autores.
É permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte.
Edição, Diagramação e Arte Final: Greice Mara Mendes.
Organização e Supervisão dos Anais: Josefa Emília Lopes Ruiz e Maria Lucia de Andrade
Reis
Produção, distribuições e informações:
© 2017; Editorial CAIFC- Centro de Ensino, Atendimento e Pesq. Do Ind. Família e
Comunidade.
Impresso na Gráfica:
R. Alm. Barroso, 689 - CEP 90.220-021 - Bairro Floresta - Porto Alegre - RS.
Para maiores informações sobre Cursos de Terapia Comunitária Integrativa:
(55 000 51) 3737.1261 / 3342.1234 / 98285.3254 / [email protected]
Mais informações: 51 3737.1261 / 98285.3254
direçã[email protected] Mais informações:
51 3737.1261 / 98285.3254 direçã[email protected]
IX Congresso Brasileiro de Terapia Comunitária Integrativa Porto Alegre RS / Anais do IX
Congresso Brasileiro de Terapia Comunitária Integrativa; VI Encontro Internacional de
Terapia Comunitária Integrativa; “Acolher diversidades, garimpar pérolas e superar
desafios” Josefa Emília Lopes Ruiz e Maria Lucia de Andrade Reis, organizadoras - Porto
Alegre: Editorial CAIF, 2017. p.115 ISBN: 978-85-69460-05-3
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Anais do IX Congresso Brasileiro e VI Congresso Internacional de TCI – Porto Alegre / 2017
APRESENTAÇÃO
Para os (as) terapeutas comunitários e cuidadores em outras práticas comunitárias, vindos de
universos diferentes, 2017 é um ano especial. Realizaremos, em Porto Alegre, o nosso IX
Congresso Brasileiro e VI Congresso Internacional de Terapia Comunitária Integrativa - TCI.
A Associação Brasileira de Terapia Comunitária Integrativa, ABRATECOM, e o Polo
Formador CAIFCOM, estão cuidando com muito carinho para receber cada um (a) de nós
com a hospitalidade gaúcha e a rede de afeto que congrega todos aqueles ligados à prática da
TCI. O tema escolhido, para ser o disparador das conversações e partilhas de saberes que
esperamos ter em Porto Alegre, é extremamente convidativo: “ACOLHER DIVERSIDADES,
GARIMPAR PÉROLAS E SUPERAR DESAFIOS”. Dentre sua larga abrangência,
reconhecemos neste título os valores norteadores da TCI, quais sejam; a inclusão social, a
valorização de competências e recursos e um posicionamento apreciativo na construção de
possibilidades existenciais. A forma como o Congresso está sendo proposto, favorece o
encontro, as boas conversas, o intercâmbio de experiências, o mútuo aprendizado, além de um
espaço para cuidar de si. Você encontra aqui nos Anais, além da programação científica, os
resumos dos trabalhos inscritos, as súmulas dos minicursos e oficinas, todas preciosas
informações que justificam a importância de sua presença em Porto Alegre.
Venha participar, continuar a fazer a nossa roda girar, sendo um (a) parceiro (a) na construção
desse acontecimento!Nossos agradecimentos a todos que, direta ou indiretamente,
contribuíram e continuam a acreditar na TCI como uma ferramenta de transformação social,
de empoderamento, de valorização do humano que ainda pulsa em nós.
E como refere o Prof. Adalberto Barreto:
“ ... TCI tem sido uma luz que clareia, uma
escuta que valoriza, um espaço que nutre a esperança!”
Sejam todas e todos bem-vindos!
Dra. Maria da Graça Pedrazzi Martini – Presidente da ABRATECOM
Prof. Dr. Adalberto de Paula Barreto – Presidente de Honra e Criador da TCI
Profa. Dra. Marilene Grandesso – Presidente do IX Congresso Brasileiro
Lic. Nora Jacquier – Presidente do VI Congresso Internacional
Profa. Dra. Ana Lucia Horta – Coordenação do Encontro de Pesquisa
Psic. Josefa Ruiz – Coordenação da Comissão Científica
Dra. Maria Lucia de Andrade Reis – Coordenação da Comissão Organizadora
M.a Marli Olina de Souza (in memorian) - Coordenação da Comiss
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Anais do IX Congresso Brasileiro e VI Congresso Internacional de TCI – Porto Alegre / 2017
PROGRAMAÇÃO CIENTÍFICA
DATA – TURNO ATIVIDADES
13/09
8h30/12h – Reunião do Conselho Deliberativo e
Científico/ABRATECOM
8h30/18h – Retirada do material na Secretaria do Congresso
14h/17h - Minicursos:
1. Pesquisa Sociopoética: corpo, emoção e autogestão na
produção de conhecimento – Profa. Dra. Adriane Ferrarini
(RS/Brasil)
2. Logoterapia – Lic. Yolanda Esper (Argentina)
3. Diálogo, narrativa e colaboração num encontro generativo
com a Terapia Comunitária Integrativa – Profa. Dra. Sylvia
London (México) e Profa. Dra. Marilene Grandesso
(SP/Brasil)
4. Espiritualidade, meditação e a saúde mental, corporal e
relacional do terapeuta – Prof. Dr. Mauro Mendonça
(GO/Brasil)
5. Abordagem centrada na solução – Psic. Riccardo Rodari
(Suíça)
13/09
18h30 - Atividade cultural
19h30 - Cerimônia de Abertura
20h - Conferência de Abertura: Prof. Dr. Adalberto Barreto
(CE/Brasil) - Coordenação: Profa. Dra. Marilene Grandesso
(SP/Brasil) - Presidente do IX Congresso Brasileiro de TCI –
21h Coquetel de abertura
14/09
8h – Acolhimento: músicas, piadas, brincadeiras – Subcomissão de
Cultura.
9h – Conferência Internacional – Estratégias coletivas para superar
adversidades – Convidados: Profa. Maria Elena Lopez Vinader
(Argentina), Profa. Dra. Sylvia London (México) e Pisc. Riccardo
Rodari (Suíça) Coordenação: Profa. Dra. Nora Jacquier (Argentina) –
Presidente do VI Congresso Internacional de TCI
11h – Vivência: Prof. Dr. Adalberto Barreto (CE/Brasil) -
Coordenação: Selma Hinds (RJ/Brasil)
14/09 14h - Comunicação oral
16h30 - Oficinas
14/09 18h45 – Atividade Cultural
19h – Cerimônia de Certificação Turma Marli Olina
19h30 – Mesa com autores - Lançamento de livros
15/09
8h – Acolhimento: músicas, piadas, brincadeiras – Subcomissão de
Cultura
9h – Mesa: Estratégias de Pesquisa qualitativa na comunidade -
panorama e possibilidades. Convidada: Profa. Dra. Rosa Macedo
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Anais do IX Congresso Brasileiro e VI Congresso Internacional de TCI – Porto Alegre / 2017
(SP/Brasil). Debatedores: Prof. Dr. Emerson Rasera (SP) e Profa. Dra.
Marília Veronese (RS) - Coordenação: Profa. Dra. Ana Lúcia Horta –
Coordenadora do Encontro de Pesquisa.
11h - Mesa - Produção Científica em TCI e Cuidando do Cuidador –
Dra. Maria da Graça Pedrazzi Martini (PR/Brasil), Dra. Maria Lucia
de Andrade Reis (MG/Brasil) e Profa. Dra. Maria Djair Dias
(PB/Brasil) - Coordenação: Profa. Dra. Celina Daspett (SP/Brasil)
15/09 14h - Sessão de Pôster
14h – Encontro dos Polos Formadores e Polos de Cuidado –
ABRATECOM
16h30 - Roda de TCI – Prof. Dr. Adalberto Barreto (CE/Brasil) e
Dr. Airton Barreto (CE/Brasil)
15/09 18h30 - Assembleia Geral Ordinária ABRATECOM
20h30 - Jantar por adesão
16/09
8h - Acolhimento: músicas, piadas, brincadeiras – Subcomissão de
Cultura.
9h - Conferência Final: Tema - Resiliência: superar desafios – Prof.
Dr. Adalberto Barreto (CE/Brasil) e Profa. Dra. Sandra Cabral
(RJ/Brasil) - Coordenação: Presidente ABRATECOM (nova gestão).
11h – Entrega do Prêmio Marli Olina de Souza
11h30 - Cerimônia de encerramento – Coordenação: Comissão
Organizadora do Congresso
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Anais do IX Congresso Brasileiro e VI Congresso Internacional de TCI – Porto Alegre / 2017
EIXOS TEMÁTICOS EIXO I - A TCI E A DIVERSIDADE: Este eixo contempla trabalhos teórico-práticos e de
pesquisas que incluam a diversidade nas distintas manifestações:
1.1 - TCI e inclusão social;
1.2 - TCI e justiça social;
1.3 - TCI e diversidade social.
EIXO II - TCI E A RESILIÊNCIA: Este eixo contempla os trabalhos teórico-práticos e de
pesquisa que apresentem a atuação do terapeuta como facilitador de processos de
fortalecimento de indivíduos, famílias, comunidades e redes; trabalhos que compartilhem
possibilidades de enfrentamento de adversidades como caminho para a superação e
crescimento pessoal e/ou comunitário, e trabalhos que fortaleçam a pessoa do terapeuta a
serviço de sua saúde e resiliência:
2.1 - TCI: das adversidades à superação e crescimento pessoal, social e comunitário
2.2 - TCI e resiliência pessoal e comunitária
2.3 - TCI, transformações sociais e sustentabilidade
2.4 - Espiritualidade e resiliência
2.5 - Humor e resiliência
2.6 - Favorecendo a resiliência: fatores relevantes
2.7 - A pessoa do terapeuta: cuidando da saúde emocional, corporal e relacional e
fortalecimento pessoal.
EIXO III – TCI nas situações de crises, traumas e catástrofes: Inserem-se neste eixo os
trabalhos teórico-práticos e de pesquisa que focalizem a importância da TCI para lidar com
situações de crises graves, situações traumáticas e formas distintas de catástrofes:
3.1 - TCI nas situações de crises graves e traumas;
3.2 - TCI nas catástrofes sociais;
3.3 - TCI e conscientização da força comunitária nas grandes adversidades;
3.4 – TCI nas redes sociais.
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Anais do IX Congresso Brasileiro e VI Congresso Internacional de TCI – Porto Alegre / 2017
Sumário FICHA CATALOGRÁFICA ................................................................................................................................ 2 APRESENTAÇÃO ................................................................................................................................................. 7 PROGRAMAÇÃO CIENTÍFICA ........................................................................................................................ 8 EIXOS TEMÁTICOS .......................................................................................................................................... 10
MODALIDADE: MINICURSOS........................................................................................................................ 14
DIÁLOGO, NARRATIVA E COLABORAÇÃO NUM ENCONTRO GENERATIVO COM A TERAPIA
COMUNITÁRIA INTEGRATIVA. ................................................................................................................... 14 ESPIRITUALIDADE, MEDITAÇÃO E A SAÚDE MENTAL, CORPORAL E RELACIONAL DO
TERAPEUTA. .................................................................................................................................................... 16 PESQUISA SOCIOPOÉTICA: CORPO, EMOÇÃO E AUTOGESTÃO NA PRODUÇÃO DE
CONHECIMENTO. ........................................................................................................................................... 17 LOGOTERAPIA DE VIKTOR EMIL FRANKL: FUNDAMENTOS Y APLICACIONES ............................. 18 ABORDAGEM CENTRADA NA SOLUÇÃO ................................................................................................. 19
MODALIDADE: COMUNICAÇÃO ORAL - EIXO I ..................................................................................... 20
EIXO I - A TCI E A DIVERSIDADE: ......................................................................................................................... 20 EFEITO DA TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA NO CONTROLE DA HIPERTENSÃO
ARTERIAL SISTÊMICA: RELATO DE CASO DO SUL DO BRASIL ...................................................... 22 MODALIDADE COMUNICAÇÃO ORAL – EIXO II.................................................................................... 23
EIXO II - TCI E A RESILIÊNCIA: .............................................................................................................................. 23 A TERAPIA COMUNITÁRIA NO CUIDADO DE UNIVERSITÁRIOS EM PROGRAMA
EXTRACURRICULAR DE MENTORING. ................................................................................................. 23 O ENSINO CURRICULAR DA TERAPIA COMUNITÁRIA NA GRADUAÇÃO DE MEDICINA COMO
ESTRATÉGIA DE CUIDADO EM SAÚDE. ................................................................................................ 26 ACIERTOS Y DIFICULTADES DE LA EXPERIENCIA DE IMPLANTAR LA TCI EN LA
PREFECTURA DE RECOLETA, COMO PARTE DE UN MODELO DE PROMOCIÓN DE SALUD
MENTAL COMUNITARIA CON ENFOQUE TERRITORIAL. ................................................................. 28 TERAPIA COMUNITÁRIA NA REINSERÇÃO PSICOSSOCIAL DE PACIENTES COM
TRANSTORNOS DEPRESSIVOS DO CAPS-HU EM JUIZ DE FORA ..................................................... 30 RESILIÊNCIA E ENFRENTAMENTO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA EM TERAPIA
COMUNITÁRIA INTEGRATIVA EM UM CENTRO DE REABILITAÇÃO DE CACHOEIRA-BA. ...... 32 FAMÍLIAS EM SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE SOCIAL: SEUS SONHOS A PARTIR DE UM
OLHAR APRECIATIVO ............................................................................................................................... 34 TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA EM FACE ÀS POTENCIALIDADES E PROCESSOS DE
SUPERAÇÃO ................................................................................................................................................ 35 QUANDO A BOCA FALA, O CORPO ACALMA:IMPLANTAÇÃO DE RODAS DE TERAPIA
COMUNITÁRIA INTEGRATIVA PARA INTERVIR NOS PROBLEMAS DE SAÚDE MENTAL DE
UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ....................................................................................................... 37 TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA: ACOLHIMENTO HUMANIZADO, PROMOTORA DE
VINCÚLOS E FORTALECEDORA DE REDES EM COMUNIDADE. ..................................................... 39 “AME, MAS NÃO SOFRA” - TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA NO ATENDIMENTO A
FAMILIARES DE DEPENDENTES QUÍMICOS. ....................................................................................... 42 O AMOR COMO FERRAMENTA DE TRABALHO NA CAPACITAÇÃO EM TCI ................................ 44 TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA NA POLÍTICA DISTRITAL DE PRÁTICAS
INTEGRATIVAS EM SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL – ATUAÇÃO DA COORDENAÇÃO
TÉCNICA ....................................................................................................................................................... 45 TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA NA FORMAÇÃO DE EDUCADORES POLÍTICOS
SOCIAIS EM GERONTOLOGIA NA UNB ................................................................................................. 46
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Anais do IX Congresso Brasileiro e VI Congresso Internacional de TCI – Porto Alegre / 2017
INTER-AGINDO NA ESCOLA PÚBLICA ATRAVÉS DA TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA
EM CAMPINAS, SÃO PAULO. ................................................................................................................... 48 IMAGENS QUE FALAM: PROGRAMA DE ACOLHIMENTO AOS ALUNOS DA
UNESP/ARARAQUARA E TERAPIA COMUNITÁRIA ............................................................................ 50 INTERFACES ENTRE A TERAPÊUTICA INTEGRAL NOS MILAGRES DE JESUS E A TCI .............. 52 DO DESERTO DOENTE AO OÁSIS RESILIENTE .................................................................................... 53 TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA E FAMÍLIA: TRABALHANDO A AUTOESTIMA
FRENTE AO CONVÍVIO COM O SOFRIMENTO PSÍQUICO .................................................................. 55 PARA MANTER ACESA A CHAMA DA ESPERANÇA: A TERAPIA COMUNITÁRIA, TCI, COMO
ESTRATÉGIA DE RESILIÊNCIA NAS INCERTEZAS DO COTIDIANO BRASILEIRO. ...................... 57 O USO DAS PARLENDAS NA TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA ......................................... 58 CUIDANDO A LOS CUIDADORES EN LA UNAM. ................................................................................. 60 BEM-ESTAR E RESILIÊNCIA: CONVERGÊNCIAS ENTRE PSICOLOGIA POSITIVA E TERAPIA
COMUNITÁRIA INTEGRATIVA NA SAÚDE MENTAL ENTRE IDOSOS. ........................................... 62 A TRAJETÓRIA DE IMPLANTAÇÃO DA TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA NO
MUNICÍPIO DE CACHOEIRINHA ............................................................................................................. 64 TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA: SUPORTE TERAPÊUTICO PARA FAMILIARES NO
CTI ................................................................................................................................................................. 65 UMA ANALISE ESTRATÉGICA DO PROCESSO DE IMPLEMENTAÇÃO DA REDE DE ATENÇÃO
EM SAÚDE MENTAL NO MUNICÍPIO DE SANTA TEREZINHA DE ITAIPU: AS RODAS DE
TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA COMO UM INSTRUMENTO DE EDUCAÇÃO
PERMANENTE EM SAÚDE ........................................................................................................................ 67 MODALIDADE: PÔSTER ................................................................................................................................. 69
EIXO I - A TCI E A DIVERSIDADE: ......................................................................................................................... 69 TCI E A INCLUSÃO SOCIAL DE ADOLESCENTES DEFICIENTES VISUAIS ..................................... 69 ACOLHENDO SOFRIMENTO E COLHENDO PÉROLAS. ....................................................................... 71 GRUPO DE TERAPIA COMUNITARIA SEMENTES DO AMANHÃ ...................................................... 73
EIXO II - TCI E A RESILIÊNCIA: ................................................................................................................... 75 RODAS DE TERAPIA COMUNITÁRIA COM ADOLESCENTES QUE CONVIVEM COM
FAMILIARES ALCOOLISTAS .................................................................................................................... 75 A INFLUÊNCIA DA ESPIRITUALIDADE SOBRE A SAÚDE MENTAL PESQUISA REALIZADA
COM PARTICIPANTES DA TERAPIA COMUNITÁRIA DO CENTRO DE ATENÇÃO
PSICOSSOCIAL (CAPS) DE CACHOEIRINHA-RS ................................................................................... 77 A TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA RESGATANDO A CIDADANIA DAS PESSOAS E
FAMILIARES EGRESSOS DE HOSPITALIZAÇÕES PSIQUIÁTRICAS. ................................................ 79 A TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA COM ADOLESCENTES EM SITUAÇÃO DE
VULNERABILIDADE SOCIAL: ESTRATÉGIA DE RESILIÊNCIA E CONSCIENTIZAÇÃO ............... 81 PROMOÇÃO DA SAÚDE E PREVENÇÃO DE COMPLICAÇÕES NA TERAPIA COMUNITÁRIA
INTEGRATIVA: SER MENINA E TORNAR-SE MULHER ...................................................................... 83 TCI- ESPAÇO GENTE E DIVERSIDADE SOCIAL ................................................................................... 85 OBSERVANDO A TERAPIA COMUNITÁRIA EM UM CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL:
RELATO DE EXPERIÊNCIA ....................................................................................................................... 87 VIVÊNCIAS EM TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA DA TURMA MARLI OLINA................ 89 CIRANDA DA ALEGRIA: TERAPIA COMUNITÁRIA E OUTRAS PRÁTICAS INTEGRATIVAS NO
FORTALECIMENTO DO INDIVIDUO CONTRA A DEPRESSÃO. ......................................................... 91 TCI E RESILÊNCIA PESSOAL E COMUNITÁRIA ................................................................................... 93 PAPO DE MULHERES NA ESTRATEGIA DE SAÚDE DA FAMILIA IMIGRANTE NORTE-CAMPO
BOM-RS ......................................................................................................................................................... 95 TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA COMO ESTRATÉGIA DE CUIDADO PARA MULHERES
QUE VIVENCIAM O CLIMATÉRIO ........................................................................................................... 97 RELATOS DE UMA EXPERIÊNCIA DE TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA COM
USUÁRIOS DE DROGAS E SEUS FAMILIARES: ESCUTA GENEROSA E CONVERSAÇÃO
DIALÓGICA .................................................................................................................................................. 99
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Anais do IX Congresso Brasileiro e VI Congresso Internacional de TCI – Porto Alegre / 2017
(RE) CONSTRUÇÃO DE SI NA INTERLOCUÇÃO DE DIVERSIDADES – VALORIZANDO SABER
POPULAR .................................................................................................................................................... 101 ENCONTROS INTERPESSOAIS E INTERCOMUNITÁRIOS PARA AUTONOMIA: DA
DEPENDÊNCIA AO EMPODERAMENTO .............................................................................................. 103 TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA (TCI) E O CONTROLE DE HIPERTENSÃO - RELATO
DE EXPERIÊNCIA- .................................................................................................................................... 105 TCI: DAS ADVERSIDADES À SUPERAÇÃO E CRESCIMENTO PESSOAL, SOCIAL E
COMUNITÁRIO. ......................................................................................................................................... 107 TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA: UM RECURSO INOVADOR NO FORTALECIMENTO
DE VÍNCULOS INTERPESSOAIS............................................................................................................. 108 MODALIDADE: OFICINAS ............................................................................................................................ 110
ATENÇÃO PLENA (MINDFULNESS) - EQUILÍBRIO EMOCIONAL E SAÚDE ..................................... 110 CONVIVÊNCIA É FORMA – VINCULO É RESULTADO ................................................................... 111 O QUE FAZ DE MIM UM TERAPEUTA COMUNITÁRIO? ....................................................................... 112 VIAGEM EM DIREÇÃO A UM FUTURO PREFERIDO: TRABALHANDO COM NARRATIVAS ......... 113 TRANSFORMANDO CRENÇAS QUE LIMITAM EM ATITUDES QUE LIBERTAM ............................. 115
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Anais do IX Congresso Brasileiro e VI Congresso Internacional de TCI – Porto Alegre / 2017
MODALIDADE: MINICURSOS
TÍTULO:
DIÁLOGO, NARRATIVA E COLABORAÇÃO NUM ENCONTRO
GENERATIVO COM A TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA.
Ementa:
Neste minicurso pretendemos conversar sobre o enfoque narrativo, colaborativo e a prática do
diálogo, enfatizando o encontro produtivo e generativo entre essas práticas e a TCI. Em
conversação com os participantes, é nossa intenção apresentar as bases das conversações
dialógicas e colaborativas e do enfoque narrativo, ressaltando a importância de combina-los
com a prática da TCI. Entendemos ser esse encontro um meio de ampliar possibilidades de
ressignificação de histórias a serviço de transformações produtivas para as comunidades e
seus membros.
Coordenação: Marilene Grandesso e Sylvia London
Psicóloga, Doutora em Psicologia Clínica,
psicoterapeuta de famílias, casais e indivíduos e
terapeuta comunitária. Fundadora e
coordenadora do Instituto INTERFACI,
referência para as práticas narrativas, práticas
colaborativas e dialógicas e Polo formador em
Terapia Comunitária. Coordenadora do
Certificado Internacional em Práticas
Colaborativas e Dialógicas (ICCP) pelo
INTERFACI, Houston Galveston Institute e
Taos Institute, desde 2011. Professora e
supervisora do curso de Terapia Familiar e de
Casal do NUFAC-PUC-SP
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Anais do IX Congresso Brasileiro e VI Congresso Internacional de TCI – Porto Alegre / 2017
Metodologia:
Estaremos promovendo conversação e reflexão entre os participantes em torno das bases para
o diálogo, a colaboração, a escuta de histórias e a TCI. Para isso, vamos nos valer de
apresentação oral sobre os fundamentos básicos dessas práticas e de exercícios vivenciais.
Terapeuta, docente, consultora,
supervisora e coach. É co-fundadora e
docente de Grupo Campos Elíseos,
docente do Houston Galveston Institute,
em Houston, Texas, e associada do Taos
Institute, coordenando o ICCP -
Certificado Internacional em Práticas
Colaborativas na Cidade do México,
Estados Unidos e em nivel internacional.
Terapeuta com prática privada, docente e
conferencista convidada em Universidades
e congressos no México e em outros
países.
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Anais do IX Congresso Brasileiro e VI Congresso Internacional de TCI – Porto Alegre / 2017
TÍTULO:
ESPIRITUALIDADE, MEDITAÇÃO E A SAÚDE MENTAL, CORPORAL E
RELACIONAL DO TERAPEUTA.
