ABASTECIMENTO DE ÁGUA DE POPULAÇÕES DIFUSAS : O DESAFIO DO CARRO PIPA
MESA REDONDA Nº 0217 novembro 2010
15:00 às 16:30
PALESTRANTE: Francisco OSNY Enéas da SilvaProfessor Titular – Universidade de FortalezaDoutorando em Recursos Hídricos pelo Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental da Universidade Federal do CearáPesquisador-membro do Grupo de Gerenciamento de Risco Climático e Sustentabilidade Hídrica da Universidade Federal do Ceará (Coordenação: Prof.Dr. Francisco de Assis de Souza Filho)
Sustentabilidade e Segurança Hídrica: Projetar Sistemas Resilientes sob
Estresse Climático
Infraestrutura de Suprimento de Água para Populações Humanas
PALESTRA BASEADA NO PROJETO ORIGINAL:
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TÓPICOS
• OPERAÇÃO CARRO PIPA: VISÃO GERAL DO PROBLEMA• A EXPERIÊNCIA DO GGRC/UFC/CWC NO SERTÃO CENTRAL DO CEARÁ• AS QUESTÕES CHAVES PARA SOLUÇÃO DO PROBLEMA1ª: Universalização do acesso à água 2ª: Sustentabilidade hídrica
• A QUESTÃO DO MODELO DE GERENCIAMENTO DOS SISTEMAS• A QUESTÃO DO “UPSCALING” DO MODELO
Plano de Águas Municipal ‐ PAM
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TÓPICOS
• OPERAÇÃO CARRO PIPA: VISÃO GERAL DO PROBLEMA• A EXPERIÊNCIA DO GGRC/UFC/CWC NO SERTÃO CENTRAL DO CEARÁ• AS QUESTÕES CHAVES PARA SOLUÇÃO DO PROBLEMA1ª: Universalização do acesso à água 2ª: Sustentabilidade hídrica
• A QUESTÃO DO MODELO DE GERENCIAMENTO DOS SISTEMAS• A QUESTÃO DO “UPSCALING” DO MODELO
Plano de Águas Municipal ‐ PAM
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TÓPICOS
• OPERAÇÃO CARRO PIPA: REPETIÇÃO ANUNCIADA
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TÓPICOS
• OPERAÇÃO CARRO PIPA: REPETIÇÃO ANUNCIADA
Em Saboeiro, 60 comunidades estão sem água para beber (O Povo 07/11/2010)
Sem cisternas de placa, Sra. Maria Natércia Pereira caminha diariamente 2 Km para buscar água, distrito de Flamengo, Saboeiro, sertão dos Inhamuns: “ Na minha casa não tem cisterna e a gente tem de encher os tambores”.
Relação dos 79 municípios em Estado de Emergência (O Povo, 07/11/2010)
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TÓPICOS
• O DEPOIMENTO DOS PIPEIROS – PARADAS MIL /QUIXERAMOBIM‐CE
Caminhão Pipa Ford 1989 HVS 5448: Roteiro 02 – QuixeramobimComunidades: Morada Nova ;Maloca;Oiticica;Carnaúba;Serra d’Água;Assentamento Pau d’ArcoDepoimento tomado em 27/01/2009 a Pedro Daniel de Lima.
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TÓPICOS
• O DEPOIMENTO DOS PIPEIROS – PARADAS MIL /QUIXERAMOBIM‐CE
• “ Só coloca água nos pontos credenciados...”• “Cada família tem direito a 100 litros d’água por dia que dá 20 litros por pessoa por dia...”• “ Há 3 anos trabalho direto só no município...”• “Trabalho de 3 a 4 meses por ano...”• “ Ganho R$ 7.300,00 por mês com tudo por conta:combustível, refeição, pneu...dá para livrar líquido uns R$ 2.000,00 por mês...hoje estou desempregado”• “ O Manin Mota é quem dá as cartas...”• “ Água particular custa R$ 25,00 para 10 Km e R$ 90,00 para 50 Km, a carrada de 7m³...”• “ O SAEE cobra R$ 4,50 por carrada para água particular...”• “ O poço profundo de Bonito dá vazão de 2000 litros mas quando dessaliniza só dá 200 litros...só abastece 10 pessoas por dia..”
