Fechamento da edição: 21h
Lajeado, sexta-feira,10 de junho de 2016Ano 13 - Nº 1610
Avulso: R$ 2,00
Juíza nega liminar do MPF para
romper o contrato, pois os repasses
já estão suspensos desde janeiro.
Investigação de improbidade admi-
nistrativa prossegue.
Decisão mantém contrato
PAC EM LAJEADO
Página 8
Fundado emjulho de 2002
Amanhecer gelado
Justiça condena prefeitoa serviços comunitários
TRAVESSEIRO
Ricardo Rockembach (PP) foi considerado culpado por desvio de recursos públicos. Mas não perderá o cargo. A denúncia do MP apontou ilegalidade na dispensa de
licitação para subsidiar a compra de mais de R$ 500 mil em medicamentos. Também foram condenados dois proprietários de farmácias e a ex-secretária de Saúde.
Em Boqueirão do Leão, a sensação térmica de -2ºC na manhã de ontem obrigou trabalhadores da construção
a improvisar uma fogueira. Massa de ar polar permanece no estado neste fim de semana
FELIPE NEITZKE
Páginas 10 e 11
Páginas 16 e 17
Editorial
2 A HORA · SEXTA-FEIRA, 10 DE JUNHO DE 2016
INDICADORES ECONÔMICOS
REDAÇÃOAv. Benjamin Constant, 1034/201
Fone: 51 3710-4200CEP 95900-000 - Lajeado - RS
COMERCIAL E ASSINATURASAv. Benjamin Constant, 1034/201
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Os artigos e colunas publicados não traduzem necessariamente a opinião do jornal e são de inteira responsabilidade
de seus autores.
Tiragem média por edição: 7.000 exem-plares. Disponível para verificação junto
ao impressor (ZH Editora Jornalística)
Fundado em 1º de julho de 2002Vale do Taquari - Lajeado - RS
EXPEDIENTE
MOEDA COMPRA VENDA
Dólar Comercial 3,4013 3,4024
Dólar Turismo 3,3300 3,5300
Euro 3,8506 3,8519
Libra 4,8901 4,8930
Peso Argentino 0,2443 0,2445
Yen Jap. 0,0317 0,0317
ÍNDICE MÊSÍNDICE
MÊS (%)
ACUMU-LADO
ANO (%)
ICV Mes (DIEESE) 04/2016 0,57 3,56
IGP-DI (FGV) 04/2016 0,36 3,14
IGP-M (FGV) 04/2016 0,33 3,31
INPC (IBGE) 04/2016 0,64 3,58
INCC 04/2016 0,41 2,06
IPC-A (IBGE) 04/2016 0,61 3,25
BOLSAS DE VALORES
PONTOVARIAÇÃO
(%)FECHAMENTO
Ibovespa (BRA) 51118 -0,99
cotação do dia anterior até 17h45min
Dow Jones (EUA) 16.027 -1,10
S&P 500 (EUA) 1.853 -1,42
Nasdaq (EUA) 4.959 -0,32
DAX 30 (ALE) 10.889 -1,25
Merval (EUA) 11.400 0,00
Cotação do dia anterior até 17:45h, Valor econômico.
Ouro (dólar) – Onça Troy – USD 1259.8 cotação do dia 09/06/2016
Petróleo (dólar)/Brent Crude – barril – USD 52,51 em 09/06/2016
Salário Mínimo/2016 R$ 880,00
TAXAS E CERTIFICA-DOS (%)
MÊSÍNDICE
MÊS (%)ACUMULADO
ANO (%)
TJLP 7,5
Selic 14.25%(meta)
TR 05/16 0,1533 0,7303
CDI (Mensal) 04/16 1,0544 3,2513
Prime Rate 04/16 3.25 3,25 (Previsto)
Fed fund rate 04/16 0.50 0,25 (Previsto)
Diretor Geral Adair G. WeissDiretor de Conteúdo Fernando A. Weiss
Diretor de Operações Fabricio de Almeida
A Suinofest, em Encan-
tado, recebe a partir das 14h de hoje painel do projeto Pensar o
Vale, que, em síntese, estabelece uma discussão permanente dos grandes temas que permeiam o desenvolvimento regional. Tem sido assim desde 2009, quando o jornal A Hora credenciou o fó-rum como ferramenta de debate sobre os assuntos que merecem interferência da sociedade.
Dejetos de Suínos: do proble-ma para a oportunidade. O Vale do Taquari não se caracteriza apenas pela criação de suínos, mas por possuir toda a cadeia produtiva da suinocultura, que se estende desde a produção até a completa estrutura para abate, transformação e comer-cialização desses produtos.
Fatores como a grande concen-tração de rebanhos em pequenas propriedades, o crescimento desor-denado e a localização geográfica de propriedades nos municípios geram problemas ambientais à suinocultura do Vale do Taquari. São mais de 300 mil animais em fase de terminação.
Pensar o Vale na Suinofest
Utilizando-se o conceito de equivalência populacional, um suíno, em média, equivale a 3,5 pessoas. Ou seja: uma granja com 857 animais tem o mes-mo poder poluente que toda a população de um município com aproximadamente três mil habitantes.
Todos os dias, três milhões de litros de dejetos de suínos são lançados ao solo do Vale do Taquari, degradando e contami-nando também os mananciais hídricos.
Conforme levantamento da Agência Nacional das Águas (ANA), realizado em 2007, cerca de 56% da poluição encontrada na região hidrográfica do Gua-íba é proveniente da bacia que atravessa a região. No caso dos rejeitos orgânicos de animais, o percentual sobe para cerca de 66,6%.
O motivo é a alta concentra-ção de granjas, especialmente de suínos, ao longo da bacia Taquari-Antas. A atividade agrícola é responsável por 90% dos lançamentos prejudiciais ao ambiente nos mananciais da
região. Nesse cenário, o investimento
em biodigestores se torna ainda mais necessário, pois, além de gerar energia ou gás, o material pode ser utilizado como adubo orgânico. Para estimular os investimentos, o governo do Estado desenvolve programa de incentivo e elabora um atlas do biometano gaúcho.
Liderado pela Univates para a Companhia de Gás do Estado do RS (Sulgás), o mapeamento das potenciais fontes visa orientar investimentos na atividade. O levantamento é realizado desde a metade de 2015 por meio de análise dos Conselhos Regionais de Desenvolvimento (Coredes).
Por tudo isso, líderes de enti-dades e empresas, profissionais técnicos e gestores públicos sentam à mesa para disseminar as iniciativas em andamento e despertar novos investimentos na área. Diante de tantas tecno-logias inovadoras, com projetos de biodigestores, de composta-gem, etc, não podemos insistir num modelo ultrapassado e danoso ao ambiente.
Na rede Comentários postados na página do facebook e no site do Jornal A Hora. Participe e deixe sua opinião.
3A HORA · QUINTA-FEIRA, 9 DE JUNHO DE 2016
Rodrigo [email protected]
lentem.wordpress.com
Um passo para frente.Centenas de passos para trás.
•Nos bastidores, causa alvoroço o áudio de uma conversa entre professores e alunos da Escola Estadual Érico Veríssimo. Ouve-se um adolescente afirmando ter ganho dinheiro da vereadora de Lajea-
do, Eloede Conzatti (PT), para auxílio na ocupação daquela escola. O caso foi denunciado ao MP. Nada contra os alunos. Mas, em ano eleitoral, a parlamentar poderia ser mais cuidadosa;
•Ito Lanius (PSDB) anunciou, ontem, que não será candidato a prefeito e tampouco a vice de Lajeado. A decisão é pessoal. Mesmo assim, o partido estará coligado com PP, DEM – que pode anunciar Leodir Degasperi como vice de Marcelo Caumo (PP) – e o PSD;
•O deputado federal Sérgio Moraes (PTB) votará pela absolvição de Eduardo Cunha (PMDB) no Conselho de Ética da Câmara. Segun-do o parlamentar de Santa Cruz do Sul, seus eleitores nunca exi-giram o voto pela cassação. Em Lajeado, ele fez 364 votos em 2014;
•Na câmara de Encantado, vereadores questionam contrato com a terceirizada Arki, responsável por ceder mão de obra diversa. O acordo aumentou de R$ 120 mil para R$ 320 mil. Em Lajeado, a empresa recebe R$ 820 mil mensais;
•Em seu perfil no Twitter, Gilbero Keller (PMDB) segue como “pre-feito de Colinas”. Ele foi cassado por corrupção em 2013;
•Volta à tona um debate sobre a fusão da Caixa Econômica Fede-ral com o Banco do Brasil. A CEF ficaria responsável só pelos finan-ciamentos de imóveis;
•Na Escola Municipal João Beda Körbes, em Arroio do Meio, a re-clamação é pela ausência de monitores para atendimento de alunos com necessidades especiais;
•Notícia de um atacadão em Estrela é bastante comemorada. Justo. Mas, à imprensa, cabe cautela. Mostrar o pré-candidato e atu-al prefeito anunciando quase 800 empregos em véspera de eleição é arriscado. E não vi ninguém questionar os tais 500 “empregos indi-retos”. Enfim. Torço para se confirmarem. Boa quinta a todos!
Tiro CurtoA escolha de Osmar Terra
para comandar o Mi-nistério do Desenvolvi-mento Social é a mais
perfeita síntese do retrocesso. Nada pessoal contra o ministro/médico/parlamentar. O meu enrosco com ele é ideológico.
Terra parou no tempo. Por gos-to, ou de forma ingênua, alimenta o que há de pior no ser humano quando o assunto é a problemáti-ca do abuso das drogas. Sua últi-ma pérola deixou claro o desprezo com os dependentes, e também com os maconheiros de fim de se-mana: “É preciso mais punição aos usuários”, proferiu em entrevista d’O Globo.
Adepto da larica custeada com o dinheiro do contribuinte, o eterno agente público quer endurecer ainda mais a política de combate às drogas no país. Quer mais punição a quem fuma “unzinho”, estando ele cercado de políticos impunes. Quer ver nossa polícia mais atenta – e consequen-temente mais distraída para outros crimes – aos maconheirinhos na bei-ra do Lago Paranoá.
Vai insistir naquilo que não fun-ciona, nunca funcionou e jamais funcionará. Ou você acredita no conto de fadas em que a força po-licial encerra com a vontade de terceiros usarem determinadas substâncias? Ou então na fábula sobre a extinção de certas plantas da face da terra? Se, sim, passou da hora de você acordar.
O problema relacionado ao abu-so de drogas deve ser prioridade – tão somente – da área da saú-de, e não ser relegada a decisões injustificadas de grupos restritos ao obscurantismo, ou mesmo de legendas políticas sem compromis-so algum com um Estado plural e laico. Ainda. Jamais deve ser caso de polícia.
