A Ambição de Jesus Cristo.
Texto 1
Davi, o famoso e querido rei de Israel, recentemente person-
agem de minissérie para a televisão brasileira, proferiu em seus sal-
mos poéticos um texto que é muito curioso para a nossa reflexão.
Davi diz: bem-aventurado o homem cuja a força está em Ti (Deus) e
cujo coração está nos caminhos aplanados, o qual passando por um
vale árido faz dele um manancial, e com as primeiras chuvas enche
todos os tanques.
É um texto que representa uma característica clara da pessoa
de Cristo. A capacidade de transformar lugares, situações, momentos,
de situações adversar a situações favoráveis.
Outro fato que considero importante para defender esse tema
é a constatação do médico Lucas. O qual, em seu evangelho, ressalta
um detalhe curioso sobre a história de Cristo. O evangelista deixa cla-
ro que Cristo crescia em conhecimento, em sabedoria e em estatura.
Por estarura, além da questão física, atribuo a questão da maturidade
da idade.
Vamos somar com um terceiro elemento. Vamos fazer uma
breve reflexão sobre um dos primeiros discursos de Cristo em sua
caminhada, o famoso Sermão da montanha. Como ele traz luz às
questões da ética, da moral, da vida em comunidade, em sociedade e,
principalmente, do relacionamento do homem com Deus.
E, no mesmo Sermão, para cada sentença dada, Cristo res-
salta a conquista, a vitória pela paciência, pelo respeito do tempo, por
dedicar atenção e alinhar suas ideias, pensamentos e convicções para
o senhor que criou os Céus e a Terra.
O que Cristo busca e que, para mim, é uma grande verdade
em sua trajetória é que o segredo do sucesso da vida está em alinhar-
mos o pensamento de cada um de nós com a pessoa de Deus.
Para isso, a fé é o caminho para tal sucesso. Diz o misterioso autor
de Hebreus: “A fé é a certeza das coisas que se esperam e a prova das
coisas que não se vêem”.
Cristo deixa claro em um dos seus discursos sobre o poder so-
brematural da fé para a vida, quando afirma que se tivermos fé do ta-
manho de um grão de mostarda, poderemos ordenar para um monte
que ele vá de um lugar para outro, e o monte há de nos obedecer.
A fé é o instrumento de sucesso para vida de qualquer pessoa.
Com base nessas observações, crescer na fé, estudar a fé, treinar a fé e
desenvolver a fé em cada um de nós é o segredo para conquistarmos
os nossos sonhos, seja material, seja profissional, seja intelectual, seja
qual for o desejo de crescimento que habite no nosso coração. E para
esse exercício, Cristo deixa uma outra observação, a importância do
cuidado com o nosso ânimo.
Cristo venceu o mundo e instrui todas as pessoas a ter o bom
ânimo. Aqui, mora a sua ambição, a vitória de todos que acreditem
nele. Crer nas palavras, nos ensinamentos, nas pessoas e na missão
de Cristo e crer que se pode vencer e ter bom ânimo é o segredo que
motiva para a vitória de cada um de nós.
A verdade sobre as pessoas ambiciosas é saber que na essência
delas habita o desejo imoderado pela vitória. É saber que há a aspira-
ção, a pretensão, a vontade pela conquista. O ambicioso tem a carac-
terística do pensamento coletivo. Ao contrário do ganancioso, que é
pessoal e intransferível.
A missão de Cristo era e é a sua ambição. Ele quer que o mun-
do conheça a verdade e quer que o mundo se alinhe com Deus. Se
alinhar com Deus significar se alinhar com a vida. Significa se alinhar
com o sucesso e a tranquilidade para os nossos corações, se alinhar
com as conquistas e, principalmente, se alinhar com a felicidade, mes-
mo que isso cause a dor da maturidade, e esta será causada!
Em Cristo há o dispertar para a vitória, assim como o disper-
tar para o desenvolvimento da fé que cada um necessita para alinhar
sua vida e seus pensamentos com Deus. Alinhar seus sonhos com
Deus é o segredo da vitória para a vida de qualquer pessoa e essa é a
provocação que Cristo deixa para as nossas vidas.