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TÓPICOS
• RELATÓRIO DE CAMPO (Daniele Costa, Socióloga, Pesquisadora do GGRC, janeiro/2009)
“Segundo ele, os motoristas honestos não encontram espaço de trabalho, pois há no município políticos e mesmo uma rede de corrupção entre donos de caminhões, funcionários do Exército, representantes de comunidades que definem quem de fato pode trabalhar, de onde a água pode ser retirada e quais comunidades abastecidas.
Alguns carros são dotados de bombas de sucção que os possibilita retirar água de qualquer lugar, sem precisar recorrer aos mananciais ou postos cuja qualidade da água é controlada. Esse é um grave problema, haja vista ser o carro pipa em muitas localidades a única fonte de água potável. O Exército estabelece rotas de acordo com a demanda das comunidades e os chamados “pipeiros” abastecem as comunidades deixando água nas cisternas credenciadas. Contudo, com a trama de relações e interesses privados, o abastecimento das comunidades fica em plano secundário e a busca de reduzir custos e atender a pessoas influentes se coloca como algo mais importante. Além disso, há concentração de rotas. Um único proprietário de caminhão concentra 3 rotas.”
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TÓPICOS
• RELATÓRIO DO EXÉRCITO BRASILEIRO (OPERAÇÃO PIPA 2007/2008)
Informações fornecidas pela 10ª RM: Gal. Div. Vitor Carulla Filho / Cel Luís José Silveira Benício/ Ten. Cel Evandro Belém Gondim Júnior /Major Ferro
ÁREA DO SERTÃO CENTRAL: QUIXERAMOBIM; SENADOR POMPEU; SOLONÓPOLE;DEPUTADO IRAPUAN PINHEIRO; MILHÃ
ESTATÍSTICA REGIONAL – RELATÓRIO DO EXÉRCITO BRASILEIRO
QUIXERAMOBIM SENADOR POMPEU
SOLONÓPOLE DEPUTADO IRAPUAN
MILHÃ
Nº COMUNIDADES RURAIS COM POPULAÇÃO CONCENTRADA ATENDIDA CARRO PIPA
108 59 90 26 75
Nº COMUNIDADES COM POPULAÇÃO RURAL DIFUSA ATENDIDA CARRO PIPA
11 06 03 02 03
Nº MÉDIO DE FAMÍLIAS ATENDIDA POR CARRO PIPA
275
FONTE DE SUPRIMENTO SAEE’s (SEDE, SÃO MIGUEL,
NENELÂNDIA,
AÇ. PATUAÇ. POÇO GRANDE
SAEE SEDE SAEE BETÂNIA
AÇ. LAGOINHA
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TÓPICOS
• RELATÓRIO DO EXÉRCITO BRASILEIRO (OPERAÇÃO PIPA 2007/2008)ESTATÍSTICA REGIONAL – RELATÓRIO DO EXÉRCITO BRASILEIRO
QUIXERAMOBIM SENADOR POMPEU
SOLONÓPOLE DEPUTADO IRAPUAN