Ementa:
Teia pessoal, familiar, comunitária, coletiva e espiritual. Sensações, emoções, corpo, mente,
relações e espiritualidade. Merecimento e autoestima. Saúde e sofrimento. Prazer e dor.
Medos e desejos. Unidade e dualidade. Conexão e separação. Pertencimento e exclusão.
Silêncio e sons. Luz e sombra. Essência e aparência. Apreciação e crítica. Gratidão e carência.
Compaixão e competição. Sabedoria, verdade e justiça. Pensamentos e ruídos da mente.
Plenitude e vazio. Fé, esperança e Deus. Perdão e redenção. Alegria, paz e amor.
Coordenação: Mauro Elias Mendonça
Metodologia:
Minicurso teórico-experiencial com reflexões teóricas, vivências corporais, mentais e
interpessoais incluindo práticas meditativas no som e no silêncio, com olhos abertos e
fechados, no movimento e na quietude.
Médico psiquiatra, psicoterapeuta, monge e professor da
Universidade Federal de Goiás. Estudos de pós-graduação
em psicanálise, meditação, terapias sistêmicas,
fenomenológicas, analíticas e corporais (terapia comunitária
integrativa, constelação familiar, psicologia transpessoal,
análise bioenergética, terapia centrada no corpo, terapia
reichiana, biodança, yoga), saúde mental, saúde do
trabalhador, saúde coletiva, medicina preventiva e
homeopatia. Pratica meditações do oriente e ocidente.
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Anais do IX Congresso Brasileiro e VI Congresso Internacional de TCI – Porto Alegre / 2017
TÍTULO:
PESQUISA SOCIOPOÉTICA: CORPO, EMOÇÃO E AUTOGESTÃO NA PRODUÇÃO DE
CONHECIMENTO.
Ementa:
A sociopoética é um método autogestionário de construção coletiva de conhecimento, cujo
pressuposto básico é de que todos os saberes são iguais em direito e que é possível fazer da
pesquisa um acontecimento poiético (do grego, poiesis = criação). Ela foi criada pelo filósofo
Jacques Gauthier a partir de experiências vivenciadas com o povo indígena da Kanaky ou
Nova-Caledônia, no Pacífico. Para a pesquisa sociopoética, o corpo e a emoção são fontes de
conhecimento. Técnicas de relaxamento e artísticas são utilizadas para a emergência e
produção desses saberes recalcados.
Coordenação: Adriane Ferrarini
Metodologia:
Exposição dialogada dos fundamentos do método. Vivência de passos da sociopoética:
relaxamento, construção do tema, técnicas de escultura para produção de dados e socialização.
Professora e pesquisadora do Programa de Pós-graduação
em Ciências Sociais da Universidade do Rio dos Sinos
(UNISINOS) em São Leopoldo (RS). Graduada e mestre em
Serviço Social e doutora em Sociologia pela UFRGS
(2007), com doutorado sanduíche no Centro de Estudos
Sociais (Universidade de Coimbra/ Portugal). Coordenadora
do Grupo de Pesquisa em Economia Solidária (Ecosol) -
diretório CNPq. Tem experiência em ensino, pesquisa,
extensão universitária e consultoria nas áreas de política
social e economia solidária. Possui especialização em
Terapia de Família e TCI pelo CAIFCOM.
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Anais do IX Congresso Brasileiro e VI Congresso Internacional de TCI – Porto Alegre / 2017
TITULO:
LOGOTERAPIA DE VIKTOR EMIL FRANKL: FUNDAMENTOS Y
APLICACIONES
Ementa:
Bases Filosoficas y Bases Científicas. Pilares de la Logoterapia - Valores-
Autodistanciamiento - Autotrascendencia – Tecnicas - Aplicaciones. Rol del logoterapeuta.
Coordenação: Yoklanda Esper
Metodología:
Mini curso - Teórico- vivencial.
Licenciada en Psicología . Universidad Nacional de Tucumán.
Posgrados: Violencia Familiar. Auditoría en Salud mental.
Formación en Logoterapia con el Dr. Ricardo Sardi. Fundadora
del Centro de Logoterapia de Tucumán, con Certificación
Internacional del Instituto Viktor Frankl de Viena- Austria.
Premio provincial del Gobierno de Tucumán a la innovacion-
2011. Organizadora de Congresos internacionales y nacionales
desde 2004 hasta el presente año. Expositora en Congresos
Nacionales e Internacionales. Psicoterapeuta- Logoterapeuta.
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Anais do IX Congresso Brasileiro e VI Congresso Internacional de TCI – Porto Alegre / 2017
TÍTULO:
ABORDAGEM CENTRADA NA SOLUÇÃO
Ementa:
A Abordagem Centrada na Solução (ACS) permite dar uma ajuda eficaz às pessoas em
dificuldade, em diversos tipos de intervenções (indivíduos, grupos, famílias, instituições,
terapia ou trabalho social). A ACS está focada no que dá certo, nos recursos e competências
das pessoas para acompanha-las na construção das próprias soluções. O modelo baseia-se
essencialmente em dos pilares: uma postura de não saber e técnicas de comunicação muito
afiadas que permitem ativar os recursos do outro.
Coordenação: Riccardo Rodari
Metodologia:
Depois de uma apresentação geral da Abordagem Centrada na Solução, os participantes
poderão experimentar algumas técnicas que podem ser utilizadas nas rodas de Terapia
Comunitária Integrativa.
Psicólogo, educador social, terapeuta comunitário,
mestrado em estudos do desenvolvimento. Desde
15 anos, é professor na Alta Escola de Trabalho
Social de Genebra (Suíça). Anteriormente,
trabalhou vários anos em diferentes países da
América Latina e da África na área do trabalho
comunitário. Envolvido na propagação da Terapia
Comunitária Integrativa na Europa.
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Anais do IX Congresso Brasileiro e VI Congresso Internacional de TCI – Porto Alegre / 2017
MODALIDADE: COMUNICAÇÃO ORAL - EIXO I
EIXO I - A TCI E A DIVERSIDADE:
Este eixo contempla trabalhos teórico-práticos e de pesquisas que incluam a diversidade nas
distintas manifestações:
1.1 - TCI e inclusão social;
1.2 -TCI e justiça social e
1.3 - TCI e diversidade social.
RELATO DE EXPERIÊNCIA DE RESIDENTES
MULTIPROFISSIONAIS SOBRE RODA DE TERAPIA COMUNITÁRIA
INTEGRATIVA
Autoria: Monique Scapinello, Dayane Degner Ribeiro Brasil e Joze Karlem da Silva
Teixeira.
Introdução: Grande parte das atividades desenvolvidas pelas pessoas, desde os seus
primórdios, são realizadas em grupo. Na década de 60 as técnicas grupais se intensificaram a
fim de potencializar o desenvolvimento da sensibilidade, das trocas, da inclusão, da autonomia
entre outros. Assim, os grupos se fazem necessários nos serviços de saúde, em especial, nos
que se destinam à atenção de pessoas em sofrimento psíquico. Aqui se discorrerá de um grupo
em específico, o grupo de Roda de Terapia Comunitaria Integrativa (TCI). A TCI se constitui
num movimento de troca de experiências e de sabedoria, no qual o acolhimento e o respeito ao
outro são importantes, sendo todos responsáveis na busca de intervenções para os problemas e
sofrimentos existentes. Objetivo: Elucidar a experiência de residentes multiprofissionais com
a TCI em espaços de promoção e de cuidado em saúde mental. Metodologia: Relato de
experiência de residentes multiprofissionais em TCI em um CAPS II. A TCI é um grupo
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Anais do IX Congresso Brasileiro e VI Congresso Internacional de TCI – Porto Alegre / 2017
aberto e semanal. Tem duração de uma hora e meia e conta com a participação assídua dos
usuários, em torno de 15. Resultados: A Roda de Terapia Comunitária Integrativa
proporciona o fortalecimento dos vínculos, da inclusão e das interações sociais,
desmistificando preconceitos e estereótipos existentes. Ademais, permite intervenções nos
problemas e nos conflitos trazidos e compartilhados pelos usuários. A partir do encontro com
a diversidade de experiências e de histórias de vida, é possível a reconquista de um espaço
comunitário saudável, no qual são encontrados valorização, superação e confiança. Durante
cada encontro, há troca de vivências e sentimentos, como também o compartilhamento de
canções, poesias e poemas durante as dinâmicas grupais. Discussão: Usuários, com distintas
histórias de vida e projetos terapêuticos, muitas vezes com dificuldade de socialização ou de
expressão de seus sentimentos podem obter potentes benefícios na TCI do CAPS II. Através
de dinâmicas, os usuários podem experienciar diferentes maneiras de expressarem o que
sentem, levando as reflexões para o dia a dia a fim da construção de bem viver e de
entendimento frente as questões que os atravessam e muitas vezes dificultam na inclusão em
sociedade. Percebe-se um grande pertencimento e vínculo dos usuários com o grupo e com os
profissionais participantes da Terapia. Conclusão: A Roda de Terapia Comunitária Integrativa
se mostra como uma estratégia potente enquanto tecnologia de cuidado leve na perspectiva da
construção de redes de bases comunitárias para resolução de conflitos. A vivência grupal
proporciona reflexão sobre a maneira de estar no mundo, valores, direitos e relações com a
coletividade. Quando implementada de maneira criativa e adequada, proporciona uma
atmosfera de aceitação e ânimo para discussão e reflexão sobre novas atitudes.
Palavras-Chave: Residentes Multiprofissionais. Terapia Comunitária Integrativa. CAPS.
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Anais do IX Congresso Brasileiro e VI Congresso Internacional de TCI – Porto Alegre / 2017
EFEITO DA TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA NO CONTROLE DA
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA: RELATO DE CASO DO SUL DO
BRASIL
Autoria: Milene Zanoni da Silva, Chayanne Federhen, Sandriane Kalamar Martins, Fabiana
Sá, Taísa Adamowicz, Tânia Madureira Dalallana, Walfrido Kühl Svoboda
O objetivo deste relato de caso é descrever a evolução do caso de uma usuária com
diagnóstico de hipertensão arterial sistêmica(HAS) durante sua participação em rodas de
Terapia Comunitária Integrativa (TCI), no Ambulatório de Saúde Mental do Hospital de
Clínicas da Universidade Federal do Paraná, durante o período de setembro/2014 a
dezembro/2014. Os dados foram obtidos mediante acompanhamento por roteiro semi-
estruturado, aferição da pressão arterial (PA), avaliação do estado emocional pela Escala de
Faces Likert (pré e pós rodas de TCI) e acompanhamento durante a TCI. Os documentos
usados foram receitas médicas, exames e procedimentos realizados. Relato de caso: mulher,
74 anos, casada, branca, com diagnóstico clínico de depressão e HAS, histórico de 10
cirurgias cardíacas, graves crises depressivas, tentativas de suicídio,automutilação e
polimedicação (Fluoxetina, Clonazepam, Atorvastatina, Ácido Acetilsalicílico,
Enalapril, Hidroclorotiazida e Omeprazol). A paciente participou de 10 rodas de TCI. Na
primeira participação,a paciente apresentou PA de 162/92 mmHg, antes da intervenção, e
195/93 mmHg, depois.Em sua última participação, a PA foi de 110/68mmHg, antes, e
125/72mmHg, depois do encontro. Em anamnese, a paciente relatou que, no período de
realização das rodas de TCI, sua PA havia atingido níveis de normalidade, os sintomas
depressivos estavam menos intensos e não havia mais se automutilado. A melhora da PA
estaria atrelada à melhora em seu estado emocional resultante da capacidade resiliente de lidar
com os problemas, percepção de amor, acolhimento e cuidado nos encontros, bem como a
oportunidade de falar de seus sofrimentos nas rodas de TCI. Durante o período estudado, não
houve nenhuma alteração terapêutica além do início da participação nas rodas. Assim, foi
possível observar controle da HAS e melhora emocional da paciente, decorrentes de sua
participação nas rodas de TCI.
Palavras-chaves: Hipertensão Arterial, Terapia Comunitária, Ambulatório Saúde Mental.
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Anais do IX Congresso Brasileiro e VI Congresso Internacional de TCI – Porto Alegre / 2017
MODALIDADE COMUNICAÇÃO ORAL – EIXO II
EIXO II - TCI E A RESILIÊNCIA:
Este eixo contempla os trabalhos teórico-práticos e de pesquisa que apresentem a atuação do
terapeuta como facilitador de processos de fortalecimento de indivíduos, famílias,
comunidades e redes; trabalhos que compartilhem possibilidades de enfrentamento de
adversidades como caminho para a superação e crescimento pessoal e/ou comunitário, e
trabalhos que fortaleçam a pessoa do terapeuta a serviço de sua saúde e resiliência:
2.1 - TCI: das adversidades à superação e crescimento pessoal, social e
comunitário
2.2 - TCI e resiliência pessoal e comunitária
2.3 - TCI, transformações sociais e sustentabilidade
2.4 - Espiritualidade e resiliência
2.5 - Humor e resiliência
2.6 - Favorecendo a resiliência: fatores relevantes
2.7 - A pessoa do terapeuta: cuidando da saúde emocional, corporal e relacional e
fortalecimento pessoal.
A TERAPIA COMUNITÁRIA NO CUIDADO DE UNIVERSITÁRIOS EM PROGRAMA
EXTRACURRICULAR DE MENTORING.
Autoria: Mauro Elias Mendonça
Introdução: No universo de atividades profissionais, a área de saúde, ao lado da educação,
encontra-se no topo de maior vulnerabilidade para sofrimento mental e psicossomático.
Durante a formação médica, o modelo hegemônico de ensino mecanicista, o contato direto
com a dor humana, o volume de informações e a alta carga horária de atividades, tem como
consequência a redução da qualidade de vida do acadêmico, fato que tem sido objeto de pouco
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Anais do IX Congresso Brasileiro e VI Congresso Internacional de TCI – Porto Alegre / 2017
ou nenhum cuidado por parte da instituição formadora. Desde de 2015, a Universidade
Federal de Goiás (UFG) executa o programa extracurricular de Mentoring, como apoio e
suporte aos estudantes no formato de disciplina de Núcleo Livre. A Terapia Comunitária
Integrativa (TCI) é utilizada como estratégia de cuidado nesse programa. Objetivo: Descrever
e analisar o uso da Terapia Comunitária no cuidado de universitários em programa extra
curricular de mentoring. Metodologia: Estudo descritivo com análise de conteúdo.
Participaram do estudo todos os 12 estudantes de medicina de um grupo tutorial de Mentoring
da UFG que utilizou a TCI como recurso, do total de 10 grupos, no final de 2016. Foi aplicado
um autoquestionário semiestruturado no final do semestre, sobre a motivação ao inscrever-se
no programa, quais características do mentor e de sua abordagem necessitariam, quais dessas
encontraram em seu grupo e o que recebeu como principais contribuições em seu processo nos
encontros. As respostas foram processadas e categorizadas. Resultados: Todos os
participantes responderam todos os itens da autoentrevista. Quanto à motivação, houve um
predomínio de compartilhar (“integrar”, “criar vínculos”, “compartilhar”, “socializar”),
seguida de apoio para enfrentamento para questões pessoais (“emocionais”, “familiares”) e
acadêmicas (“excesso de conteúdo”, “excesso de carga horária”, “cobrança de agilidade com
foco na patologia”, em detrimento do “ser e o sentir do paciente”. Com relação às
características desejadas na abordagem/mentor, prevaleceu a competência afetiva
(“compassividade”, “bom humor”, “otimismo”, “esperança”) seguida de sabedoria (“saber
ouvir”, “saber perguntar”, “saber mediar”, “compreensão”), sendo todas elas, conforme
referido por eles, encontradas em seu grupo. Como relato do que mais receberam no
programa, foram mais prevalentes: o aprender a compartilhar, desenvolver empatia, valorizar
e aprender com a própria experiência e dos colegas. Discussão: Os resultados encontrados são
compatíveis com investigações sobre a saúde do estudante de medicina, quanto ao sofrimento
exacerbado diante da realidade enfrentada na educação médica. O treino na mecanização do
ato médico em nome da boa atenção técnica à doença é apontado na literatura como um
grande agravante neste contexto, pois para tentar não se envolver com o outro, endurece e se
desconecta de suas próprias emoções humanas, que retornam mais intensas e dolorosas. O
cuidador também requer cuidado para melhor oferecer cuidado humanizado. Neste sentido, a
TCI oferece outra perspectiva, contribuindo na saúde e ainda, de maneira integrativa e
complementar, na formação vivencial do estudante. Considerações Finais: Neste estudo, a
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Anais do IX Congresso Brasileiro e VI Congresso Internacional de TCI – Porto Alegre / 2017
Terapia Comunitária mostrou-se como importante estratégia de cuidado regular de Mentoring,
indo de encontro às expectativas dos estudantes de medicina que buscaram e participaram
desta experiência, onde puderam acolher a diversidade, garimpar pérolas e superar desafios
.
Palavras-Chave: Mentoring. Terapia Comunitária Integrativa. Ensino Médico.
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Anais do IX Congresso Brasileiro e VI Congresso Internacional de TCI – Porto Alegre / 2017
O ENSINO CURRICULAR DA TERAPIA COMUNITÁRIA NA GRADUAÇÃO DE
MEDICINA COMO ESTRATÉGIA DE CUIDADO EM SAÚDE.
Autoria: Mauro Elias Mendonça
INTRODUÇÃO: o aprendizado de abordagens comunitárias é um grande desafio do ensino da
clínica ampliada e da saúde coletiva. A terapia comunitária integrativa (tci) é uma
metodologia simples de cuidado solidário, realizada em estratégias de acolhimento, vínculo e
responsabilização por meio da palavra e de dinâmicas integrativas. Na graduação de medicina
da universidade federal de goiás (ufg), utiliza-se a tci, desde 2001, como contribuição nesta
perspectiva. Objetivo: descrever a utilização da terapia comunitária integrativa como
estratégia de ensino do cuidado em saúde na formação médica. Metodologia: estudo
descritivo exploratório com análise de conteúdo oral em grupo focal depois de desenvolvida a
ação. Participaram do estudo todos os 55 estudantes do quarto ano de medicina da ufg que
cursaram, curricularmente, no segundo semestre de 2016, a disciplina de saúde mental
coletiva, onde a tci é utilizada como estratégia de ensino. No final da disciplina foi realizado
um grupo focal de apreciação, registro e análise. Resultados: na ufg, a tci acontece em dois
momentos curriculares com um grupo de 24 a 30 estudantes de medicina por vez, em
atividade de saúde mental coletiva, em um módulo do quarto ano, acompanhados por
professor facilitador. A primeira atividade é uma roda e no encontro seguinte discuti-se o
histórico, os princípios teóricos e metodológicos, bem como a aplicabilidade da tci. No final
do módulo, são apreciadas as atividades. Os estudantes relataram perceber como a roda de tci
é capaz de aumentar a consciência sobre os seus principais problemas pessoais e acadêmicos e
sobre os recursos que podem ser utilizados para resolvê-los. Após a atividade prática,
referiram o encontro de apoio em si mesmo e no grupo, ampliando o vínculo e a rede de
solidariedade. Discussão: os acadêmicos experimentaram, através da tci, como pode ser feita
uma prática horizontal no apoio comunitário, por meio de um compartilhamento de
experiências, o que facilita a conscientização e o empoderamento das próprias pessoas. Em
uma unidade de saúde, esta prática pode ser de muita ajuda na ampliação do vínculo interno
da própria equipe e desta com a população, além de ampliar sua compreensão do processo
saúde-doença. Pode assim potencializar o cuidado integral em saúde no território, com
promoção de saúde, alívio e prevenção do sofrimento mental e da somatização de doenças,
uma vez que quando a boca cala, o corpo fala. Nesta perspectiva de cuidado, aspectos
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Anais do IX Congresso Brasileiro e VI Congresso Internacional de TCI – Porto Alegre / 2017
importantes da contribuição da tci podem proporcionar a vigilância em saúde no território,
facilitando o planejamento local e o projeto terapêutico singular, bem como funcionar como
importante recurso na ampliação de vínculos comunitários. Considerações finais: nesta roda
de terapia comunitária integrativa os estudantes aprenderam vivencialmente e através da
reflexão teórica, sobre o uso desta metodologia na prática coletiva de promoção e cuidado
integral em saúde. A utilização da tci, como estratégia de abordagem comunitária, nesta
experiência, na percepção dos estudantes, muito pode contribuir na formação médica como
recurso no enfrentamento de problemas que são comuns a eles próprios e à população.
Palavras-Chave: ensino médico. Terapia comunitária integrativa. Metodologia de ensino
aprendizagem.
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Anais do IX Congresso Brasileiro e VI Congresso Internacional de TCI – Porto Alegre / 2017
ACIERTOS Y DIFICULTADES DE LA EXPERIENCIA DE IMPLANTAR LA TCI EN LA
PREFECTURA DE RECOLETA, COMO PARTE DE UN MODELO DE PROMOCIÓN DE
SALUD MENTAL COMUNITARIA CON ENFOQUE TERRITORIAL.
Autoria: Corporación Escuchar, Chile
El modelo se estructuró en torno a una formación de Terapeutas Comunitarios de 250 horas, al
que postularon funcionarios y vecinos, y que desarrolló Corporación Escuchar en 2016.
Durante el año se instalaron unos 17 Círculos Comunitarios, en unidades vecinales, centros
comunitarios, consultorios y casas particulares. Aunque los módulos finalizaron en
noviembre 2016, los monitores continúan su actividad hasta ahora, totalizando 4.600
atenciones a los vecinos. Varios CC reúnen a adultos mayores, que sienten haber encontrado
en el Círculo una red de apoyo que muchos califican como "una familia". Una experiencia
relevante han sido los Círculos en escuelas, con niños desde 10 años. Logros principales del
programa:- construir un equipo de "activistas por el desarrollo y la salud comunitaria". La
pasión y el compromiso con que persisten en tu tarea es un ejemplo de motivación que
sorprende en la prefectura y el MINSAL.- “institucionalizar” el programa, al incorporar una
"coordinadora de CC" al municipio; y próximamente, incorporar los CC como prestación de la
salud municipal, integrando sistemas y procesos; y el pago de un estipendio a los monitores,
para reconocer también en lo económico su aporte en promoción de salud. - continuidad, con
el inicio de una nueva formación a fines de este mes.Estos han sido posibles gracias a la
valoración de los resultados: MINSAL ha premiado el programa como la mejor Buena
Práctica regional en promoción de salud, con un fondo que financia su continuidad, y ha
destinado otro fondo para una nueva formación de Terapeutas Comunitarios.
Que ha hecho posible estos resultados? En lo internacional, la experiencia de Brasil en TCI
como promoción de salud.En lo nacional, una presidenta orientada a la participación y un
MINSAL que declara enfoque de salud familiar como su estrategia. En lo local, un prefecto
comprometido con la comunidad y decidido a hacer realidad estas declaraciones y a llevar la
salud a la comunidad y al territorio, y una Directora de Salud liderando el proceso.Como
Corporación, con la responsabilidad de ser parte de programa del gobierno municipal y
asegurar calidad, instalamos un sistema de supervisión, retroalimentación y entrenamiento en
terreno; que creemos fue clave en el compromiso activista de los monitores, que se sintieron
acompañados en su labor. Asimismo, instalamos sistemas de medición de satisfacción y de
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Anais do IX Congresso Brasileiro e VI Congresso Internacional de TCI – Porto Alegre / 2017
registro de los CC, que ya con una práctica habitual de los monitores. Ha sido relevante la
experiencia de los CC en escuelas municipales, gracias a la iniciativa y empuje de una
monitora. Se han realizado unos 200 CC para estudiantes de 6º a 8º básico, inicialmente
“enviados” por sus profesores, y que ahora asisten voluntariamente, lo que ha enriquecido
notablemente al CC. En la próxima formación incorporaremos un espacio que prepare a los
monitores para el trabajo con niños. Mantendremos otros aspectos que fueron un aporte en el
proceso anterior: autoconocimiento desde el eneagrama, la práctica de meditación, y
participación territorial. Como resultado de la experiencia desarrollada, los Círculos y la
Terapia Comunitaria están en vías de ser reconocidos por el MINSAL como práctica
complementaria en salud.
