Livro de resumos
"A nova geração de professores diante da tecnologia e
da acessibilidade"
Comissão Organizadora
Docente Responsável: Prof. Dr. Sérgio Ricardo Muniz Discentes: Ana Laura Junqueira Ferreira (2015) Fábio Henrique G. de Souza (2013) Graciele das Neves Oliveira (2013)
Gevair Norberto de Souza (2012) Letícia Cristina C. do. C. Pradella (2013) Rafaela Masson (2011)
Comissão Científica
Profa. Dra. Ana Cláudia Kasseboehmer (IQSC – USP) Prof. Dr. André Luiz Meleiro Porto (IQSC – USP) Profa. Dra. Esther Pacheco de Almeida Prado (ICMC – USP) Ms. Herbert Alexandre João (IFSC – USP) Prof. Dr. José Fernando Fontanari (IFSC – USP) Profa. Dra. Nelma Regina Segnini Bossolan (IFSC – USP) Prof. Dr. Otavio Henrique Thiemann (IFSC – USP) Prof. Dr. Sérgio Ricardo Muniz (IFSC – USP) Profa. Dra. Sueli Mieko Tanaka Aki (ICMC – USP)
Grupo de Apoio
Artur Artimonte Caio Vinicius Sgobe Caroline Polizei Lorente Jéssica Cristina Ramos Luiz Henrique Calderon Salles Patrícia Fernanda Rossi
Paulo Henrique Chiari Rassiê Tainy de Paula Rodrigo de Castro Salvalajo Talles Zia Di Lei Vinicius dos Santos Silveira Camargo
Realização e Apoio
Edição e Organização do Livro de Resumos
Rafaela Masson e Sérgio R. Muniz
Prefácio
Em sua décima edição, a SeLic continua a tradição de oferecer um evento rico
em oportunidades de aprendizado, troca de experiências e discussão de assuntos
atuais e relevantes para a atuação profissional dos estudantes dos cursos de
Licenciatura. Neste ano, a sessão de pôsteres ganhou uma abrangência maior.
Além dos trabalhos de pesquisa, também inclui a produção de material didático,
divulgação científica e trabalhos na área de educação especial e inclusão. Como
resultado, o número de trabalhos apresentados é recorde, registrando mais que o
dobro da última edição do Livro de Resumos, de 2013.
Este é um número significativo, por tratar-se majoritariamente de trabalhos
desenvolvidos pelos próprios alunos de Licenciatura, muitos deles baseados em
atividades práticas com estudantes da rede pública. Além da formação dos
licenciandos, essas ações têm impacto social, contribuindo para a melhoria da
qualidade do ensino público e difusão científica no entorno desses cursos.
Na edição deste ano, temos também a participação de trabalhos de outras
unidades de ensino do estado. Permitindo à SeLic cumprir também o papel de
promover a troca de experiências e iniciativas dentre os estudantes dessas
diversas regiões, inclusive com os professores e profissionais da área de
Educação, sobretudo na região de São Carlos. Este livro de resumos estende
ainda mais o alcance dessas inciativas com a divulgação eletrônica, através do
SIBi-USP, compartilhando esses conhecimentos com outras regiões do país.
Um grande diferencial da SeLic é o protagonismo dos estudantes da LCE,
sobretudo os da comissão organizadora. Nesta edição não foi diferente. A escolha
do tema desse ano demonstra muito bem isso, trazendo para o centro da
discussão dois assuntos fundamentais dessa época, e que são de grande
interesse dos nossos alunos: o uso eficiente e inteligente das tecnologias como
ferramentas de apoio ao ensino e, talvez, o desafio maior, que é a questão da
acessibilidade e inclusão, nas suas várias formas e seus termos mais amplos.
Essa é uma discussão importante e bastante oportuna no momento atual, com a
qual a X SeLic contribui através das suas palestras e debates, oficinas, minicursos
e, é claro, os trabalhos apresentados pelos estudantes. Neste documento, todos
têm a chance de ver um registro e uma pequena amostra desse evento.
Sérgio Ricardo Muniz IFSC-USP
O Evento
A Semana da Licenciatura em Ciências Exatas (SeLic) acontece desde 2005,
sendo um evento anual voltado à professores da rede pública e privada e alunos
de cursos de licenciatura da Universidade de São Paulo (USP), da Universidade
Federal de São Carlos (UFSCar) e demais interessados.
O evento é organizado por alunos do curso de Licenciatura em Ciências
Exatas com apoio das Instituições responsáveis pelo curso. No ano de 2015 a
SeLic completa 10 anos e tem como tema "A nova geração de professores diante
da tecnologia e da acessibilidade". A SeLic conta com atividades bem
diversificadas, como apresentação de trabalhos científicos, minicursos, oficinas e
palestras, ocorrendo entre do dia 28 de setembro a 02 de outubro de 2015, no
Instituto de Física de São Carlos.
Além das atividades acadêmicas, a SeLic envolve atividades sociais e, para
isso, contamos com a sua colaboração para a doação de 1 kg de alimento não
perecível ou 1L de leite que deverá ser entregue na abertura da semana.
Neste ano a SeLic contou com o apoio do Instituto de Física de São Carlos -
IFSC, do Instituto de Química de São Carlos - IQSC, do Instituto de Ciências
Matemáticas e Computacionais - ICMC, do Centro de Divulgação Científica e
Cultural – CDCC, da Pró-reitoria de Graduação da USP – PRG, da Pró-reitoria de
cultura e extensão universitária - PRCEU, do Centro de pesquisa em óptica e
fotônica – CePOF/CEPID-FAPESP e da Secretaria Acadêmica da Licenciatura em
Ciências Exatas – SACEx.
Edições anteriores
2006: I SeLic: “A Interdisciplinaridade pode ser uma importante ferramenta no Ensino de Ciências”. 2007: II SeLic: “Educação, Sociedade e Tecnologia”. 2008: III SeLic: “Arte, Cultura e a Educação”. 2009: IV SeLic: “Astronomia: diversas possibilidades para o ensino de ciências e matemática” 2010: V SeLic: “ Tecnologia e Experimentos didáticos no ensino de ciências e matemática” 2011: VI SeLic: “Aprendizagem em espaços não formais.” 2012: VII SeLic: “O futuro da profissão docente numa sociedade em transformação” 2013: VIII SeLic: “20 Anos do Curso de Licenciatura em Ciências Exatas: Conquistas e Desafios” 2014: IX SeLic / V Jornada das Licenciaturas da USP
Programação
Horário/Dia 28/set 29/set 30/set 01/out 02/out
16 - 18h
AP
18 - 19h Intervalo livre
19 - 19:30h Abertura OF1, OF2,
OF3 P3
M1, M2, M3
Encerramento, premiação e
Show de talentos
19:30 - 20:40h P1
20:40 - 21h Intervalo
21 - 22:40h P2 OF1, OF2,
OF3 P4
M1, M2, M3
Coquetel de encerramento
Abertura – Abertura com os diretores do IFSC, ICMC e IQSC, pró-reitor de graduação da
USP, coordenador do curso de Licenciatura em Ciências Exatas e representantes discentes e
docentes da comissão Organizadora. (Local: Anfiteatro Sérgio Mascarenhas)
P1 – Palestra de abertura com o Pró-Reitor de Graduação da USP, Prof. Dr. Antonio Carlos
Hernandes. (Local: Anfiteatro Sérgio Mascarenhas)
P2 - Palestra “Tecnologia Assistiva na Educação Especial” com a Profa. Dra. Vera Lucia
Vieira de Souza. (Local: Anfiteatro Sérgio Mascarenhas)
OF1 – “Objetos de aprendizagem virtual no ensino de física” com o Prof. Dr. Sérgio Ricardo
Muniz. (Espaço Horácio Carlos Panepucci – Anfiteatro Verde)
OF2 – "Matemática M³" com a Profa. Dra. Laura Letícia Ramos Rifo. (Espaço Horácio Carlos
Panepucci – Anfiteatro Azul)
OF3 – “Jogos, atividades lúdicas e mídias no ensino de química” com a Profa. Dra. Nyuara
Araújo da Silva Mesquita. (Espaço Horácio Carlos Panepucci – Anfiteatro Novo)
P3 - Palestra "Unificação das disciplinas no ensino médio: Para que(m) ela deverá servir?”
com o Prof. Dr. Jorge Luiz Barcellos da Silva. (Local: Anfiteatro Sérgio Mascarenhas)
P4 - Palestra “Games, simulação e gamificação” com o Ms. Herbert Alexandre João. (Local:
Anfiteatro Sérgio Mascarenhas)
AP – Materiais didáticos e pôsteres. (Local: Prédio da administração do IFSC) - Atividade
realizada juntamente com a SIFSC 5
M1 – “Ensino de Química na perspectiva da inclusão” com o Prof. Dr. Gerson de Souza Mól.
(Espaço Horácio Carlos Panepucci – Anfiteatro Verde)
M2 – “Material Didático Inclusivo no Ensino de Física” com o Prof. Dr. Eder Pires de Camargo.
(Espaço Horácio Carlos Panepucci – Anfiteatro Azul)
M3 – “Inclusão no ensino de matemática” com a Profa. Dra. Claudia Segadas Vianna Abreu.
(Espaço Horácio Carlos Panepucci – Anfiteatro Novo)
Encerramento – Homenagens e premiação aos alunos com melhores trabalhos
apresentados, show de talentos e coquetel de encerramento. (Atividades conjuntas com o
SIFSC 5, Local: Anfiteatro Sérgio Mascarenhas)
Índice de autores
A
Alexandrino, Daniela M. Resumo 7, 8, 14
Alvarenga, Natália Resumo 31
Alves, Ana Priscila Resumo 4
Amo, Gabriela Salvador de Resumo 11
Angelotti, Karen Grasiela Resumo 13
Artimonte, Artur Resumo 10
B
Barbosa, Ellen Francine Resumo 25
Barros, Tullio Henrique Cano de Haro Resumo 9, 16
Benedini, Leandro J. Resumo 16
Bento, Teily Cristiane Resumo 3, 12
Blanco, Laura Resumo 15
C
Calvo, Rafaela Resumo 23
Câmara, Thássia Rafaela Camilo Resumo 19
Cardoso, Thaís Pedroso Resumo 10, 21, 22, 25, 28
Chiari, Paulo Henrique Resumo 10, 21, 22, 25, 28
Corrêa, Roberta Guimarães Resumo 4, 12, 16, 29
Correia, Emike Luzia Pereira Resumo 13
Costa, Nucélia L. A. Resumo 32
Coutinho, Bruna Carolina Resumo 3, 26
Cristina, Renata Resumo 3
D
Denari, Gabriela Bueno Resumo 20
F
Figueira, Eduardo C. Resumo 16
Filippini, Breno Olegario Resumo 23
França, Rodrigo A. Resumo 32
Freitas, Gabriele de Resumo 9, 11
G
Girotto, Wendi Resumo 4
Gomes, Bruno Ruiz Resumo 9
Granatto, Joanita Nakamura Resumo 4, 11, 29
H
Heeren, Marcelo Velloso Resumo 3, 9, 26
J
João, Herbert Alexandre Resumo 1, 30
Julio, Renata C. Resumo 12
K
Kasseboehmer, Ana C. Resumo 6, 13, 17, 20
L
Lima, Carime Resumo 5
Lima, Wendi G.R de Resumo 27
Lobo, Leonor P. Resumo 16
M
Macedo, Isabela Rocha de Resumo 9, 11
Maldonado, José Carlos Resumo 25
Marasco Júnior, César Augusto Resumo 11
Martins, Débora Cristina Resumo 23
Martins, Robson Douglas da Silva Resumo 30
Mascarenhas, Yvonne Primerano Resumo 10, 21, 22, 25, 28
Mascio, Carlos C. Resumo 17
Masson, Rafaela Resumo 21, 22, 25, 28
Miguelão, Bruna Caroline Resumo 3
Moraes , Isabela S. de Resumo 12
Moretti, Marli T.Z. Resumo 2
Muniz, Ana Paula K. Resumo 2
Muniz, Sérgio R. Resumo 2
O
Okada, Theófilo S. Resumo 18
Oliveira, Graciele N. Resumo 31
Oliveira, Ricardo Castro de Resumo 4, 23, 26, 29
Oliveira, Thayse Christina Elias de Resumo 26
P
Pacheco, Braína Inez Resumo 11
Panegassi, Adriene Resumo 32
Panicheli, Beatriz Caroline Resumo 23
Parra, Kenia Naara Resumo 6
Paula, Rassiê Tainy de Resumo 24
Pechim, Letícia de O. Resumo 27
Peron, Keila Angélica Resumo 8, 14
Pirolla, Natalia F. Frediani Resumo 3
Porto, André L. M. Resumo 31
Pradella, Letícia Cristina C. do C. Resumo 1, 17
Prado, Esther Pacheco de Almeida Resumo 18, 19
R
Rigatto, Maria Carolina Resumo 26
Rodrigues, Josilene L de S. Resumo 27
Rodrigues, Marina Cancio Resumo 19
Rossi, Patrícia Fernanda Resumo 20
S
Salles, Luiz Henrique Calderon Resumo 24
Santos, Fábio Viana Resumo 8
Santos, Rândilla R. Cordeiro dos Resumo 7
Silva Júnior, Ademir de J. Resumo 7
Silva, Ana Carolina da Resumo 1
Silva, Caio J. M. A. Resumo 1
Silva, Geisiane Rosa da Resumo 30
Silva, Gislaine V. da Resumo 32
Silva, Maurício José da Rocha Guimarães Resumo 9
Soares, Jakeline Damarys Resumo 12, 29
Souza , Fábio H. Resumo 17
Souza Jr, Joso de Resumo 17
Souza, Gevair Norberto de Resumo 10, 21, 22, 25
Souza, Tamires Tomintes de Resumo 16, 29
Stanganini, Luana Graziele Resumo 18
V
Valerio, Cristiane Silvestre Resumo 9, 16
Veiga, Caroline Resumo 6
X SeLic SEMANA DA LICENCIATURA EM CIÊNCIAS EXATAS
INSTITUTO DE FÍSICA DE SÃO CARLOS USP – SÃO CARLOS
X SELIC - Instituto de Física de São Carlos - USP, São Carlos, SP, 28 de setembro a 02 de outubro de 2015. RESUMO 1
Programa Universitário Por Um Dia: Extensão e Ensino Física
Ana Carolina da Silva1*
, Caio J. M. A. Silva2, Letícia Pradella
1, Herbert Alexandre João
1
1Instituto de Física de São Carlos,
2Instituto de Ciências Matemáticas e Computação
Palavras Chave: ensino de física, extensão universitária, inclusão social.
Introdução
Iniciativa do Instituto de Física de São Carlos (IFSC), o Programa UNIVERSITÁRIO POR UM DIA tem como principal objetivo proporcionar a estudantes do ensino médio da rede pública ou privada a oportunidade de conhecer e interagir com o ambiente universitário do Campus da USP São Carlos, além de motivar o interesse dos estudantes pelas ciências exatas, especialmente Física, através de atividades de cunho demonstrativo que abordam diferentes conceitos fundamentais de Física em um laboratório de ensino de Física - a Sala do Conhecimento.
Métodos, Resultados e Discussão
As visitas ocorrem de segunda a sexta-feira das 9h às 16h e em sua programação inclui: • Uma palestra sobre as universidades públicas e suas formas de ingresso, assistências estudantis, estrutura do Campus de São Carlos, cotidiano universitário, atividades de pesquisa, ensino e extensão do IFSC, os cursos oferecidos e as oportunidades no mercado de trabalho; • Visita guiada à biblioteca do IFSC; • Almoço gratuito no Restaurante Universitário do Campus; • Show de Física, onde são realizadas demonstrações experimentais relacionadas a aplicações cotidianas e tecnológicas da Física e ciências correlatas, totalizando seis horas de visita.
Figuras: Alunos na Sala do Conhecimento
Até o momento, 30 alunos participantes do programa
ingressaram no IFSC e indicaram a apresentação
como forma de conhecimento e fator de escolha pelo
curso e instituto. Desde maio de 2011 até julho de
2015 o programa já recebeu 15029 alunos de mais de
330 escolas, abrangendo mais de 50% das
microrregiões do estado de São Paulo. Somente em
2014 foram atendidos 2035 estudantes de 56
instituições de ensino dos quais 70% provenientes de
escolas públicas.
Gráfico: Número de alunos de Julho/14 a Junho/15 Em relação aos bolsistas, esses relacionam a experiência realizada com a teoria e aprendem a dialogar de forma clara com o público, construindo conceitos a partir de experimentos e analogias.
Considerações Finais
Os resultados apresentados demonstram que o
programa "Universitário por um dia“ obteve grande
aceitação por parte das escolas do ensino básico do
Estado de São Paulo em participar das atividades
propostas pelo IFSC. Com isso, criou-se a
oportunidade para que estudantes de ensino médio
convivam no ambiente universitário, descobrindo as
possibilidades de admissão da USP, despertando o
interesse pelos cursos de graduação. O Programa
aproximou a Universidade da população e ajudou
alunos do próprio instituto, pois ao assumirem o papel
de monitores puderam ampliar seus conhecimentos
sobre Física no que concerne aos experimentos
realizados na “Sala do Conhecimento”, melhoraram
suas habilidades de expressão e suas ações de
extensão universitária.
Agradecimentos
A equipe do laboratório de ensino de física, especialmente, aos técnicos Claudio Bretas e Daniele Jacinto e à secretária Sueli Sanchez.
X SeLic SEMANA DA LICENCIATURA EM CIÊNCIAS EXATAS
INSTITUTO DE FÍSICA DE SÃO CARLOS USP – SÃO CARLOS
X SELIC - Instituto de Física de São Carlos - USP, São Carlos, SP, 28 de setembro a 02 de outubro de 2015. RESUMO 2
Estratégias para a inclusão de alunos com Transtorno do Espectro Autista
no Ensino Regular e em Atividades Sociais.
