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PABLO GLEYDSON DE SOUSA
A REPRESENTAO EM PROJETOS DE
ARQUITETURACONCURSOS PARA TEATROS EM NATAL E EM QUEBEC
Dissertao apresentada ao Programa de Ps-
Graduao em Arquitetura e Urbanismo da
Universidade Federal do rio Grande do Norte como
requisito parcial obteno do ttulo de Mestre em
Arquitetura e Urbanismo.
Orientadora: Sonia Marques
Natal - RN2009
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Aos meus professores. Aos meus pais. Ao meu Deus. pedra, mar e fogo.
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AGRADECIMENTOS
Aos meus pais que nem sempre apiam minhas escolhas, mas que nunca me privam o direito
de acertar ou me decepcionar.
Aos amigos, pelo apoio.
Aos meus professores, na escola e na vida que me oferecem seu conhecimento sem pedir em
troca. Aos professores do PPGAU, aos professores Arivaldo Amorim e Marcelo Tinoco por
suas contribuies nessa pesquisa.
CAPES que financiou esta pesquisa.
E especialmente minha querida orientadora e amiga, Sonia Marques, que me
acompanha desde a graduao, a quem devo tanto e tanto, que nunca saberei retribuir.
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[...] Architecture is admittedly something less than
total building; but it is something more than a
sketch on a back of an envelope.
(Peter Collins, Architectural Judgement)
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RESUMO
Nesta dissertao objetiva-se contribuir para o entendimento da avaliao do projeto dearquitetura e mais especificamente com o papel da Representao Grfica nesta avaliao,
atravs de estudo de caso do projeto em situaes de concurso. Para enfrentar esta questo,adotam-se as correlaes estabelecidas por Durand (2003) entre os distintos modos e funesdas representaes grficas (artsticas, realsticas, espetaculares), e as etapas da elaborao doprojeto. Em complemento adotam-se os esquemas analticos sobre a avaliao e julgamentoem arquitetura definidos por Collins (1971), e as categorias analticas propostas por Tostrup(1999) que permitem analisar estratgias de convencimento adotadas pelos arquitetos emconcursos. Estes autores constituem uma base referencial terica necessria para acompreenso de quanto s peas de representao grfica atuam como peas retricas deconvencimento, como um discurso argumentativo. Procedeu-se: uma comparao dasestratgias de persuaso visual subjacentes s representaes grficas utilizadas pelosconcorrentes, apontando tendncias, semelhanas e disparidades, de maneira verificar arepercusso destas no rankingresultante. A anlise teve como universo de estudo os projetos
laureados nos concursos para o Teatro de Natal e para a Salle de Spectacles de Dolbeau-Mistassini, em Quebec, ambos realizados em 2005.
Palavras-chave: Representao grfica, projeto de arquitetura, concursos de arquitetura.
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ABSTRACT
This dissertation is intended as a contribution to the understanding of architectural design
evaluation, specifically the role played by Graphical Representation in this evaluation,through case studies in architectural design competitions. In order to face this issue, we haveadopted the correlations, as established by Durand (2003), among the distinct modes andfunctions of graphical representation (artistic, realistic, spectacular), and the stages of thedesign process. Additionally, we have used the analytical schemes on evaluation andjudgment in architecture defined by Collins (1971) and the analytical categories proposed byTostrup (1999) which allow for analyzing convincement strategies adopted by architects inthese competitions. These authors constitute the needed theoretical reference base in order tocomprehend how graphical representation pieces, as part of an architectural design work,function as rhetorical convincement pieces, as an argumentative discourse. We haveperformed: a comparison of visual persuasion strategies underlying graphical representationpieces used by contestants, indicating trends, similarities and disparities, so as to evaluate
their repercussion on the resulting ranking. The analysiss study universe were design worksawarded prizes in the competitions for the Teatro on Natal, Rio Grande do Norte, Brazil, andthe Salle de Spectacles on Dolbeau-Mistassini, Quebec, Canada, both of which took place in2005.
Keywords:Graphical representation, architectural design, architectural competitions.
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LISTA DE SIGLAS
AU - Arquitetura e Urbanismo
CAPES - Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior
CCC - Catalogue des Concours Canadiens - Canadian Competitions Catalogue
Catlogo de Concursos Canadenses.
CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico
DARQ - Departamento de Arquitetura
IAB - Instituto de Arquitetos do Brasil
LEAP - Laboratoire dEtude de lArchitecture Potentielle Laboratrio de Estudos
da Arquitetura Potencial
PPGAU - Programa de Ps Graduao em Arquitetura e UrbanismoRG - Representao Grfica
RN - Rio Grande do Norte
UdeM - Universit de Montral
UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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SUMRIO
APRESENTAO ...............................................................................................................................13
1 INTRODUO ..............................................................................................................................15
2- PROJETOS DE ARQUITETURA E REPRESENTAES ........................................ ...............20
2.1 - REPRESENTAO AUXILIAR DESCRIO ....................................... ......................... 20
2.2 - REPRESENTAO AUXILIAR A COMUNICAO .......................................... .............. 22
2.4 TEMPO E TECNOLOGIA NA REPRESENTAO DOS PROJETOS ................................. 26
2.5 - JULGAMENTO EM ARQUITETURA ....................................... .......................................... . 28
2.6 - PROJETO: ARQUITETURA POTENCIAL .......................................................................... 32
2.7 - DESENHO E PROJETO: DA DISTINO DAS ATIVIDADES ..................................... .... 33
2.9 - CLASSIFICANDO AS REPRESENTAES GRFICAS ............................................. ..... 37
2.10 - O QUE REPRESENTAR? COMO REPRESENTAR? .................................... ..................... 40
3 ESTRATGIAS DE REPRESENTAO DO PROJETO EM CONCURSOS ...................... 44
3.1 PROCEDIMENTOS METODOLGICOS ........................................ ....................................... 49
4 - AS ESTRATGIAS DE REPRESENTAAO GRFICA NOS CONCURSOS PARA O
TEATRO DE NATAL E DA SALLE DE SPECTACLES DE DOLBEAU-MISTASSINI ........... 55
4.1 - CONCURSO PARA O TEATRO DE NATAL ...................................................................... 55
4.1.1 - Projeto 01: Mario Biselli, primeiro colocado............................................................. 56
4.1.2 - Projeto 02: Juliana Corradini, segunda colocada........................................ .............. 60
4.1.3 - Projeto 03: Renato Dalpian, terceiro colocado . ......................................................... 66
4.1.4 - Projeto 04: Gustavo Peviani, meno honrosa ............................................. .............. 70
4.1.5 - Projeto 05: Dalton Bernardes, meno honrosa ........................................................ 74
4.1.6 - Projeto 06:Eduardo Lcio, meno honrosa............................................... .............. 79
4.1.7 - Projeto 07: Aline Melo, meno honrosa ............................................... ..................... 82
4.2 - TEATRO DE NATAL: INDICADORES GERAIS DA REPRESENTAO GRFICA .... 86
4.3 - CONCURSO PARA A SALLE DE SPECTACLES DE DOLBEAU-MISTASSINI............. 89
4.3.1 -Projeto 01: Paul Laurendeau, primeiro colocado.............................................. .............. 90
4.3.2- Projeto 02: Nature Humaine Aedifica, classificado............................................................... 93
4.3.3 - Projeto 03: Croft Pelletier, classificado............................................................................ 96
4.3.4 - Projeto 04: Schme Bloin Lemieux Soland Architects, classificado ......................... 100
4.4 - SALLE DE SPECTACLES DE DOUBEAU-MISTASSINI INDICADORES GERAIS DAREPRESENTAO GRFICA ................................................................................................... 104
5 CONSIDERAES FINAIS ......................................................................................................107
6 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS .......................................................................................114
7 APNDICES .................................................................................................................................117
8 ANEXOS
....................................................................................................................................................... 184
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APRESENTAO
Com o objetivo de verificar a importncia, na avaliao, da Representao em
Projetos de Arquitetura, essa dissertao discute e investiga esse tema tendo por estudo de
caso dois concursos de arquitetura para teatros: o de Natal, no Brasil, e a Salle de Spectacles
de Dolbeau-Mistassini em Quebec, no Canad.
Essa pesquisa se insere na rea de Concentrao do PROJETO,
MORFOLOGIA E CONFORTO NO AMBIENTE CONSTRUDO, do Programa de Ps-
Graduao em Arquitetura e Urbanismo PPGAU da Universidade Federal do Rio Grande
do Norte UFRN. Mais especificamente, constitui uma investigao qualitativa sobre a
REPRESENTAO GRFICA, encaixando-se na Linha de Pesquisa do PROJETO DE
ARQUITETURA e vincula-se linha pesquisa PROJETAR cadastrada no CNPq. Contou
ainda, para o seu desenvolvimento, com o financiamento da bolsa de mestrado da CAPES.
No mbito mais amplo, o objeto de pesquisa est relacionado com as atividades de
outros pesquisadores tais quais a pesquisa ps-doutoral realizada entre 2004 e 2006 pela profa.
Dra. Sonia Marques, orientadora deste trabalho, centrada na crtica e avaliao de projetos em
concursos de arquitetura, eixo temtico tambm trabalhado pela pesquisadora Izabel Amaral,
recm mestre do PPGAU/UFRN, em sua pesquisa de doutorado, e pelo pesquisador Daniel
Macedo, em sua pesquisa de mestrado no PPGAU. Os dois primeiros, so exemplos de pesquisas
realizadas em convnio com o Laboratrio de Estudos de Arquitetura Potencial LEAP -, na
Universidade de Montreal UDEM -, Canad, ao lado do professor Jean Pierre Chupin.
