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DIÁRIO COMÉRCIO INDÚSTRIA & SERVIÇOS � QUINTA-FEIRA, 6 DE OUTUBRO DE 20 1 6 9

Negócios Agronegócios

Nayara FigueiredoFoz do IguaçuN a ya raf@ d c i . c o m . b r

�Com uma frota já estabeleci-da e a redução nas cotaçõesdas commodities jogandocontra o avanço do mercadode máquinas agrícolas nor-te-americano, está na Américano Sul o maior potencial decrescimento do setor.

Otimista com a sinalizaçãode retomada na confiança doBrasil e Argentina, a multina-cional AGCO, detentora dasmarcas Valta e Massey Fergu-son, aposta nestes países pa-ra um novo ciclo de alta dasvendas, que deve começarem 2017 e perdurar pelospróximos dois ou três anos.

A cadeia vem amargandouma sequência anual de que-das e em 2016 não será dife-rente. No primeiro semestre,o setor viu suas vendas des-pencarem 25%, em média,em relação ao mesmo perío-do de 2015. “A boa notícia éque começamos a ver estabi-lidade na indústria e vamosencerrar o ano apenas 5%abaixo do ano passado”, afir-ma o vice-presidente sênior egerente-geral da AGCO naAmérica do Sul, Robert Crain,a jornalistas em Foz do Igua-çu (PR). Para 2017, a expecta-tiva é crescer entre 5% e 10%nas vendas do continente.

Comparados aos princi-pais players globais, o Brasil ea Argentina contam com amenor frota de máquinasagrícolas. Enquanto o maiorconcorrente na produção degrãos, Estados Unidos, possui

um trator a cada 36 hectares,os brasileiros mantêm um acada 113 hectares e os argenti-nos, um a cada 165 hectares.No caso das colheitadeiras, osamericanos têm uma a cada455 hectares. Do outro lado,agricultores brasileiros e ar-gentinos possuem uma a cada707 e 767 hectares, respectiva-mente. Ou seja, só a dimensãoda frota em si já abre prece-dentes para o potencial devendas nestes dois mercadosl a t i n o s.

Soma-se a isso as recentesexpectativas de aumento novolume de produção no cam-po e a visão do setor diante dosnovos governos. Assim comonos Estados Unidos, nós e oconcorrente vizinho sofremoscom a larga oferta de commo-dities e, em consequência, a re-dução nos preços. “Mas no ca-so do Brasil e Argentina, aquestão cambial favorece as

D I V U L G AÇ ÃO

Fabricante de máquinas projeta recuperação no próximo ano na América Latina depois de um 2016 ruim

exportações. O dólar tem cola-borado na geração de receitasdestes países”, avalia o vi-c e - p re s i d e n t e.

A América do Sul representaentre 10% e 15% dos negóciosda AGCO. Ao DCI, Crain dizque é um número baixo por-que a indústria, em si, está embaixa. Porém, historicamente,estes percentuais transitavamna casa dos 22% a 25% e a esti-mativa é voltar a estes patama-res em dois ou três anos.

A América do Norte, com-posta por EUA e Canadá para acompanhia, é detentora de25% dos negócios do grupo,volume que tende a manteruma constante. Na mesma li-nha dos grandes mercados la-tinos, estima-se queda de até5% no fechamento de 2016.

Usinas impulsionam vendasAs usinas brasileiras de ca-na-de-açúcar estão aumentan-do as compras de máquinasem busca de melhor eficiênciano campo, com a perspectivapromissora para o mercado,em meio a um déficit global deaçúcar, encorajando investi-m e n t o s.

Fabricantes de colhedorasde cana como a John Deere e aAGCO estão intensificando aprodução no Brasil à medidaque as entregas crescem, final-mente vendo retorno de inves-timentos em linhas de produ-ção locais feitos no passado,disseram executivos.

Produtores brasileiros deaçúcar estão entrando na fasefinal da safra 2016/17 no mo-mento em que os preços doscontratos futuros do açúcarbruto alcançam um pico dequatro anos. /A jornalista viajoua convite da AGCO

� Seguradoras pagaram cercade R$ 1,1 bilhão em indeniza-ções a produtores de grãos quefizeram seguro agrícola na sa-fra 2015/16, devido a perdas deprodutividade por problemasclimáticos, principalmenteem lavouras de soja, milho etrigo, afirmou nesta quar-ta-feira a Federação Nacionalde Seguros Gerais (FenSeg).

Foi o maior volume já re-

gistrado no País, levando emconta a safra 2006/07, quandoo seguro agrícola passou a re-ceber incentivo do governo fe-deral e tornou-se mais difundi-do no Brasil.

