7/24/2019 Administrao de Recursos Materiais para a DPU
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Administrao de Recursos Materiais para a DPUTeoria e exerccio s comen tado s
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Apresentao:
Ol a todos. Eu me chamo Felipe e serei o responsvel pelo curso de
Administrao de Recursos Materiais para este concurso.
Tenho 25 anos e atualmente exero o cargo de Agente Fiscal de Rendas do
Estado de So Paulo (vulgo Fiscal do ICMS). Sou formado em Direito pela
Universidade de So Paulo, mais conhecida como Largo So Francisco. E sim, isso
significa que perdi horas de sono ao longo de meses a fio para fazer a FUVEST.
Bons tempos aqueles...
Ingressei no servio pblico em 2009, no cargo de Assistente Tcnico
Administrativo do Ministrio da Fazenda. Fiquei mais de dois anos no cargo, onde
aprendi desde furar papel at os meandros mais especficos da cincia do Direito
Tributrio. De tanto choramingar, a partir de fevereiro comecei a supervisionar parte
do setor onde trabalhava, ganhando um aumento singelo (sim, essas coisas existem
no servio pblico se voc for ambicioso).
Em abril de 2012 fui nomeado para o cargo de Tcnico Judicirio rea
Administrativa do Tribunal Regional do Trabalho. Lembro-me at hoje de quemesmo estando na posio 1237, e j passados mais de trs anos da prova, ainda
assim chegou minha vez. Mas lgico, se tivesse ido melhor, teria sido chamado
mais cedo .
Passei em 16 lugar no concurso de AFTM de So Paulo, ingressando na
Prefeitura l para agosto de 2012 e ali fiquei at (finalmente ) ingressar na
Secretaria da Fazenda do Estado de So Paulo (vulgo ICMS SP), cargo agora, em
maro de 2014.
Fora isso, fui chamado para ser Oficial de Justia do Tribunal de Justia de
So Paulo (no lembro a posio de cabea, mas demorou pacas pra chamar e eu
j estava na Prefeitura quando isso aconteceu) e Escrevente Tcnico Judicirio na
Circunscrio de Mau, que tambm longe pacas de onde eu moro. Tambm fui
convidado (recentemente) a ocupar a vaga de Tcnico do INSS na Agncia de
Atibaia (8 lugar)
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Prometendo no me alongar muito , fiquei em 4 lugar no concurso de
Assistente de Licitao para a FURP (Fundao do Remdio Popular), concurso
este do qual tambm no pude assumir e, fui chamado para ser Tcnico da
SPPREV, em um concurso bastante peculiar (se tiver a curiosidade, pegue a lista
de aprovados e veja as notas do pessoal, coisa de louco ), e, por fim, fui nomeado
em 2010 (ou 11 ) para exercer o cargo de Tcnico do Ministrio Pblico da Unio.
Mas pra fazer tudo isso, no necessrio nenhum lampejo de genialidade ou
dom divino. Alias, boa parte dos meus conhecidos me tomam por algum bastante
"desligado", de maneira que alguns ainda se espantam em saber que eu ainda no
esqueci de respirar. O que eu sou, em verdade teimoso.
E pra ser bem sincero, j levei fumo tambm em concurso . Fui to mal na
prova do BACEN da poca que fiz que fiquei com vergonha. Mas foi s vergonha,
no desisti por causa disso, nem voc deve se sua vez ainda no chegou. Alias, o
desastre da poca foi o que me animou a estudar mais profundamente disciplinas
como contabilidade geral, que me auxiliaram anos depois na obteno do cargo de
Agente Fiscal de Rendas, o qual exero hoje.
A vaga est l disponvel para quem quiser pegar, e j adianto: no necessrio nenhum lampejo de genialidade ou dom divino (embora ambos ajudem
muito). Eu tive a oportunidade de conhecer pessoas muito talentosas, e a maior
parte delas no quer virar funcionrio pblico. Para o resto de ns, sobra a certeza
de que a dedicao e o empenho so os nicos fatores que fazem a diferena entre
passar ou no.
Quer dizer, quase. Material tambm bom ter. No adianta nada estudar
feito um condenado se voc no estiver estudando a matria certa. Voc confiou
neste material para aplicar o seu esforo. Eu vou te dar uma dor de cabea que
valha o gasto .
Bom, chega de conversa, mos a obra!
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Meus Pezinhos
Atendendo a uma orientao do site, reproduzo abaixo o seguinte informe:
---------------
Observao importante: este curso protegido por direitos autorais
(copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a legislao
sobre direitos autorais e d outras providncias.
Grupos de rateio e pirataria so clandestinos, violam a lei e prejudicam os
professores que elaboram o cursos. Valorize o trabalho de nossa equipe adquirindo
os cursos honestamente atravs do site Estratgia Concursos ;-)
---------------
um tanto ameaador, mas a mais pura verdade. Seu professor formado
em Direito e atesta a ilicitude da conduta .
Mas,no s isso: o curso toma tempo do seu querido professor, e ele usa o
suado dinheirinho de vocs para comprar duas coisas: livros novos e pezinhos.
Livros novos, pois sei que, ao mesmo tempo que eu me atualizo, as bancas
tambm o fazem, e o nosso objetivo estar a frente da banca, e no ser engolido
por ela (quando o predador mais rpido que a presa, j sabem o que acontece).
Pezinhos, pois tanto eu como aqueles que amo e prezo precisam comer. E
pezinhos so a coisa mais barata que consigo pensar em comprar .
Mas srio, prestigiem o curso!
Consideraes sobre o Curso (Edital na Praa)
Nosso cronograma ser o seguinte:
18/04/2015 Aula 00: 1 Noes de administrao de recursos materiais. 1.1
Classificao de materiais.
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01/05/2015 Aula 01: 2 Gesto de estoques
13/05/2015 Aula 02: 5 Recebimento e armazenagem. 5.1 Entrada. 5.2
Conferncia. 5.3 Critrios e tcnicas de armazenagem e Tpicos de Logstica.
27/05/2015 - Aula 03: 3 Compras. 3.1 Modalidades de compra. 3.2 Cadastro
de fornecedores. 4 Compras no setor pblico. 4.1 Edital de licitao. 6 Gesto
patrimonial. 7.1 Controle de bens. 7.2 Inventrio. 7.3 Alteraes e baixa de bens.
Para quem j cursou comigo, deve ter visto algo familiar aqui: este edital
uma cpia desavergonhada dos editais padro do CESPE (de verdade, pode pegar
qualquer prova do CESPE, e voc vai ver que tudo igual :P).
O que isso significa? Significa que a banca no quis inovar com nenhum
tema escabroso, fora do normal.
Ento, pode ficar tranquilo que, no que diz respeito a ARM, voc estar em
casa.
Professor: tem vrios tpicos no seu material que no esto no edital, preciso
ler? Precisar no precisa, mas deveria! Os captulos que escrevo semcorrespondentes no seu edital possuem conhecimentos necessrios para o
entendimento da matria. Deixar de l-los arriscado. Contudo, como sempre digo:
voc senhor de seus estudos.
Se tiver alguma prova que voc gostaria que eu comentasse, por favor: s
mandar! Contudo, poucas bancas cobram os temas introdutrios de ARM, razo
pela qual nossa Aula 00 tem mais questes antigas. A partir da Aula 01 voc vai ver
bastante coisa recente, pode acreditar!
Utilize o frum de questes tantas vezes julgar conveniente, e faa a mesma
pergunta at que obtenha o total entendimento do assunto. O curso em PDF uma
tentativa bastante exitosa para substituio das aulas presenciais, mas no frum
que uma apostila massificada se torna um verdadeiro material de aprendizado.
Ento, indague, questione, perquira, pergunte!