Se seguirmos maravilhados com as seguidas apreensões por parte da polícia, a liberdade in-dividual seguirá ameaçada pela mentalidade dos defensores da guerra às drogas. Esses, muitas vezes, são justamente aqueles que mais lucram com a crimina-lização. Ou esqueceram daquele helicóptero recheado de cocaína, em Minas Gerais, que pertencia à família de um senador?
A política antidrogas serve só
para atenuar o graúdo problema criado pela própria política anti-drogas: o enriquecimento ilícito de criminosos. Pois, se há alguma obviedade nessa insolente guerra, é o fato de uma apreensão de dez quilos de drogas ou uma de dez to-neladas não diminuírem em nada o acesso do usuário às drogas. São inúteis naquilo que se anunciam: a inibição ao uso.
Criou-se um círculo vicioso. Tipo o desenho do Tom e Jerry, lembram? Uma eterna briga en-tre policiais e donos de “bocas”, onde nunca aparece quem de fato enriquece. Aliás. Quanto mais se aperta o cerco, mais o megatrafi-cante ganha. Por quê? É simples: O lucro deve prevalecer ao risco. E a demanda sempre existiu e sem-pre existirá.
Lembram do EUA ao tentar proi-bir o álcool no século passado? Vol-tou atrás, claro. Pois a demanda persistiu, o enriquecimento ilícito tomou proporções inimagináveis – leia-se Al Capone –, e restou ao governo decidir quem ficaria com o lucro: pessoas do bem x pessoas do mal.
Já na questão das drogas, as “pessoas do bem” seguem decidin-do pelo lucro das “pessoas do mal”. Mesmo diante do sangue dos usu-ários, ou da luta diária de quem confia nos poderes medicinais da maconha, mas vê suas esperanças frustradas pela criminalização.
É triste, mas é a nossa realidade.
A política antidrogas serve só para atenuar
o graúdo problema criado pela própria
política antidrogas: o enriquecimento ilícito
de criminosos.
Uma das causas mais comuns de todasas doenças é o diagnóstico.
Uso da máquina pública em campanhas é crime
Estamos chegando mais próxi-mos ao pleito de outubro. Diante disso, é preciso mais atenção por parte de pré-candidatos e suas pu-blicidades individuais pagas em redes socais, como no Facebook, por exemplo. Alguns Tribunais Regionais Eleitorais (TRE), como o de Pernambuco, já alertam para danos ao “princípio da isonomia”.
Além disso, é sempre bom aten-tar para o correto uso dos com-putadores pertencentes às prefei-turas e às câmaras municipais. Usá-los em prol de candidatos é crime, é imoral e, obviamente, é desleal. Repito: utilizar máquina pública, por menor que seja, em benefício próprio de campanha, é violar gravemente a democracia.
Karl Kraus
Cidades 9A HORA · QUARTA-FEIRA, 8 DE JUNHO DE 2016
Lajeado
Custear os serviços ve-terinários e a alimen-tação dos cerca de 300 cachorros se tornou
um desafio aos responsáveis pela Amando, Protegendo e Aju-dando Muitos Animais (Apama). Fundada faz dois anos, a ONG acumula uma dívida de quase R$ 80 mil.
As dificuldades aumentaram neste ano, após o agravamento da crise financeira. Metade das cerca de 400 pessoas que auxi-liavam com mensalidades deixa-ram de quitar os carnês.
Segundo a presidente Ana Rita Silva Azambuja, a entidade pre-cisa de R$ 30 mil mensais para se manter. “Estamos pagando as dívidas como podemos. Mas che-gou num momento complicado.”
A castração dos animais, res-gate de cães da rua e as adoções
Apama acumula dívida de quase R$ 80 milVoluntários organizam evento para arrecadar verba e pedem ajuda da comunidade
de uma média de 30 cães por mês são apontados por Ana como os trabalhos realizados pela Apa-ma.
Mesmo assim, ela percebe o pouco apoio recebido da comu-nidade, órgãos públicos e empre-sas. “Para nós emocionalmente é muito complicado. A gente quer ajudar, mas precisamos que a sociedade nos ajude.”
Devido aos recursos escassos, a Apama demitiu um funcio-nário nesta semana. O dinheiro de uma rifa, que deveria servir para a construção de um muro no canil, é utilizado para a com-pra de ração. “Só com alimenta-ção, gastamos cerca de R$ 10 mil todo o mês.”
Nos últimos meses, a entida-de realiza ações para arrecadar verba. Uma delas é a organiza-ção da Festa de São João Apama. Outra é a venda de xícaras e ves-tuários.
Festa de São João Programado para o dia 18, a par-
tir das 17h, o evento ocorre na So-ciedade 25 de Julho, em Conventos. Haverá música, dança, brincadei-ras, comida e bebidas típicas. Orga-nizadores estimam a participação
de 500 pessoas. “Vai ser uma forma de as pessoas ajudarem e, ao mesmo tempo, se divertirem.”
O ingresso antecipado pode ser comprado na Dullius Sapataria, Imobiliária Prediger, Agropecuária Sandri, em Lajeado, Bazar Trevo, em
Estrela, ou pela página da Apama no Facebook. O custo é R$ 5.
Interessados em adotar podem agendar pelo 9552-8190. No primei-ro fim de semana do mês, o grupo realiza uma feira de adoções no Sho-pping Lajeado.
Responsáveis pela organização têm dificuldades em custear os gastos com serviços veterinários e alimentação
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Opinião 3A HORA · QUARTA-FEIRA, 8 DE JUNHO DE 2016
Fernando [email protected]
Todas as raposas fel-pudas inrustidas em Brasília deveriam ser espurgadas, sem que
haja reprodução da espécie. Faz tempo roem dinheiro público, articulam pelos cantos e pelos telhados para se locupletarem no poder. Vivem às custas dos brasileiros à base de um jogo espúrio, alicerçado em menti-ras e falácias.
A arma do procurador-geral da República Rodrigo Janot, ontem, apontou para o PMDB e acertou a veia aorta do partido. Mas façamos justiça (já que é disso que tanto se fala), os cânceres existem em quase todos os partidos, sem distinção de ideologias nem tamanhos.
Quem diria, José Sarney andando de tornozeleira. Ex--presidente da República, inter-minável político de carreira, de profissão e de malandragem. Ao lado dele, Renan Calheiros, presidente do Senado, Rome-ro Jucá, senador e ministro relâmpago no governo Temer e o gangster Eduardo Cunha, presidente afastado da Câma-ra Federal. Que quarteto. Ou quadrilha.
As alegações e explicações
Quem vocês pensam que são?
ralados pela Justiça. Ou seja, se agarram às habilidades da retórica e ao conhecimento constitucional para encontrar brechas na lei e para continuar enganando a sociedade.
Difícil passar uma semana sem que a novela das obras do PAC, em Lajeado, ganhe capítulos. Nesta semana, a Justiça alertou para indícios de improbidade administrativa. Ou seja, a juíza Ana Paula Martini não se deu por satisfeita em apenas ver rompido o contrato, anulado o
edital de licitação e devolvidos os recursos pagos de forma indevida. Quer os agentes públicos punidos com o rigor da lei.
Se a determinação da juíza prosperar, Luís Fernando Schmidt poderá ser impe-dido de concorrer à reeleição. A negligên-cia ainda pode custar caro.
O PAC empacou II
Continua se lixando para opinião pública
Sérgio Moraes é deputado fede-ral pelo PTB, conduzido a Brasília mediante expressiva votação
dos quatro, após o pedido de prisão expedido por Janot, são jocosas e absurdas. Ao mesmo tempo, retratam o modelo de atuação que adotam esses po-líticos quando se veem encur-
no Vale do Rio Pardo (seu reduto eleitoral) e também no Vale do Ta-quari. Suas aparições, no entan-to, envergonham seus eleitores. Ou, ao menos, deveriam.
Em 2009, Moraes virou man-chete nacional ao bravatear que: “estou me lixando para a opinião pública”, referindo-se à sua de-cisão quanto à quebra de decoro parlamentar no Congresso.
Eis que ontem, Moraes veio com uma parecida, se não pior. Disse, em entrevista à Rádio Gaú-cha, sobre a votação da cassação do mandato do deputado Eduar-do Cunha: “Vou votar contra a cassação porque tenho medo de condenar um inocente.”
A desfaçatez e arrogância desse discurso não tem tamanho. Ino-cente alguém com histórico mar-cado por falcatruas? Que patroci-nou, com dinheiro nosso, viagens da mulher para o exterior? Que tentou esconder contas milioná-rias na Suíça? Um conspirador nato, especialista do ilícito e um dos mais inescrupulosos políticos do Brasil. Mesmo com toda a ficha suja, acusado dos mais bárbaros crimes com dinheiro público, consegue apoio da maioria dos deputados em Brasília. Pelo visto, não é só o Moraes que se lixa para a opinião pública.
“Jamais agi para obstruir a Justiça. […]o Brasil conhece a minha trajetória, o meu cuidado no trato da coisa pública. […] estou perplexo, indignado e revoltado.”
José Sarney
“Vejo com estranheza esse absurdo pedido, e divulgado no momento da votação no Conselho de Ética, visando a constranger parlamentares que defendem a minha absolvição e buscando
influenciar no seu resultado.” Eduardo Cunha
“Pelo que eu vi, pelo que eu soube, não havia nada que justificasse uma medida como essa
[…]políticos discutirem projetos de alteração de leis é natural, compete ao Congresso discutir a legislação. [...]Se for esse o principal argumento
para o pedido de prisão, é estarrecedor.” Romero Jucá
“Essa decisão é desarrazoada, desproporcional e abusiva. […]não pratiquei ato concreto que
pudesse ser interpretado como suposta tentativa de obstrução à Justiça. […]nunca agi, nem
agiria, para evitar a aplicação da lei.” Renan Calheiros
Todos os dias, três milhões de litros de
dejetos de suínos são lançados ao solo do Vale do Taquari,
degradando e contaminando
também os mananciais
hídricos.
Comentário sobre a coluna
de Rodrigo Martini, publicada
nessa quinta-feira
Comentário sobre a maté-
ria “Apama acumula dívida
de quase R$ 80 mil”, publica-
da nessa quarta-feira
Comentário sobre a coluna
de Fernando Weiss publicada
nessa quarta-feira
Em partes, discordo do amigo em relação ao Osmar Terra, não gosto dele e acho real-mente ultrapassado, mas sobre as drogas estou com ele, inibe o consumidor, ferra com vendedor, afinal não existe mercado se não existir consumidor, faz sentido e os maconheiros que me perdoem, mas que compra financia sim a violência.
Carlos Augusto Leitao Ruschel
A Apama, como várias outras ONGs, precisa de ajuda financeira para se manter viva, ajudando cães abandonados. Doe um pouco e faça muito!
Luciane Zart
A contaminação pública de Brasília virou epi-demia. Não creio mais que alguma das criaturas de qualquer poder (Executivo, Legislativo e Judi-cário) preste ou tenha algum valor ético e moral. E esse Sérgio Moraes já na época que ele se li-xava pra opinião pública, continuou se reele-gendo. É um lodo fedido demais, mas, por isso mesmo, vamos aumentar a força da Lava-Jato.