Durante a graduao o autor teve a oportunidade de desenvolver atividades que
contriburam com seu desejo em aprofundar o objeto de pesquisa com a realizao de um
mestrado acadmico. Entre tais prticas so citveis a participao em projetos de iniciao
docncia, fomentados pela Pr-reitoria de Graduao (PROGRAD/UFRN). A participao
nestes projetos consistiu em atuar como monitor de disciplinas oferecidas pelo Departamento
de Arquitetura DARQ/UFRN , de 2004 a 2005 no projeto de ensino Tendncias
Contemporneas em Arquitetura e Urbanismo, dos anos 1960 atualidade, direcionado disciplina Histria e Teoria da Arquitetura 04, e de 2003 a 2004 no projeto de ensino
"Agentes Educativos em Representao Grfica", vinculado disciplina Perspectiva e
Sombra. possvel citar ainda a atuao no programa de iniciao cientfica do CNPq, em
2003, na modalidade de bolsista PIBIC, junto base de pesquisa Estudos do Habitat.
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excessivamente espetaculares seriam sedutoras ao ponto de induzir a um desvio de avaliao:
o desenho ofuscaria as eventuais qualidades do projeto, tornando-se, qui, muito mais
importante do que o compromisso deste com a construo de um ambiente humano de
qualidade. Para testar essa hiptese, a experincia do autor como monitor de disciplina,
conforme comentado anteriormente, indicava, num primeiro momento, que as situaes de
ensino seriam contextos favorveis.
No entanto, face a declaraes como a de Biselli, e sobretudo luz de primeiras
leituras exploratrias sobre o assunto, o universo dos concursos de arquitetura mostrou-se
como uma seara igualmente, ou at mais mesmo mais produtiva do que a acadmica, para
uma reflexo sobre os critrios de avaliao do projeto. De fato, no apenas os concursos
oferecem uma ocasio nica em que se confrontam diversas propostas para a soluo de um
mesmo programa, como em geral possibilitam o acesso ao parecer dos avaliadores, o que nemsempre ocorre em situaes de ensino e aprendizado (TOSTRUP, 1999; CHUPIN, 2003;
MARQUES, 2003). Contudo, ao levantar a bibliografia sobre o assunto, constatou-se que so
poucos os estudos e pesquisas, dissertaes, teses ou mesmo livros que concentram sua
ateno especificamente em problemas relacionados crtica ou avaliao dos processos de
representao da arquitetura, no Brasil4, especificamente no estudo do projeto em situaes de
concurso.
Os poucos e recentes trabalhos brasileiros que lidam com o assunto, como, por
exemplo, a tese de Fialho5
(2007) defendida na FAU-USP/SP quando da redao dessadissertao , na qual a autora concentra-se muito mais num resgate histrico dos fatos
envolvidos nos concursos do que numa abordagem crtica ou analtica das estratgias de
concorrncia adotadas pelos profissionais.
Abraando uma perspectiva diversa que privilegiasse a questo do papel da RG
nos projeto em concursos de arquitetura, decidiu-se por investigar essa relao, aprofundando
os conceitos tericos necessrios para a reflexo sobre: o projeto arquitetnico e as formas de
representao, as representaes grficas, critrios de julgamento do projeto. Esse referencial
terico e analtico apresentado mais detalhadamente no segundo captulo foi construdo apartir da contribuio de diversos autores, dentre os quais se destacam:
4 Os estudos que relacionam representao e avaliao so raros. Em geral se estuda representao como nosEREG e Sigradi sob uma perspectiva que privilegia abordagens matemticas, dedicando-se mais discusso deaspectos da expresso grfica do que uma crtica sobre a representao. Ou ento se estuda avaliao de um
ponto de vista pedaggico (MALARD, 2008).5FIALHO, Valria C. S. Arquitetura Texto e Imagem: a Retrica da Representao no Concurso de Arquitetura.Tese de Doutorado. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de So Paulo, So Paulo, 2005.
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a) Peter Collins (1971), que estabelece uma comparao dos procedimentos em
situaes de dissenso em arquitetura e em direito;
b) Elizabeth Tostrup (1999), para quem as peas grficas apresentadas em concursos
podem ser associadas a peas retricas contendo estratgias de convencimento,
grficas e textuais, utilizadas pelos arquitetos, evidentes atravs dos tipos de
representaes adotadas, na nfase e articulao das peas grficas representadas
ou omitidas, ou na relao entre a representao grfica e o discurso textual6;
c) Jean Pierre Durand (2003), que categoriza as diferentes funes da RG, as quais
so direcionadas conforme as diferentes etapas do projeto e conforme o pblico
que este pretende cativar, permitindo identificar quais destes foram mais utilizados
nos concursos. Seu estudo sobre as diferentes maneiras de representar o projeto de
arquitetura sugere tipos de representaes destinadas mais especificamente seduo do pblico, o que nos permite correlacion-las com as estratgicas
retricas de Tostrup.
A leitura desses autores reorientou o ponto de partida inicial dessa pesquisa, acima
aventado. De fato, permitiu compreender que dificilmente se poderia comprovar que uma boa
representao ganha um concurso independentemente da qualidade do projeto, pois para isto
seria necessrio ter o controle de todas as variveis intervenientes na situao de julgamento,
desde a audincia, ao regulamento, ao momento histrico, contexto, etc. No entanto, se no possvel julgar todos os fatores e variveis da recepo e percepo, correlacionando o aporte
destes autores foi possvel estabelecer um caminho para verificar a influncia que a forma de
representao possa ter desempenhado no julgamento. Ou seja, possvel, pelo projeto
apresentado, saber quais as estratgias de convencimento e seduo mobilizadas via
representao e pelo resultado do concurso, verificar se tais estratgias foram eficazes.
Para esse estudo, o que se pretende , dado o universo analisado, verificar quais as
estratgias de apresentao do projeto, organizao das pranchas, representaes grficas e
textuais mais utilizadas pelos concorrentes e como estas podem ter influenciado a avaliaode seus projetos. Deste modo, se existe realmente tal representao que seja mais persuasiva
que as demais, interessa verificar se, embora essa no seja uma condio suficiente, se essa
seria uma condio necessria para uma boa classificao na disputa. Verificando
eventualmente se tal relao existe, seria possvel futuramente ampliar o universo de estudo e
6Este discurso textual comumente conhecido pelo termo memorial do projeto.
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posio mais ou menos arbitrria: espera-se dos cortes que informem o mximo possvel
sobre os aspectos, as formas e as dimenses verticais da edificao, enquanto as fachadas
retratam as faces externas do edifcio. Plantas, cortes e fachadas so vistas ortogrficas
obtidas a partir de projees cilndricas ortogonais9. Quando desenhadas em escala10
permitem a tomada de medidas por reproduzirem as relaes de proporcionalidade do objeto.
Figura 03: Corte, prancha 04 do projeto Aline Melo para o concurso do teatro de Natal.Fonte: Fundao Jos Augusto, acervo IAB-RN
Figura 04: Fachada, prancha 05 do projeto Juliana Corradini para o concurso do teatro de Natal.Fonte: Fundao Jos Augusto, acervo IAB-RN
Os elementos comumente representados no desenho tcnico apresentam-se sob a
forma de smbolos grficos convencionados (MONTENEGRO, 1995, p. 58) e sua leitura
requer o domnio de um cdigo abstrato e especfico. Em representaes bidimensionais uma
das trs dimenses sempre suprimida de modo que: nas plantas se mea a profundidade e
largura, excluindo as medidas na vertical; e nos cortes e vistas, no se leiam as dimenses de
profundidade na horizontal.
Durand (2003) e Montenegro (2001) apontam que uma limitao que dificulta a
leitura do desenho arquitetnico a de apresentar pontos de vistas fragmentrios dispostos aolongo das pranchas que compem o projeto, levando o leitor necessidade de entrecruzar as
peas grficas para reconstruir mentalmente a volumetria do objeto. Essa dificuldade de
9Projees ortogrficas, geradas a partir do rebatimento do objeto sobre um plano de projeo a 90 graus.10 Em geral o tamanho dos objetos retratados em arquitetura impe que suas verdadeiras medidas sejamreduzidas para caber numa superfcie de desenho. O coeficiente numrico empregado para ampliar ou reduzir otamanho das medidas no desenho chamado de escala.
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leitura e compreenso progressiva conforme com o tamanho e complexidade do objeto
representado, e ainda maior se a comunicao entre o arquiteto e o leigo que no est
suposto a dominar os cdigos de leitura do desenho tcnico.
Devido a sua natureza abstrata uma vista ortogrfica objetiva poder levar a uma
percepo subjetiva. Conforme Tostrup ningum nunca viu um objeto ortogonal, este uma
construo abstrata (1999, p. 25) O desenho perspectivo por sua vez simula a
tridimensionalidade do objeto tal qual seria visto pelo olho humano, qualquer figurao
implica num desvio de um objeto real ou imaginrio, dispor de vrios princpios de
representao implica em diferentes desvios. O desenho tcnico simblico, no reflete a
escala humana, esttico, no denota o espao (sobretudo o interior), no sugere cores, luz,
cheiros ou sons que compem determinada ambincia (TOSTRUP, 1999, p. 24). Porm,
permite a tomada de medidas, dado o seu rigor geomtrico, e para conhecer sua linguagemsimblica deve-se pesquisar e pensar criticamente as normas e convenes existentes
(MONTENEGRO, 2001). As linhas do desenho tcnico, de uma planta baixa, por exemplo,
apesar de definirem quais sero as medidas e as inter-relaes dos espaos nela dispostos no so
capazes de sugerir as feies de sua realidade tridimensional. Existe um problema implcito nas
vistas ortogrficas causado pelo principio da representao bidimensional, conforme ilustra
Tostrup: necessrio refletir para imaginar a solidez de colunas cilndricas que aparecem como
crculos nos desenhos de plantas (1999, p. 115).
Nas RG usadas em concursos no se verificam desenhos tcnicos de execuorigorosamente, pois tais desenhos necessitam de um conjunto de informaes impossvel de
contemplar nas etapas de estudos preliminares ou anteprojeto que so as tpicas de concursos.
Como interessa avaliar as categorias de RG em que mais apostaram os concorrentes, nessa
anlise sero agrupados como peas grficas de descrio aquelas que observem o rigor e a
abstrao que as convencionam, mesmo que incompletas, enquanto as peas que recorram a
tcnicas menos rigorosas e mais figurativas sero agrupadas como RG de comunicao.