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O importante agora voc conseguir responder o seguinte: Felipe
Cepkauskas Petrachini o professor apto a me ensinar uma matria vital para
minha aprovao?
Responda depois de ler o material :P.
Vdeo Aulas
Sim, seu professor tambm aderiu a este mtodo de ensino . Junto a cada
aula, existem alguns vdeos com temas tratados em aula, para reforar ainda mais o
contedo na sua cabea, a ponto de voc respirar Administrao de Recursos
Materiais, e falar sobre os temas como se estivesse discutindo uma memria deinfncia.
Como acredito que o PDF e o vdeo so recursos complementares, a
abordagem no vdeo um pouco diferente da realizada em aula:
- Muitas figuras e pouco texto nos slides, para que acionar outro trecho da
sua memria, nem tanto ligado ao conhecimento, mas sim ao acesso informao .
- Seu professor procura ir bem devagar enquanto explica os temas, razo
pela qual sugiro que voc tire um tempo s para ver o vdeo. Eles esto divididos
em tpicos de 10 a 30 minutos, para sua convenincia .
- Por fim, voc pode ver o vdeo e ler o PDT na ordem em que quiser, mas
recomendo que faa os dois!
A propsito, ainda estou buscando ideias sobre como melhorar a aula em
vdeo. Sugestes so muito bem vindas, no s no sistema de avaliao do site,
mas tambm diretamente pelo email [email protected]
a sua opinio que torna o curso melhor. E no se engane: eu s estou aqui
por causa de vocs! :D
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1. Introduo Administrao de Recursos Materiais
e Patrimoniais
1.1 Os Recursos
Meu mtodo favorito de aprendizado sempre foi o estudo que parte dos
grupos gerais para chegarmos nos grupos especficos.
De tal forma, antes de descobrirmos o que um "recurso material", interessa-
nos entender o que um "recurso" em si.
Toda empresa, ou mesmo toda entidade, pblica ou privada, o governo, e at
mesmo a sua casa, tem sua disposio cinco tipos de recursos com os quais
podem trabalhar, a fim de alcanar os objetivos que pretendem (que, no caso de
uma empresa, ser ter lucro atravs de sua atividade).
Os Recursos Materiaisso objeto mais prximo de nossos estudos, e voc
vai passar a Aula 01 inteira comigo falando sobre eles.
Os Recursos Patrimoniais tambm so estudos nesta apostila, l na Aula
03. Quanto aos demais, so estudados em outros ramos da Administrao, ento,
no terei o prazer de ajud-los nesta parte, mas os demais professores do
Estratgia estaro com vocs sempre que eles forem necessrios!
Pois bem, Recurso tudo aquilo que gera ou tem a capacidade de gerar
riqueza, no sentido econmico do termo.
Se voc prestou bastante ateno nas aulas de histria, em especial quando
chegvamos perto do estudo da antiga Unio Sovitica, em algum momento seu
professor deve ter utilizado o termo "fatores de produo".
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Se voc estudou Administrao, este termo deve ter sido repetido a voc
milhares de vezes no estudo da Administrao Clssica. E se voc estudou Direito,
em seu ano de calouro apresentaram voc ao filsofo Karl Marx. Mas tudo isso
para tentar puxar sua memria a respeito daquilo que voc j sabe
Independentemente de onde voc venha e qual sua formao, os recursos
mais lembrados pela doutrina so justamente aqueles que compunham o que se
chamava de "fatores de produo clssicos", quais sejam:
- Capital
- Terra(Recursos Naturais)
- Trabalho
Veja que todos eles se encaixam na definio de recurso: tem a capacidade
de gerar riqueza econmica ao seu detentor.
De outro lado, um item em estoque tambm recurso, visto que, quando
agregado a um processo, ir se transformar em um produto acabado que ser
vendido aos clientes da empresa (obviamente, por um preo maior que a soma detodos os materiais nele empregados)
E vamos mais longe: pessoas tambm so recursos!O conhecimento e o
trabalho por elas empregado capaz de gerar riqueza.
Enfim, exemplos no faltam, ento, ao invs de memorizar cada caso,
sempre memorize a regra geral, ou melhor, a definio! Quem conhece a definio,
armazena menos coisas na cabea e fica com a memria livre pra pensar em outrascoisas .
No que voc deva se preocupar com isso agora, mas apresento o diagrama
geral de nossa disciplina, que mostrar a vocs o que que vamos estudar ao
longo do curso.
Nada de pnico: quando terminarmos, voc ser capaz de identificar todos os
objetos do quadro. Fique tranquilo!
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1.2 Administrao de Recursos Materiais
No h como eu ministrar o curso de ARM sem ensinar este primeiro tpico a
vocs. Este comeo de tudo. A Administrao de Recursos Materiais enquanto
ideia e disciplina que serve a um propsito. E no s para engrossar editais de
concurso pblico, a Administrao de Recursos Materiais possui objetivos bastante
delimitados.
Dito isto, comecemos a aula de hoje com uma pergunta:
O que seria exatamente administrao de recursos materiais e qual seria a
sua utilidade? Para encontrar a resposta desta questo preciso entender uma
coisa:
Dentro de um processo produtivo de qualquer empresa haver, em
determinados momentos, materiais que sero empregados para a produo de
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mercadorias e servios. Estes materiais tero que ser armazenados, trabalhados
(modificados), transportados, dentre uma infinidade de outras tarefas, sendo
que, em todos estes momentos, a administrao de materiais dever estar presente.
Segundo Chiavenato1:
Por trs de cadaproduto h um rol enorme de materiais necessrios
para constru-lo
Os materiais de um processo produtivo obviamente precisaro ser
administrados, pois se no tomarmos os devidos cuidados quanto sua
administrao, estes podero perecer, perderem-se, tornarem-se obsoletos ou
mesmo completamente inteis.
E mesmo que nada disso acontea, pode ser que o seu mal uso reduza sua
utilidade, provocando prejuzos para a empresa. Nesta cadeia produtiva que os
conceitos de administrao de matrias (AM) se fazem presentes, sendo o
planejamento do ciclo produtivo uma atividade indispensvel.
E qual o significado prtico daquele emaranhado terico?
O significado previsvel: no basta aos materiais simplesmente existir ou
encontrarem-se disposio da empresa. Estes materiais precisam existir, mas no
momento certo, na quantidade certa e no local certo, porque somente assim o
processo produtivo se ver servido de maneira adequada.
1Chiavenato, Idalberto. Administrao de Materiais, ed. Campus, pg. 30.
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Essas caractersticas devem estar presentes simultaneamente. De nada
adianta para uma empresa possuir materiais em quantidade adequada se no forem
disponibilizados no tempo certo, o inverso tambm se aplica, de nada adianta a
empresa possuir materiais no momento certo, se a quantidade disponibilizada for
inadequada.
E agora voc est pronto para o conceito de Administrao de Recurso
Materiais (afinal, sabendo o que que descobrimos para que serve ). E existem
um monte delas dentro da doutrina. Mas acredito que ningum melhor que uma
banca de concurso para dizer a voc o que voc deve achar .
Veja o que o CESPE, em 2012, cobrou em uma questo:
CESPE (2012 MPE-PI):
A administrao de materiais pode ser conceituada como um sistema
integrado que garante o suprimento da organizao, no tempo oportuno, na
quantidade necessria, na qualidade requerida e pelo menor custo.
Note que h muitas palavras-chave que devem ser observadas na disciplina
de administrao de materiais, e mais ainda, o conceito do CESPE j indicou
tambm a funo e objetivo da disciplina. Incrvel o que se pode aprender fazendo
provas .