Ana Paula K. Muniz*1, Marli T.Z. Moretti
1, Sérgio R. Muniz
1,2
1Grupo A+ São Carlos,
2Instituto de Física de São Carlos, USP
Palavras Chave: autismo, inclusão, estratégias de ensino
Introdução
O Autismo é uma síndrome que atinge, segundo o
CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças
dos EUA), 1 em cada 68 crianças (dados de 2014). A
incidência é maior em meninos do que meninas, na
proporção de quase 5 para 1. No Brasil, estima-se que
cerca de dois milhões de pessoas são afetadas, pois
não há números oficiais. Ainda não se sabe o que
causa o autismo, mas apesar de não ter cura é
tratável. O diagnostico precoce é de fundamental
importância para aumentar as chances de melhor
qualidade de vida destas crianças.
Diante das dificuldades e falta de informação, as
famílias de crianças autistas têm se unido para se
apoiarem mutuamente. O grupo A+ São Carlos, criado
em 2011, surgiu desta necessidade e tem realizado
eventos para esclarecer e auxiliar os professores da
rede de ensino e conscientizar a população sobre o
tema; além de realizar atividades entre as crianças
autistas e neurotípicas permitindo sua interação e,
consequentemente, a inclusão.
O objetivo deste trabalho é apresentar algumas das
ações realizadas pelo Grupo A+ São Carlos nos seus
4 anos de existência, com atividades que dão suporte
ao ensino e a inclusão social.
Resultados e Discussão
O Autismo é uma síndrome que afeta três áreas do desenvolvimento infantil, chamada de tríade autista, que envolve os aspectos: social; linguagem e comunicação; e imaginação. Seu tratamento inclui diversas terapias, como: a fonoterapia; o aprendizado de métodos alternativos de comunicação, tais como a linguagem de sinais, PECS (Picture Exchange Communication System) ou uso de softwares que utilizam o PECS; a psicologia comportamental e a terapia ocupacional. Entre suas ações, o grupo A+ São Carlos têm realizado eventos que colaborem com o desenvolvimento das crianças autistas, tais como:
Estratégias de Ensino: palestras com estratégias para os profissionais e familiares trabalharem com as crianças autistas. As palestras são gratuitas e abertas ao público. São divulgadas na cidade, no site e no facebook do grupo A+. Nas palestras fornecidas pelo grupo há uma apresentação introdutória das metodologias de ensino: ABA (comportamental aplicada), PECS e TEACH, além de mostrar materiais
didáticos adaptados. Escolas ou instituições interessadas podem convidar o grupo para realizar essas palestras gratuitamente.
Atividades de inclusão social: desde 2012 são realizadas diversas atividades no dia 2 de abril, Dia Mundial de Conscientização do Autismo, como a iluminação de azul de várias repartições públicas e áreas na cidade de São Carlos, e a distribuição de panfletos informativos. Neste ano houve a produção do Gibi "Autismo: Conhecer para uma Melhor Convivência", distribuído na rede municipal de educação e em algumas escolas privadas. Em todos os eventos há um grande interesse do público e a cada ano conquistamos mais colaboradores.
Considerações Finais
O melhor caminho para vencer o preconceito e
realizar uma inclusão de sucesso são: informação,
conscientização e treinamento adequado. As
metodologias de ensino existentes para autistas, em
geral, não são conhecidas pelos professores da rede
de ensino. Procure o Grupo A+ São Carlos para
conhecer ferramentas que podem ajudar o progresso
de uma criança autista e promover uma melhor
inclusão nas salas de aula.
Agradecimentos
À Secretaria de Educação Especial de São Carlos, sob coordenação de Tamy Aline Sato, aos vereadores Lineu Navarro e Aparecido Donizette Penha, a Paulo Verardi do Sesc de São Carlos, à empresa PremieR Pet, a Professora Rosana Ro da UNICEP, ao Nilson Garcez da ONG MID, pelo constante apoio às nossas atividades. E as famílias e profissionais que têm participado de nossos eventos, em especial, às crianças, que são o motivo maior desse trabalho.
____________________ WILLIANS, CHRIS; WRIGHT, BARRY. Convivendo com o Autismo e Síndrome de Asperger. Makron Books, 2008. MOMO, ALINE R.B.; SILVESTRE, CLAUDIA; GRACIANI, ZODJA. O processamento sensorial como ferramenta para Educadores: Facilitando o processo de Aprendizagem. 2.ed. São Paulo. Memnon Ed. Científicas, 2008. LEAF, RON; MCEACHIN, JOHN. A Work in Progress. Behavior Management Strategies and a Curriculum for Intensive Behavior Treatment of Autism. DRL Books Inc.1999. Revista Autismo (online): <http://www.revistaautismo.com.br>. Página do Grupo A+, em: <http://www.amaissaocarlos.com.br>
X SeLic SEMANA DA LICENCIATURA EM CIÊNCIAS EXATAS
INSTITUTO DE FÍSICA DE SÃO CARLOS USP – SÃO CARLOS
X SELIC - Instituto de Física de São Carlos - USP, São Carlos, SP, 28 de setembro a 02 de outubro de 2015 .RESUMO 3
Indicadores étnico-raciais dos alunos do cursinho popular IF-Prepara e sua
relação com a realidade nacional.
Bruna Caroline Miguelão1*
, Bruna Carolina Coutinho1, Natalia F. Frediani Pirolla
1, Renata Cristina
1, Teily
Cristiane Bento1, Marcelo Velloso Heeren
1.
1Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo-Campus Catanduva.
Palavras Chave: Cursinho, etnia, ensino superior.
Introdução
Para iniciar uma reflexão sobre as possibilidades de ação pedagógica para tratar da diversidade cultural na educação escolar, é necessário pensar como trabalhar os conceitos de etnia. Para Carneiro (2003), a definição da palavra étnico, se trata de englobar ideias de nação, povo e raça, referente a um grupo onde se encontram traços físicos e culturais, cujos envolvidos se identificam com o grupo, se sentindo pertencentes ao mesmo. Dados encontrados na Pesquisa Nacional de Amostras de Domicílios (Rosa et al, 2007), mostra que cerca de 13,6% dos negros e pardos eram analfabetos enquanto apenas 6,2% dos brancos se encontravam na mesma situação. Sabe-se que mais de 51% da população brasileira é composta por negros e pardos, e que os mesmos encontram muita dificuldade na formação básica e que ingressam em menor quantidade no ensino superior. Sendo esta realidade presente em várias áreas do país, o IFSP Campus Catanduva criou o Cursinho Popular IF-Prepara, para jovens oriundos da rede pública de ensino de Catanduva e região, com o intuito de proporcionar oportunidades de ingresso ao ensino superior. Portanto, o presente trabalho apresenta dados descritivos da nossa realidade, e faz-se uma comparação em relação aos dados nacionais.
Resultados e Discussões
O Cursinho Popular IF-Prepara campus Catanduva, levantou dados a respeito da etnia dos alunos inscritos, baseado em um questionário socioeconômico realizado no momento da inscrição dos alunos. O gráfico abaixo mostra a quantidade de alunos inscritos no cursinho de acordo com cor/raça:
Gráfico 1: Percentual de alunos brancos, negros e pardos do IF-Prepara.
Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010.
Gráfico 2: Relação do nível de ensino de acordo com a etnia.
O Censo 2010 mostra uma grande diferença na porcentagem entre brancos, negros e pardos com idade de 15 a 24 anos que frequentavam o ensino superior. Observa-se que a quantidade de negros no gráfico 2 que ingressa em uma faculdade é a menor comparada com as outras duas etnias. No gráfico 1 percebe-se que a quantidade de negros inscritos é também a menor, sendo assim, pode-se estabelecer então uma relação. Se a quantidade de alunos negros que terminam o ensino médio e se inscrevem em um cursinho é pequena, consequentemente o ingresso desses negros á universidade será menor.
Considerações Finais
Percebe-se que a perspectiva de um negro ingressar em uma universidade é inferior em relação às outras etnias, e no Cursinho Popular pode-se entender o mesmo, pois a quantidade de inscritos negros é muito menor. Nesse contexto, entendendo que a possibilidade de um aluno negro ingressar no ensino Superior é reduzida em relação aos alunos brancos e pardos, faz-se necessário a continuação e criação de novas condutas de acesso de estudantes negros ao ensino de todos os níveis.
Agradecimentos
SOUZA, L. C. M. Diversidade Cultural um Desafio na Escola Gabriel
Lage. Do carmo, 2012.
CARNEIRO, M. L. Tucci. O racismo na História do Brasil. São Paulo:
Ática, 2003
ROSA, D. L; SILVEIRA, A. C; TENÓRIO, R. M. Desigualdade e desempenho escolar entre negros e brancos em escolas de Salvador (BA) 2005. Universidade Federal da Bahia, 2007.
X SeLic SEMANA DA LICENCIATURA EM CIÊNCIAS EXATAS
INSTITUTO DE FÍSICA DE SÃO CARLOS USP – SÃO CARLOS
X SELIC - Instituto de Física de São Carlos - USP, São Carlos, SP, 28 de setembro a 02 de outubro de 2015 .RESUMO 4
A Atuação do PIBID no Ensino Médio Noturno: Um Relato de Experiência.
Ana Priscila Alves1*
, Wendi Girotto2, Roberta Guimarães Corrêa
3, Ricardo Castro de Oliveira
4, Joanita
Nakamura Granatto5
1Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo – câmpus Catanduva.
Palavras Chave: Pibid, química, relato de experiência.
Introdução
O Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid) busca contribuir para a formação inicial de professores. Para isso propicia oportunidades aos licenciandos de criação e participação em atividades de ensino e possibilita a realização de práticas de caráter inovador e interdisciplinar, que busquem contribuir para a superação de dificuldades do processo de ensino e de aprendizagem dos estudantes da educação básica.
1
Para colocar em ação os objetivos do Pibid, a escola parceira E.E Dr. Nestor Sampaio Bittencourt de Catanduva – SP, que possui o ensino médio em período integral e também no período noturno, abriu espaço para as bolsistas desenvolverem os trabalhos em parceria com o docente da Química responsável pelas turmas do ensino médio noturno. O objetivo deste trabalho é apresentar o relato de uma atividade sobre o tema Ácidos e Bases que foi realizada com 30 alunos da segunda e terceira série do ensino médio noturno.
Resultados e Discussão
A atividade foi iniciada com a realização de uma avaliação diagnóstica que procurou levantar os conhecimentos prévios dos estudantes sobre os ácidos e as bases. Os questionamentos realizados pelas pibidianas foram realizados oralmente. Os alunos foram convidados a participar de uma discussão que pudesse levantar suas ideias sobre os conceitos de ácido e base e também sobre a presença dessas substâncias em seu cotidiano.
Considerando as dificuldades dos estudantes em conceituar os ácidos e as bases, as pibidianas iniciaram a discussão do tema com a abordagem conceitual de teorias ácido-base. A escala de pH foi apresentada assim como o conceito de Equilíbrio Químico. Cabe ressaltar que durante a abordagem dos conteúdos as licenciandas preocuparam-se em apresentar exemplos que pudessem de alguma forma relacionar com a visão macroscópica dos fenômenos, como por exemplo, a inserção de cal no solo para correção do pH.
Após a discussão dos conceitos os alunos foram levados ao laboratório de Ciências da escola para o aprofundamento das discussões teóricas. No laboratório, os estudantes foram separados em grupos para a realização de experimentos utilizando o suco de
repolho roxo como indicador ácido-base. O repolho roxo já se encontrava pronto para uso como indicador. Várias substâncias de uso comum foram separadas para que os alunos pudessem realizar a identificação: limão, pasta de dente, sabão, vinagre e leite de magnésia. O suco de repolho roxo foi escolhido como indicador por ser de fácil obtenção e preparação e também por apresentar mudanças de coloração significativas em uma faixa ampla de pH.
2
Após as atividades realizadas, as pibidianas questionaram os estudantes sobre o entendimento dos conceitos trabalhados e também sobre o que haviam achado das discussões teóricas e também com relação à própria forma de trabalho. Os estudantes julgaram o entendimento dos conceitos importante, principalmente a possibilidade de identificar ácidos e bases por meio de um indicador de fácil preparação. A força de ácidos e bases também foi destacada como ponto importante, assim como os cuidados para manusear ácidos e bases fortes. A compreensão da ação do leite de magnésia também foi apontada como positivo pelos estudantes do período noturno.
Considerações Finais
Os alunos da escola parceira envolveram-se no trabalho e participaram da atividade experimental com entusiasmo pois as turmas do período noturno tem poucas oportunidades de realizar atividades experimentais. Os estudantes também se interessaram pelos exemplos do cotidiano apresentados para a discussão dos conceitos de ácido e base. Apesar do material utilizado no experimento ser de uso diário, muitos alunos não tinham conhecimento de suas propriedades ácidas ou básicas, o que levava, inclusive, ao manuseio inadequado de alguns produtos.
Agradecimentos
A CAPES, IFSP Catanduva e aos professores e alunos da
E.E. Dr. Nestor Sampaio Bittencourt.
____________________ 1Fundação Capes. Pibid - Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à
Docência. Disponível em: <http://www.capes.gov.br/ educacao-
basica/capespibid>.
2FERREIRA, L.H.; HARTWIG, D. R.; GIBIN, G. B.; OLIVEIRA, R. C.
Repolho roxo como indicador ácido-base. Contém Química: pensar, fazer e
aprender com experimentos. São Carlos: Pedro & João Editores, 2011. 329p.
XSeLic SEMANA DA LICENCIATURA EM CIÊNCIAS EXATAS
INSTITUTO DE FÍSICA DE SÃO CARLOS USP – SÃO CARLOS
X SELIC - Instituto de Física de São Carlos - USP, São Carlos, SP, 28 de setembro a 02 de outubro de 2015. RESUMO 5
Estudos da Função Afim
Lima, Carime1*
1Instituto de Ciências Matemáticas e Computação
Palavras Chave: matemática, função afim, aplicação de função afim. volumes
Introdução
A experiência busca fazer com que o aluno se
torne o protagonista do seu aprendizado fazendo com que através de uma experiência possa ser introduzido ou retomado os conceitos de função afim, y=ax+b, em uma situação prática, onde as variáveis x e y e os coeficientes a e b tenham significados concretos, mostrando também, através desta aplicação, a importância desse conteúdo.
Para o desenvolvimento da experiência foram utilizados copos com marcadores de volume, bolinhas de gude e água. Os objetivos da experiência foram: a) servir de atividade introdutória aos conceitos de Função Afim, b) possibilitar aos alunos que o contato com os conceitos matemáticos ocorresse de forma ativa durante as aulas e que o conhecimento de tal assunto pudesse ser por eles construído. c) Mostrar que este conhecimento matemático pode ser aplicado a situações concretas e que não é uma “mera” abstração de cientistas.
Resultados e Discussão
Inspirada pelo minicurso que participei este ano, "Uma
atividade experimental empregada como recurso
interdisciplinar no estudo da função afim", ministrado
pela Profa. Ms. Ainá Montessanti Selingardi, quis
elaborar um plano de aula na matemática em que
pudesse introduzir uma experiência semelhante, mas ao
invés de tratar de um experimento químico trabalhei com
variação de volume equacionado por uma função afim.
O experimento foi trabalhado na turma do 1° ano do
ensino médio em uma escola pública no interior de São
Paulo, durante as atividades do PIBID USP. Os alunos
foram divididos em duplas, sendo entregue um kit
(recipiente graduado para medir volume e dez bolas de
gude) a cada dupla, onde, com uma quantidade
constante de água no recipiente, deveriam registrar as
mudanças do volume, ao acrescentarem gradualmente
as bolas de gude.
Com estas anotações foi possível fazer com que os
alunos concluíssem que tal mudança no volume se dava
através de uma função afim. Observamos que os alunos
participaram e se empenharam na atividade, já que se
tornaram protagonistas no aprendizado e não meros
expectadores.
Considerações Finais
Percebeu-se que a experiência proporcionou
uma motivação aos alunos para buscarem a
compreensão do assunto já que se tratou de uma aula
prática e mais dinâmica. Certamente esta atividade pode ser
aproveitada em inúmeras outras situações com o objetivo de reforçar os conhecimentos.
Agradecimentos
Agradeço a oportunidade do PIBID, o apoio financeiro da CAPES e a orientação das professoras Janete Crema Simal, Laura Trindade, Miriam Cardoso Utsumi, Ainá Montessanti Selingardi, Edna Maura Zuffi e Esther Pacheco de Almeida Prado.
____________________
BRASIL (país). Ministério da Educação e Cultura/Brasil. Secretaria de
Educação Fundamental MEC/SEF. Parâmetros Curriculares Nacionais – Ensino Fundamental: Matemática. Brasília: 1997, Vol. 3
http://pibidifcejm.blogspot.com.br/p/minicurso-de-funcao-afim-
20122.htmlacessado em 02 de outubro de 2015.
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INSTITUTO DE FÍSICA DE SÃO CARLOS USP – SÃO CARLOS
X SELIC - Instituto de Física de São Carlos - USP, São Carlos, SP, 28 de setembro a 02 de outubro de 2015. RESUMO 6
Minha experiência: A importância de divulgar a divulgação científica.
Caroline Veiga1¹
, Kenia Naara Parra², Ana Cláudia Kasseboehmer²
¹Instituto de Física de São Carlos, 2Instituto de Química de São Carlos
Palavras Chave: Divulgação Cientifica, Museu, PIBID.
Introdução
Poucas pessoas tem envolvimento com a Ciência e conhecimento sobre o que a Universidade produz. Nesse caso¹, o empenho do próprio cientista é fundamental para transpor o conhecimento divulgado entre seus pares para àquele compartilhado pelo público leigo. A² falta de incentivo para dedicação à divulgação científica e, muitas vezes, o preconceito com o envolvimento com o público leigo influencia o afastamento entre cientista e sociedade quando deveriam estar integrados. Nesse sentido o Programa Institucional de Bolsa e Iniciação à Docência, (PIBID) do Instituto de Química de São Carlos (IQSC) atua na formação de professores e futuros pesquisadores, que além de divulgarem pesquisas do IQSC passam durante a formação a reconhecer a importância da divulgação científica e, futuramente, mudar esse quadro quando estiverem atuando na escola ou na própria Universidade.