Dulce Lanner
Opinião 3A HORA · SEXTA-FEIRA, 10 DE JUNHO DE 2016
Ney Arruda [email protected]
Resgatando o namoro
Nestes tempos de rela-cionamentos líquidos, me bateu um desejo incontido de resgatar o
namoro. Não aquele namoro que a gente vê nos noticiários, tipo Renan Calheiros e Mônica Veloso, mas aquele outro tipo, talvez antigo, um vínculo nutrido pela vontade de ficar junto. Uma von-tade que aumenta ainda mais neste friozinho seco, um desejo de compartilhar e, quem sabe, cons-truir uma vida em comum. Mas, antes de resgatar o meu ideal de namoro, preciso esclarecer esda coisa que citei, os tais relaciona-mentos líquidos.
No caso, o conceito de liquidez foi cunhado por um sociólogo polonês chamado Zigmunt Bau-man, a partir de dois aspectos centrais. O primeiro, seria a “von-tade de liberdade” do cidadão moderno, inerente à constante busca pela individualização. O segundo, seria a velocidade ca-racterística da pós-modernidade, responsável pela “inconsistência” das relações e pela alta produção de desejos. Para ele, as coisas e as relações não mais são feitas para durar: há sempre novos “produtos”, mais modernos, mais atraentes e estimulantes para se-rem consumidos. Assim, Bauman trata das consequências provoca-das pela busca da liberdade em detrimento da vida social estável. Em sua obra Amor Líquido, ele fala sobre a fragilidade dos laços humanos e dá outro significado à noção de liquidez quando referi-da às relações humanas. O amor líquido, em última instância, re-presenta a possibilidade de sentir--se desprovido, inseguro, que pode ser retratado pelo “ficar”, que geralmente não deixa marcas, nem as boas, nem as más.
Voltando ao namoro, original-mente, ele foi concebido como uma forma de relacionamento interpessoal sem frescuras, mas com algumas pretensões. Sua função seria a concretização do sentimento entre duas pesso-as, em troca de conhecimentos e
O amor líquido,
em última instância,
representa a possibilidade de sentir-se desprovido, inseguro ...”
Nne
belecimento de um noivado ou de um casamento, definido esse último como o vínculo estabeleci-do entre duas pessoas, mediante o reconhecimento jurídico ou religioso.
Em outras palavras, namoro reflete a relação afetiva mantida entre duas pessoas, que se unem pelo simples desejo de estarem juntas e de partilharem novas experiências. É uma relação em que o casal pode estar compro-metido pessoal e socialmente, mas sem estabelecer um vínculo matrimonial perante a lei civil ou religiosa.
Neste domingo, 12, comemora--se o Dia dos Namorados. E neste dia penso que qualquer um que compartilha a sua vida com outra pessoa, seja a que título for, seja qual o grau de profun-didade ou de comprometimento, deve resgatar aquelas razões que ocasionaram o cruzar de suas vidas. O abraço, o beijo, o afeto, o sexo, a parceria, os filhos e todos os demais pontos em comum. Resgatar, recordar e cultivar, para que não se perca o gosto de estar junto, para que o amor seja mais sólido do que líquido. Afinal, como disse Tom Jobim, fundamental mesmo é o amor. E é impossível ser feliz sozinho.
de uma vivência com um grau de comprometimento inferior ao do casamento. Uma espécie de “test drive afetivo”. A grande maioria dos antigos utilizava o namo-ro como pré-condição para o esta-
Acabou sem definição e expectativa de mais diálogo
a audiência de conciliação realizada nessa quarta feira,
8, entre representantes dos estudantes que ocupam es-
colas em todo o RS e do Governo do Estado. Foi só após
quatro horas de debates que a juíza Geneci Ribeiro de
Campos, do Centro Judiciário de Soluções de Conflitos e
Cidadania (Cejusc) da capital, encerrou o encontro.
Na prática, ficou acordado que o secretário da
Educação, por meio do titular da pasta, Luís Alcoba de
Freitas, presente à reunião, dará respostas até o início
da próxima semana a 12 reivindicações do movimento
dos estudantes, elencadas em documento formulado
em assembleia e repassado também à juíza Geneci.
O que causa espanto em qualquer cidadão é a falta
de um diálogo franco entre o governo, professores e
estudantes, que certamente evitaria que o conflito
atingisse as proporções que alcançou e acabasse tendo
que ser solucionado na Justiça.
DIVULGAÇÃO
DIVULGAÇÃO
A 2ª Vara Federal de Santa
Maria condenou a Santo En-tretenimento e quatro pessoas, sócios e administradores da Boate Kiss, a ressarcir o INSS pelos benefícios concedidos a funcionários, em função do incêndio em janeiro de 2013. Uma empresa que forneceu os seguranças terceirizados tam-bém foi responsabilizada.
A sentença, do juiz Jorge Luiz Ledur Brito, foi publicada na quarta feira, 1o. O INSS ingres-sou com a ação regressiva, solicitando o ressarcimento dos gastos com benefícios aciden-tários, auxílio-doença e pensão por morte, concedidos a 12 se-gurados em razão do incêndio.
Para o juiz, as provas colhi-
das durante a instrução proces-sual revelaram que a Boate Kiss não teria fornecido treinamen-to adequado a seus emprega-dos, sobre como deveriam agir para uma rápida evacuação do local em caso de incêndio. “Nesse ponto, destaco que as testemunhas mencionaram que os seguranças agiram de forma equivocada ao tentarem (pasmem!) impedir a saída das pessoas que não tivessem efetu-ado o pagamento da comanda de consumo, o que mostra o despreparo dos profissionais que trabalhavam no local, que nem ao menos perceberam o incêndio que evoluía rapida-mente no interior do estabeleci-mento”, afirmou.
Ocupação das escolas estaduais: a falta de um diálogo franco
Boate Kiss: Justiça condena
sócios a ressarcir o INSS
CidadesPonte depende de acabamento
ENCANTADO – A construção da ponte da Rota do Desenvolvimento deve começar a receber a contenção e aterramento, após a terraplana-gem, nivelamento e microdrena-
gem. A via foi proposta para ser uma alternativa para o trânsito de caminhões e ônibus entre as ruas Padre Anchieta e Coronel Sobral, no bairro Santa Clara.
A HORA · SEXTA-FEIRA, 10 DE JUNHO DE 20164
Vale do Taquari
Municípios da região apostam na criação de formas para asse-gurar investimentos
viários com recursos próprios. Em Estrela, o Fundo Municipal de Pavimentações e Infraestrutura, criado em 2013, assegurou obras em cinco ruas no ano passado. Em Lajeado, projeto que cria me-canismo semelhante avança na câmara e aguarda homologação.
Ligado à Secretaria de Planeja-mento e Desenvolvimento Econô-mico, o fundo de Estrela visa eli-minar, em até dez anos, o passivo de ruas não pavimentadas da ci-dade. Levantamento realizado no início da gestão apontou 60 ruas de chão batido no município.
De acordo com o vice-prefeito Valmor Griebeler, que hoje res-ponde pela secretaria, o meca-nismo é uma forma de assegurar recursos para as obras. “É um fundo que se autossustenta, pois será alimentado pelo pagamento dos moradores que já foram be-neficiados”, ressalta.
A lei também prevê o aporte de recursos dos governos federal e es-tadual e outros órgãos públicos e de organismos internacionais de cooperação. Ainda está prevista a entrada de capital decorrente da realização de crédito em ins-tituições financeiras oficiais, ren-dimentos obtidos com a aplicação financeira dos recursos do fundo e
R$ 180.000 – Rua Antônio Xavier Diehl – Bairro Auxiliadora (pavimentação e drenagem)
R$ 6.964 – Rua José Wilibaldo Fell – Bairro das Indústrias (pavimentação comunitária)
R$ 5.778 – Rua Pedro E. Horn – Bairro Auxiliado-ra (pavimentação comunitária)
R$ 2.685 – Rua Gualberto Diehl – Bairro Auxilia-dora (pavimentação comunitária)
R$ 460.000 – Contrapartida das ruas do PAC
Fundo de Pavimentação soma R$ 333,6 milEm Estrela, cinco vias receberam melhorias na infraestrutura com verbas próprias
doações de particulares ou empre-sas privadas, entre outras.
Hoje o mecanismo tem depósito R$ 333.686,86. Conforme a lei, os recursos serão usados em obras preliminares e complementares de pavimentação, seja com asfal-to, blocos de concreto ou outros. Os valores também podem ser uti-lizados para recuperação e cons-trução de passeios, sinalização e projetos de engenharia.
Outras medidasAlém do fundo, a administra-
ção realizou empréstimos junto ao PAC para asfaltar 22 vias e
criou uma lei que proíbe novos loteamentos sem pavimentação e esgoto.
Os recursos do PAC foram utili-zados para pavimentação e reca-peamento de 22 ruas e avenidas. O prazo para quitar o empréstimo de R$ 10,2 milhões é de 228 meses, com juros de 6% ao ano. Parte desse recurso retornará aos cofres municipais por meio da contribui-ção de melhoria paga pelos mora-dores e proprietários dos terrenos onde houve a pavimentação.
Proposta em LajeadoEm janeiro, o vereador Adi Cerut-
ti (PMDB) encaminhou proposta para criação do mecanismo em Lajeado. A proposta foi aprovada pelos parlamentares, mas vetada pelo prefeito Luís Fernando Sch-midt.
O veto foi derrubado pelos par-lamentares no dia 24 de maio. A lei aguarda manifestação do presidente da câmara, Heitor Ho-ppe (PT), para ser homologada. O prazo é de 30 dias a partir da votação.
Conforme a proposta, os recur-sos do fundo serão aplicados em obras de preparação do leito vi-ário, pavimentações com asfalto, pedra irregular ou blocos de con-creto, além de manutenção, recu-peração e construção de passeios e ciclovias, sinalização vertical e horizontal em vias públicas e in-vestimentos em projetos de enge-nharia para calçamentos.
Marques de Souza
A aplicação dos recursos rece-bidos pela Associação Hospitalar do município serão apresentados durante um jantar comemora-tivo no dia 18. O evento ocorre em alusão aos dez anos da Cam-panha Mão Dadas Com a Saúde,
completados em agosto. Para a comemoração, a atividade ocorre na Sociedade União Centenária, às 19h30min.
De acordo com a secretária do hospital, Reny Rother, a anteci-pação do evento foi uma forma de a entidade poder demonstrar de forma mais próxima os inves-
timentos. “Nesta noite, vamos mostrar tudo que foi feito com a colaboração solidária do povo.”
Hoje, 83% do atendimento é fei-to pelo SUS. Apesar da importân-cia, das mais dos 12 mil habitan-tes dos municípios abrangidos, 650 contribuem com a doação de R$ 2 na tarifa.