Palabras-Clave: Salud Comunitaria.Territorial
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Anais do IX Congresso Brasileiro e VI Congresso Internacional de TCI – Porto Alegre / 2017
TERAPIA COMUNITÁRIA NA REINSERÇÃO PSICOSSOCIAL DE PACIENTES COM
TRANSTORNOS DEPRESSIVOS DO CAPS-HU EM JUIZ DE FORA
Autoria Ana Lúcia da Costa Silva
Introdução- A prática em saúde mental tem exigido novo olhar sobre o sofrimento psíquico,
onde novas abordagens terapêuticas devem ser testadas e praticadas. Os CAPS, dentro da atual
política de saúde mental do MS são dispositivos estratégicos para a organização da rede de
atenção em saúde mental, lugar onde se pode exercitar o cuidado em saúde e a cidadania do
portador de sofrimento mental. No Brasil, a prevalência da depressão é de 25%, sendo a
alteração afetiva mais estudada e falada na atualidade. Classificada como transtorno de humor,
ela altera as atitudes dos sujeitos modificando a percepção de si mesmo, passando a enxergar
suas problemáticas como grandes catástrofes. Apresenta-se a contribuição da Terapia
Comunitária como abordagem de reinserção psicossocial de pacientes com transtornos
depressivos do Centro de Atenção Psicossocial – CAPS em Juiz de Fora. Técnica terapêutica
que proporciona a fala, facilitando a construção da rede entre as pessoas. Objetivos:
Investigar a Terapia Comunitária como estratégia no tratamento e prevenção da depressão;
verificar as mudanças provocadas pelo atendimento em grupo através da TC nos pacientes
depressivos, identificar os aspectos que motivam e desmotivam os pacientes a participarem do
Grupo Terapêutico. Metodologia: Estudo realizado com 15 indivíduos que apresentam
transtornos depressivos tendo como critério de inclusão pacientes com depressão maior, com
boa efetividade em grupo. Utilizando a Terapia Comunitária por sua valorização da
interdisciplinaridade, rompendo com a concepção de especialidade corporativista,
possibilitando uma integração dos diversos saberes. Realização de 20 rodas de TC, de
1h40min cada roda, uma vez por semana. Resultados: Melhora por parte dos usuários de sua
capacidade de insight sobre sua doença; adesão ao tratamento tanto medicamentoso como
psicoterápico; melhora dos sentimentos de tristeza e medo, oportunizando a sair do
isolamento, fortalecimento dos vínculos. Ficou claro, através deste grupo estudado, a
distinção entre sofrimento e patologia. O sofrimento precisa ser acolhido e a comunidade deve
assumir sua co-responsabilidade na atenção à saúde. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A
Terapia Comunitária mostrou-se um recurso eficaz para investigação e intervenção nos
quadros de depressão e saúde mental, com este instrumento foi possível identificar os
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Anais do IX Congresso Brasileiro e VI Congresso Internacional de TCI – Porto Alegre / 2017
indicadores psicossociais do sofrimento que acomete a esses usuários tais como: ansiedade e
estresse relacionados às dificuldades vivenciadas, conflitos familiares, uso e abuso drogas,
violência doméstica, queixas somáticas, conflitos sociais, desemprego e carências dos
elementos básicos à sobrevivência, sofrimentos estes recorrentes nas rodas de TC, e
prevalentes na depressão. Foi possível perceber que o uso desta técnica quando aplicada na
Rede de atenção Psicossocial contribui para um atendimento terapêutico e humanizado,
ajudando na formação de redes solidárias, estabelecendo vínculos saudáveis.
Palavras-Chave: Terapia Comunitária-Depressão-Caps -Saúde mental.
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Anais do IX Congresso Brasileiro e VI Congresso Internacional de TCI – Porto Alegre / 2017
RESILIÊNCIA E ENFRENTAMENTO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA EM TERAPIA
COMUNITÁRIA INTEGRATIVA EM UM CENTRO DE REABILITAÇÃO DE
CACHOEIRA-BA.
Autoría: Juradi Santos Machado e Felipe de Novaes Coelho
A Terapia Comunitária Integrativa é uma ferramenta que proporciona ao sujeito a
possibilidade de reconhecer no discurso do outro, suas próprias experiências o que criando
laços e um ambiente acolhedor, dessa forma constrói pontes entre sujeitos viabilizando novas
formas de interação e promovendo saúde mental. O presente artigo tem como objetivo relatar
as experiências práticas de Terapia Comunitária Integrativa, através de uma intervenção
realizada em um Centro de reabilitação de álcool e drogas de Belém na cidade de Cachoeira-
BA. Pretende-se com este trabalho debater a importância da terapia comunitária integrativa
como abordagem terapêutica que tem como objetivo conscientizar e responsabiliza o sujeito
de sua condição, com vistas a devolver-lhe autonomia. Tendo como base uma abordagem
qualitativa, que adentra nas experiências dos sujeitos de forma singular, o objetivo das sessões
era de promover interação, acolhimento e debater assuntos pertinentes a vida dentro e fora do
centro de reabilitação. As atividades foram realizadas em um grupo que possui cerca de 6
internos. O local foi escolhido, devido a necessidade dos integrantes do grupo de uma
atividade de integração que pudesse trabalhar inicialmente as questões mais relevantes para a
reabilitação e reintegração dos mesmo na sociedade. Em média as intervenções tinham tempo
de duração de uma hora. Foram realizadas 4 rodas terapêuticas, em que forma discutidos os
seguintes temas: família, recuperação: a vida após o tratamento, perdão, dinheiro. As
intervenções foram realizadas durante os meses de abril e maio de 2017. Segundo Covalan e
Oliveira (2015) busca-se no espaço da Terapia Comunitária Integrativa proporcionar um
espaço de compartilhamento de experiência e sentimentos, além de ser um local de
acolhimento onde os recursos e competências do grupo desencadeiam uma ação terapêutica no
próprio grupo. Os momentos mais importantes da intervenção foram os quais os membros do
grupo foram incentivados a falar sobre as causas de seus sofrimentos, desta forma explorando
o tema a fundo e falando de suas experiências vividas relacionados a temática, é possível
nesse momento a troca de vivencias e o aprendizado mutuo, possibilitando para o membro do
grupo a possibilidade de produzir estratégias para lidar com o seu sofrimento e realizar um
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Anais do IX Congresso Brasileiro e VI Congresso Internacional de TCI – Porto Alegre / 2017
plano de ação. (MORAES, 2014). Percebe-se que as atividades realizadas durante as
intervenções puderam proporcionar um momento de integração do grupo, além disso foi
possível levantar questões que anteriormente não foram abordadas, desta forma foi possível
promover uma maior fluidez nas relações dos indivíduos do grupo e auxiliar no
autoconhecimento do sujeito e sua percepção como integrante.
Palavras-Chave – Terapia Comunitária Integrativa, Relato de Experiência, Intervenção.
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Anais do IX Congresso Brasileiro e VI Congresso Internacional de TCI – Porto Alegre / 2017
FAMÍLIAS EM SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE SOCIAL: SEUS SONHOS
A PARTIR DE UM OLHAR APRECIATIVO
Autoria: Denise Kopp Zugman1 Maria José S. M. Gois
2
Este artigo fala da importância do olhar apreciativo e a representatividade aos sonhos de
famílias em situação de vulnerabilidade social. Conhecemos seus sonhos em dois contextos.
Em unidades habitacionais e com grupos de mulheres. CONJUNTOS HABITACIONAIS
objetivo construir regras de convivência, fortalecendo a gestão condominial. Focou-se em
técnicas que atingissem as relações sociais, dores e sonhos. Realizamos cinco oficinas em
cada empreendimento. As ideias inovadoras foram postados em banners pendurados no salão
social dos empreendimentos, 70% do grupo eram mulheres e crianças. O PROJETO
TECENDO REDES focou-se em contos de tradição oral e oficinas de tear. Utilização dos
contos devido à universalidade de seus temas: amor, desamor, traição, ciúme, crueldade,
astúcia, encontro, desencontro, perda, esperança. Esses os sentimentos que encontramos na
base das experiências que tecem a existência humana. Para dar voz aos sonhos, extraímos
vozes dos sonhos dos participantes. Paulo Freire contribui de forma expressiva para esta
reflexão. Para ele o ato de sonhar é intrínseco à condição humana; é “um ato político
necessário”, é uma condição necessária para a transformação da vida. Estas experiências
reforçaram que o uso de qualquer abordagem que almeje a transformação da realidade social
deve ter em suas bases o diálogo; ele possibilita a conscientização dos sujeitos envolvidos e
facilita o empoderamento das famílias para atuarem com maior segurança em seus territórios.
Estas experiências demostraram que fortalecer vínculos significa reconhecer, ouvir, acreditar,
esperar, soprar, acariciar e, acima de tudo, persistir e resistir. As oficinas reforçaram que,
acolhendo o sonho como uma esperança e não como um devaneio ou ilusão, ele se transforma
em um acelerador de metas e possibilidades. Para as autoras o aprendizado ocorreu em cada
etapa, sobretudo no sentido de respeitar o repertorio das famílias, os sonhos compartilhados
nos dois projetos revelam claramente que as famílias respondem a partir das circunstancias
concretas, do repertório que conhecem.
Palavras-chave: Conjuntos Habitacionais , Terapia Comunitária, Vulnerabilidade
1 Graduada em Serviço Social e pós-graduada como especialista em Família dinâmica e processos
de mudança na PUC-PR. Mestre em Psicologia . 2 Assistente Social. Terapeuta Comunitária. Profissional de Desenvolvimento Social – PROFIDES.
Mestre em Gestão Urbana .
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Anais do IX Congresso Brasileiro e VI Congresso Internacional de TCI – Porto Alegre / 2017
TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA EM FACE ÀS POTENCIALIDADES E
PROCESSOS DE SUPERAÇÃO
Autoria: Elza Domingues de Lima, Luis Antonio de Lima e Maria Madalena Sudário
Introdução: A Reforma Psiquiátrica brasileira veio contribuir para desinstitucionalização, a
qual tem sido compreendida enquanto a desconstrução de saberes, discursos e práticas
psiquiátricas. Em Sorocaba/SP foi inaugurado em outubro de 2013 o Centro de Atenção
Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS AD III Saca Só), com objetivo de proporcionar
tratamento e assistência aos usuários e famílias em meio a esse contexto. A Terapia
Comunitária Integrativa (TCI) é uma estratégia de cuidado e foi utilizada como ferramenta de
trabalho nesse serviço, com o objetivo de atender usuários e famílias em estado de sofrimento.
Objetivos: Demonstrar a efetividade da TCI desenvolvida no CAPS ADIII Saca Só em
Sorocaba, observando, coletando dados e analisando o alcance como ferramenta de cuidado.
Permitir a abertura de campo de pesquisa dentro e fora da atenção psicossocial, e proximidade
com essa proposta através da divulgação desse trabalho, demonstrando método, abordagem, e
o pertencimento a esse espaço transformador. Metodologia: Utilizada à pesquisa qualitativa
para a coleta de dados e avaliação da TCI no CAPS AD III no Município de Sorocaba.
Avaliada por um período de doze (12) meses. As rodas aconteciam duas (2) vezes por semana,
sendo oito (8) rodas ao mês, num total de cento e sete (107) ao ano, em média dezoito (18)
participantes, dirigidas por três (3) terapeutas. O público-alvo; usuários e familiares assistidos
pelo serviço. A análise dos dados contemplou; número de participantes, assiduidade, relatos
de experiência e os efeitos da TCI como potencial de mudança. O período de janeiro de 2014
a janeiro de 2015. Resultados: A TCI contribuiu para adesão ao tratamento, evidenciado nos
relatos de usuários e familiares, através da lista de presença obteve informação de assiduidade,
sexo e faixa etária das pessoas que frequentavam as rodas. Nos relatos de experiência, um
idoso de 72 anos, usuário de álcool há 50 anos, demonstrou a fragilidade dos vínculos
quebrados, a abordagem da TCI e o cuidado da equipe multiprofissional do CAPS, favoreceu
a melhora da autoestima, o resgate da família, mudando isolamento para pertencimento.
Discussão: A TCI promoveu um espaço de inclusão daquele que sofre, e permitiu a mudança
de olhar daquele que cuida. Trouxe à reflexão a necessidade de Políticas Inclusivas e de
Humanização. A Terapia Comunitária (TC) caracteriza-se como mais uma ferramenta à
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Anais do IX Congresso Brasileiro e VI Congresso Internacional de TCI – Porto Alegre / 2017
disposição dos profissionais da Atenção Básica no campo da Saúde Mental a ser utilizada no
território de atuação. (MS, 2013). Considerações finais: Esse trabalho trouxe fortalecimento
a TCI e ao CAPS AD III SACA Só em Sorocaba, essa proposta de modificação do estado de
sofrimento para o de superação, permitiu a observação desse processo. Outros municípios
criaram proximidade com essa ferramenta, trouxe valores mensuráveis com a coleta de dados,
e relatos dos usuários, deixando a disposição material de pesquisa para outros estudos,
relacionado a essa prática, entendida como uma intervenção psicossocial avançada.
Palavras-chave: Terapia Comunitária Integrativa. Álcool e outras drogas. Superação.
Inclusão.
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Anais do IX Congresso Brasileiro e VI Congresso Internacional de TCI – Porto Alegre / 2017
QUANDO A BOCA FALA, O CORPO ACALMA:IMPLANTAÇÃO DE RODAS DE
TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA PARA INTERVIR NOS PROBLEMAS DE
SAÚDE MENTAL DE UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE
Autoria: Adélia Alves da Silva; Diego Alves Leite; João Alves da Silva Neto; Josilene
Severina da Silva; Juliana Campos de Sousa; Lívia Priscila de Souza Vale; Luzia Rosa da
Silva; Maria do Socorro Bezerra da Silva Lira.
Introdução: A Unidade Básica de Saúde (UBS) se configura como principal acesso ao
sistema de saúde e reúne grande capacidade resolutiva à maioria das problemáticas de saúde
dos usuários (LAVRAS, 2011), sobretudo quanto ao alívio dos sofrimentos mentais. A
Terapia Comunitária Integrativa (TCI) pode ser utilizada como estratégia de intervenção nos
problemas de saúde mental na UBS, porque possibilita ao indivíduo e à comunidade
expressarem as angústias que podem levar às doenças mentais (CORDEIRO et al, 2011).
Objetivo Geral: Implantar Rodas de TCI UBS de Pirituba como estratégia no enfrentamento
aos transtornos de ansiedade e depressão. Objetivos Específicos: Demonstrar os benefícios
das Rodas de TCI como recurso terapêutico à saúde mental na UBS; Propor a implantação na
municipal das Rodas de TCI como estratégia no enfrentamento aos transtornos de ansiedade e
depressão. Metodologia: As Rodas de TCI ocorrem, quinzenalmente, na UBS de Pirituba e
contam, geralmente, com 20 participantes, de ambos os sexos, adultos, atendidos na UBS.
Resultados: Os resultados obtidos foram a implantação em 100% o uso da nova tecnologia
voltada à saúde mental; O acolhimento em 100% os usuários com transtornos de ansiedade e
de depressão; Redução em 80% a prescrição de medicações benzodiazepínicas para
transtornos de ansiedade e de depressão. Discussão: A UBS de Pirituba, localizada em Vitória
de Santo Antão/PE, possui uma população adstrita composta por 3.327 pessoas, distribuídas
entre as 813 famílias cadastradas. A TCI se propõe como uma estratégia para a UBS referida
porque estimula a autonomia, a autoestima pessoal e da comunidade, a valorização das
potencialidades de cada indivíduo, a valorização do papel familiar e das redes sociais, a
valorização cultural e fortalece os vínculos sociais (BARRETO, 2008). A TCI se constitui
como uma ferramenta à edificação solidária de uma rede social que impulsiona à resiliência,
ao empoderamento, aos valores de cidadania e ao revigoramento dos vínculos afetivos
(FERREIRA FILHA et al, 2012). Considerações Finais: A TCI é uma metodologia com
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Anais do IX Congresso Brasileiro e VI Congresso Internacional de TCI – Porto Alegre / 2017
eficácia comprovada no enfrentamento das mais diversas problemáticas individuais e
coletivas, pode ser, portanto, desenvolvida na atenção básica como recurso terapêutico no
alívio das angústias e dos sofrimentos dos indivíduos que apresentam transtorno de ansiedade
e de depressão.
Palavras-chave: Atenção Primária à Saúde. Saúde Mental. Terapias Complementares.
Terapia Comunitária Integrativa.
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Anais do IX Congresso Brasileiro e VI Congresso Internacional de TCI – Porto Alegre / 2017
TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA: ACOLHIMENTO HUMANIZADO,
PROMOTORA DE VINCÚLOS E FORTALECEDORA DE REDES EM COMUNIDADE.
Autoría: Elza Domingues de Lima
Introdução: A Saúde é um direito de todos e dever do Estado garantido pela constituição de
1988. O Ministério da Saúde, em 2006, com o objetivo de ampliar o acesso da população a
serviços, aprovou a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no
SUS. A Terapia Comunitária Integrativa (TCI) é apresentada dentro dessas práticas como
(MS, 2013) Intervenção psicossocial avançada. Esse trabalho visa mostrar o quanto o apoio a
Estratégia da Saúde da Família (ESF) pode melhorar as relações e fortalecer propostas como
grupos, mapeando esses recursos, melhorando a assistência no SUS. No Brasil temos
desenvolvendo a TCI cidades como Rio de janeiro, Fortaleza, São Paulo, Sorocaba e outros
países como Argentina, Uruguai, Paraguai, Espanha, México, Equador, França, Suíça, Itália,
Canadá. Objetivos :Promover e ampliar o conhecimento das práticas complementares de
saúde referenciando a TCI. Fortalecer a rede de assistência através do mapeamento dos
grupos coletivos existentes na Unidade de Estratégia da Saúde da Família (UESF) para
construção de projetos coletivos no território, favorecendo a rede e usuário. Mostrar a
importância do apoiador da saúde da família como facilitador nas construções em
rede.Metodologia:Trata-se de um trabalho de atuação em campo na função de apoiadora da
saúde da família em sete (7) UESF no município de Sorocaba/SP, pesquisando sobre
atividades em grupo, ao qual se destacou a TCI. O público alvo foram os profissionais de
saúde, usuários e familiares assistidos pelo serviço. Ocorreram encontros semanais para
discussão e construções coletivas, destacando-se duas unidades, Vitória Régia e Ulisses
Guimarães. O objetivo era entender o funcionamento desse serviço, seus problemas, suas
potências e o fortalecimento de grupos coletivos na unidade, principalmente o da TCI. O
período foi de março de 2015 a março de 2016.
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Anais do IX Congresso Brasileiro e VI Congresso Internacional de TCI – Porto Alegre / 2017
Resultados
Discussão :Verificou-se a grande dificuldade da manutenção desses grupos, devido à falta de
estrutura, do apoio da gestão, da equipe, e do próprio profissional para o desenvolvimento
destas práticas e a necessidade de Políticas Públicas efetivas. Considerações finais :Esse
trabalho como apoiadora da saúde da família oportunizou a proximidade com o território,
constatou-se a fragilidade da rede e dos profissionais, que através de encontros, discussão e
construção coletivas puderam se organizar. Sobre grupos, foi realizado o mapeamento, existia
Mapeamento de grupos no território nas UESF região norte de Sorocaba e Articuladores;
Rodas de TCI: Vitoria Régia, Ulisses Guimarães, Fiore, Escola (centro), Aparecidinha e
Éden (leste).
Grupos específicos: Habiteto, Laranjeiras, São Bento, Paineiras e Angélica.
Grupo de TCI em serviço de articulação: CAPS AD III Saca Só
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Anais do IX Congresso Brasileiro e VI Congresso Internacional de TCI – Porto Alegre / 2017
um em especial, que era solicitado de forma unânime por profissionais e usuários, este
intitulado TCI. Políticas Públicas, Inclusivas de Educação Permanente são necessárias nesses
serviços. Tornam-se necessários práticas humanizadas nesses serviços e profissionais
facilitadores.
Palavras-chave: Terapia Comunitária Integrativa, apoio a saúde da família, fortalecimento da
rede.
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Anais do IX Congresso Brasileiro e VI Congresso Internacional de TCI – Porto Alegre / 2017
“AME, MAS NÃO SOFRA” - TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA NO
ATENDIMENTO A FAMILIARES DE DEPENDENTES QUÍMICOS.
Autoria: Helenice Alves Pereira Bastos e Maria Regina Melo Santos
Introdução: As famílias que vivem e lidam com membros dependentes químicos é de alguma
maneira afetada por estes, o que gera consequências na saúde ou afeta a qualidade das
relações familiares envolvidos. A Subsecretaria de Políticas para Justiça, Cidadania e
Prevenção ao Uso de Drogas, vinculado à Secretaria de Justiça do Distrito Federal, realiza um
projeto “Ame, mas não sofra” por meio do qual prestam apoio às famílias de dependentes
químicos com objetivo de prestar acolhimento e atendimento imediato, eficaz e humano a
essas famílias. A Terapia Comunitária Integrativa (TCI) foi a tecnologia usada no Programa
para implementar a escuta ativa, partindo do princípio que a circularidade do grupo permite,
acolher, reconhecer e dar o suporte necessário a quem vive situações de sofrimento,
proporcionando maior humanização nas relações, adquirindo autonomia e corresponsabilidade
consigo mesmas. Os participantes são familiares ou responsáveis legais (mães, pais, irmãos,
filhos) de dependentes químicos acolhidos nas Comunidades Terapêuticas do DF e entorno e
foram selecionados através do cadastro da SEJUS. Objetivos: Acolher as famílias e resgatar
os vínculos afetivos entre estas para fortalecer as relações familiares e comunitárias.
Metodologia: Diariamente a Subsecretaria recebe vários familiares em estado de sofrimento
por algum ente querido se encontrar na condição da dependência química. São realizadas
reuniões multifamiliares ressaltando a importância da família em todo o processo e
apresentando a rede de apoio. Buscando implementar a proposta de uma escuta qualificada e
partindo do princípio que a circularidade do grupo permite, acolher, reconhecer e dar o
suporte necessário a quem vive situações de sofrimento a Terapia Comunitária Integrativa foi
a técnica utilizada. Foram realizadas Rodas Itinerantes em diferentes cidades do DF tendo
uma média de 30 participantes por Roda. Resultados: A partilha de experiências e as histórias
de vida funcionaram como estratégias de escutar, se identificar e se fortalecerem, pois na troca
e na identificação dos problemas a culpa que sentiam foi diminuída e a resiliência e
autoestima fortalecida. Do total dos participantes, 96% disseram estar satisfeitos com o
Programa e 81% afirmaram que melhorou a forma de lidar com o problema. Discussão: A
metodologia da TCI, sobretudo do acolhimento, está centrada numa relação inter-humana.
Nessa relação quando alguém se expressa, falando de sua dor e de seu sofrimento, todos os
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Anais do IX Congresso Brasileiro e VI Congresso Internacional de TCI – Porto Alegre / 2017
demais se tornam cúmplices da história do outro, se revelando também parceiros na busca de
soluções (Barreto 2008). Considerações Finais: Falar das suas angústias e tristezas sem
medo de críticas possibilitou a essas famílias “a oportunidade de fazê-las serem ouvidas sem
julgamentos ou preconceitos, na troca de experiências, no fortalecimento mútuo, nas canções
entoadas, nos olhares interessados, no entrelace das mãos, nos abraços trocados”.
Palavras- chave: TCI. Dependência Química. Famílias. Resiliência. Acolhimento.