Desse modo, o objetivo do presente trabalho é relatar a
experiência que a participante do PIBID vem
vivenciando dentro grupo, no que diz respeito à
interação com pesquisadores do IQSC e com o museu
de ciência de São Carlos.
Resultados e Discussão
O projeto iniciado em junho de 2014 envolveu a catalogação de todos os docentes do IQSC, de acordo com a área e linhas de pesquisas. Selecionou-se e estabeleceu-se contato com alguns pesquisadores que por sua vez disponibilizaram materiais para consulta e estudos. Paralelamente ao entendimento da pesquisa, realizaram-se reuniões semanais para estudo de artigos e teorias envolvidas no processo de divulgação científica, bem como estudo de espaços não formais de educação, como museus e centros de ciências, o que envolveu visitas ao Museu da Ciência Professor Mário Tolentino. Na sequência produziram-se também palestras interativas sobre a pesquisa para serem aplicadas no museu. Dentre as estratégias usadas nas palestras destacam-se a realização de experimentos envolvendo conceitos básicos de Química importantes para o desenvolvimento da pesquisa. Dentre os textos e palestras interativas produzidas até o momento, as autoras do presente trabalho desenvolveram um texto sobre a pesquisa do professor Álvaro dos Santos cujo tema foi à análise de fármacos contaminantes do meio ambiente. O texto apresenta a importância da Química nas análises de matrizes ambientais contaminadas, inclusive mostra que o
professor e seu grupo já detectaram antibióticos no rio Monjolinho em São Carlos.
Portanto a divulgação cientifica está relacionada á forma
como o conhecimento científico é produzido e como
circula numa sociedade. Até porque na maioria dos
casos a Ciência é divulgada de forma distorcida e
empregada como chamariz de audiência em emissoras
de televisão, rádios, jornais, revistas e blogs de forma
sensacionalista e qualidade duvidosa. Tendo¹ em vista
que através de muitas informações tem o interesse
político, comercial, industrial e pessoal muitas vezes
estes são fraudados para benefícios particulares e mais
uma vez a Ciência não é divulgada com ética.
Considerações Finais
A autora do presente trabalho considera crucial a
divulgação científica, para evolução educacional e
como uma forma de reeducação para um público leigo.
Acreditando também que é possível que todos se
informem e tenha acesso à ciência, relevando à
extrema importância o estudo da divulgação científica,
pois desta forma é possível passar para todos o quanto
a ciência é importante.
No entanto, divulgação cientifica é um desafio, pois
tem a necessidade de promover mais interação entre a
ciência e o ambiente externo. Sem esquecer-se de
analisar o público receptor das informações para que
as informações fiquem claras e o objetivo de divulgar
seja alcançado.
Os próximos passos são levar esses conhecimentos
para os alunos de diversas escolas sendo elas através
de palestras apresentadas nos museus da cidade de
São Carlos, pois a melhor maneira de incentivo deve-
se começar nas escolas para que o aluno tenha
acesso às informações corretas e quebre os conceitos
prévios que muitas vezes são equivocados.
Agradecimentos
O presente trabalho foi realizado com apoio do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID, da CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Brasil, e aos professores que cederam suas pesquisas para tornar o trabalho possível. 1BUENO, Wilson Costa. Comunicação científica e divulgação científica: aproximações e rupturas conceituais. Inf. Inf., Londrina, v. 15, p. 1 - 12,
2010 2SILVA, Henrique César. O que é divulgação científica? Ciência & Ensino, vol.1, n.1, 2006.
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UMA PROPOSTA PARA EDUCAÇÃO ALIMENTAR E O ENSINO DE QUÍMICA ATRAVÉS DO TEMA ALIMENTOS ANTIOXIDANTES
Daniela M. Alexandrino1*; Rândilla R. Cordeiro dos Santos
2; Ademir de J. Silva Júnior
3
1Instituto de Química de São Carlos, IQSC-USP,
2Universidade Estadual de Santa Cruz, UESC
3Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, UESB
Palavras Chave: estágio supervisionado, CTS, alimentos.
Introdução
Dentre as diversas atividades que podem ser desenvolvidas no âmbito escolar, podemos destacar a ‘pedagogia de projetos’ como facilitadora do entendimento dos conteúdos envolvendo a realidade do aluno, não deixando de levar em consideração as necessidades e expectativas destes, possibilidades e limitações da escola entre outras coisas. A pedagogia de projetos tem como objetivo primordial fazer com que o aluno participe verdadeiramente de todo o processo de construção do conhecimento, colocando-o no centro do trabalho escolar tornando sujeito participativo, integrando-o a realidade (SILVA, 2012). Não basta apenas instruí-lo com teorias, ele deve aprender a utiliza-la na sociedade. Diante deste desafio, de propor o entendimento desses conteúdos e relacioná-los com a realidade dos alunos, foi elaborado um projeto com o tema “Alimentos Antioxidantes”. Acreditamos que seja um tema atual, motivador, além de ser conceitualmente rico. No contexto dos Alimentos Antioxidantes, podemos abordar: interações intermoleculares; reações químicas/bioquímicas complexas; polaridade; acidez; neutralidade e alcalinidade; aplicar ideias sobre arranjos atômicos e moleculares para compreender a formação de cadeias; ligações; funções orgânicas e isomeria; identificar as biomoléculas, dentre outras possibilitando aos estudantes compreender sua importância (CAMPOS, 2007). O projeto foi elaborado na disciplina de Estágio Supervisionado IV, do curso de Licenciatura em Química da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), em parceria com o PIBID - Subprojeto de Química. As aulas foram ministradas numa escola estadual do município de Itapetinga-BA, a turma regida foi de 3° ano regular, composta de 26 alunos, durante um período de 5 semanas, no total de 10 h/aulas. No terceiro ano os conceitos da Química Orgânica fazem parte do planejamento do professor.
Resultados e Discussão
1º aula – Pré-teste: “Antioxidantes”: Nessa aula foi
respondido um questionário sobre a importância dos
alimentos antioxidantes para a saúde. Como forma de
sondagem e com objetivo de investigar o entendimento
dos alunos sobre o tema. 2º aula – Apresentação das
funções orgânicas: relação dos alimentos
antioxidantes com os conteúdos de funções orgânicas,
fazendo uma breve revisão destas. Os alunos
mostraram entendimento do conteúdo, pois já haviam
estudado durante a 2º unidade. Conseguiram
correlacionar as funções presentes nos alimentos. 3º
aula – Leitura de texto e atividade de
aprendizagem: o texto abordava: - O que acontece:
ação dos radicais livres; - Vilões, mas só quando há
excesso: importância dos radicais livres para o sistema
imunológico; e - Alimentos: a melhor arma. Foi
solicitado aos alunos que escrevessem uma redação
abordando 5 vantagens de consumir esse tipo de
alimento antioxidante. Algumas respostas: [ajuda
combate ao envelhecimento]; [eles impedem o efeito
danoso dos radicais livres que levam a problemas na
saúde]; [previne doenças]; [protege o nosso corpo e
deixa imune de algumas doenças]; 4º aula – Feira de
Alimentos: a equipe responsável pelos alimentos
antioxidantes elaborou uma pequena peça teatral
sobre o tema, fizeram exposição de alimentos
antioxidantes, vídeo e painel seguido de explicação.
5º aula – Revisão e Pós-teste: Foi respondido um
Pós-teste, com as mesmas perguntas do Pré-teste de
forma a investigar se os alunos obtiveram uma
aprendizagem significativa.
Considerações Finais
Consideramos que o objetivo foi alcançado, através da
participação dos alunos durante todas as etapas, além
dos depoimentos revelarem enorme satisfação na
forma de abordagem dos conteúdos. Vale destacar o
envolvimento, pesquisa e aprendizagem sobre um
tema tão importante para todos nós. A aprendizagem
foi significativa, havendo ancoragem dos conteúdos,
dando significado real ao conhecimento adquirido.
Para a estagiária foi um grande desafio trabalhar uma
metodologia diferente da tradicional.
Agradecimentos
Laboratório de Investigação e Pesquisa no Ensino de Ciências – LIPEC da UESB.
CAMPOS, Aline L. S. Alimentos e o ensino de Química. 2007. Monografia
(Especialização Ensino de Ciências por Investigação), Universidade Federal
de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2007. SILVA, M.S.C.; AMARAL, C. L.C.A pedagogia de projetos no ensino de
Química: relato de uma experiência. Experiências em Ensino de Ciências,
v.7, n 3, p.70-78, 2012.
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AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE UMA TURMA DE PÓS-GRADUANDOS
SOBRE DIÁRIO DE AULA
Daniela Marques Alexandrino1*
, Keila Angélica Peron1, Fábio Viana Santos
2
1Instituto de Química de São Carlos, IQSC-USP,
2Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, UESB
Palavras Chave: diário de aula, representação social, instrumento de pesquisa.
Introdução
Diário de bordo (em inglês Log Book) é um
instrumento utilizado na navegação para registro dos
acontecimentos mais importantes. Segundo Zabalza,
os diários de aula são os documentos em que os
professores anotam suas impressões sobre o que vai
acontecendo em suas aulas. Podemos destacar os
pontos importantes de sua utilização são: a riqueza
informativa que o diário apresenta e a sistematicidade
das observações recolhidas. Aparece como um dos
instrumentos básicos no conjunto da bibliografia sobre
as metodologias qualitativas visto de distintas
perspectivas e com diferentes funções, dentro dos
programas de pesquisa. Nesse estudo objetivamos
analisar as representações sociais sobre Diário de
Aula, de uma turma de alunos do Mestrado Profissional
em Educação de uma universidade pública no
município de São Carlos-SP. Os dados foram
coletados durante a disciplina de Metodologia da
Pesquisa, contando com a participação de 16 alunos.
Foi solicitado para cada um que escrevesse três
palavras sobre a representação deles sobre o Diário de
Aula. As respostas foram tabuladas e apresentadas
sob a forma gráfica de Nuvem de Palavras (Tags
Cloud), geradas através da ferramenta Wordle.
Resultados e Discussão
Foram relacionadas 48 palavras para a construção da
‘nuvem de palavras’, relacionadas na Figura 1.
Figura 1 – Nuvem de palavras sobre o Diário de Aula.
Para Moscovicini “Nas relações entre sujeitos que
constituem um grupo, é interessante notar a presença
de representações conscientes das posições e papéis,
caracterizados pela pertença a esses grupos”. Neste
trabalho, podemos destacar três palavras mais
recorrentes: Organização, Reflexão e Burocracia.
Inicialmente, a maioria dos participantes relacionou o
Diário de Aula como um instrumento pejorativo de
burocracia. O resultado da pesquisa foi apresentado
aos participantes antes da discussão sobre a utilização
desse instrumento de pesquisa e reflexão. Em seguida
foi apresentado um seminário, de maneira expositiva e
diologada sobre a utilização do Diário de Aula, que
propõe:
Uma reflexão sobre o objeto narrado;
Uma reflexão sobre si mesmo, sobre o
narrador;
Pode relatar e ajudar na melhoria da dinâmica
de ensino das aulas e a atuação dos
professores;
O diário pode ser segmentado: o professor
narra cada aula e as vezes não cria uma
ligação entre elas;
O diário auxilia no entendimento do transcorrer
da ação, no pensamento e evolução desse
pensar durante o período em que é escrito.
Considerações Finais
Neste estudo foram levantadas as representações
sociais dos alunos de pós-gradução sobre o Diário de
Aula. Não foi possível generalizar o resultado desta
pesquisa, levando em consideração que a amostra de
participantes é pequena. Porém, estudo dessa
natureza é uma importante contribuição para se
compreender o entendimento do grupo de alunos para
que a temática seja desenvolvida adequadamente,
além disso, apontar a sua utilização como instrumento
de pesquisa e reflexão.
Agradecimentos
Laboratório de Investigação e Pesquisa no Ensino de Ciências – LIPEC da UESB.
ZABALZA, M. Diário de Aula - Um instrumento de pesquisa e
desenvolvimento professional. Porto Alegre: Artmed, 2004.
MOSCOVICINI, S. Representações sociais: investigações em psicologia
social. Trad. Pedrinho A. Guarechi. Petrópolis: Vozes, 2003.
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Indicadores sociais dos alunos inscritos no Cursinho Pré-Vestibular IF-
Prepara.
Gabriele de Freitas1*
, Isabela Rocha de Macedo1, Bruno Ruiz Gomes
1 Tullio Henrique Cano de Haro Barros
1
Cristiane Silvestre Valerio1 Maurício José da Rocha Guimarães Silva
1, Marcelo Velloso Heeren¹
1Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo/ Câmpus Catanduva
Palavras Chave: público, classe social e ensino.
Introdução
A cidade de Catanduva, está localizada no noroeste paulista a uma distância de 384 KM da cidade de São Paulo. Catanduva possui uma população de aproximadamente 112 mil habitantes, no qual 2029 pessoas cursam o último ano do Ensino Médio regular ou EJA, sendo a maioria destes em escolas públicas. Sabendo da defasagem do ensino público vê-se a necessidade da existência de cursos populares que atentam essa parcela da população.
Buscando conhecer melhor as características do público do cursinho popular e proporcionar melhores possibilidades de aprendizagem, o objetivo do presente trabalho foi identificar informações em relação ao gênero, idade, etnia, trabalho e renda familiar dos alunos inscritos no cursinho pré-vestibular IF-Prepara, no Instituto Federal de São Paulo, Campus Catanduva, que teve 149 inscritos em 2015.
Resultados e Discussão
No que se refere ao perfil dos alunos matriculados no projeto de extensão IF-Prepara podemos verificar que 63,7% do público foi do gênero feminino, a maioria absoluta era composta por menores de 18 anos e grande maioria autodeclarada branca 57,05%, sendo 33,5% pardos e 6,7% negros. O perfil escolar dos alunos mostra que 85% cursavam a 3ª série do ensino médio. Ao avaliar a necessidade dos ingressantes colaborarem com a renda familiar constatamos que 69% não trabalham e os demais trabalhavam para auxiliar na renda familiar. Em relação à renda familiar, 73% possuem renda que varia de 1 a 3 salários mínimos, 11,4% possuem renda inferior a um salário mínimo. As famílias são compostas em 10% dos casos por 1 a 2 pessoas, 78% 3 a 5 pessoas e 9,3% de 5 a 8 pessoas. Todos residem em área urbana, no qual 6% não tem acesso a computador e 2% não tem acesso à internet. Destas residências 61% são próprias, 29,5% alugadas e 8,7% cedidas.
De acordo com o IBGE, a renda familiar do brasileiro é equivalente a R$ 1.052,00. Em São Paulo, estado mais rico da federação, o valor é R$ é de R$ 1.432,00 e na cidade de Catanduva a renda familiar per capita é de R$ 928,94. Comparando a renda dos alunos com a renda do cidadão Catanduvense e brasileiro, estes apresentam uma renda familiar acima da média. Porém, mesmo com a maioria dos alunos possuindo uma renda familiar acima da média
estipulada para o município de Catanduva, os mesmos encontram-se na classe social C e D, variação de renda entre R$788,00 e R$2400,00 considerada baixa.
A maioria dos alunos inscritos apresentam
características sociais que contribuem para um
adequado empenho de cada indivíduo em relação ao
estudo escolar: possuem casa própria, não trabalham
para auxiliar na renda familiar, possuem computador e
têm acesso à internet.
Considerações Finais
Os dados do presente trabalho indicam que, apesar da maioria dos alunos pertencerem à classe social “C” e “D”, possuem condições sociais importantes para o seu desenvolvimento educacional. Apesar de existirem outros fatores que influenciam o crescimento escolar de cada indivíduo, o cursinho pré-vestibular IF-Prepara pode contribuir de maneira interessante buscando auxiliar os alunos da rede pública de ensino de Catanduva ingressar no Ensino Superior.
Agradecimentos
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo, Câmpus Catanduva; Pró Reitoria de extensão IFSP. ___________________________________________
Azevedo, B.F.T. Tópicos em Construção de Software Educacional. 3ª ed.
Rio de Janeiro: 1997.
BANDEIRA, Marina; ROCHA, Sandra Silva; SOUZA, Thiago Magalhães
Pereira de. Comportamentos problemáticos em estudantes do ensino
fundamental: características da ocorrência e relação com habilidades
sociais e dificuldades de aprendizagem. 2006. 9 f. Tese (Doutorado) -
Curso de Psicologia, Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2006.
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Série educativa “Xablau” como apoio no ensino de ciências
Gevair Norberto de Souza1*
, Artur Artimonte2, Paulo Henrique Chiari
3, Thaís Pedroso Cardoso
4, Yvonne
Primerano Mascarenhas5.
1,3,Instituto de Física de São Carlos,
2Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação,
4,5Instituto de Estudos Avançados.
Palavras Chave: Ensino, Ciências, Vídeos Educativos.
Introdução
Hoje, em pleno século XXI, os alunos de ensino médio e fundamental sentem cada vez mais a necessidade de ter fontes de informação extraclasses, não sendo mais o livro didático o único recurso para que essas informações cheguem até eles. Com isso, os recursos multimídia, principalmente os disponíveis na internet, estão cada vez mais presentes no cotidiano do aluno, por trazerem as informações de formas diversificadas e próximas à realidade deles.
Considerando o aumento da procura desses recursos pelos alunos, a Agência Multimídia de Difusão Científica e Educacional Ciência Web, projeto desenvolvido pelo Instituto de Estudos Avançados Polo São Carlos da USP, decidiu produzir uma série específica de vídeos abordando conteúdos de Ciências Exatas e Biológicas com o objetivo de desmistificar a visão que estudantes dos ensinos fundamental e médio têm dos cientistas.
