AGRUPAMENTO VERTICAL DE ESCOLAS DE ARCOZELO
- “Introdução” …………………………………………….……...……..…. 4
- “Arranque do projecto” ……….………...………………………………. ..5
- “Escolha do local” …………………………….…………………………... 8
- “Fase 0” ………………………………………..…………………………....9
- ”O que fizemos na 1º fase?” …..……………………………………..….10
- “ Fase 1” ………………………………………………………………..….11
- “ Tabela de registos dos resultados” ………………...…………….…...12
- “ Interpretação dos resultados”…………………………………….…….13
- “ Fase 2”………………………………………………………..……….….15
-”O que fizemos na 2º fase?” ……………………………………..…….…16
- “ Tabela de registos dos resultados” ………………………………...….18
- “ Interpretação dos resultados” ……………………………….…………20
- “Observação dos predadores no local” …………………….……… ….24
- “Os nossos predadores…”…………………………………...…………..26
- “ Fase 3” …………………………………………………………..……….28
- ”O que fizemos na 3º fase?” ………………………………..……………29
- “Fase 3 – Observação dos predadores no local – parte II” …………..30
-“ Fase 3 – Mudança de estratégia” …………………………………….. 31
- “Tabela de registos dos resultados” …………………………………... 32
- “ Interpretação dos resultados” ………………………………………… 33
- “4ª Fase”……………………………………………………………………34
- “O que fizemos na 4ª fase?” ………………………………….……..…. 35
-“Tabela de registos dos resultados” ……………………………………..36
- “ Interpretação dos resultados” ………………………………………… 37
-“Conclusão” ………………………………………………….....……..….. 39
-“ Bibliografia” ……………………………………………………………… 40
- “Agradecimentos” ……………………………………………..…….….. 41
Com este projecto pretendíamos dar resposta a um desafio que nos
pareceu muito interessante.
Quando as nossas professoras nos colocaram perante esta actividade,
surgiram logo ideias e uma grande vontade de arrancar. Pensamos em nomes para
o nosso grupo, acabando por assumir o de: “Amigos da Terra e do Ar – Minhocas
em Acção” . Criamos um blog, http://amigosterraear.blogspot.com/, onde fizemos
um diário da nossa actividade.
Este projecto foi realizado com a coordenação nas nossas professoras e
teve a participação de alguns alunos das turmas 5º E e 7ºE e também de alguns
elementos da turma 5ºB, que participam no Clube do Ambiente, da nossa Escola.
O projecto teve início na semana de 08 a 12 de Fevereiro. Nesta
primeira semana foi-nos feita uma explicação sobre o projecto, uma
introdução do tema com explicação de quem era Darwin e da sua Teoria.
Fizemos ainda uma planificação, com a colaboração das nossas professoras,
onde nos foi explicado como calcular as taxas de substituição de lagartas, na
área de alimentação. Também fizemos a nossa apresentação no fórum de
discussão do projecto, e, identificamo-nos como “Amigos da Terra e do Ar”.
Relativamente ao local, tivemos o cuidado de escolher um espaço
de fácil observação e que ao mesmo tempo desse um certo abrigo às aves,
sendo um local onde os alunos não possuem muito acesso.
Também tivemos em atenção que o espaço escolhido fosse
localizado perto de uma webcam, no entanto os registos na webcam não
foram possíveis. Isto deveu-se à mudança do sistema de vigilância da escola,
não podendo esta câmara ser ligada. As restantes não se encontravam em
zonas apropriadas para se realizar um projecto desta natureza.
Na semana de 15 a 19 de Fevereiro, colocamos alpista, no espaço
escolhido para a realização da actividade, com o objectivo de atrair as aves.
• material utilizado – esparguete
• selecção das cores das “minhocas”- Verdes e castanhas
• selecção das cores de fundo – solo nu
• localização da zona de alimentação – ao lado bloco amarelo –com uma área de 2262 cm2
• decidir a quantidade de alimento a distribuir pela zona dealimentação e depois o número de “minhocas” utilizar – 100 minhocas(50 verdes e 50 castanhas)
• decidir o comprimento das “minhocas”- 5 cm
Na semana de 01 de Março a 05 de Março, decidimos colocar
“lagartas verdes e castanhas”, num solo nu. Na zona de alimentação as
“lagartas” foram espalhadas ao acaso.
Resultados obtidos e sua interpretação
Fase de Preparação
Dia HoraVerdes
Comidas
Castanhas
Comidas
Verdes a
restabelecerCastanhas a
restabelecer
1/3- - 50 50
2/39h
(1ª observação)34 23
2/315h
(1ª observação)42 40 50 50
3/3
9h
(1ª observação)39 35
3/3
12h
(2ª observação)50 50 50 50
4/3Não há registos
5/3
10h10m
((1ª observação) 50 50 50 50
5/3
15h
(2ª observação)50 50 50 50
8/3 13h30 50 50
Normalmente foram feitasduas observações por dia, deacordo com o horário dasnossas aulas de Ciências daNatureza/ Naturais.
