AULAS DE RECUPERAÇÃO CONTÍNUA – 8º ANO 2º PERÍODO / 2012 (GABARITO)
OS PEQUENOS MALABARISTAS / ANTENA LIGADA / BRASILEIROS CEM-MILHÕES
SUJEITO INDETERMINADO / ORAÇÃO SEM SUJEITO, VERBOS IMPESSOAIS / FORMAÇÃO DO IMPERATIVO
CRÔNICA
ABRIL / MAIO / JUNHO
SEMANA PROGRAMAÇÃO 1ª de 23/04 a 27/04 AULA 1: Entendimento de texto 1 – Os
pequenos malabaristas
2ª de 30/04 a 04/05 AULA 2: PTE 1 – Produção de texto (crônica)
3ª de 07/05 a 11/05 AULA 3: Gramática 1 – Sujeito indeterminado / Oração sem sujeito / Verbos impessoais
4ª de 14 /05 a 18 /05 AULA 4: PTE 2 – Correção (Red.1) / Produção de texto (crônica)
5ª de 21 /05 a 25/ 05 AULA 5: Entendimento de texto 2 – Antena
ligada
6ª de 28 /05 a 01/06 AULA 6: PTE 3 – Correção (Red.2) / Produção de texto (crônica)
7ª de 04/06 a 08/06 AULA 7: Gramática 2 – Formação do imperativo
8ª de 11/06 a 15/06 AULA 8: PTE 4 – Correção (Red.3) / Produção de texto (crônica)
9ª de 18/06 a 22/06 AULA 9: Entendimento de texto 3 – Brasileiros cem- milhões
10ª de 25 /06 a 29/06 AULA 10: PTE 5 – Correção da Red. 4
11ª EXTRA AULA 11: Gramática 3 – Sintaxe
ENTENDIMENTO DE TEXTO
GRAMÁTICA
PRODUÇÃO DE TEXTO
Ensino Fundamental Nível II – PRODUÇÃO DE TEXTO
NOME: GABARITO NÚMERO:
___/___/2012 F-8_______
ATIVIDADE DE RECUPERAÇÃO CONTÍNUA / 2º PERÍODO / TEXTO 1
Os pequenos malabaristas (Walcyr Carrasco)
Paro no semáforo. Um garoto muito desajeitado entra na frente do carro. Começa a
agitar dois pedaços de madeira. Gira um, gira outro. Derruba no chão. Pega e volta a tentar o
malabarismo. Vem a luz verde. Ele corre na minha janela. Quando entrego uma cédula, uma
amiga, no banco do passageiro, reclama.
— Você não devia ter dado.
Na minha opinião, não se trata propriamente de esmola.
— Pelo menos, ele está tentando fazer alguma coisa para ganhar o dinheiro. Se
continuar insistindo, pode vir a ser até um bom malabarista.
De fato. Outro dia, assisti ao desempenho de outro menino, com três bolas, que jogava
para o ar e pegava, uma atrás da outra. Até gostei. Minha amiga explicou didaticamente.
— Existem máfias que exploram esses garotos. Se você der o dinheiro, está ajudando
os bandidos.
Já ouvi essa acusação muitas outras vezes. É possível, mais ainda, provável.
— Mas se eu não der o dinheiro, aí que não estou ajudando coisa nenhuma.
Houve uma época em que, mal parava no semáforo, alguém jogava um balde d’água no
meu vidro. Depois, limpava. Um serviço não pedido que, frequentemente, causava mau humor.
Serei franco. Não costumo andar com dinheiro. Moedas, boto em um vidro e depois troco todas
de uma vez. Por um motivo simples. As moedas pesam no bolso. Minha barriga há tempos está
pior do que a de Papai Noel. As calças escorregam até embaixo do umbigo. Costumo andar
pisando nas barras. Com o peso das moedas, uma ou duas vezes quase fiquei de cuecas na
rua.
Cada vez que alguém jogava água no meu vidro, eu me sentia na obrigação de avisar
que não tinha dinheiro. Recebia de volta um olhar de péssimo humor. Pior, de descrença.
Quem passa os dias numa esquina limpando vidros simplesmente não acredita em um
motorista que diz estar a nenhum!
Do ponto de vista humano, entretanto, sempre considerei mais correta a atitude de
querer fazer alguma coisa para merecer o auxílio. Noite dessas, por exemplo, parei em um
viaduto perto da AACD. Um deficiente físico já adulto bateu no meu vidro. Fiz um gesto para
indicar que estava sem nada. Ele começou a gritar comigo. Fugi. Os meninos malabaristas
sorriem, tentam fazer seu espetáculo. Confio que em breve os pequenos paulistanos também
estarão dando verdadeiros shows. Embora, eventualmente, possa haver um ou outro vidro
arrebentado após um show de bolas. Já vi, em outras ocasiões, palhaços maquiados, gente
fantasiada. De fato, dia desses me deparei com um engolidor de fogo. Fiquei bem apavorado
enquanto ele engolia chamas no meio da rua. Um errinho... e até eu poderia estar no meio da
fogueira! Enfim... no futuro um folheto turístico sobre a cidade poderá até fazer referência aos
números circenses exercidos nos semáforos.
Muitas pessoas que conheço compartilham a opinião de minha amiga! Não concordam
em pagar pelos shows de semáforos. O discurso é sempre o mesmo, e não posso negar que
tem sua lógica.