Resultados e Discussão
O projeto foi dividido em três etapas. Na primeira, foi estabelecido um número total de sete vídeos e, consequentemente, sete roteiros para a série, além do tema central dos vídeos – a desmistificação do cientista perante a sociedade – e uma lista de assuntos a serem abordados neles, que incluía energia elétrica, astronomia, modelo atômico, teoria da evolução e genética. Escolheu-se o nome “Xablau” para a série como referência ao personagem principal, um cientista que aparece subitamente para três adolescentes e apresenta uma nova visão sobre a ciência, diferente da que eles estavam habituados na escola.
A segunda etapa envolveu a produção dos roteiros, que é feita por três bolsistas de iniciação científica (IC) junior do projeto oriundos de escolas públicas, com a orientação de um bolsista de iniciação científica e um estagiário, ambos alunos de Licenciatura em Ciências Exatas do IFSC-USP. São levantadas dúvidas comuns entre alunos de ensino fundamental e médio sobre os temas pré-definidos. Em seguida, os bolsistas IC junior discutem o tema com base no conhecimento que têm da escola e realizam pesquisas complementares na internet e em livros para esclarecer essas dúvidas e assim montar os roteiros.
As gravações são realizadas atualmente na Sala do Conhecimento do IFSC-USP, local repleto de
experimentos que ajudam os espectadores a compreender o assunto em questão. Outros laboratórios e instalações de ciências também serão utilizados de acordo com cada tema abordado.
Os vídeos são editados e postados no Portal
Ciência Web (www.cienciaweb.org.br), onde podem ser acessados por estudantes e até professores em busca de material complementar para suas aulas. Até o momento, foram gravados quatros vídeos e três deles já estão disponibilizados no Portal, tendo um total de 58 visualizações no Portal Ciência Web, 255 visualizações no canal do Portal no YouTube e 1348 pessoas alcançadas, 49 compartilhamentos e 13 curtidas na página do Portal no Facebook. As demais gravações seguirão durante os anos de 2015 e 2016.
Considerações Finais
A participação em um projeto como este é de grande importância para colocar em prática os conceitos vistos durante as aulas do curso de Licenciatura em Ciências Exatas, com uma roupagem tecnológica, de modo a tornar conteúdos de Ciências Exatas e Biológicas mais atrativos, acessíveis e de fácil compreensão utilizando a internet, uma ferramenta que está cada vez mais acessível à população. __________________________________________
MULTIMÍDIA educacional acessível a todos. Portal do Ministério da Educação, Brasília, 7 nov. 2008. Disponível em
<http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=1
1580> . Acesso em: 19 de abr. de 2015.
MENEZES, L. O vídeo nos processos de ensino e aprendizagem.
Universidade Federal do ABC. 2013. Disponível em <http://proex.ufabc.edu.br/uab/prodvideo/TEXTO%204%20VIDEO%20E%
20ENSINO.pdf>. Acesso em: 18 de abr. de 2015.
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Biorremediação como solução degradante para compostos petrolíferos: Relato de uma
experiência envolvendo a Prática como Componente Curricular (PCC).
Isabela Rocha de Macedo1*
, Gabriele de Freitas1, Braína Inez Pacheco
1, César Augusto Marasco Júnior
1,Joanita
Nakamura Granato1, Gabriela Salvador de Amo
1
1Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo Câmpus Catanduva
Palavras Chave: PCC, interdisciplinaridade, biorremediação.
Introdução
De acordo com a resolução CNE/CP 2/2002 os cursos de Licenciatura em Química necessitam de 400 horas de Prática como Componente Curricular (PCC). Estas horas precisam estar difundidas e aplicadas durante o curso. Especificamente no curso de Licenciatura em Química do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo, Câmpus Catanduva essas horas estão distribuídas em diferentes disciplinas ao longo da matriz curricular. Como parte da avaliação da PCC os estudantes realizam uma extensa revisão bibliográfica e apresentam o trabalho desenvolvido para os professores avaliadores na forma de painel. Uma característica importante da PCC é o seu caráter interdisciplinar. De acordo com Cardoso (2014) as atividades interdisciplinares contribuem diretamente para o desenvolvimento pleno do aluno em todos os componentes curriculares, contribuindo assim para torná-lo mais crítico e participativo.
Deste modo, as atividades da PCC realizadas no câmpus abrangem os conhecimentos de diversas áreas visando a compreensão de um assunto ou fenômeno, contribuindo assim para uma melhor formação dos alunos. Este trabalho apresenta o relato de uma experiência envolvendo a PCC realizada no curso de Licenciatura em Química do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo Câmpus Catanduva.
Resultados e Discussão
O presente trabalho de caráter interdisciplinar foi desenvolvido no primeiro semestre de 2015 e envolveu as disciplinas de Biologia e Química Orgânica II, do 3º semestre do curso. Visando a interdisciplinaridade, o tema escolhido foi “Biorremediação como solução degradante para compostos petrolíferos”.
De acordo com o tema escolhido, os licenciandos realizaram uma revisão bibliográfica e apresentaram alguns aspectos importantes, entre eles:
A composição química do petróleo e suas formas de obtenção e a biorremediação como técnica despoluente de ambientes (Resende, 2007);
Características físico-químicas do petróleo; O efeito do derramamento de petróleo no
ecossistema na forma de poluente;
A biorremediação como técnica de
regeneração de ambientes que sofreram impactos negativos (Tortora, 2012). Sendo a biorremediação uma técnica natural e
desconhecida por grande parte da sociedade é importante apresentar questões como estas para serem debatidas no ambiente escolar. A literatura na área de Ensino de Química aponta para a necessidade de partir de temas sociais para discutir um determinado assunto, conforme realizado nesta atividade. Além disso, a interdisciplinaridade permeou a discussão do tema, contribuindo assim para o desenvolvimento dos licenciandos nos diferentes componentes curriculares envolvidos no trabalho, corroborando com o pressuposto apresentado por Cardoso (2014).
Considerações Finais
A discussão do tema proporcionou aprendizagens de conceitos científicos e técnicas, além de aproximá-los da interdisciplinaridade. Além disso, os licenciandos apresentaram os resultados da pesquisa na forma de painel de maneira análoga a uma apresentação de trabalho em congresso. Tais momentos contribuem diretamente para a formação dos licenciandos, tornando-os mais preparados para sua futura atuação profissional.
Agradecimentos
CARDOSO, K.K. Interdisciplinaridade no ensino de Química: Uma
proposta de ação integrada envolvendo estudos sobre alimentos. Dissertação
de Mestrado. Centro Universitário Univates. Lajeado, 2014.
TORTORA, G.J; FUNKE, B. R; CASE, C.L. Microbiologia. 10. ed.
Porto Alegre: Artmed, 2012
RESENDE. A. Mecanismos gerais de degradação bacteriana dos
compostos hidrocarbonetos monoaromáticos: benzeno, tolueno,
etilbenzeno e xileno (BTEX). Belo Horizonte, 2007. Monografia (título
de Especialista em Microbiologia Ambiental e Industrial),
Departamento de Microbiologia do Instituto de Ciências Biológicas,
Universidade de Minas Gerais. Belo Horizonte, 2007.
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X SELIC - Instituto de Física de São Carlos - USP, São Carlos, SP, 28 de setembro a 02 de outubro de 2015 .RESUMO 12
A Prática como Componente Curricular e a abordagem interdisciplinar do
Chumbo em Tinturas Capilares
Isabela S. de Moraes *, Jakeline D. Soares
1, Renata C. Julio
1, Teily C. Bento
1, Profª Dra. Roberta Corrêa
1.
1Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de São Paulo – campus Catanduva.
Palavras Chave: PCC, cosméticos, metal.
Introdução
Segundo a resolução CNE/CP 2/2002 os cursos de Licenciatura em Química devem conter 400 horas de Prática como Componente Curricular (PCC). Esta carga horária esta distribuída ao longo curso em diferentes disciplinas e, no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP) Câmpus Catanduva, são cumpridas a partir de uma abordagem interdisciplinar que tem como objetivo a construção de um trabalho de natureza científica que contribua com a formação dos licenciandos. Além da possibilidade de permitir uma abordagem interdisciplinar entre as disciplinas cursadas semestralmente, esse tipo de atividade permite que os licenciandos desenvolvam a capacidade de trabalhar em equipe.
As atividades desenvolvidas no IFSP Câmpus Catanduva vão ao encontro dos pressupostos de abordagem de conteúdos na Educação Básica, que são discutidos nas Orientações curriculares para o Ensino Médio (BRASIL, 2006), que enfatizam a importância da abordagem de conhecimentos de diferentes áreas para compreender um fenômeno. Tal abordagem contribui diretamente para a aprendizagem e a formação dos alunos.
Este trabalho tem como objetivo apresentar um relato de experiência sobre a construção de um trabalho interdisciplinar envolvendo disciplinas do curso de licenciatura em Química.
Resultados e Discussão
As disciplinas envolvidas no PCC do sétimo semestre foram: Metodologia do Trabalho Científico, Mineralogia e Química do Solo, Química Analítica Quantitativa. Com a supervisão e orientação dos professores destas disciplinas, o grupo buscou suporte para as discussões teóricas na literatura. Considerando as disciplinas envolvidas, o grupo definiu como tema de trabalho o chumbo em tinturas capilares. Quando uma solução de acetato de chumbo, Pb(C2H3O2)2, é aplicada aos cabelos, o íon chumbo (Pb
2+) reage com
o enxofre presente nas proteínas do cabelo, formando PbS, de cor preta (ARALDI e GUTERREZ,2005).
Algumas propriedades do chumbo são apresentadas na Figura 1. Por ser um metal pesado, a Norma Regulamentadora NR-7, Portaria nº 24, da Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho, determina que o limite permitido de chumbo no sangue deve estar abaixo de 40μg/100 mL.
Figura 1: Propriedades do Chumbo
A
ANVISA regulamentou através da RDC 15/2013 que o uso de acetato de chumbo no Brasil, em tinturas capilares, não deve exceder 0,6% com especificações nos rótulos dos produtos, e para que haja uma exata concentração do acetato de chumbo nos produtos a ANVISA prioriza métodos analíticos quantitativos. O método oficial utilizado pela ANVISA é a gravimetria, que envolve a separação e pesagem de certo elemento na forma mais pura possível (GARCIA, 2013). Para as amostras contendo chumbo a analise gravimétrica é realizada a partir da precipitação das amostras de interesse.
Considerações Finais
Por meio do PCC desenvolvido foi possível atingir o objetivo proposto, uma vez que este trabalho contribuiu para a compreensão da tintura capilar e da ação do chumbo no cabelo e como a ANVISA regulamenta o uso de compostos contendo chumbo. O tema trabalhado pode contribuir para a abordagem contextualizada de conteúdos no ensino médio, uma vez que traz a tona o uso de produtos cosméticos. Outro aspecto importante no desenvolvimento do trabalho foi a possibilidade de desenvolver o trabalho em equipe.
Agradecimentos
Brasil, Ministério da Educação Básica e Secretaria da Educação Básica. Ciências da Natureza,
Matemática e suas Tecnologias. Brasília: Orientações Curriculares para o Ensino Médio, v.2, 2006.
ARALDI, J.; GUTERRES, S.S. Tinturas capilares: existe risco de câncer relacionado à utilização
desses produtos? Infarma, Brasília, v.17, n.7/9, p.78-83, 2005.
ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Anvisa regulamenta uso de chumbo e outras
substâncias em cosméticos. 2013.
GARCIA, F. E. Introdução à volumetria e gravimetria. Agronomia, 2013, Cassilândia - MS. (p. 1-
30).
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VÍDEOS DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA
Karen Grasiela Angelotti1*
, Emike Luzia Pereira Correia2, Ana Cláudia Kasseboehmer
3
1Instituto de Química de São Carlos
Palavras Chave: Vídeos de Divulgação Científica, Química, Universidade
Introdução
A divulgação científica no Brasil é uma área que tem
muito a se expandir, pois esta é extremamente
importante para a formação e a inclusão do indivíduo
como cidadão crítico no meio social em que se
encontra inserido e tem como intuito apresentar um
pouco da ciência para a sociedade, visando uma maior
interação entre a comunidade e a universidade, como
podemos observar na citação abaixo:
“Divulgação científica refere-se à relação entre
o campo científico e a sociedade em geral, na
qual insere-se o cidadão leigo em
conhecimento de C&T. Diversos exemplos
podem ser apresentados, tais como: cartilhas
pedagógicas, palestras, revistas com
linguagem acessível ao grande público,
exposições em museus, jornalismo científico,
entre outros (BUENO, 1985, p.1422);”
Objetivo
O objetivo principal do subprojeto “Vídeos de Divulgação
Científica” que faz parte do PIBID/Química USP São
Carlos, é a produção de diversos vídeos que buscam
divulgar a ciência para a comunidade, despertando o
interesse para a ciência e incentivá-los a conhecer e
possivelmente fazer parte da construção do
conhecimento científico.
Desenvolvimento do Trabalho
Os vídeos de divulgação científica produzidos
apresentam diversas abordagens. Um dos vídeos
segue um roteiro elaborado pelas bolsistas deste
subprojeto, onde há perguntas que orientam as
seguintes entrevistas:
professor/pesquisador;
professor de química do Ensino Médio;
Os demais vídeos têm como intuito divulgar:
O que é química?;
A química presente no cotidiano;
A química no Centro de Divulgação Científica;
Universidade de São Paulo, Campus de São
Carlos;
Instituto de Química de São Carlos;
Agradecimentos
O presente trabalho é realizado com apoio do Programa
Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID, da
CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de
Nível Superior – Brasil.
Processo no 2014/02522-7, Fundação de Amparo à
Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP);
Processo no. 457780/2013-4, Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
____________________
.
Manso, Bruno Lara de Castro. Divulgação científica: o desafio de popularizá-
la na própria ciência. Revista do EDICC (Encontro de Divulgação de
Ciência e Cultura), v. 1, n.1, 2012. Disponível em:
http://revistas.iel.unicamp.br/index.php/edicc/article/view/2324. Acesso em:
03 Set. 2015.
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Processo de Peer Review no Curso Técnico Integrado ao Ensino Médio: Percepções dos Alunos.
Keila Angélica Peron1,2*
, Daniela Marques Alexandrino2
*[email protected] 1Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo – Campus Sertãozinho,
2 Instituto de Química de São Carlos
da Universidade de São Paulo (IQSC/USP) Palavras Chave: argumentação, peer review, química
Introdução
O processo de peer review vem sendo aplicado no âmbito educacional. Entre os profissionais, o processo de peer review desempenha papel fundamental na determinação de quais propostas de pesquisa receberão financiamento e quais artigos serão publicados em periódicos, por exemplo. Na educação não existe a expectativa do processo desempenhar a função de inspecionar, avaliar, controlar e classificar. Mais tipicamente, o processo tem como objetivo ajudar os alunos a aprimorarem a escrita (TRAUTMANN, 2009). No presente trabalho relatamos a aplicação de processo de peer review em uma disciplina de caráter experimental (aulas de laboratório de química de uma instituição pública paulista no curso de técnico integrado ao ensino médio-química) e investigamos as percepções dos estudantes com relação aos benefícios dele resultantes no contexto da disciplina.
Resultados e Discussão
Vinte e dois alunos, distribuídos em duplas, realizaram as atividades de peer review na disciplina Química Geral Experimental II, visando o aperfeiçoamento na redação de relatórios de laboratório. Para tanto, as duplas foram inicialmente instruídas sobre critérios para análise de cada seção do relatório que avaliariam. O processo de peer review ocorreu no decorrer de um semestre letivo, sendo que em cada ocasião foram seguidas as etapas: Etapa 1 - troca de relatórios entre as duplas para avaliação e apresentação de sugestões de aperfeiçoamento do texto; Etapa 2- discussão do relatório entregue na Etapa 1 pelas duplas; Etapa 3 - entrega dos relatórios reformulados pelas duplas, de acordo com as sugestões decorrentes da Etapa 2. Uma vez concluídas as atividades do processo de peer review, todos os alunos responderam individualmente a um questionário, elaborado tendo em vista o conhecimento das suas impressões sobre o mesmo. Este continha as seguintes afirmações: 1. Os comentários/críticas que fiz aos relatórios dos meus colegas no processo de peer review me ajudaram a aprimorar a minha habilidade de escrita científica. 2. Os comentários/críticas feitos pelos colegas sobre o meu relatório no processo de peer review me ajudaram a aprimorar a minha habilidade de escrita científica. 3. A qualidade do meu último relatório produzido na disciplina foi melhorada em relação ao primeiro relatório devido ao processo de peer review. 4. A participação no processo de peer review me ajudou a aprimorar a minha habilidade de argumentação oral. 5. A participação no processo de peer review me ajudou a aprimorar a minha habilidade de argumentação escrita. 6. Os comentários/críticas que fiz aos relatórios dos meus colegas no processo de peer review me ajudaram a aprender conceitos e teorias fundamentais referentes à disciplina Química Geral Experimental II.
A frequência das respostas, expressa em escala Likert de cinco pontos (Concordo Fortemente (CF), Concordo (C), Indeciso (I), Discordo (D), Discordo Fortemente (DF)), foi quantificada e analisada. Na Figura 1 é apresentada a quantificação da frequência das respostas, em porcentagem. O eixo x corresponde à numeração das afirmações citadas anteriormente e o eixo y corresponde à frequência de respostas dadas pelos alunos em escala Likert. Figura 1: Frequência de respostas ao questionário de avaliação do processo de peer review (CF= Concordo Fortemente, C= Concordo, I = Indeciso, D= Discordo e DF= Discordo Fortemente).
Os resultados foram totalmente positivos com relação à afirmação 1, uma vez que 100% dos alunos concordaram com o teor expresso pela mesma (somatório das respostas C e CF) e 95,5% em relação a afirmação 2 e 81,8% em relação a afirmação 6. O que sugere a relevância dos comentários feitos pelos colegas, assim como daqueles a eles dirigidos, durante o processo para o aprimoramento da escrita científica (2) e para o aprendizado de conceitos (6). Ademais, o aperfeiçoamento da argumentação oral (4) durante o processo também foi destacado por 50% dos alunos. Com relação às afirmativas (4,5 e 6), alguns alunos se mostraram indecisos e com relação também as afirmativas (2, 3, 4, 5 e 6) alguns alunos discordam.