0
10
20
30
40
50
60
01-Mar 02-Mar 03-Mar 04-Mar 05-Mar 06-Mar 07-Mar 08-Mar 09-Mar
Verdes
Castanhas
Segundo os resultados obtidos, concluímos que as aves preferiram as
“lagartas verdes”, talvez devido aos seguintes factores: as “lagartas” castanhas
confundiam-se com o solo, uma vez que estamos a referir-nos a um solo sem
qualquer vegetação; e as lagartas “verdes” podem ter uma fluorescência brilhante
na luz ultravioleta, tornando-as de mais fácil localização para as aves.
Nesta fase, as condições climatéricas não foram as mais favoráveis e
tivemos um dia sem qualquer tipo de registos, devido à greve da função pública. Os
dados obtidos depois do dia 4, no nosso entender devem-se ao facto de as aves
terem estado um dia sem as lagartas, pensando nós que a partir do dia referido, os
registos não nos ajudaram na interpretação desta fase.
Uma parte do grupo sugeriu às professoras continuar esta fase, enquanto
que a maior parte entendeu que também era importante testar outras cores de
lagartas e outros fundos, daí se ter avançado para as fases seguintes.
Na semana de 08 a 12 de Fevereiro, decidimos colocar “lagartas
verdes, azuis e vermelhas”, também num solo nu.
Fase de Preparação
Resultados obtidos e sua interpretação
• material utilizado – esparguete
• selecção das cores das “minhocas”- Verdes, azuis e vermelhas
• selecção das cores de fundo – solo nu
• localização da zona de alimentação – no centro do jardim amploda Escola, num local de difícil acesso aos alunos
• decidir a quantidade de alimento a distribuir pela zona dealimentação e depois o número de “minhocas” utilizar – 150 minhocas(50 verdes; 50 azuis e 50 vermelhas)
• decidir o comprimento das “minhocas”- 5 cm
• as lagartas verdes tinham sabor a canela.
Mais uma vez, na zona de alimentação as “lagartas” foram
espalhadas ao acaso.
Dia HoraVerdes
Comidas
Azuis
Comidas
Vermelhas
Comidas
Verdes a
restabelecer
Azuis a
restabelecer
Vermelhas a
restabelecer
10/3 12h - - - 50 50 50
10/315h
(1ª observação)35 19 4
11/310h10m
(1ª observação)50 50 50 50 50 50
11/313h 10m
(2ª observação)50 50 50
12/310h
(1ª observação)50 50 50
12/313h
(2ª observação)10 15 7
12/315h
(3ª observação)50 50 50
15/3 13h30m 50 50 50
15/314h 20m
(1ª observação)45 40 38 Continuação
Dia HoraVerdes
Comidas
Azuis
Comidas
Vermelhas
Comidas
Verdes a
restabelecer
Azuis a
restabelecer
Vermelhas a
restabelecer
16/311h 30m
(1ª observação)50 50 50 50 50 50
16/313h
(2ª observação)10 7 1
0
10
20
30
40
50
60
09-Mar 10-Mar 11-Mar 12-Mar 13-Mar 14-Mar 15-Mar 16-Mar 17-Mar
Verdes
Azuis
Vermelhas
Durante esta fase da experiência fomos denotando que as “lagartas”
preferidas pelos nossos predadores eram as verdes. A justificação, pensamos nós,
prende-se com o facto de se distinguirem aos “olhos das aves” em relação ao
fundo castanho(solo), uma vez que a cor verde reflecte a luz ultravioleta, radiação
essa que é percepcionada por estes seres.
As aves possuem uma visão muito apurada e não há seres vivos que se
possam comparar nesta matéria. Possuem olhos extremamente grandes em
relação aos padrões normais, maiores que o seu cérebro. Segundo a bibliografia
consultada, ficamos a perceber que existem dois tipos de receptores de luz, num
olho de uma ave. Os cones fazem a detecção específica de cores (ou
comprimentos de onda) da luz. A maioria das aves possui uma visão
tetracromática, possuindo cones sensíveis no olho, para luz ultravioleta (UV),
vendo detalhes e padrões que o olho humano não reconhece.
O pigmento de cone mais abundante nas espécies de aves é aquela que
absorve em comprimentos de onda, próximo dos 570 nm, isto é,
aproximadamente, a região espectral ocupada pelos pigmentos de vermelho e
verde, que dominam a sensibilidade de cor das aves.
Mas como as aves, conseguem percepcionar luz UV , esta desempenha
um papel significativo na selecção da comida. Uma ave come aquilo que vê. Uma
ave relutante a comer precisa dos raios UV-A para estimular o seu apetite.