Durante ele, haverá o 38º sor-teio de prêmios entre os contri-buintes da campanha. Entre os prêmios, estão um aquecedor, um chuveiro e um ferro elétrico. Um dos atrativos será a partici-pação do Coro Misto e Apollo, e do Santa Cecília, de Lajeado. Os ingressos para a janta custam
R$ 20 e estão à venda até quinta--feira, 16. Eles podem ser adqui-ridos no hospital, na Loja Certel, prefeituras dos municípios aten-didos, além da rede de supermer-cado da Rede Forte, Farmácia do Hospital, Fruteira Mertz ou com Cátia Barbiere, na localidade de Tamanduá.
Associação Hospitalar presta contas em jantar festivo
Obras realizadas com
recursos do fundo em Estrela:
Rua Antônio Xavier Diehl, no bairro Auxiliadora, é uma das cinco vias pavimentadas com recursos do Fundo Municipal
DIVULGAÇÃO
5A HORA · SEXTA-FEIRA, 10 DE JUNHO DE 2016
Cidades6 A HORA · SEXTA-FEIRA, 10 DE JUNHO DE 2016
País
Pesquisa da Associação
Nacional de Executivos
de Finanças, Administra-
ção e Contabilidade (Ane-
fac) mostra que as taxas de juros
do país continuam a acumular
altas ao longo de 2016. Os indica-
dores de maio mostram a quinta
elevação no ano e vigésima am-
pliação em sequência.
No caso dos cartões de crédito,
a taxa média anual alcançou o
maior índice desde outubro de
1995, chegando a 441,7% ao ano.
Nas seis operações de emprésti-
mos pesquisadas para pessoas fí-
sicas, a taxa média anual chega
a 150,7%.
Para o presidente do Sindicato
dos Contadores e Técnicos de Con-
tabilidade do Vale do Taquari (Sin-
covat), Rui Mallmann, a alta das
taxas é uma forma de defesa dos
agentes financeiros diante da ins-
tabilidade do mercado brasileiro e
da crise enfrentada pelo país.
Apesar de garantir a segurança
para esses agentes, a ampliação
dos índices pressiona empresas
e pessoas físicas que acabam pa-
gando mais caro pela tomada de
crédito. Conforme Mallmann, a
melhor recomendação para este
cenário é a prudência.
“O uso de crédito bancário deve
ocorrer apenas em último caso”,
aponta. No caso das organizações
empresariais, o presidente do Sin-
covat afirma que a grande saída é
a organização por meio de ferra-
mentas de gestão.
Taxas dos cartões alcançam média de 441,7% e alertam para risco de inadimplência
Juros do crédito sobem pela quinta vez
“O segredo é ter informações
precisas sobre o negócio e alcan-
çar um controle completo das
finanças”, reforça. Com as difi-
culdades para aumento de recei-
tas devido à recessão, Mallmann
defende a adoção de cortes nas
despesas para manter a sanidade
financeira das atividades.
“Se as empresas não fizerem
isso estão fadadas ao fracasso”,
alerta. Por outro lado, o diri-
gente avalia o momento como
propício a ajustes que possam
determinar o sucesso da em-
presa no período pós-crise. Para
Mallmann, a classe contábil tem
o dever de contribuir com as em-
presas no sentido de orientar a
correta utilização do crédito.
“Toda instabilidade é passagei-
ra, e quem se preparar agora con-
seguirá não apenas sobreviver à
crise, mas também dar um salto
de desempenho quando o cenário
ficar favorável”, ressalta. Confor-
me a Anefac, os juros de emprés-
timos empresariais alcançaram
média de 71,94% ao ano.
Renegociação No caso das pessoas físicas,
Mallmann afirma que o principal
vilão do descontrole de gastos é o
cartão de crédito, cujo juro con-
sidera desumano. Para ele, ficar
devendo, pagar apenas a taxa
mínima ou parcelar as contas
mensais do cartão pode causar
problemas graves.
Nesse tipo de dívida, a sugestão
é realizar um empréstimo bancá-
rio com pagamento parcelado em
taxas menores. Além disso, ressal-
ta a necessidade de controlar os
gastos a prazo e não fazer com-
pras parceladas no crédito.
Tais medidas foram adotadas
pela estudante Vanessa Paliosa,
22. Ela cancelou o cartão de cré-
dito após contrair dívida muito
acima dos valores gastos. “Tinha
vezes que o boleto vinha em um
valor, eu pagava o mínimo e no
outro mês o valor aumentava
muito, causando um efeito de
bola de neve.”
A estudante fez um empréstimo
para quitar o débito e agora evita
compras parceladas. Também re-
cusou as inúmeras ofertas da ope-
radora para manter o cartão. “Por
mais que facilite, prefiro não ter.
Além dos juros serem abusivos,
gastamos mais por não sentir o
prejuízo na hora da compra.”
Segundo ela, vale mais a pena
juntar dinheiro e negociar descon-
tos com os vendedores nos paga-
mentos à vista do que aderir às
operações de crédito.
Dados da Boa Vista SCPC relativos ao mês de maio mostram que a inadimplência do consu-midor cresceu 3,2% no acumulado em 12 meses. Conforme o órgão, a redução nas vagas de emprego contribui para a deterioração do orça-mento das famílias, o que resulta atrasos nos pagamentos de dívidas e contas em geral. A previsão da Anefac é de que os índices de inadimplência devem recuar apenas a partir de 2018. Cerca de 60 milhões de pessoas estão com o nome sujo no país. Conforme o SCPC, elas representam uma dívida total de R$ 256 bilhões. Os principais credores são bancos, financeiras, lojas e concessionárias de luz, água e telefonia.
INADIMPLÊNCIA EM ALTA
Empréstimos pessoais alcançam juros médios de 150,7% ao ano. Empresas pagam taxas anuais de 71,94% em média
ANDERSON LOPES
Arroio do Meio
Relatório da Secretaria da
Saúde, divulgado, nesta sema-
na, indicou a realização de mais
de 66,5 mil consultas no muni-
cípio no ano passado. Levando
em consideração a população
registrada em 2015, o número
indica 3,3 consultas por habi-
tante, pouco acima do indicado
pela Organização Mundial de
Saúde (OMS) como ideal.
Para chegar ao número, foram
contabilizados atendimentos do
Posto de Saúde Central, Estraté-
gias de Saúde da Família (ESFs)
dos bairros Bela Vista, Aimoré,
São Caetano e Navegantes. Além
deles, as atividades da Unidade
Móvel de Saúde, visitas domici-
liares médicas e Plantão Médico
24 horas do Hospital São José
compuseram o levantamento.
No mesmo período, foram
contabilizados 76,8 retiradas
de medicamentos na Farmácia
Básica e visitas médicas domi-
ciliares em 437 residências. Os
agentes comunitárias de Saúde,
técnicas e enfermeiras desen-
volveram, em 2015, mais 26,6
mil visitas. Pelas projeções, até
o fim do mês, será inaugurada
a Unidade Básica de Saúde (UBS)
do bairro Rui Barbosa. Ela segue
o modelo da UBS do bairro São
Caetano, finalizada em junho
do ano passado.
Secretaria de Saúde contabiliza 66,5 mil consultas em 2015
Mato Leitão
A prefeita Carmen Goerck (PP)
assinou nessa quarta-feira o
contrato para serviços de asfal-
tamento em cinco ruas da área
central. A empresa responsável
pelas obras será a Giovanella.
O investimento foi possível
devido a financiamento com o
Banco Regional de Desenvolvi-
mento do Extremo Sul (BRDE).
O valor total supera R$ 2,7
milhões, sendo que o crédito
concedido pela instituição ban-
cária alcançou R$ 2,4 milhões.
O restante se deve à contrapar-
tida municipal.
As obras iniciam na próxima
semana. Conforme informação
repassada pela empresa à ad-
ministração municipal, a meta
é terminar as melhorias em
90 dias. Pelo contrato, o prazo
para entrega das obras é de
meio ano.
Convênio garante asfalto em cinco ruas centrais
7A HORA · SEXTA-FEIRA, 10 DE JUNHO DE 2016
Cidades4 A HORA · SEXTA-FEIRA, 10 DE JUNHO DE 20168
Lajeado
A juíza da 1ª Vara Fede-ral, Ana Paula Martini Tremarin Wedy, negou o pedido de liminar
ajuizado pelo Ministério Público Federal (MPF) em 27 de maio. A ação solicitava o rompimento do contrato entre Executivo e o con-sórcio responsável pelas obras de pavimentação pelo PAC, orçadas em R$ 20,3 milhões, além da de-volução de valores e anulação do processo licitatório. A procurado-ria tem 30 dias para apresentar novas provas.
Segundo a magistrada, como os repasses pela Caixa Econômica Federal (CEF) já estão suspensos desde o início do ano de forma extrajudicial, respeitando reco-mendação do próprio MPF, não há justificativa – neste momento – para uma atuação jurídica com o mesmo propósito.
Ainda, conforme a íntegra do despacho assinado nessa quarta--feira à noite, Ana Paula cita o fato de os pagamentos efetivados pelo governo municipal também estarem suspensos desde setem-bro de 2015. Para a juíza, “não há risco de perecimento imediato de direito”.
Mesmo negando esse primeiro pedido de rompimento do contra-to e do edital, a magistrada alerta para a necessidade da CEF seguir atendendo a orientação do procu-rador da República, Cláudio Terre do Amaral. No despacho, diz não descartar a possibilidade de aca-tar a liminar caso a “recomenda-
Juíza não vê necessidade de romper contrato, pois repasses da CEF estão suspensos
Justiça nega liminar para embargar PAC
ção do MPF deixe de ser observada pela CEF”, e pede à instituição bancária o envio de documenta-ções referentes ao contrato.
Na decisão, a juíza comenta es-tar ciente de que o inquérito civil do MPF, com base no qual foi pro-posto o pedido de liminar, prosse-gue em trâmite “justamente com o escopo de elucidar os atos de im-probidade administrativa”.
Para a magistrada, os fatos apresentados pela procuradoria da República são “graves” e apre-sentam indícios para a “respon-sabilização dos envolvidos”. Na semana passada, ela solicitou, em pedido de emenda à inicial, a ma-nifestação por parte do MPF sobre a questão de provável improbida-de administrativa.
Entre os principais indícios, a juíza fala do parecer assinado pelo procurador jurídico do mu-nicípio, alertando o prefeito, Luís Fernando Schmidt, sobre prejuízo em função do contrato assinado com valor acima do referencial da licitação, e ainda a respeito da ausência de outros concorrentes – além do consórcio vencedor – no edital. Para Amaral, o gestor igno-rou os alertas.
“Mostra que não há emergencialidade”
De acordo com o procurador do município, o advogado Julia-
no Heisler, o despacho da juíza mostra que não há “indícios de emergencialidade” para rompi-mento do contrato. A partir dessa decisão, o governo prepara a defe-sa referente às denúncias do MPF sobre possível superfaturamento e direcionamento de edital. O go-verno já foi intimado para se ma-nifestar nos autos.