Considerações Finais
Neste trabalho identificamos percepções dos estudantes do curso técnico integrado em química com relação ao processo de peer review. Os resultados obtidos sugerem a pertinência das características por nós impostas no delineamento do processo (alunos distribuídos em duplas; estabelecimento prévio de critérios de análise dos relatórios; ocorrência do processo em 3 etapas etc) e indicam a sua boa aceitação pelos alunos. Sugerem ainda a compreensão dos mesmos frente à importância da produção escrita na comunidade científica e o desenvolvimento da habilidade de argumentação. A análise das percepções dos alunos se mostra também relevante à medida que pode subsidiar novas ações dessa natureza no ensino técnico e médio de química.
Agradecimentos IFSP e IQSC/USP.
__________________ TRAUTMANN, N.M. Designing Peer Review for Pedagogical Success - What
Can We Learn From Professional Science? Journal of College Science
Teaching, vol.38, n.4, p.14-19, 2009.
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Livro sensorial de Matemática: atividades lúdicas para o ensino de um aluno
com deficiência mental.
Laura Blanco1*
1Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação
Palavras Chave: sensorial, quantidade, sequência
Introdução
Com o objetivo de auxiliar na aprendizagem de
conteúdos básicos de quantidade e sequência dos
números inteiros de 1 a 9, foi elaborado o livro
sensorial com nove atividades para trabalhar com um
aluno com deficiência mental, de 12 anos de idade que
frequentava uma escola estadual na cidade de São
Carlos, como parte das atividades da disciplina Ensino
de Matemática para Alunos com Necessidades
Especiais. O conteúdo foi escolhido a partir do
acompanhamento de suas aulas de Matemática, onde
observei sua dificuldade em compreender conteúdos
básicos, como a representação das quantidades e as
sequências numéricas.
De acordo com Rossit (2003), para garantir uma
aprendizagem relevante e ter autonomia na sociedade
em que vive, o aluno com deficiência mental depende
de suportes e treino de habilidades. “As habilidades
que são consideradas básicas como: contar, comparar,
reconhecer e nomear numerais devem ser ensinadas
de forma apropriada para que sejam apreendidas pelas
pessoas com deficiência mental.” (ROSSIT, 2003, p.9).
Considerando o que foi dito pela autora, elaborei as
atividades para auxiliar a aprendizagem do aluno com
deficiência mental.
Resultados e Discussão
Para a elaboração das atividades do livro sensorial, os
materiais utilizados foram: um fichário, folhas de E.V.A.
coloridas, folhas sulfite, papel camurça colorido, velcro,
barbante, canetas hidrocolor, um saco plástico e cola
para E.V.A.
As atividades foram dispostas no livro de acordo com o
seu grau de dificuldade de aprendizado. Assim, o livro
inicia com as atividades que trabalham com as
quantidades dos números inteiros de 1 a 9 e,
posteriormente, com as atividades que trabalham com a
sequência desses números.
Com a realização das atividades, notei que o aluno foi
aprendendo gradativamente os conceitos. Ele teve
dúvidas e dificuldades no início mas que foram sanadas
e não prejudicaram o desenvolvimento de sua
aprendizagem.
Refizemos as atividades algumas vezes e percebi que
ele adquiria mais facilidade com o passar das mesmas,
o que me garantiu que ele havia compreendido os
conceitos propostos.
Considerações Finais
Considero que as atividades apresentadas no livro
sensorial tiveram uma grande contribuição para a
aprendizagem dos conteúdos propostos garantindo,
assim, um resultado satisfatório.
Com o passar das atividades, o aluno mostrava mais
facilidade em identificar os numerais e colocá-los em
sequência.
Dessa forma, posso concluir que atingi os objetivos
desejados para este trabalho.
Agradecimentos
Gostaria de agradecer à Professora Doutora Miriam Cardoso Utsumi, por suas considerações referentes às atividades contidas no livro e ao Laboratório de Ensino de Matemática (LEM) pelo fornecimento dos materiais utilizados na confecção do mesmo.
____________________
Rossit, Rosana Aparecida Salvador. Matemática para Deficientes Mentais:
contribuições do paradigma de equivalência de estímulos para o
desenvolvimento e avaliação de um currículo. 2003. Tese (Doutorado
em Educação Especial) – Centro de Educação e Ciências Humanas da
Universidade Federal de São Carlos.
Brasil (2007). Secretaria de Educação Especial. Atendimento Educacional
Especializado: deficiência mental. Disponível em:
<HTTP://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/aee_dm.pdf>
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Um estudo sobre silício: Compostos, Determinação e Importância.
Leonor P. Lobo1*
, Cristiane S. Valerio2, Eduardo C. Figueira
3, Leandro J. Benedini
4, Roberta G. Correa
5,
Tamires T. SouzaTullio6 e H. C. H. Barros
7.
Instituto Federal de São Paulo – Campus atanduva
Palavras Chave: Silício, impactos socioambientais, silicato
Introdução
Resultados e Discussão
O silício em temperatura ambiente encontra-se no
estado sólido, apresenta coloração cinza escuro
exibindo certo brilho metálico. É um semicondutor, seu
arranjo cristalino assemelha-se ao do diamante, e suas
reações químicas são semelhantes as do carbono
(PEIXOTO, 2001)
O silício pode compor vários grupos com propriedades físico-químicas específicas, tal como os apresentados no organograma, que são os mais abundantes na crosta terrestre.
Considerações Finais
Nesta pesquisa foi realizado um levantamento teórico a
respeito do mineral silício, englobando sua extração no
solo, importância socioeconômica e aspectos físico-
químicos dos silicatos.
Conclui-se que o silício possui alta relevância
socioeconômica pois está presente na vida moderna,
onde é utilizado na fabricação de aparelhos
eletrônicos, telecomunicações e no agronegócio.
Agradecimentos
Aos professores do IFSP- Catanduva.
____________________
ARRUDA, D.P. Avaliação de métodos e extratores químicos na
determinação de silício disponível em solos cultivados com cana-de-
açúcar. 2014. Tese (Doutorado em Agronomia) – Faculdade de Ciências
Agronômicas da UNESP - Campus de Botucatu, São Paulo, 2014.
BUCK, G. B. Método para determinação de silício solúvel em
fertilizantes. 2010. Tese (Doutorado em Fitotecnia) - Universidade Federal
de Uberlândia, Minas Gerais.
CALLISTER, Jr., WILLIAM D.,1940-Ciência e engenharia de materiais:
uma introdução/William D. Callister,Jr. ; tradução Sergio Murilo Stamile
Soares.7.ed- [Reimpr.].- Rio de Janeiro : LTC,2011.
Meio ambiente
Sociedade
Economia
FERTILIZANTES SILICATADOS E
PLANTAS
Colorimetria Gravimetria
Absorção e emissão da luz pela matéria para
determinar a concentração.
Fusão alcalina, fluorização e volatilização do silício, seguindo-se pesagem do resíduo.
SILÍCIO
Silicatos (Nesossilicatos, Sorossilicatos,Inossilicatos, Ciclossilicatos,Filossilicatos
,Tectossilicatos)
Tectossilicatos
Silíca
Quartzo
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Grau de conhecimento sobre o acesso ao ensino superior por alunos
de escolas públicas
Leticia Cristina C. do C. Pradella 1*, Joso de Souza Jr
1 , Fábio H. Souza
2 , Ana C. Kasseboehmer
3, Carlos
C. Mascio4
[email protected], fabio.henrique.souza@usp, [email protected],
Instituto de Química de São Carlos- Universidade de São Paulo
Palavras Chave: vestibular, escolas públicas, ensino superior.
Introdução
Muitos alunos da rede pública de ensino da cidade de São Carlos nunca sequer conheceram as dependências de uma universidade pública, apesar do município contar com duas das maiores universidades do país- USP e UFSCar. É sabido que o período de escolha profissional pode ser deveras traumático, a partir du dúvidas quanto as diferentes carreiras existentes quanto pela ausência das informações necessárias para tal escolha. O Pibid Química/USP São Carlos buscou, através do subprojeto Caminhos, Identificar o grau de conhecimento de alunos do segundo ano do ensino médio de duas escolas públicas quanto ao ingresso ao ensino superior e motiva-los a conhecer os meios de acesso a estas universidades e aos cursos que elas oferecem.
Resultados e Discussão
O Projeto trabalhou com alunos do segundo ano do
ensino médio da escola Estadual Álvaro Guião (escolar
1) e da Escola Estadual Jesuíno (escola 2) de Arruda,
totalizando 450 alunos. A Primeira etapa foi constituída
de uma palestra motivacional que abordou temas
como: apresentação dos principais vestibulares,
programas como Inclusp e o Pasusp, Bolsas de auxilio
e permanência estudantil da USP e UFSCar, o que é o
ENEM e como se preparar para o Vestibular a partir de
cursinhos populares da cidade.
Figura1 – Palestra motivacional
_________________________________________
A segunda parte foi caracterizada pela aplicação de um questionário que buscou compreender quantos destes alunos planejam continuar estudando após o ensino médio, se consideram importante estudar, além de saber se estes alunos possuem alguma carreira em mente e conhecem os meios de acesso ao ensino
superior e os auxílios oferecidos pelas universidades para a permanência estudantil de alunos de baixa
renda.
Figura 2: Dados Escola 1 Figura 3: Dados Escola 2
A tabulação destes questionários mostrou que mais de 80% dos alunos participantes tem intenção de
continuar estudando após o ensino médio, porém, pouco mais de 30% tem certeza da profissão que quer
seguir e menos de 20% dos alunos conhecem as carreiras que tem em mente. Finalmente, apenas 18% dos alunos entrevistados afirmaram conhecer os meios
de acesso ao ensino superior.
Figura 4: Interesse em participar do Projeto
Considerações Finais
Após a tabulação dos questionários, percebeu-se que 60% dos alunos afirmarem que gostariam de participar do Projeto Caminhos, porém apenas 2% aderiu ao projetoos, sendo este o maior desafio deste programa que procura novas formas de captar mais adeptos para os próximos anos.
Agradecimentos
[1] Figura 1: Palestra motivacional. Fonte: autor. [2] Figura 2: Dados Escola 1. Fonte: autor. [3] Figura 3: Dados Escola 2. Fonte: autor. [4] Figura 4: Interesse em participar do Projeto. Fonte: autor.
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A interdisciplinaridade e o uso de tecnologias nas aulas de matemática.
Luana Graziele Stanganini*, Theófilo S. Okada², Esther Pacheco de Almeida Prado³
1Instituto de Ciências Matemáticas e Computação,
2Instituto de Física de São Carlos
Palavras Chave: tecnologias, ensino de matemática
Introdução
O objetivo deste trabalho é relatar a elaboração e o
desenvolvimento do plano de aula “Sede de
Matemática”, pelo Grupo Informática no Ensino do
PIBID USP Matemática São Carlos, onde foram
abordados temas da atualidade, como o consumo de
água, a utilização de um editor de planilhas para a
construção de tabelas e gráficos. Pois, como orientado
nos Parâmetros Curriculares Nacionais “As
tecnologias, em suas diferentes formas e usos
constituem um dos principais agentes de
transformação da sociedade, pelas modificações que
exercem no cotidiano das pessoas. ” (BRASIL,
2001,46)
Resultados e Discussão
A proposta inicial era trabalhar com as ferramentas das tecnologias da comunicação e da informação (TIC) relacionadas com conteúdo matemáticos, nos 7º anos de uma escola estadual do município de São Carlos. Consideramos que seria importante abordar temas que envolvessem as discussões veiculadas na mídia, que naquele momento estava sendo o desabastecimento da água. O plano de aula contou com três etapas: (1) na sala de aula, foi realizado um debate sobre o consumo, a economia e utilização da água. Os alunos indicaram aspectos, como: para economizar poderiam escovar os dentes com a água de um copo, guardar a água da máquina de lavar para reutilização, etc. (2), na sala de informática, foi realizada uma pesquisa na Internet para o levantamento dos dados sobre o consumo de água. Com esses dados iniciamos a orientação para elaborar uma planilha no Excel. (3) na sala de informática, os grupos elaboraram a apresentação da pesquisa e confeccionaram cartazes que foram apresentados para a classe para socializar os resultados.
Alguns aspectos apresentaram dificuldades, como,
explicar e utilizar a ferramenta da planilha e os gráficos
do Excel foi difícil, pois foi necessário atender os
alunos nos seus micros, de forma individual. Seria mais
eficiente se houvesse um projetor para que os alunos
utilizassem o Excel de modo simultâneo às orientações
dos pibidianos. Na pesquisa na Internet, alguns alunos
a realizaram
Considerações Finais
Trabalhar o conhecimento matemático com o uso das
tecnologias e relacionar com temas atuais foi
desafiador para nós, pibidianos, e motivador para os
alunos. Observamos que algumas das propostas do
Plano de Aula geraram imprevistos no decorrer do seu
desenvolvimento e precisaram ser revistas e
reelaboradas, como, o uso do recurso do projetor, as
orientações para a pesquisa na Internet que devem ser
mais discutidas com os alunos e seus resultados deve
ter um tempo maior para serem avaliados. O
desenvolvimento deste plano de aula nos
conscientizou sobre a necessidade de reorganizarmos
nossas ações quanto ao planejamento. É necessário
repensar as atividades, os conteúdos matemáticos, os
recursos disponíveis na escola e o tempo de
desenvolvimento de cada atividade. Como futuros
professores, nós pibidianos, precisamos refletir sobre
nossa prática e buscar formas para formar nossos
futuros alunos como cidadãos que farão diferença na
sociedade.
Agradecimentos
Agradeço a CAPES pelo apoio financeiro, a minha
orientadora e a escola pelo espaço cedido. ICMC USP Projeto 128295/2013. Financiado por: CAPES
BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: matemática. 3. ed. Brasília, MEC – DF, 2001.
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Kit didático de Geometria
Marina Cancio Rodrigues1*
, Esther Pacheco de Almeida Prado2, Thássia Rafaela Camilo Câmara
3
123Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação
Palavras Chave: PIBID, Ensino de Geometria, Materiais manipulativos.
Introdução
Os Parâmetros Curriculares Nacionais - Matemática
(BRASIL, 1997, p. 19), orientam a utilização dos
recursos didáticos para o ensino de matemática no
Ensino Fundamental,
Recursos didáticos como jogos livros,
vídeos, calculadoras, computadores e outros
materiais têm um papel importante no
processo de ensino e aprendizagem.
Contudo, eles precisam estar integrados a
situações que levem ao exercício da análise
e da reflexão, em última instância, a base da
atividade matemática. (BRASIL, 1997, p.
19) (Grifos nosso)
Resultados e Discussão
O Grupo Espaço e Forma/PIBID, ao discutir sobre o
conteúdo a ser desenvolvido no bimestre março/abril
2015, optou pelos elementos primitivos da geometria
plana, ponto, reta e plano e seus axiomas. Como
procuramos propor aulas que tenham um diferencial
das aulas que utilizam apenas o diálogo com a classe
e lousa-giz, nossa dúvida era como organizar um
material que todos os alunos pudessem manipular e
verificar os axiomas iniciais da geometria: “por um
ponto passam infinitas retas”, “por dois pontos passa
uma única reta”, etc.
Esse material deveria apoiar o desenvolvimento
dessas ideias e também ser de baixo custo, poder ser
reproduzido de modo que todos os alunos tivessem
acesso a sua manipulação e deveria ser fácil de
transportar para as escolas.
A partir desses aspectos o grupo definiu que esses
materiais seriam: bolinha de isopor para representar o
ponto, canudinhos de refrigerante representando as
retas e pedaços retangulares de EVA representando o
plano.
Considerações Finais
Durante 4 aulas, uma por semana, foi possível
observar as modificações na dinâmica da aula, pois o
envolvimento e participação dos alunos foram se
intensificando à medida que novos axiomas eram
discutidos e verificados com o Kit de geometria.
Nesse sentido, despertou a curiosidade; foi
motivador, pois o conteúdo passou a ter maior
significado e facilitou a aprendizagem dos alunos.
Alterou também a nossa relação de bolsistas com a
classe, pois nos pareceu que houve uma maior
credibilidade no trabalho que desenvolvemos, pelos
alunos e pelo professor da sala que nos acompanha.
Quando chegávamos à sala os alunos já pediam as
bolinhas, os canudinhos e o EVA para manipular e
discutir o que havíamos verificado na aula anterior.
Ao final das aulas propúnhamos a resolução de um
exercício para ser entregue e corrigido por nós,
bolsistas, e na última aula propusemos uma avaliação.
Todos os alunos entregaram as atividades resolvidas,
que é um fato muito importante na educação básica, e
em média 60% responderam adequadamente.
Porém, somente o uso de material manipulativo não
garante a aprendizagem dos alunos, é importante
mesclar a utilização desses materiais, com anotações
no caderno e resoluções de exercícios.
Agradecimentos
______________
_________________________________________________
BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Secretaria de Educação
Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Matemática.
Brasília. MEC/SEF, 1997.
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Avaliação dos Kits de Química da Experimentoteca do CDCC pelo grupo
PIBID - Química USP/São Carlos
Patrícia Fernanda Rossi1*
, Gabriela Bueno Denari2, Ana Cláudia Kasseboehmer
1
1 Instituto de Química de São Carlos, USP/São Carlos,
2 Faculdade de Ciências, UNESP/Bauru
Palavras Chave: experimentação, abordagem investigativa, experimentoteca CDCC.
Introdução
A experimentação no ensino da Química tem sido defendida por diversos autores como um recurso pedagógico importante. Geralmente, as atividades de laboratório são orientadas por roteiros predeterminados, em que o aluno segue uma sequência em que o texto determina o quê e como fazer [1] e em alguns casos, o que esperar.