Logo as cores mais próximas do azul e verde (do espectro visível) podem
sofrer interferência com a radiação ultravioleta, sendo estas cores que lhes
chamam mais a atenção, sendo estas lagartas as suas predilectas.
Por outro lado, achamos que o sabor a canela, provocou qualquer tipo
de efeito nestes predadores, pois foram quase sempre as primeiras a ser comidas
e com alguma rapidez. Através de pesquisas efectuadas verificamos que apesar de
não ser o sentido mais apurado nas aves e de o número de papilas gustativas,
situadas na base da língua, ser menor que no homem, sabe-se que as aves sentem
os diferentes sabores.
No dia 10 de Março, terminada a 1º fase da actividade e antes de iniciarmos a 2ª, estivemos a observar os nossos predadores, colocando para tal, um pouco
de alpista, no nosso local.
Eram 9h20m quando começamos a observação, permanecendo no local durante 45 minutos.
O dia era de sol e apercebemo-nos de alguns pássaros por perto: pardais, rolas e alguns melros, que voavam nos nossos jardins.
Aquando da observação só identificamos pardais como sendo os nossos predadores.
Vídeo
Pardal-comum
Passer domesticus
Fotos retirada s de
http://www.avesdeportugal.info/avesdeportugal.html
O pardal-comum é uma espécie que existe em grande número na nossa escola. Possuem ninhos em locais próximos do local escolhido, em ciprestes
e outras árvores. É uma ave habituada à humanização, não se assustando muito com o dia-a-
dia de uma escola.
Características
Localização: O pardal é a mais familiar das aves, encontrando-se em todos os locaishabitados por pessoas, no campo ou na cidade.
Características: Apresenta dimorfismo sexual, tendo o macho tons castanhos maisescuros e a fêmea uma lista supraciliar clara. O macho distingue-se ainda da fêmeapor uma coroa cor de chocolate e um bibe preto que se alarga pelo peito. Costumaformar grandes bandos, que podem atingir as 500 unidades.
Tamanho: Mede entre 14 e 15 cm.
Alimentação: Alimenta-se de restos de comida, de sementes e de insectos.
Reprodução: Reproduz-se em fendas de edifícios ou em buracos de árvores. Põe 3 a 5ovos cinzentos manchados, que são incubados sobretudo pela fêmea, durante 11/14dias.
Fonte: bragancanet.pt/patrimonio/faunapardal.htm
Na semana de 17 a 22 de Março, decidimos colocar “lagartas verdes
e castanhas”, mas desta vez, alteramos o fundo.
No mesmo local, antes utilizado,
colocamos um tapete verde,
forrado com papel autocolante.
Resultados obtidos e sua interpretação
• material utilizado – esparguete
• selecção das cores das “minhocas”- Verdes e castanhas
• selecção das cores de fundo – fundo verde brilhante e algoirregular
• localização da zona de alimentação – no centro do jardim amploda Escola, num local de difícil acesso aos alunos
• decidir a quantidade de alimento a distribuir pela zona dealimentação e depois o número de “minhocas” utilizar – 100 minhocas(50 verdes e 50 castanhas)
• decidir o comprimento das “minhocas”- 5 cm
Voltamos a realizar novamenteobservação dos predadores perto do local,durante 45 minutos, e o que fomosconstatando é que os pássaros rondavam olocal mas nunca se aproximavam.
Provavelmente isto foi devido à luzque era reflectida no papel autocolante eafugentava os nossos predadores.
Retiramos o papel autocolante ficando a descoberto otapete verde que possuía uma textura irregular. Voltamos a colocar“minhocas castanhas e verdes”.
Dia HoraVerdes
Comidas
Castanhas
Comidas
Verdes a
restabelecerCastanhas a
restabelecer
17/311h - - 50 50
17/313h
(1ª observação)4
54
fragmentos
17/315h
(2ª observação)
51
fragmentos
54
fragmentos
Mudamos de estratégia e tiramos o papel autocolante
18/3
12h
(1ª observação)29 27
19/3
8h30m
(1ª observação)50 50 50 50
19/312h
(2ª observação)4 0
22/3
11h
(1ª observação)? ? 50 50
22/315h
(2ª observação)18 3
Nesta fase não nos foi permitido chegar a qualquer conclusão uma
vez que sempre que fomos fazer os nossos registos, encontramos as “lagartas”
bicadas, mas não comidas, pensamos sim, que as aves não se adaptaram ao
fundo, uma vez que não era um fundo natural, numa 1º etapa, era reluzente,
pois possuía uma protecção transparente. Esta protecção foi colocada pois
receávamos que os nossos predadores se magoassem. Numa segunda etapa
optamos por retirar a protecção, ficando este com uma textura irregular. Os
resultados não foram os que estávamos à espera, pois, pensávamos que as
lagartas verdes, se iriam camuflar e que só as castanhas seriam observáveis
para os pássaros.