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Anais do IX Congresso Brasileiro e VI Congresso Internacional de TCI – Porto Alegre / 2017
O AMOR COMO FERRAMENTA DE TRABALHO NA CAPACITAÇÃO EM TCI
Autoria: Danielle Matsumoto Alvarenga
Introdução: Qual é a importância de se trabalhar com amor como Facilitador do Curso de
Formação de TCI? Objetivos: Relatar experiência e discutir o papel do Facilitador dentro do
Curso de Formação de TCI. Metodologia: Essa pesquisa foi realizada utilizando o método da
observação na minha experiência como Assistente de Curso do Mismec DF, em que foi
observado os diferentes tipos de facilitadores do Curso de Formação de TCI e analisar a
importância de se trabalhar com amor. Com isso foram anotadas reflexões que servem como
aprendizado para o saber vivenciado. Resultados: Ao se trabalhar com amor, sem
julgamentos, sem ansiedades, sem conceitos pré-definidos em relação as pessoas (alunos) ou
ao grupo, quando o facilitador estar presente de corpo e mente, é possível sentir o carinho, o
amor entre os alunos e esses com os facilitadores. Com isso há um maior aprendizado,
aumenta a integração do grupo, além da internalização do conceito da metodologia da TCI.
Discussão: Para ser um bom facilitador é importante que ele se sinta seguro com o seu papel
dentro do curso, que ele esteja em harmonia com a sua equipe, sem sentir ansioso, sem
julgamentos, estar presente de corpo e mente, com muito autocontrole de suas emoções, "estar
bem consigo mesmo, controlar seus medos, desejo de morte, sua própria sexualidade e sua
própria agressividade" (Barreto, A., apostila Formação de Multiplicadores em técnicas de
resgate da autoestima na comunidade, 2002). Assim o facilitador estará preparado para amar
esse grupo, "o verbo amar pode ser definido como o ato ou os atos de doação aos outros,
identificando e atendendo suas legítimas necessidades." (Hunter J.C., O Monge e o Executivo
- Uma história sobre a essência da liderança, 2004). Ao identificar essas necessidades acolhê-
las com paciência, bondade, honestidade, respeito e humildade. Sendo o papel do facilitador
acolher diversidades, garimpar pérolas e superar desafios em cada grupo de Formação de TCI,
em que são trabalhados o processo de resiliência de cada futuro terapeuta comunitário.
Considerações finais: A excelência de um facilitador do Curso de Formação de TCI
dependerá do seu próprio processo de resiliência que resultará na sua própria "arte de cuidar"
do outro.
Palavras-chave: Amor. Resiliência. Arte de cuidar
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Anais do IX Congresso Brasileiro e VI Congresso Internacional de TCI – Porto Alegre / 2017
TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA NA POLÍTICA DISTRITAL DE PRÁTICAS
INTEGRATIVAS EM SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL – ATUAÇÃO DA COORDENAÇÃO
TÉCNICA
Autoria: Doralice Oliveira GOMES e Alexandre Staerke de Vieira RESENDE
A Gerência de Práticas Integrativas em Saúde/GERPIS é a instância da Secretaria de Estado
de Saúde do DF responsável pelo desenvolvimento, gestão e a produção de conhecimento na
área das Práticas Integrativas em Saúde/PIS, com foco na promoção e na integralidade do
cuidado à saúde. A GERPIS atua em consonância com a Política Distrital de Práticas
Integrativas em Saúde (PDPIS/2014). A PDPIS chancela como Prática Integrativa em Saúde
as seguintes modalidades terapêuticas: Acupuntura, Arteterapia, Automassagem Chinesa,
Fitoterapia, Hatha Yoga, Homeopatia, Lian Gong em 18 Terapias, Medicina e Terapias
Antroposóficas, Meditação, Musicoterapia, Reiki, Shantala, Tai Chi Chuan e Terapia
Comunitária Integrativa. Cada uma das PIS citadas possui uma Coordenação Técnica
específica na GERPIS, responsável pela implantação da prática no Sistema Único de Saúde do
DF. A Coordenação Técnica de TCI tem viabilizado a capacitação dos servidores em TCI,
realizado educação permanente dos servidores formados e dos voluntários, articulado a rede
interna e externa para a implantação da TCI, desenvolvido ações de divulgação da TCI para
gestores e para a comunidade, apoiado os terapeutas em suas especificidades para que a TCI
possa ter sustentabilidade na Unidade de saúde em que atua, incentivado e promovido
articulação de Políticas Públicas para que as ações na comunidade ocorram de forma
intersetorial, realizado o mapeamento regular dos grupos e divulgado no site da Secretaria de
Estado de Saúde do DF, bem como dado o maior acesso possível a esta informação. O
objetivo deste relato de experiência é para compartilhar os avanços e desafios de uma
coordenação técnica em TCI institucionalizada no Sistema Único de Saúde. A importância de
uma referência institucional para a rede de serviços é fundamental para que a prática
permaneça devido à retroalimentação que se faz necessária.
Palavras-chave: Terapia Comunitária Integrativa. Política Distrital de Práticas Integrativas
em Saúde. Institucionalização.
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Anais do IX Congresso Brasileiro e VI Congresso Internacional de TCI – Porto Alegre / 2017
TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA NA FORMAÇÃO DE EDUCADORES
POLÍTICOS SOCIAIS EM GERONTOLOGIA NA UNB
Autoria: Helenice Alves Pereira Bastos e Mirna Almeida da Silva
Introdução: A educação na velhice vem sendo negligenciada no Brasil. Para estimular a
participação dos idosos em grupos valorizem as experiências positivas e possibilitem a
reedição da velhice, a Universidade de Brasília (UnB) através do programa de extensão
Universidade do Envelhecer – UniSer/UnB oferece Curso de Educador Político Social em
Gerontologia, que busca impulsionar esse processo, despertando os potenciais existentes
na maturidade no Brasil. Para promover debates críticos e reflexivos entre os educandos e
motivá-los a se verem como sujeitos da sua própria história, a UniSer incluiu na grade
curricular práticas vivenciais, de livre escolha dos alunos, uma delas foi a Terapia
Comunitária Integrativa (TCI). Objetivos: Facilitar diálogos; estimular as percepções afetivas
e cognitivas; ampliar habilidades na maturidade; adotar comportamentos que estimulem a
cidadania, a resiliência e o desenvolvimento humano e social. Metodologia: Relato de
experiência da TCI como disciplina vivencial no curso em questão, com um total de 120
horas, divididas em 30 aulas de 4 horas, duas vezes por semana. Ministrada por duas
terapeutas comunitárias para um grupo de seis pessoas, sendo cinco mulheres e um homem.
Os alunos escolheram voluntariamente a TCI para compor seu currículo. Essa experiência
aconteceu dentro do Projeto de Extensão da UnB/UniSer, no Campus da Ceilândia,
Brasília/DF. Consideramos adequado intercalar as rodas de TCI com aulas teóricas sobre os
seus pilares, evitando um esgotamento de temas nas rodas e facilitando o processo de
fortalecimento dos alunos. Incluímos práticas psicocorporais do Cuidando do Cuidador. Como
prática pedagógica usamos pesquisas e produções de textos reflexivos como base para nossos
debates. Resultados: Fichas de rodas, registros de vivências psicocorporais e depoimentos
(orais e escritos) de aproximadamente 90% dos alunos relatam melhoria nos seus
relacionamentos pessoais; maior resiliência para lidar com emoções e sentimentos; melhor
comunicação e não julgamento ao se relacionar com os idosos. Discussão: Para Adalberto
Barreto (2008) “A Terapia Comunitária atua, de maneira geral, com grupos que se encontram
em posição marginal na sociedade, ou seja, desfavorecidos socialmente. A participação da TC
oportuniza a essas pessoas a criação de mecanismos coletivos para melhor lidarem com esta
desigualdade, iniciando pelo reconhecimento e validação de si, de suas origens, de suas fontes
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Anais do IX Congresso Brasileiro e VI Congresso Internacional de TCI – Porto Alegre / 2017
de saber.” Consideramos que a prática vivencial foi bem sucedida, pois despertou nos alunos
um novo olhar para si mesmos e para os idosos, sendo capazes de adotar comportamentos que
estimulem a inclusão e o desenvolvimento humano e social, além de contribuir para as
transformações das pessoas envolvidas. Considerações finais: Aprendemos que aliar as rodas
de TCI, as discussões teóricas dos seus pilares e as práticas psicocorporais dentro de uma sala
de aula é um recurso que gera bons resultados e colabora para a saúde emocional da
comunidade, fortalece vínculos e aumenta o refinamento no trato social dos participantes com
eles mesmos e com seu público alvo.
Palavras-chave: Terapia Comunitária. Universidade do Envelhecer. UnB.
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INTER-AGINDO NA ESCOLA PÚBLICA ATRAVÉS DA TERAPIA COMUNITÁRIA
INTEGRATIVA EM CAMPINAS, SÃO PAULO.
Autoria: Helenísia Oliveira Santos – Terapeuta Comunitária e Carlos Eduardo Cantusio
Abrahao – Terapeuta Comunitário – Intervisor
Introdução – A grande diversidade cultural, religiosa, de gênero, étnica e social, no âmbito
escolar, convive com a crescente a prática do “bullying” (*). De acordo com o Currículo
Oficial do Estado de São Paulo em “uma educação à altura dos desafios contemporâneos” que
enuncia “... ser estudante é fazer da experiência escolar uma oportunidade para ser livre,
concomitantemente, respeitar as diferenças e as regras de convivência...”. Sendo a Biologia,
disciplina ministrada pela autora, responsável por estudar a vida em seus diversos aspectos,
surge a ideia de implantar como projeto de resgate da vida, a TCI como a técnica para ajudar
na minimização do problema acima citado.(*) Anglicismo utilizado para descrever atos de
violência física ou psicológica intencionais e repetidos praticados por um indivíduo ou grupo
de indivíduos, causando dor e angústia sendo executadas dentro de uma relação desigual de
poder – Wikipedia. Objetivos: Oferecer aos alunos a oportunidade de falar de si, aprender a
respeitar as diferenças, desconstruir o preconceito, melhorar seu relacionamento entre si com
os professores, melhorar a autoestima, desenvolver a autonomia. Metodologia: O trabalho foi
iniciado em novembro de 2015 como cumprimento das práticas integrativas do curso de TCI
na Escola Estadual Prof.ª Rita de Cássia da Silva situada no Parque São Jorge em Campinas.
Tornou-se, mais tarde, programa da disciplina de Biologia, de acordo com os objetivos acima
citados, contando com a colaboração dos gestores, professores das diversas áreas e
funcionários da escola, obedecendo os pilares e os passos da TCI. A cada bimestre são
marcadas as datas de realização das rodas, oferecidas aos alunos do Ensino Fundamental,
8ºano B, 9ºano, e Ensino Médio, 1ª, 2ª e 3ª séries, uma vez por bimestre, para cada classe.
Resultados: Com a realização das rodas percebe-se maior interação entre alunos e
professores, melhora da autoestima e resiliência no enfrentamento das dificuldades, melhora
da comunicação e solução dos conflitos. Discussão: Entende-se a Terapia Comunitária
Integrativa como uma alternativa para o enfretamento das adversidades vividas por
adolescentes e professores nos dias atuais. Considerações finais: Durante a execução do
projeto percebe-se que seus resultados tem sido, para muitos, o único espaço onde se possa
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falar de angústias e problemas enfrentados no cotidiano, chegando muitas vezes à exposição,
até então, de “segredos”. O trabalho tem se tornado referência para outros grupos que
trabalham com adolescentes.
Palavras-chave: Terapia Comunitária. Escola Pública. Bullying.
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IMAGENS QUE FALAM: PROGRAMA DE ACOLHIMENTO AOS ALUNOS DA
UNESP/ARARAQUARA E TERAPIA COMUNITÁRIA
Autoria: Taísa Borges de Souza, Josefa Emília Lopes Ruiz, Morgana Múrcia, Sandra
Fernandes de Freitas, Luci Regina Muzzeti e Paloma Soares Pereira
Atualmente não existem na UNESP - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita
Filho/Araraquara trabalhos que ofereçam suporte emocional aos alunos, embora a demanda
por atendimento psicológico individual permaneça. O CENPE - Centro de Pesquisas da
Infância e Adolescência Dante Moreira Leite é uma Unidade Auxiliar da Faculdade de
Ciências e Letras e Polo Formador em TCI - Terapia Comunitária Integrativa desde 2005. Este
trabalho visa apresentar por meio de vídeos e fotos o Programa de Acolhimento aos alunos
dos cursos da Faculdades de Química, Ciências e Letras e Farmácia do Campus de
Araraquara. O Programa segue calendário anual e objetiva oferecer aos alunos um espaço de
conversa (rodas de TCI) e cuidados terapêuticos que visam acolher as dificuldades
relacionadas a rotina acadêmica e relações interpessoais. Acontece quinzenalmente, com
duração de 1h30 minutos, em espaços físicos disponíveis: salas de aulas, anfiteatros,
gramados. Atividades desenvolvidas: exercícios de respiração e relaxamento, de yoga;
técnicas de trabalho corporal, dinâmicas de grupo e rodas de TCI. É finalizado com partilha.
Dentre os resultados, destacamos: 1-queixas: dificuldade de lidar com a distância da família e
de adaptação, problemas de relacionamento, excesso de trabalhos escolares, stress, baixa
autoestima e problemas psicossomáticos, dentre outros; 2-Estratégias de enfrentamento dos
problemas: se colocar no lugar do outro, se aceitar, desenvolver a autoconfiança, ser mais
ponderado, se abrir para os relacionamentos, aprender a lidar com as diferenças, relaxar mais,
se cuidar. 3- Como estou saindo dos encontros: leve, feliz, descontraído, reflexivo, relaxado,
calmo, não estou sozinho; além da valorização do programa. Este trabalho de acolhimento
destaca a importância da Universidade oferecer um espaço de escuta e cuidados aos
graduandos. Além de ser um trabalho de cuidado também apresenta-se como prevenção em
saúde mental dos futuros profissionais, favorece a qualidade da permanência estudantil e
diminui a evasão. Conforme destaca o criador da TCI - “quando a boca cala os órgãos falam e
quando a boca fala, os órgãos saram” - o processo de falar, escutar e partilhar promove
integração e formação de redes sociais solidárias, afetando positivamente a autoestima.
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Embora o programa aconteça na Universidade desde 2006, com ganhos significativos, ainda
persiste a visão positivista e linear de solução de conflitos, com o modelo paciente -
especialista onde o saber e a “cura” vem de fora, é direcionada e única. O olhar sistêmico,
com a pluralidade que o grupo oferece nas vivências e rodas de TCI ainda não foi incorporado
e sofre estigmas no espaço acadêmico.
Palavras-chave: Acolhimento. Universidade. Graduandos. Saúde emocional
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INTERFACES ENTRE A TERAPÊUTICA INTEGRAL NOS MILAGRES DE
JESUS E A TCI
Autoria: Linda Siokmey Tjhio Cesar Pestana
Introdução: Essa pesquisa propõe uma leitura de três narrativas neotestamentárias referentes
a milagres de Jesus, instrumentalizada pela exegese, pela hermenêutica filosófica, pela
fenomenologia e pela antropologia, que nos levarão a identificar pontes de aplicação e
amarração dos elementos do nosso objeto da pesquisa – a terapêutica integral de Jesus - com
uma prática de cuidado holístico atual: a Terapia Comunitária Integrativa (TCI). Objetivos:
Esse trabalho justifica-se pela necessidade de ler textos bíblicos “fora da caixa” – sem
proselitismos ou positivismos – que descortine horizontes de amplo diálogo entre os
fundamentos de erudição das ciências e as experiências de fé dos teólogos, para delinear
aplicações práticas atuais. Metodologia: Traçamos como metodologia a pesquisa
bibliográfica com fundamentação nos textos bíblicos e obras de especialistas de diferentes
áreas de conhecimento, para promover o diálogo, sem a pretensão de abarcar tudo que há
sobre o tema. Discussão: A partir de três textos neotestamentários: “A cura do leproso” (Mc
1.40-45), “A pesca maravilhosa” (Lc 5.1-11) e “A cura da mulher enferma” (Lc 13.10-17),
faremos (i) análises exegéticas sob a metodologia histórico-crítica; (ii) o estudo hermenêutico-
filosófico instrumentalizado por elementos da alteridade de Paul Ricoeur; (iii) observações
sobre a maneira como os antigos compreendiam o sagrado, as curas e os milagres em seus
mitos e ritos junto aos fenomenólogos das Ciências das Religiões: Rudolf Otto e Mircea
Eliade; (iiii) aplicações à TCI à luz do paradigma da corporeidade do antropólogo Thomas
Csordas. Resultados: Esse trabalho contribui para a compreensão das curas e milagres do
passado e do presente, interliga doenças físicas, emocionais, psíquicas e possessão demoníaca,
e apresenta pontes entre a terapêutica integral de Jesus com uma prática atual de cuidado
holístico – a TCI - criada pelo médico psiquiatra Adalberto Barreto. Considerações finais:
Mesmo àqueles que não se consideram capazes de operar milagres, essa dissertação é um
convite a participar da prerrogativa humana de agir como um enviado divino, e apreciar os
milagres terapêuticos que ocorrem, em especial, no espaço profano, sagrado e transcendente
de uma roda de TCI.
Palavras-chave: Milagres. TCI. Fé. Saúde. Cura.
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DO DESERTO DOENTE AO OÁSIS RESILIENTE
Autoria: Lisiane Falleiro Vargas
Ao longo de vinte e três anos, enquanto psicóloga do Sistema Único de Saúde (SUS) na
cidade de Porto Alegre, sempre me debati com o desértico fato de, tal sistema, na prática,
dedicar-se muito mais à doença do que à saúde. No SUS, hierarquiza-se o cuidado em três
níveis, a saber, primário, secundário e terciário, com inspiração na nomenclatura
internacional. Já localmente, no Brasil, em vez de atenção primária, cunhou-se o termo
“atenção básica”, cujo serviço, por excelência, é a unidade básica de saúde ou a unidade de
saúde da família, considerado a porta de entrada do usuário no SUS. Em todos estes anos,
enquanto psicóloga, minha inserção tem sido na atenção secundária ou ambulatorial
especializada, ou de média complexidade, dedicando-me, principalmente, ao tratamento de
doenças mentais, o que, no mais das vezes, me evocava a figura de um Sistema Único de
Doença e não de Saúde. Parecia, então, que sempre havia chegado tarde demais, após a
doença ter-se instalado. Há quinze anos, no entanto, descobri um oásis: a Terapia Comunitária
Integrativa. Desde então, sinto-me mais capacitada para construir, com usuários e equipes de
atenção básica, espaços de saúde. O presente relato diz respeito a uma experiência inaugural
que venho desenvolvendo no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS 2) da região Glória-
Cruzeiro-Cristal da cidade de Porto Alegre(RS), nos seis últimos meses. A experiência
envolve a criação de uma roda de TCI no CAPS para pessoas que não são pacientes do mesmo
e que possuem algum tipo de sofrimento que, a princípio, não configure patologia ou
transtorno mental, cujo vínculo esteja restrito à Atenção Básica em Saúde.A única exigência é
a de que, tais pessoas, cheguem à roda de TCI no CAPS acompanhadas de pelo um
profissional da Unidade de Saúde da Família (USF) ou Unidade Básica de Saúde (UBS) à qual
pertencem, unidade esta integrante do programa de apoio matricial sistemático que o CAPS dá
a determinadas unidades. Cabendo esclarecer que, no território, as unidades básicas de saúde
são divididas entre os serviços especializados para receberem tal apoio sistemático, o que
outrora já foi denominado consultoria.Em termos numéricos, a média de participantes nas
rodas de TCI foi de 18 pessoas. O número de serviços envolvidos em média foi de 5. Os temas
trabalhados foram: separação, traição, solidão, o sentimento de culpa diante da gravidez da
filha adolescente, a perda do filho para o tráfico, o resgate do papel de pai, dentre outros.
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Desta forma, senti-me facilitando processos de fortalecimento da saúde de indivíduos,
famílias, comunidades e equipes, especialmente, relativos à resiliência, um dos pilares
fundamentais da TCI, além de proporcionar a educação permanente de equipes de atenção
básica.
Palavras-Chave: Terapia Comunitária Integrativa. CAPS. Fortalecimento saúde mental.
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TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA E FAMÍLIA: TRABALHANDO A
AUTOESTIMA FRENTE AO CONVÍVIO COM O SOFRIMENTO PSÍQUICO
Autoria: Maria de Oliveira Ferreira Filha, Mariana Albernaz Pinheiro de Carvalho e Maria
Djair Dias
Introdução: Por muito tempo a participação da família esteve aquém no tratamento e
planejamento terapêutico de indivíduos em sofrimento psíquico, levando-a a estabelecer
deliberadamente maneiras de assistir por vezes inapropriadas. Nesse sentido, grande parte da
literatura aborda a temática do familiar perante o processo de reinserção social na perspectiva
de valorizar a participação da família como facilitadora do cuidado. Entretanto, é crucial
ofertar um suporte para que ela resista às adversidades cotidianas. Nesse contexto, a TCI pode
se mostrar útil enquanto proposta voltada para redimensionar o olhar, o comportamento e as
atitudes da família que dela participa acerca do parente em sofrimento psíquico, na
perspectiva de potencializar a autoestima do familiar cuidador. Objetivo: Evidenciar se a TCI
é capaz de influenciar os níveis de autoestima de familiares de indivíduos em sofrimento
psíquico. Metodologia: Trata-se de um estudo de abordagem predominantemente
quantitativa, construído com base na modalidade da pesquisa-ação/Intervenção. Fizeram parte
da pesquisa dez familiares de usuários do Centro de Atenção Psicossocial Gutemberg Botelho,
situado em João Pessoa/PB. Foram realizadas doze rodas de Terapia Comunitária com os
participantes do estudo. O instrumento de coleta de dados utilizado foi o de Avaliação da
Autoestima proposto por Adalberto Barreto. O referido instrumento foi aplicado antes das
doze rodas e após o desenvolvimento das doze rodas e analisado com base na estatística
descritiva. Resultados: Os resultados da pesquisa revelaram que dos dez participantes, nove
apresentaram aumento dos níveis de autoestima, sendo que quatro evoluíram de tendência a
baixa autoestima para tendência a boa autoestima; uma evoluiu de tendência a boa autoestima
para boa autoestima; um permaneceu com boa autoestima, porém com um escore maior; uma
evoluiu de baixa autoestima para tendência a baixa autoestima e duas permaneceram com
tendência a baixa autoestima, porém com escores maiores. Discussão: Considera-se que a TCI
estimula processos de mudanças existenciais para a vida, frente a potencialidade dessa
ferramenta enquanto instrumento capaz de reintegrar vínculos, potencializar a autoestima e
trabalhar a família para restabelece-la enquanto um sistema que é determinado pelo contexto.
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Anais do IX Congresso Brasileiro e VI Congresso Internacional de TCI – Porto Alegre / 2017
Desse modo, a TCI ao se mostrar útil enquanto estratégia que estimula a fala na medida em
que propõe o despir-se de inquietações e conflitos, pode ser utilizada como uma prática
propulsora da autoestima, além de proporcionar reflexões individuais e coletivas, geradoras de
transformações sistêmicas. Considerações Finais: Verifica-se portanto, que a TCI contribuiu
para transformar a vida de seus participantes, na medida em que influenciou os níveis de
autoestima desses familiares, fortalecendo o potencial de cuidado desses sujeitos. Nas rodas os
familiares tinham suas dores e sofrimentos valorizados por meio da oferta de um espaço
acolhedor e facilitador de ações e de troca de experiências, onde compartilhavam dúvidas,
angústias e alegrias em um movimento de proximidade com o tratamento e em direção à
autonomia dos usuários e à moderação do sofrimento dessas famílias.
Palavras-chave: Terapia Comunitária Integrativa. Família. Sofrimento psíquico.
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PARA MANTER ACESA A CHAMA DA ESPERANÇA: A TERAPIA COMUNITÁRIA,
TCI, COMO ESTRATÉGIA DE RESILIÊNCIA NAS INCERTEZAS DO COTIDIANO
BRASILEIRO.