— Essas crianças não deveriam estar na esquina, mas estudando — explica um
conhecido.
Concordo. Mas também sou realista. A verdade, só quem sabe, são essas crianças.
Talvez o pouco que consigam seja essencial para a sobrevivência. Certamente praticar
malabarismo é uma alternativa bem melhor que assaltar. Mas não tenho certeza do que é certo
ou errado, nessa situação. Sou só um sujeito que anda olhando o mundo com perplexidade
cada vez maior. Fico confuso, às vezes não sei o que é certo ou errado, melhor ou pior. Tenho
vontade de ajudar, de pagar meu “ingresso” até pelos números malfeitos. Fico pensando: que
mundo é esse onde até um gesto de caridade é motivo de dúvida?
(PINTO, Manuel da Costa. Antologia de crônicas: crônica brasileira contemporânea. 1ª. edição, SP: Moderna, 2005.)
VOCABULÁRIO:
máfias: qualquer grupo ou organização que utilize métodos inescrupulosos e violentos em suas atividades. AACD: Associação de Assistência à Criança Deficiente perplexidade: falta de reação diante de alguma situação inesperada.
1) a) O narrador vive um impasse: se é correto ou não dar dinheiro aos meninos malabaristas. Em que lugar (espaço) isso acontece? EM UM SEMÁFORO, DENTRO DO CARRO.
b) Que situação do cotidiano o cronista utiliza para desenvolver sua crônica?
MENINOS DE RUA QUE FAZEM MALABARISMO NOS SEMÁFOROS EM TROCA DE
ALGUM DINHEIRO.
c) Na crônica lida, há momentos em que o narrador retoma o passado (flash-back). Para tal, ele utiliza palavras e expressões que marcam essa volta no tempo. Transcreva duas dessas expressões. “Outro dia”, “Noite dessas”, “dia desses”, “Houve uma época”.
2) Da mesma maneira que o narrador argumenta em defesa de sua atitude, a amiga também o faz. Que ela diz para justificar a crítica que fez ao narrador? “Existem máfias que exploram esses garotos. Se você der o dinheiro, está ajudando os
bandidos.”
3) O cronista tem sempre um olhar crítico e especial para os fatos que ocorrem no cotidiano. Com sua subjetividade, transforma-os em textos que, usualmente, levam o leitor a uma reflexão sobre a realidade. - Transcreva dois trechos do texto em que o narrador justifica sua atitude: dar o dinheiro ao
garoto do semáforo.
- “Pelo menos, ele está tentando fazer alguma coisa para ganhar o dinheiro. Se continuar
insistindo, pode vir a ser até um bom malabarista.”
- “ Mas se eu não der o dinheiro, aí que não estou ajudando coisa nenhuma.”
- “Do ponto de vista humano, entretanto, sempre considerei mais correta a atitude de
querer fazer alguma coisa para merecer o auxílio.”
4) Leia a frase: “Fico pensando: que mundo é esse onde até um gesto de caridade é motivo de dúvida?” a) Qual foi o gesto de caridade?
ENTREGAR DINHEIRO AO GAROTO QUANDO ELE TERMINOU SUA APRESENTAÇÃO.
b) Seguindo a lógica textual, que o cronista sugere ao utilizar a expressão “motivo de dúvida”? Assinale a alternativa mais adequada para responder à questão. ( ) Ele pretende levar o leitor à reflexão sobre o mundo atual e a vida dos meninos de rua. ( X ) Ele pretende levar o leitor à reflexão sobre a falta de sensibilidade das pessoas, que criticam aqueles que supostamente praticam uma boa ação. ( ) Ele pretende levar o leitor à reflexão sobre a importância dos shows dos meninos de rua nos grandes centros urbanos.
5) Leia a tira:
Assim como o cronista, os cartunistas lidam diretamente com fatos da realidade e objetivam a reflexão por parte do leitor. Que crítica foi feita através da fala de Pitomba no último quadrinho? (0,7) SUGESTÃO: HÁ UMA DENÚNCIA DA FALTA DE ESCOLARIDADE DESSES GAROTOS. O
HOMEM LHE DÁ DINHEIRO, MAS O MENOSPREZA TENTANDO OFENDÊ-LO.
ENTRETANTO NÃO ATINGE SEU OBJETIVO PORQUE NÃO DOMINA O VOCABULÁRIO,
POIS NÃO SABE O SIGNIFICADO DE “EXCLUÍDO”. É COMO SE O PRÓPRIO MENINO
NÃO TIVESSE CONSCIÊNCIA DE SEU LUGAR NA SOCIEDADE.
Ensino Fundamental Nível II – PRODUÇÃO DE TEXTO
NOME: GABARITO NÚMERO:
___/___/2012 F-8_______
ATIVIDADE DE RECUPERAÇÃO CONTÍNUA / 2º PERÍODO / PTE 1
Leia o início da crônica de Moacyr Scliar.
Como você observou, essa crônica tem conteúdo humorístico; desenvolva os outros
parágrafos e crie um desfecho inesperado, que produza humor.
Empregue a variedade padrão da língua, mas sem muito formalismo. Use diálogos e
continue narrando em 3ª pessoa, como ocorre no trecho inicial.