É esse alinhamento que podemos igualar à capacidade de
transformar situações. É alinhando o nosso pensamento com Deus
que podemos justificar a nossa força em Deus e ordenar os nossos co-
rações conforma a vontade e a realização Dele nas nossas vidas. Com
isso, quando passarmos por vales áridos, façamos deles verdadeiros
mananciais. A ambição de Cristo é que todos vençam!
A Arte de Multiplicar os Talentos.
Texto 2
Existe uma parábola na bíblia que se chama “a parábola dos
talentos”. Um texto curioso por vários aspectos. Primeiro, pelo sen-
tido da palavra “talento”, que, no texto, refere- se metaforicamente a
“bens” e “dinheiro”. Segundo, pela ênfase e pela atenção que o texto
dá ao fato da multiplicação do talento pelo seu detentor, o que tam-
bém é o foco central de toda a parábola.
Conta o texto que um certo homem, dono de muitos bens,
teve de ausentar- se de sua casa e dividiu seu dinheiro com três colab-
oradores que com ele trabalhavam.
Para um, deu cinco talentos; para o outro, dois talentos ; para o ter-
ceiro, um talento.
O primeiro e o segundo trabalharam, valeram- se dos seus
conhecimentos comerciais, investiram nos tais talentos e multipli-
caram- nos. Cada um dobrou a quantia que lhe foi confiada. Em sín-
tese, o que recebeu cinco multiplicou para dez, e o que recebeu dois,
multiplicou para quatro. Porém, o que recebeu apenas um talento,
com medo, não fez nada. Guardou e aguardou o retorno do patrão
para devolver o que era dele.
Alguns pontos nessa história merecem atenção e análise. O
primeiro ponto de notória observação é o fato do reconhecimento
das capacidades pelo dono dos bens. Ele sabia para quem poderia en-
tregar certas quantidades. Logo, sua análise deve ter tido por base a
competência de cada um dos empregados, o comportamento vision-
ário e as habilidades de desenvolver uma negociação com destreza. E,
claro, a confiança, de deixá-los trabalhando sob suas orientações.
O outro ponto que me chama muita atenção é o fato da ca-
pacidade de multiplicação dos talentos. O texto nos apresenta a de-
senvoltura da arte na negociação, a visualização das oportunidades e
como o poder da informação, acrescido de ousadia e perspicácia foi
capaz de proporcionar os resultados desejados.
Cada um dos empregados tinha uma capacidade medida pelo
patrão pela experiência e pela maturidade. Por isso, a divisão dos tal-
entos foi desigual.
Quando temos conhecimento, temos a base da maturidade.
Porém, a experiência só acontece com o trabalho e com a exposição
do que se pretende para a conquista dos objetivos.
O que é notório na história é a arte da multiplicação pelo tra-
balho, além da percepção dos talentos que foram aplicados, da estra-
tégia individual de cada um dos empregados, medindo os resultados
que os mesmos desejavam.
Do ponto de vista do patrão, o “bom colaborador” é aquele
que ousou, foi além das expectativas e comprou o risco. É aquele que
trabalhou suas habilidades pessoais, seu domínio com as informações
do cenário e executou as operações necessárias para obter suas metas.
Ser capaz de multiplicar os talentos que se tem nas mãos é ser capaz
de medir riscos, entender cada consequência, e saber que mesmo com
um pequeno erro pode-se perder tudo.
Isso é ter um talento, seja ele qual for! Ser uma pessoa talen-
tosa é inovar e arriscar. É buscar outras oportunidades e ter o con-
hecimento e a arte do planejamento. Usar as ferramentas que se tem,
estudar o contexto que se vive e arriscar na hora certa, fazendo valer
suas informações e suas habilidades pessoais.
Uma palavra apresentada pela parábola e que merece destaque
é a palavra “renegociação”. Essa palavra expressa o domínio da arte de
negociar e a capacidade de multiplicar os talentos. O sentido dela se
contrapõe ao exemplo daquele que não se valeu do trabalho. Daquele
que não ousou e não compreendeu a importância de multiplicar o
talento recebido.
Com isso, o que tinha lhe foi tirado e dado ao que multiplicou
mais talentos.
Esse texto, apesar de ser um texto bíblico, deixa- nos, nas en-
trelinhas, a ideia da boa ambição, a qual provoca a vontade de ir mais
longe, de conquistar o novo e de multiplicar os próprios talentos, sem
a energia da inveja, mas, sim, pela capacidade individual.