Autoria: Marluce Tavares de Oliveira, Maria Aurea Bittencourt Silva
Introdução – As condições de insegurança relativas aos rumos da vida cotidiana, em
contextos de crise ético-político-econômica e global, trazem para indivíduos e coletividades
sentimentos de instabilidade que se assestam como sofrimentos psíquicos, seja pela
potencialidade de adelgaçamento de vínculos sociais estruturadores, seja por sua concretude,
traduzidos em elevação dos índices de desemprego, diversas modalidades de violências e
ineficácia dos mecanismos de segurança pública e social. O trabalho objetiva refletir sobre as
estratégias emergentes partilhadas em encontros grupais com a metodologia da Terapia
Comunitária Integrativa (TCI), que tiveram como temas selecionados as inquietudes frente à
crise política nacional, entre setembro/ 2016 e maio/2017. As rodas de TCI, tiveram como
locus de desenvolvimento, além da sede institucional da ONG Espaço Família, outros campos
de prática – Hospital das Clínicas/UFPE, curso de capacitação de Terapeutas Comunitários e
eventos diversos, sendo conduzidos por equipe terapêutica capacitada e registradas em
formulários padrão para tal fim. Resultados – As principais estratégias relatadas por
participantes trouxeram à tona capacidades, individuais e grupais, de resistir e perseverar
diante das adversidades da vida, seja pela vivência pregressa de situações concretas
semelhantes, seja pelo resgate da capacidade de superação de sentimentos de impotência,
medo, raiva/revolta, tristeza, transmutados em crença genuína na própria capacidade.
Considerações Finais – A participação nos encontros sinaliza para reforço da resiliência e
empoderamento pessoais, a partir das estratégias emergentes que ajudem a preservar,
mantendo a força vital que mobiliza para a vida, consubstanciada da definição de Rubem
Alves sobre “[...] Esperança é quando, sendo seca absoluta do lado de fora, continuam as
folhas a borbulhar no coração [...]”.
Palavras-chave: Atenção Primária de Saúde. Práticas Integrativas e Complementares.
Empoderamento. Resiliência. Terapia Comunitária Integrativa
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O USO DAS PARLENDAS NA TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA
Autoria: Nair Meneses dos Santos e Doralice Oliveira Gomes
O trem maluco
Quando sai de Pernambuco
Vai fazendo chic, chic
Até chegar no Ceará.
Rebola, bola
Você diz que dá, que dá
Você diz que dá na bola
Na bola você não dá.
(Cantiga popular)
As parlendas representam uma relevante tradição cultural no Brasil, sendo versinhos com rima
fácil que tratam de temas infantis, pois estão nas brincadeiras de crianças, envolvendo, muitas
vezes, a associação entre o recitar e o expressar-se corporalmente (SOARES; SILVA, 2009).
As parlendas têm musicalidade, leveza e humor, o que também contribui para sua aceitação
não só por crianças, mas, também, por adultos e idosos (SALVADOR, 2007). A TCI é uma
Prática Integrativa em Saúde (PIS) que tem como um dos pilares teóricos a antropologia
cultural, pois reconhece e valoriza as diferentes fontes de saber, sejam saberes de cunho
científico ou popular. Nas rodas de TCI, cujo objetivo é a partilha das dificuldades
vivenciadas no cotidiano e das estratégias de superação que foram desenvolvidas, a
diversidade cultural é um recurso valorizado na busca de resolução de problemas coerentes
com as necessidades e realidades culturais das comunidades (GOMES, 2013). O presente
relato de experiência objetiva refletir sobre o uso das parlendas em rodas de TCI tendo como
referência dois grupos nas regiões administrativas do Cruzeiro e Itapoã, no Distrito Federal,
no período de 2015 a 2016. As parlendas estavam presentes em todas as etapas da roda, sendo
inicialmente estimuladas pelas terapeutas e, posteriormente, incorporadas como uma prática
pelo grupo. No convite para as rodas, um exemplo de parlenda adaptada à TCI: “Seja bem-
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vindo olelê... Seja bem-vinda olalá. Venha pra terapia, venha parlendear. Terapia com
parlendas pra tristeza afugentar”. No acolhimento do grupo, chás de ervas comumente
utilizados pelas comunidade eram disponibilizados, como o chá de alecrim, que ao ser
degustado estimulava o resgate dos saberes tradicionais na saúde, e estimulava o grupo a
compartilhar vivências pessoais no uso medicinal e sociais das ervas. Espontaneamente os
participantes relacionavam as parlendas com experiências das suas histórias de vida. O uso
das parlendas nas rodas evidenciou a importância da valorização da identidade cultural como
estratégia terapêutica, pois contribuiu para o acolhimento dos participantes, entrosamento,
fortalecimento de vínculos, diminuição da tensão, possibilidades de ressignificar os problemas
e superar vivências de sofrimento.
Palavras-chave: Parlendas. Cultura popular. Terapia comunitária integrativa. Resgate da
criança interior. Músicas infantis.
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CUIDANDO A LOS CUIDADORES EN LA UNAM.
Autoria: Osorio Etelbina; Martínez Ruth; Wolhein Liliana; Cura, Flavia y Jacquier, Nora.
Este trabajo es un relato de experiencia del Proyecto de Extensión “Cuidando a los
cuidadores” (financiado por el Programa la Universidad en los Barrios-Secretaría de Políticas
Universitarias del Ministerio de Educación de la Nación, Argentina) en el marco del proyecto
de Investigación “Derecho a la salud, Políticas Públicas y cuestiones profesionales: un estudio
en las ciudades gemelas de la frontera Arco Sur de la provincia de Misiones” UNaM. El
objetivo socializar implantación de la Terapia Comunitaria Integrativa -TCI- desde un
espacio educativo abierto a la comunidad general en las ciudades de Posadas, Eldorado y San
Vicente. Consideramos a la TCI como una tecnología blanda de cuidado que amplía las
competencias profesionales para el abordaje comunitario. Se implementó la TCI como
metodología que rescata los saberes y experiencias de vida de los participantes de estos
encuentros. La población destinataria: comunidad de Misiones con anclaje en la UNaM. Del
año 2015 al 2016 se realizaron 17 encuentros, con la participación de 215 personas. Con el fin
de fortalecer el autoconocimiento y rescate de la autoestima como recurso de transformación
personal y social. Los resultados, los temas y soluciones autogestionadas prevalentes en las
TCI: sufrimientos, miedo al fracaso, angustia por no poder cumplir la meta, impotencia ante
las obligaciones, angustia a las nuevas situaciones. Para cada una de las problemáticas
expresadas surgieron estrategias de solución, la fe, orar, buscar apoyo en la familia, los
amigos, enfrentar la situación y dialogar. El aprovechamiento de esta metodología nos
permitió brindar un espacio abierto a toda la comunidad para expresar y liberar los
sentimientos. Las reglas que rigen la TCI favorecen la participación grupal y la votación del
tema, empoderando así a los participantes en el ejercicio de la ciudadanía y cuidado de la
salud. Finalizando, la implementación de la TCI ha logrado realizar un abordaje innovador del
cuidado de la salud desde una perspectiva integral, holística y humanística, donde los
participantes pudieron expresar sus sufrimientos poniéndolos en palabras, cumpliéndose la
premisa de la terapia:“Lo que la boca calla, el cuerpo enferma, lo que la boca habla, el cuerpo
sana” y brindar un espacio acogedor donde se expresaron sufrimientos y surgieron propuestas
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de soluciones autogestionadas. El proyecto generó un espacio de promoción de la vida,
saberes, construcción de vínculos que aportan sentido a la vida en comunidad, fortaleciendo la
identidad de los sujetos mediante la incorporación de valores basados en la solidaridad, la
cooperación y la articulación con diferentes dimensiones educativa, laboral y cultural.
Palabras-claves: Cuidado. TCI. Salud.
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BEM-ESTAR E RESILIÊNCIA: CONVERGÊNCIAS ENTRE PSICOLOGIA POSITIVA E
TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA NA SAÚDE MENTAL ENTRE IDOSOS.
Autoria: Robson Lima e Ana Beatriz Rocha Lima
O envelhecimento populacional apresenta novos desafios que exigem novas abordagens e
tecnologias de cuidados que permitam ir além do modelo curativo, avançando para um
modelo de promoção e prevenção da saúde mental. O objetivo principal desse estudo é
compreender as convergências entre a Psicologia Positiva (PP) e a Terapia Comunitária
Integrativa (TCI) para a promoção da saúde mental em pessoas idosas. A TCI é um
instrumento que permite a construção de redes sociais solidárias de promoção da vida e
construção de vínculos, mobilizando recursos psicológicos, resgatando valores socioculturais,
que ao longo do tempo foram negligenciados. A TCI atua como um espaço de fomentação e
promoção da resiliência. Assim, a TCI se propõe a resgatar as competências dos indivíduos,
das famílias e das comunidades. As rodas de TCI visam desenvolver a resiliência na
comunidade. A PP busca romper a visão negativista, no que tange os aspectos do
desenvolvimento do homem, buscando o compreender através de estudos criteriosos as
virtudes positivas latentes em cada ser humano como: felicidade, emoções positivas, bem-
estar subjetivo, resiliência, entre outros. A resiliência funciona como mecanismo que ajuda os
indivíduos e comunidades a se beneficiarem e se empoderarem com as experiências vividas,
mobiliza as capacidades solidárias dos indivíduos e da população, promovendo bem-estar
individual e coletivo, fazendo assim um chamado à responsabilidade coletiva. As rodas de
TCI mostrou-se um recurso eficaz para a formação de redes de apoio social solidárias,
contribuindo para a promoção de bem-estar e da resiliência entre pessoas idosas. Trata-se de
uma amostra não-probabilística composta por 217 idosos (74,2% mulheres) que participaram
de 13 rodas de Terapia Comunitária num centro de convivência para idosos ao longo de 4
meses realizados no segundo semestre de 2016. Utilizou-se uma planilha para registro das
categorias observadas nas rodas e estatística descritiva para analise dos dados. Em quase todas
as rodas de TCI, os idosos apontaram eventos estressores (53,8%) relacionados a eventos da
vida, referindo-se a situações de estresse em relação a ficar dependente fisicamente, ou
adquirir alguma doença e ficar incapacitado. A análise das principais estratégias de
enfrentamento das preocupações apontadas pelos próprios idosos apontam para um
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fortalecimento e empoderamento pessoal (100%), em todas as rodas, o próprio grupo é capaz
de sugerir e encontrar soluções e estratégias para enfrentamento da situação. A população
idosa se deparam com múltiplas necessidades, experienciam sucessivas situações de crise,
vivem em condições de vulnerabilidade social e estão envolvidas rotas de exclusão social, que
com frequência apresentam reprodução geracional.
Palavras-Chave: Psicologia positiva. Terapia Comunitária. Bem-estar. Resiliência.
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A TRAJETÓRIA DE IMPLANTAÇÃO DA TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA NO
MUNICÍPIO DE CACHOEIRINHA
Autoria: Silvana Cristina Born
Introdução: Este trabalho pretende apresentar a trajetória de implantação da Terapia
Comunitária Integrativa no Município de Cachoeirinha, desde a minha formação em 2009 até
o momento atual. Este percurso iniciou com muitas adversidades, entre estas: dificuldades de
aceitação da proposta por usuários do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) que recorriam
ao serviço na busca de um alívio imediato dos sofrimentos e ainda muitos viam na medicação
a única solução, bem como no psiquiatra o “dono” deste poder de aliviar suas dores
emocionais. A própria equipe do CAPS, por desconhecer a proposta, o que gerou boicotes,
colocação de empecilhos, etc. Até mostrar sua eficiência e competência foi um longo
percurso, aos poucos, devido ao excelente resultado percebido nos pacientes foi sendo
aderida tanto pelos gestores como pelas equipes de saúde . Este caminho foi árduo mas
também muito gratificante. E é esta história que pretendo contar ao apresentar este trabalho.
Objetivos: Contar a história da implantação da Terapia Comunitária Integrativa no
Município de Cachoeirinha;- Apresentar dados estatísticos coletados no ano de 2016;-
Apresentar relatos de experiência através de depoimentos de pacientes do Centro de Atenção
Psicossocial que participam da Terapia Comunitária Integrativa. Metodologia: Coleta de
dados dos relatórios das rodas de TCI; Revisão Bibliográfica de livros e artigos sobre a
Terapia Comunitária Integrativa. Resultados: Ampla aceitação da TCI na rede pública de
saúde de Cachoeirinha; ampliação da TCI, atualmente com duas rodas no CAPS e em cinco
postos de saúde; formação de novos Terapeutas Comunitários com patrocínio da prefeitura;
diminuição no uso de medicações e no número de internações psiquiátricas, nenhum caso de
suicídio dos pacientes em atendimento na T.C. Discussão: Este trabalho terá como principal
embasamento teórico os conceitos da Terapia Comunitária Integrativa demonstrados na
prática através de relatos de casos e situações ocorridas nas rodas. A idéia é demonstrar o
quanto que esta proposta contempla a grande demanda existente no serviço público de saúde
(benefícios para o município) bem como os benefícios da Terapia Comunitária para todos,
(benefícios para o paciente) independente do diagnóstico.
Palavras-chave: Terapia Comunitária Integrativa. Benefícios. SUS.
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TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA: SUPORTE TERAPÊUTICO PARA
FAMILIARES NO CTI
Autoria: Tatiana Akiko Alves Mineda3
A hospitalização de um membro da família no centro de terapia intensiva (CTI) é, em geral,
um evento abrupto, inesperado e assustador para os familiares e implica sofrimento, mudanças
na vida cotidiana e enfrentamento de novos desafios. A vivência desse processo pode se
configurar em uma situação de desequilíbrio na medida em que provoca a alteração de papéis
e responsabilidades, problemas de relacionamento familiar, surgimento de doenças entre seus
membros, redução dos rendimentos financeiros em virtude de despesas então instaladas e
respostas psicológicas e fisiológicas. Assim, através do atendimentos aos pacientes e
familiares surgiu o desejo de realizar um projeto inédito para esta demanda especifica. Os
objetivos foram identificar os sinais e sintomas de estresse, ansiedade e depressão entre os
familiares, incentivar a expressão de sentimentos e emoções, resgatar a autoestima,
possibilitar a elaboração do luto ou inserção neste processo, refletir sobre o ciclo da vida e a
terminalidade, valorizar a importância da família, promover o fortalecimento dos vínculos e a
humanização, respeitar a potencialidade, competência, valores e crenças de cada indivíduo,
promover o sentimento de inclusão e pertencimento e a colher o sofrimento em suas várias
facetas. O projeto foi desenvolvido em nosso Centro de Terapia Intensiva que possui 30 leitos
no Hospital adventista de Belém, localizado no Bairro do Marco, no município de Belém- PA.
O serviço foi escolhido porque nele a TCI vem sendo desenvolvida desde 2015 com
resultados empíricos satisfatórios em relação à aceitação e participação dos familiares. As
rodas acontecem, semanalmente, as terças, com uma média de 15 a 20 familiares, com
duração de 50 minutos. Os principais temas propostos nas rodas são: ausência, conflitos
familiares, estresse, depressão, autoestima baixa, possibilidade da morte. A estratégia de
enfrentamento que se mostrou mais frequente foi a fé, suporte familiar, amigos, cônjuges,
fortalecimento pessoal. O método utilizado foi a escuta ativa, acolhimento, partilha de
sentimentos e o empoderamento. Os resultados mostraram que a partir das rodas as famílias
3 Bacharel em Psicologia, Pós-Graduada em Terapia Familiar e Terapia Comunitária Integrativa no CAIFCOM/ Rio Grande do Sul – RS. Psicóloga Intensivista do Hospital Adventista de Belém- PA.
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puderam expressar os sentimentos, partilhar suas dores, competências, descontinuidade da
vida cotidiana, a possibilidade da perda, cisão na rotina familiar, mudanças na vida social e
profissional e a dificuldade para cuidar de si. Tais desconfortos puderam ser minimizados com
a abordagem multiprofissional da Psicologia e a Teologia. Os encontros suscitaram aspectos
positivos na vida dos participantes, advindos da promoção do auto-empoderamento,
aprendizados absorvidos com a escuta do outro, e principalmente a oportunidade de externar
sua fala e todos os sentimentos que carregam, possibilitando o alívio das tensões e angustias.
As famílias revivem suas histórias de vida, seu passado, resgatarem relações familiares,
vínculos afetivos perdidos, refletem sobre a terminalidade e ressignificarem a vida. Os relatos
de cada família agradecendo o momento de partilha e a possibilidade de sentirem-se acolhidos
através da escuta ativa, nos trouxe a certeza que em detrimento de um ambiente onde paira a
separação, tristeza, perdas, dores, mas também há vidas que podemos tocar com compaixão
através de projetos como a TCI.
Palavras-chave: Terapia comunitária integrativa. Hospitalização. Resiliência.
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UMA ANALISE ESTRATÉGICA DO PROCESSO DE IMPLEMENTAÇÃO DA REDE DE
ATENÇÃO EM SAÚDE MENTAL NO MUNICÍPIO DE SANTA TEREZINHA DE
ITAIPU: AS RODAS DE TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA COMO UM
INSTRUMENTO DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE
Autoria: Rafael Soares Corrêa, Claudia Hausman Silveira
RESUMO: A questão de maior relevância na constituição da rede é a interdisciplinaridade
considerando a complexidade da determinação do processo saúde/doença no combate a
estigmas e preconceitos, a promoção da atenção humanizada no atendimento promovido pela
saúde, o favorecimento da inclusão social e o desenvolvimento de estratégias de educação
permanente. O presente trabalho visa analisar a implementação da rede de atenção em saúde
mental no município de Santa Terezinha de Itaipu a luz dos fundamentos do Planejamento
Estratégico em Saúde identificando os processos de Educação Permanente na gestão da
elaboração e implementação do Plano Municipal de Saúde (2014-2017), nas diretrizes
referentes a Saúde Mental e Educação Permanente em Saúde. Este estudo foi desenvolvido no
município de Santa Terezinha de Itaipu, cidade com 22.353 hab., com cobertura de Estratégia
de Saúde Família (ESF) de 92% da população, dividido em 4 territórios – Centro, Parque dos
Estados, BNH e Região dos Conjuntos, Santa Mônica, com distribuição entre 8 ESF em 4
Unidades Básicas de Saúde (UBS). O processo foi desenvolvido através da implementação
das seguintes ações: 1) Identificar e cadastrar equipamentos que possam ser utilizados como
rede de apoio na atenção aos usuários com transtorno mental; 2) Identificar e cadastrar os
usuários com transtorno mental na área de abrangência; 3) Realizar Rodas de Terapia
Comunitária para os usuários identificados e seus familiares.; 4) Realizar, prioritariamente,
atendimento individual para os usuários com transtorno mental identificados avaliando com
Estratificação de Risco; 5) Acompanhar através de psicoterapia individual os usuários
identificados com transtornos mentais de maior risco; 6) Identificar o processo de Educação
Permanente dos atores envolvidos através da lógica do pensamento estratégico em saúde.
Nessa perspectiva este trabalho assume que a Educação Permanente em Saúde deve sempre
utilizar metodologias dialogadas e ao estabelecer um modelo de serviço de redes de atenção à
saúde baseado em competências, a participação comunitária adquire relevância na formulação
de políticas públicas em defesa do direito à saúde. Nessa perspectiva se afirma a relevância da
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Educação Permanente como instrumento fundamental à implementação das políticas de saúde,
assim os trabalhadores, não mais na condição de “recursos”, passam a exercer um papel como
atores sociais das reformas, do trabalho, das lutas no setor e do ordenamento de práticas
acolhedoras e resolutivas da gestão e da atenção à saúde. Assim sendo, a Educação
Permanente em saúde transforma-se numa estratégia fundamental para a formação, atenção,
gestão, formulação de políticas e controle social no setor saúde; tornando-se necessária,
também, para estabelecer ações intersetoriais e interinstitucionais na educação em saúde
aumentando a permeabilidade das demandas populares. A Terapia Comunitária Integrativa
deve ser compreendida como um processo que expande o diálogo e a capacidade de
transformar, através da troca de conhecimento entre população usuária do serviço e equipe de
saúde, a qualidade de vida dos que habitam um determinado território.
Palavras-Chave: Saúde Mental, Planejamento Estratégico, Educação Permanente em Saúde,
Rodas de Terapia Comunitária Integrativa.
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Anais do IX Congresso Brasileiro e VI Congresso Internacional de TCI – Porto Alegre / 2017
MODALIDADE: PÔSTER
EIXO I - A TCI E A DIVERSIDADE:
Este eixo contempla trabalhos teórico-práticos e de pesquisas que incluam a diversidade nas
distintas manifestações:
1.1 - TCI e inclusão social;
1.2 - TCI e justiça social;
1.3 - TCI e diversidade social.
TCI E A INCLUSÃO SOCIAL DE ADOLESCENTES DEFICIENTES VISUAIS
Autoria: Brena Stefani Meira Acioly de Sousa1, Estela Rodrigues Paiva
2, Ivania Rodrigues
Silva Santos3, Maria Ferreira Filha
4 , Nayanne Ingrid Farias Mota Guerra
5 e Maria Djair
Dias6
Introdução: As pessoas com deficiência precisam de uma atenção maior principalmente
durante a infância e adolescência, a fim de que possam aprender a romper as barreiras que
limitam a participação destes indivíduos na vida em sociedade. A Terapia Comunitária é uma
potente ferramenta de atenção psicossocial, que proporciona um espaço democrático, e de
promoção da saúde. Através dela os sujeitos trocam experiências, dores, medos, e nessa troca
se produz o que Paulo Freire chamava de educação significativa, onde o encontro proporciona
troca de saberes. Através da TCI se partilha experiências de vida e de sabedoria de maneira
horizontal e circular. Sendo a Terapia Comunitária Integrativa uma potente ferramenta de
inclusão social que promove encontros significativos criando vínculos de solidariedade,
desenvolvemos uma experiência com adolescentes cegas de uma instituição de ensino.
Objetivo: Identificar como a terapia comunitária integrativa tem contribuído para a inclusão
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social de adolescentes com deficiência visual. Método: as rodas de TCI foram realizadas no
Instituto dos Cegos da cidade de Campina Grande/PB, um total de 24 rodas, com uma média
de 5 adolescentes de ambos os sexos, com idade de 14 a 17 anos, no período de abril de 2016
a abril de 2017. O material empírico foi produzido durante as rodas e registrados nas fichas de
organização da TCI. Posteriormente analisados com base em temas, tomando para a discussão
a literatura pertinente Resultados: Nas rodas foram predominaram os temas relacionados a:
conflitos familiares, sexualidade, insegurança e rejeição; Foram verbalizadas algumas
mudanças que a TCI provocou em suas vidas e a principal delas foi o enfrentamento da
exclusão social vivida na própria comunidade e ainda o reconhecimento da TCI como
instrumento de apoio e reconhecimento mútuo, visto que ainda não tinham vivido a
experiência de parar para ouvir o outro. Discussão: os temas que foram evidenciados nas
rodas são comuns a outros grupos com vulnerabilidade social e que representam as minorias.
Mesmo sem o contato “face to face” que permite visualizar a expressão das emoções, as
adolescentes criaram vínculos pelo contato físico e pela escuta das histórias compartilhadas.
Conclusão: a TCI evidenciou sua potência como ferramenta de empoderamento e inclusão
social uma vez que levou o grupo a uma mudança de comportamento e atitude frente a
exclusão social além de permitir a fluência da alteridade. Sugere-se que esta ferramenta seja
introduzida no campo da educação para minimizar os conflitos de exclusão social que estão
cada vez mais presentes em nossa sociedade.
Palavras-chave: Terapia comunitária. Práticas de saúde. Intervenção psicossocial.
1
Enfermeira, Mestranda pelo PPGENF UFPB
2 Enfermeira,
Doutoranda pelo PPGENF UFPB
3 Psicóloga clínica
4 Professora Doutora da Universidade Federal da Paraíba
5 Enfermeira, Mestranda pelo PPGENF UFPB
6 Professora Doutora da Universidade Federal da Paraíba
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ACOLHENDO SOFRIMENTO E COLHENDO PÉROLAS.