Ensino Fundamental Nível II – PRODUÇÃO DE TEXTO
NOME: GABARITO NÚMERO:
___/___/2012 F-8_______
ATIVIDADE DE RECUPERAÇÃO CONTÍNUA / 2º PERÍODO / GRAMÁTICA 1
1. Destaque o sujeito das orações e classifique-o:
a) Um bando de pássaros sobrevoava a cidade. SS
b) Foram à escola, pai e filho. SC
c) A madeira é usada na fabricação de utensílios domésticos, na construção de embarcações e
de casas. SS
d) Aquela gritaria deixava-me tonta. SS
e) Inconformados, os candidatos derrotados deixaram o país. SS
f) Olhávamos atentos as vitrinas. SD
g) No carnaval, colorem a calçada confetes e serpentinas. SC
h) Entregaram o cheque hoje pela manhã. SIND
i) Com saudades, saí à procura do amigo. SD
j) Anda-se muito em São Paulo. SIND
2. Analise sintaticamente as orações abaixo:
a) Depois do exercício, ele sempre come bem.
ELE = SUJEITO SIMPLES
DEPOIS DO EXERCÍCIO SEMPRE COME BEM = PV
DEPOIS DO EXERCÍCIO = A.ADV.TEMPO
BEM = A.ADV.MODO
SEMPRE = ADJ.ADV.TEMPO
COME = VI
b) Acredita-se em pessoas sensatas.
SUJ.IND.
ACREDITA-SE EM PESSOAS SENSATAS = PV
ACREDITA = NPV / VTI
EM PESSOAS SENSATAS = OI
PESSOAS = N.OI / SENSATAS = A.ADN.
c) Muitas vezes, dizem-me mentiras deslavadas.
SUJ.IND.
MUITAS VEZES, DIZEM-ME MENTIRAS DESLAVADAS = PV
MUITAS VEZES = A.ADV.TEMPO
DIZEM = NPV / VTDI
ME = OI
MENTIRAS DESLAVADAS = OD
MENTIRAS = NOD
DESLAVADAS = A.ADN
3. Analise morfossintaticamente as orações abaixo:
a) A noite ainda é uma criança.
A = ARTIGO
NOITE = SUBSTANTIVO
AINDA = ADV.TEMPO
É = VERBO
UMA = ARTIGO
CRIANÇA = SUBSTANTIVO
A NOITE = SS
A = A.ADN
NOITE = NS
AINDA É UMA CRIANÇA = PN
AINDA – A.ADV.TEMPO
É = VL
UMA CRIANÇA = PS
UMA = A.ADN
CRIANÇA = NPS / NPN
b) Meu pai não viu o buraco na rua.
MEU = PRONOME ADJETIVO POSSESSIVO
PAI = SUBSTANTIVO
NÃO = ADVÉRBIO DE NEGAÇÃO
VIU = VERBO
O = ARTIGO
BURACO = SUBSTANTIVO
NA RUA = LOCUÇÃO ADVERBIAL DE LUGAR
MEU PAI = SS
PAI = NS
MEU = A.ADN
NÃO VIU O BURACO NA RUA = PV
VIU = NPV / VTD
O BURACO = OD
O = A.ADN
BURACO = NOD
NÃO = A.ADV.NEGAÇÃO
NA RUA = A.ADV.LUGAR
c) Parecem muito preocupadas, nesta manhã, Helena e sua mãe.
PARECEM = VERBO
MUITO = ADVÉRBIO DE INTENSIDADE
PREOCUPADAS = ADJETIVO
NESTA MANHÃ = LOCUÇÃO ADVERBIAL DE TEMPO
HELENA = SUBSTANTIVO
E = CONJUNÇÃO
SUA = PRONOME ADJETIVO POSSESSIVO
MÃE = SUBSTANTIVO
HELENA E SUA MÃE = SC
HELENA / MÃE = NS
PARECEM MUITO PREOCUPADAS, NESTA MANHÃ = PN
PARECEM = VL
MUITO PREOCUPADAS = PS
MUITO = A.ADV.INTENSIDADE
PREOCUPADAS = NPN
NESTA MANHÃ = A.ADV.TEMPO
d) Nunca emprestamos aqueles materiais a elas.
NUNCA = ADVÉRBIO DE TEMPO
EMPRESTAMOS = VERBO
AQUELES = PRONOME ADJETIVO DEMONSTRATIVO
MATERIAIS = SUBSTANTIVO
A = PREPOSIÇÃO
ELAS = PRONOME SUBSTANTIVO RETO
SD
NUNCA EMPRESTAMOS AQUELES MATERIAIS A ELAS = PV
EMPRESTAMOS = NPV / VTDI
AQUELES MATERIAIS = OD
AQUELES = A.ADN.
MATERIAIS = NOD
A ELAS = OI
ELAS = NOI
NUNCA = A.ADV.TEMPO
e) Viram dois lápis de cor por aí?
VIRAM = VERBO
DOIS = NUMERAL
LÁPIS = SUBSTANTIVO
DE COR = LOCUÇÃO ADJETIVA
POR AÍ = LOCUÇÃO ADV.LUGAR
S.IND
VIRAM DOIS LÁPIS DE COR POR AÍ = PV
VIRAM = NPV / VTD
LÁPIS DE COR = OD
LÁPIS = NOD
DE COR = A.ADN.