Na semana de 12 a 16 de Março, decidimos colocar “lagartas verdes
e castanhas”, mas desta vez, alteramos o fundo.
Resultados obtidos e sua interpretação
• material utilizado – esparguete
• selecção das cores das “minhocas”- Verdes e castanhas
• selecção das cores de fundo – fundo verde e fundo castanho
• localização da zona de alimentação – no centro do jardim amploda Escola, num local de difícil acesso aos alunos
• decidir a quantidade de alimento a distribuir pela zona dealimentação e depois o número de “minhocas” utilizar – 100 minhocas(25 verdes e 25 castanhas, no fundo castanho e 25 verdes e 25castanhas, no fundo verde)
• decidir o comprimento das “minhocas”- 5 cm
Hora
Parte Verde Parte Castanha
Verdes comidasCastanhas
comidasVerdes comidas Castanhas comidas
13/411h
(1ª observação)- - - -
13/416h
(2ªobservação)2 1 1 1
14/412h
(1ªobservação)0 0 0 0
15/410h
(1ª observação)1 0 2 0
15/415h
(2ªobservação)0 0 0 0
16/410h
(1ªobservação)0 0 1 0
19/415h
(1ª observação)0 0 0 0
20/413h
(1ª observação)0 0 0 0
Uma vez que os resultados da fase anterior (3ªfase) não tinham sido
conclusivos, optamos por iniciar o 3º período, com a introdução desta vez de dois
fundos diferentes para apurarmos a preferência dos predadores, entre “lagartas”
castanhas e verdes.
O que se verificou é que também não conseguimos obter grandes
resultados, considerando nós que provavelmente os nossos predadores, nesta
altura do ano já possuem bastante comida disponível não se aproximando do
nosso “comedouro”. Chegamos mesmo a colocar alpista mas esta também se
manteve intacta.
Um dos objectivos era descobrir a influência da camuflagem por parte
das “lagartas”, na visão das aves. Apesar de não obtermos dados que nos permitem
chegar a conclusões, sabemos de fontes bibliográficas que, na Natureza, um
animal não desenvolverá nenhuma camuflagem que não o ajude a sobreviver.
Com o desenrolar deste projecto deparamo-nos com algumas
dificuldades na sua concretização, como: as condições climatéricas
desfavoráveis, a falta da webcam, o tempo disponibilizado e a dificuldade em
encontrar fontes bibliográficas.
Consideramos o projecto interessante, razão pela qual sugerimos às
nossas professoras, dar continuidade a esta actividade até ao final do ano
lectivo, uma vez que pretendemos experimentar situações novas. Consideramos
que os resultados obtidos ao longo das semanas foram respondendo à questão
“ Como é que a cor afecta a probabilidade de sobrevivência?”, pois segundo as
nossas fontes bibliográficas podemos concluir que as aves têm uma visão
bastante apurada, o que lhes permite diferenciar as presas com facilidade.
Assim sendo, como meio de defesa as presas adquirem a cor que lhes confere
maior probabilidade de sobrevivência no seu habitat natural.
- http://bicharada.net/animais/animais.php?aid=121
-http://www.museudaciencia.org/index.php?iAction=Coleccoes&iArea=3&iId=56
- http://www.wildbirdsonline.com/a_featured.htm
- http://www.bragancanet.pt/patrimonio/faunapardal.htm
- http://www.darwin2009.pt/img/upload/alunos_final.pdf
- http://www.spea.pt/
- http:// wikipedia.pt
- http://www.darwin2009.pt/home/
- http://www.darwin2009.pt/img/upload/alunos_final.pdf
- http://translate.google.pt/translate?hl=pt-PT&langpair=en%7Cpt&u=http://www.webexhibits.org/causesofcolor/17B.html
- http://translate.google.pt/translate?hl=pt-PT&langpair=en%7Cpt&u=http://www.bristol.ac.uk/biology/research/behaviour/vision/4d.html
Este projecto só foi possível com um grande empenho ededicação por parte de alguns membros da Comunidade Educativa.
Agradecemos às nossas Professoras Ana Luísa Sequeira, IvoneGonçalves e Helena Ramalheira, por se terem lembrado de nós e nosterem escolhido para desenvolver este projecto.
Ao professor José Gonçalves, professor de CFQ, pela preciosaajuda com alguma bibliografia.
Ao professor Gaspar, Senhor Arnaldo e Senhor David por nosajudarem na primeira fase e na implementação do projecto.
A todos o nosso muito obrigado,
Amigos da Terra e do Ar – Minhocas em AcçãoAlunos das turmas 5ºB, 5º E e 7ºE
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