África: o berço da
humanidade
Prof. Wendell Guedes
Lugar onde foi encontrada a mulher mais antiga da humanidade, Lucy, que teria vivido entre aproximadamente 160 e 200 mil anos atrás.
A relevância da História da África: Formação e desenvolvimento na sociedade
brasileira, sobretudo no período do tráfico negreiro;
A importância na história mundial no âmbito cultural e econômico.
É preciso fugir da visão eurocêntrica para se ter um amplo conhecimento sobre a África.
Origem do nome: Afrig: faz referência a uma tribo bérbere
do antigo Império de Cartago;
Afriquyia: antiga designação árabe após a conquista árabe na região.
Economia:
O comércio sempre foi a base econômica do continente, sobretudo via marítima, uma vez que o formato “triangular” o coloca em contato com o Mar Mediterrâneo, Oceano Índico e Oceano Atlântico ajudado pela vasta região desértica de seu interior.
Pelo Mediterrâneo, ocorreu a grande ocupação árabe (islamização) e o contato com a Europa desde a Antiguidade; Pelo Índico, a África Subsaariana manteve desde séculos remotos comércio com a Pérsia, a Índia e a China; Pelo Atlântico, o tráfico negreiro seria o meio de inserção econômica da África ao mundo.
Venda de escravos
Durante muito tempo, a África foi apenas um ponto de apoio, uma vez que o alvo comercial eram as especiarias asiáticas. O tráfico negreiro é que se constituiria numa troca de homens, mercadorias e ideias.
Território e Demografia Extensão territorial de 30.367.618 Km
quadrados; Baixa densidade demográfica; Característica predominantemente rural; Altos índices de natalidade e mortalidade; Países geralmente de população jovem.
A geografia e o clima predominantes do continente não ajudam no desenvolvimento econômico-comercial: Temperaturas geralmente elevadas e rios
não navegáveis dificultam o escoamento de mercadorias;
Sem contar nos séculos em que as riquezas foram expropriadas impedindo o desenvolvimento industrial do continente.
Riqueza cultural e histórica Considerada a região do planeta onde
foi (é) mais dinâmica a continuidade e a mudança, a permanência e a ruptura histórica;
Mudanças políticas, como a do colonialismo, novas religiões, novas línguas, passagem de uma economia a-monetária para globalizada ou ao risco da marginalização.
As dificuldades de unificação encontram-se principalmente na língua: são mais de 2.000 dialetos que convivem com os idiomas herdados dos países colonizadores.
As línguas europeias são representantes não só da colonização, mas de um saber erudito que representam a ligação do continente ao mundo. Hoje, talvez, uma necessidade de mercado. Exemplo disso foi o Massacre de Soweto (1976);
Marcados também por uma história de lutas nos séculos XIX e XX como a independência da Etiópia da Itália e o Apartheid na África do Sul.
Nelson Mandela
Processo Econômico da África:
Formação da primeira Civilização do Mundo: Egito; Possuiu um dos principais entrepostos comerciais da
Antiguidade: Cartago; Formada pelos “reinos do ouro” do Sudão ao Níger; Intenso intercâmbio com os árabes no século XIII; O tráfico de escravos nos séculos XVI ao XIX que
retiraram da África cerca de 20 milhões de pessoas, das quais 40% vieram para o Brasil;
No século XIX, a Partilha da África põe nas mãos das potências europeias 90% do continente;
Por fim, no século XX e começo deste século XXI, a África sofre com a exploração dos últimos séculos bem como a intensa concentração de riquezas, má distribuição de renda, pobreza extrema, mesmo diante dos inúmeros recursos naturais existentes e que não ficam em seu território.
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