POR AÍ = A.ADV.LUGAR
4. a) Na língua portuguesa, há duas formas de se indeterminar o sujeito. Quais são elas?
R: VERBO NA 3ª PESSOA DO PLURAL, SEM NADA MENCIONADO ANTES OU DEPOIS
VERBO (TI, I, L) NA 3ª PESSOA DO SINGULAR + SE (ÍNDICE DE IND. DO SUJEITO)
b) Indetermine o sujeito das frases abaixo, utilizando ambas as formas:
Nós fugimos da triste realidade.
R: FUGIRAM DA TRISTE REALIDADE / FUGIU-SE DA TRISTE REALIDADE
5. Complete as frases a seguir, empregando, no presente do indicativo, os verbos entre
parênteses:
a. CHOVE todas as noites, nesta época do ano.
b. FAZ anos que tentamos recuperar a fazenda.
c. Tia Elvira colocou HÁ horas o latãozinho e o café na jardineira.
d. Elas devem estar chegando, para experimentar o vestido. Já SÃO duas horas da tarde.
e. CHOVEM palavrões em finais de campeonato.
6. Dê a função sintática dos termos destacados sem abreviá-la:
a. “(Olha para Lucília durante um instante, contrai o rosto e abaixa a cabeça)”
para Lucília OI
durante um instante A. A. DE TEMPO
contrai o rosto PV
abaixa VTD
b. Prometo isso a você.
Prometo VTD/I Isso OD a você OI
c. Minha esperança é a nulidade do processo.
é a nulidade do processo PN é VL a nulidade do processo OS
Ensino Fundamental Nível II – PRODUÇÃO DE TEXTO
NOME: GABARITO NÚMERO:
___/___/2012 F-8_______
ATIVIDADE DE RECUPERAÇÃO CONTÍNUA / 2º PERÍODO / PTE 2
Escreva uma crônica a partir de um dos fatos colhidos no noticiário jornalístico.
A)
B)
Ensino Fundamental Nível II – PRODUÇÃO DE TEXTO
NOME: GABARITO NÚMERO:
___/___/2012 F-8_______
ATIVIDADE DE RECUPERAÇÃO CONTÍNUA / 2º PERÍODO / TEXTO 2
ANTENA LIGADA Troquei meu televisor em branco-e-preto por um televisor em cores com controle
remoto, para facilitar a vida de meus filhos, que, agora, sabe como é, época de provas, estão
se virando mais que pião na roda. Imaginem que um outro dia um professor teve a coragem de
mandar meu filho gavião-da-fiel fazer um trabalho sobre o Sócrates.
Fiquei uma arara.
Em todo caso, apanhei a revista Placar e recomendei que o garoto consultasse os
arquivos esportivos da Folha e do Jornal da tarde. Não é por ser meu filho, mas o guri
caprichou do primeiro ao quinto.
Tirou zero.
Puxa, assim também é demais. Resolvi levar um papo com o professor, ver se não era
perseguição. O professor foi muito gentil, porém ninguém me tira da cabeça que ele é
palmeirense disfarçado de são-paulino. Garantiu-me que havia ocorrido um equívoco. O
Sócrates que ele queria é um craque da redonda que tomou cicuta. Essa é boa. Por que não
avisou antes? Como é que vou adivinhar que o homem jogava dopado?
Me manquei, mas o professor percebeu meu azedume. Disse que ia dar uma nova
oportunidade. Falou, eu disse.
Preveni meu garoto que ficasse de orelha em pé, lá vinha chumbo. Dito e feito. O
professor, deixando cair a máscara alviverde, deu uma de periquito campineiro e pediu um
trabalho completo sobre o Guarani.
Deixa que eu chuto, falei a meu filho. Pode contar comigo na regra três. Eu mesmo
cuido da pesquisa.
Peguei a escalação completa do Guarani, botei o Neneca no gol, fiz a maior apologia do
time da terra das andorinhas. Pra me cobrir e não deixar nenhum flanco desguarnecido,
telefonei pro meu amigo Antônio Contente, que transa em assuntos culturais e conexos (como
a imprensa) e pedi por favor que me mandasse uma camisa oito autografada. Diretamente de
Campinas e pelo malote.
Não é pra falar, mas o trabalho escolar ficou um luxo.
Sem falsa modéstia, estava esperando pro meu filho no mínimo aprovação cum laudes e
placa de prata, para não dizer medalha de honra ao mérito.
Pois deu zebra.
Começo a desconfiar que o tal professor me armou uma arapuca e entrei fácil, como um
otário. O homem deve ser primo do Dicá. Sabem o que o mestre fez? Hem? Querem saber?
Deu outro zero pro meu filho. O pior é que não devolveu a camisa oito autografada.
Essa não deixei barato. Fui de peito aberto, às falas.
— Ilustre – eu disse –, com o perdão da palavra, mas que diabo de safadeza vossa
senhoria anda arrumando pro meu garoto gavião-da-fiel? Então eu perco tempo, consulto a
história gloriosa da equipe campineira, faço a maior zorra com o time do Brinco da Princesa e o
garoto ganha então cartão-vermelho?
Que grande cínico. O homem me olhou com aqueles olhos de olheiras – acho que tem
almoçado e jantado mal, sei lá, dizem que o professor padece um bocado –, coçou a cabeça,
murmurou:
— Foi o senhor quem fez a lição?