A Experimentoteca do CDCC (Centro de Divulgação
Científica e Cultural da USP de São Carlos) possui
cerca de 100 conjuntos temáticos divididos para o
Ensino Fundamental/EF (64) e Ensino Médio/EM (38)
abrangendo as áreas de Química, Física, Biologia e
Matemática. Entre 2003 e 2005, foram desenvolvidos
os conjuntos para o EM nas áreas de Física, Química e
Biologia, além dos conjuntos de matemática para o EF
e EM [2].
O presente trabalho objetivou avaliar os kits de
experimentos de Química disponibilizados pela
experimentoteca do CDCC para futura reformulação
dos mesmos para a abordagem investigativa.
Desenvolvimento
O grupo do subprojeto PIBID - Química da USP de São
Carlos executou a avaliação de cada kit da
experimentoteca do CDCC da área de Química, sendo
eles: Bioquímica - Proteína; Cinética Química;
Composto Iônico e Composto Molecular;
Eletroquímica; Polímeros; Química Orgânica; Reações
químicas I; Reações químicas II e; Soluções.
Para cada kit foi preenchido um roteiro do respectivo
experimento, elaborado, inicialmente, mediante reunião
de grupo contendo os seguintes itens:
A) Avaliação Geral da Caixa
- Validade dos reagentes
- Aparelhos de medição (se funcionavam)
- Toxicidade dos materiais
- Quantidade dos materiais e reagentes
- Reutilização/Descarte dos reagentes
B) Avaliação da Execução
- Descarte de vidraria quebrada (o que fazer?)
- Anotações sobre vidraria quebrada/desaparecida
C) Avaliação Pedagógica
- Duração mínima da execução
- Conceitos (se estavam corretos)
- Anotações para o professor (se constava)
- Adequações dos roteiros para o aluno
- Questões prévias coerentes com o experimento
Resultados
Na época em que a Experimentoteca do CDCC foi
projetada, ainda não eram preocupação de quem
produzia material didático questões como descartes de
reagentes ou vidrarias quebradas, bem como
diferentes abordagens de ensino. De forma geral, os
itens A, B e C apresentaram coerências pedagógicas,
mas a principal lacuna encontrada foi com relação às
informações, sejam elas sobre a natureza dos
reagentes, o uso do material, o descarte adequado dos
reagentes e produtos e os procedimentos em caso de
falhas de aparelhos de medição (como baterias
descarregadas, por exemplo). Diante das
constatações, o grupo PIBID – Química elaborou um
relatório sugerindo possíveis alterações nos kits de
Química, encaminhando o documento para o setor
responsável da Experimentoteca no CDCC. Aprovada
a proposta o grupo escolheu um primeiro kit
(Compostos Iônicos e Compostos Moleculares),
aleatoriamente, e produziu um “Guia para o Professor”
contendo informações para o professor, como
procedimentos de descarte, periculosidade dos
reagentes, duração do experimento e ainda,
oferecendo a abordagem investigativa como outra
opção de ensino para a aplicação do experimento. O
próximo passo para o grupo PIBID-Química é adaptar
todos os kits de química da Experimentoteca no
mesmo molde sugerido na primeira etapa.
Considerações Finais
Com avaliações dos kits sendo realizada por
licenciandos e professores das escolas públicas
(supervisores PIBID) foi possível refletir sobre as novas
demandas que o ensino de Química apresenta e
estabelecer uma parceria com o CDCC para a
produção de novos roteiros para a Experimentoteca.
Agradecimentos
À equipe do CDCC responsável pela experimentoteca.
O presente trabalho foi realizado com apoio do Programa
Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID, da
CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de
Nível Superior – Brasil.
_____________________________________________
[1] FERREIRA, L. H.; HARTWING, D. R.; OLIVEIRA, R. C. Ensino Experimental de Química: Uma Abordagem Investigativa Contextualizada. Química Nova na Escola, v. 32, n. 2, p. 101-106, 2010. [2] <http://www.cdcc.usp.br/experimentoteca/index.html>. Acesso em set. de 2015.
X SeLic SEMANA DA LICENCIATURA EM CIÊNCIAS EXATAS
INSTITUTO DE FÍSICA DE SÃO CARLOS USP – SÃO CARLOS
X SELIC - Instituto de Física de São Carlos - USP, São Carlos, SP, 28 de setembro a 02 de outubro de 2015. RESUMO 21
Aprendendo e Ensinando Ciências
Paulo Henrique Chiari1, Rafaela Masson
2, Gevair Norberto de Souza
3, Thaís Pedroso Cardoso
4, Yvonne
Primerano Mascarenhas5
1,2,3Instituto de Física de São Carlos,
4,5Instituto de Estudos Avançados Polo São Carlos
Palavras Chave: ensino de ciências
Introdução
Atualmente, o ensino de ciências não tem sido
apresentado de forma tão atrativa aos alunos, e isso
torna seu aprendizado pouco interessante para os
alunos. Observando tal problema, este trabalho visa
aproximar as ciências dos alunos e torná-las mais
atrativas a eles.
Resultados e Discussão
Desenvolvido no projeto Agência Multimídia de Difusão
Científica e Educacional, pertencente ao Instituto de
Estudos Avançados (IEA) Polo São Carlos da USP,
este trabalho contou com o apoio de três bolsistas de
iniciação científica júnior, alunos de ensino médio de
escolas públicas de São Carlos.
O trabalho tem como objetivo dar aos bolsistas
condições de desenvolver atividades nas diferentes
áreas da ciência. Essas atividades são planejadas e
apresentadas em escolas públicas pelos próprios
bolsistas.
O desenvolvimento da atividade começa com a
escolha do tema, feita pelos bolsistas, e uma pesquisa
para levantar dúvidas iniciais. Em seguida, eles
elaboram um roteiro sobre o conteúdo que será
abordado e uma apresentação utilizando ferramentas
animadas como Prezi e Pow Toon, para deixar a
atividade mais atrativa visualmente. Com o objetivo de
fixar o conteúdo abordado e tornar a experiência mais
dinâmica, os bolsistas também criam jogos e planejam
experimentos sobre o tema. Todo o processo é
auxiliado por bolsistas de ensino superior da área de
Licenciatura em Ciências Exatas.
Entre 2014 e 2015, foram desenvolvidas atividades
sobre as seguintes disciplinas: matemática (progressão
aritmética, geometria, números positivos e negativos),
Química (substâncias) e Astronomia (fases da Lua).
Cerca de 190 alunos de ensino médio e fundamental
de quatro escolas públicas de São Carlos (ETEC
Paulino Botelho, E.E. Jesuíno de Arruda, E.E. Conde
do Pinhal e E.E. Álvaro Guião) participaram das
atividades. Também se levou uma das atividades a
alunos entre 10 e 13 anos do Projeto Pequeno
Cidadão, desenvolvido na USP São Carlos.
Considerações Finais
Este material visa tornar as ciências mais atrativas a
alunos de diferentes idades, seja pela realização de
atividades lúdicas ou por estas serem desenvolvidas
por jovens da mesma faixa etária, o que torna a
linguagem mais simples e de melhor compreensão.
Agradecimentos
Agradeço ao Instituto de Estudos Avançados (IEA) Polo São Carlos, aos bolsistas Vitor Hugo Chaves, Giovanna Maia e Roberto Masson. Também agradeço a Rafaela Masson, Gevair Norberto de Souza, Thais Cardoso e à equipe colaboradora.
____________________
KRASILCHIK, M. Reformas e Realidade o caso do ensino de ciências.São
Paulo Perspec. vol.14 no.1 São Paulo Jan./Mar. 2000.
<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-
88392000000100010&script=sci_arttext>.Data de acesso: 08/09/2015
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X SELIC - Instituto de Física de São Carlos - USP, São Carlos, SP, 28 de setembro a 02 de outubro de 2015. RESUMO 22
“Quebra-Cabeças Geométrico”: um Material Didático como Apoio à Inclusão
no Ambiente Escolar.
Paulo Henrique Chiari1, Rafaela Masson
2, Gevair Norberto de Souza
3, Thaís Pedroso Cardoso
4, Yvonne
Primerano Mascarenhas5
1,2,3Instituto de Física de São Carlos,
4,5Instituto de Estudos Avançados Polo São Carlos
Palavras Chave: quebra-cabeça, material didático, inclusão
Introdução
Atualmente, deficientes visuais encontram grande
dificuldade de aprendizagem, seja pela falta de preparo
dos docentes, despreparação do espaço físico da
instituição, preconceito e ausência de material didático
adequado. Observando tais problemas, este trabalho
busca aproximar os deficientes visuais deste ensino,
focando no uso do tato como principal ferramenta,
além de amenizar o preconceito por parte dos demais
alunos.
Resultados e Discussão
Desenvolvido no projeto Agência Multimídia de Difusão
Científica e Educacional, pertencente ao Instituto de
Estudos Avançados (IEA) Polo São Carlos da USP,
este trabalho contou com o apoio de três bolsistas de
iniciação científica júnior, alunos de ensino médio de
escolas públicas de São Carlos, que auxiliaram na
montagem de um “Quebra-Cabeças Geométrico”. Esse
material didático é composto por estruturas de metal
com o formato de diferentes formas geométricas e por
figuras geométricas menores que, combinadas,
formarão a figura maior. Ele permite a inclusão de
alunos com deficiência visual porque apresenta
texturas diferentes para cada uma das figuras
geométricas menores, facilitando, assim, sua
identificação.
Além de proporcionar um melhor aprendizado da
Geometria, o “Quebra-Cabeça Geométrico” possibilita
que alunos videntes vivenciem as dificuldades
enfrentadas pelos deficientes visuais e também se
conscientizem sobre o assunto. O material foi
apresentado, em 2014, a alunos videntes de ensino
fundamental e médio de duas escolas públicas de São
Carlos (E.E. Jesuíno de Arruda e E.E. Conde do
Pinhal). Após uma apresentação sobre conceitos de
Geometria, os estudantes puderam montá-lo com os
olhos vendados em uma atividade lúdica, que
proporcionou a eles a mesma experiência dos
deficientes visuais no processo de aprendizagem.
Considerações Finais
Este material visa a auxiliar professores na inclusão de
deficientes visuais nas aulas de Geometria, tendo em
vista que o estudo de figuras geométricas é
essencialmente baseado em aspectos visuais. Com
uma intensa integração entre alunos videntes e não-
videntes, além de uma maior utilização de materiais
didáticos, o ensino para deficientes visuais, de uma
forma geral, terá uma eficácia muito maior,
possibilitando uma educação de qualidade e igualitária
a todos.
Agradecimentos
Agradeço ao Instituto de Estudos Avançados (IEA) Polo São Carlos, ao Roberto Masson e Rafaela Masson, pela montagem e pintura da estrutura metálica e toda a equipe colaboradora.
____________________
CARVALHO, R. E.; Removendo Barreiras para a Aprendizagem. In:
Ministério da Educação – Secretaria de Educação à Distância. Educação
Especial: tendências atuais. Estação das Mídias, 1999. p. 59
SANCHES, M. F. Educação Regular Educação Especial: Uma História e
separação. Edições Afrontamento, 2007.
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X SELIC - Instituto de Física de São Carlos - USP, São Carlos, SP, 28 de setembro a 02 de outubro de 2015. RESUMO 23
Reuso da água da chuva como alternativa sustentável: Relato de uma
experiência envolvendo a Prática como Componente Curricular
Beatriz Caroline Panicheli1,Breno Olegario Filippini
1,Débora Cristina Martins
1,Rafaela Calvo
1, Ricardo Castro
de Oliveira1
1Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo – Câmpus Catanduva
Palavras Chave: Sustentabilidade, PCC, Conscientização.
Introdução
A Prática como Componente Curricular (PCC) foi instituída nos cursos de Licenciatura em Química a partir da resolução CNE/CP2/2002. Este documento aponta que os cursos de formação inicial de professores devem conter 400 horas de PCC distribuídas ao longo do curso. Para Kasseboehmer e Farias (2012) a PCC contribui para desenvolver competências e habilidades nos diferentes momentos do curso, assim como na obtenção de conhecimentos relacionados à docência. No curso de Licenciatura em Química do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP) Câmpus Catanduva essas horas estão distribuídas em disciplinas ao longo do curso. Para o seu desenvolvimento, os licenciandos realizam trabalhos interdisciplinares e ao final de cada semestre apresenta para a Instituição. Uma das características desse trabalho é a interdisciplinaridade. Para Nogueira (2003) o êxito de um projeto interdisciplinar consiste não apenas no processo de integração de disciplinas, mas também na possibilidade de pesquisa, escolha do tema e da atitude interdisciplinar dos envolvidos.
Essa proposta de trabalhar a interdisciplinaridade por meio da PCC vai ao encontro dos pressupostos presentes nos Parâmetros Curriculares Nacionais. Este documento enfatiza a importância de um ensino em que o conteúdo seja visto como um meio para que os alunos desenvolvam capacidades, que lhes permitam produzir e usufruir os bens culturais, sociais e econômicos. Essas capacidades são amplamente trabalhadas na PCC. Este trabalho tem como objetivo relatar uma experiência envolvendo a PCC no curso de Licenciatura em Química do IFSP Câmpus Catanduva.
Resultados e Discussão
Este trabalho foi desenvolvido no primeiro semestre de 2015 e envolveu as disciplinas de Química Geral I, Física I, História da Educação e Matemática I para discutir a temática “Reuso da água da chuva como alternativa sustentável”. Trata-se de um tema de grande relevância, visto os problemas enfrentados atualmente em relação a água. Os licenciandos realizaram diferentes pesquisas e abordaram alguns tópicos importantes que serão brevemente resumidos a seguir.
De acordo com a Sabesp, apenas 0,01% do total de água do mundo está disponível para consumo. Sendo assim, considera-se importante e necessário buscar medidas sustentáveis que aprimore de maneira econômica e viável o reuso da água, como forma de evitar o uso de água potável em situações em que não há necessidade, como exemplo: descarga de vasos sanitários, irrigação de jardins, lavagens, limpezas de casa e etc.
Segundo The Rainwater Technology Handbook (2001) apud TOMAZ (2003) estudos mostram que a água utilizada para usos não potáveis varia de 30 a 40% do total de água aplicada ao consumo. Levando em consideração a escassez de água, é fundamental adotar práticas de reuso da água da chuva para outros fins. Além das pesquisas realizadas, os licenciandos envolvidos nessa temática estão coletando informações importantes para, em um segundo momento implantar cisternas no Câmpus visando o reuso da água da chuva para fins não potáveis.
Considerações Finais
Esse tipo de atividade envolvendo a PCC é essencial para a formação inicial dos licenciandos, uma vez que proporciona o contato do licenciando com a interdisciplinaridade. Outro aspecto relevante se refere a discussão de conceitos a partir de temas sociais. Por meio do desenvolvimento deste trabalho foi possível verificar que diferentes áreas estão interligadas e que é necessário promover um ensino interdisciplinar e contextualizado para compreender a sociedade.
Agradecimentos
KASSEBOEHMER, A.C.; FARIAS, S.A. Conteúdos das disciplinas de
interface atribuídos a prática como Componente Curricular em Cursos de Licenciatura em Química. Alexandria Revista de Educação em Ciência e
Tecnologia, v.5, n.2, 2012.
NOGUEIRA, N.R. Interdisciplinaridade aplicada. São Paulo: Ética, 2003.
TOMAZ, P. Aproveitamento de água de chuva para áreas urbanas e fins não
potáveis. Navegar Editora- SP, 180 p. 2003.
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BRINCANDO DE DETETIVE TAMBÉM SE APRENDE MATEMÁTICA
Rassiê Tainy de Paula1*
, Luiz Henrique Calderon Salles2
1Instituto de Ciências Matemática e de Computação e Instituto de Física de São Carlos,
2Instituto de Ciências Matemática e de
Computação e Instituto de Física de São Carlos Palavras Chave: Jogo, PIBID, Matemática
Introdução
No decorrer do primeiro semestre de 2015 desenvolvemos um jogo sobre conteúdos básicos do Ensino Fundamental I e II para o ensino da matemática e o aplicamos em três escolas estaduais do interior do Estado de São Paulo. Tomamos por base os conteúdos presentes nos PCN’s (BRASIL, 1998) e no Currículo do Estado de São Paulo (SÃO PAULO, 2013), a saber: Números e Tratamento da Informação. No contexto do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID – ICMC/USP), o método de ensino adotado é fundamentado em aulas expositivas dialogadas, auxiliadas por slides interativos e, principalmente, em dinâmicas e jogos que pressupõem a participação ativa dos alunos na estruturação do conhecimento. Sabemos que os jogos fazem parte do cotidiano, especialmente das crianças e adolescentes, por isso com foco em matemática, elaboramos o jogo: ”Brincando de Detetive”. No jogo apresentamos a história de Kira, baseada no anime Death Note.
Resultados e Discussão
”Brincando de Detetive” consiste em um jogo digital, que posteriormente foi transformado em tabuleiro, no qual os alunos precisam organizar e analisar as pistas necessárias para encontrar o responsável pelos assassinatos. A atividade iniciou-se, nas escolas, usando apenas multimídia, e pudemos observar o interesse dos participantes em descobrir o assassino, mesmo que para isso precisassem usar a matemática, que antes era motivo de reclamações por parte deles. Com o desenvolver da experiência notamos que os alunos tinham mais curiosidades e vontade em participar das aulas quando recebiam um desafio. Desta forma, decidimos desenvolver o jogo no formato de tabuleiro, para que mais docentes pudessem usar e até mesmo os alunos pudessem jogar sem um monitor/professor, desenvolvendo assim, o hábito de buscar e analisar informações, ou seja, de investigação matemática.