Autoria: Gabriel Pereira SILVA e Marisete VIEIRA
Introdução: Em junho 2008, 2 médicos e 2 ACS´s,do PSF e a Equipe de Saúde da
comunidade do córrego do Jenipapo, implantaram uma ideia que já tinha sido maturada e que
chegou a uma proposta de trabalho em conjunto, tendo a TCI como instrumento para
desenvolver ações terapêuticas em grupo, diante de uma grande demanda de sofrimento
psíquico, advindos de sobrecarga de trabalho nos serviços especializados em saúde mental do
município. Antes do convenio com o Ministério da Saúde sobre a implantação e
regulamentação da terapia comunitária nos PSF’s, estes quatros personagens iniciaram esta
grande e desafiadora empreitada no sentido de construir com o outro um processo de ajuda
mutua e crescimento Humano, alimentados pelo amor e respeito ao próximo. No dia 11/06/08
as 17:00h iniciou a nossa 1ª Roda de Terapia Comunitária , Recife- PE -Brasil. Ao longo dos
anos fizemos Rodas de conversas em grupos, igrejas, associações ,domicílios de moradores
ate a construção da Unidade de saúde em 12/03/ 2014. Objetivos Gerais: com a finalidade de
promoção da saúde e atenção primaria em saúde mental, com novas formas de tratamento não
mais centrado no modelo farmacológico. Objetivos Específicos: 1) Fala e expressão do
sofrimento e das situações de crise; 2) Identificação da diversidade de soluções existentes e a
valorização da diferença do referencial positivo de cada um; 3) Oportunidade de união de
famílias e do grupo social, facilitando a construção da rede de interação entre as pessoas; 4)
Bem como a prevenção da baixa autoestima. Metodologia: Foram realizadas reuniões de grupo,
com duração aproximada de 2 horas, para cada um, onde se adotou a metodologia da T CI, que inclui
cinco momentos básicos e um extra:
Acolhimento, Definição do Tema e Contextualização, Problematização, Encerramento e congraçamento
através de lanches promovidos pelos próprios participantes. Resultados: foram realizadas em 104
meses, 511 rodas, 1022 hs de conversas terapêuticas e foram beneficiados 6.316 usuários.
Discussão: Atualmente, mais de 7.700 estabelecimentos de saúde ofertam alguma prática
integrativa e complementar, o que representa cerca de 28% das Unidades Básicas de Saúde
(UBS). As PICs estão presentes em quase 30% dos municípios brasileiros, onde a Terapia
Comunitária Integrativa vem firmando e afirmando o poder a sua resolutividade enquanto
praticas integrativas complementares.
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Anais do IX Congresso Brasileiro e VI Congresso Internacional de TCI – Porto Alegre / 2017
(fonte:http://dab.saude.gov.br/portaldab/noticias.php?conteudo=_&cod=2297). Considerações
finais: Diante dos dados apresentados, foi ampliada a compreensão e aplicação da Terapia
Comunitária com resolutividade em saúde mental dentro do sistema publico . Os objetivos
propostos foram alcançados, a metodologia comprovou ser eficaz, Mas precisamos ainda
aumentar o quantitativo de profissionais habilitados em terapia comunitária para darmos
continuidade a essa humanizante e apaixonante rodas da vida .”
Palavras-chave: Efetividade. Práticas Integrativas. Terapia Comunitária Integrativa.
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GRUPO DE TERAPIA COMUNITARIA SEMENTES DO AMANHÃ
Autoria: Mara Beatriz de Oliveira Eggert, Giselaine M. Herreira, Elenize Dalla Santa
Weber, Marlene Loide Arais, Roberta Reicher da Silva e Sandro Adriano de Brito.
Secretaria Municipal de Campo Bom- população 60.074 habitantes. RS
Introdução: O grupo de terapia comunitária integrativa Sementes do Amanhã iniciou em
março de 2015, no Centro de Testagem Serviço Ambulatório Especializado para pacientes
HIV e familiares, que tinham dificuldades de adesão ao tratamento. A terapia comunitária
integrativa é um procedimento terapêutico de caráter preventivo em saúde mental que nos
ajuda a criar espaço no serviço de acolhimento aos usuários e familiares no 1º sábado de cada
mês através das rodas de Terapia Comunitária. Objetivo geral: Criar espaço de fala no
CTA/SAE de escuta dos usuários como forma de compreender a não adesão ao tratamento e
transformar seus sentimentos em relação ao processo de doença e melhorar a qualidade de
vida. Metodologia: As rodas de terapia comunitária acontecem no 1º sábado de cada mês
com duração de 1 hora e 30 minutos. Após cada roda oferecemos café da manhã de
confraternização. Baseadas na metodologia da Terapia Comunitária Integrativa utilizamos
acolhimento, contextualização, problematização e encerramento com conotações positivas.
Registros das Rodas. Resultados: Entre março de 2016 e maio de 2017, totalizando 15
encontros. As rodas tiveram em média 10 pessoas (usuários e familiares). Os temas trazidos
nas rodas foram: perdas, medos, relacionamentos familiares, alcoolismo, violência entre
outros. Os usuários que participam das rodas de terapia trouxeram seus familiares. Construção
de relação de confiança entre usuários/familiares e equipe de saúde e melhora na adesão do
tratamento. Auto cuidado, empoderamento pessoal respeitando a singularidade de cada pessoa
e se apropriando do espaço. Discussão: A adesão é um processo participativo entre pacientes
e a equipe de saúde e requer comprometimento de todos os envolvidos. A Terapia
Comunitária integrativa segundo Adalberto Barreto ajudou através da metodologia o
fortalecimento dos vínculos dos usuários, familiares e equipe da saúde. Considerações finais:
Ressaltamos que a terapia comunitária integrativa é um instrumento que possibilita a
participação, promove a valorização do indivíduo, reforça autoestima e a singularidade do
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Anais do IX Congresso Brasileiro e VI Congresso Internacional de TCI – Porto Alegre / 2017
indivíduo para que se torne protagonista e não vítima de a sua própria história. O grupo de
adesão deve ser grupo de incentivo e troca de experiências buscando melhor adesão ao
tratamento.
Palavras-chave: Adesão ao tratamento, Terapia Comunitária Integrativa. Empoderamento
pessoal. Fortalecimento de vínculos.
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EIXO II - TCI E A RESILIÊNCIA:
Este eixo contempla os trabalhos teórico-práticos e de pesquisa que apresentem a atuação do
terapeuta como facilitador de processos de fortalecimento de indivíduos, famílias,
comunidades e redes; trabalhos que compartilhem possibilidades de enfrentamento de
adversidades como caminho para a superação e crescimento pessoal e/ou comunitário, e
trabalhos que fortaleçam a pessoa do terapeuta a serviço de sua saúde e resiliência:
- TCI: das adversidades à superação e crescimento pessoal, social e comunitário
- TCI e resiliência pessoal e comunitária
- TCI, transformações sociais e sustentabilidade
- Espiritualidade e resiliência
- Humor e resiliência
- Favorecendo a resiliência: fatores relevantes
- A pessoa do terapeuta: cuidando da saúde emocional, corporal e relacional e
fortalecimento pessoal.
RODAS DE TERAPIA COMUNITÁRIA COM ADOLESCENTES QUE CONVIVEM COM
FAMILIARES ALCOOLISTAS
Autoria: Vagna Cristina Leite da Silva Pereira1,
Lawrencita Limeira Espínola 2
,Maria de
Oliveira Ferreira Filha3
RESUMO
Introdução: A adolescência é um período de vulnerabilidade para os agravos a saúde mental,
trata-se de um período de definições nos mais variados campos da vida e na maioria das vezes
os adolescentes não respondem positivamente as demandas que lhes são apresentadas.
Verifica-se que quando os jovens vivem em meio a relações familiares disfuncionais passam a
apresentar maior predisposição para manifestação de psicopatologias fazendo-se necessário
interferir nessa realidade. Considerando esta realidade esta pesquisa teve o objetivo de:
revelar as principais tensões vividas por adolescentes que conviviam com familiares
alcoolistas. Método: Trata-se de uma intervenção comunitária realizada em uma escola de
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Anais do IX Congresso Brasileiro e VI Congresso Internacional de TCI – Porto Alegre / 2017
ensino médio na cidade de João Pessoa/PB. A amostra foi composta por 84 adolescentes que
participaram de 22 de rodas de TCI, selecionados a partir dos instrumentos, CAGE- familiar e
SRQ-20. Os dados foram coletados nas rodas de TCI e registrados nas fichas de organização
das informações sobre a TCI. A análise foi temática e a discussão teve como base a literatura
pertinente. Resultados: verificou-se que os temas mais presentes nas rodas estavam
relacionados a sentimentos negativos como: tristeza, culpa, rejeição, medo, ansiedade e raiva,
como consequência da convivência familiar disfuncional. Discussão: Em famílias de
alcoolistas as relações disfuncionais são comuns e o adolescente se sente vítima de um
contexto que culmina em emoções negativas. Estas podem desintegrá-lo, pois emoções
negativas muito fortes, vivenciadas com frequência, quando não trabalhadas, podem
influenciar a manifestação de comportamentos de risco aumentando vulnerabilidade dos
agravos a saúde mental. A TCI tornou-se um espaço de fala para os adolescentes escolares que
partilharem suas inquietações e tensões vividas no ambiente familiar. Nas rodas eles
ressignificaram suas histórias de vida, passaram a observar e compreender o contexto em que
viviam extraindo dele os aspectos positivos. Para eles esta foi a uma das alternativas
aprendidas que os levou a mudanças de atitudes que resultaram na manifestação de emoções
positivas, aliviando o sofrimento que os acompanhava. Conclusões: A realização das rodas
nesta intervenção promoveu a expressão individual dos adolescentes em relação as tensões
que afloram no convívio com familiares alcoolistas, minimizando a vulnerabilidade para o
adoecimento mental. Aponta-se para a necessidade de se implantar a TCI no contexto escolar
para que os docentes possam conhecer as tensões vividas pelos adolescentes no ambiente
familiar, prevenindo possíveis distorções de comportamentos reativos, cuja origem pode estar
no âmbito familiar.
Palavras- chave: Terapia Comunitária. Adolescência. Relações familiares.
IEnfermeira. Terapeuta Comunitária.Doutoranda em Enfermagem. Docente da Faculdade de Enfermagem Nova
Esperança. João Pessoa, Paraíba, Brasil. E-mail: [email protected] IIPsicóloga. Terapeuta Comunitária. Mestre. Psicóloga clínica da Universidade Federal da Paraíba. João Pessoa,
Paraíba, Brasil. E-mail: [email protected] III
Enfermeira. Terapeuta Comunitária.Doutora em Enfermagem. Docente do Programa de Pós-Graduação em
Enfermagem da Universidade Federal da Paraíba. João Pessoa,
Paraíba, Brasil. E-mail: [email protected]
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A INFLUÊNCIA DA ESPIRITUALIDADE SOBRE A SAÚDE MENTAL PESQUISA
REALIZADA COM PARTICIPANTES DA TERAPIA COMUNITÁRIA DO CENTRO DE
ATENÇÃO PSICOSSOCIAL (CAPS) DE CACHOEIRINHA-RS
Autoria: Anderson Sarmento Zimmer, Luciane Ferreira da Silva Justino e Márcia Klitzke
Souza
Introdução: A presente pesquisa surgiu a partir da iniciativa de graduandos do curso de
Psicologia da instituição de ensino superior Cesuca - Faculdade (Cachoeirinha, Rio Grande do
Sul, Brasil). A reflexão em pauta procura demonstrar a necessidade de considerar a
diversidade dos indivíduos numa visão integrada, ou seja, biopsicossocial e espiritual que
favorece o fortalecimento da identidade e ação terapêutica do tratamento. Objetivos:
Identificar a influência da Espiritualidade/Religiosidade sobre a saúde mental, bem como suas
contribuições como ferramenta terapêutica, considerando que o tema é frequente na vida dos
sujeitos e inerente à cultura, história e vida do ser humano. Metodologia: Trata-se de uma
pesquisa qualitativa, de caráter exploratório que pretende verificar a relevância do tópico para
participantes de um grupo de terapia comunitária que acontece no CAPS da cidade de
Cachoeirinha - RS. Para tanto, foi realizada inicialmente a aplicação de um questionário
estruturado com 20 participantes do grupo de terapia comunitária, no mês de Junho de 2017,
com o intuito de verificar suas impressões sobre o tema. Os participantes foram adultos, de
ambos os sexos entre 39 e 65 anos de idade, com prevalência de mulheres. Resultados: As
respostas do questionário manifestam em unanimidade que a Espiritualidade/Religiosidade é
vista pelos participantes como recurso importante na recuperação e administração do processo
de cura. Também se percebe que a Espiritualidade/Religiosidade faz parte do cotidiano para o
reestabelecimento e manutenção do bem-estar do público entrevistado. Discussão:
Problematizaram-se o posicionamento dos voluntários referente à importância da
Espiritualidade/Religiosidade para a evolução do tratamento, experiências em que a fé
auxiliou na superação de dificuldades, bem como relevância para o processo de cura. A
religião e a espiritualidade são consideradas recurso terapêutico, pois não estão em oposição à
medicina e à saúde, mas aliadas ao processo de recuperação. A fé e crença desempenham
papel relevante na terapia, podendo ser ferramentas utilizadas no processo de reabilitação de
pessoas com deficiências, aumentando a probabilidade de recuperação (Basmajian, 1999).
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Considerando que a religiosidade é freqüente na vida dos sujeitos e tem associações com
saúde mental, esta deve ser apreciada na pesquisa e na prática clínica. Aumentar o nosso
conhecimento do aspecto religioso, como qualquer outra dimensão psicossocial dos seres
humanos, contribuirá na prestação de saúde mental e para o alívio do sofrimento, ajudando as
pessoas a viverem plenamente (Moreira, Neto & Koenig 2006). Considerações finais:
Conclui-se que a crença proporciona ao paciente conforto, amparo, motivação, levando a
pessoa à melhora na qualidade de vida, criando significado e recursos de enfrentamento das
doenças.
Palavras-Chave: Espiritualidade. Saúde Mental. Reabilitação.
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A TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA RESGATANDO A CIDADANIA DAS
PESSOAS E FAMILIARES EGRESSOS DE HOSPITALIZAÇÕES PSIQUIÁTRICAS.
Autoria: Eva Solange Rosa de Oliveira, Dafne Schäfer e Kellen Guedes Cardoso
Introdução
A Oficina Resgatando a Cidadania é uma estratégia inclusiva para pacientes e familiares de
pacientes egressos de hospitalizações psiquiátricas, cujo curso crônico da doença gerou além
do empobrecimento mental, emocional e físico, a segregação social que em municípios rurais
é agravada pelas distâncias geográficas que dificultam a interação com a sociedade. O
sofrimento mental é decorrente do desequilíbrio das interfaces que se entrelaçam na vida
humana, para além do atendimento médico, farmacológico e hospitalar fazendo-se necessário
estruturar formas de atendimento comunitárias que atendam as necessidades dessa população.
Neste sentido, a Terapia Comunitária Integrativa (TCI) surgiu como ferramenta facilitadora do
processo de participação e inclusão social na Oficina Resgatando a Cidadania. Objetivo:
Garantir a inclusão e a reinserção social do grupo, fortalecer a autoestima e a autonomia
desses sujeitos e seus familiares, reduzindo as taxas de reinternações hospitalares.
Metodologia: O Município de Maratá/RS possui uma população de origem germânica de
2670 habitantes. Os participantes são as famílias cujos membros já tenham passado por mais
de uma internação psiquiátrica, que se mantenham simultaneamente vinculados ao tratamento
psiquiátrico e psicológico no Posto de Saúde. Os encontros da TCI ocorrem semanalmente
com o grupo Resgatando a Cidadania no Posto de Saúde. Resultados :Nos últimos dois anos
em que realizamos as rodas de TCI, ocorreu uma reinternação hospitalar dos 20 participantes
da oficina. Discussão: Conforme Grandesso 2005, a TCI possui como uma de suas
características preponderantes a versatilidade, presente em seus critérios inclusivos para a
formação, a simplicidade na coordenação dos grupos, a viabilidade para diversificados
contextos, distintas populações e faixas etárias. Para Freire 1980, o homem chega a ser sujeito
por uma reflexão sobre sua situação, sobre seu ambiente concreto e quanto mais ele refletir
sobre a sua situação concreta, mais ele emerge plenamente consciente, comprometido, pronto
a intervir na realidade para mudá-la. Esta reflexão promovida nos encontros da TCI com a
Oficina Resgatando a Cidadania está contribuindo para a valorização de todos os saberes dos
participantes, o que vem reduzindo o índice de reinternações hospitalares, pois os momentos
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críticos acabam sendo desdramatizados nas rodas, onde cada um aprende e ensina para o
enfrentamento da crise. Considerações finais: A TCI vem oportunizando vivências sociais de
troca, evocando reflexões decorrentes de um novo comportamento e consolidando, em seus
participantes, o poder de autonomia e superação que é característico de todo ser humano,
enfatizando o saber presente nas relações e as diversas possibilidades de se lidar com o
transtorno psíquico de forma a minimizar conflitos interiores, que devem ser contemplados no
processo de recuperação e reabilitação psicossocial que o grupo Resgatando a Cidadania
necessita.
Palavras-chave: Terapia comunitária integrativa. Cidadania. Saúde.
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A TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA COM ADOLESCENTES EM SITUAÇÃO
DE VULNERABILIDADE SOCIAL: ESTRATÉGIA DE RESILIÊNCIA E
CONSCIENTIZAÇÃO
Autoria: Gieri Alves
Introdução: As rodas de Terapia Comunitária Integrativa (TCI) com adolescentes, do sexo
masculino, de 12 a 14 anos, aconteciam num Serviço de Convivência e Fortalecimento de
Vínculos (SCFV) da cidade de Porto Alegre. Todos os adolescentes que frequentavam o
SCFV, no turno inverso da escola, encontravam-se em situação de vulnerabilidade social e a
média foi de 10 participantes por encontro. Objetivos: Impulsionar a autoestima; estimular a
resiliência, esperança e projetos de futuro; dialogar sobre assuntos da realidade dos
adolescentes; estabelecer vínculos positivos; analisar as consequências de escolhas;
compartilhamento de emoções, experiências e pensamentos e habilidades; propiciar o
empoderamento; consolidar a autonomia e habilidades de resolução de problemas de forma
individual e coletiva. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência acerca de um grupo
terapêutico facilitado pela autora, que realizava rodas de TCI com os adolescentes, uma vez
por semana, durante 4 meses. Totalizando 20 encontros, foi um espaço horizontal de
acolhimento e respeito para com as histórias e capacidades de cada um. Assim, esperava-se
instigar um espaço de diálogo no qual os adolescentes encontrassem novas formas de
construção de identidade superar adversidades e resolver problemas. Pautavam-se no
empoderamento, uma vez que os assuntos escolhidos pelo grupo eram abordados sem
imposições sociais, tabus e julgamentos. Resultados: O grupo empoderava os adolescentes,
ampliando as possibilidades de futuro pela coragem de sonhar e lutar, por exemplo através dos
estudos, paciência e persistência. Os assuntos escolhidos pelos adolescentes foram violência
do crime organizado, violência policial, tráfico de drogas, criminalidade, racismo,
preconceito, bullying, drogas, sexualidade, funk, rap e emoções. As rodas de TCI estimularam
a coragem de ter esperança e força para conquistar novos caminhos para o futuro.
Incentivaram, também, a consciência dos seus direitos e capacidades, além de possibilitar a
resiliência frente a tantas violências e privações sofridas. Discussão: As rodas de TCI atuaram
na prevenção de sofrimento e estimularam a resiliência, autoconfiança, autoestima, alegria e o
apoio mútuo através da troca de experiências e construção de respostas para a solução dos
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Anais do IX Congresso Brasileiro e VI Congresso Internacional de TCI – Porto Alegre / 2017
problemas. Assim, verificou-se que os vínculos se fortaleceram e aumentou consciência dos
adolescentes em relação a seus direitos e possibilidades.
Considerações finais: Percebeu-se que debater abertamente sobre assuntos como racismo,
crime e violência, presentes no cotidiano dos adolescentes, é uma forma eficaz e de baixo
custo de se construir efeitos positivos como o aumento da resiliência, conscientização e
reflexão; poderia haver a multiplicação de experiências como esta.
Palavras-chave: Terapia Comunitária Integrativa. Adolescentes. Resiliência.
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PROMOÇÃO DA SAÚDE E PREVENÇÃO DE COMPLICAÇÕES NA TERAPIA
COMUNITÁRIA INTEGRATIVA: SER MENINA E TORNAR-SE MULHER
Autoria: Gieri Alves
Introdução: As rodas de Terapia Comunitária Integrativa (TCI) eram realizadas com meninas
de 10 a 14 anos que estavam em situação de vulnerabilidade social. No turno inverso da
escola, frequentavam um Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) na
cidade de Porto Alegre. Objetivos- Trabalhar a promoção da saúde e prevenção de
complicações através dos seguintes aspectos: autocuidado e diálogo sobre a sexualidade;
fortalecimento da autoestima; reflexões sobre as consequências dos seus atos, direitos, deveres
e responsabilidades; debates sobre assuntos cotidianos relevantes para o grupo;
conscientização para sonhos e projetos de futuro; estímulo a vínculos positivos e
comunicação; expressão e manejo positivo das emoções; resolução de problemas e resiliência.
Metodologia- As rodas de terapia comunitária integrativa (TCI) ocorriam semanalmente, com
duração de 1 hora ao longo de 4 meses, totalizando de 20 encontros. O grupo era coordenado
pela autora e composto em média por 10 crianças e adolescentes do sexo feminino. Os
assuntos discutidos eram escolhidos pelas meninas que escutavam e eram escutadas, com
respeito e empatia. Resultados- O grupo constituiu-se como um espaço horizontal de
empoderamento, aprendizagem, apoio e resiliência. Todas meninas tinham baixa autoestima e
eram insatisfeitas com a sua aparência. Porém, aprenderam a se amar e a acreditar em si, nas
suas habilidades e força para concretizar os seus objetivos. A sexualidade foi um tema que
surgiu de forma intensa pois as adolescentes tinham diversas dúvidas. Criminalidade,
violência, machismo, padrões de beleza, gravidez na adolescência, uso de drogas e conflitos
entre amigas foram alguns dos assuntos abordados. Resolução de problemas, comunicação,
vínculos positivos, empatia, conscientização e habilidades sociais e emocionais foram
aspectos que as meninas aprimoraram nos encontros de TCI. Discussão - O grupo atuou
promovendo saúde, autoestima e qualidade de vida às participantes. O compartilhar
sentimentos, pensamentos e experiências juntamente com o apoio mútuo, levou à construção
de novas visões de mundo e possibilidades. O aumento da autoestima foi visível nas
adolescentes, que passaram a perceber mais o seu potencial bem como as suas qualidades,
habilidades, resiliência, beleza e a sua força interna. Considerações finais - A baixa autoestima
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Anais do IX Congresso Brasileiro e VI Congresso Internacional de TCI – Porto Alegre / 2017
das participantes do grupo parece ser resultado de diversos fatores como: privações da
pobreza; discriminação racial; padrões de beleza impostos através das relações de gênero e a
violência perpetuada por relações de poder. O grupo mostrou-se efetivo na promoção de saúde
mental e integral e na prevenção de danos e complicações como gravidez na adolescência,
DST’s, evasão escolar, violência e crime.
Palavras-chave: Adolescência. Feminino. Autoestima. Promoção. Prevenção.