Fiquei meio sem jeito:
— Bem, fazer não fiz. Dei uma orientação didática. Pai é pra essas coisas...
Ele não se comoveu. Ao contrário, foi até rude:
— Se aceita um conselho, pare de dar palpite na lição de casa de seu filho. O senhor
não conhece nada do Guarani.
Falar isso na minha cara! Tive de aguentar calado. Nunca soube que no diacho do time
campineiro figurasse a dupla de área chamada Peri e Ceci. E com essa constante mudança de
técnicos, como podia sacar que o técnico atual é o José de Alencar?
— Tá bem – eu disse –, não vamos brigar por tão pouco. O professor pode dar outra
colher de chá ao menino?
Deu. O professor quer agora os capítulos completos de um romance, por coincidência
com o mesmo nome do time de Campinas: O Guarani. É qualquer coisa com índio sioux que
de repente se vê obrigado a salvar uma mulher biônica das águas da enchente. Deve ser
telenovela em cores. Mas só para complicar a vida do meu filho, o professor não revelou o
horário. Porém desta vez ele não me ferra. Pela dica do enredo que deixou escapar, deve ser
mais uma dessas sucessões de cenas de violência que a gente é obrigado a engolir todas as
noites na televisão. Estou de antena ligadona, meu chapa.
Lourenço Diaféria
Vocabulário
Sócrates: filósofo que viveu entre 469-399 a.C. Foi acusado de corromper jovens e adorar falsos
deuses, sendo obrigado a tomar cicuta.
Cicuta: veneno O Guarani: romance de José de Alencar (escritor brasileiro)
Apologia: elogio, louvor, defesa Cum laudes: com louvor Arapuca: armadilha
Peri e Ceci: personagens do romance O Guarani, de José de Alencar
1- Em relação ao texto, responda: a) Quem é o narrador? O PAI DO ALUNO. É UM NARRADOR-PERSONAGEM. b) Que problema o narrador aborda? ELE CONTA SOBRE UM EPISÓDIO QUE ACONTECEU ENTRE ELE, SEU FILHO E O PROFESSOR DE SEU FILHO. c) Por que, na verdade, ocorreu o problema? PORQUE O PAI, QUERIA AJUDAR OU MESMO FAZER O TRABALHO PELO FILHO, MAS NÃO ENTENDIA O QUE O PROFESSOR PEDIA. 2- Na história, o pai parece estar muito concentrado em um só assunto: futebol. a) Comprove a afirmação, transcrevendo cinco palavras ligadas a esse assunto. ESCALAÇÃO, CARTÃO VERMELHO, CRAQUE DA REDONDA, CHUTO, GAVIÃO DA FIEL... b) Qual a consequência de o pai estar muito concentrado apenas nesse assunto? O FILHO NUNCA LEVAVA CORRETAMENTE O TRABALHO QUE O PROF. SOLICITAVA. c) Que conselho o professor dá ao pai? DISSE-LHE PARA NÃO DAR PALPITE NA LIÇÃO DE CASA DO FILHO. 3- O comportamento do pai mostra que ele é uma pessoa alienada. Concorde ou discorde dessa afirmação, justificando seu ponto de vista. PESSOAL. 4- A- O humor do texto é construído a partir: ( X ) do desencontro entre o que o professor diz e o que o pai do menino interpreta. ( ) da perfeita interpretação que o pai faz do pedido do professor. B- Assinale a alternativa que justifica a possível intenção do cronista ao produzir seu texto. ( ) Através do humor, ele pretende levar o leitor à reflexão sobre a importância de se conhecer os times de seu país. (X ) Através do humor, ele pretende levar o leitor à reflexão sobre a importância de se procurar ampliar sempre os horizontes culturais. 5- Fora da ficção, que consequência(s) uma atitude como a do pai do menino traria à vida das pessoas que se comportam da mesma forma? PESSOAL. ESPERA-SE QUE O ALUNO PERCEBA A IMPORTÂNCIA DA CONSTANTE ATUALIZAÇÃO DAS PESSOAS ATRAVÉS DAS LEITURAS, TELEJORNAIS, RÁDIOS, ...
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ATIVIDADE DE RECUPERAÇÃO CONTÍNUA / 2º PERÍODO / PTE 3
Leia o início de três histórias diferentes. Em todos eles, existe uma situação geradora de
humor. Escolha um e dê continuidade à narração, cirando uma crônica de humor. Cuide para
que haja indicação do lugar onde ocorrem os fatos. Procure ir além dos fatos, narrando-os com
sensibilidade e humor. Para dar mais dinamismo à narrativa, utilize o discurso direto. Escreva
de forma simples e direta e guarde para o final uma surpresa que faça o leitor achar graça.
A)
Um homem foi procurar uma vidente. Ela leu a sua mão, em silêncio. Depois espalhou as cartas na sua frente e as examinou longamente. Finalmente olhou a bola de cristal. E concluiu: — Você vai morrer num lugar com água.
Luís Fernando Veríssimo. “Suspiros”. In: Comédias da vida privada)
B)
A jovem senhora estava colocando as suas meias fumê, vestindo-se para ir a um jantar, quando ouviu um barulho na sala. Distraída, assim mesmo como se encontrava, nos trajos mais íntimos, foi até lá ver o que era. Foi aí que deu com o homem sentado no sofá. Ela arregalou os olhos de espanto, ficou embatucada, olhando para o homem, mas este nem ao menos se preocupou com o seu susto. Continuou sentado no sofá. Ela — logo que teve forças — correu para o quarto, trancou a porta e telefonou para a miga.
