A MORTE
DO
PECADO
Aquele que não teve pecado,
Deus o fez pecado por nós...
Comparável a essa frase em
seu conteúdo esmagador
somente uma outra:
Ao Senhor agradou moê-lo,
fazendo-o enfermar...
Ambas referem-se ao Cordeiro
de Deus, a Jesus, o Senhor.
O que me choca é que está tudo feito e
acabado, menos para quem diz “crer”. Os
que “crêem” não sabem que ainda não
crêem, ou não sabem no que crêem. Pois
se o soubessem, saberiam que a Lei
morreu em Cristo; que a força do pecado é
a Lei, mas que com sua morte, ela, a Lei,
já não tem poder sobre nós. Ora, essa
morte da Lei matou a força do pecado,
pois onde não há Lei, também não há
transgressão. Assim, o que Jesus Pagou
por nós, está Pago para sempre. Mas
quem crê?
Então você pergunta: Se é assim, como
então nós ainda pecamos?
Ora, o pecado que eu peco é fruto de
minha queda, mas já não carrega em si
mesmo o poder de me matar, tanto
quanto já não carrega mais o poder de
me fazer “compulsivo”, pelo simples
fato de que em minha consciência ele já
não se faz acompanhar da condenação
da morte.
É o medo da morte e a certeza da
condenação o poder que gera
toda compulsão!
O pecado faz mal ao meu ser, mas já não tem
o poder de
daná-lo, se se está confiante no poder e na
consumação
do que Jesus já fez por nós. Afinal, o pecado
só existe em
mim, mas já não existe como algo que pende
como espada
da morte sobre minha cabeça. Eu estou em
Cristo!
Já não há mais nenhuma condenação para os
que estão em Cristo Jesus!
Agora eu ouço:
Filhinhos meus, não pequeis; se,
todavia, alguém pecar, temos Advogado
junto ao Pai; Jesus Cristo, o Justo; Ele é
a propiciação pelos nossos pecados; e
não somente pelos nossos próprios, mas
inda pelos do mundo inteiro!
O Deus que se fez carne também se fez
pecado por nós!
E certamente Ele não fez isto para que
continuasse tudo igual. Tem que haver
um fato-fator-real que decorra dessa
ação. O fato real é um só: o pecado
existe na vida de cada um de nós, mas já
não existe como condenação. O fato do
pecado em mim é inegável. Todavia, é
também inegável que ele já não tem
poder sobre mim.
Como? Não tem poder?
Como?
Ele existe como produção de minha
carne (corpo-totalidade-do-ser), pois faz
parte de minha constituição caída. Hoje
ele pertence à dimensão de minha
animalidade não elevada em
consciência, pois ainda está presa à
minha condição de “egoísta-essencial”.
No entanto, o pecado virou gripe:
amolece, mas já não me mata.
Então, eu constato o pecado em mim.
Grito: “Desventurado sou!”. Mas meu
grito já não ecoa para a eternidade, não
ecoa nem mesmo no tempo, exceto em
mim, que me entristeço comigo mesmo.
Entretanto, ele já não passa daí. Pois a
Lei do Espírito e da Vida em Cristo, me
libertou da Lei do pecado e da morte!
Agora, se creio no que “está feito”, vivo
pelo que Ele fez por mim, não em razão
do que eu, mesmo crendo, ainda faço
contra mim.
Está tudo feito e acabado.
Aquilo que não tinha competência em
nos Para fazer, Jesus já fez.
Está tudo feito e acabado.
Está tudo feito e acabado!
Aquele que não teve pecado Deus o fez
pecado por nós, para que nós que
pecamos já não sejamos pecado, mas
sem pecado Nele, que nunca tendo
pecado, foi feito pecado em meu lugar.
A lógica é uma só: quem nunca foi...foi
feito...para que quem é...possa já não
ser, mesmo que ainda seja...pois mesmo
sendo, só o é para si mesmo...mas não
mais para Aquele que por nós se fez
aquilo que Ele mesmo não era...para que
nós que somos...já não o sejamos como
quem em sendo morre do é.
Quem eu sou já não me mata!
Justificados, pois, mediante a fé, temos
paz com Deus por meio de nosso Senhor
Jesus Cristo!
Com efeito Deus condenou na carne o
pecado!
Com efeito a condenação do pecado
aconteceu na Cruz!
Com efeito, quem crê já está liberto;
ainda que pratique a sua própria
liberdade tomando consciência de que
quem ele é, o é em Cristo; não em si-
mesmo.
Com o pecado morto, e com a Lei
sepultada, o que sai da morte e da
sepultura não é mais o que me mata,
mas o que me salva.
Cristo morreu pelas nossas transgressões
e ressuscitou para a nossa justificação!
Eu sei, no entanto, que é muito difícil
crer na pregação. Isaías ainda pergunta:
Quem creu na pregação?
Ora, pouca gente crê!
Quem dera essas multidões que
confessam a Jesus como Senhor
soubessem e cressem também; e quem
dera que sobretudo cressem no que “os
penosos trabalhos de sua alma”
realizaram por todos nós!
A promessa divina era que o Salvador
veria os resultados dos “penosos
trabalhos de sua alma e ficaria satisfeito;
pois que como o Seu ‘conhecimento’
Ele justificaria a muitos”.
Há um conhecimento a ser apreendido!
Somos salvos pela fé. Mas há um “saber
em fé” que é o “conhecimento” da
justificação já realizada.
É esse “conhecimento em fé” é aquilo
que nos mergulha no descanso que
declara: “o castigo que nos trás a paz
estava sobre Ele, e pelas suas pisaduras
nós fomos sarados”.
Para mim já está pago!
Não aceito nem mesmo os débitos que
minha carne me apresenta para que eu
os pague. Olho, constato, e declaro:
“Todo escrito de dívidas foi encravado
na Cruz”.
Eu não creio em mim, mas Deus sabe
que eu creio na pregação!
Nele, que Resolveu para sempre,
CaioPor Robson 30/04/10
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