Dentro de um processo produtivo, a Administrao de Materias (AM)precisa controlar:
A Quantidade
Evitar a falta ou oexcesso de materiais
O Tempo
Momentoem que osmaterias estaro
disponveis
A Localizao
Disponibilidade nolocal certo
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Do conceito que foi transcrito acima, surge um dos maiores problemas e um
dos grandes desafios da administrao de materiais, qual seja, a manuteno de
nveis adequados de estoques de determinado material. Esta problemtica surge
porque um material parado investimento parado, um custo desnecessrio
empresa. para isto que a Administrao de Recurso Materiais existe
Chiavenato2coloca como os dois principais desafios da administrao de
materiais o armazenamento de materiais e a logstica de distribuio de
materiais.
Lgico que estes desafios no so os nicos, mas com certeza
representam boa parte das preocupaes dos administradores.
Marco Aurlio P Dias3divide o sistema de materiais nas seguintes reas de
concentrao: controle de estoques, compras, almoxarifado, planejamento e
controle de produo, importao, transportes e distribuio.
E ainda temos as bancas de concurso trabalhando com conceito bastante
prximo do que j vimos: A administrao de materiaisvisa colocar os materiais
necessrios na quantidade certa, no local certo e no tempo certo disposio
dos rgos que compe o processo produtivo da empresa.
E o tema j foi explorado tambm na prova do BACEN de 2013:
Qualidade do material, quantidade necessria, prazo de entrega, preo e
condies de pagamento so pr-requisitosda administrao de materiais para
abastecer, continuamente, determinada empresa com material necessrio para
suas atividades.
E no paremos por a com as citaes .
2Chiavenato, Idalberto. Administrao de Materiais, ed. Campus.
3Dias, Marco Aurlio P., Administrao de Materiais: princpios, conceitos e gesto, ed. Atlas, 6 ed.
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Marco Aurlio P. Dias4ainda nos diz:o objetivo principal de uma empresa
, sem dvida, maximizar o retorno sobre o capital investido
Esta maximizao do retorno sobre o capital investido feita atravs das
atividades da empresa. A empresa, ao explorar seu objeto social, busca adicionar
valor a um bem atravs do emprego de seu esforo sobre um conjunto de
materiais, os quais, em decorrncia deste esforo, so mais valiosos do que a
soma dos materiais que os compe. Essa definio, embora d ateno s
empresas fornecedoras de mercadorias, tambm pode ser estendida s empresas
de servio, com as devidas ressalvas.
Mas como estamos falando de Recursos Materiais, nos voltaremos
essencialmente s empresas produtoras de mercadorias.
Pois bem, eu disse que a empresa agrega valor aos materiais por meio de
seu esforo. Este esforo, por sua vez, estruturado e organizado, atravs de
algo que chamamos de processo produtivo.
Veja uma representao:
4Dias, Marco Aurlio P., Administrao de Materiais: princpios, conceitos e
gesto, ed. Atlas, 6 ed., pg.01.
Entradas ProcessoProdutivo Sadas
Insumos ProcessoProdutivo Produtos
Almoxarifado dematrias-primas
ProcessoProdutivo
Depsito demercadorias
prontas
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O processo produtivo transforma. E assim que a empresa maximiza o seu
retorno.
Passa esta parte, vamos voltar um pouquinho para citar uma conceituao
apresentada por Chiavenato5 para a administrao materiais: A AM envolve a
totalidade dos fluxos de materiais da empresa, desde a programao de
materiais, compras, recepo, armazenamento no almoxarifado, movimentao de
matrias, transporte interno e armazenamento no depsito de produtos acabados.
Voc j deve ter percebido que o os objetivos da administrao de materiais
so bastante amplos e envolvem todo o processo produtivo.
Ok, j falamos que pelo processo produtivo que a empresa transforma
materiais. Neste sentido, algo muito importante na administrao de materiais o
dimensionamento de estoques.
Por exemplo: deve se ter conhecimento do volume de estoque necessrio de
matrias-primas, de quanto tempo os materiais devem permanecer no estoque e, no
sentido contrrio, quando os estoques devem ser repostos.
S que efetuar este dimensionamento bastante complicado. Esta
complicao fruto de uma eterna guerra entre os departamentos da empresa.
Veja s: o setor de compras no vai querer ser responsabilizado pela falta de
matrias-primas, ento a tendncia que o setor de compras recomende a
estocagem de matrias-primas e insumos em excesso6. Assim, quando o dono
da empresa chamar os chefes, ver que em nenhum momento houve falta de
materiais para produo, e o chefe do setor de compras vai ganhar um bnus.
Por outro lado, o chefe do setor financeiro vai ganhar um sermo. A
estocagem de insumos em excesso faz com que grande parte do dinheiro da
5Chiavenato, Idalberto. Administrao de Materiais, ed. Campus, pg. 38.
6O setor de compras deve tambm buscar preos favorveis, pois, obviamente, o preo das matrias-
primas tambm ir compor o custo dos produtos.
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empresa fique parado, sem poder ser investido para gerar mais dinheiro. E isso
pssimo.
Para evitar esse sermo, o chefe do setor financeiro, por sua vez, no vai
querer que ocorram gastos desnecessrios e procurar no liberar compras de
insumos que julgar prescindveis (dispensveis). Dependendo da sua dedicao,
s sero comprados novos lpis de escrever quando o toquinho dos que j existem
desaparecer. O setor financeiro, se pudesse, no permitiria nem mesmo a
existncia de um estoque.
Neste momento ser muito importante o papel da gesto de recursos
materiais, ela que servir de meio de campo entre estas reas distintas da
organizao, sendo que o desempenho deste papel depende da relao direta com
os altos escales da organizao.
Para a gerncia financeira, a minimizao dos estoques uma das metas
prioritrias.7
muito importante no planejamento e controle de materiais que se busque
um equilbrio entre o processo produtivo e os custos financeiros . Isto porque o
objetivo da administrao de materiais a maximizao da utilizao dos
7Dias, Marco Aurlio P., Administrao de Materiais: princpios, conceitos e
gesto, ed. Atlas, 6 ed., pag. 07.
O setor financeiro, paraotimizar os custos, tende a
querer reduzir estoques O setor de estoques, para evitarfalta de matrias-primas, tende a
querer acumular estoques
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recursos da empresa, em um nvel de servios requerido pelos clientes.
Materiais ociosos e parados em estoques geram custos no desejados.
1.3 Conceituao de Material e Patrimnio
Muito legal tudo isso, mas professor: do que exatamente estamos falando?
No fao ideia do que seja material ou patrimnio!
Caro aluno, fique tranquilo . O pnico deve ser reservado a obstculos
intransponveis, e este, definitivamente, no o caso.
Comecemos pelo patrimnio. O patrimnio objeto de estudos de uma
disciplina muito cara pelos concurseiros da rea fiscal: a contabilidade. Por outrolado, como as alteraes patrimoniais normalmente se do por negcios jurdicos,
tambm abordada pelo Direito, em especial, o Direito Civil, que cuida de classificar
algumas espcies de bens que compem o patrimnio.
Como voc pode ver, de ARM mesmo, s na parte de gesto, porque na
conceituao, esta disciplina empresta os conceitos daquelas que j mencionei (e
isso normal, j que nenhuma cincia consegue se isolar das demais).
Depois desta breve divagao de cunho filosfico, vamos ao que interessa:
- Patrimnio o conjunto de bens, direitos e obrigaes de uma pessoa
que possam ser avaliados em pecnia(moeda, dinheiro).
O que est destacado a chave do conceito: o que compe o conjunto e o
que est excludo dele.
Primeira pegadinha clssica: obrigaes so parte de nosso patrimnio.
Aquela dvida monstro no cheque especial, que voc jamais conseguir pagar
parte inexorvel de seu patrimnio, pois pode ser avaliada em moeda (ainda que
negativamente ). Vou te explicar o que so obrigaes de acordo com a doutrina,
mas voc j ganhou a dica do que seria.