(Stanislaw Ponte Preta. “Madama e o freguês”. In: Sérgio Porto)
C)
Morando sozinha e indo à cidade em um dia de festa, uma senhora de Ipanema teve a sua bolsa roubada, com todas as suas joias dentro. No dia seguinte, desesperada de qualquer eficiência policial, recebeu um telefonema: — É a senhora de quem roubaram a bolsa ontem? — sim. — Aqui é o ladrão, minha senhora.
(Paulo Mendes Campos. “Os bons ladrões”. In: Para gostar de ler)
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NOME: GABARITO NÚMERO:
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ATIVIDADE DE RECUPERAÇÃO CONTÍNUA / 2º PERÍODO / GRAMÁTICA 2
I. Destaque e indique o modo de cada forma verbal: indicativo, subjuntivo, imperativo.
a) Essa minha história, tu a conheces bem. INDICATIVO
b) Mesmo que cheguemos cedo, não iremos ao cinema. SUBJUNTIVO / INDICATIVO
c) Anda depressa, senão chegarás atrasado. IMPERATIVO / INDICATIVO
d) Deixe de se lamentar e lute por seus direitos. IMPERATIVO / IMPERATIVO
II. Complete com a forma verbal imperativa adequada:
a) Não COMPRE o desnecessário para sua vida. (comprar)
b) ESTUDAI enquanto vosso tempo ocioso. (estudar)
c) SAIAMOS logo, antes que nos impeçam mais tarde. (sair)
III. Passe as formas verbais para o imperativo afirmativo ou negativo, conforme o caso:
a) Não bata a porta quando sair. BATA A PORTA QUANDO SAIR.
b) Entra logo, que está chovendo. NÃO ENTRES LOGO, QUE ESTÁ CHOVENDO.
IV. Informe se o imperativo expressa ordem, conselho ou solicitação:
a) Traga-me, por favor, um copo d’água. SOLICITAÇÃO
b) Aproveite os dias de frio para esquentar-se com um bom chocolate quente. CONSELHO
c) Levante-se, rapaz, e vá estudar. ORDEM
V. Na linguagem coloquial, é muito comum empregarmos, no imperativo afirmativo e no
imperativo negativo, a 2ª pessoa no lugar da 3ª e vice-versa. Isso se deve ao fato de muitos
falantes da língua portuguesa, no Brasil, usarem, no lugar de tu e vós , os pronomes de
tratamento você e vocês, que exigem concordância em 3ª pessoa. Os quadrinhos abaixo
revelam essa falta de uniformidade no emprego do imperativo: ora as personagens empregam a
2ª pessoa, ora a 3ª.
a) Identifique, nos quadrinhos, as cinco formas verbais que estão no imperativo afirmativo e
uma, no imperativo negativo.
Imperativo afirmativo: FIQUE, LEVANTA, SE AGARRE, ESQUECE
Imperativo negativo: NÃO ME LARGUE
b) A seguir, fazendo as adaptações necessárias, reescreva as falas dos balões, uniformizando o
tratamento:
na 2ª pessoa do singular; FICA (TEU) / LEVANTA / TE AGARRA / NÃO ME LARGUES /
SEGURA
na 3ª pessoa do singular. FIQUE (SEU) / LEVANTE / SE AGARRE / NÃO ME LARGUE /
SEGURE
VI. As frases abaixo suavizam a ordem nelas contida, tornando-a mais leve. Passe-as para o
imperativo afirmativo e, depois, para o imperativo negativo, mantendo a pessoa do verbo (2ª ou
3ª) e fazendo as adaptações necessárias.
a) Você me traria um copo de água? TRAGA-ME ... NÃO ME TRAGA
b) Tu me darias licença? DÁ-ME LICENÇA. / NÃO ME DÊS...
c) Tu me dirias que horas são? DIZ(E)-ME AS HORAS. / NÃO ME DIGAS...
d) Você serviria o jantar agora? SIRVA... NÃO SIRVA...
e) Você não quer contar esta história para seus filhos. CONTE... / NÃO CONTE...
f) Tu escreves muitas cartas. ESCREVE... / NÃO ESCREVAS...
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ATIVIDADE DE RECUPERAÇÃO CONTÍNUA / 2º PERÍODO / PTE 4
Utilize uma destas sugestões para servir como base para sua crônica:
um assaltante que rouba um carro e o devolve ao dono;
uma jovem que apresenta o primeiro namorado ao pai;
o diálogo de um pai com o filho adolescente;
a avó moderna e o neto muito certinho.
Avalie sua crônica:
observe se a estrutura do texto apresenta todos os elementos da narrativa;
veja a linguagem, o tipo de narrador e o uso do discurso direto;
confira se os diálogos e todo o texto foi pontuado corretamente;
verifique o desfecho inesperado.
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ATIVIDADE DE RECUPERAÇÃO CONTÍNUA / 2º PERÍODO / TEXTO 3
Brasileiro cem-milhões Telefonei para a maternidade indagando se havia nascido o bebê nº 100.000.000, e não
souberam informar-me:
— De zero hora até este momento nasceram oito, mas nenhum foi etiquetado com esse
número.