Além disso, explica Heisler, o Executivo pretende responsabili-zar a CEF pela interrupção dos re-passes. “Já verificamos prejuízos, mesmo sem uma decisão judicial balizando a suspensão dos recur-sos. São prejuízos econômicos e sociais, pois até o residencial po-pular Novo Tempo, no bairro San-
to Antônio, corre risco de não ser inaugurado, pois é obrigação ter asfalto naquela via.”
MPF investiga ato de improbidade
O procurador da República con-firma a sequência do inquérito civil por parte do MPF. A investi-gação busca os responsáveis pelo superfaturamento apontado pela equipe pericial da instituição. Se-gundo ele, a intenção do pedido de liminar era evitar prejuízo ainda maior para os cofres do municí-pio. Não há previsão para o pos-sível ajuizamento de ação por im-probidade administrativa.
ENTENDA MELHOR
Juliano Heisler
Procurador do município
São prejuízos econômicos e
sociais, pois até o residencial popular
[...]corre risco de não ser inaugurado
O MPF abriu inquérito civil a partir de setembro de 2015, quando o então secre-tário de Obras, Adi Cerutti, denunciou série de cobranças de serviços não prestados por parte das empresas consor-ciadas. Além disso, o agora vereador apontou superfatu-ramento de itens do contrato, e falta de fiscalização por parte do Executivo.
Em janeiro, o MPF so-licitou à CEF a imediata suspensão dos repasses de valores. O mesmo pedido foi encaminhado ao gover-no municipal, para evitar novos pagamentos às em-presas. Segundo a equipe de fiscalização da prefeitu-
ra, já foi pago 28% do total acordado – cerca de R$ 5,7 milhões, e 60% das obras já estão concluídas em 14 trechos de ruas municipais.
Há duas semanas, o MPF ajuizou ação contra Exe-cutivo, CEF e as empresas Construtora Giovanella e Coesul. Pedia a anulação do edital e do acordo, em função de suposto direcio-namento da licitação e de possíveis irregularidades no projeto e na execução dos trabalhos. O prejuí-zo estimado é de R$ 2,6 milhões, ou 11% do orça-mento das obras, em caso de conclusão efetiva de todo o contrato.
Obra na av. Benjamin Constant, no bairro Moinhos d'Água, continua suspensa
RODRIGO MARTINI
9A HORA · SEXTA-FEIRA, 10 DE JUNHO DE 2016
10 A HORA · SEXTA-FEIRA, 10 DE JUNHO DE 2016
Justiça condena prefeito por desvio de verba pública
Gestor de Travesseiro, Ricardo Rockembach (PP) foi sentenciado a dois anos de reclusão em regime aberto,
mas a pena foi substituída por serviços comunitários. Ele foi acusado por peculato em função da compra de
medicamentos com dispensa de licitação e preços acima do mercado. Também foram condenados dois donos
de farmácias e a ex-secretária de Saúde. Recursos serão encaminhados ao STF
Travesseiro
A decisão da 4ª Câmara
Criminal do Tribunal de
Justiça do RS, proferida
na quinta-feira da se-
mana passada, foi unânime entre
os magistrados. Todos decidiram
pela condenação do prefeito Ricar-
do Rockembach, da ex-Secretária
de Saúde, Elis Cristine Weizeimann
Rempel e dois donos de farmácias,
Janete Stefani Both e Guilherme
Dertzbacher.
A investigação iniciou após o
Departamento Nacional de Audito-
SUBSÍDIOS QUESTIONADOS
ria do SUS apontar irregularidades
na compra direta e fracionada de
medicamentos não básicos. Em
parecer, sugeriu licitação, além de
“evitar a contratação de empresas
cujos sócios sejam parentes de fun-
cionários ligados a administração.”
Conforme a denúncia do Mi-
nistério Público (MP) – ajuizada
após investigação da Polícia Civil
– entre os anos de 2009 e 2011,
Rockembach e Elis dispensaram
licitação para comprar de forma
fracionada e por valores maiores
em relação aos preços de mercado,
medicamentos de duas farmácias
aquisição dos medicamentos ocor-
ria quando moradores de Traves-
seiro não encontravam remédios
na farmácia básica, “até de forma
deliberada”, segundo o MP. Para
tal, todos se dirigiam às duas úni-
cas farmácias instaladas no mu-
nicípio, onde faziam pesquisa de
preço dos remédios, com base na
receita médica.
De posse do orçamento, o pa-
ciente se dirigia ao Posto de Saúde,
onde equipe realizava a análise do
desconto a ser dado ao cidadão.
Esse montante variava conforme
a legislação municipal, entre 40%
e 100%, dependendo do caso. Na
unidade, era expedida a autoriza-
ção para comprar o remédio. Para
o MP, com preço acima do mercado.
Após, o paciente voltava à farmácia
e comprava a medicação.
Segundo a denúncia, as duas
farmácias “foram diretamente be-
neficiadas pela compra direta, fra-
cionada e superfaturada de medica-
mentos”. Para o MP, “valendo-se do
desconto fornecido aos moradores
de Travesseiro, os estabelecimentos
praticavam o máximo preço previs-
to na tabela da Anvisa, sendo que
Executivo arcava com o altíssimo
pertencentes a familiares do atual
e do ex-gestor do município, Gené-
sio Roque Hofstetter.
O esquema, conforme o MP, ocor-
reria mediante descontos conce-
didos à população com base em
uma lei municipal de 1999 e que
subsidiava a compra de medica-
mentos. Para o juiz Mauro Borba,
“o processo licitatório foi burlado,
e os preços praticados causaram
prejuízo à administração munici-
pal”. Em três anos, foram R$ 519,9
mil em compras subsidiadas nas
duas farmácias.
Segundo os autos do processo, a
ARQUIVO A HORA
Rockembach está no segundo
mandato em Travesseiro. Ele
lamenta a denúncia, que deverá
atingir outros gestores. “Não
houve dolo ou má-fé. Podem ve-
rificar todas as minhas contas.”
11A HORA · SEXTA-FEIRA, 10 DE JUNHO DE 2016
Reportagem e foto: Rodrigo Martini
Muito antes de eu ser prefeito, ele (sobrinho dono
de farmácia) já estava se formando
nessa área. O estabelecimento não tem nada a
ver comigo
Ricardo Rockembach
Prefeito
custo dos medicamentos, benefi-ciando os empresários familiares.”
A Justiça, em primeira instância, condenou Rockembach à pena de dois anos e quatro meses de reclu-são, em regime aberto, substituída por uma pena restritiva de direitos, na modalidade de prestação de ser-viços à comunidade e mais multa. A ex-secretária e os dois empresários também prestarão serviços comu-nitários pelo período de dois anos, além do pagamento de multas.
Detalhes do processoConforme a denúncia do MP, os
dois proprietários das farmácias “concorreram comprovadamente para a consumação da ilegalidade, beneficiando-se da dispensa ilegal de licitação para firmar contrato com o poder público”. Nos autos, consta como exemplo a venda do remédio Citalopran pela farmácia de Guilherme Dertzbacher, sobrinho do atual prefeito.
Segundo apurou a procuradoria de Arroio do Meio, o preço má-ximo do medicamento era de R$ 73,09, segundo a Anvisa. Já nas farmácias da rede São João, ele po-deria ser adquirido – com desconto concedido pelo laboratório – pelo valor de R$ 39,90. Dessa forma, cita o promotor, o desconto de 50% con-cedido ao paciente, que comprou o medicamento por cerca de R$ 36, é “fictício e os empresários lucraram às custas do dinheiro público”.
Além desses indícios, o MP apre-sentou demonstrativos das empre-sas, provando que a maior receita
de ambas advinha dos subsídios repassados pelo poder público. Para o promotor, tal fato “não poderia ser diferente, considerando a popu-lação local de 2,3 mil habitantes e o fato de todos os munícipes poderem auferir o auxílio financeiro, inde-pendente da condição econômica”.
Detalhes da leiO Executivo, com base na lei de
1999 – e suspensa após início das investigações em 2013 – estava au-torizado a subsidiar medicamentos à população com descontos iniciais na ordem de 20 a 30%. Tal lei permi-tia aquisição em qualquer farmácia do município, e também de Nova
Bréscia e Marques de Souza ou em qualquer outra localidade, nes-ses casos, com 5% de desconto.
A lei foi editada em 2002, esta-belecendo desconto de 100% na medicação de uso contínuo adqui-rida nas farmácias estabelecidas em Travesseiro para as pessoas com idade superior a 65 anos. Essa legislação manteve os descontos de 20 a 30% aos demais medica-mentos. Na época, o único estabe-lecimento era de propriedade de Janete Stefani Both, casada com o sobrinho do ex-prefeito.
Em 2009, já sob a gestão de Ro-ckembach, a lei foi outra vez alte-rada, passando a conceder descon-tos ainda maiores, na ordem de 40%, 50% e 100% na aquisição de medicamentos junto às farmácias instaladas naquela cidade. Naque-le ano, também estava estabeleci-da em Travesseiro a farmácia de propriedade do denunciado Gui-lherme Dertzbacher, sobrinho do atual prefeito.
A defesa dos condenadosOs condenados citaram carência
de provas na denúncia, por não ter havido pedido de devolução de valores, isso porque o órgão acusa-dor não soube apontar o suposto
prejuízo causado ao erário muni-cipal. Defendem que o argumento de ausência da licitação perde o sentido, pois a compra ocorre pelos cidadãos, e afirmam não encontrar indício de dolo ou de influência ao cometimento dos delitos, e sequer eventual benefício com a dispensa de licitação.
Relataram ainda não terem o de-ver de fiscalizar a lei, ressaltando, ainda, a inviabilidade da disputa pública no caso, não sendo possí-vel prever quais os remédios que a população necessitaria. Disseram,
ainda, que os remédios estavam de acordo com o preço da Anvisa, ano-tando que as farmácias são de por-te pequeno, não podendo oferecer as mesmas condições das maiores.
“Vamos recorrer ao STF”Rockembach lamenta a decisão
judicial em primeira instância. “Es-tou muito chateado. É uma situa-ção delicada. Sempre tentei fazer o melhor para o município. Não hou-ve qualquer dolo, não há má-fé na lei. Não houve qualquer ganho de minha parte. Minhas contas estão
abertas para quem quiser verifi-car”, salienta o prefeito, que não de-verá perder a função pública diante desse processo.
Ele questiona a ilegalidade na dis-pensa de licitação. “É um subsídio. A compra é feita pelo paciente. Não há como saber o que será adquiri-do.” Sobre o parentesco com um dos donos das farmácias, ele afirma ser normal pelo fato de morarem em um município pequeno. “Muito an-tes de eu ser prefeito, ele já estava se formando nessa área. O estabeleci-mento não tem nada a ver comigo.”