2.2 - REPRESENTAO AUXILIAR A COMUNICAOComparadas as figuras 01, 02, 03 e 04 com as 05, 06, 07 e 08 demonstra-se que as
peas grficas do projeto plantas, cortes, fachadas, perspectivas, etc. podem ser
representadas tanto como desenhos tcnicos - de execuo como em desenho de maior apelo
ilustrativo os quais convencionaremos chamar de comunicao.
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Entre as diferenets etapas do processo de projeto justamente no anteprojeto que
so necessrios maiores recursos de persuaso na comunicao com o cliente ou usurio, para
o convencimento da viabilidade da proposta. Neste caso, o desenho dito de comunicao tem
de ser o mais sedutor possvel para atrair o cliente, diferentemente dos desenhos de
concepo que so um monlogo do conceptor ou uma pea de conversa entre conceptores
supostamente de mesmo nvel, ou na etapa de execuo da obra, quando no se requerem
mais estratgias de convencimento mas sim documentos que permitam edificar o projeto.
Figura 05: Desenho de Comunicao, plantabaixa da prancha 01 do projeto NatureHumaine Aedifica para o concurso da Salle deSpectacles de Dolbeau Mistassini. Fonte:Canadian Competitions Catalogue.
Figura 06: Desenho de Comunicao, uma perspectiva daprancha 01 do Projeto Paul Laurendeau para o concurso daSalle de Spectacles de Dolbeau Mistassini. Fonte: CanadianCompetitions Catalogue.
Figura 07: Desenho de comunicao, um corte prancha 04 do Projeto Eduardo Lcio para o concurso doteatro de Natal. Fonte: Fundao Jos Augusto, acervo IAB-RN.
Figura 08: Desenho de comunicao, uma fachada da prancha 04 do Projeto Mario Biselli para o concurso doteatro de Natal. Fonte: Fundao Jos Augusto, acervo IAB-RN.
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Numerosas tcnicas podem ser utilizadas na confeco das RG de comunicao,
resultando em diversos efeitos pictricos. A computao grfica, por exemplo, permite criar
peas grficas com efeitos como os da aquarela, pintura a leo, tinta acrlica, etc. Dispondo-se
do know howadequado, o produto obtido por diferentes mtodos to refinado, tamanha a
semelhana entre os resultados, que dificulta, at mesmo a profissionais, distinguir se numa
imagem impressa do projeto foi utilizada uma tcnica clssica ou um softwaregrfico. Isso
ainda mais evidente nos concursos j que os desenhos submetidos no so obrigatoriamente
originais, podem ser cpias fotogrficas que impedem a verificao de texturas na superfcie.
Enquanto nas figuras 07 e 08 se
tentou simular um acabamento fotogrfico,
nas figuras 05 e 06 suge-se o uso de um
instrumento de pintura seco, como o pastel
11
sobre um papel carto. Num projeto, atravs
das imagens dispostas em prancha
impossvel discernir qual a tcnica de
confeco utilizada, se manual ou em um
softwareque simule o acabamento do pastel.
Mas simular acabamentos no uma
possibilidade exclusiva de programas
grficos: disposta a imagem sobre umasuperfcie, os efeitos produzidos pela
impresso digital, ou mesmo pela fotografia,
tambm so passiveis de uma fiel reproduo
manual. A figura 09, por exemplo, uma
pintura hiper-realstica que imita as
propriedades da fotografia com grande
verossimilhana.
11Material semi seco fabricado como um frgil giz do tamanho de um dedo. Estes gizes para desenho, chamadospasteis, so feitos de pigmentos pulverizados combinados com um mnimo de liga no gordurosa, comumentegoma de arbica, ou, desde meados do sculo XX, metil-celulose. O Pastel um material artstico para
pintura/desenho (...) um material antigo, referido pela primeira vez por Leonardo Da Vinci como um materialelegante para "pintar a seco". Este material pode ser utilizado quase em qualquer suporte de papel, mas apresentaum inconveniente na sua utilizao, pois uma vez utilizada no suporte pode-se tornar um desafio apagar
parcialmente o Pastel Seco sem deixar vestgios. Traduo nossa da Britnica on line.
Figura 09: Pool Car, Robert Cuttingham, 1979. Fonte:Artnet. Disponvel em: www.artnet.com/artwork/425044086/806/robert-cottingham-pool-car.html
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Critrios para o julgamento em arquitetura nem sempre so bvios e tampouco
fixos ou recorrentes, e ainda mais difcil defin-los em momentos de dissenso, quando no
existam teorias ou uma base esttica vigente da qual os profissionais possam recorrer para
fundamentar suas escolhas o que, segundo NESBITT (2006) seria o caso atualmente. A
ausncia de consenso sobre o que um bom projeto, torna ainda mais rdua a tarefa de
selecionar uma entre diferentes solues para um mesmo problema arquitetnico. Isto mais
ou menos o que ocorre nas salas de aula onde o professor avalia o trabalho de seus alunos
(MARQUES, 2005, p. 4) e nos concursos em que os jris so arquitetos vencedores de
outras competies (COLLINS, 1971, p. 153; TOSTRUP, 1999, p. 19).
Para MARQUES (2005) na sala de aula especificamente, os critrios adotados
pelos alunos para fundamentar o projeto so justificados numa tentativa de antecipar as
expectativas dos professores. Seja no ensino ou na atividade profissional a pergunta sempre:que critrios adotar para justificar que um projeto melhor que outro? Como decidir qual
projeto receber a melhor nota na academia, ou o pdio nos concursos? E decididos, estes
critrios poderiam ser novamente aplicados em mais de uma situao de avaliao?
A dificuldade do julgamento em arquitetura evidencia-se por vrios aspectos
exclusivos a esta disciplina. Dentre eles, a incapacidade de determinar onde nela termina a
arte e comea a tcnica, ou mesmo o quanto a arquitetura uma profisso ou uma arte, ou o
quanto ao mesmo tempo uma profisso e uma arte, o que no foi por nenhum motivo
definido at hoje (COLLINS, 1971, p.122). O que se percebe na profisso do arquiteto, quecada crtico, e mesmo cada juiz de concurso - ressalte-se - est apto a avaliar o projeto por
fatores particulares que se lhes colocam como urgentes. Mesmo conhecendo que momentos
de dissenso podem ser situaes histricas datadas, mesmo em arte por vezes existem
momentos de maior ou menor consenso. Assim como podem existir jris completamente
consensuais ou outros em que as discrdias sejam muito grandes.
Existem diversos critrios com os quais se pode julgar um projeto de arquitetura,
como revela a literatura ao longo do tempo. , no entanto, interessante perceber que cada um
destes critrios termina por recair naqueles da trade vitruviana de Utilitas (uso), Firmitas
(tcnica construtiva) e Venustas (esttica).
O critrio deUtilitas, por exemplo, remete s qualidades da organizao espacial
para uso da atividade pretendida, questo que foi muito valorizada pelos modernistas. Zevi e
Giedieon diziam que o espao era o protagonista essencial da arquitetura e como eles
TOSTRUP afirma que a organizao espacial o nico fator realmente exclusivo da
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jri tem idia, ou no deveria ter, de quem so os competidores (1971, p. 54). Para Tostrup,
conhecer os membros do jri um fator que por si s direciona os concorrentes a tipos de
representao e retrica que tentam antecipar as preferncias dos jurados (1999, p. 20).
Semelhantemente aos alunos que tentam antecipar os gostos dos professores.
Pode parecer irnico que nos concursos os mritos que distinguem o bom projeto
sejam escolhidos com base em desenhos em pequena escala, ou por fotografias de maquetes.
Principalmente, quando no existe qualquer garantia de que, um elemento formal que conste na
entrada, e que tenha sido decisivo para a eleio do projeto, seja executado na obra construda.
De certa forma, no h como identificar se um julgamento foi correto ou
equivocado, at por que sempre haver motivos para contestaes. Como o que est em
julgamento so objetos que encerram em si um grande teor artstico, a polmica quanto
seleo e excluso parte indissocivel do processo de julgamento. Justia o ideal, masjustia perfeita s se consegue em direito, assim como perfeita harmonia s se consegue em
arquitetura17(COLLINS, 1971, p. 76).
2.6 - PROJETO: ARQUITETURA POTENCIAL
Lucio Costa dizia na primeira dcada do sculo vinte que existia muita construo
e pouca arquitetura, pois distinguia a construo, o ambiente construdo em geral daquele que
tinha inteno plstica, qualidade esttica, e por isto era arquitetura. O que a histria da
arquitetura registra portanto aquela parte do ambiente construdo ao longo dos anos quemerece do ponto de vista do julgamento dos historiadores ser chamado de arquitetura. No
incio muita desta arquitetura foi construda sem projeto. A noo de projeto acompanha o
desenvolvimento dos mtodos de representao grfica e das tarefas do canteiro.
A arquitetura uma atividade que excede os limites da construo, para o seu
registro, para que seja possvel antecipar as caractersticas formais da obra construda, para que
se planejem gastos, cronogramas e outros tipos de informaes de planejamento, esta
construo necessitar de um conjunto de informaes reunidas em um projeto. Quando excede
o limite da construo, conforme Tschumi (1980, in:NESBITT, 2006, p. 174), a arquiteturanecessita tomar emprestado de outras disciplinas artsticas ou tecnolgicas, ferramentas
necessrias compreenso, crtica, e informao de seus valores, seja a escrita ou aos desenhos
17Original: Justice is the optimum; but perfect justice is only attainable in Law (Just as perfect harmony is onlyattainable in architecture) (COLLINS, 1971, p. 76).
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No difcil entender por que embora seja uma atividade aberta comunidade
profissional como um todo, esse entre outros motivos terminem por restringir a participao
nos concursos, principalmente nos internacionais, a grandes firmas de arquitetura, que
combatem melhor neste ambiente por dispor de maior capital e de equipes especializadas em
elaborar projetos para concursos. muito mais fcil para uma grande firma participar de
concursos com representaes grficas muito mais apelativas ou sofisticadas do que as de um
arquiteto solitrio. Muitas destas grandes firmas de arquitetura gozam de prestgio e
reconhecimento na comunidade profissional exatamente pela distino, pela forma nica,
como representam os seus projetos. Confirmando ou no tal tendncia, nos casos ora
analisados, o que se percebe que todos os concorrentes premiados so firmas de renome em
suas respectivas comunidades.