O nosso desafio como gestores é justamente este: o de provo-
car a multiplicação dos talentos daqueles que estão conosco. Também
é o desafio de encontrar essas pessoas que fazem a diferença e dar a
elas a confiança do exercício da multiplicação.
Multiplicadores de talentos são essas pessoas que fazem a
diferença no mundo, e são dessas pessoas que nossas instituições pre-
cisam.
Fonte: Livro de Mateus, capítulo 25. Parábola de Jesus Cristo sobre a
multiplicação dos talentos.
Planejamento segundo Jesus Cristo.
Texto 3
Um texto curioso. Simples, mas com um forte impacto reflex-
ivo. A Parábola acerca da Providência. Texto único encontrado nas
narrativas de Lucas. O texto nos apresenta uma série de pontos com
base na percepção administrativa e da construção de metas para a
vida. O problema da escolha e os caminhos que se apresentam diante
da nossa tomada de decisão.
O primeiro ponto para que chamo atenção é a palavra
“Providência”. Segundo Soares Amora (Dicionário, 4º Edição, Editora
Saraiva), “Providência” é a suprema sabedoria com que Deus governa
e dirige todas as coisas. Prevenção é providência.
Duas palavras destacadas por Amora e referidas com relevân-
cia nos dão uma tradução direta para a questão: “governo” e “dirição”.
Governar e dirigir são pilares mestres da administração. São elemen-
tos da base, da essência do planejamento, porque planejar é agir com
providência. Planejar é ter o ato de prever nas mãos. É o mesmo que
trilhar o caminho do futuro, não pela adivinhação, mas pela análise
do cenário, pela interpretação dos fatos e pela compreensão dos dita-
dos da vida.
O texto que encontramos em Lucas 14:25-35 traduz uma séria
de elementos que vão do aspecto comportamental até a prática e a
execução das escolhas. Para cada escolha, há uma direção. Para cada
escolha, há um governo.
Quando eu escolho construir uma família, eu escolho por
governar. Quando eu decido abrir uma empresa, eu estou decidindo
por governar.
A primeira lição que o texto nos apresenta é a lição da con-
sequência da escolha. No caso, o texto implica o ato ou o fato de ser
um discípulo de Cristo. Tal escolha tratá consequências que exigirão
maturidade, firmeza e paciência. O que Cristo deixa claro é que fazer
uma escolha é estar disposto a abrir mão das outras opções e estar
preparado para as mudanças que a escolha trará.
No texto, quem quiser ser discípulo deve tomar a sua cruz, to-
mar a sua responsabilidade, aceitar a sentença. Por isso, no processo
decisório, as análises externas e internas se fazem fundamentais. O
cenário que se apresenta a nossa frente deverá ser cuidadosamente
analisado para se dar o passo certo.
Aí, o texto se faz provocativo: “Se algum de vós está querendo
edificar uma torre, não se assenta primeiro a fazer as contas dos gas-
tos, para ver se tem com que a acabar?”
Ou seja, para cada escolha, um plano se faz necessário. No
caso, o planejamento financeiro é quem dará a velocidade da obra, e
os controles supervisionam o desempenho.
A narrativa de Cristo torna- se ainda mais surpreenden-
te quando conduz a parábola para a questão da análise crítica do
cenário e para as decisões políticas que se fazem necessárias quanto
ao tocante àquele que governa.
“Qual é o rei que, indo para combater outro rei, não se assenta
primeiro para calcular se com dez mil pode sair ao encontro do que
vem contra ele com vinte mil? Doutra maneira, estando o outro ainda
longe, manda embaixadores, e pede condições de paz.”
É prudente quem sabe analisar e respeitar o tempo. É prudente quem
planeja e sabe que através do planejamento o tempo pode ser abre-
viado, administrado, e é o planejamento que norteia o sucesso e inter-
rompe o fracasso.
Planejar é saber a hora de dar o passo. Planejar é reconhecer
o tamanho da perna e reconhecer a capacidade para um bom desem-
penho. É conhecer bem os pontos de vitória, os pontos de fracasso e
saber reconhecer as ameças e transformá-las em oportunidades.
Gestor inteligente se vale da humildade antes da tomada de decisão.