MILHÃ
Nº VEÍCULOS MOBILIZADOS POR MUNIC. 11 06 03 02 03
DISTÂNCIA MÉDIA PERCORRIDA POR VEÍCULO POR ROTA
1921 KM/ROTA
DISTÂNCIA MÁXIMA PERCORRIDA POR VEÍCULO POR ROTA
2200 KM/ROTA
DISTÂNCIA MÍNIMA PERCORRIDA POR VEÍCULO POR ROTA
1318 KM/ROTA
CUSTO DO MOMENTO MÉDIO DE TRANSPORTE DE ÁGUA POR VEÍCULO
R$ 0,39/KM
CUSTO DO MOMENTO MÁXIMO DE TRANSPORTE DE ÁGUA POR VEÍCULO
R$ 0,46/KM
CUSTO MÉDIO DE ABASTECIMENTO POR FAMÍLIA
R$ 24,00/MÊS
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TÓPICOS
• RELATÓRIO DO EXÉRCITO BRASILEIRO (OPERAÇÃO PIPA 2007/2008)
ESTATÍSTICA REGIONAL – RELATÓRIO DO EXÉRCITO BRASILEIRO
QUIXERAMOBIM SENADOR POMPEU
SOLONÓPOLE DEPUTADO IRAPUAN
MILHÃ
CUSTO MÉDIO POR QUILÔMETRO DE ROTA R$ 3,18
CUSTO MÉDIO POR VEÍCULO R$ 6.077,37/MÊS
CUSTO MÉDIO POR ROTA (R$/MÊS) 7.763,90 7.721,26 8.462,52 7.863,39 6.859,39
CUSTO TOTAL POR MUNICÍPIO (R$/MÊS) 66.721,86 36.923,15 16.708,32 15.725,98 15.855,00
MAIOR CUSTO DE ATENDIMENTO RURAL CONCENTRADO NO MUNICÍPIO (R$/MÊS)
7.302,96 6.212,45 5.698,08 9.514,80 5.910,18
MENOR CUSTO DE ATENDIMENTO RURAL CONCENTRADO NO MUNICÍPIO (R$/MÊS)
6.217,38 6.146,82 5.513,04 6.211,98 4.993,90
MAIOR CUSTO DE ATENDIMENTO RURAL DIFUSO NO MUNICÍPIO (R$/MÊS)
5.625,80 6.212,45 5.497,20 N/D 6.146,82
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TÓPICOS
• RELATÓRIO DO EXÉRCITO BRASILEIRO (OPERAÇÃO PIPA 2007/2008)
ESTATÍSTICA REGIONAL – RELATÓRIO DO EXÉRCITO BRASILEIRO
QUIXERAMOBIM SENADOR POMPEU
SOLONÓPOLE DEPUTADO IRAPUAN
MILHÃ
MENOR CUSTO DE ATENDIMENTO RURAL DIFUSO NO MUNICÍPIO (R$/MÊS)
4.413,78 6.148,08 N/D N/D 4.950,90
DURAÇÃO EM DIAS DO PROGRAMA NO MUNICÍPIO
210 180 150 150 730
FREQUÊNCIA MÉDIA DE ATENDIMENTO COM A OPERAÇÃO PIPA (MESES/ANO)
06 05 05 04 10
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TÓPICOS
• OPERAÇÃO CARRO PIPA: VISÃO GERAL DO PROBLEMA• A EXPERIÊNCIA DO GGRC/UFC/CWC NO SERTÃO CENTRAL DO CEARÁ• AS QUESTÕES CHAVES PARA SOLUÇÃO DO PROBLEMA1ª: Universalização do acesso à água 2ª: Sustentabilidade hídrica
• A QUESTÃO DO MODELO DE GERENCIAMENTO DOS SISTEMAS• A QUESTÃO DO “UPSCALING” DO MODELO
Plano de Águas Municipal ‐ PAM
ÁREA DO PROJETO
• A escolha do universo da pesquisa deveu-se ao fato de que essesmunicípios apresentam algumas características sócio-ambientaissimilares.