No tocante à pena de perda do cargo público, função ou mandato, e inabilitação pelo período de 5 (cinco) anos {...} deixo de reconhecê-la, tendo em vista que a sua aplicação não é au-tomática {…} e fatos apurados na denúncia referem-se à gestão passada.
Condenar Ricardo Rockenbach à pena de 2 anos e 4 meses de reclusão, em regime aberto, subs-tituída por uma pena restritiva de direitos, na modalidade de prestação de serviços à comu-nidade, pelo período da condenação, e multa, fixada em 100 (cem) dias-multa, à razão de 1/20 (um vigésimo) do salário-mínimo, considerando a extensão do dano e a condição financeira do condenado.
12 A HORA · SEXTA-FEIRA, 10 DE JUNHO DE 2016
13A HORA · SEXTA-FEIRA, 10 DE JUNHO DE 2016
Cidades14 A HORA · SEXTA-FEIRA, 10 DE JUNHO DE 2016
Arroio do Meio
Os 239 metros quadra-
dos de construção no
subsolo do ginásio de
Barra do Forqueta de-
vem ampliar a área disponível
para a escola de Ensino Funda-
mental Barra do Forqueta. A so-
lenidade de entrega do espaço
ocorre nesta segunda-feira, 13,
às 20h.
Foram construídas desde o
ano passado duas novas salas
de aula, auditório, banheiros e
adaptações de acessibilidade. De
acordo com a diretora, Liselote
Lange, a ampliação deve melho-
rar a capacidade de atendimento
dos 40 alunos participantes do
Mais Educação, no turno inte-
gral. Ao todo, a escola conta com
270 estudantes matriculados.
Foram investidos R$ 95 mil na
construção. Além dos espaços, o
acesso lateral à escola ganhou
calçada concretada. No ano pas-
sado, o entorno já havia recebido
uma academia ao ar livre em
frente ao ginásio.
De acordo com dados da Se-
cretaria da Educação, desde o
início do ano, R$ 500 mil foram
investidos em ampliações de
quatro escolas do município.
Entre as já inauguradas, estão
sala de aula e laboratório de
ciências na João Beda Körbes,
no bairro Aimoré; e refeitório e
Complexo conta com mais duas salas de aula
Escola Barra do Forqueta recebe ampliação
secretaria na Bela Vista.
Mais três salasAté o fim do mês, é projetada a
conclusão da obra para constru-
ção de mais três salas na escola
Ensino Fundamental São Cae-
tano. Elas somam 243,6 metros
quadrados e são resultado de
um investimento de R$ 165 mil.
Entre os espaços, um é maior e
será utilizado para reuniões, pa-
lestras, exibição de vídeos e ou-
tros eventos.
INVESTIMENTO EM PAVIMENTAÇÃO
O bairro Barra do Forqueta também re-cebeu investimentos na pavimentação da rua São Miguel. O serviço em 3,8 metros quadrados foi feito com pedras regulares de basalto e deve beneficiar 50 famílias. A obra custou R$ 339 mil e foi executada por meio de parceria entre poder público e morado-
res. No ano passado, o Exe-
cutivo havia feito uma nova rede de drenagem na via. Para a colocação dos 206 metros de canalização, foi preciso fazer a detona-ção de rocha. A demanda por melhorias no sistema havia sido apontada pelos moradores durante reunião comunitária.
Diretora Lisolete Lange diz que obra qualifica espaço para turno integral
MARCELO GOUVÊA
Estrela
O investimento de R$ 482,4
mil, feito por meio de convê-
nio entre administração muni-
cipal e Ministério do Turismo,
possibilita a pavimentação da
rua General Osório, no bairro
Boa União. A obra totaliza 3,8
mil metros quadrados de área
e contempla asfaltamento,
drenagem e sinalização.
O asfaltamento desse tre-
cho trará benefícios para o
município, possibilitando o
acesso ao distrito de Costão e
ao município de Colinas pelo
Boa União, não havendo mais
a necessidade de ingressar na
BR-386, como ocorre hoje.
Também contempla o rotei-
ro turístico Delícias da Colô-
nia, pois a rua General Osório
dá acesso a um dos empreen-
dimentos que fazem parte do
roteiro, levando aos demais
pontos localizados em Cos-
tão, Colinas e Imigrante. A
obra deve estar concluída em
60 dias.
Empresa inicia pavimentação da rua General Osório
Previsão de entrega é de 60 dias. Obra contempla 3,8 mil metros quadrados
DIVULGAÇÃO
Vale do Taquari
O Vestibular de Inverno Uni-
vates ocorre neste domingo das
13h30min às 16h, nas salas do
Prédio 12. Os vestibulandos de-
vem chegar ao local da prova
com antecedência mínima de
30 minutos. Direito, Odontolo-
gia e Administração estão entre
os cursos com maior número de
inscritos, seguidos de Enferma-
gem, Arquitetura e Urbanismo
e Engenharia Civil.
Neste semestre, os candidatos
farão prova única de redação. A
razão é a alteração no processo
seletivo realizada pela Univa-
tes em 2015. Ao invés de ofer-
tar dois vestibulares distintos
(Verão e o seu processo comple-
mentar e Inverno), o Vestibular
Univates passa a oferecer todas
as vagas anuais no Verão, cuja
prova é realizada em novem-
bro ou dezembro. As vagas não
preenchidas são oferecidas nos
vestibulares complementares:
janeiro e junho.
A localização das salas pode
ser conferida no www.univa-
tes.br/vestibular. As mulheres
lideram o índice de candida-
tos com 56% das inscrições. Os
vestibulandos vêm de 75 cida-
des, sendo Lajeado, Venân-
cio Aires, Estrela, Teutônia,
Arroio do Meio, Encantado,
Guaporé e Taquari com mais
inscritos.
Os resultados do Vestibular
de Inverno serão publicados
até esta quarta-feira, 15, no
site da Univates. As matrículas
devem ser feitas no Atendimen-
to Univates (sala 310 do Prédio
9), nos dias 16 e 17, das 8h às
11h30min e das 13h às 21h.
Vestibular de InvernoUnivates é neste domingo
Cruzeiro do Sul
Novas regras para aprova-
ção de loteamentos estão sendo
avaliadas na câmara de verea-
dores desde a semana passada.
A proposta apresentada pelo
Executivo repassa ao loteador
a responsabilidade pela infraes-
trutura básica das áreas. Com
a aprovação, eles precisariam
atender demandas de pavimen-
tação, iluminação, instalação de
sistemas de abastecimento de
água, energia elétrica, além de
esgotamento sanitário.
A iniciativa é analisada pelo
setor jurídico antes da avalia-
ção das comissões internas e a
votação em plenário. Pela justi-
ficativa do projeto, a mudança
do regramento é uma forma de
diminuir o ônus causado ao po-
der público com a necessidade
de execução dos serviços.
Em caso de parecer favorável
do Legislativo e sanção do pre-
feito, as exigências passariam
a ser cobradas antes da apro-
vação do projeto de novos lote-
amentos. Até o fechamento da
edição, o Executivo não havia
repassado quantos projetos do
tipo tramitam ou áreas sem a
infraestrutura foram contabili-
zadas pela administração.
Jorge Siebenbon atua no ramo
imobiliário faz mais de 20 anos
no município. De acordo com
ele, com a aprovação, a tendên-
cia é de um impacto financeiro
no setor.
Regramento para loteamentos está em análise na câmara de vereadores
15A HORA · SEXTA-FEIRA, 10 DE JUNHO DE 2016
16 A HORA · SEXTA-FEIRA, 10 DE JUNHO DE 2016
Não foi fácil acordar cedo e
ir trabalhar, não estávamos mais
acostumados com esta bela paisagem
branquinha.
Jéssica Koch
Estudante
Frio congela a madrugadaTemperaturas atingiram marcas negativas e geada transformou paisagem por todas as cidade do estado
Vales do Rio Pardo
e Taquari
O frio da manhã de on-tem foi o mais intenso do ano. Na estação de medição do Centro de
Informações Hidrometeorológicas (CIH) da Univates em Encantado, foram registrados 0,8ºC.
As baixas temperaturas mar-cadas ainda no outono são uma amostra de um inverno bem mais rigoroso se comparado a 2015. De acordo com a coordenadora do CIH, Fabiane Gerhart, a tempera-tura mais baixa na região ficou entre 1ºC e -2ºC.
TEMPERATURA NEGATIVA
Medidores de temperatura ins-talados nas ruas marcaram tem-peraturas bem mais baixas. Se-gundo Fabiane, a diferença para a medição oficial é natural. Os termômetros de rua marcam a sensação térmica, sendo influen-ciados por fatores como vento e umidade, explica.
Sensação de -6°CO amanhecer foi gelado e com
paisagem tomada pela geada em Boqueirão do Leão. A proprieda-de do agricultor Ademir Almeida proporcionou uma bela imagem. Ao fundo do potreiro coberto pelo gelo, a cidade amanhecia com ca-
racterísticas típicas de serra. “É bom que ocorram tempera-
turas negativas, isso auxilia no combate de pragas, o frio sem dúvida faz parte da nossa região”, observa o agricultor.
Quem também encarou as mar-cas negativas logo cedo foi o pe-dreiro Gelson Ogliari. Na praça da cidade, ele acompanhou o registro do termômetro apontando -3°C. Para escapar do frio, um fogo im-provisado em meio à obra ajudou a começar mais um dia de tra-balho. “Antes das 7h já estava na praça, mas o cenário sem dúvida encanta qualquer pessoa.”
Em Gramado Xavier, o regis-
tro de moradores apontou marca de -4°C na praça da comunidade Cristo Rei.
Em Progresso, não foi diferen-te. Segundo a estudante de Jorna-lismo Jéssica Koch, o termômetro marcou -1°C logo no amanhecer. Mas durante a madrugada a sensação de frio foi ainda maior. “Não foi fácil acordar cedo e ir trabalhar, não estávamos mais acostumados com esta bela pai-sagem branquinha.”
Frio apresenta contraste na agricultura
Com a chegada do frio, Teutô-
17
17A HORA · SEXTA-FEIRA, 10 DE JUNHO DE 2016
Reportagem: Maciel Delfino, Felipe Neitzke e Eduardo Amaral
nia registrou 0ºC e o primeiro dia de geada. O produtor Claus Scha-effer, 63, se impressionou com a camada de gelo formada sobre o tronco de um cinamomo na pro-priedade, na Estrada da Várzea.
Embora acostumado com o clima frio e úmido da localidade entre Languiru e Teutônia, o prin-cipal impacto é notado na criação de gado.