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TCI- ESPAÇO GENTE E DIVERSIDADE SOCIAL
Autoria: Giselaine M.E Herreira, Mara Beatriz de Oliveira Eggert, Elenize Dalla Santa
Weber, Marta Maria Alves de Oliveira e Anemarie Deutrich
Introdução: O município de Campo Bom situa-se no vale do Rio dos Sinos distante cerca de
50 quilômetros de Porto Alegre. As diferentes manifestações culturais refletem a influência de
diversas etnias que povoaram esta região principalmente a germânica. Visto neste contexto de
vida diária, notou-se que a falta de diálogo, o corre-corre do dia, dia tem causado sofrimentos
para população, a exclusão social, também tem assolado as pessoas que precisam buscar a
solução, pois na maioria das vezes não tem com quem falar. A Terapia Comunitária tem se
mostrado um excelente recurso para do lidar com sofrimento decorrente da exclusão social,
pobreza, desemprego e violência que atingem a comunidades inteiras nossos pais. É um
procedimento terapêutico de fácil acesso e viável para grandes grupos. Objetivos: Promover
espaço saudável para que as pessoas busquem a solução e superação de suas dores através das
trocas de experiências acolhidas pela comunidade e terapeutas comunitários. Reforçar a
autoestima individual e coletiva. Acreditar que cada indivíduo é capaz de tornar-se mais
autônomo e menos dependente. Metodologia: O Espaço Gente acontece semanalmente na
Academia de Saúde desde 2014 e também quinzenalmente no CAPS (Centro De Atenção
Psicossocial) desde agosto de 2016.São realizadas rodas de conversa abertas aos pacientes do
CAPS e da comunidade em geral. A duração das rodas fica em torno de, trocam experiência se
já passaram por aquela situação, cantam músicas relativas ao tema. As rodas são realizadas
por profissionais Terapeutas Comunitários. População alvo: adultos, idosos adolescentes.
Resultados: Durante este período de 2014 a 2017 temos visto o crescimento o
empoderamento, também a participação da comunidade, pois temos acolhido pessoas que
chegam caladas criaram confiança e estão superando os desafios. O processo é lento muitos
ainda estão ouvindo e confiança, mas pelo simples vai fato de voltarem é sinal de que estão
buscando a superação de seus conflitos interiores querendo curar as suas dores. Vemos ainda
como resultado a inclusão social, algumas voltando para o trabalho, aprendendo a falar o que
pensam. Discussão: conforme o livro do Dr. Adalberto Barreto os passos da terapia
comunitária integrativa quando a boca cala os órgãos falam e ficar com isto retido vai estourar
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e quando estoura fede. Reter faz mal, e a maioria das doenças vem da alma calada que sofre e
não fala nada. Considerações finais: Durante as rodas foi possível observar que o homem
atual é solitário, sabe que é frágil, tem medos contidos, mas para a sociedade moderna mostrar
fragilidade é ser fraco por isso se isola no seu mundo interior, outro detalhe importante o
homem na atualidade não sabe lidar com suas perdas e seus fracassos. Tem medo de lidar com
seu eu interior.
Palavras-chave: Espaço Gente. Empoderamento. Sociedade.
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OBSERVANDO A TERAPIA COMUNITÁRIA EM UM CENTRO DE ATENÇÃO
PSICOSSOCIAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Autoria: Gracieli Mühl Zapello4, Bruna Larissa Seibel
2 e Silvana Cristina Born
3
Introdução: O presente trabalho é um relato de experiência profissional de estágio básico do
curso de Psicologia da instituição de ensino superior Cesuca - Faculdade Inedi (Cachoeirinha,
Rio Grande do Sul, Brasil). A observação deste trabalho foi realizada em um Centro de
Atenção Psicossocial (CAPS) da região metropolitana de Porto Alegre. Foi observado o
trabalho em um grupo de Terapia Comunitária (TC). Objetivos: O trabalho teve por objetivo
observar e identificar os processos terapêuticos presentes na roda de TC. Metodologia: O
presente trabalho teve delineamento qualitativo e foi utilizado método observacional. A
modalidade de observação adotada foi a de observação-participante. Foram realizadas cinco
observações, entre os meses de Agosto e Novembro de 2015. A entrada na instituição se deu a
partir de contato telefônico e entrevista com a psicóloga responsável pelo grupo. Os
participantes do grupo faziam parte da comunidade local, eram de ambos os sexos, adultos e
adolescentes, de idades variadas, com prevalência de mulheres de meia idade. Resultados:
Foi observado em cada reunião a escolha e a discussão de um tema. Os temas discutidos
foram: dependência financeira da renda de familiares e a falta de atenção dos filhos,
dependência química na família, processo de mudança da mulher em função da menopausa,
violência doméstica contra a mulher, luto pela perda de um ente querido. Em cada reunião
também observou-se a discussão de estratégias de enfrentamento para esses sofrimentos e
dificuldades. As estratégias citadas foram: diálogo com a família, busca de auxílio, esperança
de mudança, busca de informação com os profissionais da saúde, recuperação da auto-estima
do sujeito, fé em Deus, apoio da família, engajamento em trabalho voluntário, ajuda dos
profissionais da saúde mental e o apoio do grupo da TC. Discussão: O relato das estratégias
de enfrentamento sugere a ocorrência de um processo de aprendizagem significativa. Por que
é o saber do outro, que também sofre, que dialoga com a experiência do sujeito. O
4 Acadêmica do curso de Psicologia do CESUCA – Faculdade Inedi. Cachoeirinha, Rio Grande do Sul, Brasil
Email: [email protected] 2
Doutora em Psicologia pela UFRGS, Docente do Curso de Psicologia do CESUCA – Faculdade Inedi.
Cachoeirinha, Rio Grande do Sul, Brasil. Email: [email protected] 3 Psicóloga do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), responsável pelos grupos de Terapia Comunitária.
Cachoeirinha, Rio Grande do Sul, Brasil. Email: [email protected]
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conhecimento não é imposto, é compartilhado verticalmente. Essa aprendizagem dialógica é
capaz de formar sujeitos livres e capazes de lutar por seus direitos (Freire, 1984). Também
pode-se pensar que é de grande importância trabalhar com os aspectos saudáveis dos
indivíduos, em detrimento do foco em doenças. A psicologia está cada vez mais
comprometida com esse ideal, focar nas forças pessoais, nos aspectos positivos e nos
processos saudáveis dos indivíduos (Seligman, 2011). Considerações finais: Os dados
coletados com o trabalho de observação podem proporcionar um entendimento sobre os
processos terapêuticos presentes na TC. As rodas de TC promovem a criação de uma rede de
vínculo e apoio mútuo que pode auxiliar no enfrentamento das situações causadoras de
sofrimento psíquico. Os fundamentos da TC dialogam com a Educação Libertadora de Paulo
Freire e com o novo olhar sobre saúde mental proposto pelo movimento da psicologia
positiva.
Palavras-chave: Observação. Terapia Comunitária. Centro de Atenção Psicossocial.
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VIVÊNCIAS EM TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA DA TURMA MARLI
OLINA
Autoria: Jacqueline da Silva Ferreira Trajano e Turma TCI Marli Olina
Introdução: A Terapia Comunitária Integrativa(TCI) surge no âmbito da saúde pública no
ano de 2008 a ser implementada, dentro das Práticas Integrativas Complementares do SUS.
Tal prática atua como uma tecnologia leve de cuidado, promovendo a prevenção e promoção
da saúde (AZEVEDO et al., 2013). Ao longo do curso os alunos da Turma de TCI Marli Olina
(in memorian) foram acumulando experiências e sentiram a necessidade em relatar o que
vivenciaram. Objetivos: Relatar e promover reflexões sobre as experiências e mudanças que a
TCI provocou na comunidade e nos terapeutas ao longo do curso. Resultados: Durante o
curso, de setembro 2016 a julho 2017, observaram-se mudanças nos participantes e fluxos dos
locais onde foram promovidas, além das unidades de saúde, também nas instituições
escolares, para alunos e educadores, em associações, nas reciclagens, nas residências, nos
parques e praças, resultando no aumento do empoderamento dos participantes. Foram 1955
rodas com público total de 12.848 pessoas e público médio de 12 pessoas, sendo a turma
composta por 52 terapeutas. A TCI surgiu na vida dos alunos da turma Marli Olina não só
fazendo parte de uma mudança para as comunidades, mas também como fator de mudanças
internas dos terapeutas. Muitos relatos das vivências foram surgindo e uma apreciação das
mudanças ficou cada vez mais significativa. Exemplo disso aconteceu no último dia do curso,
além de finalizar a formação para alguns, também trouxe à tona frases engrandecedoras dos
terapeutas sobre os participantes. A aluna F. contou o quanto teve que sair do seu lugar de
detentora do conhecimento para conseguir viver a horizontalidade da roda ao citar: “...quando
soube que uma paciente da saúde mental iria me ajudar tive preconceito, hoje vejo quanto ele
me ajuda e guia a roda de terapia.” A aluna M. faz o relato de um menino que não a creditava
em si, por “não sentir-se gente, mas quando participava das rodas de TCI encontrava esse
espaço de acolhimento”. A aluna D. conta o quanto a TCI mudou sua vida quando cita: “nos
primeiros dias de curso expus questões pessoais muito importantes e nunca me senti tão
querida, recebi tanto carinho e abraços.” Conclusão: Os novos saberes possibilitou aos alunos
dessa turma, um nível maior de autoconhecimento, o exercício da humanidade e encerrou em
todos a capacidade do não julgamento. Crendo nas possibilidades infindas do ser, no que
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tange ao gerenciamento de estar apto a serenamente ouvir, acolher, trocar e crescer, num
tempo que será o de cada um. Essa turma é o retrato vivo de conquistas que já se deram, das
que estão em processo e das que hão de vir frente a semente plantada pela TCI. Nos
debruçamos na construção e entendimento da igualdade, irmandade, da solicitude, dos
processos culturais que nos enriquecem e aproximam, “falar de si próprio”, ápice da
sabedoria.
Palavras-chave: Práticas Integrativas Complementares. Terapia Comunitária Integrativa.
Relato de Experiência.
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CIRANDA DA ALEGRIA: TERAPIA COMUNITÁRIA E OUTRAS PRÁTICAS
INTEGRATIVAS NO FORTALECIMENTO DO INDIVIDUO CONTRA A DEPRESSÃO.
Autoria: Katia Silene Regina Brito da Silva e Tania Santos Nascimento e Rita de Cassia
Introdução: Devido a percepção do alto índice de atendimentos na nossa unidade básica de
saúde de pacientes com diagnósticos de depressão, situação que vem ocorrendo de forma
gradativa em nosso município. E sabedores de que a depressão tem sido avaliada como um dos
índices, mas severos de saúde mental que tem acometido a nossa sociedade atual. Tem sido a
depressão responsável pelo aumento de suicídios, surtos, e atestados de saúde e afastamento do
trabalho situação crescente nos indivíduos, percebendo-se que a doença não só acomete a sua
condição mental como também fragiliza todo o meio familiar e social onde o paciente vive.
Segundo dados estatísticos da OMS cerca 80% da população sofrerá com a depressão.
Objetivos: E baseado nesses dados e condições da severidade da doença vimos à necessidade
da implantação da terapia comunitária e outras praticas integrativas chamando o projeto de
Ciranda da Alegria buscando através das praticas integrativas ser uma referência no auto
cuidado USUÁRIO/FAMILIA visando assim a melhora das condições de saúde mental do
individuo, evitando-se desta forma as ocorrências acima citadas. Metodologia: Os pacientes
(Hipertensos, diabéticos e idosos) são identificados no atendimento pela psicóloga e em
consultas com outros profissionais da equipe de saúde como médicos e enfermeiras para que
se observe a condição de sofrimento e se encaminhe para as atividades da terapia e outras
praticas integrativas. Ou demanda aberta daqueles que sintam necessidade de participar, neste
dia é realizado um café da manhã terapêutico onde o paciente passa pela roda de terapia, e após
participa da terapia de outras praticas integrativas tais como: biodança, automassagem,
massoterapia, shiatsu, arteterapia, reflexologia, tai chi. Benefícios com a implantação da
Ciranda da Alegria: *Diminuição dos índices de depressão e internamentos e gasto com
medicamentos calmantes; *Implantação das praticas integrativas no município; *Atendimento
às pessoas em situações de depressão, através de ações efetivas de auto cuidado; * Melhoria
das condições de saúde mental, física, emocional dos munícipes; *Melhora dos índices de
desequilíbrio da hipertensão e diabetes, aumento da auto estima e auto cuidado dos pacientes.
Discussão: A depressão é um distúrbio afetivo, no sentido patológico há presença de tristeza,
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Anais do IX Congresso Brasileiro e VI Congresso Internacional de TCI – Porto Alegre / 2017
pessimismo, baixa autoestima, e foi imprescindível neste projeto a terapia comunitária que por
ser uma atividade grupal fez com que as pessoas ficassem em contato com outros relatos de
sofrimento e superação, ajudando assim no empoderamento do individuo. E a utilização das
outras praticas integrativas que os despertou para o auto cuidado com corpo. Considerações
finais: A terapia comunitária integrativa, em conjunto com outras praticas integrativas, ajuda o
individuo de forma positiva na redução do estresse emocional e físico como nas doenças
psicosomáticas levando-o a um estado completo de bem estar.
Palavras-chaves: Resiliência. Auto cuidado. Integralidade do ser. Empoderamento de si
mesmo.
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Anais do IX Congresso Brasileiro e VI Congresso Internacional de TCI – Porto Alegre / 2017
TCI E RESILÊNCIA PESSOAL E COMUNITÁRIA
Autoria: Luna Gomberg, Cibele Amora, Luciana Velloso
Introdução: A situação de risco social em que 250 famílias da Associação Saúde Criança
(ASC) se encontram tornam suas carências emocionais e afetivas vulneráveis mas , em
contrapartida, a resiliência pessoal e comunitária é aflorada e fortalecida nas rodas de TCI.
Objetivo: Empoderamento dos participantes para enfrentamento de suas vidas, num ambiente
de caos social e isolamento afetivo, através da demonstração de resiliência dos seus pares.
Metodologia: O estudo foi feito na ASC, em sua sede , dentro do projeto Aconchego , que
realiza Rodas de TCI, em meses intercalados. São 250 famílias , todas em risco social, onde
seus filhos doentes são atendidos no Hospital da Lagoa ou no Hospital Maternidade Maria
Amélia Buarque de Holanda , com a participação de mães, pais, avós ou responsáveis pelas
crianças assistidas na faixa etária de 0 a 18 anos, no ano de 2016 e até o presente momento. Os
procedimentos foram: Instrumentos adotados – Avalíação feita por uma pessoa que escreve os
relatos , após a roda de TCI, para saber como foi o trabalho naquele dia. Avaliação das
famílias após 1 ano na instituição, no setor de Psicolologia, para saber qual a mudança na
vida delas depois que entraram para a ASC, através de depoimento .Avaliação anual de todos
os setores da instituição ,inclusive a Roda de Terapia, através de aplicação de metodologia
estatística, indicando índice de satisfação e se houve mudança na vida dessa pessoa e qual o
tipo de mudança. Avaliação final feita pelas famílias quando recebem alta. Forma de análise:
Gráficos e depoimentos. Resultados - Os resultados quantitativos obtidos na pesquisa anual ,
do ano de 2016, foram de 95% de aprovação da TCI , avaliando os diversos setores da
Instituição. Nas avaliações em formulários após um ano na instituição , ao responderem à
pergunta : “ O que você aprendeu e acha mais importante, desde que começou o seu
atendimento na ASC? ”Declaram que a roda é a experiência mais forte, trocam saberes e se
dão conta que há graduações nas dificuldades de vida e, com isso, ganham recursos para lidar
com os seus próprios problemas. Nas avaliações de ”feedback” dos trabalhos de cada mês, há
incidência de respostas como: a sensação de alívio e de como os exemplos de superação e
resiliência serviram para o seu fortalecimento pessoal e a sua capacidade de superação. Troca
de telefones, gestos de solidariedade e o famoso “tampa e panelinha” fortaleceram a
capacidade de resiliência dos participantes . Considerações finais: A TCI proporciona uma
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Anais do IX Congresso Brasileiro e VI Congresso Internacional de TCI – Porto Alegre / 2017
força de empoderamento aos participantes em que a capacidade de superar as adversidades,
dentro do caos social e solidão em que vivem, estimulam a resiliência pessoal e comunitária,
demonstrando que a boca que fala tem as artérias do grupo que bombeiam seu coração .
Palavras-chave: Terapia Comunitária Integrativa. Resiliência.
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Anais do IX Congresso Brasileiro e VI Congresso Internacional de TCI – Porto Alegre / 2017
PAPO DE MULHERES NA ESTRATEGIA DE SAÚDE DA FAMILIA IMIGRANTE
NORTE-CAMPO BOM-RS
Autoria: Mara Beatriz de Oliveira Eggert, Marta Maria Alves de Oliveira, Elenize Dalla
Santa Weber e Regiane Michelon.
Introdução: Iniciou em 2010 da necessidade das mulheres da Estratégia de Saúde da Família
Imigrante Norte terem espaço semanal para falar sobre “coisas de mulheres”. A equipe
percebeu que mulheres do bairro eram solitárias, viúvas, ansiosas, tristes e nas consultas
médicas, enfermagem e visitas dos agente comunitários de saúde usavam medicações
ansiolíticas e antidepressivas. Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde) depressão é a
principal causa de incapacidade em todo o mundo. As mulheres são mais afetadas pela
depressão que pode causar grande sofrimento e disfunção no trabalho e na família. Pessoas
com depressão também sofrem com sintomas como ansiedade, distúrbios do sono e de apetite
e podem ter sentimento de culpa ou baixa autoestima. A depressão resulta de uma complexa
interação de fatores sociais, psicológicos e biológicos. Nesse contexto, a terapia comunitária é
introduzida pela médica especializada em terapia comunitária com auxílio da enfermeira da
unidade. Essa profissional médica já saiu da UBS e o grupo seguiu se encontrando
semanalmente na unidade de saúde. No ano de 2014 ocorreu a formação de 4 terapeutas
comunitários que passaram a intervir com metodologia da terapia comunitária no grupo.
Objetivo geral: Acolher mulheres em situação de fragilidades diante da vida para resgate da
autoestima e acolhimento humanizado na estratégia de saúde Imigrante Norte. E auto cuidado
de sua saúde mental na prevenção das doenças na comunidade. Metodologia: Terapia
comunitária integrativa onde as mulheres são convidadas a participar de rodas pelos
profissionais de Estratégia de Saúde da família do Imigrante Norte. As rodas semanais iniciam
com acolhimento, através de músicas, dinâmicas “quebra gelo” criando um clima de amizade
e companheirismo no grupo, dar boas-vindas, celebrar aniversários, respeitar regras de
silêncio, sigilo, usar verbo na 1º pessoa do singular e encerrar com conotações positivas.
Segundo Barreto o modelo participativo da terapia comunitária se apoia nas competências das
pessoas. Quem tem problemas tem soluções, valorizando as experiências individuais,
reconhecendo a contribuição de cada pessoa também contribuindo para criação e o
fortalecimento de vínculos entre as pessoas, grupos e comunidade. Resultados: Melhora da
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Anais do IX Congresso Brasileiro e VI Congresso Internacional de TCI – Porto Alegre / 2017
afetividade junto a família, equipe de saúde e comunidade. As mulheres passaram a participar
da vida comunitária, dos passeios proporcionados pela equipe e reuniões de comunidade,
investindo no lazer e grupos de artesanato. Empoderamento, passando a se valorizar como
mulher, melhorando sua autoestima, sorrindo e cantando, dividindo suas alegrias nas rodas de
terapia Comunitária. Considerações finais: Nas rodas de terapia, constatamos que a
metodologia utilizada permite nos aproximar das mulheres, respeitando sua singularidade e
conhecendo suas histórias de vida. E que elas não estão sozinhas na caminhada, resgatando
autoestima e sentimento pertencente ao grupo e a comunidade.
Palavras-chave: Acolhimento. Empoderamento. Terapia. Comunidade.
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Anais do IX Congresso Brasileiro e VI Congresso Internacional de TCI – Porto Alegre / 2017
TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA COMO ESTRATÉGIA DE CUIDADO PARA
MULHERES QUE VIVENCIAM O CLIMATÉRIO
Autoria: Estela Rodrigues Paiva Alves , Brena Stefani Meira Acioly de Sousa, Nayanne
Ingrid Farias Mota, Camila Carla Dantas Soares, Maria de Oliveira Ferreira Filha, Maria
Djair Dias
Introdução: A terapia comunitária Integrativa (TCI) é uma tecnologia do cuidado que vem se
desenvolvendo em vários municípios brasileiros dentro da Estratégia Saúde da Família (ESF).
A Enfermagem exerce papel importante no processo do cuidar, na ESF e tem atuado no
cuidado com as mulheres em todas as fases da vida. Esse contato permite que a enfermeira
investigue sentimentos peculiares vivenciados pelas mulheres, segundo a fase de vida que se
encontram, incluindo o climatério. Este é um processo de transformação condicionado não só
aos aspectos biológicos, mas principalmente aos aspectos psicosocioculturais. Objetivo:
avaliar a influência da TCI na redução de sinais e sintomas da depressão em mulheres que
vivenciam a fase do climatério. Metodologia: Trata-se de um recorte de uma pesquisa
intervenção, que vem sendo realizada no município de João Pessoa/PB pelo
GEPSMEC/UFPB. A amostra foi formada por 6 mulheres usuárias de uma Unidade de Saúde
da Família e, que se encontravam vivenciando o climatério. Foram escolhidas aleatoriamente,
obedecendo ao critério de idade, entre 40 e 65 anos. A intervenção ocorreu através de 12 rodas
de TCI, conduzidas por enfermeiras terapeutas comunitárias, no período de março a junho de
2016. Utilizou-se para coleta de dados, antes e depois, o Inventário de Depressão de Beck
(BDI). Os dados foram analisados com base na estatística simples e na literatura pertinente.
Resultados: dentre as 6 mulheres que participaram das rodas, 4 foram classificadas dentro do
grau leve à moderado e, 2 dentro do grau de moderada à grave. Durante as rodas apenas uma
delas mencionou o uso de antidepressivos. Os temas mais abordados foram: conflitos
familiares, ciúme conjugal, síndrome do ninho vazio, resiliência, uso de drogas na família,
tristeza/luto e liberdade. Ao final dos 12 encontros, o BDI mostrou que houve uma melhora
significativa do grau de depressão em todas as participantes. Discussão: As alterações que
ocorrem devido à deficiência estrogênica quando aliados aos problemas decorrentes da
construção cultural e à individualidade da mulher, são responsáveis por manifestações clínicas
somáticas e psicológicas, determinando o surgimento das alterações do humor, exteriorizadas
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Anais do IX Congresso Brasileiro e VI Congresso Internacional de TCI – Porto Alegre / 2017
por nervosismo, depressão e ansiedade. Na medida em que se criam espaços de fala para
exteriorização desses sintomas, os transtornos de humor de grau leve e moderado tendem a
diminuir. Considerações finais: A TCI na ESF é um instrumento importante para a
diminuição do sofrimento mental ao permitir que estas mulheres sejam ouvidas e ouçam as
outras, na busca pela resolução dos seus problemas. Na medida em que se criam espaços de
problematização das inquietações cotidianas, as quais vão muito além do envelhecimento com
suas características naturais e fisiológicas se promove a saúde e diminui a busca pela receita.
Palavras-chave: Terapia Comunitária Integrativa. Saúde Mental. Saúde da Mulher.
Climatério. Enfermagem.
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Anais do IX Congresso Brasileiro e VI Congresso Internacional de TCI – Porto Alegre / 2017
RELATOS DE UMA EXPERIÊNCIA DE TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA
COM USUÁRIOS DE DROGAS E SEUS FAMILIARES: ESCUTA GENEROSA E
CONVERSAÇÃO DIALÓGICA
Autoria: Marilene Grandesso, Eroy Silva, Marcia Volponi, Eroy Silva, Sandra Grandesso,
Regina Tuon, Liz Luisi e Yone de Moura
Introdução: Este pôster apresenta uma análise de documentos e de depoimentos de
participantes sobre o significado para suas vidas das rodas de TCI que vêm sendo realizadas
na UDED - Unidade de Dependência de Drogas do Departamento de Psicobiologia da
UNIFESP na cidade de São Paulo, numa parceira entre a equipe INTERFACI – Instituto de
Terapia Família, Casal, Comunidade e Indivíduo e a equipe UDED, desde 2011. Objetivo:
Pretendemos apresentar resultados desses seis anos de prática e de uma investigação de caráter
qualitativo e exploratório sobre os efeitos das TCI realizada com uma população, na sua
predominância, envolvida no uso de drogas. Metodologia: Descrevemos e analisamos
resultados encontrados nas rodas de TCI. Ouvimos depoimentos de participantes das nossas
rodas e analisamos nossos vídeos gravados e dados de registros de observação realizados a
cada encontro. Obtivemos a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da UNIFESP para
transformarmos relatos da experiência de participantes das nossas rodas de TCI em objeto de
nosso estudo e reflexão. Resultados: Fizemos uma caracterização dos grupos atendidos ao
longo dos seis anos de parceira entre as equipes da UDED e INTERFACI e análise de
depoimentos de participantes, bem como uma síntese dos resultados que temos obtidos. Foram
realizadas 60 rodas de TCI, com a presença média de 20 pessoas da comunidade e 10 pessoas
das equipes, totalizando 1.383 pessoas. Os principais temas colocados pelos participantes
foram: Dor e saudade pela morte de filhos e outros familiares; Conflitos, impotência e dúvidas
nas relações dos familiares com usuários de drogas; Fragilidade e impotência para lidar com
vida devido depressão/pânico; Dificuldades nas relações familiares; Violência intrafamiliar;
Timidez. As rodas de TCI reuniram um público heterogêneo com predominância de mulheres.