Nos concursos a diferenciao nas estratgias de convencimento recai nasqualidades que cada concorrente deseja explorar em seu projeto. Este foco tambm est
relacionado em como trabalhar os aspectos visuais de sua representao que, segundo Durand
devem ser desenvolvidos dentro de uma das trs categorias auxiliares possveis para a RG.
Mesmo a escolha por uma destas categorias como predominante no projeto j implica em uma
postura, numa preocupao com a descrio da organizao espacial atravs de desenhos
tcnicos ou quase tcnicos no caso dos concursos ou na denotao de volumes e
espacialidades atravs de desenhos de RG de comunicao.
Segundo Tostrup essa escolha no ingnua: cada pea grfica plantas, cortes,fachadas, etc. tambm privilegia um determinado discurso. Exemplifica desse modo que, as
peas mais indicadas para explorar aspectos espaciais como a resoluo do programa seriam,
sobretudo, plantas baixas e cortes (1999, p. 87). Ou ainda, quem quiser explorar uma insero
urbana que respeite ao contexto preexistente dever recorrer primeiro s fachadas em fita nas
quais fica clara a insero do edifcio entre outros componentes do cenrio urbano,
constituindo com estes uma unidade visual. J a celebrao da forma edilcia como um fato
nico e monumental, independentemente de seu contexto ou dominador desse, ser melhor
retratada em fachadas ou em perspectivas que enalteam o objeto.Mas, essa relao no pode ser vista de uma forma simplria pois pode conduzir a
falcias, como a de crer que quem apresentou mais em plantas baixas, preocupou-se somente
com a resoluo do espao, portanto, na adequao do programa em uma casca envoltria
qualquer, como em projetos que tm a planta como geratriz, deixando a forma que encerra tal
programa em segundo plano. Ou inversamente, que o concorrente que investiu na defesa da
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Identificadas essas fontes foi necessrio refinar e restringir um universo de estudo
delimitando uma base emprica. Pela imediata disponibilidade de documentos e pela proximidade e
envolvimento com o evento ocorrido na cidade sede dos estudos, selecionou-se o concurso para o
Teatro de Natal como primeiro elemento para estudo de caso e, visando estreitar as relaes da
recente parceria firmada entre o PPGAU/UFRN e o LEAP/UdeM, optou-se por escolher algum dos
exemplares arquivados no CCC como segundo elemento de estudo. Foram ento pr-selecionados
os concursos para o Thtre de la Borde, realizado em 2000; o do Thtre du Viex-Terrebonne,de
2002; o Thtre des Deux Rives, de 2003, e escolhido o concurso para a Salle de Spectacles de
Dolbeau-Mistassini, realizado no Quebec, em 2005, no mesmo ano do concurso de Natal.
Apesar de constituir um rico acervo, a base documental contida em Vitruvius foi
descartada porque seu banco de dados apresenta apenas extratos de pranchas, imagens tidas como
as melhores representantes dos projetos, e no as pranchas inteiras depositadas pelos concorrentes.Ou seja, por j ter sofrido tratamento e triagem, o material contido em Vitruvius no constitua
uma fonte primria principalmente por que as peas grficas dos projetos so apresentadas de
maneira fragmentria.
O arranjo das informaes nas pranchas acarreta uma leitura que os recortes em
separado no permite. O referencial terico sugere a necessidade de dispor dos documentos
conforme depositados por cada concorrente, para que se proceda com uma comparao entre tipos
de RG bem como os discursos retricos inerentes a articulao das peas grficas no projeto, no
intuito de quantific-las. Era necessrio para esta pesquisa dispor do Prprio documentosubmetido pelos profissionais o que foi disponibilizado tanto pelo IAB-RN quanto pelo CCC24.
Mesmo restringindo o universo de estudo a dois concursos, ainda havia uma
quantidade de projetos que dificilmente seria tratada consistente e coerentemente numa pesquisa
de mestrado. O concurso de Natal teve setenta e dois projetos depositados, com uma mdia de
seis pranchas cada um, para a Salle de Spectacles de Dolbeau- Mistassini, sessenta e nove
entradas, cada ums com uma prancha na primeira etapa e trs na segunda. A impossibilidade
prtica de analisar as cerca de quatrocentas pranchas do concurso de Natal e as cem de Quebec
impuseram refinar o recorte. Assim, como interessa a anlise dos projetos mais significativos dacultura profissional vigente, foram selecionados aqueles apontados por seus avaliadores, como
os melhores25, os laureados, do primeiro ao terceiro colocados mais as menes honrosas.
24Os arquivos digitais dos projetos disponibilizados pelo IAB e CCC guardam a mesma feio de suas viasimpressas.25Ao realizar tal escolha no se desconhecia a possibilidade de negligenciar projetos de qualidade, sabe-se queem concursos muitas vezes os projetos vencedores no so necessariamente os melhores, ou os mais
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se isto for constatado, ser possvel verificar se h uma consonncia entre a defesa textual e a
defesa imagtica. Ser possvel avaliar se o autor busca atravs do texto e do desenho:
1. Desenvolver um discurso unvoco, explorando ao mximo quais as qualidades de
seu projeto que devem acarretar na eleio por sua audincia;
2. Desenvolver discursos independentes para cada um, explorando algumas
qualidades no texto e outras na RG;
3. Desenvolver discursos complementares, nos quais um ajudaria a compreenso de
informaes que no ficam claras o suficiente no outro.
Numa situao em que se verifique que para um dos grupos h uma grande
quantidade de desenhos, e que estes ocupam uma pequena rea na prancha, fica evidente apouca importncia dedicada a eles na defesa da proposta. Por exemplo, quando uma prancha
inteira ocupada por apenas um desenho, verifica-se que o nmero absoluto gerado ser
pequeno apenas 01 (um) mas o nmero relativo (a rea por ele ocupada) ser grande. Se
isto ocorrer num projeto de seis pranchas, como nos do Teatro de Natal, este valor equivaler
a 1/6 de todas as informaes apresentadas, o que demonstra a grande importncia dedicada a
essa pea grfica. Nesta situao, h apenas um desenho respondendo em rea relativa a mais
do que vrios outros reunidos, de onde se pressupe que o autor decidiu enfatizar a um tipo de
representao que julgou mais convincente do que outras.Num outro exemplo, se determinado concorrente utiliza apenas trs plantas baixas
em todo o projeto, e se cada uma destas trs ocupa uma prancha por inteiro, a rea relativa
destas bem maior do que o de outras representaes, desde que, logicamente, cada uma
destas outras no ocupem uma a uma s trs pranchas que sobram. Tal postura implicaria,
segundo Tostrup, numa defesa que aposta sobremaneira no arranjo espacial do projeto. Se
todas essas plantas pertencem ainda mesma categoria definida por Durand, demonstra-se
que o autor elege essa categoria como a mais indicada na defesa de seus propsitos.
Ao final desse volume so apresentados anexos que contm as transcries dosmemoriais arquitetnicos de cada um dos projetos analisados, assim como os editais dos
concursos e os documentos que definem os programas para o projeto dos teatros.
O processo de quantificao das informaes envolveu a utilizao de alguns
softwares grficos para permitir a contagem da rea que cada uma das peas grficas ocupam
em prancha. As etapas deste processo so narradas a seguir:
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Imageria 03: minuaturas das pranchas 1 a 6 do Projeto Renato Dalpian.
As pranchas podem ser conferidas em maior resoluo na via digital que acompanha esse
volume ou em formato A4 nos apndices.
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4.1.4 - Projeto 04: Gustavo Peviani, meno honrosa.
Tabela 05:valores para categorias de RG e peas grficas no projeto Gustavo Peviani,meno honrosa no concurso para o Teatro de Natal.CONCEPO COMUNICAO DESCRIO TOTAIS
QUANT. REA % QUANT. REA % QUANT. REA % QUANT. REA %PL. BAIXAS 1 2,9 8 35,6 9 38,5CORTES 3 7,5 3 7,5
FACHADAS 4 16,7 4 16,7
PESPECTIVAS 6 30,2 6 30,2
DETALHES 0 0
MAQUETES 0 0
OUTRAS RGs 6 2,9 6 2,9
VAZIOS 2,1
TEXTOS 2,1
TOTAIS 20 60,2 8 35,6 28 100
Fonte: Elaborado pelo autor com base na pesquisa realizada.
Quadro 07:Focos do projeto Gustavo Peviani.
Categoria de RG mais utilizada Auxiliar Comunicao 60,2 %
Pea grfica mais utilizada Planta baixa
Principais focos no discurso grficoa) independncia de contexto e monumentalidade
b) organizao espacial
Principais focos no discurso textuala) acessos e organizao espacial
b) contextualizao com o entorno
Fonte: Elaborado pelo autor a partir dos dados da pesquisa.
Uma das primeiras consideraes que devem ser feitas em relao a esse
projeto que algumas das RGs de comunicao nele empregadas que somam a segunda
maior amostra para este grupo no concurso de Natal, 60,2 %, superada apenas pela do
primeiro colocado possuem caractersticas hbridas. As fachadas presentes na quarta
prancha conforme desenhadas obedecem aos rigores do desenho tcnico, mas recebem
tambm um tratamento de textura e colorao tpicas do desenho de comunicao. Por
isso, como o desenho de comunicao mais permissivo do que o tcnico, estas fachadasforam catalogadas como exemplares do primeiro grupo. Este procedimento de desenhar as
fachadas conforme o desenho tcnico e color-las como desenhos de comunicao, gerando
assim um desenho hbrido, tambm adotado pela concorrente Aline Melo. Conforme ser
demonstrado mais adiante.
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se a organizao destes espaos dentro deste volume, ou a demanda de tecnologia necessria
ao seu funcionamento.