Ser humildade nada mais é do que ter domínio de si e saber a hora
certa de ir em frente ou não.
Tal fato se dá pela soma do foco com a organização e com a
disciplina. Gosto de Carlos Alberto Júlio, em seu livro “A Arte da
Estratégia”, no qual ressalta que pior do que uma estratégia rasa é não
ter estratégia nenhuma. E, parafraseando Júlio, planejar é o caminho
mais rápido para alcançar os seus objetivos, minimizar os fracassos e
poder estabelecer os próximos passos da vida.
O mestre Cristo é sublime em apresentar a arte da escolha. E
torna-se ainda mais relevante quando encerra sua narrativa no foco
da missão do sal.
“Bom é o sal, mas se tornar-se insípido, como restaurar-lhe
o sabor?” Quem planeja tem a dose para o sucesso. Tem a arma de
conquista nas mãos e tem a oportunidade de fazer diferente e de fazer
a diferença.
A Estratégia de Judas Iscariotes.
Texto 4
Outro dia me vi pensando em Judas Iscariotes. Sim, o traidor
de Jesus Cristo. Aquele que com um beijo levou o seu mestre à morte
e depois, tomado pelo remorso, cometeu suicídio.
Um fato curioso e uma pergunta que para mim não quer calar: Como
uma pessoa que trai por dinheiro, por ganância, pode ter um remorso
tão forte ao ponto de devolver o dinheiro recebido e causar a própria
morte?
O que posso concluir é que isso se deu pelo simples fato da má
análise feita por Judas a respeito da pessoa de Cristo.
É bem verdade que, durante as narrativas dos evangelhos, os
evangelistas em algumas pautas listam más condutas de Judas, tais
como suas observações equivocadas, seu comportamento fora do
contexto geral e sua falta de compromisso com a visão geral do grupo.
Porém, ele foi um escolhido como qualquer outro, e posso afirmar
uma certa comodidade para a função que ele exercia por ter recebido
do próprio lider, fato que podemos conferir no Evangelho de Mateus
10:4.
Mas algumas reflexões são cabíveis. A primeira é sobre o con-
hecimento de Judas sobre a divindade de Jesus Cristo. Judas acom-
panhara muitos feitos, como pessoas doentes sendo curadas, o Cristo
ressuscitando pessoas que tinham morrido e até mesmo acalmando a
natureza e andando sobre as águas.
Era de conhecimento de Judas os vários eventos sobrenaturais
que habitavam na pessoa de Cristo, e outros fatos que posso concluir
que eram de seu conhecimento por se tratar da própria história dos Ju-
deus. Fatos de como eles foram libertados no passado pelos impérios
que os dominavam. E, mais uma vez, o povo estava sendo explorado
por outro império, e eles esperavam um novo salvador. E, em Cristo,
havia um mistério. Havia elementos que justificavam a reflexão do
poder sobrenatural para a libertação do povo.
Mas Judas tinha um outro elemento, a ganância. Claro que ele não iria
facilitar ou criar um plano para que os Sacerdotes da época pegassem
o Cristo, de graça. Quanto vocês me pagam? Essa foi a pergunta. E,
segundo alguns estudiosos, Jesus valeria muito mais.
Porém, para se cumprir a profesia assim se fez. E duas con-
statações se fazem necessárias aqui. Uma é a de Jesus afirmar que
poderia o céu se abrir e um exército de anjos o salvar (Mateus 26:56);
a outra é que o plano de Judas foi por água abaixo, no momento em
que ele afirma em Mateus 27: 4, dizendo: pequei entregando sangue
inocente. Na minha visão não se trata apenas de uma expressão de
remorso, de decepção ou de um ato falho, está implícito também a se-
guinte sentença: “não era o que eu pensava”. Não aconteceu o que ele
esperava, ou seja, Judas esperava algo diferente, algo que acontecesse
no momento em que Jesus Cristo fosse preso pelos centuriões.
Uma má interpretação dos fatos. Na vida, precisamos ter essa
percepção antes de consolidarmos os passos errados, precisamos es-
tudar e avaliar bem as ações que se fazem necessárias para atingirmos
os nossos objetivos, e se tais ações trouxerem consequências ques-
tionáveis ou o planejamento abre espaço para resultados que poderão
deixar o estrategista vulnerável, uma nova reflexão se faz necessária
antes do primeiro passo.