Na área de 2,4 hectares, ele mantém 44 animais, uns para abate, outros para a produção de leite. O frio acaba retardando o crescimento dos animais. “Esse não é o lugar ideal para que eles
BOQUEIRÃO DO LEÃO: termômetro marca a sensação térmica, conforme explica coordenadora do CIH da Univates
Campos no interior da região ficaram brancos. Massa de ar polar se mantém nos próximos dias e dão uma mostra do que esperar para o inverno
desenvolvam bem.”Na mesma propriedade, Marciel
Schumann, 27, cria 10,5 mil gali-nhas poedeiras. Diferente de Scha-ffer, ele comemora a chegada do inverno. Segundo o produtor, du-rante o período, há menos chan-ces de os animais morrerem. O consumo de ração aumenta 10%, melhorando a produção para 9,7 mil ovos por dia.
“Em dias quentes, elas comem 90 gramas de ração cada e nos dias frios aumenta para 125 gra-mas”. A única medida para man-ter a temperatura do galinheiro é a instalação de cortinas laterais.
SolidariedadeO governo estadual lançou no
início do mês mais uma edição da Campanha do Agasalho, com o tema “Doe com amor.” As coletas são feitas nas rodoviárias, quar-téis dos bombeiros e Brigada Mili-tar e nas agências do Banrisul.
Além da ação estadual, go-vernos municipais e entidades privadas também realizam campanhas de arrecadação e distribuição de roupas.
ENCANTADO: telhado da Igreja Matriz São Pedro ficou branco devido à geada que caiu sobre a região ontem
TEUTÔNIA: o agricultor Claus Schaeffer ficou surpreso ao ver a camada de gelo sobre um tronco de cinamomo
FELIPE NEITZKE FELIPE NEITZKE
JUREMIR VERSETTI / CHINELAGEM PRESS
MACIEL DELFINO
PREVISÃO
DO TEMPO
Hoje
(10/6):
aumenta a
nebulosidade
na região. Com a entrada
de uma nova massa de
ar polar, existe a possibi-
lidade de chuva isolada.
Mínima:- -1°C Máxima:
13°C.
Sábado
(11/6): dia
de sol e geada pela
manhã Mínima: -2°C
Máxima: 12°C
Domingo
(12/6): O
sol e o frio seguem na
região com possibilidade
de geada. As tempera-
turas apresentam pouca
elevação. Mínima: -2°C
Máxima.: 14°C
Cidades A HORA · SEXTA-FEIRA, 10 DE JUNHO DE 201618
Estado
Em reunião no município
de Cruz Alta, na última
terça-feira, 24 cooperati-
vas, das 42 associadas a
Federação das Cooperativas Agro-
Cooperativas deixam institutoFecoagro comunicou saída do IGL durante reunião nessa terça
pecuárias do Estado (Fecoagro)
decidiram se desligar do Instituto
Gaúcho do Leite.
Entre as justificativas do pre-
sidente, Paulo Pires está o enten-
dimento de que o instituto não
cumpre sua função primordial
– defender, unir e capacitar quem
integra a cadeia leiteira no Esta-
do. “Inexiste conflito, tão pouco
queremos o fim da entidade. Ape-
nas entendemos que seu papel a
qual se propôs na fundação não é
cumprido.”
De acordo com Pires, outras
entidades as quais a maioria
das cooperativas estão ligadas já
exercem o trabalho do IGL, como
por exemplo o Sindilat, Câmara
Temática do Leite da Ocergs e a
própria Fecoagro. “Não faz senti-
do permanecer. Vamos entregar
a carta de saída.” Para ele existe
um problema de clareza nas leis
que ditam a atuação da entidade
e os propósitos do fundo quanto à
cobrança de contribuições.
Na semana passada o IGL en-
viou uma notificação judicial ao
presidente do Fundo Estadual do
Leite (Fundoleite) e secretário da
Agricultura, Ernani Polo, onde
ameaça de incluir empresas lati-
cinistas no Cadin e Serasa. A de-
cisão acirrou o relacionamento
entre os associados.
Em nota, o IGL informa que ain-
da não recebeu pedido formal da
Fecoagro sobre o desligamento e
espera que isso não se concretize.
O instituto reclama que três in-
dústrias estão inadimplentes com
o Fundoleite, gerando um déficit
de R$ 1,9 milhão.
O presidente do IGL, Gilberto
Piccinini, alega que o “expressivo
valor devido e não pago ao fundo
até o momento, prejudica a im-
plantação de diversos projetos de
interesse de 100 mil produtores
de leite, de 250 laticínios gaúchos
e de milhões de consumidores de
leite e derivados lácteos.”
CAMISAS OFICIAIS
A VENDA
A HORA · SEXTA-FEIRA,
10 DE JUNHO DE 2016
PATROCÍNIO:
Série Ouro
Equipe é a quarta colocada com 6 pontos. Próximo jogo é pela Liga Nacional
Alaf vence BGF e ganha uma posição
A Alaf vive momentos distintos nas duas com-petições que disputa na temporada. Se na Liga
Nacional a equipe ainda não ven-ceu e é lanterna, na Série Ouro é a quarta colocada com 6 pontos.
Depois de perder na estreia para o Juventude e vencer a Asif na se-gunda rodada, o time de Lajeado recebeu na quarta-feira o BGF, de Bento Gonçalves, e venceu por 1 a 0. Com o resultado, a equipe so-mou 6 pontos, mesma pontuação do terceiro colocado AES.
O primeiro tempo terminou empatado em 0 a 0. As iniciati-vas do jogo foram em sua gran-de maioria da Alaf, mas o BGF conseguiu manter a marcação forte e as boas defesas do goleiro Dani garantiram o placar zerado. O único gol da partida veio nos primeiros minutos do segundo tempo, com Rafinha, para equipe da Alaf. O BGF manteve boa mar-cação, teve algumas oportunida-des ofensivas com Fernandinho, André e Araça e, mesmo com o goleiro-linha nos minutos finais, não chegou ao empate. O próximo jogo da Alaf pela Série Ouro é no dia 14, contra a AES, em Sobradinho.
A classificação da chave A tem o
Juventude na liderança com 10 pon-tos, seguido de ACBF (7 pontos), AES e Alaf (6), BGF (3) e Cachoeira Futsal (sem pontuar).
Na chave B, Assoeva e Atlântico dividem a ponta com 9 pontos, se-guidos de ADS e AGF (7 pontos), ASTF (3), América e Assaf (sem pontuar).
Liga NacionalA Alaf volta a jogar pela Liga
O próximo jogo da Alaf pela Série Ouro ocorre no dia 14, contra a terceira colocada AES, em Sobradinho
A direção da Alaf informa que a camisa oficial desta temporada está à venda na sede social da Alaf, Bruxellas Esportes e DMF Esportes ao preço de R$ 80.
EZEQUIEL NEITZKE
Página 22 Página 20
Progresso realizaa segunda rodada domunicipal de futsal
Quarenta anos dedicadosà capoeira
Nacional amanhã. Às 20h15min, o clube recebe o AFSU no Com-plexo Esportivo da Univates. Ingressos estão à venda na sede da Alaf, DMF Esportes, Comer-cial São Cristóvão, Imprimix e Bruxellas Esportes ao preço de R$ 15 e na bilheteria R$ 20. Só-cios do Sicredi com carteirinha pagam na bilheteria o valor do ingresso antecipado.
FÁBIO KUHN
“Eu vivo na filosofiada capoeira”
KarcaráMestre de capoeira
Para mim sempre foi prazeroso ensinar.”
20 A HORA · SEXTA-FEIRA, 10 DE JUNHO DE 2016
A relação de Paulo Rena-to Narciso, o “Karcará”, com a capoeira iniciou depois de uma desilu-
são no futebol. Natural de Porto
Alegre, jogava nas categorias de base do Internacional. Em uma final de competição na década de 70, foi substituído pelo filho do então presidente colorado, Mar-celo Feijó.
“Me decepcionei e resolvi in-vestir em outro esporte,” relem-bra. Ao se mudar para a Bahia, Karcará viu pela primeira vez uma demonstração de capoeira nas ruas de Salvador. “Primeiro não entendia o que era esse pes-soal gingando.”
Com o tempo, ele retornou a Porto Alegre e começou a pesqui-sar sobre a luta brasileira. Sem dinheiro para pagar as aulas, tentava imitar os movimentos que via dos capoeiristas.
Em 1974, a oportunidade de entrar em uma academia sur-giu quando um amigo havia pago os treinamentos, mas de-sistiu. Karcará se dispôs a ir em seu lugar. Confiante, chegou a dizer ao mestre Manoel Olímpio de Souza, o “Índio”, que já sabia capoeira. “Ele me pediu pra gin-gar. Depois disse que eu gingava todo torto e errado.”
Com dedicação e anos de trei-namento, Karcará aprimorou as técnicas. Vendo o desenvol-vimento, o mestre Índio o convi-dou para dar aulas pelo grupo Oxóssi. A primeira foi no bairro Menino de Deus, em Porto Ale-gre. “Para mim sempre foi pra-zeroso ensinar.”
Assim, o capoeirista começou a criar o grupo de alunos. Com o tempo, se formou professor e mestre no Mercado Modelo, da Bahia, e expandiu as atividades para outras cidades metropo-litanas. Em Canoas, foi o pio-neiro.
Nome reconhecido em diferentes cidades do país, mestre Karcará se dedica ao esporte faz 40 anos. Ele estima ter ensinado mais de dez mil pessoas
Da senzala às academias. Capoeira ensina a viver
Da Europa parao Vale do Taquari
Na década de 80, o mestre gaú-cho ingressou em uma jornada em Barcelona, na Espanha. Ele viveu no país por seis meses e tentou dis-seminar a arte marcial brasileira no exterior. “Infelizmente acabei
De onde surgiu o apelido Karcará?Do pássaro carcará. Eu lutava na capoeira e não enten-
dia que tinha a parte do jogo. Em um treino, fiz dois cole-gas desmaiarem. Daí o mestre Índio disse que eu parecia o pássaro: pega, mata e come. O apelido pegou e tenho ele até hoje.
Quais as principais vantagens da capoeira?A parte de bem-estar, a parte lúdica e a parte corporal.
Você aumenta a autoestima e ainda aprende uma defesa.
Um ídolo?Zumbi dos Palmares por tudo que ele fez pela união entre
as raças. Guerreou e lutou. Até hoje, a imagem de Zumbi nos deixa livre para não aceitar a discriminação, não acei-tar a oposição da sociedade e olhares discriminativos.
Dentro da minha área, o meu mestre Índio, por ter me ensinado tudo. Eu vivo na filosofia da capoeira.
tendo algumas dificuldades em juntar os alunos por não ter lugar fixo de treinamento.”
Após, Karcará viajou por 15 países europeus levando os ensi-namentos da capoeira, além de criar grupos de treinamento que continuam em atividade até hoje na França, Itália e Alemanha.
Ao retornar para o Brasil, o mestre morou em Torres. Em 1994, foi convidado por um gru-po de alunos para dar aulas em Lajeado nos fins de semana. “Pri-meiro treino que dei foi no Parque do Imigrante. Nós estávamos em cerca de 30 pessoas.”