Tal nfase pode apenas ser presumida ao se assumir os pontos de vista de Tostrup,
como o concorrente mostra mais cortes e plantas baixas que qualquer outro tipo de desenho,
provvel que tenha sido na organizao espacial em que mais apostou. Tambm possvel
presumir, ainda conforme a autora, e conhecendo o terreno para o qual o edifcio foi projetado
foram desconsideradas quaisquer relaes de harmonia com o seu entorno, uma vez que no
possvel relacionar os aspectos estticos da construo com o de qualquer uma ao seu entorno,
que tambm no se influi na forma edilcia adotada. Nem mesmo pela repercusso da
hierarquia viria na definio de fluxos como o citam outros concorrentes como Corradini ou
Aline Melo. O edifcio representado como um objeto isolado. As perspectivas mostram a
imponncia opressiva do teatro frente aos usurios que a ele recorrem, e reforam o seucarter monoltico, como visvel nas perspectivas da prancha seis.
Dos 49,1 % dedicados s RGs de descrio, a que predomina, 41 % so plantas
baixas. Os demais valores so os 35,2 % de RGs de comunicao, da quais 24,5 % so
perspectivas. Dedicando-lhe 7 %, foi o concorrentes que mais utilizou a RG de concepo.
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4.3.1 -Projeto 01: Paul Laurendeau, primeiro colocado.
Tabela 10:valores para categorias de RG e peas grficas no projeto Paul Laurendeau,primeiro colocado no concurso para a Salle de Spectacles de Doulbeau-Mistassini.
CONCEPO COMUNICAO DESCRIO TOTAISQUANT. REA % QUANT. REA % QUANT. REA % QUANT. REA %
PL. BAIXAS 1 1,8 3 12,9 6 12,5 10 27,1
CORTES 2 1,0 4 5,3 6 6,3
FACHADAS 5 5,9 5 5,9
PESPECTIVAS 14 36,1 5 2,6 19 38,8
DETALHES 1 7,0 1 7,0
MAQUETES
OUTRAS RGs 6 1,8 6 1,8
VAZIOS 9,0
TEXTOS 4,3
TOTAIS 1 1,8 30 57,6 16 27,4 47 100
Fonte: Elaborada pelo autor a partir dos dados da pesquisa.
Quadro 12:Focos do projeto Paul Laurendeau.
Categoria de RG mais utilizada Auxiliar Comunicao 57,6%
Pea grfica mais utilizada Perspectiva Cnica
Principais focos no discurso grficoa) Volumetria / monumentalidade
b) Organizao espacial
Principais focos no discurso textuala) Volumetria / monumentalidade
b) Organizao espacial hierarquizadaFonte: Elaborado pelo autor a partir dos dados da pesquisa.
Na argumentao textual o concorrente Paul Laurendeau concentra sua defesa nas
qualidades volumtricas do edifcio, un btiment sobre et spectaculaire, offrant une
prsence forte e oriente (...) toute architecture puissant et prenne sorganise autour dune
geomtrie Claire, hierarchise et bien proportione. Prossegue citando as qualidades do
apelo visual da forma e em sua capacidade em receber o programa, uma forma geomtrica
clara, hierarquizada e de boas propores, na qual o foyerde funo polivalente concentra asfunes e atividades, assim como facilita o controle e identificao do lugar.
Relembrando Tostrup, o memorial conduz a expectativa de uma representao
grfica recheada de plantas baixas e cortes que exponham a organizao espacial, e perspectivas
que explorem tanto a composio volumtrica como a relao urbana do edifcio. A presena
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Comparando as estratgias empregadas nos dois concursos, percebe-se que existe
uma maior variedade na forma como o projeto representado no contexto brasileiro do que
no canadense. E isso talvez possa ser atribudo a relaes culturais que expliquem o fato de
plantas baixas, por exemplo, serem retratadas de maneira to diversa entre concorrentes
brasileiros e de modo to homogneo entre os canadenses. Ao recuperar Collins (1971) que nos
informa sobre o fato de que os fatores culturais, polticos e econmicos repercutem sobremaneira
no projeto, no difcil relacionar a isto o fato do Brasil possuir 209 (duzentas e nove) escolas de
arquitetura, cada uma delas com suas exigncias acadmicas que podem direcionar a formao de
um profissional que se diferencia de acordo com a faculdade na qual se gradua. Esse nmero de
escolas brasileiras, por acaso, bem superior ao das 9 (nove) escolas de arquitetura existentes emQuebec. Isso um fator que pode justificar que entre os concorrentes canadenses os projetos
sejam muito mais semelhantes entre si. Todavia so fatos que apenas suscitamos e que carecem
de maior investigao para permitir concluses consistentes.
A anlise dos projetos nos dois concursos demonstrou que a categoria de RG
destinada a apenas ilustrar o projeto, e que foi chamada de comunicao, foi a mais utilizada
pelos concorrentes que obtiveram melhores resultados. Para o concurso de Natal, o arquiteto
classificado em primeiro lugar foi aquele que mais utilizou as RG de comunicao, dedicando-lhe
mais de 70% da rea de seu projeto. No caso dos quatro projetos classificados para a segunda fasedo concurso de Dolbeau-Mistassini esses valores sempre equivaleram a pelo menos metade da
rea dos projetos.
Igualmente, a quantificao das peas grficas demonstrou que a categoria mais
utilizada foi a de comunicao, ou seja, aquelas que objetivam principalmente persuadir ao
interlocutor do projeto. Mais ainda, ficou evidente que dentre os diversos tipos de peas
grficas com este objetivo de seduo, a perspectiva foi sempre o mais utilizado pelos que
subiram ao pdio. A partir desta constatao pode-se concluir que:
a) Perspectivas com desenhos hiper realistas ganharam os concursos ou pelo
menos foram as estratgias mais eficazes nos casos estudados. Os concorrentes
vencedores, tanto o ganhador do concurso de Natal, Mario Biselli, quanto os quatro
concorrentes canadenses classificados para a segunda fase do concurso, apostaram na
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certo que, como constatamos acima a representao privilegiada pelos
concorrentes e particularmente pelos ganhadores a da comunicao atravs de perspectivas
hiperrealistas.
A leitura dos projetos nos revelou que, de todo modo, sempre empregado, em
menor ou maior quantidade, um tipo de RG que em muito se assemelha a representao
tcnica, que aqui foram agrupados na categoria de RG de descrio, e que fornecem pistas
pertinentes etapa da execuo da obra. No entanto, essa representao termina sendo
utilizada de maneira incompleta, sem possuir todos os dados necessrios construo do
objeto projetado, o que talvez se deva j citada impossibilidade de se apresentar um projeto
completo num concurso.
Ao comparr especificamente as estratgias de representao grfica, possvel
concluir que os projetos apresentados para Natal, desenvolvidos em seis pranchas, atingemum grau de detalhamento bem maior que os canadenses, apresentados em uma prancha na
primeira etapa e em trs na segunda. Exceto pelos casos de Mario Biselli e Gustavo Peviani,
cujas plantas baixas e cortes so peas grficas bastante esquemticas e que recorrem a
poucas convenes tcnicas. Os brasileiros tambm recorrem muito mais que os canadenses
RG de descrio, dessa forma, nas propostas canadenses o carter de estudo preliminar e de
anteprojeto muito mais evidente.
O que ocorre entre os concorrentes brasileiros que, muitos chegam a
desenvolver suas idias em um nvel intermedirio entre o anteprojeto e o projeto executivo,condicionando uma presena macia dos desenhos da categoria de descrio, mesmo que o
edital requeira um anteprojeto, como no do Teatro de Natal44. Esta postura levanta o
questionamento sobre o quanto para estes concorrentes, o compromisso com a exeqibilidade
do projeto importante de ser demonstrado.
Entre os canadenses, de maneira geral, a RG de descrio tanto menos utilizada,
como recorre a menos convenes grficas: enquanto as plantas baixas de descrio
brasileiras representam malhas estruturais e texturas que informam sobre possveis materiais
construtivos como madeira, vidro, concreto, etc., os projetos dos canadenses, muitas vezes,no recorrem representao nem ao menos de portas ou janelas. Portanto, tal RG pode ser
considerada como menos comprometida com a etapa de execuo da obra.
44Os editais, assim como os documentos que definem seus programas, mais os memrias descritivos para cadaprojeto, dos dois concursos, esto disponveis para consulta nos anexos.
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5 CONSIDERAES FINAIS /111
Pablo Gleydson de Sousa PPGAU - UFRN
Se a RG de descrio presente nos concurso forosamente incompleta, entre os
projetos do concurso canadense esta incompletude muito mais evidente. O desenho tem
muito mais branco do que preto, muito mais espaos delineados do que linhas delineadoras,
diferentemente do que ocorre com o desenho da maioria dos concorrentes brasileiros que j
conta com uma representao muito mais parecida com aquela que encaminhada para
aprovao em rgos pblicos e, posteriormente, para o canteiro de obras, mesmo que
incompleta.
Quanto s tcnicas de computao grfica empregadas para a Representao das
perspectivas de comunicao, o que se percebe que os resultados gerados pelos programas
grficos empregados pelos concorrentes no diferem muito quanto ao resultado final das
imagens que, em sua maioria, sempre tentam imitar um acabamento fotogrfico. No projeto
vencedor em Natal e nos quatro classificados de Dolbeau-Mistassini, estas perspectivasrecorrem ainda a argumentos espetaculares e de forte apelo dramtico tais quais, reproduzir os
edifcios contra um por do Sol de intenso dgrad entre vermelho e violeta escuro ao fundo
como o faz Mario Biselli ou uma representao do edifcio contra um cu noturno
propriamente, estratgia adotada por todos os concorrentes canadenses classificados. O fato
de representar o edifcio contra um cu escuro mais uma evidencia que refora o argumento
de que os vencedores recorrem a exatamente s mesmas estratgias tanto no Brasil como no
Canad.
As perspectivas empregadas nos projetos no vencedores de Natal possuem umagrande semelhana entre si, sempre retratando o objeto com um acabamento fotogrfico, mas,
no entanto, o nmero de perspectivas que mostram o edifcio de dia muito maior do que as
representaes noturnas. Exceto pelo projeto Gustavo Peviani no qual, embora o edifcio seja
representado de dia, as perspectivas possuem um acabamento difano, visvel nas
perspectivas externas e nas fachadas de sua proposta, apenas as perspectivas internas possuem
um acabamento fotogrfico.