No mundo do planejamento, o estrategista precisa ter essa
ciência. A ciência de analisar e de perceber que se a coisa não vai ser
ou pode não ser, como se espera, um plano B ou C, deve está engatil-
hado para a recuperação da situação antes da finalização do processo.
Muitas vezes, mudar o rumo se faz necessário para se atigir os obje-
tivos desejados. Analisar bem cada escolha é ser inteligente e eficaz.
O Ladrão de Sonhos.
Texto 5
Jesus foi tentado! Narra o evangelista Mateus em seu livro no
capítulo 4. E uma das partes do texto que julgo de um valor surpreen-
dente para uma reflexão é a senteça: Tudo isto te darei, se prostradom,
me adorares.
É curioso que o diabo, oferece o mundo a Cristo, se ele desistir
de sua missão. É interessante observarmos a palavra “adorares”, que
é o foco de onde está o nosso coração, a nossa mente, a nossa fé e a
nossa razão.
Se Jesus Cristo desistisse de tudo e aceitasse adorar o diabo
e recebê-lo como mestre e guia, o mundo, suas riquezas, maravilhas
seriam dele.
O que significa o poder da adoração?
A cena retratada pelo evangelista é bastante interessante por
dois motivos. De um lado o “ego” de Satanás, sua suposta missão, o
surpreendente valor de seu encontro com Cristo. Suas informações
a respeito de quem ele era, e sabendo ele qual seria o foco de Cristo
em sua jornada. Do outro lado, exite a missão de Cristo, sua obra, sua
visão, sua essência, seu objetivo, suas metas, seu trabalho, tudo que ele
sabia que estava para ser construído.
Cristo tinha o pleno conhecimento de sua árdua missão. Mas
ali, no meio daquele deserto, durante os massacrantes 40 dias de jen-
jum, uma oferta maravilhosa para trocar os seus sonhos pelo simples
fato de aceitar o Diabo e adorá-lo.
Outro fato curioso de Cristo diante da sua missão, é o seu
conhecimento. Em cada resposta, Cristo não revela seus objetivos, ele
demonstra domínio, sabedoria, equilibrio emocional e conhecimento
conceitual das lições que teve que aprender para se submeter ao seu
sonho. E Cristo sabia muito bem que aquele deserto era apenas mais
um passo da sua preparação.
É curioso que cenas parecidas com essas acontecem na vida
da gente todos os dias.
Quantas vezes você já procurou pessoas, ou familiares, ou
amigos, ou simplesmente conhecidos e expressou algum objetivo
pessoal e de repente vem, questionamentos desnecessários, uma lista
de dificuldades imaginárias (porque as dificuldades reais só quando
atravessamos as situação é que as conhecemos de verdade), uma lista
de cuidados ou uma lista de recomendações para o sucesso, listada
por pessoas que não se dispôe a sonharem porque sabem que não vão
pagar o preço que a vida há de exigir.
Imagine você, quantos médicos deixaram de existir, quan-
tos advogados não estão trabalhando, quantos engenheiros não es-
tão construindo, quatos professores não estão multiplicando talentos
porque preferiram acreditar no “não” do impossível, e se multilaram
porque acharam que não conseguiriam chegar lá, e antes mesmo de
começarem a sonhar já se eliminaram por se julgarem inferiores ao
sonho desejado. Sucesso todo mundo tem uma receita, mas poucos
comem desse bolo.
Digo isso porque, uma primeira lição para o sonhador é son-
har em silêncio. O silêncio é a arma mais poderosa que temos contra
os ladrões de sonhos. Diz Sun Tzu em seu Livro A Arte da Guerra
que: faze com que teus planos sejam obscuros e impenetráveis como a
noite e, quando te moveres, cai como um relâmpago. E isso não é para
menos.
Os sonhadores sofrem. Os sonhadores de verdade são aqueles
que planejam. Os sonhadores são empreendedores. Tem outros mo-
tivos para a motivação, não se satisfazem com o pouco, sua ambição
é salutar e coletiva, seu sucesso é consequência e o grande prêmio é o
resultado de suas mãos.