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Por outro lado, o amor de me, posto que no tem preo, no compe sua
esfera patrimonial, justamente por no ser passvel de avaliao em pecnia (o que
no quer dizer que no seja importante ).
Disto isto, caminhamos para o prximo passo: o que so bens, direitos e
obrigaes?
Vejamos:
Bens: inicio este tpico com uma frase de sabedoria milenar de meu
professor de Direito Civil do primeiro ano da faculdade: Coisa qualquer coisa
(sensacional!). O termo Coisa, at mesmo em Direito, costuma designa
absolutamente qualquer objeto dotado de existncia (ainda que meramente
abstrata). E dentro deste conjunto, temos um tipo particular de coisa, que objeto
de nossos estudos: os bens.
Bens so elementos materiais e imateriais que integram o patrimnio
(lembre-se de no perder de vista o fato de serem avaliados em moeda). J diria o
economista que bens so coisas que servem para satisfazer uma necessidade
humana. Mais ou menos assim:
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O economista te diria mais um monte de coisas sobre os bens, e eu
recomendo que voc o escute quando ele falar . Isto uma simplificao bastante
grosseira do conceito.
Conhea o primeiro de muitos modelos do Microsoft Paint que me
acompanham desde os tempos das apresentaes do ginsio.
Mas o jurista ainda no falou sobre bens . E lgico que considero esta
definio bem mais legal.
Bem tudo aquilo que suscetvel de se tornar objeto de direito e que
est sujeito a utilizao e apropriao. Assim sendo, se dissermos que uma coisa
um bem patrimonial, estamos dizendo que aquilo pode ser avaliado em dinheiro e
que propriedade de algum.
Note que esta definio um pouco mais restrita que a econmica, e est
mais prxima do conceito de bens quando utilizado para nossa disciplina.
Veja como fica:
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No vejo diferena professor! Pense no ar. coisa? Sim, afinal, coisa
qualquer coisa! Existe para satisfazer uma necessidade humana? Sim, respirar
tambm uma necessidade humana. suscetvel de apropriao? No! Ningum
pode ser dono do ar (ainda!). Desta forma, juridicamente falando, o ar no bem,
embora exista para satisfazer uma necessidade humana.
Estudaremos os bens mais a frente no curso, em suas especificidades, mas
j adianto: o conceito de bem, quando o assunto patrimnio, costuma ser
abordado pelo conceito jurdico de bem (coisa suscetvel de apropriao), ento, na
dvida, trabalhe com este.
Direitos: Tome cuidado aqui, meu caro. No confunda Direitos com bens
incorpreos (ainda a serem vistos).
Contabilmente falando, direitos so valores a receber ou a recuperar nas
transaes com terceiros.
Em nossa disciplina, este conceito reduzido demais, razo pela qual
precisaremos estend-lo um pouco.
Direitos so prerrogativas que determinada pessoa possui (credor) em exigir
que outra pessoa (devedor) d (entregue-lhe um objeto), faa (pratique uma ao)
ou deixe de fazer algo (abstenha-se de determinado ato) em favor do prprio credor,
ou de terceiros.
A definio um tanto vaga, mas os exemplos so bem melhores. Se voc
for em uma loja e comprar um objeto de grande porte em parcelas (digamos aqui,
um armrio que no cabe em seu fusquinha), ter feito um contrato de compra e
venda. Entretanto, nem voc sair da loja com o mvel (pois no tem como
transport-lo, nem a loja ficar com seu dinheiro, pois voc parcelou a compra. a
que nascem dois direitos:
- Voc tem o direito de receber o armrio, na data e forma aprazadas,
possuindo a prerrogativa de exigir que o objeto lhe seja entregue;
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- A loja tem o direito de receber o valor combinado, em tantas parcelas
vencidas em determinado dia do ms.
Ningum saiu daquela loja com qualquer coisa que fosse, entretanto, ambas
as partes incorporaram ao seu patrimnio direitos, que so suscetveis de avaliao
monetria.
Obrigaes: Pode pensar no exemplo anterior que ele tambm serve.
Obrigaes so deveres que determinada pessoa possui, no sentido de realizar
uma prestao de dar, fazer ou no fazer algo em favor de outrem.
Do mesmo modo que no exemplo anterior, cada uma das partes tem uma
obrigao naquele contrato:
- A loja tem a obrigao de entregar o mvel adquirido;
- Voc tem a obrigao de pagar o valor das parcelas conforme elas forem
vencendo.
Simples assim. E voc j sabe o que o patrimnio
E o patrimnio pblico, muda alguma coisa? No conceito intrnseco de
patrimnio, no, mas quanto ao dono do patrimnio, devemos nos atentar para as
peculiaridades do conceito.
Veja s:
Patrimnio Pblico o conjunto de direitos e bens, tangveis ou
intangveis, onerados ou no, adquiridos, formados, produzidos, recebidos,
mantidos ou utilizados pelas entidadesdo setor pblico, que seja portador ou
represente um fluxo de benefcios, presente ou futuro, inerente prestao de
servios pblicos ou explorao econmica por entidades do setor pblico e
suas obrigaes.
A Csar o que de Csar: o conceito acima saiu do livro dos Srs. Deusvaldo
Carvalho e Marcio Ceccato, de seu Manual de Contabilidade Pblica.
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As cores so pra te ajudar a memorizar. Coloquei em vermelho diversas
classificaes de bens, e em azultudo aquilo que diferencia o patrimnio pblico do
patrimnio normal. Mas se quer realmente uma dica, fique com a primeira
definio, do comeo da aula, pois a definio de patrimnio pblico simples
desdobramento daquela.
O conceito de material j tem um qu de mais interessante: todos os livros de
doutrina sobre o assunto no se ocupam de definir com preciso o que um
material. J iniciam seus estudos na parte em como os materiais so classificados.
E isto tem uma razo: o conceito de material por demais vago. Veja s:
Material qualquer poro ou quantidade de matria, em qualquer estado
fsico. Basicamente, quase qualquer coisa .
Mas, para nossa disciplina, bom que voc j tenha em mente, antes mesmo
de ver a classificao dos materiais, que os mesmos so objetos vocacionados a
uma finalidade. A mais comum dentro de nossa disciplina compor o produto final
(que nada mais do que um longo conjunto de materiais concatenados, prontos
para venda).
O resto voc vai sacar logo mais!
2. Classificao de Materiais
2.1 Atributos para classificao de materiais
Dentro da dinmica do processo produtivo que ilustrarmos anteriormente, hum fluxo de materiais, que comea no momento em que a matria-prima
comprada dos fornecedores e termina no instante em que temos um produto
acabado, pronto para consumo do cliente final.
Entender este fluxo fundamental para tambm entender esta classificao
dos materiais.
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Primeiramente gostaria que voc fizesse uma reflexo, voc j se perguntou
qual o motivo de uma classificao?
Segundo definio j utilizada em um concurso pblico (CESGRANRIO
2011):
A classificao de materiais o processo de aglutinao por
caractersticas semelhantes, e determina grande parte do sucesso no
gerenciamento de estoques.
Disto que acabamos de ver, voc j pode tirar uma concluso:no h uma
forma nica de classificar, bem pelo contrrio, haver infinitos modos de
classificao tendo em vista os critriosque forem estabelecidos.
Meu professor de Introduo ao Estudo do Direito, j na primeira aula do
curso, do segundo dia de curso universitrio da minha vida, disse algo interessante:
no existem classificaes boas ou ruins, mas apenas classificaes teis ou
inteis.
Contudo, devemos sempre ter em mente que uma classificao, embora
possa balizar-se por qualquer critrio til empresa, deve procurar atender aos
seguintes requisitos:
- Abrangncia: Cada classificao deve buscar abarcar um nmero
considervel de materiais em funo de suas caractersticas. Em outras palavras, a
classificao deve agrupar o maior nmero de itens em funo de suas
propriedades.