O pagamento dos chamadossinistros foi realizado cerca de60 dias após as colheitas dossegurados, disse o presidenteda comissão de seguro rural daFenSeg, Wady Cury, duranteevento em São Paulo. “A partirda colheita é muito rápido”,disse o executivo, destacando

� O Ministério da Agriculturaencaminhou à Casa Civil daPresidência da República pro-posta da nova Lei de SanidadeVegetal. A ação está previstaentre as medidas do PlanoAgro+, voltado à desburocrati-zação, modernização e simpli-ficação dos serviços do minis-tér io.

O texto foi elaborado pelostécnicos do ministério, queouviram os órgãos estaduaisde sanidade vegetal para re-ceber sugestões.

Entre os objetivos da novalegislação está a proteção doterritório nacional contra aentrada e dispersão de pragasvegetais, para garantir a segu-rança alimentar e a qualidadefitossanitária dos produtosofertados à sociedade. O tex-to também vai atualizar, mo-dernizar e alinhar os méto-dos e procedimentos opera-cionais de defesa das lavou-ras com os demais países.

O diretor do Departamen-to de Sanidade Vegetal doMapa, Marcus Coelho, diz

que todo o sistema de defesavegetal será atualizado, dandoao governo capacidade de rea-gir rapidamente nas situaçõesde emergência fitossanitárias(pragas). “O Mapa identificoua necessidade de moderniza-ção das normas, porque o re-gulamento vigente foi elabora-do em 1934, quando o país eraimportador de alimentos. Ho-je, o Brasil é um dos grandesexportadores mundiais dessesp ro d u t o s.”

Está prevista ainda a criaçãode um Sistema Brasileiro deSanidade Vegetal, a ser forma-do pela União, pelos estados emunicípios, com responsabili-dades definidas e voltadas àmanutenção da sanidade. Otexto prevê ainda o estabeleci-mento de Conselhos de Sani-dade Vegetal para assessoraros governos federal e estaduaisno estabelecimento de políti-cas públicas e prioridades.

A proposta de legislação fei-ta pelo Ministério traz tambémregras e procedimentos paraimportação e exportação devegetais, alinhadas à Conven-ção Internacional de Proteçãode Vegetais (CIPV). /Agências

que todos os pagamentos rela-tivos à safra 2015/16 já foramtotalmente quitados.

O Centro-Oeste, maior cin-turão de grãos do País, sofreucom chuvas irregulares ao lon-go de toda a última tempora-da, prejudicando produtivida-des de soja e milho, os doisprincipais grãos da pauta bra-sileira de exportações.

Além disso, a última safra detrigo (2015) no Sul do País tam-bém foi prejudicada por climaadverso. /Agências

FONTE: AGCO

POTENCIAL

Tamanho da frota dos principais players do mercadode máquinas agrícolas

Em hectares por máquina

TRATORES

ALEMANHA EUA CANADÁ CHINA ARGENTINA BRASIL

12

36

69

123

165

113

A Américado Sul possui a

menor frota e, comisso, detém

o maior potencialde crescimento

Para 2017 a expectativa da empresa norte-americana é crescer entre 5% e 10% nas vendas detratores e colheitadeiras na América do Sul, após mais um ano de retração no fechamento de 2016

AGCO aposta no Brasil para voltar a crescerM ÁQ U I N A S

Ministério apresenta propostada Lei de Sanidade Vegetal

PROJE TO

Indenizações batem recordeAG R I C U LT U R A

Concorrência GESUP.F nº 1.002/16Em cumprimento ao disposto no parágrafo 1º do artigo 109 da Lei 8.666/93, a Comissão de Licitação torna público que a empresa

objeto é a contratação de serviços na forma de execução indireta, sob-regime de empreitada por preço global, incluindo a elaboração do projeto executivo, , execução, fornecimento de equipamentos e materiais, montagem eletromecânica, testes funcionais individuais e integrados, bem como a mão de obra inerente à execução, ferramentais, EPIs, uniformes, alimentação, transporte para a execução da conclusão das obras dos Módulos 3 e 4 da Usina de Enriquecimento de Urânio, nas instalações da Fábrica de Combustível Nuclear – FCN da Indústrias Nucleares do Brasil S.A. – INB, no município de Resende, estado do Rio de Janeiro.

JOSÉ C. F. BELMONTECOORDENADOR DA COMISSÃO DE LICITAÇÃO

RESULTADO DE JULGAMENTO

MINISTÉRIO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA

INOVAÇÕES E COMUNICAÇÕES