Os sonhadores sofrem. Sofrem porque precisam catequizar
multiplicadores dentro de uma visão, precisam educar, curar, sarar
feridas, envolver pessoas, alinhar ideias, transpassar as dificuldades
dos “não” sonhadores e materializar no lúdico, o sonho na mente dos
multiplicadores.
Os sonhadores sofrem. Sofrem porque estão dispostos a en-
tregar a vida. Não se satisfazem com o fracasso, caem mas sabem se
levantar. Olha para os erros e tiram o seu necta, sua poupa, seu extra-
to e faz do fracasso uma ferramenta para construir um novo futuro,
começando do zero de novo, e de novo, outra vez de novo.
Os sonhadores morrem. Morrem quando a missão exige, não
abrem mão de sua ética, morrem por ela, e a verdade é o combustível
que move aquele que sonha e sabe que pode realizar. Felizes são os
que sonham porque deles pertencem o futuro.
Não foi diferente com Cristo. Cristo foi o maior sonhador
que esse mundo já viu. Maior? Sim, o maior. O maior porque reza
sua história que foi com o seu sangue que cumpriu tudo aquilo que
entregou para seus multiplicadores. Com a própria vida afirmou sua
verdade, e com os cortes na sua carne deixou claro que quando se tem
uma missão a cumprir é para frente que se anda.
Cristo foi o maior sonhador deste mundo. Maior? Sim, o
maior. Teve todas as chances para desistir, “Pai afasta de mim esse
cálice”, mas não desistiu. Era a sua missão, a sua vontade, o que tinha
que ser feito, o cumprimento do verbo, fazer valer a palavra.
Só quem sonha chega no final. Quem sonha ressurge. Quem
sonha ressuscita. Quem sonha renova a vida. A dor é um obstáculo,
mas o final é valoroso.
E por não ter desistido, Jesus Cristo assume o papel de ser
Deus. Ele é Deus. Deus não desiste nunca. Deus cumpre seu papel.
Cuidado com aqueles que te oferece o mundo em troca de algo. Mes-
mo que aos olhos esse algo seja valioso, importante, imponente. Cui-
dado com quem oferece algo entroca de seus planos.
Saiba que só os fracassados e os que tem medo de vencer, por
causa do preço da dor, são aqueles que impedem o teu raciocínio e
falam pedras que abalam o seu ânimo contra os seus pensamento.
Só os fracassados roubam o teu tempo, colocando impecilhos que te
tardam rumo ao preço que a vida exigirá para a concretização dos
teus pensamentos.
Cuidado com quem você conta seus planos. Cuidado com
quem você fala seus sonhos. Os ladrões de sonhos estão por toda par-
te. Porque neste mundo, muitos são os que sonham, mas poucos são
os que chegam até o final.
A Morte de Cristo.
Texto 6
Cristo temeu! Reza o livro de Mateus que, por duas vezes, na
noite em que foi entregue para a prisão, antes de começar toda a via
dolorosa, que é o cume de toda a crença e fundamento do cristian-
ismo, Cristo pensa em desistir.
Nos versos de número 39 e 42 do capítulo 26, encontramos
sua reflexão: “Se este cálice não pode passar de mim sem que eu o
beba”. Aqui, encontramos o momento da hora da verdade de toda a
sua trajetória. É a hora da confirmação de sua mensagem e a hora de
assinar com a própria vida, com a tinta escarlate do própria sangue, a
veracidade da sua missão, o preço que toda missão exige daquele que
assume tê-la.
Sua angústia não era para menos. Todo líder que traz consigo
uma mudança de pensamento e uma nova realidade para o mundo
sabe do preço e das consequências que são cobradas por oferecer os
conceitos que levam à liberdade.
E se Cristo tivesse desistido? Em 1988, Martin Scorsese, dire-
tor que ganhou o Oscar, contou uma história similar. Em a Última
Tentação de Cristo, por mais lúcida e paradoxal que sua ideia apre-
sente, ele tenta descrever fatos da possível desistência de Jesus.
Mas quem seria Jesus Cristo se na verdade ele tivesse desistido? Será
que o mundo o reconheceria como um pensador? Será que o mundo
levaria em consideração a mensagem de um homem que desistiu di-
ante do grande preço exigido pelas suas ideias e palavras? Será que
seu nome teria resistido aos ventos e contratempos da história e, pelo
menos, seria lembrado como o lider de uma geração? Ou será que os
livros de história, crônistas e pesquisadores, não o citariam como uma
agitador de Jerusalém, um louco embriagado por uma motivação que
busca justiça e não passou de um louco que conduziu uma multidão
para o abismo sem propósito? Quem seria Jesus Cristo se ele tivesse
desistido?