- Flexibilidade: A classificao tambm deve permitir o inter-relacionamento
entre outras classificaes, permitindo uma viso ampla do gerenciamento de
estoques.
- Praticidade: A classificao deve ser direta e simples.
Dentre atributos (ou fatores) que podem ser levados em considerao na
hora de classificar um material, podemos citar: a demanda (se a demanda
justifica a formao de estoque de determinado material); a perecibilidade
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(probabilidade do material perecer, ou seja, perder suas caractersticas fsico-
qumicas, como costuma ocorrer com os alimentos); a periculosidade(materiais
que possuam caractersticas incompatveis com outros materiais, oferecendo risco
segurana, tais como combustveis inflamveis); a dificuldade de aquisio; o
mercado fornecedor; como este material estocado; o valor econmico; a
importncia operacional; dentre outros.
Alm disso, dependendo dos atributos informados os materiais sero
classificados como crticos ou no crticos.
Esta ltima classificao merece um breve comentrio. Material crtico um
material cuja demanda no previsvel, e cuja deciso de estocar baseia-se no
risco que a empresa corre caso tais materiais no estejam disponveis no
momento em que forem necessrios.
Os motivos pelos quais um material pode ser considerado crtico podem ser
variados: por serem difceis de obter, por serem de elevado valor, por seu custo de
armazenagem ser muito alto, por serem de grande peso, por suas grandes
dimenses, por s haver um fornecedor capaz de suprir a demanda, enfim, razes
no faltam . Contudo, a doutrina costuma apontar as seguintes caractersticas:
Problemas na Obteno
Material ImportadoFornecedor nicoEscassez no MercadoMaterial EstratgicoDifcil Fabricao
Razes EconmicasElevado ValorElevado Custo de ArmazenagemElevado Custo de Transporte
Problemas de Armazenagem eTransporte
PerecibilidadeAlta PericulosidadeElevado PesoGrandes Dimenses
Problemas de Previso Difcil Previso da Utilizao
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Razes de Segurana Alto Custo de ReposioMaterial Essencial Produo
Outra classificao bastante cobrada em concursos aquela que divide os
materiais segundo seu estgio de processamento.
Segundo o estgio de processamento, os materiais se apresentaro da
seguinte maneira8:
1. Matrias-primas
2. Materiais em processamento
3. Materiais semiacabados
4. Materiais acabados ou componentes
5. Produtos acabados.
Ora de conceituar:
Matrias-primasso aqueles materiais que normalmente so obtidos doschamados fornecedores, so aqueles materiais bsicos e necessrios para o
8 Alm dos cinco tipos de estoques citados, temos tambm os Materiais
auxiliares e de manuteno.
Materias-primas
Materiais emprocessamento
Materiaissemiacabados
Materiaisacabados oucomponentes
Produtosacabados
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processo produtivo, seu volume est diretamente ligado quantidadede
produtos acabados.
Materiais em processamento So aqueles que j no so mais
matrias-primas, mas que ainda no so um produto acabado, so materiais que
ainda esto sendo utilizados na confeco de produtos, esto em uma fase
intermediria, e desta forma, j no se encontram no almoxarifado.
Materiais semiacabados So aqueles que esto em um estgio um
pouco mais avanado do que os materiais em processamento, esto
parcialmente acabados, faltam poucas etapas do processo produtivo para
tornarem-se produtos acabados.
Materiais acabados (ou componentes) So peas isoladas que sero
componentes do produto final.
Produtos acabados So aqueles que j passaram por todo processo
produtivo, esto prontos e acabados. So os produtos que so oferecidos aos
clientes.
Durante o fluxo de materiais, haver itens que no sero utilizados para
compor o produto final acabado,mas que sero utilizados durante o processo
de produo, por isto a sua importncia. Estes materiais recebem o nome de
materiais auxiliares e de manuteno.
Materiais auxiliares e de manuteno -Como o prprio nome diz, estes
materiais so aqueles auxiliares, que do apoio produo, so as tambm
chamadas peas de manuteno ou de reposio. De nada adianta uma empresa
dispor de matrias-primas se, por exemplo, as mquinas no podem funcionar por
problemas de manuteno, o mesmo risco incorrido com a falta de matria-prima
pode ocorrer com as peas de reposio. 9
9Dias, Marco Aurlio P., Administrao de Materiais: princpios, conceitos e
gesto, ed. Atlas, 6 ed., pg. 15.
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Como voc pde perceber, cada um destes materiais em estoque ter seu
tempo oportuno de utilizao, e at l ficar aguardando sua vez no processo
produtivo.
2.2 Tipos de classificao
Para conseguir gerenciar o estoque adequadamente, recomendvel que eu
classifique os itens que compem o estoque de acordo com sua importncia e nvel
de cuidado necessrio com o material.
Alguns materiais, como veremos, no demandam tanto cuidado no sua
guarda, de maneira que se a empresa prestar muita ateno neles, terminar
incorrendo em gastos desnecessrios.
Por outro lado, ao deixar de dar ateno a um material importante, tambm
acabar tendo prejuzos.
Para evitar isto, as classificaes so teis. Existem duas principais, mas eu
peo que preste bem mais ateno na classificao ABC. Esta ser aprofundada ao
longo do curso, ento, aqui vai s uma introduo.
2.2.1 Classificao quanto importncia operacional (XYZ)
Os materiais quanto importncia operacional (quanto importncia que
possuem nos processos da empresa) so classificados em materiais X, materiaisY,
materiais Z.
Nesta classificao o que se avalia a imprescindibilidadedo material do
ponto de vista operacional, por isso a ideia de relacionar tal classificao ao grau decriticidade de determinado material.
Os fatores que devemos levar em considerao para analisar a eficincia
operacional e determinar o grau de criticidade so os seguintes:
- Essencialidade para as fases operacionais (principalmente para a
produo) da organizao.
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- Facilidade de aquisio
- Possibilidade de substituio por outro equivalente.
Alis, repito, caso no tenha sido suficientemente enftico: a essencialidade
do material diz respeito sua importncia operacional!Um material que seja
essencial empresa em outra rea que no seja a de produo , muito
provavelmente, um material da classificao X.
um tipo de classificao pouco cobrada em prova, mas todo mundo erra
quando cai! . Daqui para frente, voc no ser um destes candidatos .
2.2.2 Classificao ABC
A classificao dos materiais utilizando a chamada curva ABC , tambm,
uma ferramenta administrativa, sendo uma maneira muito til para se conhecer e
controlar estoques sem aumentar custos.Esta classificao leva em considerao
a importncia de relativa dos itens.
Importncia elevada
Ausncia de similares na empresa
Falta do material implica em paralisao de
parte da produo da empresaZ
Importncia mdia
Falta do material no suficiente parainterromper a produo da empresa
Y Importncia diminuta
Existncia de similares na empresa
Falta do material no suficiente para
interromper a produo da empresaX
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Tambm denominada Curva de Pareto, baseia-se no princpio de que a
maior parte do investimento em materiais est concentrada em um pequeno
nmero de itens10. Atravs desta classificao, demonstra-se que poucos itens,
algo em torno de 10% a 20% do total deles, respondem por mais ou menos 80%
do capital empregado em estoques.
Segundo Marco Aurlio P. Dias11: A curva ABC um importante
instrumento para o administrador; ela permite identificar aqueles itens que
justificam ateno e tratamento adequados quanto sua administrao.
As classes da chamada curva ABC so definidas da seguinte forma:
Classe A: Itens maisimportantes e em menornmero
(Quantidade em geral, em torno de 20% dos itens).
Classe B:Itens em situao intermediria(30% dos itens).
Classe C: Itens menos importantes e em maior nmero
(Quantidade no geral, em torno de 50% dos itens).