• 5 Municípios – Universo de 33 no Sertão Central
Fonte: IBGE. Contagem Populacional - 2007
Município Pop. TotalPop. Urbana Pop. Rural
Total % Total %
Dep. Irapuan Pinheiro 9.108 3.596 39,5 5.512 60,5
Milhã 14.111 6.792 48,1 7.319 51,9
Quixeramobim 68.966 39.660 57,5 29.306 42,5
Senador Pompeu 25.290 15.334 60,6 9.956 39,4
Solonópole 17.340 7.874 45,4 9.466 54,6
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ÁREA DE ESTUDO
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AÇÕES DO PROJETO DE PESQUISA
Visitas de
campo
Diagnóstico de todas as
comunidades rurais a partir de
3 casas de aglomeração
MILHÃ: 82
SENADOR POMPEU: 51
DEP. IRAPUAN PINHEIRO:20
Relatório Operação Pipa -EB
Produtos
Construção e complementação de Sistema de Abastecimento
d’Água nas comunidade rurais de Ingá, Pedra Fina, São João,
Transval e Valentim dos Sabinos em Milhã-Ce
Elaboração do Manual Tecnológico de Infraestruturas de
Abastecimento d’Água
Elaboração do PLANO DE ÁGUAS MUNICIPAL de MILHÃ-Ce
Pesquisa sobre Modelos de Gerenciamento Sustentáveis de
Infraestruturas de Abastecimento para Pequenas Comunidades
Rurais
Monitoramento da qualidade de
água
Sub-produtos
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PESQUISA NA ÁREA DE ESTUDO
OBRA IMPLANTADA
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PESQUISA NA ÁREA DE ESTUDO
OBRA IMPLANTADA
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PESQUISA NA ÁREA DE ESTUDO
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PESQUISA NA ÁREA DE ESTUDO
VIAGENS A CAMPO E ENTREVISTA COM MORADORES
Caminhões pipa da Rota 02 de MilhãCaptação no Açude Lagoinha
A cidade de Milhã se abastece do Açude Jatobá
Caminhões pipa da Rota 02 de MilhãCaptação no Açude Lagoinha
Flagrante do enchimento do pipa no Açude Lagoinha
-Tempo p/ encher: 10 minutos/ 7m³-Sucção na lama da margem
Entrevista com D. Antonia Nobre de Brito – Oticica-Quixeramobim
Cisterna com capacidade para 19,9 m³ - Área de captação: 86,8m²
INFORMAÇÕES RELEVANTES:-Possuem água encanada do açude Oiticicas, mas a qualidade é muito ruim (só sangrou 2vezes após construído);-Preferem beber água da cisterna;- O fornecimento com carro pipa é muito deficiente.
Dessalinizador desativado em Oiticica-Quixeramobim
Hidrômetro ativo- Água encanada do açude
Dessalinizador de Pereiros-Quixeramobim
-Água para beber: R$ 0,50/20 L-Possuem água encanada do açude Zé Manso
Entrevista com D. Maria da Glória Aquino da SilvaCisterna de placa de 16 m³ (D = 3,00 m)Área de captação: 67,18 m²
Sítio Cipó – Casa do Sr. Marinho Oliveira (recebedor de água dos Pipas)
Cisterna: 11,61 m³Área de captação: 73,50 m²
Tem água encanada mas não serve para beber.
Baixa Verde: D. Maria NeuzaRecusaram água de pipa de péssima qualidade
Cisterna: 11,13 m³Área de captação: 68,34 m²
Floresta: Sr. Manoel JosimarPinheiroComunidade com 11 casasServida com carro pipa
Logradouro de Baixo – Solonópole
Casa do Sr. Zezinho (recebedor de Pipa)
Entrevista com D. Marinete (agente de saúde)
Cisterna de 16 m³
Área de captação: 64,26 m²
Assunção (Solonópole): Tem água encanada do açude mas não usam para beber, apesar de existir uma ETA
Compram água mineral ou usam cisterna
Quem não pode comprar água mineral, compra carga de água fornecida em jumento, ao preço de R$ 6,00 / 4 latas (72 litros)
Areias (Senador Pompeu): Dessalinizador + Água encanada de poço
-Atende 95 casas- Construído pela SOHIDRA em 2003-Poço artesiano atende com água bruta todas as casas-O dessalinizador fornece água tratada ao custo de R$ 0,20/20 Litros-O custo da água bruta varia de R$ 10,00 a R$ 12,00 / mês
Exemplo Comum deSituações Observadas
•Açudes que secam todo ano; •Água encanada de açude com hidrômetro para medição mas que não serve para beber;
• Cisterna para captação de água de chuva mas que não supre todas as necessidades da família;
• Tambor de água à espera do carro pipa (limite de 20 litros/pessoa/dia);
Milhã-Várzea Alegre-Casa do Sr. João Germano Pinheiro
A CESTA DE ALTERNATIVAS DE ABASTECIMENTO NA ÁREA DO PROJETO...