Cristo foi morto! Sua história conta que para cada palavra,
cada milagre, cada pessoa impactada houve um forte açoite corre-
spondente por oferecer liberdade intelectual para quem o ouvia.
Cristo foi crucificado por sua mensagem, morto pela sua missão e
entregue à pena de morte por oferecer liberdade para aqueles que o
ouviam.
Cristo não desistiu! A morte justificou e deixou claro para to-
dos os que o seguiam e para muitos que só ouviram falar que real-
mente ele não era um homem comum. Ele tinha um outro porquê.
Ele tinha um outro propósito e com a própria vida assinou a verdade
de sua mensagem, a liberdade das sua ideias e o caminho para uma
nova realidade para todos que ouvem e entendem a sua pregação.
É incrível o que acontece quando um lider morre. Ainda no
Livro de Mateus, no capítulo 27, versos de 52 e 53, o texto do evange-
lista narra: “abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos, que
dormiam, ressurgiram. E, saindo dos sepulcros, depois da rssurreição
de Jesus, entraram na cidade santa e apareceram a muitos”. Um lider
quando morre muda a natureza. Um lider quando é interrompido até
mesmo pela própria vida muda a relidade de muitos. Com a morte de
Cristo, houve uma interrupção, onde pessoas que já passaram volta-
ram. Era verdade; aquele homem era Deus na terra.
O fato é que toda missão exige um preço a ser cumprido. Jesus
Cristo não desistiu e com a sua ressurreição recebeu a cora de Deus.
O preço foi pago. E, para as gerações futuras, a mensagem de um lider
é a mensagem da liberdade contra as ideias que prendem os homens
dentro das prisões sem muros dos pensamentos equivocados.
Pagar ou não pagar o preço pode ser uma opção. O sofrimento
por mais doloroso que seja é passageiro. As dificuldades, na verdade,
são as provas de tudo aquilo que se acredita e a comprovação de tudo
aquilo que se prega, se de fato a nossa verdade tem fundamento ou
não passa de uma aventura sem propósito ou de apenas um caminho
valoroso de uma vaidade por ambição.
Com isso, o que fica é a ideia sobre quem é lider e quem não
se permite a essa via, porque a missão há de cobrar por todas as pala-
vras e ideias construídas. A missão vai exigir a veracidade dos fatos, a
comprovação da verdade e a disposição para o pagamento do preço.
E será que estamos prontos para o pagamento da vida? Ou
iremos desistir e perdermos o nosso lugar no futuro?
13 lições de Jesus Cristo para aqueles que sonham com o empreendedorismo.
Texto 7
“Pai afasta de mim esse cálice”. É a frase dita por Jesus Cristo
minutos antes do início de seu calvário. Completa: “Mas antes seja
feita a tua vontade.”
Esse é o destino de quem impele a vida para a construção de
um sonho. O caminho para a realização de um objetivo exige con-
centração, foco, determinação e respeito às respostas do tempo.
Ali, o mestre Cristo estava diante de duas escolhas. A hora da ver-
dade havia chegado! Uma escolha era a de desistir. Com isso, tudo
que tinha construído, toda as pessoas que tinha influenciado e que
confiavam nele não iriam significar mais nada. A obra de 3 anos
de construção e uma vida de estudo e contemplação iria por água
abaixo. A outra escolha era a de ir em frente, pagar o preço que es-
tava sendo posto e se tornar diante de todos o “Deus” que os cora-
ções esperavam. Ele não desistiu!
Cristo tem muito para nos dizer e ensinar. Para todo ou qual-
quer objetivo que temos na vida, sempre vem a hora da verdade, o
momento aguardado. O segredo do momento. O apogeu do tempo.
Seja qual for o caminho que traçamos para as nossas vidas, a prova
do tempo será posta, e a hora da verdade de forma impune e vigoro-
sa há de se por diante dos sonhadores. E agora? Desistir? Abandonar
tudo ou encarar de frente a realidade escolhida e pretendida.