É uma falha do nosso registro civil: as crianças não recebem número ao nascer. Dão-
lhes apenas um nome, às vezes surrealista, que as acompanhará por toda a vida como
pesadelo, quando a numeração pura e simples viria garantir identidade insofismável, poupando
ainda o vexame de carregar certos antropônimos. Centenas de milhares nascem João ou José,
mas o homem ou mulher 25.786.439 seria uma única pessoa viva, muito mais fácil de
cadastrar no fichário do Imposto de Renda e nos 10 mil outros fichários com que é policiada a
nossa existência.
Passei por baixo do viaduto, onde costumam nascer filhos do vento, e reinava uma paz
de latas enferrujadas e grama sem problemas. Ninguém nascera ali depois da meia-noite. O
dia 21 de agosto, marcado para o advento do brasileiro cem-milhões, transcorria sem que sinal
algum, na terra ou no ar, registrasse o acontecimento.
Costumo acreditar nos bancos, principalmente nos oficiais, e se o Banco Nacional da
Habitação, através do Serfhau, garantiu que nessa segunda-feira o Brasil atingiria a cifra
redonda de 100 milhões de habitantes, é porque uma parturiente adrede orientada estaria de
plantão para perfazer esse número.
Verdade seja que o IBGE, pelo Centro Brasileiro de Estudos Demográficos, julgou
prematura a declaração, e só para o trimestre de outubro/dezembro nos promete o brasileiro
em questão. Não ponho em dúvida sua autoridade técnica, mas um banco é um banco, ainda
mais se agência governamental, e a esta hora deve ter recolhido nosso centésimo milionésimo
compatrício em beco especial da casa própria, botando-lhe à cabeceira um cofre de caderneta
de poupança.
É que me custa admitir o nascimento desse garoto, ou garota, sem o amparo de nossas
leis sociais, condenado a ser menos que número — uma dessas crianças mendicantes, que
não conhecerão as almofadas de felicidade. Não queria que a televisão lhe desse um carnê e
uma viagem à Grécia, nem era preciso que Manchete lhe dedicasse 10 páginas coloridas, sob
o patrocínio do melhor leite em pó. Mas gostaria que viesse ao mundo com um mínimo de
garantia contra as compulsões da miséria e da injustiça, e de algum modo representasse
situação idêntica de milhões de outras crianças que recebessem — estou pedindo muito? —
não somente o dom da vida, mas oportunidades de vivê-la.
Seria vaidade irrisória proclamar-se ele o 100.000.000º brasileiro, membro eufórico da
geração dos 100 milhões, e saber-se apenas mais um marginalizado, que só por artifício de
média ganha sua fatia no bolo do Produto Nacional Bruto.
Não o desejo herói de monumento nem mártir anônimo. Prefiro vê-lo como um ser capaz
de fazer alguma coisa de normal numa sociedade razoavelmente suportável, em que a vida
não seja obrigação estúpida, sem pausa para fruir a graça das coisas naturais e o que lhes
acrescentou a imaginação humana.
Olho para esse brasileiro cem-milhões, nascido ontem ou por nascer daqui a algumas
semanas, como se ele fosse meu neto... bisneto, talvez. Pois quando me dei conta de mim,
isso aí era um país de 20 milhões de pessoas, diluídas num território quase só mistério, que
aos poucos se foi desbravando, mantendo ainda bolsões de sombra. Vi crescer a terra e
lutarem os homens, entre desajustes e sofrimentos. Os maiorais que dirigiam o processo lá se
foram todos. Vieram outros e outros, e encontro nesta geração o novo rosto da vida, que se
interroga. Há muita ingenuidade, também muita coragem, e os problemas se multiplicaram com
o crescimento desordenado. Somos mais ricos,... e também mais pobres.
Meu querido e desconhecido irmão nº 100.000.000, onde quer que estejas nascendo,
fica de olho no futuro, presta atenção nas coisas pra que não façam de ti subproduto de
consumo, e boa viagem pelo século XXI adentro.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Brasileiro cem-milhões. In: De notícias e não notícias faz-se a crônica.
VOCABULÁRIO adrede: previamente. surrealista: absurdo. adrede: previamente. perfazer: tornar completo. compulsões: imposições fruir: aproveitar, desfrutar. insofismável: indiscutível PIB: Produto Nacional Bruto. irrisória: ridícula, insignificante. advento: aparecimento, chegada. antropônimo: nome próprio de pessoa. diluído: que se tornou pouco perceptível. IBGE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. mendicante: aquele que mendiga, que pede esmola. parturiente: aquela que está em trabalho de parto. Serfhau: Serviço Federal de Habitação e Urbanismo desbravar: explorar a agregar territórios desconhecidos. compatrício: quem nasceu na mesma terra; conterrâneo. etiquetado: que recebeu etiqueta (de identificação, no caso).
prematuro: que chega antes do tempo normal, precipitado. Manchete: revista brasileira em circulação, na época em que foi escrito o texto. mártir: pessoa que sofre castigos físicos ou condenação à morte por suas crenças ou opiniões.