CARRO PIPA
Uma das principais soluções hídricas para os períodos de estiagem
ainda em voga.
PROBLEMAS:
comprometimento da qualidade da água pela captação em locais
inadequados; atendimento irregular; dependência de redes
de poder locais;
CISTERNAS DE PLACAS
Autonomia das famílias frente aos mandos tradicionais de poder. Solução de baixo custo, tecnologia simples e em
sintonia com as características ambientais da região semi‐árida
PROBLEMAS:
Número insuficiente para a demanda, o que ocasiona adivisão da água para 2 ou mais famílias, impossibilitando queas mesmas sejam abastecidas pelo período de 1 ano;
Área de telhado de algumas casas é insuficiente para captaçãode água necessária para encher a cisterna, o que faz com quealgumas só alcancem a metade da água possível de serarmazenada;
Diante dos problemas anteriores, as cisternas precisam serabastecidas com o CARRO PIPA, o que faz reapareceremvelhos problemas em torno da escassez de água e suatransformação em moeda de barganha política;
As cisternas que não tiveram seu material reforçado pelos seusproprietários estão com vazamento. As últimas instaladas, via MDS,demandam um pregão para licitação do material de construção no estado.Antes, a licitação era realizada no próprio município, o que garantia umamelhor qualidade do material;
Tendo em vista a secular estrutura fundiária brasileira, e cearense emparticular, a cisterna de placa tem como um grande obstáculo o fato depoucas famílias serem proprietárias das terras e de suas moradias. Assim,quando os proprietários exigem ou expulsam as famílias, estas perdem acisterna .
AÇUDES
Propriedade da Terra x Acesso à
Água
Vulnerabilidade da Pequena
Açudagem ; Sem Capacidade de Regularização
Acesso à água, nos açudes
privatizados ou privados depende das relações com os proprietários
POÇOS
Água salgada
Pouca vazão
SOLUÇÕESEXISTENTES
INDIVIDUALFamílias (em geral as mais abastadas) instalam motores nas residências;Sistema de abastecimento com água retirada de açudes próximos
COMUNITÁRIASDivisão dos gastos de acordo com oconsumo, definindo as sobras para amanutenção dos motores/sistemas;
Projetos elaborados e geridos porassociações comunitárias efinanciados pelo Projeto São José
PÚBLICAS:
Problemas de sustentabilidade:inadimplência ; problemas com amanutenção; insustentabilidadeda fonte hídrica por períodossuperiores a dois anos deestiagem;
ASSOCIAÇÕES
As comunidades na verdade são um aglomerado de pequenos
sítios, alguns deles fazendas. Não há como trabalhar com um sítio sem levar em conta o conjunto
As associações apresentam níveis diferenciados de organização e experiência coletivas. Elas atuam
com uma espacialidade que transcende sua sede
INTERVENÇÃO:Caso 1: “Água para todos ou para ninguém”. Impensável , nesse caso,um projeto que atenda a uma parte da comunidade apenas, deixando os demais fora da ação.
Caso 2: Possibilidade de atuar em uma parte da comunidade, contando com o apoio da associação sede. Nesse caso,podes‐se intervir em uma parte , desde que as ações sejam pensadas com vistas a fortalecer o conjunto. Caso contrário, as rupturas conflitos e discordâncias seriam sérias, comprometendo a feitura e sucesso da ação.