Discussão: Observamos que as rodas, inicialmente voltadas para os usuários de drogas e suas
famílias, passaram a agregar pessoas das várias regiões da cidade de São Paulo, trazendo suas
inquietações em relação a várias outras situações da vida familiar, tais como, sentimentos de
depressão, dificuldades em lidar com timidez, violência urbana. Os depoimentos dos
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Anais do IX Congresso Brasileiro e VI Congresso Internacional de TCI – Porto Alegre / 2017
participantes das rodas apontam aspectos importantes do papel da TCI nas suas vidas,
ressaltando o significado efetivo desta prática para os participantes.
Palavras-chave: Família. Escuta generosa. TCI. Conversação Dialógica.
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Anais do IX Congresso Brasileiro e VI Congresso Internacional de TCI – Porto Alegre / 2017
(RE) CONSTRUÇÃO DE SI NA INTERLOCUÇÃO DE DIVERSIDADES –
VALORIZANDO SABER POPULAR
Autoria: Najla Nassere e Sonia Canabarro Soares
Considerando o grande número de pessoas em sofrimento e a falta de uma rede de apoio para o
enfrentamento e suporte em momentos de adversidades, verificamos a necessidade de criar um
grupo, no município de Novo Cabrais, denominado pelos próprios participantes de “Grupo
Suporte”. O objetivo é oportunizar um espaço de escuta, troca de saberes e fortalecimento de
vínculos entre os participantes, promovendo através desta interação uma nova construção
psíquica sobre si e sobre seus relacionamentos. Nesta interlocução, o participante se reorganiza e
identifica dentro de si respostas para questões de ordem pessoal e relacional. Tal dinâmica
interativa e construtiva reforçam-no como autor de sua vida, tendo em vista a valorização de seu
saber, oportunizando a construção de novos saberes a partir da fala dos outros membros do
grupo. Os participantes são usuários do CRAS de Novo Cabrais, portadores de deficiência – seja
ela física ou psíquica. Neste último incluem-se sofrimentos como luto, depressão, conflitos
familiares, alcoolismo, entre outras questões psicológicas. Entendemos que a pessoa com
sofrimento está deficiente na área emocional, sem capacidade de resolver sozinha seus
problemas. O grupo ocorre quinzenalmente, tendo duração de 1 hora e meia, encerrando com
lanche coletivo. Deixamos a vontade quem quer falar e respeitamos aqueles que optam pelo
silêncio, entendendo que cada um tem o seu tempo. Relembramos sempre a questão do sigilo. Os
participantes escutam a situação exposta, dão depoimentos de vivências semelhantes que
enfrentaram e como conseguiram resolver. As profissionais são mediadoras e facilitadoras na
interlocução das falas e do saber dos próprios membros, promovendo assim autonomia,
confiança, encorajamento e autoestima na resolução de suas questões pessoais. Vale ressaltar que
a ciência, espiritualidade e as crenças populares norteiam as falas, como referenciado pelo
criador da Terapia Comunitária. Nesta trama desafiante para nós profissionais, encontramos um
novo espaço terapêutico, não determinado a priori, mas construído nas relações grupais e que
configura-se como acolhedor, terapêutico, e de verdadeiro “suporte”. Não há um saber
hegemônico dominante e é exatamente isto que liberta cada um a expressar-se. Barreto (2005)
salienta que este choque de percepções entre ciência e saber popular desembocam num grande
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Anais do IX Congresso Brasileiro e VI Congresso Internacional de TCI – Porto Alegre / 2017
desafio, necessário para grandes transformações internas e novas construções. Nesta direção, a
psicóloga Salete Monteiro Amador, pós graduada em Saúde Coletiva pela Fundap, supervisora
de Terapia Comunitária, e assessora técnica em saúde pública, frisa que nesta partilha, todos são
corresponsáveis na busca de soluções para sofrimentos e problemas do cotidianos. Pré conceitos
e estereótipos são diluídos, havendo a construção de um espaço comunitário saudável, sem
julgamento, proporcionando aconchego, confiança e valorização da história de cada participante.
Palavras- chave: Sofrimento psíquico. Suporte. Vínculos. Saber. Construção.
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Anais do IX Congresso Brasileiro e VI Congresso Internacional de TCI – Porto Alegre / 2017
ENCONTROS INTERPESSOAIS E INTERCOMUNITÁRIOS PARA AUTONOMIA: DA
DEPENDÊNCIA AO EMPODERAMENTO
Autoria: Sabrina Dutra dos Santos Medeiros
A promoção do trabalho em grupo, das relações sociais, de forma horizontal e circular,
fomenta a busca de soluções para os problemas do cotidiano e o fortalecimento dos mais
frágeis, reconstruindo os vínculos sociais. O indivíduo acha solução para seus problemas no
coletivo e suas interações, no compartilhar com o outro e no respeito às diferenças. E é entre
os conflitos, medos e dúvidas, num ambiente sem julgamentos, onde se valorizam as
diferenças individuais e as experiências de vida de cada um, que se reconstrói o sentimento de
pertencimento, que se fortalece a auto estima, e se manifesta o emponderamento pessoal.
Entende-se que fazer prevenção ao uso de drogas é promover a inclusão social, principalmente
para aquelas, cujas demandas as colocam mais expostas aos fatores de risco e mais
vulneráveis ao uso e abuso de substâncias psicoativas. A construção de redes sociais que
geram vínculos de solidariedade entre as pessoas da comunidade, constitui fatores de proteção
de grande importância tanto para o tratamento dos dependentes químicos, tanto para os
familiares que sofrem com essa problemática, quanto para prevenção ao uso indevido de
drogas. E é através das relações interpessoais e intercomunitárias que pode ser trabalhados os
vários domínios da vida do indivíduo e do coletivo, como familiar, profissional, comunitário,
cultural entre outros. O sofrimento humano é decorrente do macro contexto socioeconômico
político e social, por ser assim, as respostas devem ser também da mesma forma, sistêmica,
mobilizando recursos da multicultura da comunidade. As situações de dependência estão
ligadas ao contexto sociocultural dos indivíduos, tornando uma forma e fuga das adversidades
e do estresse. As soluções podem e devem ser buscadas no coletivo e em suas interações, no
compartilhar, nas identificações com o outro e no respeito às diferenças. Segundo Barreto
(2008), o empoderamento do ser humano acontece quando ele aceita ser um sujeito ativo,
passa a aprender com sua história e não mais tem vergonha de suas origens étnicas e dos seus
valores culturais construídos pelos seus ancestrais. No caso dos dependentes químicos, é
quando se sentem pertencentes à comunidade novamente, após serem excluídos pela
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Anais do IX Congresso Brasileiro e VI Congresso Internacional de TCI – Porto Alegre / 2017
sociedade por preconceitos e estigmas, que os transformam em “lixo da sociedade”. Deste
modo, o sujeito apoiado, compreendido pela família ou rede de apoio, mais condições internas
terá para enfrentar crises, problemas e criar alternativas para se autogerir. (SOUZA, 2010). O
trabalho exposto vem ao encontro da busca por empoderamento, pois é a comunidade que age
onde a família e as políticas sociais falham. Foi realizado através de pesquisa bibliográfica e
experiências em rodas realizadas em grupo de apoio à familiares de dependentes químicos.
Conclui-se que o abuso de drogas é um dos fatores de exclusão social dos indivíduos e que
podem gerar rupturas em praticamente todas as instituições sociais, na família, no trabalho, e
outras redes sociais, sobrando somente o grupo dos consumidores e dos traficantes. Por isso a
Terapia Comunitária Integrativa (TCI) tem sido de grande importância nos grupos de apoio,
nas comunidades terapêuticas e nas próprias comunidades, trabalhando o indivíduo que se
encontra em dependência de algo ou alguém, e abrindo novos horizontes para ser autor da sua
própria história.
Palavras-chave: Dependência. Autonomia. Rede Social.
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Anais do IX Congresso Brasileiro e VI Congresso Internacional de TCI – Porto Alegre / 2017
TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA (TCI) E O CONTROLE DE HIPERTENSÃO -
RELATO DE EXPERIÊNCIA-
Autoria: Surli Belchior Oliveira Camargo e Roseli Aparecida Pincetta Zaninelli
Introdução: o presente trabalho trata-se de um relato de experiência com rodas de terapia
comunitária, cujos participantes foram pessoas que dependiam de medicação para o controle
da pressão alta. O grupo surgiu no final de 2015, devido alta distribuição de medicamentos
hipertensivos na UBS Padovani, no município de Londrina/PR. Objetivos: conscientizar, por
meio das rodas de TCI, os pacientes usuários de medicação de que eles não estão sozinhos e
na TCI encontram apoio e acolhimento para as dificuldades do cotidiano; bem como, diminuir
o uso de medicação. Metodologia: Utilizou-se como metodologia as rodas de TCI que
aconteceram semanalmente durante todo o ano de 2016. Foram selecionados os pacientes
hipertensos que utilizavam medicação regular. Os pacientes foram indicados pela equipe
médica e de enfermagem da UBS. Em média as rodas tiveram 15 participantes hipertensos. Os
dados foram obtidos com aferição de pressão antes do início da roda de TCI e ao final dela,
bem como, por meio de discussão dos casos nas reuniões de equipe da UBS com médicos e
enfermeiras e terapeuta comunitária responsável pela rodas de TCI. Os depoimentos
espontâneos foram coletados no ritual de agregação ao final de cada roda, bem como durante
as visitas nas casas dos participantes realizadas pelas agentes comunitárias e terapeuta
comunitária. Foram realizadas 45 rodas no ano de 2016. O trabalho resultou, nos participantes
assíduos em: 20% (03) dos participantes retornaram ao médico para diminuir a quantidade de
medicação; 33,3%(05) dos participantes tiveram a pressão normalizada e o fim do uso de
medicação extra. Ou seja, 53,3 % dos participantes assíduos tiveram melhora significativa no
quadro de hipertensão. O número só não foi maior em função da rotatividade dos
participantes. Como ilustração dos resultados qualitativos, destaca-se os seguintes relatos:
senhor Valter, 63 anos,“ precisei diminuir a quantidade de medicação, pois estava tendo queda
de pressão depois de participar das rodas”; e Dona Floripes, 79 anos, “a terapia comunitária
foi à melhor coisa que aconteceu na minha vida, pois encontrei um local para diminuir as
tensões do dia a dia”. Considerações finais: portanto, as rodas de TCI possibilitaram o
fortalecimento dos laços entre UBS e comunidade; maior agilidade nos encaminhamentos para
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Anais do IX Congresso Brasileiro e VI Congresso Internacional de TCI – Porto Alegre / 2017
saúde e outros serviços da rede; a melhora na qualidade de vida e nas relações familiares e
comunitárias, bem como a diminuição de crises hipertensivas oriundas do estresse cotidiano.
Palavras-chave: Hipertensão. Qualidade de Vida. Acolhimento. Terapia Comunitária
Integrativa.
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TCI: DAS ADVERSIDADES À SUPERAÇÃO E CRESCIMENTO PESSOAL, SOCIAL E
COMUNITÁRIO.
Autoria: Valdivia Gonçalves Lucas e Jacqueline da Silva Ferreira Trajano
Um dos maiores desafios para qualquer trabalhador na área de saúde dentro de uma
comunidade é trabalhar com a Turminha do " Não dá Nada", "Nada a Ver", isto é, nossos
amados e desafiadores adolescentes. Em 2015 a Estratégia de Saúde da Família TIJUCA em
Porto Alegre/ RS, através da agente de saúde Valdivia aceitou o desafio de formar um grupo
de adolescentes para aproximá-los do serviço de saúde. O Público escolhido foi uma micro
região vulnerável e uma das mais violentas da região, a Vila Nova Chocolatão, os
adolescentes desta área convivem diariamente com o descaso, discriminação e preconceito nas
escolas, serviços de saúde, transporte público, vizinhos, procura por estágios e empregos. O
tráfico, violência doméstica, desemprego batem em suas portas diariamente. A primeira ação
foi promover um baile de debutantes para 10 meninas, em 2015, que foi um sucesso, a partir
de 2016 os encontros passaram a ser semanais na Biblioteca Comunitária da Vila. Nosso
objetivo com esta ação foi disponibilizar um espaço onde os adolescentes, de 12 a 17 anos
possam se encontrarem, escolher os assuntos a serem debatidos, esclarecer suas dúvidas e nós,
de acordo com o assunto escolhido levamos o profissional da área. Acadêmicos de
enfermagem da PUC somaram-se ao nosso grupo, jovens profissionais de várias áreas já
passaram por nossos encontros dando seus depoimentos. No início de 2017 as terapeutas em
formação Valdivia e Jacqueline em mais um desafio, incluíram as Rodas de Terapia com o
objetivo de trazer mais uma ferramenta de proteção, relaxamento e cuidado à saúde do
adolescente. A primeira roda foi tímida, medo de falar de seus sentimentos, “risadinhas
debochadas”, mas pediram uma segunda com a promessa de cada um trazer mais um e assim
aconteceu. As Rodas agora fazem parte do calendário de encontros do grupo, falar dos seus
medos, culpas, suas inseguranças, dançar e cantar todos sabem que ali é seu espaço. A evasão
escolar diminui, e nosso objetivo é mostrar para estes adolescentes, que eles têm direito e
podem lutar por seus sonhos. Essa turminha que hoje, dançam e cantam nas rodas, estarão em
novembro de 2017 lançando um livro de contos, frases e poesias, contando suas histórias,
além do evento do segundo baile de debutantes que contemplará 20 adolescentes.
Palavras-chave: Comunidade. Adolescente. Terapia Comunitária Integrativa
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TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA: UM RECURSO INOVADOR NO
FORTALECIMENTO DE VÍNCULOS INTERPESSOAIS
Autoria: Natalia Silva de Souza1,,
Vagna Cristina Leite da Silva Pereira2,
Maria de Oliveira
Ferreira Filha3
Introdução: As transformações socioeconômicas e culturais na sociedade têm contribuído
para a fragilização dos vínculos. Essa debilidade dos laços tem afetado a dinâmica das
relações interpessoais que vem resultando em sofrimento psíquico e a Terapia Comunitária
vem se apresentando como uma tecnologia leve de cuidado que tem como objetivo a
promoção da saúde mental através do fortalecimento de redes de apoio. Diante dessa realidade
o objetivo geral dessa pesquisa foi Investigar a contribuição da Terapia Comunitária
Integrativa para o fortalecimento de vínculos interpessoais entre seus participantes. Método:
Trata-se de uma pesquisa do tipo exploratória descritiva com abordagem quantitativa realizada
no Centro de Práticas Integrativas e Complementares Equilíbrio do Ser, localizado no
Município de João Pessoa/PB. A população do estudo foram 60 usuárias cadastradas no
serviço, sendo definida uma amostra de 37 participantes das rodas de Terapia Comunitária,
segundo os critérios de inclusão. O instrumento para coleta de dados foi à escala de vínculos
elaborada por Adalberto Barreto. Os resultados foram apresentados em tabelas e analisados
de acordo com literatura. De acordo como o perfil verificou-se que a maioria são mulheres,
com idade de 59 anos, aposentadas, casadas e católicas. Foi identificado que as pesquisadas
possuem vínculos fortalecidos com uma média de 23,2 (2,7=DP), resultado acima da média
proposta pelo idealizador do instrumento, foi visto também o predomínio dos vínculos
saudáveis para os quesitos que se referem a família, 46% (17), vínculo conjugal 30% (11),
Vínculo filial 62% (23) e Vínculo de amizade 59% (22) e vínculo social com 65%. Discussão:
As rodas de TCI contribuí para o fortalecimento dos vínculos dos seus participantes,
verificou-se a ocorrência de transformações no comportamento individual e no fortalecimento
dos laços de sociabilidade entre as pessoas investigadas. Foram consolidadas redes de apoio
que permitiram aos participantes o compartilhamento de experiências que contribuiu para o
fortalecimento dos vínculos afetivos e sociais. Conclusões: Portanto, a Terapia Comunitária
Integrativa vem contribuindo para fortalecimento dos vínculos interpessoais é uma tecnologia
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leve de cuidado que favorece mobilização social, construção e fortalecimento de redes sociais,
promovendo ações de saúde e de prevenção ao adoecimento psíquico entre seus participantes.
Palavras-chave: Saúde mental. Terapia Comunitária Integrativa. Vínculos.
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MODALIDADE: OFICINAS
TÍTULO DA OFICINA:
ATENÇÃO PLENA (MINDFULNESS) - EQUILÍBRIO EMOCIONAL E SAÚDE
Ementa:
Fundamentadas na convergência da Ciência Moderna com as Tradições Milenares de Práticas
Contemplativas, as práticas de Atenção Plena (Mindfulness) oferecem meios simples e
práticos de cultivar qualidades como foco, atenção, auto-percepção, consciência corporal,
estabilidade mental e regulação emocional.
Coordenação: Mariano Pedroza
Metodologia:
A oficina combina apresentação teórica com a prática de técnicas de Atenção Plena e
momentos de partilha e integração das percepções e experiências vivenciadas.
Mariano Pedroza é Terapeuta Comunitário,
Terapeuta Corporal, Analista Bioenergético-CBT
e Terapeuta de Trauma (SE, TRE, KReST). É
Instrutor Sênior de Mindfulness (Atenção Plena)
pelo Mindfulness Trainings International - MTI e
membro da Associação Brasileira de
Mindfulness - ABraMind www.abramind.org
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Anais do IX Congresso Brasileiro e VI Congresso Internacional de TCI – Porto Alegre / 2017
TÍTULO DA OFICINA:
CONVIVÊNCIA É FORMA – VINCULO É RESULTADO
Ementa:
Facilitar o desenvolvimento de processo coletivos
Facilitar a comunicação e a expressão consigo e com outros
Contribuir com praticas colaborativas
Despertar sonhos
Coordenação: Maria José Mendonça
Metodologia:
Diversas atividades artísticas, jogos sonoros expressão corporal num ambiente lúdico e
descontraído.
Assistente Social PUCPR (2005) . Mestre em
Gestão Urbana PUCPR (2008). Profissional de
Desenvolvimento Social - PROFIDES / Instituto
Fonte para o Desenvolvimento Social. Sócia
fundadora da A&C Capacitação Profissional e
Gerencial, que atende profissionais e
organizações que atuam em projetos e
programas socioassistenciais Terapeuta
Comunitária Integrativa. Membro da
ABRATECOM, Associação Brasileira de Terapia
Comunitária Integrativa. Integrante da equipe
de facilitadores do CAIFCOM.
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Anais do IX Congresso Brasileiro e VI Congresso Internacional de TCI – Porto Alegre / 2017
TÍTULO DA OFICINA:
O QUE FAZ DE MIM UM TERAPEUTA COMUNITÁRIO?
Ementa:
A oficina tem por objetivo possibilitar a reflexão conjunta dos participantes sobre a TCI e sua
repercussão na vida de cada um que a pratica. Utilizando materiais simples, música, técnicas
corporais e compartilhamento de percepções e ideias, buscaremos refletir sobre a construção
coletiva e o trabalho em equipe.
Coordenação: Perlucy Santos e Regina Melo
Metodologia:
Exercícios de consciência corporal, respiração, integração lúdica, trabalho artístico coletivo,
vivência das TRAE: O Túnel do amor e da confiança, partilha.
Perlucy Santos – Terapeuta Comunitária,
facilitadora das Técnicas de Resgate da Autoestima,
segundo o Prof. Adalberto Barreto, formadora em
TCI pelo Mismec-DF e Mismec-GO, participante do
Polo de Cuidado Cuidar-se/MA.
Regina Melo – Terapeuta Comunitária, facilitadora
das Técnicas de Resgate da Autoestima, segundo o
Prof. Adalberto Barreto, formadora em TCI pelo
Mismec-DF, Polo Muyumpa-Equador e participante
do Polo de Cuidado Cuidar-se /MA.
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Anais do IX Congresso Brasileiro e VI Congresso Internacional de TCI – Porto Alegre / 2017
TÍTULO DA OFICINA:
VIAGEM EM DIREÇÃO A UM FUTURO PREFERIDO: TRABALHANDO
COM NARRATIVAS
Ementa:
Esta oficina se propõe a revisitar histórias pessoais com
ênfase na construção de futuros sonhados. Usando viagem como uma metáfora, análoga a um
rito de passagem, esta oficina se propõe a uma prática interativa entre os participantes, tendo
como foco a busca de histórias preferidas com ênfase no sentido de agência pessoal e na
autoria da própria vida.
Coordenação:
Marilene Grandesso
Psicóloga, Doutora em Psicologia Clínica. Terapeuta de família,
casais, indivíduos e terapeuta comunitária. Fundadora e
coordenadora do Instituto INTERFACI, dedicado às práticas
colaborativas e dialógicas e práticas narrativas. Coordenadora
do Polo de Capacitação em Terapia Comunitária-INTERFACI.
Coordenadora do Certificado Internacional em Práticas
Colaborativas e Dialógicas. Presidente da ABRATECOM
(2004-2005), e da APTF (2000-2001). Professora e supervisora
do curso de Terapia familiar da PUC-SP.
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Anais do IX Congresso Brasileiro e VI Congresso Internacional de TCI – Porto Alegre / 2017
Marcia Moreira Volponi
Psicóloga e Assistente social. Terapeuta de família,
casais, indivíduos e terapeuta comunitária. Membro do
INTERFACI – Polo de capacitação em Terapia
comunitária. Vice-presidente da APTF (desde 2014),
presidente da APTF (2012-2014).
Metodologia:
Os participantes trabalharão em trios e em duplas, realizando entrevistas sobre os sonhos e
propósitos pessoais. As entrevistas serão facilitadas por roteiros e cada participante terá a
oportunidade de entrevistar e ser entrevistado.
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Anais do IX Congresso Brasileiro e VI Congresso Internacional de TCI – Porto Alegre / 2017
TÍTULO DA OFICINA:
TRANSFORMANDO CRENÇAS QUE LIMITAM EM ATITUDES QUE
LIBERTAM
Ementa:
Busca de compreensão dos efeitos das crenças limitadoras. Fornecer subsídios para a
experimentação da técnica de liberação emocional.
Coordenação: Mari Elaine Leonel Teixeira
Coordenação: Antônio Ronaldo Nobre do Nascimento
Metodologia:
Desenvolver atividades que proporcionam aos indivíduos a capacidade de identificar as
atitudes sua e de seus familiares que mais os incomodam no cotidiano; quais crenças estão por
trás e porquês. Realizar atividades reflexivas e de desbloqueio emocional.
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Esp. Assistente Social, pós-graduada em Psicologia Social e do
Trabalho, Terapeuta Familiar Sistêmica e de Casal e
Psicoterapia Breve em Dependência Psicoativa, Facilitadora
em Terapia Comunitária Integrativa, Renascimento e Técnica
de Resgate da autoestima, Intervisora, e coordenadora do Polo
formador – NAC-Araraquara/SP.
Educador físico, licenciado em Educação Física, facilitador
de Terapia Comunitária Integrativa, desde 2006, monitoria
em coaching, massoterapeuta, coordenador do Grupo Viver
- Terceira Idade no CRAS SANTA RITA em São Francisco
do Pará – PA.
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