No que diz respeito s demais peas grficas entre os projeto no vencedores do
concurso de natal visvel a grande diferena entre os modos de representao empregadospelo vencedor e os demais concorrentes, indiferente da categoria de RG em que estas recaiam.
H uma grande diferena entre as plantas baixas e cortes empregados no projeto Mario
Biselli, que so esquemticos e parecidoas com os dos concorrentes canadenses e diferentes
daqueles dos demais concorrentes brasileiros. Tal fato contribui ainda mais com a
compreenso de que existe mesmo uma forma especfica de representar o projeto que conduz
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7/26/2019 A Representao Em Projetos de Arquitetura
112/206
7/26/2019 A Representao Em Projetos de Arquitetura
113/206
7/26/2019 A Representao Em Projetos de Arquitetura
114/206
7/26/2019 A Representao Em Projetos de Arquitetura
115/206
7/26/2019 A Representao Em Projetos de Arquitetura
116/206
7/26/2019 A Representao Em Projetos de Arquitetura
117/206
7/26/2019 A Representao Em Projetos de Arquitetura
118/206
7/26/2019 A Representao Em Projetos de Arquitetura
119/206
7/26/2019 A Representao Em Projetos de Arquitetura
120/206
7/26/2019 A Representao Em Projetos de Arquitetura
121/206
7/26/2019 A Representao Em Projetos de Arquitetura
122/206
7/26/2019 A Representao Em Projetos de Arquitetura
123/206
PROJETO:
PRANCHA 06
QUANTIDADE REA QUANTIDADE REA QUANTIDADE REA
PL. BAIXAS - 0,0% - 0,0% - 0,0%
CORTES - 0,0% - 0,0% - 0,0%
FACHADAS - 0,0% - 0,0% - 0,0%
PERSPECTIVAS - 0,0% 1T-D(3D)S 100,0% - 0,0%
DETALHES - 0,0% - 0,0% - 0,0%
MAQUETES - 0,0% - 0,0% - 0,0%
OUTRAS RGs - 0,0% - 0,0% - 0,0%
VAZIOS - 0,0% - 0,0% - 0,0% TEXTOS
TOTAIS - 0,0% 1 100,0% - 0,0%
(A,1:10) (B,1:20) (C,1:25) (D,1:50) (E,1:75) (F,1:100) (G,1:125) (H,1:150) (I,1:200) (J,1-250) (L,1:500) (M,1:750) (N,1:1000) (O, 1:2000) (P, 1:5000) (Q
(R, escalas grficas) (S, sem escala) M (manual) ou (D) digital, se 2D ou 3D Perspectivas: T- c
CONCEPO COMUNICAO DESCRIO
MARIO BISELI E A
7/26/2019 A Representao Em Projetos de Arquitetura
124/206
APNDICE B TABELAS PROJETO JULIANA CORRADINI
7/26/2019 A Representao Em Projetos de Arquitetura
125/206
7/26/2019 A Representao Em Projetos de Arquitetura
126/206
7/26/2019 A Representao Em Projetos de Arquitetura
127/206
7/26/2019 A Representao Em Projetos de Arquitetura
128/206
7/26/2019 A Representao Em Projetos de Arquitetura
129/206
7/26/2019 A Representao Em Projetos de Arquitetura
130/206
7/26/2019 A Representao Em Projetos de Arquitetura
131/206
APNDICE C TABELAS PROJETO RENATO DALPIAN
7/26/2019 A Representao Em Projetos de Arquitetura
132/206
7/26/2019 A Representao Em Projetos de Arquitetura
133/206
7/26/2019 A Representao Em Projetos de Arquitetura
134/206
7/26/2019 A Representao Em Projetos de Arquitetura
135/206
PROJETO:
PRANCHA 04
QUANTIDADE REA QUANTIDADE REA QUANTIDADE REA
PL. BAIXAS - 0,0% - 0,0% 4D-(2D)L 55,4%
CORTES - 0,0% - 0,0% 1-D(2D)J 44,6%
FACHADAS - 0,0% - 0,0% - 0,0%
PERSPECTIVAS - 0,0% - 0,0% - 0,0%
DETALHES - 0,0% - 0,0% - 0,0%
MAQUETES - 0,0% - 0,0% - 0,0%
OUTRAS RGs - 0,0% - 0,0% - 0,0%
VAZIOSTEXTOS
TOTAIS - 0,0% - 0,0% 5 100,0%
(A,1:10) (B,1:20) (C,1:25) (D,1:50) (E,1:75) (F,1:100) (G,1:125) (H,1:150) (I,1:200) (J,1-250) (L,1:500) (M,1:750) (N,1:1000) (O, 1:2000) (P, 1:5000) (Q
(R, escalas grficas) (S, sem escala) M (manual) ou (D) digital, se 2D ou 3D Perspectivas: T- c
CONCEPO COMUNICAO DESCRIO
RENATO DALPIAN
7/26/2019 A Representao Em Projetos de Arquitetura
136/206
7/26/2019 A Representao Em Projetos de Arquitetura
137/206
7/26/2019 A Representao Em Projetos de Arquitetura
138/206
7/26/2019 A Representao Em Projetos de Arquitetura
139/206
7/26/2019 A Representao Em Projetos de Arquitetura
140/206
7/26/2019 A Representao Em Projetos de Arquitetura
141/206
7/26/2019 A Representao Em Projetos de Arquitetura
142/206
7/26/2019 A Representao Em Projetos de Arquitetura
143/206
7/26/2019 A Representao Em Projetos de Arquitetura
144/206
7/26/2019 A Representao Em Projetos de Arquitetura
145/206
7/26/2019 A Representao Em Projetos de Arquitetura
146/206
PROJETO:
PRANCHA 01
QUANTIDADE REA QUANTIDADE REA QUANTIDADE REA
PL. BAIXAS - 0,0% 4D(2D)S 26,7% 1D(2D)N, 1D(2D)P 16,1%
CORTES - 0,0% - 0,0% - 0,0%
FACHADAS - 0,0% - 0,0% - 0,0%
PERSPECTIVAS - 0,0% - 0,0% - 0,0%
DETALHES - 0,0% - 0,0% - 0,0%
MAQUETES - 0,0% - 0,0% - 0,0%
OUTRAS RGs - 0,0% - 0,0% - 0,0%
VAZIOSTEXTOS
TOTAIS - 0,0% 4 26,7% 2 16,1%
CONCEPO COMUNICAO DESCRIO
DALTON BERNAR
(A,1:10) (B,1:20) (C,1:25) (D,1:50) (E,1:75) (F,1:100) (G,1:125) (H,1:150) (I,1:200) (J,1-250) (L,1:500) (M,1:750) (N,1:1000) (O, 1:2000) (P, 1:5000) (Q
(R, escalas grficas) (S, sem escala) Perspectivas: T- cM (manual) ou (D) digital, se 2D ou 3D
7/26/2019 A Representao Em Projetos de Arquitetura
147/206
7/26/2019 A Representao Em Projetos de Arquitetura
148/206
7/26/2019 A Representao Em Projetos de Arquitetura
149/206
PROJETO:
PRANCHA 04
QUANTIDADE REA QUANTIDADE REA QUANTIDADE REA
PL. BAIXAS - 0,0% - 0,0% 3D(2D)S 14,5%
CORTES - 0,0% - 0,0% 2D(2D)J 42,7%
FACHADAS - 0,0% 2M(2D)J 28,5% - 0,0%
PERSPECTIVAS - 0,0% - 0,0% - 0,0%
DETALHES - 0,0% - 0,0% - 0,0%
MAQUETES - 0,0% - 0,0% - 0,0%
OUTRAS RGs - 0,0% - 0,0% - 0,0%
VAZIOSTEXTOS
TOTAIS - 0,0% 2 28,5% 5 57,2%
(A,1:10) (B,1:20) (C,1:25) (D,1:50) (E,1:75) (F,1:100) (G,1:125) (H,1:150) (I,1:200) (J,1-250) (L,1:500) (M,1:750) (N,1:1000) (O, 1:2000) (P, 1:5000) (Q
(R, escalas grficas) (S, sem escala) M (manual) ou (D) digital, se 2D ou 3D Perspectivas: T- c
CONCEPO COMUNICAO DESCRIO
DALTON BERNAR
7/26/2019 A Representao Em Projetos de Arquitetura
150/206
7/26/2019 A Representao Em Projetos de Arquitetura
151/206
7/26/2019 A Representao Em Projetos de Arquitetura
152/206
PROJETO:
PRANCHA 01
QUANTIDADE REA QUANTIDADE REA QUANTIDADE REA
PL. BAIXAS - 0,0% 1D(2D)P, 1D(2D)N 16,4% 2D(2D)L 28,8%
CORTES - 0,0% - 0,0% - 0,0%
FACHADAS 1M(2D)S 1,6% - 0,0% - 0,0%
PERSPECTIVAS 2TM(3D)S 5,5% 1TD(3D)S 2,9% - 0,0%
DETALHES - 0,0% - 0,0% - 0,0%
MAQUETES - 0,0% - 0,0% - 0,0%
OUTRAS RGs 4M(2D)S 11,3% - 0,0% - 0,0%
VAZIOSTEXTOS
TOTAIS 7 18,4% 3 19,3% 2 28,8%
CONCEPO COMUNICAO DESCRIO
EDUARDO LUCIO
(A,1:10) (B,1:20) (C,1:25) (D,1:50) (E,1:75) (F,1:100) (G,1:125) (H,1:150) (I,1:200) (J,1-250) (L,1:500) (M,1:750) (N,1:1000) (O, 1:2000) (P, 1:5000) (Q
(R, escalas grficas) (S, sem escala) Perspectivas: T- cM (manual) ou (D) digital, se 2D ou 3D
7/26/2019 A Representao Em Projetos de Arquitetura
153/206
7/26/2019 A Representao Em Projetos de Arquitetura
154/206
7/26/2019 A Representao Em Projetos de Arquitetura
155/206