O CAPITAL SOCIAL DAS COMUNIDADES...
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ALGUNS ASPECTOS CONCLUSIVOS DA PESQUISA
Campo Exploratório
MILHÃ
Acesso à água x
Propriedade da Terra
A água envolve múltiplos usos e serviços. Não existe solução
única.
O capital social acumulado é fator definidor nas estratégias de ação das comunidades
Soluções comunitárias heterogêneas, privilegiando
pequenos custos, pouca
sustentabilidade;
Carro pipa x cisternas –
abastecimento em períodos críticos (poucas cisternas, problemas com
vazamento, divisão da água)
Vicissitudes no campo político
‐ fator definidor no acesso ou não acesso á água.
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TÓPICOS
• OPERAÇÃO CARRO PIPA: VISÃO GERAL DO PROBLEMA• A EXPERIÊNCIA DO GGRC/UFC/CWC NO SERTÃO CENTRAL DO CEARÁ• AS QUESTÕES CHAVES PARA SOLUÇÃO DO PROBLEMA1ª: Universalização do acesso à água 2ª: Sustentabilidade hídrica
• A QUESTÃO DO MODELO DE GERENCIAMENTO DOS SISTEMAS• A QUESTÃO DO “UPSCALING” DO MODELO
Plano de Águas Municipal ‐ PAM
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PONTOS CHAVES DA SOLUÇÃO
UNIVERSALIZAÇÃO DO ACESSO À ÁGUA
DEPENDÊNCIA DE FONTES HÍDRICAS
CESTA DE ALTERNATIVAS TECNOLÓGICAS
MODELO DE FINANCIAMENTO
SUSTENTABILIDADE HÍDRICA
GARANTIA DO SUPRIMENTO PELA FONTE HÍDRICA
DEPENDÊNCIA DO CAPITAL SOCIAL DA COMUNIDADE
MODELO DE GERENCIAMENTO
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TÓPICOS
• OPERAÇÃO CARRO PIPA: VISÃO GERAL DO PROBLEMA• A EXPERIÊNCIA DO GGRC/UFC/CWC NO SERTÃO CENTRAL DO CEARÁ• AS QUESTÕES CHAVES PARA SOLUÇÃO DO PROBLEMA1ª: Universalização do acesso à água 2ª: Sustentabilidade hídrica
• A QUESTÃO DO MODELO DE GERENCIAMENTO DOS SISTEMAS• A QUESTÃO DO “UPSCALING” DO MODELO
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MODELO DE GERENCIAMENTO
DEPENDÊNCIA DO MODELO DE
GERENCIAMENTO
Escala de Atuação do Sistema
Tipo de Abordagem Adotado para Construção do Projeto
Capital Social da Comunidade
Natureza Tecnológica do Sistema Implantado
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PRINCÍPIOS NORTEADORES DO MODELO DE GERENCIAMENTO
PRINCÍPIO DA SUSTENTABILIDADE
Sustentabilidade Administrativa‐Financeira
Sustentabilidade Técnica‐Operacional
Sustentabilidade Social
Sustentabilidade Ambiental
PRINCÍPIO DA PARCIMÔNIA TERRITORIAL
Subsidiariedade da Tomada de Decisão
Busca de Soluções com Economia de Escala
PRINCÍPIO DO PROCEDIMENTO BASEADO NA RESPOSTA À
DEMANDA
Comunidades que se organizaram para produzir a demanda estão mais aptas para compromisso com a gestão sustentável
PRINCÍPIO DA AUTO‐DETERMINAÇÃO Respeito às Decisões das Comunidades
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MODELO DE GERENCIAMENTO POLIMORFO
SISTEMA CENTRALIZADO SISTEMA DESCENTRALIZADO
Ineficiente, elevado custo de transação
Ingênuo ou crescente difícil
SISTEMA POLIMORFO (Múltiplos centros com
autonomia jurisdicional no território)
Princípio Básicos da Gestão Comunitária
Participação
Controle sobre
Tomada de Decisão
Apropriação de custos
Partilha de custos
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TÓPICOS
• OPERAÇÃO CARRO PIPA: VISÃO GERAL DO PROBLEMA• A EXPERIÊNCIA DO GGRC/UFC/CWC NO SERTÃO CENTRAL DO CEARÁ• AS QUESTÕES CHAVES PARA SOLUÇÃO DO PROBLEMA1ª: Universalização do acesso à água 2ª: Sustentabilidade hídrica
• A QUESTÃO DO MODELO DE GERENCIAMENTO DOS SISTEMAS• A QUESTÃO DO “UPSCALING” DO MODELO
Plano de Águas Municipal ‐ PAM
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O QUE É UM PLANO DE ÁGUAS MUNICIPAL ?