1. Do que trata o texto Brasileiro cem-milhões? Assinale a alternativa correta. ( ) O texto trata apenas da previsão de nascimento do brasileiro cem-milhões. ( ) O texto pretende mostrar as dificuldades enfrentadas por todos os cem milhões de brasileiros. ( X ) O texto trata das possíveis dificuldades que o brasileiro cem-milhões enfrentará. ( ) O texto dá sugestões de nome para o brasileiro cem-milhões. 2. Leia e compare os dois trechos a seguir:
I. “Telefonei para a maternidade indagando se havia nascido o bebê nº 100.000.000, e não souberam informar-me...”
II. “É uma falha do nosso registro civil: as crianças não recebem número ao nascer.” Para cada afirmação dada a seguir, indique se ela se refere ao trecho I ou ao trecho II. ( I ) Expressa uma ação do narrador.
( II ) Expressa uma crítica do narrador a um procedimento habitual.
( II ) Os verbos estão no presente, expressando um procedimento habitual.
( I ) As ações envolvem participantes e espaço bem definidos.
( I ) As ações se sucedem no tempo.
( I ) É narrativo.
( II ) É de opinião.
3. Releia essa afirmação do cronista em relação à aparente confiança na previsão do banco: “[...] se o Banco [...] garantiu que nessa segunda-feira o Brasil atingiria a cifra redonda de 100 milhões de habitantes, é porque uma parturiente adrede orientada estaria de plantão para perfazer esse número.” Sabe-se que o número de crianças que nascem por minuto no Brasil é muito grande. Responda: mesmo que houvesse uma parturiente “de plantão”, seria possível determinar quem seria a criança cem-milhões? R: Não seria possível afirmar quem seria criança 100 milhões, pois outras crianças poderiam estar nascendo ao mesmo tempo, nas diferentes partes do imenso território brasileiro. 4. É difícil para o narrador admitir que o brasileiro cem-milhões possa estar “condenado a ser menos que número”. a. Explique que ele quis dizer com “ser menos que número”. R. A expressão “menos que número” significa que a pessoa não terá amparo algum do governo ou de algum órgão. b. Que o narrador gostaria que a criança cem-milhões, ao nascer, e milhões de outras tivessem para não ser “menos que número”? Responda utilizando trecho(s) do texto. R: O narrador gostaria que as crianças tivessem “um mínimo de garantia contras as compulsões da miséria e da injustiça”, que tivessem “não somente o dom da vida, mas oportunidade de vivê-la”. 5. O narrador não espera que o brasileiro cem-milhões seja um “herói de monumento”, nem que seja um “mártir anônimo”. Que destino ele solicita para esse brasileiro? R: O cronista quer que ele tenha condições de viver com dignidade ou uma vida comum.
Ensino Fundamental Nível II – PRODUÇÃO DE TEXTO
NOME: GABARITO NÚMERO:
___/___/2012 F-8_______
ATIVIDADE DE RECUPERAÇÃO CONTÍNUA / 2º PERÍODO / GRAMÁTICA 3
Os pássaros fizeram seus ninhos no telhado da casa.
SUJ. SIMPLES = OS PÁSSAROS / NÚCLEO = PÁSSAROS / OS = ADJ. ADN.
PV = FIZERAM SEUS NINHOS NO TELHADO DA CASA
VTD = FIZERAM (NPV) / OD = SEUS NINHOS / NINHOS = NÚCLEO / SEUS = ADJ. ADN.
ADJ. ADV. DE LUGAR = NO TELHADO DA CASA / NÚCLEO = TELHADO / O, DA CASA =
ADJ. ADN.
Os trabalhadores rurais e as pessoas idosas almoçam cedo.
SC = OS TRABALHADORES RURAIS E AS PESSOAS IDOSAS / NÚCLEO =
TRABALHADORES, PESSOAS / OS, RURAIS, AS IDOSAS = ADJ. ADN.
PV = ALMOÇAM CEDO / ALMOÇAM = VI / CEDO = ADJ. ADV. DE TEMPO
Os fãs prestaram homenagem ao ídolo do rock.
SS = OS FÃS / NÚCLEO = FÃS / OS = ADJ.ADN.
PV = PRESTARAAM HOMENAGEM AO ÍDOLO DO ROCK / VTDI = PRESTARAM / OD =
HOMENAGEM / OI = AO ÍDOLO DO ROCK / NÚCLEO = ÍDOLO / ADJ. ADN. = O, DO ROCK
O calor permaneceu intenso depois da chuva.
SS = O CALOR / NÚCLEO = CALOR / O = ADJ. ADN.
PN = PERMANECEU INTENSO DEPOIS DA CHUVA / VL = PERMANECEU / INTENSO = PS
E NÚCLEO DO PN / ADJ. ADV. DE TEMPO = DEPOIS DA CHUVA
A pequena cidade parecia desabitada à noite.
SS = A PEQUENA CIDADE / NÚCLEO = CIDADE / ADJ. ADN. = A PEQUENA
PN = PARECIA DESABITADA À NOITE / VL = PARECIA / DESABITADA = OS E NÚCLEO
DO PN / ADJ. ADV. DE TEMPO = À NOITE
As maritacas destroem os fios elétricos.
SS = AS MARITACAS / NÚCLEO = MARITACAS / AS = ADJ. ADN.
PV = DESTROEM OS FIOS ELÉTRICOS / VTD = DESTROEM / OD = OS FIOS ELÉTRICOS /
NÚCLEO = FIOS / ADJ. ADN. = OS ELÉTRICOS.
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