Das diversas lições que podemos observar da vida de Cristo,
listei 12 que considero interessantes para a realização do sonhos dos
empreendedores. Vejamos:
I – Domínio de si. Saber quem se é. Ter conhecimento de suas limi-
tações e suas forças, suas ameças e suas fraquezas. Ter esse conhe-
cimento é um instrumento de suma importância quando se deseja
conquistar algo na vida;
II – Auto- controle. Ter o domínio dos seus comportamentos, sa-
bendo que ou você os controla ou eles terão domínio sobre você, e
isso é básico para a conquista da confiança de pessoas importantes
para o seu processo.
III – Comprometimento com a sua missão. Cristo estava compro-
metido com a vida. Aquela velha história, para ilustrar, do porco e da
galinha. A galinha está envolvida com o ovo, o porco está compro-
metido com a lingüiça.
IV – Ter uma visão clara para onde se vai. Definir bem sua visão.
Sonhar com os pés no chão e não demasiadamente é uma chave que
se consegue rumo ao sucesso desejado.
V – Comunicação clara. Todo aquele que tem um objetivo na vida
deve saber expressá-lo, conceituá-lo, explicá-lo, de forma compreen-
sível e que pessoas desejem essa realidade também para si.
VI – Viver a verdade. Para cada realidade uma verdade se estabelece.
Não ser condizente com a sua verdade é um ponto de desequilíbrio
que o levará ao fracasso.
VII – Ter habilidade para usar o que se tem. Cristo se valeu de um
deserto para transformar o mundo. Ao invés de reclamar do que não
tinha, utilizou todos os meios e instrumentos que estavam ao seu
alcance para construir seus objetivos.
VIII – O respeito pelos diversos talentos. Na escolha por uma equi-
pe, Cristo não procurou perfins idênticos ou que se enquadrassem
a uma necessidade pré-estabelecida. Procurou pessoas com talentos
diferentes, uma pluralidade de visões para que cada um ao seu modo
pudessem contribuir de forma individual e personalizada.
IX – Treinamento intuitivo. Não adiantava nenhum dos seus se-
guidores fazer aquilo por imitação ou por simplesmente cumprir
uma ordem. Se eles não soubessem o porquê, o para quê servia aq-
uilo, de nada adiantaria. Cristo queria seguidores que tivessem amor,
dedicação e conhecimento para a escolha. Fazer o que tem de ser
feito por razão e não por um simples cumprimento de uma ordem.
X – Planejamento. Por mais que fosse um homem de conceitos reli-
giosos, Cristo conhecia o sucesso de suas ações pelo ato de planejar.
XI – A arte do silêncio. Cristo transmitia a quem se aproximasse de
sua pessoa o que ele era realmente. O seu silêncio era capaz de dizer
tudo, pelo fato de viver as suas escolhas e de ser sincero em suas
atitudes. A escolha de viver a verdade.
XII – Auto-análise. Constantemente, Cristo se recolhia para orar.
Seu momento de meditação. Momento de se analisar, planejar e de
auto-avaliar. Fazer o que é certo e o que tem de ser feito exige avalia-
ção.
E por fim, a décima terceira lição:
Cristo teve uma vida comprometida com a verdade. Esta foi
a escolha que o conduziu a morte. E morte em uma cruz. Fazer a es-
colha certa, determinar o caminho a ser seguido são os princípios de
um sucesso desejado. Para toda escolha, uma sentença, e, para cada
sentença, o tempo de seu cumprimento.
Ser um empreendedor é viver a verdade escolhida, pagar o
preço necessário e aprender com o tempo que é imposto.
Porém, para encerramos, Cristo nos deixa mais uma lição que é
de suma importância para a vida daqueles que escolheram “fazer”.
Muitas vezes nos pegamos pelas dificuldades da vida pedindo a Deus
paciência, porém, Cristo ensina que é importante que cuidemos do
nosso “ânimo”. Cristo diz: na vida passareis provação, mas tende
bom ânimo, eu venci o mundo – João 16:33.
O ânimo é o alimento da vontade. É o alicerce da visão e a
base da missão que se tem, e que se é. Sem ânimo não somos nada.
Somos doentes, não temos forças e nem vontade.
Ânimo. O segredo de Cristo para se conquistar o mundo.