O PAM é um instrumento de planejamento de ações de saneamento básico e recursos hídricos focado na universalização e sustentabilidade de sistemas de abastecimento humano nas
comunidades rurais do território municipal
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COMPONENTES DE UM PLANO DE ÁGUAS MUNICIPAL
COMPONENTES DO PAM
Diagnóstico consolidado sobre as comunidades rurais
Diagnóstico das fontes hídricas disponíveis
Diagnóstico da demanda hídrica
Diagnóstico do balanço hídrico distribuído por comunidade e região
Diagnóstico institucional e da capacidade de auto‐organização da comunidade (capital social)
Elaboração de um planejamento de novas intervenções para incremento da oferta hídrica
Elaboração de um planejamento para universalização do abastecimento
Elaboração de um Modelo de Gestão Sustentável Polimorfo
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EQUIPE DA PESQUISA
GRUPO DE GERENCIAMENTO DE RISCO CLIMÁTICO E SUSTENTABILIDADE HÍDRICA – DEHA ‐ UFCProf. Francisco de Assis de Souza Filho – Coordenador GeralProf. Francisco Osny Enéas da Silva – (UNIFOR) – Coordenador de ProduçãoProf. José Nilson Bezerra Campos – Orientador da Pesquisa de DoutoradoProf. Silvrano Adonias Neto – Pesquisador‐membroSocióloga Daniele Costa da Silva – Pesquisadora‐membroSocióloga Cristine Ferreira Gomes Viana – Pesquisadora‐membroEliane Ferreira da Silva Mota – Apoio administrativoFelipe Nogueira Cadengue de Lucena ‐ Apoio administrativoJosé Hebert Medeiros Almeida – Estudante‐estagiárioBruno Marinho Cavalcante de Oliveira – Estudante‐estagiárioRenato de Oliveira Lima – Estudante‐estagiário
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15:00 às 16:30
EQUIPE DA PESQUISA
COLUMBIA WATER CENTER – University of Columbia (New York)Prof. Jeffrey Sacks – Diretor do Earth InstituteProf. Upmanu Lall – Coordenador Geral do Projeto InternacionalProfa. Tanya Heikkila – Pesquisadora Daniel Stellar – Administração do projetoSamantha Tress - Administração do projetoJulia Apland Hitz – Gerência de Comunicação
ABASTECIMENTO DE ÁGUA DE POPULAÇÕES DIFUSAS : O DESAFIO DO CARRO PIPA
MESA REDONDA Nº 0217 novembro 2010
15:00 às 16:30
AGRADECIMENTOS
PEPSICO FOUNDATION – NEW YORKGOVERNO DO ESTADO DO CEARÁSECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO AGRÁRIOSECRETARIA DE RECURSOS HÍDRICOSPREFEITURA MUNICIPAL DE MILHÃEXÉRCITO BRASILEIROFECOM‐MILHÃ
ABASTECIMENTO DE ÁGUA DE POPULAÇÕES DIFUSAS : O DESAFIO DO CARRO PIPA
MESA REDONDA Nº 0217 novembro 2010
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FINAL
FIM, OBRIGADO!
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