7/26/2019 A Representao Em Projetos de Arquitetura
156/206
7/26/2019 A Representao Em Projetos de Arquitetura
157/206
PROJETO:
PRANCHA 06
QUANTIDADE REA QUANTIDADE REA QUANTIDADE REA
PL. BAIXAS - 0,0% - 0,0% - 0,0%
CORTES - 0,0% - 0,0% - 0,0%
FACHADAS - 0,0% - 0,0% - 0,0%
PERSPECTIVAS - 0,0% 6TD(3D)S 85,4% - 0,0%
DETALHES - 0,0% - 0,0% - 0,0%
MAQUETES - 0,0% - 0,0% - 0,0%
OUTRAS RGs - 0,0% - 0,0% - 0,0%
VAZIOSTEXTOS
TOTAIS - 0,0% 6 85,4% - 0,0%
CONCEPO COMUNICAO DESCRIO
EDUARDO LUCIO
(A,1:10) (B,1:20) (C,1:25) (D,1:50) (E,1:75) (F,1:100) (G,1:125) (H,1:150) (I,1:200) (J,1-250) (L,1:500) (M,1:750) (N,1:1000) (O, 1:2000) (P, 1:5000) (Q
(R, escalas grficas) (S, sem escala) M (manual) ou (D) digital, se 2D ou 3D Perspectivas: T- c
7/26/2019 A Representao Em Projetos de Arquitetura
158/206
APNDICE G TABELAS PROJETO ALINE MELO
7/26/2019 A Representao Em Projetos de Arquitetura
159/206
7/26/2019 A Representao Em Projetos de Arquitetura
160/206
7/26/2019 A Representao Em Projetos de Arquitetura
161/206
7/26/2019 A Representao Em Projetos de Arquitetura
162/206
7/26/2019 A Representao Em Projetos de Arquitetura
163/206
7/26/2019 A Representao Em Projetos de Arquitetura
164/206
7/26/2019 A Representao Em Projetos de Arquitetura
165/206
PROJETO:
PRANCHA 01
ETAPA 01
QUANTIDADE REA QUANTIDADE REA QUANTIDADE REA
PL. BAIXAS 1 7,0% 2 29,0% - 0,0%
CORTES - 0,0% 2 4,0% - 0,0%
FACHADAS - 0,0% 1 2,0% - 0,0%
PERSPECTIVAS - 0,0% 4 43,0% - 0,0%
DETALHES - 0,0% - 0,0% - 0,0%
MAQUETES - 0,0% - 0,0% - 0,0%
OUTRAS RGs - 0,0% - 0,0% - 0,0%
VAZIOSTEXTOS
TOTAIS 1 7,0% 9 78,0% - 0,0%
(A,1:10) (B,1:20) (C,1:25) (D,1:50) (E,1:75) (F,1:100) (G,1:125) (H,1:150) (I,1:200) (J,1-250) (L,1:500) (M,1:750) (N,1:1000) (O, 1:2000) (P, 1:5000) (Q
(R, escalas grficas) (S, sem escala) Perspectivas: T- cM (manual) ou (D) digital, se 2D ou 3D
DESCRIO
PAUL LAURENDA
CONCEPO COMUNICAO
7/26/2019 A Representao Em Projetos de Arquitetura
166/206
7/26/2019 A Representao Em Projetos de Arquitetura
167/206
7/26/2019 A Representao Em Projetos de Arquitetura
168/206
7/26/2019 A Representao Em Projetos de Arquitetura
169/206
7/26/2019 A Representao Em Projetos de Arquitetura
170/206
7/26/2019 A Representao Em Projetos de Arquitetura
171/206
7/26/2019 A Representao Em Projetos de Arquitetura
172/206
PROJETO:
PRANCHA 02
ETAPA 02
QUANTIDADE REA QUANTIDADE REA QUANTIDADE REA
PL. BAIXAS - 0,0% - 0,0% 3 47,0%
CORTES - 0,0% - 0,0% 3 21,0%
FACHADAS - 0,0% - 0,0% - 0,0%
PERSPECTIVAS - 0,0% 4 25,0% - 0,0%
DETALHES - 0,0% - 0,0% - 0,0%
MAQUETES - 0,0% - 0,0% - 0,0%
OUTRAS RGs - 0,0% - 0,0% - 0,0%
VAZIOSTEXTOS
TOTAIS - 0,0% 4 25,0% 6 68,0%
DESCRIOCONCEPO COMUNICAO
NATURE HUMAINE
(A,1:10) (B,1:20) (C,1:25) (D,1:50) (E,1:75) (F,1:100) (G,1:125) (H,1:150) (I,1:200) (J,1-250) (L,1:500) (M,1:750) (N,1:1000) (O, 1:2000) (P, 1:5000) (Q
(R, escalas grficas) (S, sem escala) M (manual) ou (D) digital, se 2D ou 3D Perspectivas: T- c
7/26/2019 A Representao Em Projetos de Arquitetura
173/206
7/26/2019 A Representao Em Projetos de Arquitetura
174/206
APNDICE J TABELAS PROJETO CROFT PELLETIER
7/26/2019 A Representao Em Projetos de Arquitetura
175/206
PROJETO:
PRANCHA 01
ETAPA 01
QUANTIDADE REA QUANTIDADE REA QUANTIDADE REA
PL. BAIXAS 1 3,0% 2 15,0% - 0,0%
CORTES 1 2,0% 2 12,0% - 0,0%
FACHADAS - 0,0% - 0,0% - 0,0%
PERSPECTIVAS 1 3,0% 3 50,0% - 0,0%
DETALHES - 0,0% - 0,0% - 0,0%
MAQUETES - 0,0% - 0,0% - 0,0%
OUTRAS RGs - 0,0% - 0,0% - 0,0%
VAZIOSTEXTOS
TOTAIS 3 8,0% 7 77,0% - 0,0%
(A,1:10) (B,1:20) (C,1:25) (D,1:50) (E,1:75) (F,1:100) (G,1:125) (H,1:150) (I,1:200) (J,1-250) (L,1:500) (M,1:750) (N,1:1000) (O, 1:2000) (P, 1:5000) (Q
(R, escalas grficas) (S, sem escala) Perspectivas: T- cM (manual) ou (D) digital, se 2D ou 3D
DESCRIO
CROFT PELLETIE
CONCEPO COMUNICAO
7/26/2019 A Representao Em Projetos de Arquitetura
176/206
PROJETO:
PRANCHA 01
ETAPA 02
QUANTIDADE REA QUANTIDADE REA QUANTIDADE REA
PL. BAIXAS - 0,0% 1 15,5% - 0,0%
CORTES - 0,0% - 0,0% - 0,0%
FACHADAS - 0,0% 2 8,0% 2 9,0%
PERSPECTIVAS - 0,0% 2 40,0% - 0,0%
DETALHES - 0,0% - 0,0% - 0,0%
MAQUETES - 0,0% - 0,0% - 0,0%
OUTRAS RGs - 0,0% - 0,0% - 0,0%
VAZIOSTEXTOS
TOTAIS - 0,0% 5 63,5% 2 9,0%
CONCEPO COMUNICAO
(A,1:10) (B,1:20) (C,1:25) (D,1:50) (E,1:75) (F,1:100) (G,1:125) (H,1:150) (I,1:200) (J,1-250) (L,1:500) (M,1:750) (N,1:1000) (O, 1:2000) (P, 1:5000) (Q
(R, escalas grficas) (S, sem escala) M (manual) ou (D) digital, se 2D ou 3D Perspectivas: T- c
DESCRIO
CROFT PELLETIE
7/26/2019 A Representao Em Projetos de Arquitetura
177/206
7/26/2019 A Representao Em Projetos de Arquitetura
178/206
7/26/2019 A Representao Em Projetos de Arquitetura
179/206
7/26/2019 A Representao Em Projetos de Arquitetura
180/206
7/26/2019 A Representao Em Projetos de Arquitetura
181/206
PROJETO:
PRANCHA 02
QUANTIDADE REA QUANTIDADE REA QUANTIDADE REA
PL. BAIXAS - 0,0% 1 17,0% - 0,0%
CORTES - 0,0% - 0,0% - 0,0%
FACHADAS - 0,0% 4 38,0% - 0,0%
PERSPECTIVAS - 0,0% 2 45,0% - 0,0%
DETALHES - 0,0% - 0,0% - 0,0%
MAQUETES - 0,0% - 0,0% - 0,0%
OUTRAS RGs - 0,0% - 0,0% - 0,0%
VAZIOSTEXTOS
TOTAIS - 0,0% 7 100,0% - 0,0%
DESCRIO
BLOIN LEMIEUX S
CONCEPO COMUNICAO
(A,1:10) (B,1:20) (C,1:25) (D,1:50) (E,1:75) (F,1:100) (G,1:125) (H,1:150) (I,1:200) (J,1-250) (L,1:500) (M,1:750) (N,1:1000) (O, 1:2000) (P, 1:5000) (Q
(R, escalas grficas) (S, sem escala) M (manual) ou (D) digital, se 2D ou 3D Perspectivas: T- c
7/26/2019 A Representao Em Projetos de Arquitetura
182/206
7/26/2019 A Representao Em Projetos de Arquitetura
183/206
7/26/2019 A Representao Em Projetos de Arquitetura
184/206
Pablo Gleydson de Sousa PPGAU - UFRN
8 ANEXOS/184
8 - ANEXOS
Teatro de Natal - Concurso Pblico Nacional de ArquiteturaNatal, 13 de outubro de 2005
1 lugarArquitetos Mario Biselli e Guilherme L. Motta
O projeto desenha primeiramente um grande espao urbano, e extrai desta ao a condio deimplantao do grande equipamento pblico.
Como estratgia geral estabelece uma faixa infra-estrutural junto divisa reservando 'as trs frentesas reas pblicas.
O partido arquitetnico se define no alinhamento das salas de espetculo em paralelo fronteiranordeste do terreno, reservando 6 metros para uma via interna. Ao longo desta linha posicionam-seas caixas cnicas em cujo permetro vertical e horizontal se posicionam os ambientes de apoioartstico, ambientes de administrao e difuso cultural e apoio tcnico. Esta concepo permite a
perfeita comunicabilidade entre as caixas e sua infra-estrutura de acesso, carga e descarga efuncionalidade, permitindo simultaneidade e reversibilidade de todo o setor de bastidores e contra-regragem.