O número de participantes foi aumentando e fez Karcará se mudar para a cidade do Vale do Taquari. No começo, chegava a dormir na casa de alunos até con-seguir uma quitinete para morar. “Tive dificuldades antes de con-seguir consolidar a capoeira na região.”
Após quase quatro décadas de-dicadas ao esporte, Karcará esti-ma que mais de dez mil pessoas passaram por “suas mãos”. A pos-sibilidade de disciplinar e afastar os jovens das drogas é comemora-da pelo capoeirista. “Vejo hoje os
jovens que treinei casados, com filhos e emprego. Até hoje muitos agradecem por eu ter dado esse norte para eles.”
Karcará dá aulas na Casa da Cultura de Lajeado. Além disso, tem alunos que participam de projetos sociais. Entre eles, Oruam da Rocha (responsável pelo Saia da Rua e Entre na Roda do bairro
Conservas), Rita de Quadros (mi-nistra aulas no São Bento) e Rai-mundo Donato (treina na Amam, em Arroio do Meio).
“Acredito que o que recebi da capoeira consegui dar em troca,” avalia o capoeirista. Uma das pró-ximas metas do mestre é implan-tar um projeto de capoeira nas escolas lajeadenses.
FÁBIO KUHN
Mestre Karcará foi o principal responsável por trazer a capoeira para Lajeado. Arte marcial brasileira surgiu nas senzalas e ganhou reconhecimento mundial
21A HORA · FIM DE SEMANA, 10 DE JUNHO DE 2016
22 A HORA · SEXTA-FEIRA, 10 DE JUNHO DE 2016
Municipal de Progresso
Partidas iniciam às 19h30min
Cinco jogos movimentam rodada de hoje
E ze q u i e l N e i t z k e
e ze q u i e l @ j o r n a l a h o r a . i n f. b r
Festa em famíliaOs irmão Jucimar, Luciano e Ale-
xandre Sbaraini, mais Lucas, filho de Luciano, comemoraram no sábado o título municipal de Progresso com o Flamengo A.
A segunda rodada do municipal de futsal de Progresso ocorre hoje. As partidas iniciam às
19h30min no Ginásio de Esportes do Grêmio Esportivo Gaúcho.
Pela categoria feminino, jogam Última Hora de Xaxim versus Cru-zeiro de Alto Honorato. Pela mas-culino, D’Casa enfrenta Móveis Vettorazzi, Esporte Clube Laranjei-ras encara Móveis Progresso, BS/
Embaixada duela com Tintas Pro-gresso e Crestani Pneus/Fruteira Ninos disputa com Brutamontes.
Na sexta-feira passada, ocorreu a rodada inaugural. Destaque para o Amizade que goleou o EC Alto Constantino por 10 a 2. A noite de jogos teve ainda Agroco-mercial 1 a 0 Cruzeiro de Tiririca, São João 9 a 0 Sempre Unidos de Apetiri e Achados e Perdidos 7 a 3 Flamengo.
Cornetaem casaJosé Jentil Ingremani
viu os filhos Fabiano, Jian e Henrique levar a melhor sobre o caçula Fábio e come-morar o título municipal de Progresso.
Irmãos divididosNa decisão em Progresso, Fernando
Piffer, do Flamengo, levou a melhor so-bre o irmão Gabriel Piffer, do Cruzeiro.
– Artilheiro da edição passada, Willian Ko-chemborger esteve próximo de um acerto com o Ser São Cristóvão, de Lajeado, mas deve permanecer em Cruzeiro do Sul.
– De Taquari, virão Colorado e Taquarien-se. Principal equipe da cidade, o Pinheiros ficará de fora desta edição.
– Craque do municipal de Arroio do Meio, o centroavante Diego Marder troca o Amigos pelo Rui Barbosa.
– Outro que deixa o Amigos é o goleiro Le-andro Meyer, o “Moia”. O jogador assinou com o Forquetense.
– Além de Marder, outros atletas estão acer-tados com o Rui Barbosa: Polenta, Dutra, Léo Diettrich e Lucas Petry. Mano Modelo, desta-que do time vice-campeão municipal, assinou a ficha, mas deve ficar no banco de reservas auxiliando o treinador Paulinho Volk.
– O Tiradentes, de Nova Bréscia, provavel-mente ficará de fora da competição. Dirigen-tes de outros clubes estão se mobilizando para reunir os atletas e jogar o certame.
– Carli Klepker acertou com o Ser São Cristó-vão, de Lajeado.
– Roca Sales pode ficar sem representante nesta edição do Regional.
Bastidores
do Regional
Rodada de abertura ocorreu na sexta-feira passada no Gaúcho com 32 gols
FELIPE NEITZKE
Intercomunitários
Os Jogos Intercomunitários de Estrela, promovidos pela Secre-taria de Esportes e Lazer (Smel), tiveram rodadas de quatro mo-dalidades no fim de semana. No sábado, foram disputados jogos de bocha, vôlei misto, futsal fe-minino e futebol de campo.
Na bocha, Lenz 3 a 0 Porongos e Glória 0 a 3 Arroio do Ouro. No
vôlei misto, foram realizados dois jogos: Glória A 0 a 2 Linha Lenz e São Jacó 2 a 1 Geraldo Alta A.
No futsal feminino, equipe Lenz A venceu Delfina por 3 a 1 e São Jacó derrotou Arroio do Ouro por 4 a 2.
No futebol de campo, a equipe de São Luiz venceu a de Geraldo Alta por 3 a 1, mesmo placar da vitória de Linha Lenz diante de Arroio do Ouro.
Competição teve rodadano fim de semana
23A HORA · FIM DE SEMANA, 10 DE JUNHO DE 2016
Classificação
Primeira divisão: Tabajara A e Mercenários (22
pontos), Tabajara B e Galera (20), Renegados (17),
Viracopos/Lebber Imóveis (16), Futebolzinho (14),
Alcatraz e Real Madruga (13), Polêmicos (12), Fu-
teBar Avaí e R7 (10), Jé DuCa (9), Cataluña (4),
Viracopos/Imobiliária Antares (2) e Dinamite (1).
Segunda divisão: UFC (22 pontos), EC Coringa
(19), Sobras (18), Arranca Toco, Dogs United e Bar-
semlona (17), SNS (13), Kamikaze e Cervejetaria-
nos (12), Debilitados (11), Copeiros e Mercenários
(10), Alcatraz e Galáticos (7), Renegados (5) e Só
Pela Ceva (4).
Informe www.setelajeado.com.br
13ª rodadaé neste sábado
Resultados
Agenda – 13ª rodada
Primeira divisãoCataluña 1 x 1 Dinamite FC
Polêmicos FC 2 x 2 Real Madruga
Mercenários FC 4 x 0 R7
Viracopos/Lebber Imóveis 4 x 1 JéDuCa
Galera 6 x 2 Alcatraz
Viracopos/Imobiliária Antares 0 x 10 Tabajara B
Segunda divisão Galáticos FA 1 x 1 Cervejetarianos FC
Renegados FC 0 x 4 Dogs United FC
EC Coringa 4 x 4 Sobras FC
Barsemlona FC 4 x 0 Copeiros FC
Só Pela Ceva 2 x 5 Debilitados FC
Só Na Sorte 5 x 0 MercenáriosNeste sábado, ocorre a
13ª rodada da Copa
Sete/CBM/STR Super-
mercados. Cada equi-
pe já disputou nove partidas.
Até o fim da primeira fase, cada
uma entrará em campo outras
sete vezes. Confira os destaques
da competição.
Único invictoé da segundona
O EC Copeiros ostenta a
marca de ser a única agre-
miação invicta nas duas di-
visões. A equipe é a segunda
colocada da segundona com
19 pontos – cinco vitórias e
quatro empates.
Galera conquista o másterO Galera conquistou o título
máster ao golear o Tabajara na
decisão. Aos 13 minutos, Joel
Zagonel abriu o placar. Logo
depois, Juarez de Andrade am-
pliou. Sabiá e Bagnara, em três
oportunidades, também marca-
ram para o Galera.
Primeira divisão12h15min – Polêmicos x JéDuCa
13h15min – Futebolzinho x Dinamite
14h15min – FuteBar Avaí x Real Madruga
15h15min – Cataluña x R7
16h15min – Mercenários x Alcatraz
17h15min – Renegados x Tabajara A
Segunda divisão12h15min – Renegados x Copeiros
13h15min – Kamikaze x Cervejetarianos
14h15min – UFC x Dogs United
15h15min – Galácticos x Sobras
16h15min – Coringa x Debilitados
17h15min – Arranca Toco x Alcatraz
Equipes não venceram na elite
Viracopos/Imobiliária
Antares e Dinamite (foto)
ainda não venceram na pri-
meira divisão. Têm, respec-
tivamente, 2 e 1 ponto.
Liderança divididaTabajara A e Mercenários
(foto) dividem a liderança
da primeira divisão com 22
pontos. Neste fim de sema-
na, equipes voltam a campo.
Enquanto o Tabajara enfren-
ta o Renegados, o Mercená-
rios encara o Alcatraz.
Segunda divisão tem a melhor e pior disciplina
Enquanto o Arranca Toco
(foto) tem apenas 120 pontos
de disciplina e ostenta a marca
de time mais disciplinado da
competição, o Copeiros, outra
equipe da segundona, tem a
incrível marca de 880 pontos.
FOTOS EZEQUIEL NEITZKE
ESPORTE
Lajeado,sexta-feira, 10 de junhode 2016
Jornalismo / redação: [email protected] Publicidade: [email protected]: [email protected]
Mão de Pedra tem luta cancelada
MMA
A Administração Mu-nicipal de Estrela, por meio da Secretaria de Es-portes e Lazer, recebe até o dia 14 inscrições para a contratação e cadas-tro reserva de profissio-nais para as funções de professor de remo, vela e canoagem, e cadastro reserva para monitor das três modalidades, para atuarem no Projeto Navegar.
As inscrições são pre-senciais e os candida-tos devem se dirigir à secretaria, na rua Ernesto Alves, 597, 2º andar, no centro. O ho-rário de atendimento é das 8h às 11h30min e das 13h30min às 17h. É necessário preencher o formulário de inscrição e entregar curriculum vitae documentado. A seleção compreenderá a análise e avaliação cur-ricular, e entrevista.
Estrela seleciona profissionais
Projeto Navegar
Página 20
Capoeira regional tipo exportaçãoTALENTOS DO VALE
Marcada para hoje, a luta de Dirlei Broens-trup, o “Mão de Pedra”, foi cancelada. Conforme o atleta, seu adversário, o americano Ben Fuima-ono, teve problemas com a Comissão Atlética de Massachusetts, nos Es-tados Unidos, onde ocor-reria a luta pela Final Fi-ght Championship (FFC) 25. “Mão de Pedra” já estava em Porto Alegre, no aguardo da passagem aérea, quando foi infor-mado do cancelamento.
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