Fig 1: Jogo Digital “Brincando de Detetive”
Fig 2: Jogo Tabuleiro “Brincando de Detetive”
Considerações Finais
Acreditamos que o efeito positivo ocorreu,
principalmente, pelo fato da metodologia trazer para a
sala de aula alguns elementos que faziam parte do
contexto em que os alunos viviam (como filmes,
desenhos, animes e notícias atuais) e isso contribuiu
para que o aluno tivesse maior interesse no que estava
sendo ensinado, despertando a curiosidade dos jovens
estudantes. Brincar é um processo educativo mais
amplo, que influencia o intelecto, o emocional e físico,
desenvolvendo a iniciativa, a imaginação e interesse
(BARTUTTI, 2004). Além disso, jogos lúdicos
proporcionam liberdade de criação sendo fundamental
para o desenvolvimento de sua identidade. “Nós,
enquanto educadores, precisamos repensar nossa
prática, olhar para as crianças como seres capazes,
possibilitando-lhes vivências significativas”
(MARELENQUELEM, 2005).
Agradecimentos
Orientadora: Profª. Drª. Miriam Cardoso Utsumi
____________________ 1BARTUTTI, Amanda [et al]. O brincar na teoria histórico cultural.
Disponível em:
<http://www.lite.fae.unicamp.br/papet/2003/ep127/brincar.htm>. Acesso
em: 28 junho.2015.
2Marelenquelem, M. A importância de um espaço lúdico no
desenvolvimento infantil. 15º Congresso de Leitura do Brasil. Campinas:
UNICAMP/PUCCAMP, 2005.
Munhoz, L. B., Salles, L. C., & de Paula, R. T. (03 de Julho de 2015). O
contraste entre os anos inicial e final do EF II de uma escola pública. São
Carlos, São Paulo, Brasil.
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Clube de Ciências Digital Interativo
Rafaela Masson1*, Paulo Henrique Chiari
2, Gevair Norberto de Souza
3, Ellen Francine Barbosa
4, Thaís
Pedroso Cardoso5, José Carlos Maldonado
6, Yvonne Primerano Mascarenhas
7
1,2,3Instituto de Física de São Carlos,
4,6Instituto de Ciências da Computação e Matemática,
5,7Instituto de Estudos Avançados
Polo São Carlos
Palavras Chave: Clube de ciências; Educação não-formal; Divulgação científica.
Introdução A educação, para alguns autores, pode ser dividida em três diferentes formas. Para Colley, Hodkinson e Malcolm (2005), essa divisão é descrita como educação formal, desenvolvida nas escolas, um espaço que garante a realização e desenvolvimento de uma educação atribuída e garantida a todos os cidadãos; educação informal, que decorre de processos naturais e espontâneos; e educação não-formal, quando existe a intenção de determinados sujeitos em criar ou buscar objetivos pré-estabelecidos fora da instituição escolar. A educação não-formal, para Gohm (2008), consiste em proporcionar a aprendizagem de conteúdos da escolarização formal em espaços como museus, centro de ciências, ou qualquer outro em que as atividades sejam desenvolvidas com um objetivo definido. Sendo assim, atuando através da educação não-formal, o Instituto de Estudos Avançados (IEA) Polo São Carlos e o Núcleo de Apoio à Pesquisa em Software Livre (NAPSoL) criaram o Clube de Ciências Digital Interativo, que procura proporcionar aos alunos de escolas públicas uma oportunidade de entrar em contato com o “mundo científico” através de atividades experimentais sobre química, física, matemática, biologia e computação. O Clube de Ciências Digital Interativo promove atividades como realização de experimentos, visitas a museus e espaços de ciências e palestras com docentes da Universidade. Para finalizar, os estudantes organizarão um workshop que será apresentado dentro da Universidade e avaliado por um grupo de professores da Universidade. Todas as atividades foram pensadas e divididas em blocos. Cada bloco aborda uma das cinco disciplinas citadas anteriormente e tem como fechamento uma palestra. Busca-se com isso a aproximação das ciências com vivências dos alunos e, por este motivo, realizam-se experimentos aplicados ao dia a dia, visitas em museus ou locais onde estas ciências são aplicadas. As palestras foram propostas pensando na aproximação dos “clubistas” com a Universidade, proporcionando o contato com pesquisas e mostrando a eles como elas são realizadas e de que maneira retornam à sociedade. Por isso, foram escolhidos palestrantes cujas áreas de atuação estavam relacionadas com a área abordada em cada bloco. Para a seleção dos “clubistas”, divulgou-se o projeto em cinco escolas públicas de São Carlos nas quais são desenvolvidas atividades do projeto Agência Multimídia
de Difusão Científica e Educacional Ciência Web, pertencente ao IEA Polo São Carlos. Foram selecionados 28 alunos entre 311 inscritos. O critério de seleção foi a resposta para a pergunta “Por que você quer participar de um clube de ciências?”, que constava em uma ficha preenchida pelos candidatos.
Resultados e Discussão O Clube de Ciências ainda está em andamento, porém, notou-se uma mudança comportamental de grande importância para a aprendizagem científica dos alunos. Eles se tornaram mais ativos, participativos, com relatos de maior interesse em sala de aula e pela ciência. Assim, nosso objetivo de que os “clubistas” se aproximem e se interessem mais pelas ciências e pelas carreiras científicas está sendo alcançado. Além disso, o Clube também foca na inserção dos alunos no ambiente da Universidade, para que, assim, eles acreditem em seu potencial para serem futuros universitários.
Considerações Finais
O Clube de Ciências Digital Interativo se diferencia de
outros clubes de ciências tradicionais porque integra as
atividades ao ambiente digital, já que os “clubistas”
postam os resultados dos experimentos realizados em
um blog vinculado ao Portal Ciência Web
(www.cienciaweb.com.br), ao qual qualquer pessoa,
independentemente da participação no Clube de
Ciências, pode ter acesso, a fim de estender o projeto
para quem não teve acesso a ele. Agradecimentos
Agradeço ao Instituto de Estudos Avançados (IEA)
Polo São Carlos, Núcleo de Apoio à Pesquisa em
Software Livre (NAPSoL) e Fundação de Apoio à
Física e à Química (FAFQ).
____________________
1. COLLEY, H.; HODKINSON, P. & MALCOLM, J. Non-formal learning:
mapping the conceptual terrain. A consultation report, Leeds: University of
Leeds Lifelong Learning Institute. 2002. Disponível em
<http://www.infed.org/archives/e-texts/colley_informal_learning.htm>.
Acesso em: 09 de dez. de 2014.
2. GOHN, M. G.. Educação não-formal na pedagogia social. Disponível
em:<http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?pid=MSC0000000092006
000100034&script=sci_arttext>. Acesso em: 09 de dez. de 2014.
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Depressão e sua influência na aprendizagem: um relato de atividade
envolvendo a Prática como Componente Curricular.
Thayse Christina Elias de Oliveira1*
, Bruna Carolina Coutinho1, Maria Carolina Rigatto
1, Ricardo Castro de
Oliveira1, Marcelo Velloso Heeren
1
1Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo Câmpus Catanduva
Palavras Chave: Relato de experiência, PCC, Aprendizagem.
Introdução
Segundo a resolução CNE/CP2/2002 os cursos de
Licenciatura em Química devem conter 400 horas de
Prática como Componente Curricular (PCC). De acordo
com Kasseboehmer e Farias (2012) estas práticas
devem estar estritamente relacionadas com as
atividades acadêmicas e devem contribuir para a
formação da identidade do professor. No Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São
Paulo (IFSP) Câmpus Catanduva, essas horas estão
distribuídas nas disciplinas da matriz curricular ao
longo de todo curso e os alunos são incentivados a
desenvolverem trabalhos interdisciplinares, facilitando
o desenvolvimento de competências e habilidades
importantes para a sua formação. Esta preocupação
vai ao encontro das recomendações expressas nos
documentos norteadores do Ensino Médio. Este
trabalho tem como objetivo apresentar um relato de
experiência envolvendo a PCC no curso de
Licenciatura em Química do IFSP Câmpus Catanduva.
Resultados e Discussão
O presente trabalho foi desenvolvido no primeiro
semestre de 2015 e envolveu as disciplinas de
Química Geral e História da Educação para discutir o
seguinte tema: “Depressão: sintomas, tratamento e
influência na aprendizagem. Os licenciandos
realizaram diferentes pesquisas com a orientação dos
professores responsáveis pelas disciplinas e, ao final
do semestre apresentaram na forma de painel o
trabalho desenvolvido. Trata-se de um tema de grande
relevância, uma vez que afeta diretamente o processo
de ensino e aprendizagem. De acordo Varella (2011), a
depressão é uma patologia que apresenta mudanças
bioquímicas no cérebro, causando a diminuição dos
neurotransmissores dopamina e da serotonina. Ainda
de acordo com o mesmo autor, esta patologia não
atinge apenas os adultos que vivem com o estresse no
dia a dia. Esta pode surgir em qualquer faixa etária,
sendo mais difícil o diagnóstico em crianças. Em
muitas situações os pais não conseguem identificar os
reais problemas comportamentais de seus filhos, o que
dificulta o seu diagnóstico e tratamento. A principal
forma de tratamento da depressão são os
medicamentos sintetizados, que são classificados
segundo as suas propriedades químicas e
farmacológicas. A priori existiam apenas duas classes:
os tricíclicos (ADTs) e os inibidores de
monoaminooxidase (IMAOs), e com o avanço da
tecnologia e estudos novas classes de antidepressivos
foram descobertas (MORENO et a,1999). O correto
diagnóstico e posterior tratamento é essencial para que
os alunos não tenham prejuízos na escola em relação
a aprendizagem. A discussão de tópicos como este
durante o curso de formação inicial de professores
permite que os licenciandos conheçam os problemas
associados a essa patologia, contribuindo assim para
uma intervenção mais eficiente na sala de aula visando
a aprendizagem dos alunos quando for necessário.
Considerações Finais
Por meio da realização da PCC foi possível conhecer
um pouco sobre a patologia da depressão e de que
forma esta influencia na aprendizagem dos alunos.
Ressalta que este trabalho permitiu um maior contato
dos licenciandos com a interdisciplinaridade, aspecto
essencial que deve ser trabalhado nos cursos de
formação inicial de professores. Ressalta-se ainda que
a apresentação do trabalho na forma de painel
proporcionou maior vivência de como os trabalhos são
divulgados em eventos e congressos, contribuindo
assim para o processo de formação dos licenciandos.
Agradecimentos
MORENO, Ricardo Alberto et al. Psicofarmacologia de antidepressivos.
Revista Brasileira de Psiquiatria, São Paulo, 1999.
VARELLA, Drauzio. Depressão infantil e na adolescência. Disponível em:
http://drauziovarella.com.br/crianca-2/depressao-infantil-e-na-adolescencia/.
Acesso em: 17 jun. 2015.
KASSEBOEHMER, A. C.; Farias. S.A. Conteúdo das disciplinas de
interface atribuídos a Prática como Componente Curricular em cursos de
Licenciatura em Química. Alexandria Revista de Educação em Ciência e
Tecnologia, v5, n.2, 2012.
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Prática como componente Curricular: A Importância da análise do solo na
Geologia Forense.
Wendi G.R de Lima1*
,Josilene L de S.Rodrigues2, Letícia de O. Pechim
3
1Instituto Federal de Educação ciência e Tecnologia campus Catanduva.
Palavras Chave: Ciências Forenses, Geologia Forense, Métodos Analíticos.
Introdução
A área das ciências forenses assume uma importância cada vez mais relevante no âmbito científico e jurídico. A complexidade das questões ligadas aos meios e obtenção de provas permite que se confira a esta área uma abordagem multidisciplinar; devem, então, ser compreendidas como o conjunto de todos os conhecimentos científicos e técnicas que são utilizados para desvendar crimes, em que peritos de diversas especialidades atuam, em conjunto[1]. A Geologia Forense está relacionada com a utilização de princípios, práticas e procedimentos geológicos no âmbito da investigação criminal. A Aplicação deste tipo de investigação está ligada ao uso de “vestígios geológicos”, tais como solos, sedimentos, minerais, fragmentos de rocha, pigmentos, para ligar um determinado indivíduo, ou veículo, ou item a uma cena de crime. Outras investigações mais diretas estão relacionadas à localização de objetos enterrados [2], ou vestígios de solos entre objetos e indivíduos. A geologia forense no Brasil é uma técnica recente, porém nos Estados Unidos é uma técnica antiga utilizada pelos peritos criminais.
Revisão Bibliográfica
Na Ciência Forense os profissionais constantemente
buscam conhecimentos relacionados a novos métodos
de análise, para que possam alterar protocolos e
aplicar conhecimentos científicos em diferentes áreas,
atuando na fronteira do conhecimento[3].
Um caso que exemplifica é o da advogada Mércia
Mikie Nakashima, que foi morta em uma represa de
Nazaré Paulista em maio de 2010. Os principais
suspeitos foram o ex-namorado da vítima, Mizael Bispo
de Souza, que era advogado e policial militar
reformado, e o vigia Evandro Bezerra da Silva. Neste
caso, os peritos encontraram nos sapatos de Mizael
vestígios de terra e alga. Amostras destes vestígios
foram submetidas a análises, que foram comparadas
com análises das amostras encontradas na margem da
represa de Nazaré Paulista[4].
A seguir segue um esquema das análises que podem
ser realizadas para amostras de solo:
(Esquema das análises que podem ser realizadas para
amostras de solo).
Considerações Finais
As pesquisas realizadas destacam a importância, na
geologia forense, da análise do solo. Através deste é
possível caracterizar e reconhecer amostras de
diferentes locais, o que auxilia a investigação criminal.
No entanto, é importante salientar que a análise do
solo é apenas um dos diversos procedimentos cabíveis
na perícia criminal.
Agradecimentos
Agradecemos aos professores:
Ms° Eduardo Figueira
Ms° Leandro Benedini
Dr° Roberta Correa Guimarães
____________________
1]SILVA, D. (11 de setembro de 2012). Análise, por técnicas
espectroscópicas, de adipoceras em solos para fins geológico-forenses.
Relatório de estágio , p. 7.
[2]NORONHA.F. (março de 2013). Geologia Forense . centro de
recursos, p. 1
[3]MARTINIS, B. (2013). Locais de Crime: dos vestígios à dinâmica
criminosa, de Jesus Antonio Velho. Revista Brasileira de Ciências
Policiais, 143.
[4]MARTINS, L. (2011). Caso Mércia Nakashima. Júrídico produzido
no Módulo Perícias de E.J.D.II.
X SeLic SEMANA DA LICENCIATURA EM CIÊNCIAS EXATAS
INSTITUTO DE FÍSICA DE SÃO CARLOS USP – SÃO CARLOS
X SELIC - Instituto de Física de São Carlos - USP, São Carlos, SP, 28 de setembro a 02 de outubro de 2015. RESUMO 28
O ensino da tabela periódica na perspectiva da inclusão
Rafaela Masson1*
, Paulo Henrique Chiari2, Thaís Pedroso Cardoso
3, Yvonne Primerano Mascarenhas
4
1,2Instituto de Física de São Carlos,
3,4Instituto de Estudos Avançados
Palavras Chave: ensino de química inclusivo, tabela periódica em braile.
Introdução No decorrer do tempo, a discussão sobre educação especial foi separada em três grandes movimentos: segregação, integração e inclusão. Este último é entendido como uma “proposta educativa que pretende consubstanciar a simultaneidade do tempo e do espaço pedagógico para todas as crianças, por forma a concretizar os ideais da educação pública obrigatória: qualidade, eficiência, igualdade e equidade” (SANCHES, M. F., 2007). Idealizando três condições básicas para a inclusão de alunos deficientes na instituição escolar, sendo elas estrutura física, formação do professor e metodologia, foca-se na terceira condição. “Em se tratando de deficientes visuais, os recursos didáticos podem ser obtidos por diferentes formas sendo que uma delas é a seleção que corresponde à utilização do recurso pelos alunos de visão normal, mas que também podem ser aproveitados para os alunos cegos tais como se apresentam” (OLIVEIRA, F.I.W.; BIZ, V.A.; FREIRE, M., 2011 apud OLIVEIRA, J. S. et al.). Observando os problemas gerados ao redor do ensino de química para deficientes visuais, este trabalho busca aproximar os deficientes visuais deste ensino, usando o tato como principal ferramenta. Pensando em utilizar métodos que satisfaçam as necessidades de todos os alunos, construiu-se uma tabela periódica inclusiva, que será complementada por uma apostila ainda em desenvolvimento, um diagrama de Linus Pauling e uma tabela periódica tridimensional com o objetivo de mostrar a dimensão da tabela e a disposição dos grupos químicos. Para a construção da tabela, foram utilizados como principais materiais um suporte de madeira, quadrados pequenos de madeira representando cada elemento químico e miçangas para a escrita em braile. Os quadrados foram pintados com diferentes cores, cada uma representando um grupo químico, e identificados com o símbolo químico, nome do elemento químico e número atômico, escritos com caneta adequada. Após a montagem da tabela periódica comum, as miçangas foram coladas representando os símbolos químicos e números atômicos em braile. Para a continuação deste projeto, está sendo construída uma apostila dividida em volumes (tanto em língua portuguesa, quanto em braile) com a descrição da história da tabela periódica, classificação periódica dos elementos químicos e abordagem de todos os elementos químicos, contendo: nome do elemento químico, símbolo, número atômico, massa atômica, distribuição eletrônica, um breve histórico sobre o elemento e onde encontrar o elemento na natureza. O diagrama está sendo construído nos mesmos moldes da tabela periódica inclusiva e as tabelas com informações sobre as
famílias será feita na impressora 3D do Biocom/ICMC-USP.
Resultados e Discussão Aplicou-se a tabela periódica em uma sala de aula
inclusiva do primeiro ano do ensino médio em uma
escola pública de São Carlos. Nesta sala de aula, com
cerca de 40 alunos, há um aluno deficiente visual, que
utiliza uma máquina de escrever em braile para realizar
suas anotações e livros didáticos em braile. Após a
interação obtida na sala de aula, o aluno deficiente
visual foi convidado a tocar a tabela periódica e assim
pôde compreender seu conteúdo. Durante uma
atividade lúdica, houve a participação significativa do
aluno com deficiência e este, além de acertar um dos
elementos químicos proposto pela atividade, o
encontrou na tabela periódica após lhe ter sido
informado o número atômico e símbolo do elemento
químico.