Todo este corpo arquitetnico define-se como um bloco funcional e de restrito acesso, estratgia quepermitir que todos os espaos pblicos e de acesso aos espetculos estabeleam frontalidades 'astrs avenidas em nveis diversos, desfrutando das qualidades urbanas excepcionais que o stiooferece. Permitir tambm o desenho de uma cobertura para as caixas de platia e para configuraode um saguo nico de escala monumental que com seus beirais dilui a fronteira interior / exterior (eprovendo o sombreamento de uma varanda nordestina), controlando os acessos atravs de foyersindividualizados para cada sala e distribuindo os espaos de servio vinculados ao fluxo de pblico.
O gesto maior do projeto consiste no desenho de uma grande praa que antecede todo o conjuntoarquitetnico. A praa nasce de uma linha diagonal derivada da geometria prpria das salas de
espetculo, que se organiza segundo a ordem crescente das suas dimenses, tendo como base oalinhamento horizontal e vertical das bocas de cena. A praa o espao pblico que o projetooferece 'a cidade, podendo abrigar todos os tipos de evento destacados pelo edital. Seu acesso se dsempre em nvel com as ruas e permite acessar o saguo em seus dois nveis. O nvel principal dapraa coincide com as cotas superiores do stio. Seu territrio definido pela rea verde na esquinadas avenidas Prudente de Morais e Miguel Castro (proporcionando a rea permevel sugerida pelalegislao) e pela laje da garagem que proporciona um piso seco.
Dois pisos de garagem fornecem as vagas demandadas, estabelecidos praticamente em suas cotasnaturais de modo a acessar o saguo em nvel e permitir um movimento de terra praticamente nulo.
Salas de Espetculo
As salas foram projetadas para abrigar confortavelmente o pblico solicitado pelo edital. Estodotadas de todos os equipamentos e cabines necessrias para qualquer tipo de espetculo. Asplatias tm inclinaes que permitem a perfeita visibilidade de qualquer ponto. As salas tm altura elarguras timas e receberam tratamentos de piso, teto e paredes visando atender aos conceitosclssicos de acstica quanto a controle e isolamento, e condies de boa acstica quanto a silncio,boa distribuio do som, nvel sonoro adequado e satisfatrio tempo de reverberao.
As salas esto dotadas com instalaes de cine teatro, com exceo da sala maior (2000 pessoas),claramente vocacionada para grandes espetculos de teatro e artes performticas em geral.
Construo
7/26/2019 A Representao Em Projetos de Arquitetura
185/206
Pablo Gleydson de Sousa PPGAU - UFRN
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Edifcio a ser construdo predominantemente em estrutura de concreto e alvenaria, com exceo dacobertura principal do saguo e das estruturas superiores das salas de espetculo em estrutura deao, possibilitando a sua construo em etapas sem prejuzo de sua operacionalidade.
A cobertura principal composta de trelias de ao e fechamento de materiais isolantes termo-acsticos de translucidez controlada. A cobertura apia-se na estrutura de concreto das salas
mantendo sua independncia em relao a estas principalmente para garantir a constante eabundante ventilao do espao como um todo. Caixilhos e vidro foram utilizados com grandeeconomia, somente a sala maior dotada deste recurso em maior escala (devidamente protegido dainsolao) na sua fachada junto avenida Romualdo Galvo.
O projeto ainda reserva um elenco de materiais de grande resistncia, durabilidade e economia.
Os elementos do paisagismo visam uma praa de grandes dimenses e sem obstculos. Pisosmonolticos e grama. Asperso de gua na forma de um cubo trazendo umidade para o ar. Um grupode palmeiras.
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Pablo Gleydson de Sousa PPGAU - UFRN
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carter mais intimista na apresentao de um grande palestrante tornando a atmosfera mais quente.Isso requer pelo menos a participao de dois sistemas de iluminao alternativos, quase sempredimerizveis.
Evidente que em um espao grandioso com a grande participao de pessoas os cuidados com ailuminao de emergncia vo estar prescritos. No s iluminao de emergncia de segurana para
eventuais sadas de fuga, balizamentos e com a sinalizao apropriada como tambm um sistema deiluminao de viglia para permitir o trnsito das pessoas durante as apresentaes, seja junto aomobilirio (incorporado s poltronas), seja atravs de balizamentos de piso (incorporados sparedes), quase sempre com fontes de luz de muito baixa potncia.
Vamos lembrar que por serem espaos grandiosos todos esses sistemas alternativamente ofertadosat ento no so os mais apropriados para manuteno e montagem dos espetculos nas salas. Umsistema de servio mais econmico operacionalmente dever ser prescrito no sentido de darefetividade s aes de limpeza, rearranjo das poltronas e montagem dos eventos propriamenteditos.
Do ponto de visto da iluminao, especialmente considerando o foyer desses espaos, tambm devehaver um enobrecimento atravs da luz, associada valorizao de obras de arte. Artistas locaispodero ser convocados para efetivar uma referncia do espao integrando arquitetura, arte local etudo relativo performing artspode ser considerado.
Toda a iluminao estar pautada pelo uso de fontes economizadoras de energia que vo colaborarno s na operao econmica do sistema de iluminao do conjunto edificado como tambm vopermitir a adoo de lmpadas com longa vida til para que perodos de manuteno sejam os maisdelongados possveis. Quando se elegem fontes alternativas e de grande desempenho e baixoconsumo quase sempre temos tambm contribuies favorveis na reduo da carga trmica devidoao sistema de iluminao, o que favorecer o dimensionamento mais apurado do sistema de arcondicionado. Uma proposta criteriosa dada a extenso do espao com acionamentos parciaisinvocando a temporalidade do uso tambm se far prescrito enquanto inteno de projeto de modo afavorecer, por exemplo, o uso de reas de circulao ou de apoio sem efetivar o acionamento dereas que num dado momento no estariam ocupadas. Essa programao de acionamento criteriosaleva a economias do ponto de vista operacional.
A Cl imatizao
Para condicionar as quatro salas mais as reas de camarins e oficinas localizadas no subsoloadotamos unidades condicionadoras do tipo fan-coil. Para a sala de 2000 lugares teremos dois fan-coilsde 77TR, para a de 600 um de 70 TR, para a de 400 um de 30 TR e para a de 200 um de 15 TR.A distribuio do ar nas salas ser realizada atravs do insuflamento do ar pelo piso, com difusoresdistribudos ao longo da platia. Para garantir o isolamento acstico destes equipamentos com assalas ser utilizado um sistema de atenuao acstica. A tomada de ar externo para renovao do are manuteno da presso positiva interna ser feita atravs de abertura de 8m2localizado na fachadaNordeste.
A gua de Natal alcalina, portanto no adequada para alimentar os equipamentos de arcondicionado, pois a tubulao sofre aps trs anos o fenmeno da incrustao, que resulta na
diminuio do seu dimetro interno, havendo a necessidade de manuteno contnua para que osequipamentos funcionem adequadamente. Sendo assim, optamos pela utilizao de dois chillersdecondensao a ar de capacidade nominal de 129 TR cada um.
Todos os demais recintos do edifcio se abrem para a grande Praa coberta e recebem os ventos detodas as direes e principalmente os predominantes vindos do sudeste, fazendo com que no haja anecessidade de condicionamento artificial. H a possibilidade de todos os recintos seremcondicionados futuramente, pois h shaftsdistribudos estrategicamente e que proporcionaro oencaminhamento de futuras instalaes.
7/26/2019 A Representao Em Projetos de Arquitetura
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Pablo Gleydson de Sousa PPGAU - UFRN
8 ANEXOS/189
O Conforto Ambiental
A grande cobertura de cristal sobre a Praa central ser constituda por painis de vidro de seguranalaminado refletivos incolores para o controle solar. Ela ser inclinada e com sua aerodinmica voltadapara o sudeste, donde provm os ventos dominantes.
A ventilao dever ser otimizada para permitir a retirada do calor do interior do ambiente. Parafavorecer a obteno do conforto trmico esta cobertura ser dotada de grandes aberturas zenitaisconjugados com a total ausncia de fechamentos laterais.
Abaixo das aberturas estaro praas arborizadas cujas rvores tero as copas densas queatravessaro os rasgos na cobertura, protegendo os vidros e fazendo sombra para os usurios. Almdisso, um grande espelho dgua e chafarizes proporcionaro um clima agradvel ao ambiente.
Este conjunto formado pela cobertura de vidro refletivo, pelo espelho dgua, o borrifamento dasguas dos chafarizes, a sombra das copas das rvores e a ao dos ventos constantes tornaro esteambiente agradvel.
Na projeo das reas onde esto o restaurante e biblioteca bem como sobre as salas de ensaio,
mesmo sendo espaos tambm favorecidos pelos ventos e brisas, adotamos brises soleildispostossobre a cobertura de vidro e voltados para o norte, proporcionando um maior controle da incidncia eradiao solares.
7/26/2019 A Representao Em Projetos de Arquitetura
190/206
Pablo Gleydson de Sousa PPGAU - UFRN
8 ANEXOS/190
3 lugarArquitetos Renato Dal Pian e Lilian Dal Pian
Consideraes
Como edifcio pblico, o teatro uma referncia cultural de grande valor simblico nas cidades suapresena urbana, prevalecente e destacada, remonta a sculos.
Espao tradicional da arquitetura, sempre teve, pela natureza sazonal de suas atividades, uso pontuale intenso em horrios especficos, contrapostos a perodos de ociosidade de ocupao.
Na sociedade contempornea o teatro passa a estender seu uso para alm dos horrios deespetculos, incorporando a seus espaos novas atividades e servios que intensificam a contnuautilizao de suas estruturas.
O complexo de teatros de Natal, agregando a suas atividades intrnsecas aquelas de trabalho,estudo, entretenimento, lazer e consumo, dever, no seu projeto, se configurar receptvel s diversassituaes c
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