Afirmao do CESPE (2010 AGU): Na classificao ABC para
planejamento e controle de estoque, os itensclassificados como Cso aqueles que
correspondem faixa de 40% a 50% do total de itensde estoque, mas cujo valor
financeiro de pouca importncia quando se considera o estoque total.
10Chiavenato, Idalberto. Administrao de Materiais, ed. Campus, pg. 79.
11Dias, Marco Aurlio P., Administrao de Materiais: princpios, conceitos e
gesto, ed. Atlas, 6 ed., pg. 73.
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Para estabelecer a importncia relativa dos materiais, a curva ABC leva em
considerao o seu valor e a sua quantidade, ou seja, qual o investimento feito em
determinado material e qual a sua quantidade.
A ateno da empresa dever ser concentrada nos itens da Classe A,
porque, embora em menor quantidade, neles que estar a maior parte do capital
investido em estoques. Isto muito importante, lembre-se ento que o controle deestoques pela chamada curva ABC considera os produtos de forma desigual, os
itens do grupo A que representam entre10% e 20% da quantidade do estoque,
respondem por 80% do capital empregado em estoques.
J adianto que a classificao ABC vai receber ateno especial na nossa
aula 01, isto s a introduo.
Agora, para voc sentir um pouco o que vai enfrentar, experimente fazer asquestes abaixo. Ver que no tem muito segredo.
Questes Comentadas
CESPE CNPQ 2011 Acerca de administrao de materiais, julgue os
itens a seguir:
Classe A. Representam poucositens em estoque, masso maisimportantes,porque repondempelo maior custo monetrio.
Classe BQuantidade mdiade itens, grau mdio deimportncia.
Classe C. Maior nmero de itens,
mas de pouca significnciafinanceira.
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1.CESPE CNPQ - 2011 O profissional que atua na administrao de
materiais deve dedicar especial ateno ao controle dos materiais crticos, os quais
devem ser submetidos ao controle de obsolescncia de forma contnua e peridica.
Comentrio: Essa afirmao j deu bastante o que falar. A banca faz
referncia a um trecho do livro de Administrao de Recursos Materiais doJoo
Jos Viana, mas necessrio entender o contexto no qual ela foi feita.
Nas palavras do prprio autor "material crtico como seguro de vida: todos
tm, mas no querem utiliz-lo". Veja: a partir desta abordagem, o material no
mais estocado por conta da sua perspectiva futura de uso. A empresa no deseja e
far o possvel para no utilizar aquele material estocado, a no ser que as
circunstncias a obriguem. Com esta abordagem, o controle de obsolescncia perde
o sentido: a empresa no estoca para utilizar, estoca por estocar.
Pessoalmente, eu discordo um pouco deste posicionamento, principalmente
pelo fato de que um material obsoleto dificilmente ser demandado. Porm, as
provas pareciam seguir esta obra at mais ou menos 2011 ou 2012 e sempre pode
haver uma recada...
Item Errado.
2.CESPECNPQ2011 Uma desvantagem de se utilizar a classificao de
materiais do tipo importncia operacional que ela no fornece anlise econmica
dos estoques.
Comentrio:No que se baseia a classificao por importncia operacional
mesmo?
Ah ela aquela classificao das letrinhas XYZ. Esta classificao baseia-se
no grau de imprescindibilidade de um bem. Alis, os fatores que devemos levar em
considerao para analisar a eficincia operacional e determinar o grau de
criticidade so os seguintes:
- Essencialidade para as fases operacionais (principalmente para a
produo) da organizao.
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- Facilidade de aquisio
- Possibilidade de substituio por outro equivalente.
Alis, repito, caso no tenha sido suficientemente enftico: a essencialidade
do material diz respeito sua importncia operacional!Um material que seja
essencial empresa em outra rea que no seja a de produo , muito
provavelmente, um material da classificao X.
Pois bem, s que este mtodo, em momento algum, fez qualquer
considerao a respeito do preo do bem. Ele ser classificado como item Z por suaimportncia operacional, quer custe R$ 0,04 ou 4 bilhes de reais. Assim, uma
anlise baseada apenas nesta classificao pode trazer problemas ao administrador
que lida com os materiais (pode no sobrar oramento para qualquer outra coisa )
Item Certo.
CESPE DETRANES - 2010.Acerca de administrao de materiais, julgue
os itens a seguir
Importncia elevada
Ausncia de similares na empresa
Falta do material implica em paralisao de
parte da produo da empresaZ
Importncia mdia
Falta do material no suficiente parainterromper a produo da empresa
Y Importncia diminuta
Existncia de similares na empresa
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interromper a produo da empresaX
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3.CESPE DETRANES 2010 No estoque de matria-prima, armazenam-
se os itens produzidos que ainda no foram vendidos.
Comentrio:Matrias-primas so os insumos, esto no incio do processo
de produo e ficam estocadas no almoxarifado (veremos com mais detalhes a
distino entre almoxarifado e depsito quando estudarmos armazenagem).
Se o item j foi produzido, deixou de ser matrias-prima, passando a ser
um produto acabado. Alis, voc j sabe a diferena entre uma coisa e outra:
Matrias-primasso aqueles materiais que normalmente so obtidos dos
chamados fornecedores, so aqueles materiais bsicos e necessrios para o
processo produtivo, seu volume est diretamente ligado quantidade de
produtos acabados.
Produtos acabados So aqueles que j passaram por todo processo
produtivo, esto prontos e acabados. So os produtos que so oferecidos aos
clientes.
Voc descobrir ao longo do curso que lugar de Produto Acabado no
depsito!
Item Errado.
4.CESPEDETRANES2010 Emprega-se o mtodo de classificao ABC
para organizar os itens de estoque em ordem alfabtica.
Materias-primas
Materiais emprocessamento
Materiaissemiacabados
Materiaisacabados oucomponentes
Produtosacabados
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Comentrio:O mtodo ABC,tambm denominada curva de Pareto, baseia-
se no princpio de que a maior parte do investimento em materiais est
concentrada em um pequeno nmero de itens12. Atravs desta classificao,
demonstra-se que poucos itens, algo em torno de 10% a 20% do total deles,
respondem por mais ou menos 80% do capital empregado em estoques.
Segundo Marco Aurlio P. Dias13: A curva ABC um importante
instrumento para o administrador; ela permite identificar aqueles itens que
justificam ateno e tratamento adequados quanto sua administrao.
`Permita-me refrescar sua memria
Classe A: Itens maisimportantes e em menornmero
(Quantidade em geral, em torno de 20% dos itens).
Classe B:Itens em situao intermediria(30% dos itens).
Classe C: Itens menos importantes e em maior nmero
(Quantidade no geral, em torno de 50% dos itens).
Absolutamente nada a ver com organizao alfabtica.
Item Errado.
5.CESPE DETRANES 2010 O almoxarifado destina-se guarda fsica
dos produtos em processo e dos entregues pelos fornecedores.
Comentrio Vamos relembrar das matrias primas e dos produtos em
processo (tecnicamente falando, ainda so materiais em processo, mas o enunciado
resolveu abordar a questo do ponto de vista de que, um material que j foi
12Chiavenato, Idalberto. Administrao de Materiais, ed. Campus, pg. 79.
13Dias, Marco Aurlio P., Administrao de Materiais: princpios, conceitos e
gesto, ed. Atlas, 6 ed., pg. 73.
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processado , em certa medida, tambm um produto, na medida em que resultado
de algum processo):
Ora de conceituar:
Matrias-primasso aqueles materiais que normalmente so obtidos dos
chamados fornecedores, so aqueles materiais bsicos e necessrios para o
processo produtivo, seu volume est diretamente ligado quantidade de
produtos acabados.