Após o término da confecção dos outros materiais
inclusivos, será realizado um teste em uma instituição
com deficientes visuais.
Com este projeto, espera-se que alunos com e sem
deficiência visual possam trabalhar em conjunto,
utilizando o mesmo material didático. Desta forma,
tende-se a diminuir o preconceito e a diferença
existente entre os ditos “diferentes” e “normais”.
Considerações Finais Este é um trabalho que não busca somente uma
solução em material didático para o ensino de química,
mas também a facilitação do trabalho do docente e a
aproximação do mesmo com seus alunos inclusivos, já
que, por lacunas em sua formação, normalmente os
professores mantêm uma distância destes alunos por
não conseguirem suprir as necessidades educativas
dos mesmos.
Agradecimentos Agradeço ao IEA Polo São Carlos, à agência
financiadora FIPAI e ao ICMC-USP pelo apoio para
idealização deste projeto.
____________________
1. SANCHES, M. F. Educação Regular Educação Especial: Uma História
e separação. Edições Afrontamento, 2007.
2. OLIVEIRA, J. S. et al. Ensino de química inclusivo: Tabela periódica
adaptada a deficientes visuais. Experiências em Ensino de Ciências v. 8,
n2. 2013. Disponível em:
<http://if.ufmt.br/eenci/artigos/Artigo_ID208/v8_n2_a2013.pdf>. Acesso
em: 29 maio 2014.
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X SELIC - Instituto de Física de São Carlos - USP, São Carlos, SP, 28 de setembro a 02 de outubro de 2015. RESUMO 29
A atuação do PIBID no Ensino de Química Ambiental
Tamires Tomintes de Souza1*
, Jakeline Damarys Soares1, Prof. Dr. Ricardo Castro de Oliveira
1, Prof. Drª.
Roberta Guimarães Corrêa1, Prof. Drª Joanita Nakamura Granato
1.
1Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo – Câmpus Catanduva
Palavras Chave: Pibid, Química Ambiental, Reaproveitamento.
Introdução
O Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) busca o aperfeiçoamento da formação de professores, propiciando oportunidades aos licenciandos de criação e participação em experiências metodológicas e práticas docentes de caráter inovador e interdisciplinar, que busquem a superação de problemas identificados no processo de ensino e de aprendizagem (CAPES, 2014).
Em busca de atender os objetivos do
programa, o grupo do PIBID da Química do
Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia de São Paulo (IFSP) Câmpus
Catanduva desenvolve inúmeras atividades. O
presente trabalho relata a experiência das
bolsistas na elaboração e desenvolvimento de um
minicurso envolvendo a temática Química
Ambiental. Durante o minicurso, os alunos
construíram modelos moleculares e outros
utensílios por meio do reaproveitando de garrafas
PET.
Resultados e Discussão
O presente trabalho foi desenvolvido na E.E. Dr. Nestor Sampaio Bittencourt pelas bolsistas do PIBID do IFSP Câmpus Catanduva. O minicurso foi realizado no primeiro semestre de 2015 e contou com a participação de quinze alunos do ensino médio
Inicialmente, as bolsistas aplicaram um questionário para a identificação dos conhecimentos prévios dos alunos e, em seguida, foram realizadas aulas teóricas e práticas sobre plásticos e reciclagem.
Como parte das atividades solicitadas, os alunos que participaram do minicurso construíram textos sobre Plásticos e o Meio Ambiente e, em seguida, confeccionaram modelos moleculares a partir de garrafas PET já utilizadas. Imagem 01: Modelos moleculares confeccionados pelos
alunos.
Com a construção de modelos moleculares a
partir de garrafas PET foi possível abordar
conteúdos químicos como polímeros e fórmulas
estruturais de moléculas. É importante ressaltar
que o minicurso também possibilitou abordar
temas socioambientais como reciclagem,
reutilização de materiais e redução de consumo.
Imagem 02: Alunos confeccionando modelos
moleculares a partir de garrafas PET.
Considerações Finais
O minicurso realizado pelo grupo do PIBID proporcionou um momento de interação e aprendizagem para os alunos, que puderam perceber como a química está relacionada com questões ambientais de extrema importância, como a reciclagem.
Esta atividade foi enriquecedora também para as bolsistas, pois tiveram a oportunidade de ampliar o conhecimento da teoria envolvida no tema abordado e conheceram mais o ambiente escolar, contribuindo assim para a sua formação inicial.
Agradecimentos
____________________
Fundação Capes. Pibid - Programa Institucional de Bolsa de
Iniciação à Docência. Disponível em:
<http://www.capes.gov.br/educacao-basica/capespibid>.
Acesso dia 31 de agosto de 2015.
MATEUS, Alfredo Luís; MOREIRA, Marcos Giovani.
Construindo com pet: como ensinar truques novos com
garrafas velhas. São Paulo: Editora Livraria da Física, 2007.
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Desenvolvimento de objetos educacionais texturizados para o auxílio
na construção do conhecimento de alunos não-videntes e videntes
para o ensino de Astronomia
Robson Douglas da Silva Martins1*
, Geisiane Rosa da Silva 1*
, Herbert Alexandre João
1Instituto de Física de São Carlos, Universidade de São Paulo-São Carlos
Palavras Chave: Ensino de Ciências. Astronomia. Ensino para não-videntes. Fases da lua.
Introdução
“Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar
as possibilidades para a sua própria produção ou a
sua construção.” (Paulo Freire). Considerando
como ponto de partida a frase citada por Paulo
Freire e tendo como experiência a dificuldade em
desenvolver interesse e estímulo nos alunos, este
trabalho tem por objetivo o desenvolvimento e a
utilização de materiais lúdicos, tal como a
construção de uma “câmara escura” para o ensino
das fases da lua e texturização de Sol, Terra e
Lua, como auxílio para desenvolver o processo
ensino aprendizagem de alunos não-videntes e,
posteriormente, videntes.
Resultados e Discussão
A partir de materiais do cotidiano como madeira,
tecidos, bolas plásticas, areia, barbantes e lixas de
marcenaria foi possível desenvolver objetos
educacionais para o ensino de Astronomia para
alunos não-videntes (apoio do Espaço Braille de
São Carlo) e videntes (apoio da Feira de Óptica do
IFSC, USP).
O desenvolvimento de objetos que remetem a
representação dos Astros tais como, Terra, Sol e
Lua, foram elucidados para alunos não-videntes. O
Sol foi texturizado a partir de uma bola de plástico,
leve, envolta em uma manta acrílica de modo a se
identificar as explosões solares. Uma bola de
plástico, um pouco mais rígida, e já pré-texturizada
com relevos e com novas adaptações nestes foi
aplicada para se dar a ideia das crateras lunares.
Usando o mesmo efeito de relevo, um globo
terrestre foi texturizado com areia para se mostrar
como é a divisão terra-água do nosso planeta (este
mesmo globo foi utilizado para ser acoplado em
um Telúrio para o ensino de não-videntes). Com os
Astros texturizados, observou-se assimilação
significativa das formas apresentadas de maneira
menos dogmática.
Para dar continuidade, uma “câmara escura” foi
projetada para o ensino das fases-da-lua.
Inicialmente, foi desenvolvido uma placa de
madeira com recortes de lixa de marceneiro e
barbantes que representavam as fases-da-lua
observadas no céu. Através da descrição de como
são as fases-da-lua observadas no céu, o aluno
não-vidente foi capaz de fazer uma assimilação
entre a forma geométrica representada e o nome
dado as fases-da-lua.
Todos os objetos educacionais adaptados neste
trabalho foram aplicados com pessoas videntes.
Com a aplicação da “câmara escura” notou-se a
dificuldade do aluno vidente em relacionar os
formatos representados com as fases-da-lua.
Então, na maioria das vezes, foi necessário
introduzir à qual tema se referia o estudo, notando-
se a dificuldade que o aluno tinha em fazer a
assimilação dos conhecimentos prévios, adquiridos
ou não em sala de aula, com os fenômenos
celestes de seu dia a dia. Assim, os objetos
educacionais desenvolvidos apresentaram
resultados positivos no ensino- aprendizagem de
alunos não-videntes e posteriormente de alunos
videntes.
Considerações Finais
O uso de objetos educacionais texturizados são de
grande importância e eficácia para o auxílio do
ensino-aprendizagem de alunos não-videntes e
videntes. Neste trabalho notou-se que alunos não-
videntes formam seus conceitos sobre o que são
os Astros celestes Também foi possível a
representação das observações das fases-da-lua
no céu. Para alunos videntes o uso dos objetos
educacionais também elucidam o conhecimento
acerca do tema Astronomia.
Agradecimentos
Instituto de Física de São Carlos (IFSC). RC Engenharia. Rewrison da Silva Elias .Espaço Braille (São Carlos).
___________________
MALLALIEU, Huon. História ilustrada das antiguidades. São Paulo:
Nobel, 1999.
Simpósio Nacional de Educação em Astronomia. II, 2012. São Paulo.
SCARINCI, Anne L.
VYGOTSKY, L.S.; LÚRIA, A. R.; LEONTIEV, A. N. Linguagem,
Desenvolvimento e Aprendizagem. Tradução Maria da Penha
Villalobos. São Paulo: Ícone, 1988.
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Biorredução da 1-fenil-2-(4-fenil-1H-1,2,3-triazol-1-il)etanona pelo fungo
Penicillium citrinum CBMAI 1186 com diferentes solventes orgânicos
Graciele N. Oliveira1*
, Natália Alvarenga1, André L. M. Porto
1
1Instituto de Química de São Carlos - IQSC
Palavras Chave: biorredução, solventes orgânicos, cetotriazol.
Introdução
Os 1,2,3-triazois apresentam uma ampla gama
de aplicações, tais como, antimicrobiana, antiviral e
antialérgica [1]
. Nos últimos anos, diversas técnicas
foram estudas em busca de otimizações nos processos
de biotransformações e, dentre elas, destacam-se os
estudos utilizando co-solventes orgânicos[2]
. A
utilização de sistemas aquoso/solvente orgânico e
também de solventes orgânicos miscíveis em água
pode influenciar na atividade enzimática[3]
. O objetivo
deste trabalho foi a otimização das condições de
biorredução da 1-fenil-2-(4-fenil-1H-1,2,3-triazol-1-
il)etanona CT1 para a obtenção do hidroxitriazol HT1
pelo fungo marinho Penicillium citrinum CBMAI 1186,
utilizando diferentes solventes em tampão fosfato pH 7.
Resultados e Discussão
Em frascos Erlenmeyer de 125 mL contendo
50 mL de tampão fosfato (NaH2PO4/KH2PO4) pH 7
previamente esterilizado em autoclave (121 ºC; 1,5
kPa), foram adicionados 5% v/v de diferentes solventes
(hexano, THF, acetona, DMSO, 2-propanol, metanol)
esterilizados em ultravioleta (20 min), 1 g de células
úmidas filtradas do fungo P. citrinum (cultivado 7 d em
meio líquido malte 2%, pH 7) e 10 mg de CT1
solubilizada em 150 µL de DMSO. A reação foi mantida
em agitação orbital (7 d, 130 rpm, 32 ºC). As células
foram filtradas em funil de Büchner, e submetidas à
agitação magnética por 30 min com 10 mL de H2O
dest. e 10 mL de AcOEt. A esta mistura foi adicionada
o caldo enzimático (50 mL) e, em seguida, extraídos
com AcOEt (3 x 15 mL). A fase orgânica foi seca com
Na2SO4, filtrada, evaporada e resuspendida em 2-
propanol grau cromatográfico para análise em
Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE).
Esquema 1. Biorredução de CT1.
Os dados obtidos nas análises em CLAE estão
representados na Tabela 1.
c = conversão definida por CLAE. ee = excesso enantiomérico.
Apenas em tampão fosfato (pH 7), obteve-se
valor moderado de conversão (61%) e alto ee (95%).
Com o uso do hexano foi obtida conversão e ee
moderados (c = 61%, ee = 79%). O THF e o 2-
propanol, apresentaram uma baixa bio-
compatibilidade, resultando em baixa ou nenhuma
conversão (Tabela 1). A acetona (c = 30%) e o DMSO
(c = 41%) apresentaram moderadas conversões e altos
ee (97% e 95%, respectivamente). Metanol apresentou
excelentes valores de conversão e ee (c = 89%, ee =
97%).
Considerações Finais
Por ser um solvente parcialmente miscível em
água, o THF pode causar distorções na enzima.
Metanol possivelmente favoreceu a solubilidade de
CT1 no sistema reacional, sem causar a desativação
enzimática proporcionando excelentes valores de
conversão e ee. O aumento da solubilidade do
substrato pode favorecer a passagem deste através da
membrana celular do fungo, para que possa ser
biorreduzido pelas enzimas intracelulares.
Agradecimentos
__________________________
[1] Yadav, G. D.; Lathi, P. S. J. Molecular Catalysis A: Chemical, v. 223,
n. 1, p. 51-56, 2004..
[2] Costa, V. E. U.; Amorim, H. L. N. Química Nova, v. 22, n. 6, p. 863-
873, 1999.
[3] Simeó, Y.; Faber, K. Tetrahedron: Assymmetry, v.17, p.402-409,
2006.
Tabela 1: Biorredução de CT1 com o fungo P. citrinum utilizando diferentes solventes.
Solvente c (%) ee (%)
Tampão fosfato 61 95
Hexano 61 79
THF 0 -
2-Propanol 2 76
Acetona 30 97
DMSO 41 95
Metanol 89 97
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Lâmpadas LED e sua contextualização no Ensino Médio
Gislaine V. da Silva, Nucélia L. A. Costa, Rodrigo A. França, Adriene Panegassi
[email protected] Palavras-Chave: Lâmpada LED, Reações Químicas das Lâmpadas, Contextualização no Ensino Médio.
As lâmpadas de LED (Diodo Emissor de Luz) são
constituídas por uma tecnologia que vem revolucionando mercado de iluminação, por apresentarem grande durabilidade e maior eficiência, além garantirem maior economia. Porém, a falta de informações a respeito destas e o alto preço no mercado, podem ser um obstáculo para o avanço dessa tecnologia.
Este trabalho apresenta as principais propriedades e reações que ocorrem nas lâmpadas comuns, fluorescentes e LED, também se procurou investigar o conhecimento dos alunos sobre o tema.
Um questionário foi aplicado para 20 alunos da terceira serie do ensino médio integrado ao técnico em Informática e Meio Ambiente na cidade de Novo Horizonte – SP. Com o objetivo de investigar qual o conhecimento possuem sobre a tecnologia das lâmpadas LED.
As Lâmpadas LED, além de não conter metais
pesados em sua composição, não são compostas por vidro e vários de seus componentes podem ser reciclados gerando menor impacto ao meio ambiente, sua durabilidade é maior se comparada com a fluorescente que são mais viáveis economicamente, contudo, são extremamente tóxicas devido à presença do mercúrio em sua composição. Tais informações devem estar presentes de forma interdisciplinar e contextualizada no processo de ensino e aprendizagem para que a aprendizagem seja positiva e motivadora para o aluno. Em virtude disso, aplicou-se um questionário para estudantes da terceira serie do ensino médio com 14 questões alternativas e dissertativas relacionadas ao conhecimento geral sobre lâmpadas LED. Na primeira questão foi perguntado se os alunos sabiam o que é uma lâmpada LED, onde 95% afirmaram que sim, na terceira foi questionado de que forma esse tema foi discutido e será apresentada as alternativas onde cinco ou mais alunos assinalaram.
Tabela 1: Frequência de respostas da questão três.
Como este tema foi abordado Frequência
Aulas teóricas; 13
Pesquisa e apresentação de seminários por alunos.
07
Na questão seis foi perguntado qual o tipo de lâmpada utilizada, onde 95% utilizam lâmpada Fluorescente e 5% Incandescente, pois de acordo com
os mesmos as lâmpadas fluorescente são mais baratas que as LED. Na questão onze, o individua apresenta sua opinião sobre as lâmpadas LED.
Tabela 2: Frequência de respostas da questão onze.
Qual opção abaixo se aproxima mais da sua opinião em relação à lâmpada LED
Frequência
Boa, porque as lâmpadas duram mais.
08
Boa, porque a iluminação com lâmpadas LED deixa o ambiente mais bonito
05
Boa, mas as lâmpadas são caras 06
Na questão quatorze, foi proposto que os alunos relacionassem as colunas de acordo com a durabilidade de cada lâmpada Incandescente, Halógena, Fluorescente e LED, onde 55% assinalaram as alternativas corretas; 40% conhecem apenas a durabilidade das lâmpadas LED e Fluorescente e 5% não apresentaram nenhum conhecimento.
Na instituição de ensino pesquisada, observa-se que os alunos têm um bom conhecimento sobre o tema apresentado. E destaca-se a preocupação dos educadores na contextualização de conteúdos contribuindo de forma efetiva na formação social dos alunos.
A Deus, por ter nos dado força pra vencer as
dificuldades e aos professores pelo Incentivo.
_________________________ [1] A Lâmpada incandescente. Museu da lâmpada. Disponível em:
http://www.museudalampada.com/#!incandescente/c1cvr.
[2] BLEY, F. B., LEDs Versus Lâmpadas Convencionais Viabilizando
a troca. EspecializeRevista on-line IPOG. Disponível
em:http://www.businesstur.com.br/uploads/arquivos/9892c8941ef4a84
c8c47d8a8ccdfda57.pdf.
[3] BENEVIDES A. B. Y.Diodos emissores de luz (LEDs).Disponível
em:
https://chasqueweb.ufrgs.br/~hklimach/E061/Trabalho_2/LEDs.pdf.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
METODOLOGIA
RESULTADOS E DISCUSSÃO
INTRODUÇÃO
AGRADECIMENTOS
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