Materiais em processamento So aqueles que j no so mais
matrias-primas, mas que ainda no so um produto acabado, so materiais queainda esto sendo utilizados na confeco de produtos, esto em uma fase
intermediria, e desta forma, j no se encontram no almoxarifado.
Como os materiais em processamento ainda esto sendo sofrendo
transformaes, no faz sentido ficar devolvendo eles para o almoxarifado. Eles so
estocados no prprio local onde esto sendo processados, no curso do processo
produtivo.
Item errado.
6. CESPE TRE MT - 2010. Caso venha a adquirir produtos com uma
empresa que adota a classificao ABC como forma de gesto de estoque, o
material classificado como classe C representa aquele tipo de material que
responde pela maior parte do faturamento.
Materias-primas
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Materiaisacabados oucomponentes
Produtosacabados
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Comentrio: Segundo a classificao ABC, os materiais da Classe C so
aqueles que existem em maior quantidade, mas representam um baixo valor
investido em estoque.
Sempre bom lembrar-se de nosso quadro.
Classe A: Itens maisimportantes e em menornmero
(Quantidade em geral, em torno de 20% dos itens).
Classe B:Itens em situao intermediria(30% dos itens).
Classe C: Itens menos importantes e em maior nmero
(Quantidade no geral, em torno de 50% dos itens).
Item Errado.
7. CESPE TRE MT - 2010. Caso venha a adquirir produtos com uma
empresa que adota a classificao ABC como forma de gesto de estoque, o
material classificado como classe A representar o tipo de material com maior
quantidade de itens.
Comentrio:Acabamos de comentar isto na questo acima . A Classe A
composta de materiais que, embora existindo em menor quantidade, representam
um grande valor investido em estoque.
Item Errado.
CESPE - AGU - 2010Com relao administrao de materiais, julgue o item
a seguir.
8.CESPE - AGU - 2010 Na classificao ABC para planejamento e controlede estoque, os itens classificados como C so aqueles que correspondem faixa de
40% a 50% do total de itens de estoque, mas cujo valor financeiro de pouca
importncia quando se considera o estoque total.
Comentrio: Vamos ver o quadro de novo:
Classe A: Itens maisimportantes e em menornmero
(Quantidade em geral, em torno de 20% dos itens).
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Classe B:Itens em situao intermediria(30% dos itens).
Classe C: Itens menos importantes e em maior nmero
(Quantidade no geral, em torno de 50% dos itens).
Esses valores so gerais, e no caso da Classe C, a oscilao entre 40% a
50% perfeitamente aceitvel, sem descaracterizar o raciocnio que fundamenta a
curva.
Item Certo.
9. CESPE ANTAC - 2009 A administrao de materiais efetiva visa
minimizar o conflito existente entre a rea-fim e a rea-meio de uma organizao,
como a rea de compras e a rea financeira.
Comentrio:Lembre-se do desenho feito na parte terica:
A Administrao de Recursos Materiais visa balancear a eterna guerra entre
o Departamento Financeiro (rea-meio) e o Departamento de Compras (rea-fim) da
organizao.
Veja s: o setor de compras no vai querer ser responsabilizado pela falta de
matrias-primas, ento a tendncia que o setor de compras recomende a
estocagem de matrias-primas e insumos em excesso. Assim, quando o dono
da empresa chamar os chefes, ver que em nenhum momento houve falta de
materiais para produo, e o chefe do setor de compras vai ganhar um bnus.
O setor financeiro, paraotimizar os custos, tende a
querer reduzir estoques O setor de estoques, para evitarfalta de matrias-primas, tende a
querer acumular estoques
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Por outro lado, o chefe do setor financeiro vai ganhar um sermo. A
estocagem de insumos em excesso faz com que grande parte do dinheiro da
empresa fique parado, sem poder ser investido para gerar mais dinheiro. E isso
pssimo.
Para evitar esse sermo, o chefe do setor financeiro, por sua vez, no vai
querer que ocorram gastos desnecessrios e procurar no liberar compras de
insumos que julgar prescindveis (dispensveis). Dependendo da sua dedicao,
s sero comprados novos lpis de escrever quando o toquinho dos que j existem
desaparecer. O setor financeiro, se pudesse, no permitiria nem mesmo a
existncia de um estoque.
Item Certo.
10. CESPE - FINEP - 2009.A curva ABC considera igualmente todos os
produtos, para fins de controle de estoque.
Comentrio:A curva ABC considera os bens de forma diferente e os
classifica em trs classes (A, B, C) de acordo com a sua importncia relativa, na
medida em que estabelece uma relao na qual alguns itens so mais
importantes que outros itens.
Somente por isto j possvel dizer que a curva ABC no trata os produtos
de maneira igual.
Item Errado.
11. CESPEFHS - 2009 objetivo da administrao de materiais maximizar
a utilizao dos recursos da empresa, em um nvel de servios requerido pelos
clientes.
Comentrio: Essa questo sempre causa polmica nos cursos em que
aparece . O sentido que a banca deu ao termo maximizar neste caso tem o
mesmo sentido de otimizar, ou seja, fazer o mximo possvel, com o mnimo
possvel. E justamente a isto que ser presta a Administrao de Materiais (alm de
um monte de outras coisas que vimos em aula )
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Item Certo.
12. CESPE - TJ-DFT - 2008 correto utilizar a curva ABC para classificar
materiais em funo do valor e da quantidade de consumo.
Comentrioara estabelecer a importncia relativa dos materiais, a Curva
ABC leva em considerao o valor investido e a sua quantidade.
E voc j sabia disso!
Afinal, deve ter se lembrado do que vimos em aula;
A Curva ABC baseia-se no princpio de que a maior parte do
investimento em materiais est concentrada em um pequeno nmero de itens
Valor Investido e Quantidade!!!
Item Certo.
13. CESPE - SEBRAE-AC 2007. A classificao e a codificao dos bens
patrimoniais da empresa contribuem para facilitar seu registro e controle.
Comentrio: A classificao e a codificao tem como funes facilitar a
organizao dos recursos materiais. Peguei esta questo, pois ela mencionava
classificao, mas voc s vai entende-la completamente quando estudarmos
controle patrimonial e codificao.
Mas, por enquanto, guarde que a classificao dos bens contribui para
facilitar seu registro e controle.
Item Certo.
14. CESPE TSE - 2006.Materiais que requerem cuidados especiais na
armazenagem e no transporte so classificados como materiais crticos.
Comentrio: Um material tido como crtico em decorrncia de riscos
inerentes s suas caractersticas (aos seus atributos).
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Materiais que demandem cuidados especiais na armazenagem e no
transporte so classificados como materiais crticos (como exemplos, temos os
materiais perecveis e de alta periculosidade).
Item Certo.
CESPE - DETRAN PR - 2006 - ADAPTADA. Considerando que determinado
rgo da administrao direta possui uma unidade responsvel pela manuteno de
carros oficiais encarregada de fazer desde a reforma esttica e mecnica at a
limpeza desses carros, julgue os itens abaixo.
15. CESPE - DETRAN PR 2006 - ADAPTADA. Tintas pretas para fazer
retoques na pintura de um automvel,ao serem estocadas, so consideradas
matrias-primas.
Comentrio: Levando em conta que, no exemplo da questo adaptada, a
tinta estava l para que faamos pequenos retoques na pintura de um produto j
pronto e acabado, de fato, estamos diante de um item de manuteno.
Situao diferente seria aquela em que a tinta fosse usada para pintar o
chassis do carro ainda na sua fase de fabricao. Neste caso, a tinta seria
considerada matria prima.
Item Errado.
16.CESPE - DETRAN PR 2006 - ADAPTADA Se um carro, em fase final do
processo de restaurao, sai da referida unidade passa a ser considerado pea de
manuteno.
ComentrioSe estamos na fase final do processo estamos diante de um
produto acabado. O Carro um produto acabado. As peas de manuteno(ou de
reposio)so materiais que no sero utilizados para compor o produto
acabado, mas que, no entanto, sero utilizados durante o processo de
produo. Tambm recebem o nome de materiais auxiliares, pois do apoio
produo.
Item Errado.
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17 CESPE PF 2014Um produto perecvel deve ser classificado como
material no estocvel.
Comentrio: Uma coisa no tem nada a ver com a outra . Nas palavras da
prpria banca: Quase todos os produtos perecveis so estocados, ainda que como
estoque de transbordo. Os produtos no estocveis so aqueles cujo consumo
imprevisvele de difcil criao de parmetro de ressuprimento automtico.
Item Errado.
18 CESPEANATEL2014Os estoques de materiais e produtos de uma
empresa so compostos por matria-prima, material auxiliar, material de
manuteno, material de escritrio, material e peas em processos e produtos
acabados.
Comentrio: Voc ver a definio de estoque na prxima aula, mas j
posso te dar uma prvia:
Informao CESPE (2005/TRT 16 Regio): Estoque toda poro
armazenadade mercadoria, ou seja, aquilo que reservado para ser utilizado
em tempo oportuno.
Quase todos foram vistos nesta aula, a exceo dos materiais de escritrio.
Estes sero estudados na aula de gesto patrimonial. A rigor, eles no
integram o processo produtivo, servindo para auxiliar no desempenho de tarefas
administrativas. Todavia, utilizando a definio dada pelo CESPE desde 2005, estes
materiais tambm formam estoques, pois podem ser vistos como pores
armazenadas de mercadorias para utilizao em tempo oportuno.
Item Certo
19 CESPEANATEL2014 Materiais crticos so aqueles cujo alto poder
de depreciao requer menor tempo de armazenagem.
Comentrio: No foi isso que o tio falou:
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Material crtico um material cuja demanda no previsvel, e cuja
deciso de estocar baseia-se no risco que a empresa corre caso tais materiais
no estejam disponveis no momento em que forem necessrios.
Item Errado.
20 CESPE ICMBIO 2014 Nas organizaes, os materiais utilizados so
classificados de acordo com a criticidade, a perecibilidade e a periculosidade.
Comentrio: Os trs atributos mencionados podem servir de base para
elaborao de uma classificao, conforme vimos em aula:
Dentre atributos (ou fatores) que podem ser levados em considerao nahora de classificar um material, podemos citar: a demanda (se a demanda
justifica a formao de estoque de determinado material); a perecibilidade
(probabilidade do material perecer, ou seja, perder suas caractersticas fsico-
qumicas, como costuma ocorrer com os alimentos); a periculosidade(materiais
que possuam caractersticas incompatveis com outros materiais, oferecendo risco
segurana, tais como combustveis inflamveis); a dificuldade de aquisio; o
mercado fornecedor; como este material estocado; o valor econmico; a
importncia operacional; dentre outros.
Quanto criticidade, referido atributo est contido na classificao XYZ:
Os materiais, quanto importncia operacional (quanto importncia que
possuem nos processos da empresa) so classificados em materiais X, materiaisY,
materiais Z.
Nesta classificao o que se avalia a imprescindibilidadedo material do
ponto de vista operacional, por isso a ideia de relacionar tal classificao ao grau de
criticidadede determinado material.
Item Certo
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Questes Propostas
CESPE CNPQ 2011 Acerca de administrao de materiais, julgue os
itens a seguir:
1. CESPE CNPQ - 2011 O profissional que atua na administrao de
materiais deve dedicar especial ateno ao controle dos materiais crticos, os quais
devem ser submetidos ao controle de obsolescncia de forma contnua e peridica.
2. CESPECNPQ2011 Uma desvantagem de se utilizar a classificao de
materiais do tipo importncia operacional que ela no fornece anlise econmica
dos estoques.
CESPE DETRANES - 2010.Acerca de administrao de materiais, julgue
os itens a seguir
3.CESPE DETRANES 2010 No estoque de matria-prima, armazenam-
se os itens produzidos que ainda no foram vendidos.
4. CESPEDETRANES2010 Emprega-se o mtodo de classificao ABC
para organizar os itens de estoque em ordem alfabtica.
5. CESPE DETRANES 2010 O almoxarifado destina-se guarda fsica
dos produtos em processo e dos entregues pelos fornecedores.
6. CESPE TRE MT - 2010. Caso venha a adquirir produtos com uma
empresa que adota a classificao ABC como forma de gesto de estoque, o
material classificado como classe C representa aquele tipo de material que
responde pela maior parte do faturamento.
7. CESPE TRE MT - 2010. Caso venha a adquirir produtos com uma
empresa que adota a classificao ABC como forma de gesto de estoque, o
material classificado como classe A representar o tipo de material com maior
quantidade de itens.
CESPE - AGU - 2010 Com relao administrao de materiais, julgue o
item a seguir.
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8.CESPE - AGU - 2010 Na classificao ABC para planejamento e controle
de estoque, os itens classificados como C so aqueles que correspondem faixa de
40% a 50% do total de itens de estoque, mas cujo valor financeiro de pouca
importncia quando se considera o estoque total.
9. CESPE ANTAC - 2009 A administrao de materiais efetiva visa
minimizar o conflito existente entre a rea-fim e a rea-meio de uma organizao,
como a rea de compras e a rea financeira.
10. CESPE - FINEP - 2009.A curva ABC considera igualmente todos os
produtos, para fins de controle de estoque.
11. CESPEFHS - 2009 objetivo da administrao de materiais maximizar
a utilizao dos recursos da empresa, em um nvel de servios requerido pelos
clientes.
12. CESPE - TJ-DFT - 2008 correto utilizar a curva ABC para classificar
materiais em funo do valor e da quantidade de consumo.
13. CESPE - SEBRAE-AC - 2007.A classificao e a codificao dos bens
patrimoniais da empresa contribuem para facilitar seu registro e controle.
14. CESPE TSE - 2006.Materiais que requerem cuidados especiais na
armazenagem e no transporte so classificados como materiais crticos.
CESPE - DETRAN PR 2006 - ADAPTADA.Considerando que determinado
rgo da administrao direta possui uma unidade responsvel pela manuteno de
carros oficiais encarregada de fazer desde a reforma esttica e mecnica at a
limpeza desses carros, julgue os itens abaixo.
15 CESPE - DETRAN PR 2006 - ADAPTADA.Tintas pretas para fazer
retoques na pintura de um automvel,ao serem estocadas, so consideradas
matrias-primas.
16.CESPE - DETRAN PR - 2006 - ADAPTADASe um carro, em fase final do
processo de restaurao, sai da referida unidade passa a ser considerado pea de
manuteno.
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17 CESPE PF 2014Um produto perecvel deve ser classificado como
material no estocvel.
18 CESPEANATEL2014Os estoques de materiais e produtos de uma
empresa so compostos por matria-prima, material auxiliar, material de
manuteno, material de escritrio, material e peas em processos e produtos
acabados.
19 CESPEANATEL2014 Materiais crticos so aqueles cujo alto poder
de depreciao requer menor tempo de armazenagem.
20 CESPE ICMBIO 2014 Nas organizaes, os materiais utilizados so
classificados de acordo com a criticidade, a perecibilidade e a periculosidade.
Gabarito
1 E 11 C
2 C 12 C
3 E 13 C
4 E 14 C
5 E 15 E
6 E 16 E
7 E 17 E
8 C 18 C
9 C 19 E
10 E 20 C
Essa foi s uma amostra do restante do curso. Espero que tenha gostado.
Procurarei aumentar o nmero de questes comentadas nas prximas aulas, e
mesmo ao longo do curso, medida que pesquiso novas questes. Grande abrao.
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